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APOSTILA -PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL

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Pesquisa em Serviço Social
Autora: Ana Lúcia Américo 
Tema 01
Contextualizando a Pesquisa Social
Tema 01
Contextualizando a Pesquisa Social
Ana Lúcia Américo
Como citar esse documento:
ANTONIO, Ana Lúcia Américo. Pesquisa em Serviço Social: Contextualizando a Pesquisa Social. Caderno de Atividades. Anhnaguera Publicações: 
Valinhos, 2014.
Índice
© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua 
portuguesa ou qualquer outro idioma.
Pág. 13
Pág. 15 Pág. 16
Pág. 13
Pág. 11Pág. 9
ACOMPANHENAWEB
Pág. 3
CONVITEÀLEITURA
Pág. 3
PORDENTRODOTEMA
3
Contextualizando a Pesquisa Social
A capacidade do ser humano em desenvolver novas descobertas de conhecimento do mundo que o cerca ao longo 
dos séculos, fez com que ele desenvolvesse aparelhos bem mais elaborados que consinta o conhecimento da natureza 
do ambiente em que vive e das pessoas. 
Por meio desse conhecimento compreendido pelo homem, estão relacionados os valores morais, observação, crenças 
religiosas, sentimentos, autoridade, entre outros e esses conhecimentos são do senso comum, sem caráter científico.
Entretanto, esse conhecimento desenvolvido pelo homem foi questionado por alguns de espíritos mais críticos, afirmando 
que a observação casual dos fatos leva a graves enganos, visto ser o homem mau observador dos acontecimentos mais 
simples e através da necessidade de alcance do conhecimento mais seguro que os fornecidos por outros meios, surge 
a ciência, que estabelece um dos mais respeitáveis elementos intelectuais do mundo moderno. 
Neste tema você vai ficar por dentro das possibilidades em captar informações e transformá-las em conhecimento, 
vai ver a classificação das Ciências e conseguirá entender a relação existente entre o Positivismo e as Ciências Sociais. 
Da mesma forma vai descobrir qual a definição que se dá à Pesquisa Social, seus principais objetivos, as diferentes 
pesquisas e o envolvimento do pesquisador no processo de investigação. A leitura deste tema certamente irá ampliar a 
sua compreensão sobre como é possível a transformação do conhecimento do dia a dia em conhecimento científico e de 
que maneira é possível classificar as ciências e as principais características do positivismo e a utilização nas Ciências 
Sociais. Irá também ampliar o aprendizado do significado da Pesquisa Social, quais são seus principais objetivos, e os 
tipos de pesquisa existentes. Como você deve ter observado através de todas as informações, você terá conhecimento 
suficiente para determinar qual o tipo de pesquisa que utilizará na sua produção acadêmica e também no campo 
profissional, afim de contribuir com a transformação social.
CONVITEÀLEITURA
PORDENTRODOTEMA
4
Ciência significa conhecimento. Entretanto, existem conhecimentos que não competem à ciência, como o conhecimento 
comum, religioso e, em certo sentido, o filosófico. 
Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem 
rigorosa e apropriada – se possível, com auxílio da linguagem matemática, leis que regem os fenômenos. Embora 
sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de 
fenômenos, são comprováveis por meio da observação e da experimentação, são capazes de prever – pelo menos 
de forma probabilística – acontecimentos futuros. (GIL, 2011, p.2).
Assim, o conhecimento científico é conduzido por um método e fundamento teórico bem definido, significando a 
sua principal diferença entre os outros tipos de conhecimento que surgem eventualmente ou com apoio apenas das 
observações habituais.
Muitos autores buscam definir um sistema de classificação das inúmeras ciências, mas nenhum desses sistemas se 
mostra definitivamente aceitável e classificam as ciências em duas grandes categorias: formais e empíricas. 
A categoria formal trata de entidades ideais e de suas relações, sendo a matemática e a Lógica Formal as mais 
importantes. Entretanto, a categoria empírica trata de fatos e de processos, incluindo as ciências como a Física, a 
Química, a Biologia e a Psicologia.
As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais, (GIL, 2011, p. 3). Com base nessas 
informações, pode-se inferir que, no Serviço Social, a ciência utilizada para produzir conhecimento é a empírica social. 
Contudo, discorrer sobre o conhecimento científico é afirmar que durante muito tempo as ciências tratavam apenas 
do estudo dos fatos e dos fenômenos, assim, a lógica, a matemática e a física, eram usadas para esclarecer as 
influências externas no dia a dia das pessoas. O estudo sobre as pessoas e as sociedades era de responsabilidade 
dos teólogos e filósofos que estabeleceram estudos importantes até a segunda metade do Século XIX. Mas a partir 
desse período, profundamente marcado por inovações, tanto no campo tecnológico quanto político, passou-se a 
buscar conhecimento acerca do homem e da sociedade tão confiáveis quanto os proporcionados pelas ciências da 
natureza. (GIL, 2011, p. 3). A partir desse momento, deu-se início ao Positivismo, uma concepção científica do saber, 
que possui características específicas e que constituíram a base para as ciências sociais, principalmente sob a 
influência do positivismo disseminado por Augusto Comte, conhecido como pai do positivismo e da sociologia. (GIL, 
2011, p. 4).
PORDENTRODOTEMA
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Assim, as ciências sociais, baseadas no aspecto positivista, presumem que os fatos humanos são semelhantes aos da 
natureza, analisados sem ideias preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos quantitativos e 
esclarecidos segundo leis gerais.
Este modelo proposto para as ciências sociais, que logo foi questionado, principalmente por reconhecerem que o 
modelo positivista era limitado para compreender as distinções do homem e da sociedade, principalmente porque, nas 
ciências sociais, os aspectos subjetivos devem ser analisados, tanto aqueles referentes ao pesquisador, quanto aqueles 
relacionados ao fenômeno e aos sujeitos pesquisados.
Todo esse questionamento ao modelo positivista, então, se apresentou insuficiente para os estudos que abrangiam a 
análise do homem e da sociedade, colaborando para que os estudiosos preparassem outros métodos para esse fim, 
gerando novos modelos e teorias que auxiliam as ciências sociais e que reforçam a necessidade de discutir a relação 
entre sujeito-objeto da pesquisa. Por esse motivo é que nas ciências sociais a discussão acerca da relação sujeito-
objeto é acentuada, o que explica a existência de diferentes quadros de referências para análise e interpretação dos 
dados (GIL, 2011, p. 5). 
Para Gil, 2011, pesquisa pode ser definida como:
O processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico” e que “o objetivo fundamental da pesquisa 
é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos (GIL, 2011, p. 26). 
Portanto, esse conceito define pesquisa social como o processo que, utilizando a metodologia científica, admite o 
alcance de novos conhecimentos no campo da realidade social. E quando se fala de realidade social, pode-se perceber 
que a palavra possui um sentido muito amplo, a qual abrange todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos 
relacionamentos com outros homens e instituições sociais, compreendendo que o conceito de pesquisa aplica-se às 
investigações realizadas no campo das mais diversas ciências sociais, abrangendo Sociologia, Antropologia, Ciências 
Política, Psicologia, Economia, etc.
Os conhecimentos alcançados por meio da utilização da pesquisa social devem gerar uma transformação em determinada 
realidade, sendo esse tipo de pesquisa o mais empregado, ou adequado, para as intervenções no campo do Serviço 
Social. 
O termo Pesquisa Social tem uma carga histórica e, assim como as teorias sociais, reflete posições frente à 
realidade, momentos do desenvolvimento e dadinâmica social, preocupações e interesses de classes e grupos 
determinados. (MINAYO, 1996, p. 23)
PORDENTRODOTEMA
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Pode-se afirmar que existe uma intrínseca relação entre a pesquisa social e o Serviço Social, pois ambos possuem uma 
“carga histórica” e refletem posições frente à “realidade” social. Passam por alterações teóricas na medida em que a 
realidade social se transforma e apresenta novas demandas para intervenção e conhecimento. A pesquisa social para 
o Serviço Social desponta como uma ação indispensável, por meio da efetivação da pesquisa e distingue as relações 
sociais que agitam os diferentes contextos sociais existentes e propõem novas possibilidades de intervenção para que 
a mudança social possa verdadeiramente ocorrer.
Entretanto, cada pesquisa social, tem um objetivo específico, mas é possível agrupar as mais diversas pesquisas em 
certo número de agrupamentos amplos. A esse respeito Gil (2011, p. 27) afirma que:
Cada pesquisa social, naturalmente, tem um objetivo específico. Contudo é possível agrupar as mais diversas 
pesquisas em certo número de grupamentos amplos. Assim, Duverger (1962) distingue três níveis de pesquisa: 
descrição, classificação e explicação. Selltiz et al (1967) classificam as pesquisas em três grupos: estudos 
exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses causais. 
As pesquisas descritivas e as exploratórias, segundo o autor, são as mais utilizadas no campo das pesquisas sociais, 
logo podem ser aplicadas também ao Serviço Social.
Pesquisas exploratórias têm a fundamental intenção de ampliar explicações e alterar conceitos e ideias, tendo em 
vista a formulação de dificuldades mais importantes ou suposições pesquisáveis para estudos futuros. Elas apresentam 
levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Essa pesquisa é produzida 
com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de algum fato.
Pesquisas descritivas têm como objetivo principal a definição de determinada população ou fenômeno ou a afirmação 
de relações entre variáveis. Umas de suas características mais expressivas está na utilização de técnicas unificadas de 
coletas de dados e aponta-se as que têm por objetivo estudar as características de um grupo, sua distribuição por idade, 
sexo, procedência, nível de escolaridade e de renda, estado de saúde física e mental. A pesquisa descritiva também 
se propõem estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de 
seus habitantes, o índice de criminalidade. Os pesquisadores sociais, preocupados com a atuação prática, se utilizam 
dela juntamente com pesquisa exploratória. Elas também são as mais solicitadas por organizações como instituições 
educacionais, empresas comerciais, partidos políticos, etc. 
Pesquisas explicativas têm como apreensão central identificar os fatores que causam ou que colaboram para a 
ocorrência dos fenômenos. Esta pesquisa é a que mais penetra o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o 
porquê das coisas, e por isso mesmo é o tipo de pesquisa mais complicado e delicado, já que o risco de cometer erros 
PORDENTRODOTEMA
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aumenta muito. Toda a importância dada a esta pesquisa não exclui o valor das pesquisas exploratórias e descritivas, 
já que essas quase sempre estabelecem a etapa prévia indispensável para que se possam alcançar esclarecimentos 
científicos. 
Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que 
determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado (GIL, 2011, p. 28-29).
Faz-se necessário acentuar a importância do estabelecimento de regras acerca do decorrer científico, pois ele tem 
sido influenciado pela direção positivista, que recomenda a utilização de métodos duramente empíricos no alcance de 
objetividade na pesquisa. Assim é que Durkhhein (1973, p. 378) estabelece como a primeira regra do método sociológico 
“Tratar dos fatos sociais como coisas”. Skinner (1983, p.53) recomenda aos pesquisadores uma atitude de absoluta 
neutralidade em relação ao fenômeno pesquisa. Para ele a ciência “é uma disposição para aceitar fatos, mesmo quando 
eles se opõem aos desejos”. (Gil, 2011, p.29)
O objeto, contudo, não é simplesmente obtido por causa de sua astúcia e resultados complicados, pois todo conhecimento 
existente é afetado pelas predisposições dos pesquisadores,isso porque quanto mais o pesquisador se afasta da 
realidade física, maiores são as possibilidade de distorções.
Com o intuito de impedir o problema da subjetividade, os teóricos positivistas sugerem que a investigação dos fenômenos 
sociais restrinja-se àquilo que possa ser efetivamente observado. Skinner indica que é “melhor ficar sem respostas do 
que aceitar uma resposta inadequada” (Skinner, 1953, p.13).
A postura positivista de analisar os fenômenos sociais da mesma forma que as ciências naturais tiveram, e continua a 
ter muitos simpatizantes, já que o afastamento intransigente entre os princípios de valores do cientista e os fatos sociais 
enquanto objeto de analise é proposto por numerosos metodólogos, pois eles afirmam em favor dessa postura que a 
ciências sociais devem ser neutras, apolíticas e descomprometidas, a maioria dos manuais clássicos de pesquisa social 
sugerem o maior distanciamento entre o pesquisador e o objeto pesquisado.
Nas questões sociais o envolvimento do pesquisador acontece de diferentes maneiras, especialmente porque o fenômeno 
pesquisado é parte da rotina do pesquisador, que por sua vez possui seus próprios sentimentos, não sendo possível 
a neutralidade no andamento da investigação. Para completar essa necessidade e em resposta às críticas contra o 
modelo positivista nascem a pesquisa-ação e a pesquisa participante, ambas “se caracterizam pelo envolvimento dos 
pesquisadores e dos pesquisados no processo de pesquisa” (GIL, 2011, p. 31).
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Na intenção de aprovar o alcance de resultados socialmente mais acentuados, alguns modelos alternativos de pesquisa 
vêm sendo indicados, sendo a “pesquisa-ação” e a “pesquisa participante” os mais anunciados.
Segundo Thiollent, 1985, a definição de pesquisa ação:
É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos 
da situação ou do problema estão envolvidos do modo cooperativo ou participativo. (Thiollent, 1985, p.14)
Para Fals Borda, 1983, a pesquisa participante é a pesquisa:
Que responde especialmente às necessidades de populações que compreendem operários, camponeses, 
agricultores e índios – as classes mais carentes nas estruturas sociais contemporâneas – levando em conta 
suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. È a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento 
autônomo (autoconfiante) a partir das bases e uma relativa independência do exterior. (Fals Borda, 1983, p.43)
A pesquisa-ação e a pesquisa participante se distinguem pela envoltura dos pesquisadores e dos pesquisados no 
processo de pesquisa, se afastando dos princípios da pesquisa científica acadêmica. Igualmente, o relacionamento 
entre o pesquisador e o pesquisado não se dá como mera observação do primeiro pelo segundo, mas ambos “acabam 
se identificando, sobretudo quando os objetos são sujeitos sociais naturais” (demo, 1984, p, 115).
A preparação de uma pesquisa social, ou o processo de investigação, demanda um planejamento que é apontado por 
suas etapas e que devem ser desempenhadas pelo pesquisador. Não existe um modelo único para essas etapas, mas 
um consenso entre os autores facilita a organização da pesquisa nos seguintes procedimentos essenciais. Deve ser 
enfatizado que o esquema muita vezes apresentado, pode ser alterado e modificado de acordo com as necessidades 
da pesquisa. Através das informações, cada pesquisador poderá determinarqual o tipo de pesquisa que utilizará na 
sua produção acadêmica e também no campo profissional, ressaltando sempre da variedade de probabilidades para 
descobrir das questões sociais e a produção de conhecimento científico que contribua para a transformação social.
Apresenta-se a seguir um esquema que compreende nove etapas para o planejamento de uma pesquisa social:
a) Formulação do problema. 
b) Construção de hipótese ou determinações dos objetivos. 
c) Delineamento da pesquisa. 
PORDENTRODOTEMA
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d) Operacionalização dos conceitos e variáveis. 
e) Seleção da amostra. 
f) Elaboração dos instrumentos de coleta de dados. 
g) Coleta de dados. 
h) Análise e interpretação dos resultados. 
i) Redação do relatório.
Este esquema apresentado através destas nove etapas, nem sempre é rigorosamente analisado, pois muitas vezes, 
algumas das etapas podem não ser visualizados em algumas pesquisas. Entretanto, a correlação de etapas parece ser 
o mais coerente e com base nele é que serão desenvolvidos nos demais temas desta disciplina.
PORDENTRODOTEMA
ACOMPANHENAWEB
Refletindo sobre o significado do conhecimento científico
• Leia o texto de Siomara Borba Leite, Refletindo sobre o significado do conhecimento 
científico. Por meio dessa leitura deste texto, você poderá aprofundar seus conhecimentos e 
compreender o significado, as dimensões, as possibilidades e as contradições do conhecimento 
científico. Você irá trazer esta reflexão para o âmbito do debate proposto pelo tema “Conhecimento 
científico e conhecimento escolar”, que tem por objetivo oferecer alguns elementos para o 
entendimento do que é o conhecimento científico e sua articulação com o conhecimento escolar. 
Vai conseguir entender que o conhecimento científico, transmitido e assinalado em sala de aula, 
caracteriza-se por duas manifestações básicas, conhecimento propriamente dito, e o significado, 
o conhecimento como processo, o conhecimento em geral, o trajeto de apropriação do real.
Link para acesso: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/853/765> Acesso em 01 de 
abril de 2014.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/853/765
10
Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia de Ensino
• Leia o texto de Adriana Maria de Figueiredo, Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia 
de Ensino. Por meio da leitura deste texto, você poderá aprofundar seus conhecimentos e 
compreender o significado de algumas especificidades da Pesquisa Social e o problema da 
universalização das hipóteses em averiguação da realidade social, dadas as especialidades de 
seu objeto de análise. Terá a oportunidade de observar que a formação de pesquisadores tanto 
de graduação como de pós-graduação, requer reflexões que não se restrinjam aos aspectos 
meramente instrumentais da prática científica, requerendo o estudo e a prática das técnicas de 
pesquisa como uma das faces de uma mesma moeda, a produção de conhecimentos científicos, 
sem deixar, porem, de lado, a outra face, a das dimensões epistemológicas e teóricas envolvidas 
no labor de cientista.
Link para acesso: <http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/EDU/edu1501.htm>. Acesso em 01 de Abril de 2014.
Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência
• Assista ao vídeo, Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência, 
do Professor Jorge Barbosa, sobre a distinção entre conhecimento vulgar e conhecimento 
científico, os tipos de Conhecimento Senso Comum: conhecimento espontâneo, baseados em 
dados sensórios, na transmissão social dos princípios, crenças e preconceitos que expressam 
a experiência de uma comunidade. Ciência: conhecimento sistematizado e metódico, que utiliza 
raciocínios, provas e demonstrações para obter conclusões rigorosas acerca do funcionamento 
da natureza. Por meio deste vídeo você definirá os principais tipos de conhecimento e de que 
maneira os dois podem auxiliar a compreender os fenômenos sociais.
Link: <http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk> Acesso em 01 de abril de 2014. 
Tempo: 6:22
ACOMPANHENAWEB
http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/EDU/edu1501.htm
http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk
http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk
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ACOMPANHENAWEB
Unidade Curricular Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de 
Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC
• Assista ao vídeo, Unidade Curricular Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de 
Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC, com o professor Rafael Brinkhues - Vídeoaula 
1 – As Ciências Sociais e os Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. Este vídeo aborda 
os problemas sociais decorrentes do capitalismo, a necessidade de uma ciência para explicar 
o social, os tipos de pesquisa existentes e o processo que, utilizando a metodologia científica, 
permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social, e esta envolve 
todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos relacionamentos com outros homens 
e instituições sociais.
Link: <http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-ra-
fae> Acesso em 01 de abril de 2014. 
Tempo: 15:39
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
O questionamento ao modelo positivista se apresentou insuficiente para os estudos que abrangiam a análise do homem e da so-
ciedade, colaborando para que os estudiosos preparassem outros métodos para esse fim, gerando novos modelos e teorias que 
auxiliam as ciências sociais e que reforçavam a necessidade de discutir a relação entre sujeito-objeto da pesquisa. O que essa 
nova concepção vem afirmar?
http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae
http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae
http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
Pesquisa é o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Ela se distingue em três níveis: descrição, 
classificação e explicação. De acordo com Gil (2011), qual das alternativas abaixo define corretamente as pesquisas explicativas?
a) Têm como objetivo primordial a descrição das características de um grupo. 
b) Vão além da simples identificação da existência de relações variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação.
c) Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas 
mais precisos. 
d) Têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
e) São desenvolvidas com o objetivo de propiciar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Questão 3
A pesquisa social pode ser definida como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos co-
nhecimentos no campo da realidade social. A pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual, quando baseadas no 
desejo de conhecer pela simples satisfação para agir. Quando assim definida, a pesquisa social pode ser dividida em:
a) Pesquisa pura e pesquisa aplicada.
b) Pesquisa social e pesquisa científica.
c) Pesquisa científica e senso comum. 
d) Pesquisa comparativa e experimental. 
e) Pesquisa exploratória e pesquisa experimental. 
Questão 4
De acordo com Gil (2011), o ser humano, a partir de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia, utilizando di-
ferentes tipos de conhecimento, sendo um deles a observação. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de 
conhecimento. Por que podemos fazer essa afirmação?
13
Questão 5
No que se refere às etapas da pesquisa, Gil (2011), ressalta que em virtude dos diferentes tipos de pesquisasocial, bem como de 
seus objetivos, torna-se impossível apresentar um esquema único que indique todos os passos da pesquisa. Mas, para a maioria 
dos autores, quais são as principais etapas da pesquisa?
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu que existem diferentes formas de conhecimento e que por meio dele o homem 
transformou a sociedade, e através dele nasceu à ciência. Que o Positivismo foi à teoria que embasou a constituição das 
ciências e com o passar do tempo, seus preceitos foram arguidos quanto à aplicabilidade nos contextos sociais. Assim, 
apareceram outras teorias que superaram as perspectivas positivistas que permitiram aos estudiosos novas formas 
de compreender a sociedade advertindo suas particularidades, principalmente a subjetividade presente nos fatos, nos 
sujeitos pesquisados e no pesquisador. Você pode compreender que a pesquisa social atua como prática profissional e 
prática humana e está pautada nos questionamentos que são feitos com relação ao dia a dia, e que nestas questões, 
há uma fonte inesgotável de possibilidades para pesquisa. Você pode aprender que o conhecimento teórico e prático, 
sucedidos da pesquisa e do aprofundamento teórico sobre determinado assunto ou realidade, devem ser unificados 
para que se possa desenvolver uma ação profissional interventiva que tenha coerência, eficiência, eficácia e efetividade 
na produção acadêmica e também no campo profissional, na contribuição para a transformação social.
FINALIZANDO
BARBOSA, Jorge. Conhecimento Científico – Filosofia - Senso Comum e Ciência. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=nEMuGDhsnHk>. Acesso em: 01 de abr. 2014.
REFERÊNCIAS
http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk
http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk
14
BRINKHUES, Rafael. Vídeoaula 1 – As Ciências Sociais e os Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. Unidade Curricular 
Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC. 
Disponível em: <http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae> 
Acesso em 01 de abr. 2014. 
DICIONÁRIO PRIBERAM DE LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/ default.
aspx?pal=conhecer> Acesso em: 01 Abril. 2014.
DEMO, Pedro. Elementos metodológicos da pesquisa participante. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa 
participante. São Paulo: Brasiliense, 1983.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, 1973, v. 33. (Coleção Os Pensadores)
DUVERGER, Maurice. Método de las ciências sociales. Barcelona: Ariel, 1962.
FAL BORDA, Orlando. Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o papel da ciência na participação 
popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1983.
FIGUEIREDO, Adriana Maria de. Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia de Ensino. In: V Congresso de Ciências 
Humanas, Letras e Artes e Universidade Federal e V Congresso de Ciências Humanas e Sociais de Ouro Preto/MG. v. 1. p. 
154-154. 2001. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LEITE, Siomara Borba. Refletindo sobre o significado do conhecimento científico. Em Aberto, Brasília, ano 12, n.58. abr./jun. 1993.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. _____ (Org.) Pesquisa Social: teoria, 
método e criatividade. 22.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003. p. 16 a 21.
SELLTIZ, Clarie et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1972.
SKINNER, B.F. Ciência e humano. Nova Iorque: Macmillam, 1983.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.
REFERÊNCIAS
http://tv.ifsc.edu.br/videos/118/videoaula-1:-ci%C3%AAncias-sociais-e-pesquisas-sociais-professor-rafae
http://www.priberam.pt/dlpo/ default.aspx?pal=conhecer
http://www.priberam.pt/dlpo/ default.aspx?pal=conhecer
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Ciência: (latim scientia, -ae, conhecimento, saber, ciência). s.f.1. Conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios 
certos. 2. [Figurado] Saber, instrução, conhecimentos vastos (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Ciência Social: Ciência da organização e do desenvolvimento da sociedade (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Pesquisas exploratórias: “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modifi-
car conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos 
posteriores. De todos os tipos de pesquisa, essas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmen-
te envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos. Procedimentos 
de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas” (GIL, 
2011, p. 27). 
Pesquisas descritivas: “As pesquisas desse tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de de-
terminada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que 
podem ser classificados sob esse título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas 
padronizadas de coleta de dados”. (GIL, 2011, p. 28). 
Pesquisas explicativas: “São aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determi-
nam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimen-
to da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo é o tipo mais complexo e delicado, já que 
o risco de cometer erros aumenta consideravelmente” (GIL, 2011, p. 28).
GLOSSÁRIO
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GABARITO
Questão 1
Resposta: essa situação não invalida a pesquisa em ciências sociais, mas uma nova concepção que vem afirmar a 
diferença existente entre os objetos das ciências sociais em relação aos outros tipos de ciências existentes e demonstrar 
a necessidade de utilização de quadros de referência que ultrapassem a visão proposta pelo Positivismo.
Questão 2
Resposta: e) Têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos. 
Questão 3
Resposta: a) Pesquisa pura e pesquisa aplicada.
Questão 4
Resposta: valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior, utilizando-se da observação 
para coletar essas informações. De forma mais generalizada, a partir das observações do dia a dia o homem produz 
instrumentos que facilitam sua vida e, ao mesmo tempo, produzem um conhecimento que é prático, mas não é científico.
Questão 5
Resposta: na maioria dos autores parece existir consenso que, todo o processo de pesquisa social envolve: planejamento, 
coleta de dados, análise e interpretação, e redação do relatório.
Pesquisa em Serviço Social
Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio 
Tema 02
Métodos das Ciências Sociais
Tema 02
Métodos das Ciências Sociais
Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio
Como citar esse documento:
ANTONIO, Ana Lúcia Américo. Pesquisa em Serviço Social: Métodos das Ciências Sociais. Caderno de Atividades. Anhanguera Educacional: Vali-
nhos, 2014. 
Índice
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portuguesa ou qualquer outro idioma.
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Caríssimo (a) acadêmico (a), o presente tema o auxiliará a conhecer mais amplamente as definições dos principais 
métodos de pesquisa científica e sua aplicabilidade. De posse destas informações, será possível que você, além de 
fazer uma análise sobre as diversas pesquisas realizadas em distintas áreas, também possa identificar a mais utilizada 
no campo das ciências sociais.
O método científico é o conjunto de procedimentos basilares a serem seguidos para a produção de conhecimentos que 
têm o rigor da ciência, ou seja,é um método utilizado para a pesquisa e comprovação de um determinado assunto.
O método científico parte da observação sistemática de fatos, seguido da realização de experiências, das deduções 
lógicas e da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos estudiosos, o método científico é a lógica 
aplicada à ciência. Ou seja, sem o conhecimento e aplicabilidade de um método cientifico adequado não é possível obter 
êxito no desvendamento de algo que quer se comprovar ou negar.
Como você pode observar, o tema em epígrafe será de grande valia para você, futuro assistente social, pois se sabe que, 
além da argumentação, a luta pelos direitos sociais encontra-se também alicerçada em pesquisas, as quais demandam 
a utilização de métodos científicos adequados.
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Métodos das Ciências Sociais
1.1. Concepções do Método Científico
Segundo Iglesias (2013), as bases do método científico originaram-se com os filósofos da Grécia antiga, porém foi 
se aperfeiçoando em conformidade com os avanços e transformações de cada época.
Ainda de acordo com o autor, o método cientifico é oriundo do pensamento de Parâmides, e posteriormente foi 
aperfeiçoado empiricamente pelo pensador Descartes e pelo físico inglês Isaac Newton. Descartes propôs aproximar-se 
da veracidade por meio da suspeita sistemática e da análise de um problema fracionado, características que definiram 
a base da pesquisa científica. Entendendo-se os elementos mais simples, gradativamente incorporam-se mais variáveis, 
em busca da definição do todo.
Um dos momentos relevantes relacionados ao desenvolvimento do método cientifico, ocorrido no século passado, foi 
a constituição de uma sociedade que ficou conhecida como “O Círculo de Viena”. Em 1919, o grupo incluiu renomados 
cientistas e pensadores, como Rudolf Carnap, Otto Neurath, Herbert Feigl, Phillip Frank, entre outros, e adicionou o 
conceito de “Positivismo lógico” para a pesquisa. O positivismo objetivava um lugar na filosofia geral, também conhecida 
como empirismo lógico ou neopositivismo, limitando o conhecimento unicamente à ciência. Essencialmente, o que eles 
defendiam é que a ciência deveria ser edificada com base no conhecimento que não emanasse dúvidas e explorar a 
lógica da confirmação. Assim, tudo, antes de se tornar conhecimento, deveria ser confirmado (Idem).
Para Karl Popper, filósofo e cientista austríaco naturalizado britânico, nem a inquirição nem a dedução serviam ao 
intento colocado, o de compreender a realidade como ela é, e não como gostaria que fosse. O cientista precisa atuar 
com o falseamento, deve construir uma hipótese e examinar hipóteses procurando não apenas evidências de que ela 
está certa, mas principalmente proeminências de que ela não está correta. Se a hipótese não resistir ao teste, diz-se 
que ela foi falseada. Caso não, diz-se que foi afirmada. Popper afirmou também que a ciência não é um conhecimento 
definitivo, mas, sim, que trabalha por meio de contínuos falseamentos (Iglesias, 2013).
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Não se prova uma teoria científica, mas se sobrepõe muito conhecimento na investigação dela. Alguns anos depois, 
Thomas Kuhn entendeu que os padrões são dados fundamentais do método científico, sendo os momentos de 
transformações de mudança de padrões chamados de revoluções científicas. O método científico é construído de forma 
que a ciência e suas teorias evoluam com o tempo (Idem).
As dissertações relativas à metodologia científica foram inúmeras vezes criticadas entre os filósofos gregos e pensadores 
do século XX. O método foi repreendido por vários pensadores contrários ao pensamento cartesiano da lógica e da 
metodologia de teste. Por exemplo, o filósofo francês Edgar Morin propôs que a pesquisa precisaria ser concebida de 
forma global e não metódica. Já o pensamento cartesiano alude que a divisão organizada seria mais importante para a 
compreensão de assuntos dentro de um contexto global.
1.2. Método Científico
Método científico é o conjunto de preceitos básicos a serem seguidos para a produção de conhecimentos que têm 
o rigor da ciência, ou seja, é um método utilizado para a pesquisa e comprovação de um determinado teor. 
O método científico parte da observação sistemática de fatos, seguido da realização de experiências, das deduções 
lógicas e da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos autores, o método científico é a lógica aplicada 
à ciência.
Trata-se de um trabalho sistemático, que busca dar respostas às questões estudadas, um caminho a ser percorrido no 
intuito de conduzir à formulação de uma teoria científica. É um trabalho minucioso, que segue um caminho sistemático, 
na busca de respostas às questões estudadas.
O método científico é o instrumento do pesquisador, que, ao final de seu processo de pesquisa, esclarece e supõe 
um conjunto de ocorrências provenientes da aplicação de suas teses. Um artigo científico é o resultado de um estudo 
realizado e comprovado através do método científico, o qual constitui uma forma de ratificar a veracidade de algumas 
teses desacreditadas pelo ceticismo. Em oposição ao método científico, está o método empírico, que é baseado 
unicamente na experiência, sem nenhum processo científico.
De acordo com o autor do Plt, para que um conhecimento seja considerado científico, faz-se necessário identificar as 
operações mentais e técnicas que possibilitem sua verificação. Em outras palavras: definir o método que possibilitou 
chegar a esse conhecimento.
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Pode-se definir método como o caminho para se atingir determinada meta, e o método científico como a conjugação dos 
procedimentos intelectuais e técnicos utilizados para alcançar determinado conhecimento.
Diversos pensadores do passado manifestaram a aspiração de determinar um método universal aplicável a todos os ramos 
do conhecimento. Atualmente, porém, os cientistas e filósofos da ciência preferem falar numa diversidade de métodos, 
que são determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela categoria de proposições a elucidar. Assim, pode-se afirmar 
que a Matemática não possui o mesmo método da Física, e que esta não tem o mesmo método da Astronomia. E com 
relação às ciências sociais, pode-se mesmo inferir que dispõem de grande variedade e métodos (Gil, 2011. p. 8).
Para Gil (2011), diante do grande número de métodos, torna-se apropriado classificá-los. Vários sistemas de classificação 
podem ser adotados. Para os fins pretendidos neste trabalho, os métodos encontram-se classificados em dois grandes 
grupos: os que proporcionam as bases lógicas da investigação científica e o dos que esclarecem acerca dos procedimentos 
técnicos que poderão ser utilizados.
Esta é uma categorização que apresenta similaridades ao de Ferrari (1982, p.23), que fala dos métodos gerais e discretos 
e a de Lakatos (1992, p. 81), que trata em métodos de abordagem e em métodos de procedimentos.
1.3. Métodos que proporcionam as bases lógicas da investigação
Estes métodos esclarecem sobre os procedimentos lógicos que deverão ser obedecidos no processo de investigação 
científica dos fatos da natureza e da sociedade. São, pois, métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstração, 
que possibilitam ao pesquisador decidir sobre o alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da 
validade de suas generalizações. 
Podem ser inseridos neste grupo os métodos: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. Casa 
um deles vincula-se a uma das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da 
realidade. 
O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo, o indutivo relaciona-se ao racionalismo, o indutivo ao empirismo, 
o hipotético-dedutivo ao neopositivismo, o dialético ao materialismo dialético e o fenomenológico, à fenomenologia. 
(Gil, 2011, p.9).
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1.3.1. Método dedutivo
O método dedutivo, de acordo com a definição clássica, é o método que parte do geral e, a seguir,declina ao 
particular. Alguns elementos de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis possibilitam chegar 
às conclusões puramente formais, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos 
racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento 
verdadeiro, que provém de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. (GIL, 2011, p.9).
O padrão do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica que, a partir de duas proposições 
chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão. 
O método dedutivo encontra ampla aplicação em ciências como a Física e a Matemática, cujos princípios podem ser 
enunciados como leis. Por exemplo, da lei da gravitação universal, que estabelece que “matéria atrai matéria na razão 
proporcional às massas e ao quadrado da distância”, podem ser deduzidas infinitas conclusões, das quais seria muito 
difícil duvidar.
Nas ciências sociais, a utilização desse método é bem mais restrita, em virtude da dificuldade na obtenção de argumentos 
gerais, cuja veracidade não pode ser posta em dúvida.
É verossímil que no cenário das ciências sociais, sobretudo na Economia, têm sido formuladas leis gerais, como a 
lei da oferta e da procura e a lei dos rendimentos decrescentes. No entanto, apesar do valor atribuído a essas leis na 
explicação dos fatos econômicos, suas exceções são facilmente verificadas. O que significa que considerar leis dessa 
natureza como premissas para deduções torna-se um procedimento bastante crítico.
Mesmo sob o prisma puramente lógico, há várias objeções ao método dedutivo. Uma delas é a de que o raciocínio 
dedutivo é essencialmente tautológico, ou seja, permite concluir, de forma diferente, a mesma coisa. Outra objeção ao 
método dedutivo refere-se ao caráter apriorístico de seu raciocínio. De fato, partir de uma afirmação geral significa supor 
um conhecimento prévio. (Gil, 2011, p. 9-10).
1.3.2. Método indutivo
O método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização como um produto 
posterior do trabalho de coleta de dados particulares. Em conformidade ao raciocínio indutivo, a generalização não 
deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente 
confirmadores dessa realidade. Constitui o método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume) para 
os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios 
preestabelecidos. (Idem, p. 10).
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Neste método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se deseja conhecer. A seguir, procura-se 
compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. (Idem, p. 9-10).
1.3.3. Método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de críticas de indução, expressas em A lógica da 
investigação científica, obra publicada pela primeira vez em 1935.
Para Popper, a indução não se justifica, pois o salto indutivo de “alguns” para “todos” exigiria que a observação de fatos isolados 
atingisse o infinito, o que nunca poderia ocorrer, por maior que fosse a quantidade de fatos observados. (Gil, 2011, p. 12).
Ainda segundo Gil (Idem), o método hipotético-dedutivo denota notável aceitação, sobretudo no campo das ciências 
naturais. Nos círculos neopositivistas chega a ser considerado o único método rigorosamente lógico.
1.3.4. Método dialético
O conceito de dialética não é recente, mas, sim, tema de discussão de várias décadas passadas. A concepção hegeliana 
de dialética é de natureza idealista, que aprova a supremacia do juízo sobre a matéria. Essa percepção não foi bem 
aceita por Karl Marx e Friedrich Engels, que enxergaram a dialética de uma forma totalmente diferente, pois a concebiam 
com alicerces materialistas, depositando nela a supremacia da hegemonia da matéria em relação às ideias. 
O materialismo dialético pode ser entendido como um método de interpretação da realidade, que se fundamenta em três 
grandes princípios (Engels, 1974): unidade dos opostos, quantidade e qualidade e negação da negação.
A dialética disponibiliza as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade, já que assume que os fatos 
sociais não podem ser concebidos quando considerados isoladamente, e que antes precisam ser consideradas as suas 
influências políticas, econômicas, culturais etc. (Ibidem, p. 13).
1.3.5. Método fenomenológico
O método fenomenológico, apresentado por Edmund Husserl (1859-1938) propõe-se a estabelecer uma base segura e liberta 
de proposições para todas as ciências. Nas pesquisas realizadas sob o enfoque fenomenológico, o pesquisador preocupa-
se em esclarecer o que é dado. O que interessa ao pesquisador não é o mundo que existe, nem o conceito subjetivo, nem 
uma atividade do sujeito, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, realiza-se para cada pessoa. 
Interessa aquilo que é sabido, posto em dúvida, amado, odiado etc. (Bochenski, 1962). O objeto de conhecimento para a 
fenomenologia não é o sujeito nem o mundo, mas o mundo enquanto é vivido pelo sujeito. (Gil, 2011, p. 14).
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1.4. Métodos que indicam os meios técnicos da investigação
Esses métodos têm por escopo proporcionar ao investigador os meios técnicos que afiancem a objetividade e a 
exatidão no curso dos fatos sociais. Mais propriamente, possuem o intuito de disponibilizar a orientação necessária à 
realização da pesquisa social, sobretudo no que tange à obtenção, processamento e validação dos dados relacionados 
à hipótese que está sendo investigada.
Os métodos peculiares mais utilizados nas ciências sociais são: o experimental, o observacional, o comparativo, o 
estatístico, o clínico e o monográfico. (Ibidem, p. 15).
1.4.1. Método experimental
O método experimental consiste em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em 
condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no 
objeto. (Ibidem, p.16).
1.4.2 Método observacional
É um dos métodos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Pode ser considerado 
mais primitivo e consequentemente mais impreciso, mas, por outro lado, é mais moderno, possibilitando elevado grau 
de precisão nas ciências sociais (Idem).
1.4.3. Método comparativo
Procede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e 
similitudes entre eles. (Gil, 2011, p. 16).
1.4.4. Método estatístico
Fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para investigação 
em ciências sociais. Fornece considerável esforço às conclusões obtidas, sobretudo mediante a experimentação e a 
observação. (Ibidem, p. 17).
1.4.5. Método clínico 
Apoia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. É utilizado, principalmente, na pesquisa 
psicológica, onde os pesquisadores são indivíduos que procuram o psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda (Idem).
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1.4.6. Método monográfico
Parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos 
outros ou mesmo de todos os casos semelhantes. Esses casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, 
comunidades etc. (Ibidem, p. 18).
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Os métodos científicos como possibilidade de construção de conhecimentos 
no ensino de ciências
• Leia o artigo de Marly Aparecida Giraldelli Marsulo e Rejane Maria Ghisolfi da Silva, Os métodos 
científicos como possibilidade de construção de conhecimentos no ensino de ciências. O presente 
artigo busca discutir o(s) método(s) científico no âmbito do ensino de Ciências, a sua valoração 
e o seu papel na construção dos conhecimentos. Em termos mais específicos, procura mostrarcomo o método científico pode ser usado na exploração/construção de conceitos científicos 
e, em especial, nas Ciências, visando discuti-lo numa perspectiva de postura a ser assumida 
diante do real e não como um conjunto de técnicas e passos que se aplicam a qualquer objeto 
de estudo. Publicado na Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. Vol. 4 Nº 3 (2005).
Link: <http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen4/ART3_Vol4_N3.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2014.
Método Científico
• Leia o texto de Caroline Faria, Método Científico. Por meio da leitura deste texto, você poderá 
ampliar seus conhecimentos e compreender o significado de método científico, que pode ser 
definido como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregado em uma investigação 
científica com o intuito de obter resultados o mais confiáveis possível. Entretanto, o método 
científico é algo mais subjetivo, ou implícito, do modo de pensar científico do que um manual 
com regras explícitas sobre como o cientista, ou outro, deve agir.
Link para acesso: <http://www.infoescola.com/ciencias/metodo-cientifico/>. Acesso em: 10 mar. 2014.
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http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen4/ART3_Vol4_N3.pdf
http://www.infoescola.com/ciencias/metodo-cientifico/
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Vídeo: Metodologia Cientifica 1
• Assista ao vídeo Metodologia Cientifica 1. Este vídeo aborda de forma didática e simples os 
passos da metodologia científica. Com certeza ele será de grande valia para o seu entendimento 
com relação à temática. 
Link para acesso: <http://www.youtube.com/watch?v=41efNcLMe0k>. Acesso em: 11 mar. 2014.
Tempo: 12:39.
Vídeo: Método Científico
• Assista ao vídeo Método Cientifico produzido pelo Instituto de Bioquímica Médica e conheça 
mais sobre o Método Científico. Este vídeo aborda o surgimento do universo, do método cientifico 
e sua utilização. Disponível em:
Link: <http://www.proficiencia.org.br/article.php3?id_article=489>. Acesso em: 11 mar. 2014.
Tempo: 12:50.
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http://www.youtube.com/watch?v=41efNcLMe0k
http://www.proficiencia.org.br/article.php3?id_article=489
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Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
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Questão 1
O positivismo objetivava um lugar na filosofia geral, também conhecida como empirismo lógico ou neopositivismo, restringindo o 
conhecimento exclusivamente à ciência. Essencialmente, o que eles defendiam?
Questão 2
De acordo com a definição clássica, é considerado o método que parte do geral e, em seguida, declina ao particular. Para Gil 
(2011), a qual dos métodos o enunciado se refere: 
a) Dedutivo. 
b) Indutivo.
c) Hipotético-dedutivo.
e) Dialético.
e) Fenomenológico.
Questão 3
Estes métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fa-
tos sociais. Mais especificamente, visam fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, principalmente no que se refere 
à obtenção, processamento e validação dos dados pertinentes à problemática que está sendo investigada. Assim, os métodos específicos 
mais adotados nas ciências sociais são EXCETO: o experimental, o observacional, o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico: 
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AGORAÉASUAVEZ
a) O experimental, o observacional, e o comparativo.
b) O estatístico, o clínico e o monográfico.
c) O experimental, o observacional o comparativo.
d) O clínico e o monográfico e experimental.
e) O exploratório, o experimental e organizacional.
Questão 4
Para Gil (2011), diante do grande número de métodos, torna-se apropriado classificá-los. Vários sistemas de classificação podem 
ser adotados. Para os fins pretendidos neste trabalho, os métodos encontram-se classificados em dois grandes grupos. Quais 
seriam estes dois grupos?
Questão 5
Segundo Gil (2011), diversos pensadores do passado manifestaram a aspiração de determinar um método universal aplicável a 
todos os ramos do conhecimento. Atualmente, porém, os cientistas e filósofos da ciência possuem outra opinião, qual seria?
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Neste tema, você aprendeu que existem diferentes tipos de métodos científicos, a importância de cada um e a 
sua utilização em cada contexto. Foi possível, assim, conhecer o surgimento deste instrumento tão importante para a 
comprovação de hipóteses e fatos da nossa história. Construção esta, como pudemos observar, longa e permeada por 
várias discussões e contribuições dos grandes estudiosos da história da humanidade.
É importante salientar que, para que o conhecimento seja considerado científico, torna-se necessário identificar as 
operações mentais e técnicas que irão possibilitar a sua verificação. Em outras palavras, determinar o método que 
possibilitará ao pesquisador chegar ao conhecimento pretendido.
Assim, você, enquanto futuro pesquisador, precisa e deve conhecer este amplo leque de métodos a serem utilizados, 
para que, de posse deste conhecimento, identifique qual o melhor método a ser aplicado a cada situação.
FINALIZANDO
BARBOSA, Jorge. Conhecimento Cientifico – Filosofia – Senso Comum e Ciência. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=nEMuGDhsnHk>. Acesso em 03 de mar. 2014.
BRINKHUES, Rafael. Vídeo-aula 1 – As Ciências Sociais e os Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. Unidade Curricular 
Sistemas e Políticas Públicas do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública da UAB IFSC. Disponível em: <http://tv.ifsc.
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DICIONARIO INFORMAL. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/ Acesso 11 de mar. de 2014.
DICIONÁRIO PRIBERAM DE LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/ default.
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15
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DUVERGER, Maurice. Método de las ciências sociales. Barcelona: Ariel, 1962.
FAL BORDA, Orlando. Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o papel da ciência na participação 
popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1983.
FIGUEIREDO, Adriana M. Iniciação à Pesquisa Social – Uma Estratégia de Ensino. In: V Congresso de Ciências Humanas, 
Letras e Artes e Universidade Federal e V Congresso de Ciências Humanas e Sociais de Ouro Preto/MG. v. 1. p. 154-154. 
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GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
IGLESIAS, Rodolfo. O método científico. Disponível em http://portalciencia.org/o-metodo-cientifico/ Publicado em 30 de abril de 
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LEITE, Siomara B. Refletindo sobre o significado do conhecimento científico. Em Aberto, Brasília, ano 12, n.58. abr./jun. 1993.
MINAYO, Maria C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. _____ (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e 
criatividade. 22ª ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003. p. 16 a 21.
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THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.
REFERÊNCIAS
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Cartesiano: Cartesianismo é uma forma de racionalismoderivado do pensamento do filósofo René Descartes. Ele 
sustenta-se no dualismo mente-corpo, em que a essência da mente é pensar e a do corpo ou matéria é existir em três 
dimensões. O cartesianismo propõe a aplicação do que Descartes chamou de “método cético”, com o qual ele procurou 
demonstrar que o homem é essencialmente uma coisa pensante e que a mente é essencialmente diferente do corpo.
Assim, na busca do conhecimento exato ou da verdade, os nossos sentidos corporais podem ser enganados, mas, 
segundo Descartes, mesmo nessa situação uma coisa permanece verdadeira: o fato de estarmos pensando. Daí vem 
sua famosa frase: “Penso, logo existo”. A tese cartesiana possibilitou a ideia de que o mundo pode ser visto sob uma 
perspectiva objetiva externa a ele, em que o observador pode ser neutro e passivo. O cartesianismo gerou importantes 
ramificações na ciência, assim como tem sido alvo de várias críticas, como as elaboradas pelo filósofo alemão Martin 
Heidegger. (DICIONARIO INFORMAL).
Cético: (do francês sceptique). Pertencente ou relativo ao ceticismo. Adjetivo e substantivo masculino. Que ou quem é 
partidário do ceticismo. Que se mostra incrédulo, descrente. (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Hipóteses: suposições do que é possível (para o fato de se tirar uma conclusão). Teoria não demonstrada mas provável; 
suposição. (DICIONÁRIO PRIBERAM). 
Métodos: substantivo masculino
1. Ordem pedagógica na educação.
2. Tratado elementar.
3. Processo racional para chegar a determinado fim.
4. Maneira de proceder.
5. Processo racional para chegar ao conhecimento ou demonstração da verdade.
6. Obra que contém disposta numa ordem de progressão lógica os principais elementos de uma ciência, de uma arte.
7. [Figurado] Prudência; ponderação.
(DICIONÁRIO PRIBERAM). 
GLOSSÁRIO
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Sistemático: (grego sustematikós) adjetivo
1. Pertencente ou relativo a um sistema. Sistêmico.
2. Que segue um sistema (ex.: método sistemático).
3. Que é metódico ou ordenado. = meticuloso, organizado.
4. Que é constante, contínuo ou persistente.
5. Relativo à sistemática.
(DICIONÁRIO PRIBERAM).
GLOSSÁRIO
GABARITO
Questão 1
Resposta: essencialmente, o que eles defendiam é que a ciência deveria ser construída com base no conhecimento 
que não emanassem dúvidas e explorar a lógica da confirmação. Ou seja, tudo, antes de se tornar conhecimento, 
deveria ser confirmado.
Questão 2
Resposta: alternativa A. O padrão do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica que, a partir 
de duas proposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão.
Questão 3
Resposta: alternativa E. Os métodos específicos mais adotados nas ciências sociais são: o experimental, o observacional, 
o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico.
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Questão 4
Resposta: os que proporcionam as bases lógicas da investigação científica e o dos que esclarecem acerca dos 
procedimentos técnicos que poderão ser utilizados.
Questão 5
Resposta: atualmente, os cientistas e filósofos da ciência preferem falar numa diversidade de métodos, que são 
determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela categoria de proposições a elucidar. Assim pode-se afirmar que a 
Matemática não possui o mesmo método da Física, e que esta não tem o mesmo método da Astronomia.
Pesquisa em Serviço Social
Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio 
Tema 03
Formulação de Problema e Construção de Hipóteses na Pesquisa Social
Tema 03
Formulação de Problema e Construção de Hipóteses na Pesquisa Social
Autoria: Ana Lúcia Américo Antonio
Como citar esse documento:
ANTONIO, Ana Lúcia Américo. Pesquisa em Serviço Social: Formulação de Problema e Construção de Hipóteses na Pesquisa Social. Caderno de 
Atividades. Anhanguera Educacional: Valinhos, 2014.
Índice
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portuguesa ou qualquer outro idioma.
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Formulação de problema e construção de hipóteses na pesquisa social
 O que é problema?
Ao se falar em pesquisa social, presume-se que para a realização de uma pesquisa, se faz necessário à identificação 
de algum tipo de problema. Entretanto, antes de indentificá-lo, é necessário ilustrar o significado da terminologia 
“problema”. Uma concepção muito recorrente é a de que o problema é uma questão complexa, algo não muito fácil de 
explicar ou resolver. 
Outra concepção já detecta o “problema” como algo que desencadeia uma desestabilização, aflição ou constrangimento 
nas pessoas. Porém, sob a ótica científica, problema é visto como qualquer pendência não resolvida, em qualquer 
propriedade do conhecimento. (GIL, 2011, p. 33).
Caríssimo (a) acadêmico (a), o tema em pauta possibilitará você a saber mais sobre como formular um problema e 
os seus diversos tipos de formulação a cada tipo de pesquisa e sua aplicabilidade. Você terá a oportunidade de conhecer 
proficuamente as principais indagações que são feitas na elaboração de um problema, que é considerado um dos itens 
principais no processo inicial quando se realiza uma pesquisa científica. 
A seguir, a temática a ser discutida refere-se à construção de hipóteses, conceituação e tipos de hipóteses, relacionando-
as aos modelos de pesquisas. O papel essencial da hipótese na pesquisa é sugerir elucidações para os fatos. Essas 
sugestões podem ser a resolutividade do problema, e podem ser verdadeiras ou falsas. Também será discutida a 
importância das variáveis e suas relações, como a relação causal e as fontes das hipóteses e suas características. 
Como você pode observar, o tema em questão será de grande valia para você, futuro assistentes social, já que a 
pesquisa é um dos instrumentos basilares dos assistentes sociais na luta pela concretização dos direitos sociais. 
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Para Gil (2011, p.33), a terminologia “problema”, relacionada a questão científica, pode ser exemplificado como:
Assim, podem ser consideradas como problemas científicos as indagações: Qual a composição da atmosfera de 
Vênus? Qual a causa da enxaqueca? Qual a origem do homem americano? Qual a probabilidade de êxito das 
operações para transplante de fígado? 
Gil (2011), também tece importantes indagações em relação aos problemas no âmbito das ciências sociais, como: será 
que as propagandas de cigarro veiculadas nas mídias sociais contribuem para a adesão ao hábito de fumar? Essa e 
outras indagações no campo das ciências sociais são empreendidas pelo autor sob uma vertente de problema, que deve 
ser compreendido e analisado.
Para compreender o que é problema científico, Kerlinger (1980, p.33) apresenta inicialmente que seja analisado aquilo 
que não é um problema científico, por exemplo, o que fazer para aprimorar a qualidade dos transportes urbanos? Como 
obter uma melhor ou mais justa distribuição de renda? Como fazer para melhorar a condição de vida das pessoas 
empobrecidas? Para Gil (2011), nenhum destes problemas é a rigor um problema científico, já que não podem ser 
pesquisados de acordo com os métodos científicos, em consonância aos modelos ofertados. 
Para Kerlinger (1980), tanto na questão relacionada à melhora dos transportes urbanos, como os assuntos relacionados 
a renda dos pobres,é um problema de engenharia. A ciência pode disponibilizar inspirações e incidências referentes a 
possíveis respostas, mas não tem como responder de forma clara e absoluta a esses problemas. Não se trata de como 
são os eventos, suas causas e consequências, mas inquirem acerca de como fazer as coisas (GIL, 2011, p. 34).
1. Escolha do problema da pesquisa
1.1. Implicações na escolha do problema
Com relação à investigação social, a primeira medida a ser feita é eleger o problema a ser pesquisado. O que 
precisa ser procedido com algumas indagações? Como pesquisar? Por que pesquisar?Qual a importância do assunto 
a ser pesquisado? Quem será favorecido com os seus resultados?
O pesquisador, desde o momento em que opta por resolver um problema, é influenciado pelo seu meio cultural, social e 
econômico. A seleção do problema possui similitude com grupos, instituições, comunidades e ideologias com as quais o 
pesquisador se identifica e convive.
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1.2. Relevância do problema
A pesquisa social objetiva oferecer respostas a problemas de ordem de importância intelectual e de importância prática. 
Segundo Gil (2011, p.35), 
Um problema será relevante em termos científicos à medida que conduzir à obtenção de novos conhecimentos. 
Para se assegurar disso, o pesquisador necessita fazer levantamento bibliográfico da área, entrando em contato 
com as pesquisas já realizadas, verificando quais os problemas que não foram pesquisados, quais os que não o 
foram adequadamente e quais os que vêm recebendo respostas contraditórias. Este levantamento bibliográfico é 
muitas vezes demorado e pode constituir mesmo uma pesquisa de cunho exploratório, cujo produto final será a 
recolocação do problema sob um novo prisma. 
A importância social de um problema está atrelada indiscutivelmente aos valores de quem a avalia. O que pode ser 
relevante para uma pessoa, pode não ser para outra.
1.3. Oportunidade de pesquisa
Em alguns casos, a seleção de um problema é apontada pela oportunidade que algumas instituições ofertam e não pela 
sua importância.
Existem instituições que disponibilizam financiamento para pesquisas em determinada área. Outras, embora não 
disponibilizem recursos financeiros, oferecem condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisas. Essas 
condições podem ser a inserção de determinado grupo da população, ao uso de documentos, ou a utilização de instrumental 
para coleta e análise dos dados. Nas duas situações, a indicação da pesquisa será definida mais pelas particularidades 
das instituições do que por seu interesse científico. Porém, isto não impossibilita que pesquisas importantes sejam 
desenvolvidas sob estas condicionantes. (GIL, 2011, p.35-36).
1.4. Comprometimento na escolha do problema
A opção do problema de pesquisa incide em algum tipo de comprometimento. Quando o pesquisador está conectado 
como técnico numa instituição, possui uma predisposição em desenvolver pesquisas que são apresentadas pelos seus 
superiores ou por seus clientes.
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Para Gil (2011, p.36) 
Mesmo que a escolha do problema seja de livre escolha do pesquisador, o comprometimento pode estar ligado 
aos programas ou à ideologia da organização. Ainda nos casos em que o pesquisador desenvolve o seu trabalho 
de forma autônoma, com objetivos fundamentalmente científicos, existe um mínimo de comprometimento, pois os 
padrões culturais, filosofias de vida e ideologia criam certo engajamento na seleção do problema. 
1.5. Modismo na escolha do problema
É comum selecionar um problema determinado por algum modismo. Essa situação pode ser exemplificada no caso 
de países mais desenvolvidos, que realizam pesquisas em determinadas áreas, e logo a seguir outros países passam 
também a desenvolver o mesmo tipo de pesquisa. Também quando uma temática é vastamente debatida, principalmente 
pelos meios de comunicação, passa a ser objeto dos pesquisadores sociais. (GIL, 2011, p. 37).
1.6. Processo de formulação do problema
Formular um problema na área da pesquisa não é algo simples. Cohen e Nagel (1934, p.2333, apud, GIL, 2011, p. 37) 
identificam a capacidade de elaborar problemas como sinal de genialidade científica. Porém, não basta a genialidade. 
Geralmente, nas pesquisas sociais, inicia-se o processo com uma indagação formulada temporariamente, uma pergunta 
inicial, que poderá ser modificada no decorrer da pesquisa.
Sugere-se que após essa formulação temporária do problema, proceda-se a realização de leituras e entrevistas 
exploratórias, com especialistas na área e com o público alvo a que se refere o estudo.
Mesmo que não se pretenda fazer uma produção totalmente científica, é indispensável conhecer alguns trabalhos 
relacionados ao tema em questão. Assim, as leituras irão consubstanciar a qualidade na formulação do problema. As 
entrevistas possibilitarão estabelecer um contato com a realidade vivenciada pelos atores sociais. (GIL, 2011, p. 37).
1.7. Regras para formulação do problema
Afirma Gil (2011, p.37), que
Não existem regras absolutamente rígidas para a formulação de problemas. O que existe são recomendações 
baseadas na experiência de pesquisadores sociais que, quando aplicadas, facilitam a formulação do 
problema. 
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1.8. O problema deve ser formulado como pergunta
A indagação convida a uma resposta e auxilia a centralizar a atenção do pesquisador nas informações necessárias 
para dar uma resposta. Assim, ao fazer uso da interrogação, esta contribui para que a resposta se torne algo simples 
e objetivo. Porém, há pesquisadores que preferem formular seus enunciados de forma declarativa, como o enunciado 
de um objetivo. O pesquisador que utiliza este procedimento sinaliza de certa forma os passos a serem adotados para 
a investigação dos dados necessários. (GIL, 2011, p. 38).
1.9. O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável
Pesquisadores iniciantes possuem uma predisposição em elaborar problemas amplos e genéricos, inviabilizando muitas 
vezes a pesquisa. Já os pesquisadores experientes elegem um problema amplo, para em seguida, mediante a revisão 
de literatura e discussão do tema com outras pessoas experientes da área, vão gradativamente afunilando o problema, 
até que o mesmo se torne algo específico. (GIL, 2011, p. 38).
1.10. O problema deve ter clareza
Gil (2011, p.38) advoga,
Os termos utilizados na formulação do problema devem ser claros, deixando explícito o significado com os que 
estão sendo utilizados. Convém, portanto, utilizar termos próprios do vocabulário científico. Um problema que 
envolva, por exemplo, o termo socialização, deve ser esclarecido. Em Sociologia esse termo refere-se ao processo 
de integração dos indivíduos aos grupos sociais. A acepção com esse termo é mais utilizado, no entanto, é a de 
extensão de vantagens particulares à sociedade inteira. 
1.11. O Problema deve ser preciso
Existem terminologias que podem ser consideradas conceitualmente claras, porém não exatas, pois não fornecem 
informações relativas aos limites de sua aplicabilidade. Portanto, é extremamente importante elaborar problemas com 
conceitos possíveis de mensurar. (GIL, 2011, p. 38-39).
1.12. O Problema deve apresentar referências empíricas
A alusão a este critério nem sempre é acessível nas ciências sociais, pois estas lidam também com valores sociais. 
Ocorre que há uma perspectiva de que as pesquisas sociais garantam respostas a juízos de valor.
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O empirismo nas ciências sociais institui questões críticas. Há autores no ramo da Psicologia que aderem uma orientação 
subjetivista, que concebe o conhecimento como pura atividade da consciência. Negando o status de existência real. 
(GIL, 2011, p. 39).
1.13. O Problema deve ser ético
Pesquisas que abrangem seres humanos devem distinguir-se pelo cumprimento dos princípios éticos explicitados por 
normas aceitas internacionalmente.
Atualmente há uma concordância por parte dos pesquisadores de que pesquisas sociais podem adotar métodos que 
são mais invasivos que os utilizados em pesquisa biomédica. 
Na maioria das instituições de ensino que realizam pesquisas com seres humanos, existem os comitês de ética, os quais 
possuem a atribuição de analisar previamente os projetos de pesquisa, objetivando identificar possíveis incompatibilidades 
de natureza ética. (GIL, 2011, p. 40).
2. Construção de hipóteses
A primeira etapa a ser cumprida para uma pesquisa científica é a formulação de um problema. Logo em seguida, 
deve-se construir hipóteses, na tentativa de solucionar esse problema. 
Esclarece Gil (2011) que o papel essencialda hipótese na pesquisa é indicar explicações para os fatos. Essas indicações 
podem ser a resolutividade para o problema. Podem ser verdadeiras ou falsas, porém se forem bem formuladas, levam 
a verificação empírica, que é o escopo da pesquisa científica.
2.1. Tipos de hipóteses
2.1.1. Hipóteses casuísticas
Determinadas hipóteses estão relacionadas a algo que ocorre em algum caso; corroboram que um objeto, ou pessoa, ou 
fato exclusivo possui determinada característica. Exemplificando, pode-se formular a hipótese de que Shakespeare não 
existiu, que as obras a ele atribuídas foram escrita por outra pessoa. Este tipo de hipótese é mais comum na pesquisa 
histórica. (GIL, 2011, p. 42).
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2.1.2. Hipóteses que se referem à frequência de acontecimentos 
Estas hipóteses surgem em pesquisas descritivas, principalmente no campo da Antropologia, Sociologia Social. 
Geralmente abreviam que certa característica ocorre, com maior ou menor intensidade, num grupo, sociedade ou cultura. 
(GIL, 2011, p. 42).
2.1.3. Hipóteses que estabelecem relações entre variáveis 
Variáveis e suas relações – as hipóteses referentes a este grupo são mais complicadas que as mencionadas 
anteriormente.
A terminologia variável é uma das mais utilizadas no vocabulário das ciências sociais. O aprendizado apropriado de seu 
significado é necessário para a adequada caracterização das hipóteses relacionadas a este grupo.
Pode-se inferir que variável é qualquer coisa que pode ser rotulada em duas ou mais espécies: exemplificando, “sexo” é 
uma variável, pois insere duas espécies: masculino e feminino. Classe social também é considerada uma variável, pois 
abrange diversas classes, como alta, média e baixa.
Elucida Gil (2011) que, 
Deve ficar claro que o conceito variável provém da Matemática. Logicamente é de natureza quantitativa, o que faz 
com que as variáveis usualmente sejam classificadas como contínuas e discretas. As primeiras são aquelas cujos 
valores podem ser fracionados, como por exemplo, idade, estatura, etc. As últimas, por sua vez, apresentam-se 
sempre sob a forma de números inteiros, como, por exemplo, o número de filhos de casal, quantidade de países 
que possuem bomba atômica etc. Nas ciências sociais, entretanto, boa parte das variáveis é qualitativa e estas 
podem ser classificadas em ordenáveis e não ordenáveis. (GIL, 2011, p. 42)
Relação causal – as hipóteses ponderadas sinalizam a existência de analogia entre variáveis, sem orientar a natureza 
dessa analogia. Vale considerar que em grande parte das pesquisas, se torna interessante averiguar se uma variável 
interfere na outra ou, se uma variável é causa da outra.
Essas pesquisas demandam a elaboração de hipóteses de relação causal, ou hipóteses causais, que se caracterizam 
por abranger uma variável independente e outra dependente. Independente é a variável que se conjectura influenciar 
a variável dependente. Ao afirmar que frustração desencadeia a agressão, obtempera-se que a frustração é variável 
independente e agressão é dependente. (GIL, 2011, p.43).
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2.1.4. Fontes de hipóteses
As hipóteses são oriundas das mais diversas fontes. Algumas procedem da simples observação dos fatos e outras 
pesquisas já foram concretizadas. Há hipóteses que são obtidas por meio de teorias e outras que possuem origem na 
intuição.
As hipóteses desencadeadas de teorias são consideradas as mais atrativas, tendo em vista que proporcionam um elo 
claro com o conjunto amplo de conhecimentos das ciências sociais.
As hipóteses derivadas de palpites e intuições, também evidenciaram ao longo da história da ciência relevante importância 
nas descobertas. (GIL, 2011, p.46).
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A definição do problema de pesquisa – A chave para o sucesso do projeto de 
pesquisa
• Leia o Artigo de José Eduardo Gomides, A definição do problema de pesquisa – A chave 
para o sucesso do projeto de pesquisa. O artigo em pauta apresenta a importância da definição 
do Problema de Pesquisa, como chave para o sucesso do Projeto de Pesquisa. Para isto faz 
uma passagem pela busca e tipos de conhecimentos, conceito de ciência. Ressaltando ainda, os 
componentes da ciência, o conceito e os tipos de métodos de pesquisa, a importância e função 
das hipóteses, oferecendo um suporte dos elementos que compõem o conhecimento científico 
para entrar na definição e complexidade do Problema de Pesquisa.
Disponível em: <http://wwwp.fc.unesp.br/~verinha/ADEFINICAODOPROBLEMA.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2014
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http://wwwp.fc.unesp.br/~verinha/ADEFINICAODOPROBLEMA.pdf
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A hipótese e a experiência científica em educação em ciência: contributos 
para uma reorientação epistemológica
• Leia o Artigo de João Praia, António Cachapuz e Daniel Gil-Pérez, A hipótese e a experiência 
científica em educação em ciência: contributos para uma reorientação epistemológica. 
O presente artigo desenvolve-se em torno do estatuto epistemológico da hipótese e da 
experimentação, numa perspectiva de transposição para o campo da educação em ciência. 
Trata-se de centrar nossa atenção na busca e apropriação crítica de elementos fundamentadores 
de uma teorização para educação em ciência.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v8n2/09.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2014
Tipos de Pesquisa e a formulação de hipóteses
• Assista ao vídeo Tipos de Pesquisa e a formulação de hipóteses. Este vídeo aborda a 
divisão de pesquisas empíricas, baseadas na lógica da pesquisa. Inicialmente o vídeo aborda a 
conceituação de hipótese em forma de pergunta. Produzida pelo Dr. Prof. Gilson Volpato. Com 
certeza ele será de grande valia para o seu entendimento com relação à temática.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=TIYfGKevcvg>. Acesso em: 22 mar. 2014. 
Tempo: 15:24.
Método Científico e Origem da Vida - Dedutivo e Indutivo
• Assista ao vídeo produzido pelo Professor Rubens Oda, Método Científico e Origem da 
Vida - Dedutivo e Indutivo. Este vídeo aborda de forma descomplicada a importância do 
método científico e sua utilização. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=KgsIwVCe2H8>. Acesso em: 22 mar. 2014. 
Tempo: 6:29.
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http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v8n2/09.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=TIYfGKevcvg
http://www.youtube.com/watch?v=KgsIwVCe2H8
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Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
Para Gil (2011) ao se falar em pesquisa social, presume-se que para a realização de uma pesquisa se faz necessário, primeiramente, 
identificar o que?
Questão 2
Formular um problema na área da pesquisa não é algo simples. Cohen e Nagel (1934, p.2333) identificam a capacidade de 
elaborar problemas como sinal de genialidade científica. Sugere-se que, após essa formulação temporária do problema, se 
realize alguns procedimentos iniciais. Quais seriam estes procedimentos a serem realizados com especialistas na área e com o 
público alvo a que se refere o estudo?
a) Entrevista individual e coletiva. 
b) Leituras e entrevistas exploratórias.
c) Pesquisa bibliográfica e pesquisa exploratória. 
d) Leituras e pesquisa de campo. 
e) Leituras em grupo e entrevista semiestruturada. 
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
Pesquisas que abrangem seres humanos devem distinguir-se pelo cumprimento dos princípios éticos explicitados por normas 
aceitas internacionalmente. Assim, a maioria das instituições de ensino que realizam pesquisas com seres humanos, precisam 
dispor de um setorial que tem a atribuição de analisar previamente os projetos de pesquisa, objetivando identificar possíveis 
incompatibilidades de natureza ética. Qual o nome dado à composição dos membros que atuam para examinar a questão ética 
da pesquisa nas Instituições de Ensino?
a) Colegiado de curso.
b) Comitê de ética.
c) Comissão de ética profissional.
d) Coordenação

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