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Pesquisa em Serviço Social
Autora: Ana Lúcia Américo 
Tema 01
Contextualizando a Pesquisa Social
Tema 01
Contextualizando a Pesquisa Social
Ana Lúcia Américo
Como citar esse documento:
ANTONIO, Ana Lúcia Américo. Pesquisa em Serviço Social: Contextualizando a Pesquisa Social. Caderno de Atividades. Anhnaguera Publicações: 
Valinhos, 2014.
Índice
© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua 
portuguesa ou qualquer outro idioma.
Pág. 13
Pág. 15 Pág. 16
Pág. 13
Pág. 11Pág. 9
ACOMPANHENAWEB
Pág. 3
CONVITEÀLEITURA
Pág. 3
PORDENTRODOTEMA
3
Contextualizando a Pesquisa Social
A capacidade do ser humano em desenvolver novas descobertas de conhecimento do mundo que o cerca ao longo 
dos séculos, fez com que ele desenvolvesse aparelhos bem mais elaborados que consinta o conhecimento da natureza 
do ambiente em que vive e das pessoas. 
Por meio desse conhecimento compreendido pelo homem, estão relacionados os valores morais, observação, crenças 
religiosas, sentimentos, autoridade, entre outros e esses conhecimentos são do senso comum, sem caráter científico.
Entretanto, esse conhecimento desenvolvido pelo homem foi questionado por alguns de espíritos mais críticos, afirmando 
que a observação casual dos fatos leva a graves enganos, visto ser o homem mau observador dos acontecimentos mais 
simples e através da necessidade de alcance do conhecimento mais seguro que os fornecidos por outros meios, surge 
a ciência, que estabelece um dos mais respeitáveis elementos intelectuais do mundo moderno. 
Neste tema você vai ficar por dentro das possibilidades em captar informações e transformá-las em conhecimento, 
vai ver a classificação das Ciências e conseguirá entender a relação existente entre o Positivismo e as Ciências Sociais. 
Da mesma forma vai descobrir qual a definição que se dá à Pesquisa Social, seus principais objetivos, as diferentes 
pesquisas e o envolvimento do pesquisador no processo de investigação. A leitura deste tema certamente irá ampliar a 
sua compreensão sobre como é possível a transformação do conhecimento do dia a dia em conhecimento científico e de 
que maneira é possível classificar as ciências e as principais características do positivismo e a utilização nas Ciências 
Sociais. Irá também ampliar o aprendizado do significado da Pesquisa Social, quais são seus principais objetivos, e os 
tipos de pesquisa existentes. Como você deve ter observado através de todas as informações, você terá conhecimento 
suficiente para determinar qual o tipo de pesquisa que utilizará na sua produção acadêmica e também no campo 
profissional, afim de contribuir com a transformação social.
CONVITEÀLEITURA
PORDENTRODOTEMA
4
Ciência significa conhecimento. Entretanto, existem conhecimentos que não competem à ciência, como o conhecimento 
comum, religioso e, em certo sentido, o filosófico. 
Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem 
rigorosa e apropriada – se possível, com auxílio da linguagem matemática, leis que regem os fenômenos. Embora 
sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de 
fenômenos, são comprováveis por meio da observação e da experimentação, são capazes de prever – pelo menos 
de forma probabilística – acontecimentos futuros. (GIL, 2011, p.2).
Assim, o conhecimento científico é conduzido por um método e fundamento teórico bem definido, significando a 
sua principal diferença entre os outros tipos de conhecimento que surgem eventualmente ou com apoio apenas das 
observações habituais.
Muitos autores buscam definir um sistema de classificação das inúmeras ciências, mas nenhum desses sistemas se 
mostra definitivamente aceitável e classificam as ciências em duas grandes categorias: formais e empíricas. 
A categoria formal trata de entidades ideais e de suas relações, sendo a matemática e a Lógica Formal as mais 
importantes. Entretanto, a categoria empírica trata de fatos e de processos, incluindo as ciências como a Física, a 
Química, a Biologia e a Psicologia.
As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais, (GIL, 2011, p. 3). Com base nessas 
informações, pode-se inferir que, no Serviço Social, a ciência utilizada para produzir conhecimento é a empírica social. 
Contudo, discorrer sobre o conhecimento científico é afirmar que durante muito tempo as ciências tratavam apenas 
do estudo dos fatos e dos fenômenos, assim, a lógica, a matemática e a física, eram usadas para esclarecer as 
influências externas no dia a dia das pessoas. O estudo sobre as pessoas e as sociedades era de responsabilidade 
dos teólogos e filósofos que estabeleceram estudos importantes até a segunda metade do Século XIX. Mas a partir 
desse período, profundamente marcado por inovações, tanto no campo tecnológico quanto político, passou-se a 
buscar conhecimento acerca do homem e da sociedade tão confiáveis quanto os proporcionados pelas ciências da 
natureza. (GIL, 2011, p. 3). A partir desse momento, deu-se início ao Positivismo, uma concepção científica do saber, 
que possui características específicas e que constituíram a base para as ciências sociais, principalmente sob a 
influência do positivismo disseminado por Augusto Comte, conhecido como pai do positivismo e da sociologia. (GIL, 
2011, p. 4).
PORDENTRODOTEMA
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Assim, as ciências sociais, baseadas no aspecto positivista, presumem que os fatos humanos são semelhantes aos da 
natureza, analisados sem ideias preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos quantitativos e 
esclarecidos segundo leis gerais.
Este modelo proposto para as ciências sociais, que logo foi questionado, principalmente por reconhecerem que o 
modelo positivista era limitado para compreender as distinções do homem e da sociedade, principalmente porque, nas 
ciências sociais, os aspectos subjetivos devem ser analisados, tanto aqueles referentes ao pesquisador, quanto aqueles 
relacionados ao fenômeno e aos sujeitos pesquisados.
Todo esse questionamento ao modelo positivista, então, se apresentou insuficiente para os estudos que abrangiam a 
análise do homem e da sociedade, colaborando para que os estudiosos preparassem outros métodos para esse fim, 
gerando novos modelos e teorias que auxiliam as ciências sociais e que reforçam a necessidade de discutir a relação 
entre sujeito-objeto da pesquisa. Por esse motivo é que nas ciências sociais a discussão acerca da relação sujeito-
objeto é acentuada, o que explica a existência de diferentes quadros de referências para análise e interpretação dos 
dados (GIL, 2011, p. 5). 
Para Gil, 2011, pesquisa pode ser definida como:
O processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico” e que “o objetivo fundamental da pesquisa 
é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos (GIL, 2011, p. 26). 
Portanto, esse conceito define pesquisa social como o processo que, utilizando a metodologia científica, admite o 
alcance de novos conhecimentos no campo da realidade social. E quando se fala de realidade social, pode-se perceber 
que a palavra possui um sentido muito amplo, a qual abrange todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos 
relacionamentos com outros homens e instituições sociais, compreendendo que o conceito de pesquisa aplica-se às 
investigações realizadas no campo das mais diversas ciências sociais, abrangendo Sociologia, Antropologia, Ciências 
Política, Psicologia, Economia, etc.
Os conhecimentos alcançados por meio da utilização da pesquisa social devem gerar uma transformação em determinada 
realidade, sendo esse tipo de pesquisa o mais empregado, ou adequado, para as intervenções no campo do Serviço 
Social. 
O termo PesquisaSocial tem uma carga histórica e, assim como as teorias sociais, reflete posições frente à 
realidade, momentos do desenvolvimento e da dinâmica social, preocupações e interesses de classes e grupos 
determinados. (MINAYO, 1996, p. 23)
PORDENTRODOTEMA
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Pode-se afirmar que existe uma intrínseca relação entre a pesquisa social e o Serviço Social, pois ambos possuem uma 
“carga histórica” e refletem posições frente à “realidade” social. Passam por alterações teóricas na medida em que a 
realidade social se transforma e apresenta novas demandas para intervenção e conhecimento. A pesquisa social para 
o Serviço Social desponta como uma ação indispensável, por meio da efetivação da pesquisa e distingue as relações 
sociais que agitam os diferentes contextos sociais existentes e propõem novas possibilidades de intervenção para que 
a mudança social possa verdadeiramente ocorrer.
Entretanto, cada pesquisa social, tem um objetivo específico, mas é possível agrupar as mais diversas pesquisas em 
certo número de agrupamentos amplos. A esse respeito Gil (2011, p. 27) afirma que:
Cada pesquisa social, naturalmente, tem um objetivo específico. Contudo é possível agrupar as mais diversas 
pesquisas em certo número de grupamentos amplos. Assim, Duverger (1962) distingue três níveis de pesquisa: 
descrição, classificação e explicação. Selltiz et al (1967) classificam as pesquisas em três grupos: estudos 
exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses causais. 
As pesquisas descritivas e as exploratórias, segundo o autor, são as mais utilizadas no campo das pesquisas sociais, 
logo podem ser aplicadas também ao Serviço Social.
Pesquisas exploratórias têm a fundamental intenção de ampliar explicações e alterar conceitos e ideias, tendo em 
vista a formulação de dificuldades mais importantes ou suposições pesquisáveis para estudos futuros. Elas apresentam 
levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Essa pesquisa é produzida 
com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de algum fato.
Pesquisas descritivas têm como objetivo principal a definição de determinada população ou fenômeno ou a afirmação 
de relações entre variáveis. Umas de suas características mais expressivas está na utilização de técnicas unificadas de 
coletas de dados e aponta-se as que têm por objetivo estudar as características de um grupo, sua distribuição por idade, 
sexo, procedência, nível de escolaridade e de renda, estado de saúde física e mental. A pesquisa descritiva também 
se propõem estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de 
seus habitantes, o índice de criminalidade. Os pesquisadores sociais, preocupados com a atuação prática, se utilizam 
dela juntamente com pesquisa exploratória. Elas também são as mais solicitadas por organizações como instituições 
educacionais, empresas comerciais, partidos políticos, etc. 
Pesquisas explicativas têm como apreensão central identificar os fatores que causam ou que colaboram para a 
ocorrência dos fenômenos. Esta pesquisa é a que mais penetra o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o 
porquê das coisas, e por isso mesmo é o tipo de pesquisa mais complicado e delicado, já que o risco de cometer erros 
PORDENTRODOTEMA
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aumenta muito. Toda a importância dada a esta pesquisa não exclui o valor das pesquisas exploratórias e descritivas, 
já que essas quase sempre estabelecem a etapa prévia indispensável para que se possam alcançar esclarecimentos 
científicos. 
Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que 
determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado (GIL, 2011, p. 28-29).
Faz-se necessário acentuar a importância do estabelecimento de regras acerca do decorrer científico, pois ele tem 
sido influenciado pela direção positivista, que recomenda a utilização de métodos duramente empíricos no alcance de 
objetividade na pesquisa. Assim é que Durkhhein (1973, p. 378) estabelece como a primeira regra do método sociológico 
“Tratar dos fatos sociais como coisas”. Skinner (1983, p.53) recomenda aos pesquisadores uma atitude de absoluta 
neutralidade em relação ao fenômeno pesquisa. Para ele a ciência “é uma disposição para aceitar fatos, mesmo quando 
eles se opõem aos desejos”. (Gil, 2011, p.29)
O objeto, contudo, não é simplesmente obtido por causa de sua astúcia e resultados complicados, pois todo conhecimento 
existente é afetado pelas predisposições dos pesquisadores,isso porque quanto mais o pesquisador se afasta da 
realidade física, maiores são as possibilidade de distorções.
Com o intuito de impedir o problema da subjetividade, os teóricos positivistas sugerem que a investigação dos fenômenos 
sociais restrinja-se àquilo que possa ser efetivamente observado. Skinner indica que é “melhor ficar sem respostas do 
que aceitar uma resposta inadequada” (Skinner, 1953, p.13).
A postura positivista de analisar os fenômenos sociais da mesma forma que as ciências naturais tiveram, e continua a 
ter muitos simpatizantes, já que o afastamento intransigente entre os princípios de valores do cientista e os fatos sociais 
enquanto objeto de analise é proposto por numerosos metodólogos, pois eles afirmam em favor dessa postura que a 
ciências sociais devem ser neutras, apolíticas e descomprometidas, a maioria dos manuais clássicos de pesquisa social 
sugerem o maior distanciamento entre o pesquisador e o objeto pesquisado.
Nas questões sociais o envolvimento do pesquisador acontece de diferentes maneiras, especialmente porque o fenômeno 
pesquisado é parte da rotina do pesquisador, que por sua vez possui seus próprios sentimentos, não sendo possível 
a neutralidade no andamento da investigação. Para completar essa necessidade e em resposta às críticas contra o 
modelo positivista nascem a pesquisa-ação e a pesquisa participante, ambas “se caracterizam pelo envolvimento dos 
pesquisadores e dos pesquisados no processo de pesquisa” (GIL, 2011, p. 31).
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Na intenção de aprovar o alcance de resultados socialmente mais acentuados, alguns modelos alternativos de pesquisa 
vêm sendo indicados, sendo a “pesquisa-ação” e a “pesquisa participante” os mais anunciados.
Segundo Thiollent, 1985, a definição de pesquisa ação:
É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos 
da situação ou do problema estão envolvidos do modo cooperativo ou participativo. (Thiollent, 1985, p.14)
Para Fals Borda, 1983, a pesquisa participante é a pesquisa:
Que responde especialmente às necessidades de populações que compreendem operários, camponeses, 
agricultores e índios – as classes mais carentes nas estruturas sociais contemporâneas – levando em conta 
suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. È a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento 
autônomo (autoconfiante) a partir das bases e uma relativa independência do exterior. (Fals Borda, 1983, p.43)
A pesquisa-ação e a pesquisa participante se distinguem pela envoltura dos pesquisadores e dos pesquisados no 
processo de pesquisa, se afastando dos princípios da pesquisa científica acadêmica. Igualmente, o relacionamento 
entre o pesquisador e o pesquisado não se dá como mera observação do primeiro pelo segundo, mas ambos “acabam 
se identificando, sobretudo quando os objetos são sujeitos sociais naturais” (demo, 1984, p, 115).
A preparação de uma pesquisa social, ou o processo de investigação, demanda um planejamento que é apontado por 
suas etapas e que devem ser desempenhadas pelo pesquisador. Não existe um modelo único para essas etapas, mas 
um consenso entre os autores facilita a organizaçãoda pesquisa nos seguintes procedimentos essenciais. Deve ser 
enfatizado que o esquema muita vezes apresentado, pode ser alterado e modificado de acordo com as necessidades 
da pesquisa. Através das informações, cada pesquisador poderá determinar qual o tipo de pesquisa que utilizará na 
sua produção acadêmica e também no campo profissional, ressaltando sempre da variedade de probabilidades para 
descobrir das questões sociais e a produção de conhecimento científico que contribua para a transformação social.
Apresenta-se a seguir um esquema que compreende nove etapas para o planejamento de uma pesquisa social:
a) Formulação do problema. 
b) Construção de hipótese ou determinações dos objetivos. 
c) Delineamento da pesquisa. 
PORDENTRODOTEMA
9
d) Operacionalização dos conceitos e variáveis. 
e) Seleção da amostra. 
f) Elaboração dos instrumentos de coleta de dados. 
g) Coleta de dados. 
h) Análise e interpretação dos resultados. 
i) Redação do relatório.
Este esquema apresentado através destas nove etapas, nem sempre é rigorosamente analisado, pois muitas vezes, 
algumas das etapas podem não ser visualizados em algumas pesquisas. Entretanto, a correlação de etapas parece ser 
o mais coerente e com base nele é que serão desenvolvidos nos demais temas desta disciplina.
PORDENTRODOTEMA
ACOMPANHENAWEB
Refletindo sobre o significado do conhecimento científico
• Leia o texto de Siomara Borba Leite, Refletindo sobre o significado do conhecimento 
científico. Por meio dessa leitura deste texto, você poderá aprofundar seus conhecimentos e 
compreender o significado, as dimensões, as possibilidades e as contradições do conhecimento 
científico. Você irá trazer esta reflexão para o âmbito do debate proposto pelo tema “Conhecimento 
científico e conhecimento escolar”, que tem por objetivo oferecer alguns elementos para o 
entendimento do que é o conhecimento científico e sua articulação com o conhecimento escolar. 
Vai conseguir entender que o conhecimento científico, transmitido e assinalado em sala de aula, 
caracteriza-se por duas manifestações básicas, conhecimento propriamente dito, e o significado, 
o conhecimento como processo, o conhecimento em geral, o trajeto de apropriação do real.
Link para acesso: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/853/765> Acesso em 01 de 
abril de 2014.
10
Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia de Ensino
• Leia o texto de Adriana Maria de Figueiredo, Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia 
de Ensino. Por meio da leitura deste texto, você poderá aprofundar seus conhecimentos e 
compreender o significado de algumas especificidades da Pesquisa Social e o problema da 
universalização das hipóteses em averiguação da realidade social, dadas as especialidades de 
seu objeto de análise. Terá a oportunidade de observar que a formação de pesquisadores tanto 
de graduação como de pós-graduação, requer reflexões que não se restrinjam aos aspectos 
meramente instrumentais da prática científica, requerendo o estudo e a prática das técnicas de 
pesquisa como uma das faces de uma mesma moeda, a produção de conhecimentos científicos, 
sem deixar, porem, de lado, a outra face, a das dimensões epistemológicas e teóricas envolvidas 
no labor de cientista.
Link para acesso: <http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/EDU/edu1501.htm>. Acesso em 01 de Abril de 2014.
Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência
• Assista ao vídeo, Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência, 
do Professor Jorge Barbosa, sobre a distinção entre conhecimento vulgar e conhecimento 
científico, os tipos de Conhecimento Senso Comum: conhecimento espontâneo, baseados em 
dados sensórios, na transmissão social dos princípios, crenças e preconceitos que expressam 
a experiência de uma comunidade. Ciência: conhecimento sistematizado e metódico, que utiliza 
raciocínios, provas e demonstrações para obter conclusões rigorosas acerca do funcionamento 
da natureza. Por meio deste vídeo você definirá os principais tipos de conhecimento e de que 
maneira os dois podem auxiliar a compreender os fenômenos sociais.
Link: <http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk> Acesso em 01 de abril de 2014. 
Tempo: 6:22
ACOMPANHENAWEB
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ACOMPANHENAWEB
Unidade Curricular Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de 
Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC
• Assista ao vídeo, Unidade Curricular Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de 
Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC, com o professor Rafael Brinkhues - Vídeoaula 
1 – As Ciências Sociais e os Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. Este vídeo aborda 
os problemas sociais decorrentes do capitalismo, a necessidade de uma ciência para explicar 
o social, os tipos de pesquisa existentes e o processo que, utilizando a metodologia científica, 
permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social, e esta envolve 
todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos relacionamentos com outros homens 
e instituições sociais.
Link: <http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-ra-
fae> Acesso em 01 de abril de 2014. 
Tempo: 15:39
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
O questionamento ao modelo positivista se apresentou insuficiente para os estudos que abrangiam a análise do homem e da so-
ciedade, colaborando para que os estudiosos preparassem outros métodos para esse fim, gerando novos modelos e teorias que 
auxiliam as ciências sociais e que reforçavam a necessidade de discutir a relação entre sujeito-objeto da pesquisa. O que essa 
nova concepção vem afirmar?
12
AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
Pesquisa é o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Ela se distingue em três níveis: descrição, 
classificação e explicação. De acordo com Gil (2011), qual das alternativas abaixo define corretamente as pesquisas explicativas?
a) Têm como objetivo primordial a descrição das características de um grupo. 
b) Vão além da simples identificação da existência de relações variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação.
c) Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas 
mais precisos. 
d) Têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
e) São desenvolvidas com o objetivo de propiciar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Questão 3
A pesquisa social pode ser definida como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos co-
nhecimentos no campo da realidade social. A pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual, quando baseadas no 
desejo de conhecer pela simples satisfação para agir. Quando assim definida, a pesquisa social pode ser dividida em:
a) Pesquisa pura e pesquisa aplicada.
b) Pesquisa social e pesquisa científica.
c) Pesquisa científica e senso comum. 
d) Pesquisa comparativa e experimental. 
e) Pesquisa exploratória e pesquisa experimental. 
Questão 4
De acordo com Gil (2011), o ser humano, a partir de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia, utilizando di-
ferentes tipos de conhecimento, sendo um deles a observação. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de 
conhecimento. Por que podemos fazer essa afirmação?
13
Questão 5
No que se refere às etapas da pesquisa, Gil (2011), ressalta que em virtude dos diferentes tipos de pesquisa social, bem como de 
seus objetivos, torna-se impossível apresentar um esquema únicoque indique todos os passos da pesquisa. Mas, para a maioria 
dos autores, quais são as principais etapas da pesquisa?
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu que existem diferentes formas de conhecimento e que por meio dele o homem 
transformou a sociedade, e através dele nasceu à ciência. Que o Positivismo foi à teoria que embasou a constituição das 
ciências e com o passar do tempo, seus preceitos foram arguidos quanto à aplicabilidade nos contextos sociais. Assim, 
apareceram outras teorias que superaram as perspectivas positivistas que permitiram aos estudiosos novas formas 
de compreender a sociedade advertindo suas particularidades, principalmente a subjetividade presente nos fatos, nos 
sujeitos pesquisados e no pesquisador. Você pode compreender que a pesquisa social atua como prática profissional e 
prática humana e está pautada nos questionamentos que são feitos com relação ao dia a dia, e que nestas questões, 
há uma fonte inesgotável de possibilidades para pesquisa. Você pode aprender que o conhecimento teórico e prático, 
sucedidos da pesquisa e do aprofundamento teórico sobre determinado assunto ou realidade, devem ser unificados 
para que se possa desenvolver uma ação profissional interventiva que tenha coerência, eficiência, eficácia e efetividade 
na produção acadêmica e também no campo profissional, na contribuição para a transformação social.
FINALIZANDO
BARBOSA, Jorge. Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=nEMuGDhsnHk>. Acesso em: 01 de abr. 2014.
REFERÊNCIAS
14
BRINKHUES, Rafael. Vídeoaula 1 – As Ciências Sociais e os Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. Unidade Curricular 
Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC. 
Disponível em: <http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae> 
Acesso em 01 de abr. 2014. 
DICIONÁRIO PRIBERAM DE LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/ default.
aspx?pal=conhecer> Acesso em: 01 Abril. 2014.
DEMO, Pedro. Elementos metodológicos da pesquisa participante. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa 
participante. São Paulo: Brasiliense, 1983.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, 1973, v. 33. (Coleção Os Pensadores)
DUVERGER, Maurice. Método de las ciências sociales. Barcelona: Ariel, 1962.
FAL BORDA, Orlando. Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o papel da ciência na participação 
popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1983.
FIGUEIREDO, Adriana Maria de. Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia de Ensino. In: V Congresso de Ciências 
Humanas, Letras e Artes e Universidade Federal e V Congresso de Ciências Humanas e Sociais de Ouro Preto/MG. v. 1. p. 
154-154. 2001. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LEITE, Siomara Borba. Refletindo sobre o significado do conhecimento científico. Em Aberto, Brasília, ano 12, n.58. abr./jun. 1993.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. _____ (Org.) Pesquisa Social: teoria, 
método e criatividade. 22.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003. p. 16 a 21.
SELLTIZ, Clarie et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1972.
SKINNER, B.F. Ciência e humano. Nova Iorque: Macmillam, 1983.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.
REFERÊNCIAS
15
Ciência: (latim scientia, -ae, conhecimento, saber, ciência). s.f.1. Conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios 
certos. 2. [Figurado] Saber, instrução, conhecimentos vastos (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Ciência Social: Ciência da organização e do desenvolvimento da sociedade (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Pesquisas exploratórias: “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modifi-
car conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos 
posteriores. De todos os tipos de pesquisa, essas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmen-
te envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos. Procedimentos 
de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas” (GIL, 
2011, p. 27). 
Pesquisas descritivas: “As pesquisas desse tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de de-
terminada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que 
podem ser classificados sob esse título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas 
padronizadas de coleta de dados”. (GIL, 2011, p. 28). 
Pesquisas explicativas: “São aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determi-
nam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimen-
to da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo é o tipo mais complexo e delicado, já que 
o risco de cometer erros aumenta consideravelmente” (GIL, 2011, p. 28).
GLOSSÁRIO
16
GABARITO
Questão 1
Resposta: essa situação não invalida a pesquisa em ciências sociais, mas uma nova concepção que vem afirmar a 
diferença existente entre os objetos das ciências sociais em relação aos outros tipos de ciências existentes e demonstrar 
a necessidade de utilização de quadros de referência que ultrapassem a visão proposta pelo Positivismo.
Questão 2
Resposta: e) Têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos. 
Questão 3
Resposta: a) Pesquisa pura e pesquisa aplicada.
Questão 4
Resposta: valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior, utilizando-se da observação 
para coletar essas informações. De forma mais generalizada, a partir das observações do dia a dia o homem produz 
instrumentos que facilitam sua vida e, ao mesmo tempo, produzem um conhecimento que é prático, mas não é científico.
Questão 5
Resposta: na maioria dos autores parece existir consenso que, todo o processo de pesquisa social envolve: planejamento, 
coleta de dados, análise e interpretação, e redação do relatório.

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