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ARQUITETURA NA IDADE MODERNA
RENASCIMENTO SÉCULO XVII
A arquitetura renascentista foi desenvolvida durante o período do renascimento europeu, que teve início no século XIV e permaneceu até o século XVI. Esse novo estilo que surgia, estava alijado dos modelos medievais e da arquitetura gótica.
Esse momento de ruptura esteve inspirado nas artes clássicas (greco-romana), fazendo surgir um estilo próprio e singular dos profissionais da arte.
Muitos monumentos importantes da história da arte foram erigidos durante esse período de efervescência artística e cultural, sobretudo as igrejas, catedrais, palácios e mosteiros.
Vale lembrar que o Renascimento é o período posterior a Idade Média (século V ao XV), que surgiu na Itália e transformou diversas áreas do conhecimento, com novas descobertas nos campo científico, cultural, político, econômico e social.
Características
As principais características da arquitetura renascentista são:
Retomada dos modelos clássicos
Visão humanista e racionalista
Uso da matemática e da geometria
Busca da perfeição e da beleza
Preocupação com a proporção
Formas equilibradas e harmoniosas
Burca da simetria e da ordem
Estilo formal e individual
Temas religiosos, mitológicos e da natureza
Uso dos arcos, abóbodas, cúpulas e colunas
Predomínio das linhas horizontais
Principais Arquitetos e Obras Renascentistas
Andrea Palladio (1508-1580): arquiteto italiano que projetou diversas obras no período da renascença, da qual se destaca o edifício da Villa Capra (La Rotonda), na região de Veneto, em Vicenza.
https://www.todamateria.com.br/arquitetura-renascentista/
As principais características das construções renascentistas são o resultado direto da influência clássica, da vontade de reviver o passado. Um dos aspetos mais significativos da arquitetura renascentista foi o retorno das ordens arquitetônicas clássicas (dórica, jônica, coríntia, toscana e compósita) e também do arco de volta-perfeita;
A cúpula é usada frequentemente neste período, tanto como uma característica estrutural grande e visível no exterior, como também um meio de cobrir espaços menores.
Ao longo do tempo, a cúpula se tornou um elemento indispensável na arquitetura renascentista e foi transportada para o Barroco.
Catedral de Florença, na Itália, com cúpulas: característica marcante da arquitetura renascentista.
https://www.significados.com.br/arquitetura-renascentista/
BARROCO
A imponente arquitetura barroca e seu maior expoente, Aleijadinho
ARQUITETURA
A palavra barroco significa “pérola irregular, imperfeita”. Isso até que faz mesmo muito sentido se comparado ao tipo de arte que ficou conhecida por estilo barroco.
Ela surgiu em um momento especial da história humana. As pessoas estavam questionando a visão espiritualizada e teocêntrica pregada pela Igreja Católica durante a Idade Média.
Crescia, portanto, a ideologia racionalista e antropocentrista.
 
Arquitetura barroca: Palácio de Versalhes
Características da arquitetura barroca
 
O interessante do renascentismo francês empregar detalhes do barroco é que na arquitetura barroca as regras do renascentismo são deixadas de lado.
Mas ambas abordam certas emoções, intensidades e dramaticidades de forma muito semelhante.
De fato, o estilo barroco não renega as formas clássicas, mas o transforma. Ele será bem mais subjetivo, suntuoso e ornamentado.
Nesse período artístico, recorria-se a manipulações visuais para alongar as perspectivas das construções, como com as paredes côncavas e convexas.
Também são características da arquitetura barroca o emprego de cártulas, frontões interrompidos e colunas torsas – que, muitas vezes, atravessam pavimentos. Dá para perceber que os arquitetos barrocos adoravam o movimento.
Exemplos da arquitetura barroca no mundo:
 
A Igreja de Santiago de Compostela, em Galiza, na Espanha;
Arquitetura Barroca: Igreja de Santiago da Compostela
O Palácio de Schonbrunn e a Igreja Karlskirche, em Viena, na Áustria.
Arquitetura barroca: Palácio de Schonbrunn
Arquitetura barroca: Igreja Karlskirche
A arquitetura barroca no Brasil
 
Os primeiros edifícios sacros do Brasil foram erguidos no século XVI.
Desde o início, o barroco, de influência portuguesa, era utilizado pela Igreja como um meio de se colocar perto do povo.
Uma das primeiras manifestações desse estilo foi com os missionários dos Sete Povos.
Em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, por exemplo, ruínas de uma igreja contam como padres europeus catequizavam os índios.
Arquitetura barroca: Ruínas de São Miguel das Missões
A grande produção artística barroca brasileira ocorreu mesmo após a chegada, em Salvador, do arquiteto contratado pela Coroa, o português Francisco Días.
A ordem era que ele fosse para a nova colônia realizar um refinamento estético nas igrejas.
E assim foi. Ele trouxe consigo o barroco Joanino, cuja origem é fundada no barroco romano.
E esse estilo logo se proliferou, sobretudo, no nordeste e sudeste do país.
A Igreja de São Francisco, em Cairu, na Bahia, é considerada a primeira arquitetura em estilo barroco puro.
Arquitetura barroca: Igreja de São Francisco
Ela apresenta uma fachada triangular, e volutas fantasiosas no frontão e nas laterais.
Com a dominação holandesa, muitos edifícios como esse foram destruídos.
No século XVII, após a expulsão dos invasores, as fachadas adquiriram mais verticalidade, movimento, aberturas inusitadas e relevos.
O auge da arquitetura barroca no Brasil ocorreu durante a exploração do ouro e diamante, no século XVIII.
Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, as cidades eram muito ricas e possuíam intensa vida cultural e artística.
Já na região de São Paulo o estilo barroco não chegou com a mesma força. A província tinha seu desenvolvimento estagnado, estava pobre, e poucos queriam executar trabalhos por lá.
Outro estilo que foi transformado ao chegar no Brasil foi o da arquitetura gótica. Veja os acontecimentos que levaram a essa mudança em nosso post.
Exemplos da arquitetura barroca no Brasil:
 
Basílica de Nossa Senhora do Carmo e Capela dos Noviços da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Recife;
Arquitetura barroca: Basílica Nossa Senhora do Carmo
Arquitetura barroca: Capela dos Noviços da Ordem Terceira de São Francisco de Assis
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência, e Igreja e Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.
Arquitetura barroca: Mosteiro de São Bento
A arquitetura barroca mineira
 
Arquitetura barroca: Museu da Inconfidência
Minas Gerais é o estado com maior acervo barroco no Brasil.
Algumas de suas cidades receberam, inclusive, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Suas arquiteturas são mesmo muito especiais. Elas não podem ser comparadas às da Europa, pois possuem características próprias.
Isso ocorreu devido às limitações da época e influências das ações dos portugueses no país.
Está gostando do post? Aproveite para conhecer também o Art Nouveau – o movimento artístico que marcou o início do século XX
Exemplos do barroco nas cidades mineiras:
 
Ouro Preto;
Arquitetura barroca: Igreja de São Francisco de Assis
Tiradentes;
Arquitetura barroca: Matriz de Santo Antônio
São João Del Rei;
Arquitetura barroca: Igreja de São Francisco de Assis em São João del Rei
Mariana;
Arquitetura barroca: Igrejas de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo em Mariana
Diamantina;
Arquitetura barroca: Catedral de Santo Antonio
Santa Bárbara.
Arquitetura barroca: Matriz de Santo Antonio em Santa Bárbara
Os artistas brasileiros usaram outros materiais como a pedra-sabão e madeira para fazer os ornamentos nas construções.
Há também muitas pinturas de cores fortes, principalmente no teto.
E todas essas imagens têm temas cristãos, o que fortalece a ideia da prática religiosa sobre a sociedade da época.
Arquitetura barroca: Interior da igreja Nossa Senhora do Pilar
Também é característica do barroco mineiro o uso de telhados de muitas águas.
Em igrejas, altaresde madeira com detalhes em espirais ou florais, além de figuras de anjos.
Em capelas, naves contendo imagens que fazem representação, em perspectiva e profundidade, do céu. E em muitas e diferentes construções, paredes feitas numa mistura de alvenaria, taipa e adobe.
O Barroco Mineiro nasceu mestiço como seus criadores, filtrando influências de várias partes de Portugal e do Brasil.  Muitas vezes seu esplendor se esconde no interior das pequenas igrejas de paredes de taipa, quadradas e brancas, revelando-se com impacto quando se abrem as portas.
– trecho do livro ‘A Grande História do Brasil’.
A arte religiosa da arquitetura barroca também está presente na arquitetura sacra. Dê uma olhada em nosso post e descubra qual a relação entre a arquitetura e o divino.
Exemplos de arquitetura barroca mineira:
 
Santuário do Bom Jesus dos Matozinhos, em Congonhas;
Arquitetura barroca: Santuário do Bom Jesus dos Matosinhos
Igreja do Carmo e Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto.
Arquitetura barroca: Igreja do Carmo
Arquitetura barroca: Igreja Nossa Senhora do Rosário
A arquitetura barroca de Aleijadinho
 
As construções barrocas mineiras foram construídas, em geral, pelas mãos da população, sem utilizar auxílio de órgãos oficiais governamentais.
Um desses personagens importantes era Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho.
Escultor, entalhador e arquiteto, ele foi um expoente da arte brasileira religiosa. Ele deixou um legado magnífico, composto por inúmeras obras, na maioria, religiosas.
Em seus trabalhos, Aleijadinho imprimiu as características do povo, incluindo sua miscigenação característica.
Ele optou por uma linguagem rebuscada e detalhista, que expressavam, acima de tudo, as emoções da vida e do ser humano.
Suas estátuas eram sempre feitas em pedra-sabão ou madeira. As figuras apresentavam cabelos encaracolados, queixo dividido, e uma feição de tristeza e sofrimento.
Exemplos da arte barroca de Aleijadinho:
 
O Carregamento da Cruz,
Arquitetura barroca: O carregamento da cruz
Os Passos da Paixão;
Arquitetura barroca: Passos da Paixão (Prisão)
Os Doze Profetas.
Arquitetura barroca: Os doze profetas
O primeiro trabalho arquitetônico importante de Antônio Francisco data do ano de 1766.
Ele foi o profissional responsável por projetar a Igreja de São Francisco de Ouro Preto.
Depois disso, desenvolveu vários trabalhos, em vários campos artísticos, desde Sabará a São João Del Rei.
A última coisa que fez em sua carreira foi o novo risco da fachada da Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes.
Aleijadinho foi o agente que, depois de mais de duzentos anos de tradição portuguesa ditando as linhas gerais da Arquitetura religiosa no Brasil Colônia, procurou e inaugurou um caminho novo, que daria frutos na produção de uma escola importante, da qual também fariam parte, alguns dos principais mestres portugueses em atividade na segunda metade do século XVIII.
– professor André Guilherme Dornelles D’Angelo, em reportagem de Minas Faz Ciência.
Agora que você conheceu a incrível história da arquitetura barroca, confira nosso post com todos os estilos de arquitetura que marcaram época.
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-barroca/
A arquitetura barroca está entre as principais formas de manifestação da contrarreforma religiosa católica por meio da arte.
Esta manifestação integra o movimento barroco, que começou em Roma em 1600 e espalhou-se por toda a Europa e América Latina.
Além de sua contribuição para a arte, a arquitetura barroca representou uma verdadeira revolução urbanística.
A basílica de São Pedro é uma das mais importantes expressões da arquitetura barroca
A arquitetura barroca integrava o movimento de contrarreforma da Igreja Católica na arte. Entre os objetivos do movimento estava o transporte do observador para a cena demonstrada.
É por isso que a arquitetura barroca é observada principalmente em igrejas, catedrais e monastérios. Isso ocorria para demonstrar a imponência da arte cristã.
Há exemplos também em edifícios particulares, especialmente mansões urbanas ou rurais em uma clara demonstração do pensamento religioso.
Também nesta época há a criação de parques e jardins a circundar prédios residenciais importantes.
Em consequência da disposição desses edifícios, o reordenamento urbano começa a exigir um planeamento ainda não existente.
Para os arquitetos barrocos, os edifícios eram uma espécie de escultura.
Principais Características
Extravagância
Incomum e irregular
Uso do movimento
Proximidade do real
Aplicação da curva em oposição à ideia estática dos prédios
As igrejas do período barroco são marcadas por abóbadas, arcos e contrafortes
Tentativa de levar o observador a se imaginar no infinito
Efeitos cenográficos teatrais
Mistura da pintura e da escultura
Manipulação da luz
Arquitetura Barroca no Brasil
A arquitetura barroca mineira é observada principalmente entre os séculos XVII e a primeira metade do século XVIII.
Da mesma forma como ocorreu na Europa, o barroco mineiro também influencia no desenvolvimento do planejamento urbano.
A influência europeia, contudo, ficou neste ponto. O barroco mineiro teve características próprias, sempre obedecendo à religiosidade imposta pelo movimento. Entre as cidades que mais receberam essa influência estão Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais.
Entre os exemplos do barroco mineiro estão a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São João Del Rei, e a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.
Detalhe do telhado da Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Arquitetura Barroca na Itália
Por ser considerada o berço do barroco, a Itália exibe diversos exemplos da imponência da arquitetura do movimento.
Entre os exemplos arquitetônicos mais importantes está a basílica de São Pedro. A obra marca a transição entre o Renascimento e o barroco.
A configuração urbana da basílica foi uma missão dada a Gian Lorenzo Bernini por Carlo Maderna após a morte de Michelangelo.
A fachada da basílica tem 320 pés de largura por 150 pés de altura. Há oito colunas na entrada. Bernini acrescentou uma torre na fachada antes projetada por Maderna e aumentou a altura real da composição.
Bernini também aumentou os efeitos da cúpula projetada por Michelangelo, implantou galerias e um pátio oval que tem a impressão de ser maior do que realmente é.
Cúpula da basílica de São Pedro
https://www.todamateria.com.br/arquitetura-barroca/
A imponente arquitetura barroca
2. dezembro 2016INSPIRE
Igreja da Candelária, Rio de Janeiro - Crédito: Aleksandar Todorovic/Shutterstock
Redação Galeria da Arquitetura
A arquitetura barroca introduziu uma nova estética às edificações construídas especialmente na Itália do século XVII. Mais do que isso. À época, a Igreja Católica sofria com a Reforma Protestante, então, o estilo extravagante e imponente também era uma maneira de escancarar o movimento de contrarreforma religiosa. A grandeza e a sofisticação da arquitetura simbolizavam, proporcionalmente, o poder da instituição.
Por conta disso, é nas igrejas, catedrais e monastérios que encontramos os maiores exemplos da arquitetura barroca, que se estendeu pela Europa até chegar à América Latina. Pelos quatro cantos do mundo, o estilo é inconfundível: linhas que entrecruzam-se, retorcem-se, rompem-se, em planos côncavos e convexos, que acabam formando abóbadas, arcos e contrafortes. É um incessante jogo de volumes cheios e vazios, que anuncia um interior também rebuscado, com muitas pinturas e esculturas dramáticas.
No Brasil, a arquitetura barroca se manifesta, principalmente, no estado de Minas Gerais. O estilo foi trazido pelos jesuítas com o mesmo propósito europeu – uma forma de doutrinação cristã.
Veja alguns projetos arquitetônicos pelo Brasil e pelo mundo que adotaram o estilo barroco:
1.       Basílica de São Pedro, Roma (Itália)
Crédito: feliks/Shutterstock
2.       San Carlo alle Quattro Fontane, Roma (Itália)
Crédito: Polina Shestakovae Khirman Vladimir/Shutterstock
3.       Palácio de Versalles (Paris) 
Crédito: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock
4.       Palais du Louvre, Paris (França)
Crédito: bellena/Shutterstock
5.       Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Minas Gerais (Brasil)
Crédito: ostill/Shutterstock
6.       Igreja de São Francisco de Assis, Minas Gerais (Brasil) 
Crédito: Gilberto Mesquita/Shutterstock
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Blog/post/a-imponente-arquitetura-barroca
rincipais características da arquitetura barroca: 
 
- Uso, nas plantas arquitetônicas, de espaços centralizados, formatos ovais e da cruz grega. Estes elementos são utilizados para a obtenção de maior movimento nas estruturas arquitetônicas. 
- Fachadas com impressão de movimento. Este efeito era obtido com o uso de corpos com aletas, convexos e côncavos. As linhas retas do Renascimento foram substituídas pelas curvas. Com isso, além do movimento, ocorria a valorização da luz. 
- Uso de colunas coríntias como suportes. Uso de arco de meio ponto. 
- Ênfase em elementos decorativos variados e exuberantes. Esses elementos se apresentam em liberdade com relação às estruturas arquitetônicas. O foco fica no destacado papel da luz. 
- Igrejas com cúpulas muito bem desenvolvidas. 
- Uso de forma irregulares nas plantas, no interior e exterior da construção. 
- Variedade nos tipos de edifícios. Os arquitetos barrocos projetaram palácios, igrejas, pontes, prédios públicos, entre outros. 
 
Principais arquitetos do barroco: 
 
- Carlo Rinaldi: arquiteto italiano. 
- Carlo Maderno: arquiteto italiano.
- Gian Lorenzo Bernini: escultor e arquiteto italiano. 
- Pietro de Cortona: pintor e arquiteto italiano. 
- Francesco Borromini: arquiteto italiano. 
- Jules Hardouin Mansart: arquiteto francês. 
- Jacques Lemercier: arquiteto e engenheiro francês. 
- Baltassare Longhena: arquiteto italiano. 
- Fischer von Erlach: escultor e arquiteto austríaco. 
- Christopher Wren: matemático, astrônomo e arquiteto inglês.
https://www.suapesquisa.com/barroco/caracteristicas_arquitetura_barroca.htm
NEOCLÁSSICO
O incrível olhar da arquitetura neoclássica sobre as grandes obras do passado
ARQUITETURA
A arquitetura clássica impressiona com suas obras monumentais, simetria, colunas e detalhes, não é mesmo?
Até hoje, essas obras são visitadas por turistas do mundo todo, que buscam conhecer mais sobre a história da humanidade.
Mas não é de hoje que existe essa curiosidade e encantamento por elas.
No século XVIII, vários filósofos e intelectuais começaram a resgatar seu conceitos e deram origem à arquitetura neoclássica.
O estilo neoclássico trouxe muitas influências para o Brasil e até mesmo na educação. Ficou curioso para saber mais?
Neste artigo, vamos mostrar as características da arquitetura neoclássica, as principais obras e a sua influência no Brasil. Acompanhe!
Conheça outros estilos de arquitetura:
A impactante arquitetura brutalista do pós-guerra e sua influência no Brasil
Arquitetura High Tech: da estética tecnológica à influência na sustentabilidade
Encante-se com toda a grandeza e poder da arquitetura medieval
Conheça o Art Nouveau: o movimento artístico que marcou o início do século XX
O que é arquitetura neoclássica?
O estilo neoclássico teve destaque na Europa entre a segunda década do século XVIII até o XIX.
Ele nasceu com o objetivo de resgatar a cultura clássica na Europa Ocidental. Para os arquitetos e artistas daquela época, era a hora de retomar as características da arquitetura grega e romana e adaptá-las à idade moderna.
E de onde veio essa vontade?
Com o iluminismo do século XVIII, vários intelectuais e filósofos começaram a estudar com mais interesse as obras do passado.
Além disso, o descobrimento das cidades de Pompeia e Herculano também despertou esse interesse.
Elas foram preservadas em partes após a erupção do Vulcão Vesúvio, e durante as escavações realizadas a partir do século XVIII foram encontrados vários painéis, murais e objetos da cidades.
Diante desse contexto, a arquitetura neoclássica nasceu e trouxe de volta diversas características das obras clássicas.
Características da arquitetura neoclássica
uso da proporção e simetria
plantas retangulares, geométricas, simétricas
uso das 3 principais ordens de arquitetura da antiguidade (Coríntia, Dórica e Jônica)
materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras)
processos técnicos avançados
sistemas construtivos simples
linhas ortogonais
formas regulares, geométricas e simétricas
volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos
uso de abóbada de berço ou de aresta
uso de cúpulas
frontões triangulares
Veja também: Entenda o que é proporção áurea e porque ela mudou a história da arquitetura
Arquitetura neoclássica na Europa
França
A transição da arquitetura barroca francesa para o estilo neoclássico começou em meados do século XVII com as obras do arquiteto Ange-Jacques Gabriel. A Revolução Francesa (1789 – 1799) também contribuiu para o avanço da arquitetura neoclássica, pois Napoleão Bonaparte quis construir várias obras para mudar a cara do país e mostrar seu poder.
A arquitetura francesa tem uma das mais belas obras neoclássicas do mundo: o Panteão de Roma.
Obras da arquitetura neoclássica francesa
 
Panteão
Arquitetura neoclássica: Panteão de Roma
Igreja de la Madeleine
Arquitetura neoclássica: Igreja de la Madeleine
Grand Théâtre
Arquitetura neoclássica: Grand Théâtre
Inglaterra
 
No início do século XVII, o arquiteto inglês Inigo Jones começou a divulgar na Inglaterra o trabalho de Andrea Palladio, um dos maiores nomes da arquitetura italiana naquela época.
O chamado estilo palladiano agradou tanto que permaneceu por muitas décadas na arquitetura inglesa, até receber pequenas alterações do arquiteto Robert Adam.
Ele, que é considerado por muitos o maior arquiteto da segunda metade do século XVIII, deu origem ao estilo neoclássico na Inglaterra.
O conceito pitoresco é uma das características da arquitetura neoclássica inglesa.
Obras da arquitetura neoclássica inglesa
Museu Britânico
Arquitetura neoclássica: Museu Britânico
Saint George’s Hall
Arquitetura neoclássica: Saint George’s Hall
Chiswick House
Arquitetura neoclássica: Chiswick House
Itália
A Itália é o berço da arquitetura barroca, antecessora do estilo neoclássico.
Foi a partir da segunda metade do século XVII que as primeiras obras neoclássicas surgiram no país, mas sua expansão até estados menores demorou bastante tempo.
Esses locais eram comandados por governos estrangeiros na época, e a ausência de uma cultura unitária junto com a pobreza das regiões não contribuía para o surgimento de um novo estilo arquitetônico.
Além disso, a Itália também teve um período barroco tardio em Roma. Por esse motivo, é comum que as obras da arquitetura neoclássica italiana tenham alguns elementos barrocos.
Obras da arquitetura neoclássica italiana
Fachada da Basílica de San Francesco di Paola
Arquitetura neoclássica: Fachada da Basílica de San Francesco di Paola
San Simone Piccolo
Arquitetura neoclássica: San Simone Piccolo
Igreja de San Nicola da Tolentino
Arquitetura neoclássica: Igreja de San Nicola da Tolentino
Portugal
A primeira obra da arquitetura portuguesa construída no estilo neoclássico foi importada da Itália. Trata-se da capela de São João Batista na igreja de São Roque de Lisboa.
O arquiteto português José da Costa e Silva se destacou nessa época e realizou grandes projetos no estilo neoclássico.
Obras da arquitetura neoclássica portuguesa
Palácio da Bolsa
Arquitetura neoclássica: Palácio da Bolsa
Palácio Nacional da Ajuda
Arquitetura neoclássica: Palácio Nacional da Ajuda
Teatro Nacional de S. Carlos
Arquitetura neoclássica: Teatro Nacional de S. Carlos
Arquitetura neoclássica no Brasil
. Ele era composto por pintores, arquitetos, escultores, gravadores de peças, mecânicos,ferreiros, entre outros profissionais.
Após chegar no Rio de Janeiro, o estilo neoclássico se espalhou por outras cidades.
Ele também deu origem à arquitetura eclética no Brasil, uma mistura de estilos arquitetônicos anteriores para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.
Obras da arquitetura neoclássica no Brasil
 
Museu da Caixa (São Paulo)
Arquitetura neoclássica: Museu da Caixa
Pinacoteca de São Paulo (São Paulo)
Arquitetura neoclássica: Pinacoteca de São Paulo
Palácio de Liberdade (Curitiba)
Arquitetura neoclássica: Palácio de Liberdade
Arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro
Conforme já citamos, a Academia Imperial das Belas Artes foi de grande importância para a arquitetura brasileira. Após ser demolida, em 1938, seu frontão foi transferido para o jardim botânico nos anos 40.
Arquitetura Neoclássica: Academia Imperial das Belas Artes
Obras da arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro:
 
Solar Grandjean de Montigny
Arquitetura neoclássica: Solar Grandjean de Montigny
Santa Casa da Misericórdia
Arquitetura neoclássica: Santa Casa da Misericórdia
Prédio do Instituto Benjamim Constant
Arquitetura neoclássica: Prédio do Instituto Benjamim Constant
Arquivo Nacional do Rio de Janeiro
Arquitetura neoclássica: Arquivo Nacional do Rio de Janeiro
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-neoclassica/
Arquitetura do Neoclassicismo
Resumo das principais características, principais arquitetos neoclássicos e estética.
Jacques-Germain Soufflot: um dos precursores da arquitetura neoclássica
 
Introdução
O Neoclassicismo foi um período artístico e literário, que surgiu como oposição ao Barroco e ao Rococó. Ele teve início em meados do século XVIII e foi até o século XIX. Teve como uma de suas principais características o resgate da cultura greco-romana da Antiguidade.
Principais características da arquitetura neoclássica:
- Uniformidade de estilo. Isso ocorreu, pois grande parte dos arquitetos foram formados em universidades, que transmitiam ensinamentos, conceitos e estilos muito parecidos.
- Simplicidade composicional e espacial.
- Uso e valorização de elementos arquitetônicos do Classicismo. Entre esses elementos, podemos citar: pórticos com colunas, cúpulas, frontões e fachadas retas.
- Eliminação de elementos ornamentais, típicos dos Barroco e do Rococó, sem funções práticas. Os elementos estruturais arquitetônicos foram mais valorizados, pois eram considerados eternos.
- Valorização da funcionalidade das construções.
- Esse período ficou conhecido como a "Arquitetura da Razão".
- Construções entendidas como símbolos de autoridade e poder.
Principais arquitetos do Neoclassicismo:
- Jacques-Germain Soufflot (1713-1780): arquiteto francês.
- Pierre-Alexandre Vignon (1763-1828): arquiteto francês.
- Ledoux (1736-1806): arquiteto francês.
- Boullé (1728-1799): arquiteto francês.
- Robert Adam (1728-1792): arquiteto inglês.
- Langans (1789-1791): arquiteto alemão.
- Leo Von Klenze (1816-1830): arquiteto alemão.
- Karl Friedrich Schinkel (1781-1841): pintor, urbanista e arquiteto alemão.
- Ventura Rodríguez (1717-1785): arquiteto espanhol.
- Francesco Sabatini (1722-1797): arquiteto italiano que atuou na Espanha.
- Juan de Villanueva (1739-1811): arquiteto espanhol.
 
 
 
 
http://www.casaecia.arq.br/neoclassico.htm
 
ARQUITETURA NEOCLÁSSICA
Movimento cultural do fim do século XVIII, está identificado com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao estilo Barroco. No entanto, o Neoclassicismo propõe a discussão dos valores clássicos, em contraposição ao Classicismo renascentista. A concepção de um ideal de beleza eterno e imutável não se sustenta mais. Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser adaptados à realidade moderna.
A Arquitetura neoclássica foi produto da reação anti-barroco e anti-rococó, levada a cabo pelos novos artistas-intelectuais do século XVIII. Os Arquitetos formados no clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da Arqueologia e da História.
Algumas características da arquitetura:
• materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras);
• processos técnicos avançados;
• sistemas construtivos simples;
• linhas ortogonais;
• formas regulares, geométricas e simétricas;
• volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos;
• uso de abóbada de berço ou de aresta;
• uso de cúpulas, com freqüência marcadas pela monumentalidade;
• espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais de grande racionalidade;
• pórticos colunados;
• frontões triangulares;
• a decoração recorreu a elementos estruturais com formas clássicas, à pintura rural e ao relevo em estuque;
• valorizou a intimidade e o conforto nas mansões familiares;
• decoração de caráter estrutural.
Neoclassicismo no Brasil
Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios. Nela está, entre outros, o pintor Jean-Baptiste Debret. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas-Artes, futura Academia Nacional, que adota o gosto neoclássico europeu e atrai outros pintores estrangeiros de porte, como Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Pintores brasileiros desse período são Manuel de Araújo Porto-Alegre e Rafael Mendes Carvalho, entre outros.
Igreja de nossa Senhora de Candelária, RJ.
FONTE: http://farm3.static.flickr.com/2076/2525555965_98a789a8f3_b.jpg
No país, a tendência torna-se visível na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de Montigny (1776-1850), que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, adaptam a estética neoclássica ao clima tropical. Mesmo que sua fundamentação fosse de uma sociedade agrário-escravocrata e com um comércio relativamente atrasado, tendo um governo monárquico.
Antiga casa de Grandjean – RJ
FONTE: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Academia de Belas Artes
FONTE: http://www.jbrj.gov.br
É possível afirmar que a influência neoclássica se deu no Brasil em dois níveis diferentes. Nos centros maiores do litoral, especialmente Rio de Janeiro, Belém e Recife que tinham contato direto com a Europa, desenvolveram um nível mais complexo de arte e arquitetura e se integrou nos moldes internacionais da sua época; e nas províncias.
Desenho da fachada do edifício Alfândega, 1817. Grandjean de Montigny.
FONTE: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Palácio Imperial, Petrópolis
FONTE: http://static.panoramio.com/photos/original/8117938.jpg
Teatro de Santa Isabel – 1850. Recife
https://arquibrasil.wordpress.com/arquitetura-neoclassica/
ARQUITETURA NEOCLÁSSICA
6 de julho de 2016
Em meados do século XVIII com o fim dos movimentos do Barroco e Rococó se desenvolve um novo movimento o Neoclássico.
Influenciado por pensamentos iluministas, os ideais de redescobrir o fundamento “natural” do conhecimento, a mudança de mentalidade e a mensagem razão e progresso passaram a ser difundidos.
Algumas das consequências desse movimento intelectual denominado iluminismo foram as quedas das monarquias absolutistas, o início dos movimentos por independência, a expulsão dos jesuítas dos outros países e a valorização do indivíduo como parte integrante e importante no esquema geral de um Estado. Além disso, passaram a se questionar também a superioridade de Roma e a posição da Igreja Católica como detentora e fonte de conhecimento.
O Neoclássico foi um movimento anti barroco e rococó que retomou os ideais clássicos, mas desta vez, diferente do que aconteceu no Renascimento, esses ideais deixaram de ser imutáveis e passaram a ser, pelos neoclassicistas, adaptados á modernidade.
Esse ressurgimento clássico, menosprezou os elementos formais dosmovimentos anteriores, usou as ordens clássicas e permitiu a coexistência de diferentes tendências artísticas.
O período também foi marcado pelos Neopalladianos, que através da busca à fidelidade das ordens clássicas se voltaram a Palladio, um significativo tratadista do Renascimento. Houve também neste período importantes descobertas arqueológicas como as cidades de Pompéia e Herculano. Essas descobertas concederam aos estudiosos da época evidências sobre a arquitetura e a vida durante o Império Romano.
Para o historiador John Summerson, o Panthéon de Paris (1758 – 1790) foi a primeira importante construção neoclássica, onde as ordens eram a quintessência da construção.
Soufflot, Panthéon de Paris (1758-1790)
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Balaustres, platibandas, frontões, pilares e colunas foram algumas das características presentes nos edifícios neoclássicos. E com a Revolução Industrial no ano de 1760, o uso de concreto e posteriormente do metal, foram sendo incorporados na arquitetura, além do desenvolvimento de novas técnicas construtivas.
Capitólio do Estado da Virgínia (1785-1789)
A Rotunda, Universidade da Virgínia (1822-1826)
Deixe nos comentários dúvidas e sugestões, e fiquem ligados a partir da semana que vem começamos com a categoria História da Arquitetura Brasileira não percam!
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A arquitetura neoclássica
 
A transformação da arquitetura  barroca para a arquitetura neoclássica em 1750 à 1900 aconteceu em meio a  transformações sociais ocorridas com o iluminismo, com a revolução francesa, entre outras que garantiram novos ideais da época como a retomada a equilibrada e democrática antiguidade clássica, teve início na França e na Inglaterra sob a influência do arquiteto Palladio.
No Barroco a natureza era integrada a arquitetura como um ornamento, portanto agora essa forma de constituir arquitetura foi substituída por uma separação que distanciou o homem da natureza Os artistas neoclássicos queriam substituir a trivialidade do barroco e rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero. O Neoclassicismo foi concebido por duas razões: a primeira foi o avanço do homem em controlar a natureza e a segunda foi uma mudança na maneira de pensar do homem como conseqüência as transformações que ocorriam naquele momento que originaram uma nova cultura apropriada para ao estilo de vida burguês, já q a aristocracia era decadente as encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. Neste contexto houve o estimulo da maior produção e novos conhecimentos que despertaram novas instituições técnicas e também o aparecimento de ciências humanistas do Iluminismo. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.
Então os arquitetos procuraram reavaliar a antiguidade sem simplesmente copiar, com a ajuda da arqueologia foram feitas escavações na Grécia e Roma, então arquitetos, pintores e escultores encontraram um modelo para seguir e obedecer aos princípios básicos dessa arte, ,assim foi possível a realização da obra de um arquiteto chamado Giovani Battista Piranesi que defendia a elevação da arquitetura em seu mais alto nível através dos etruscos e romanos(anteriores aos gregos), essas qualidades adquiriram força graças a infinita grandeza das imagens que retratou.
Na Inglaterra o Paladianismo se inicia com o conde Burlington, mas em 1750 começam a buscar assiduamente a base da arquitetura romana. No final do século XVII Claude Perrault questiona a validade das proporções vitruvianas do modo como elas foram recebidas e apuradas pela teoria clássica. A contestação da ortodoxia vitruviana foi codificada por Cordemoy, o qual substituiu os atributos vitruvianos da arquitetura pelas três características: ordem, distribuição e conveniência que se baseiam na proporção correta do clássico, a sua perfeita disposição e a sua adequação, nisso ele se preocupava com a pureza geométrica e  acreditava que as construções em grande parte não pediam ornamento, o abade Laugier reinterpretou Cordemoy e propôs uma arquitetura universal a “cabana primitiva”, a qual consistia em quatro troncos de árvore que sustenta um telhado rústico, as colunas deveriam ser o mais possível fechadas por vidros, e assim Jaques German Soufflot o fez no projeto da igreja de Sainte Geneviève(figura 1), em Paris.
J.F.Blondel, após abrir sua escola de arquitetura em 1743, se tornou o mestre da chamada geração “visionária” de arquitetos” entre eles Ledoux. Blondel no seu curso de arquitetura, refere-se a Sainte Genevieve, outro arquiteto que influenciou o movimento foi Boullée que é autor de edifícios tão vastos que eram impossíveis de serem colocados em pratica, em meio disso a era napoleônica pedia estruturas úteis de grandeza, autoridade e realizadas de maneira mais econômica possível, assim Boullée com seus vastos volumes foi estudado para a obtenção da arquitetura daquela ordem, naquele momento.  Ledoux projetou a fabrica de sal semicircular que foi um dos primeiros experimentos de arquitetura industrial, ele ampliou a idéia de uma fisionomia para a arquitetura a fim de simbolizar a intenção social com símbolos convencionais ou isomorfismo.
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Assim temos vários exemplos de arquitetos das novas instituições burguesas que sofreram essa transformação, entre eles está Schinkel que foi influenciado pelo gótico com sua experiência na Itália, porém a combinação de idealismo político e orgulho militar exigiu uma busca ao clássico. A linha Neoclássica de Blondel foi retornada em meados do século XIX na carreira de Henri Labrouste, este foi nomeado arquiteto da biblioteca Sainte Genevieve(figura 2) em Paris, essa obra implicava em uma nova estética, cujo potencial só seria realizado na obra construtiva do séc. XX. Em meados do séc XIX o neoclássico se dividiu em dois, o classicismo estrutural(de Labrouste) e o Romântico( de Schinkel), a primeira se concentrou em obras como prisões, hospitais, estações ferroviárias e a outra em museus, bibliotecas,etc. temos um exemplo do classicismo estrutural com Auguste Choisy com seu Tratado da arte de construir, também tinha sua concepção gráfica que era compreendida em planta, corte e elevações, a qual foi apreciada pelos pioneiros do Movimento Moderno na virada do século.  Choisy encontra seu paralelo na caracterização do dórico com estrutura de madeira transposta para a alvenaria, o mesmo foi praticado pelo seu discípulo Perret que detalhou suas obras de concreto armado no estilo tradicional da madeira. Julien Gaudet que em seu curso Elementos e teoria da arquitetura influenciou Perret e Garnier na escola Beaux Arts, com eles os princípios da composição elementarista clássica passaram aos arquitetos pioneiros do século XX.
Figura 1- Igreja de Sainte Geneviève, em Paris.
Figura 2- Biblioteca Sainte Geneviève, em Paris.
Referencias:
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo, Martins Fontes 1997
GIEDION, Sigfried. Espaço, Tempo e Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 2004
BENEVOLO, Leonardo. História de la arquitectura moderna; trad. M. Galfetti e J. D. Atauri – 2ª ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1974. Edição em português . História da Arquitetura Moderna. São Paulo, Editora Perspectiva. 3ed. 2001.
 
Panteão de Paris: exemplo da arquitetura neoclássica. Projeto do arquiteto francês Jacques-Germain Soufflot.
SÉCULO XIX
ARQUITETURA DO SÉCULO XIX
Arquitetura
 Leitura de áudio
Na arquitetura da primeira metade do século XIX, a tendência neoclássica foi inicialmente imposta, já presente na segunda metade do século XVIII, mas, concomitantemente à difusão da sensibilidade romântica e ao consequente interesse pelo historicismo, logo surgiram tendências arquitetônicas. a recuperação de “estilos” de épocas anteriores (em particular a Idade Média como oberço presumido das identidades nacionais), caracterizado pelo prefixo “neo” (neo-românico, neogótico, etc.), que também são definidos pelo revivalismo prazo.
O século XIX é, portanto, caracterizado por uma espécie de código: o ecletismo historicista, em que todos os gostos podem estar simultaneamente presentes no trabalho global do mesmo projetista ou mesmo no mesmo prédio. Isso pelo menos até o final do século do movimento Art Nouveau (também chamado Liberty), que foi o primeiro movimento arquitetônico não-historicista e portanto moderno (modernismo).
Contexto histórico
O século XIX foi um século de grandes transformações econômicas, sociais e políticas. Foi o século de Napoleão Bonaparte, do Congresso de Viena, da afirmação de novas identidades nacionais, da afirmação do liberalismo, do capitalismo, do comércio internacional e do desenvolvimento urbano, mas também do nascimento dos ideais do socialismo. Ele testemunhou a chamada Revolução Industrial, um extraordinário desenvolvimento da ciência e da tecnologia sublinhado pelo positivismo.
Nos campos literário e artístico dominou o romantismo na primeira metade do século, enquanto na segunda metade o realismo foi afirmado e, na pintura, o impressionismo. Até o século XIX foi o século de Marx, Freud, Malthus, Darwin.
Periodização
O fator comum em que toda a especulação arquitetônica e artística do século XIX pode ser reduzida é o historicismo, ou a recuperação da tradição, do passado em todos os campos. Nesse sentido, é possível dizer que uma das características da arquitetura oitocentista não foi tanto conceber o novo como manipular o preexistente de maneira criativa. À luz disso, uma rígida periodização de estilos é difícil, quando arquitetos como Karl Friedrich Schinkel se dedicam a projetar e criar obras neo-gregas, neoromanas, neogóticas, neo-românicas, sempre reinterpretando motivos do passado.
Do ecletismo historicista, pretendido como uma característica arquitetônica do século XIX, que é dividido em uma série de estilos, cada um dos quais é caracterizado por seus próprios invariantes, alguns aspectos da cultura arquitetônica mais complexa devem ser distinguidos em termos de desenvolvimento temporal. .
Entre eles, o mesmo neoclassicismo, afirmava na virada dos dois séculos, um movimento mais amplo, a partir do historicismo subsequente e, claro, da Art Nouveau que conclui não apenas o período historicista, mas toda a evolução classicista iniciada no século XV.
Mais complicado, mas necessário, para distinguir uma cultura classicista duradoura, viva na Itália com Giuseppe Piermarini ou Koch, e na Europa com o Palladianismo, que não pode ser definido como neo-renascentista, já que não é um renascimento historicista, mas uma continuação direta de a tradição classicista, viva tanto no século XVII quanto no XVIII, embora às vezes minoritária.
Neoclassicismo
O neoclassicismo do século XIX continua os temas propostos no século anterior, incluindo o caráter fortemente programático e “racionalista”. Os elementos arqueológicos são mencionados com maior significado filológico, distinguindo entre as várias eras.
As características invariantes são: plantas bloqueadas em figuras regulares, simetria bilateral encontrada no plano e elevação, prevalência do sistema trilítico sobre as arqueadas e abóbadas (essencialmente ligadas à nova tendência neogótica), composições volumétricas que favorecem o desenvolvimento horizontal. Os materiais utilizados são pedra, mármore, estuque branco ou até mesmo coloridos quando o policromo da arquitetura grega foi descoberto.
Os novos tipos de edifícios públicos
O neoclassicismo é expresso sobretudo no desenho de grandes edifícios públicos representativos, mesmo com novos tipos, como: museus, bibliotecas e teatros públicos.
Dois trabalhos de Karl Friedrich Schinkel surgem nesse contexto: o teatro Berlin Schauspielhaus e o Altes Museum, também em Berlim. O primeiro é projetado por Schinkel em obediência à função prática do edifício, ao invés de monumental. O edifício é constituído por um prosaico iônico em estilo exastilo, com frontão de estátuas, precedido por uma alta escadaria de entrada. O resto do edifício é caracterizado por extrema racionalidade, erguido sobre uma base de altura rústica igual à da escada de acesso. Os espaços interiores são claramente denunciados para o exterior: a sala com uma altura maior do salão, os corpos laterais do foyer. No topo de cada volume projetado há um frontão que como um elemento recorrente unifica e traz toda a construção de volta ao clássico.
O Museu Altes é mais claramente neoclássico. A figura do plano é um retângulo alongado, com uma galeria de cada lado para a exibição de estátuas no térreo e pinturas no andar superior. No centro há um reservatório redondo coberto por uma cúpula cujos intrados são claramente derivados do Panteão. Fora da cúpula não é relatado, inscrito em um retângulo para favorecer o aspecto longitudinal da composição. A frente principal é disposta em um lado longo, tem um átrio precedido por dezoito colunas jônicas em uma base alta da qual é acessada por uma escadaria aberta disposta em eixo à frente.
O Museu Britânico, de Robert Smirke, em Londres, é semelhante pelo seu gosto neoclássico marcado. A frente principal é caracterizada por dois pórticos internos que se estendem para fora formando duas asas salientes e a entrada traseira, constituída por pronaos encimados por um frontão. Para unificar a composição articulada da fachada, existem as quarenta e oito colunas iônicas que também criam um efeito evocativo de claro-escuro. No interior, a Biblioteca do Rei foi construída mais tarde pelo irmão de Smirke, Sidney. A biblioteca é caracterizada pelo teto abobadado inteiramente feito de ferro fundido.
Outro trabalho interessante é o St. George’s Hall, em Liverpool, projetado por Harvey Lonsdale Elmes. O edifício é uma reminiscência do teatro Schinkel para a composição volumétrica e do Museu Altes para o outro pórtico. O edifício é altamente inovador: tem a fachada de um templo, embora seja secular (contém salas de aula para reuniões e para a administração da justiça, uma sala de concertos, etc.); resume praticamente todo o repertório da arquitetura clássica. De tipicamente século dezenove, a diferença entre o exterior sóbrio e o interior ricamente e eclecticamente decorado deve ser notada.
Edifícios religiosos
A produção neoclássica do século XIX na França encontra sua referência na criação da Madeleine em Paris. O edifício, inicialmente projetado para ser uma igreja, é então mudado com o advento de Napoleão no Templo de la Gloire. O concurso para a transformação foi ganho por Pierre Vignon, um aluno de Claude Nicolas Ledoux, que criou um gigantesco templo romano de ordem coríntia em um porão alto. Os interiores foram editados por Jacques-Marie Huvé, que, não tendo uma referência clássica precisa, cria uma planta que consiste em uma série de áreas quadradas cobertas por cúpulas, seguindo o modelo das instalações do spa.
O paradigma do templo romano e os antigos banhos são inspirados em muitas outras igrejas construídas na França após a queda de Napoleão. Modelo de referência ainda no século XIX é o Panteão. A esta tipologia pertencem três obras italianas de grande valor urbano: a Basílica de San Francesco di Paola em Nápoles, a de Sant’Antonio em Trieste e a da Gran Madre di Dio em Turim.
A igreja napolitana, localizada na Piazza del Plebiscito, é enquadrada por Murat no maior projeto de acomodação na grande praça em frente ao Palácio Real. O projeto vencedor é o de Leopoldo Laperuta, que incluía uma igreja no centro da colunata semi-elíptica. Apenas este último foi construído quando o prédio da igreja foi objeto de uma nova competição, vencida por Pietro Bianchi. Ferdinando I, que retornou ao trono após a segunda restauração de Bourbon, queria dar ao prédio uma maior sensação de monumentalidade. A varanda leva ao templo que consiste em uma rotunda com duas capelas nas laterais. O efeito é acropolico, de grande valor monumental. O paradigmado Panteão é declinado de uma forma original, com a inclusão das duas cúpulas para cobrir as capelas crescidas. Dentro da grande cúpula é suportado por uma primeira ordem de colunas e um segundo pilares.
Outro trabalho modelado no Pantheon é a igreja de S. Antonio em Trieste. O lote em que insiste é retangular, de modo que Pietro Nobile projetou um corpo alongado dividido em três salas de aula. Os dois lados são cruzados, o central com uma cúpula. Assim, a interseção direta dos pronaos com a rotunda está faltando, mas fora do paradigma certamente é proposto com originalidade e inovação. A característica do trabalho, como já foi dito, está no seu valor urbano: a igreja está localizada no fundo do Grande Canal de Trieste. A fachada do templo é refletida na água e é no final de uma fuga prospectiva obrigatória.
Outro trabalho que incorpora o modelo do Panteão, ainda mais fielmente fora dos dois anteriores, é a igreja da Grande Mãe de Deus em Turim. inserido na boca da primeira ponte construída sobre o Po pelos franceses, com as colinas por trás, é exaltado pela sua localização urbana. O reservatório é significativamente destacado do modelo romano, re-propondo um contraste entre ambientes côncavos e convexos típicos da arquitetura barroca.
Trabalha na Itália
Giuseppe Piermarini, aluno de Vanvitelli, criou a Villa Reale de Monza, inspirada no palácio casertana do mestre, embora profundamente simplificada em suas formas. Um discípulo de Piermarini, Leopoldo Pollack, projetou a Villa Reale em Milão e a Villa Casati em Muggiò. Em Livorno, em um projeto de Pasquale Poccianti, foi construída a Cisterna de Livorno, um edifício que tem claras referências à arquitetura romana e ao trabalho de Etienne-Louis Boullée e Claude-Nicolas Ledoux: construído como um reservatório para o novo aqueduto da cidade, foi concebido pelo arquiteto como uma espécie de propilo para os subúrbios do século XIX, no final de um caminho que levaria o visitante das nascentes do aqueduto até a cidade. Por fim, destacamos o Caffè Pedrocchi em Pádua, de Giuseppe Jappelli.
Paladiano
A produção de villas e residências do século XIX continua fortemente ligada ao palladismo e à recuperação da tradição neo-renascentista, mais do que às clássicas. Pouco ou nada realmente inovador foi construído no século XIX na tipologia residencial.
Estilos Revivalistas
Neogótico
O neogótico apresenta os seguintes invariantes: plantas e risers não-bloqueados, irredutíveis a figuras elementares, prevalência de assimetria, composição claramente vertical, efeitos de transparência e luminosidade, retomada dos arcos pontiagudos e das abóbadas ogivais, uso das decorações. Contudo, às vezes o neogótico perde o sentido do majestoso, do fora-escala, do irreal, baseado em princípios como a economia da estrutura, a correção construtiva que será a base para a arquitetura do ferro.
Enquanto neoclássico, em geral, é mais adequado para ambientes urbanos, o neogótico, especialmente em tipos residenciais, persegue o objetivo do pitoresco: adaptar o edifício à paisagem.
Vamos agora analisar as principais obras neogóticas do século. O renascimento neo-gótico tem afinidade tanto com o estilo do neo-renascentista quanto com a arquitetura do ferro.
A Igreja de Todos os Santos de William Butterfield em Londres é um trabalho importante. A igreja surge em uma rua lateral, quase escondida se não fosse a torre que emerge do perfil urbano. A igreja é parte de uma trama quadrada. Da estrada leva a um pequeno pátio no qual a esquerda leva à reitoria, à direita da escola e frontalmente, do lado longo, para a igreja. Lá fora você pode ver o uso alternado de tijolos vermelhos e pretos, a fim de obter decorações agradáveis. Dentro da igreja é caracterizada pela abside plana, os três corredores cobertos por uma abóbada ogival. A composição dos volumes da reitoria, da escola, da igreja e da alta torre é orgânica e funcional às necessidades eclesiásticas.
Outro importante trabalho neogótico é o Museu da Universidade de Oxford, projetado e construído por Thomas Deane e Benjamin Woodward. O exterior, caracterizado por duas ordens de janelas gradeadas, telhado inclinado e torre de fachada, re-propõe o caráter policromado e minimalista do gótico italiano.
Interessante é o hall de entrada com três naves encimadas por um teto de ferro e vidro, feito com arcos pontiagudos apoiados por feixes de pilares de ferro fundido. Os arcos são perfurados com decorações florais, as capitais com folhas de acanto. A estrutura metálica re-propõe as nervuras de alvenaria da arquitetura gótica no novo material. A grande transparência e luminosidade está essencialmente ligada ao telhado: o recinto é cercado por todos os lados por um alpendre do tipo loggias em loggias cujo módulo no piso térreo é marcado por dois arcos, o primeiro por quatro arcos, sempre no sexto agudo.
Ruskin também colaborou no trabalho, fornecendo pessoalmente o design das janelas das lojas. Ruskin, um profundo adversário da arquitetura de ferro, colabora na realização do trabalho, como ele parece ver nas decorações naturalistas dos túneis de ferro, ornamentos florais ou características faunísticas da arquitetura gótica, que traduz e reflete a admiração pela natureza. O salão também se destina a acomodar a reconstrução de esqueletos de animais pré-históricos cuja estrutura óssea é estranhamente assonante com a metálica, sugerindo uma sugestão de afinidade morfológica.
Um trabalho menor, mas definitivamente inovador, é a igreja de São Eugênio, de Louis-Auguste Boileau. O exterior é feito quase inteiramente de tijolo, com janelas ogivais e três frontões. O interior, com três naves, é feito inteiramente de ferro: pilares, arcos longitudinais e transversais, fretworks das janelas, rosetas, abóbada. Boileau interpretou ao pé da letra a idéia de Viollet-le-Duc, para a qual as catedrais góticas, com sua estrutura, são o precedente direto da arquitetura moderna do esqueleto. No entanto, Viollet-le-Duc se referia mais a um método construtivo e construtivo do que à recuperação de elementos morfológicos.
Anatole de Baudot, um aluno de Viollet-le-Duc, é o primeiro arquiteto a construir uma igreja de concreto armado. Apesar do uso de uma tecnologia tão inovadora, o arquiteto ainda apresentava uma “morfologia neo-gótica”.
Neogreco
Julien-David Leroy, historiador de arquitetura e mestre de Durand, publicou em 1758 uma bela reconstrução dos Propileus de Atenas. O tema é imediatamente retomado por Carl Gotthard Langhans no projeto do Portão de Brandenburgo, em Berlim. Tem uma colunata hexastyle estilo grego moderno Doric, uma composição de elementos chamando o Propileus, embora as proporções são apenas dóricas. O portão representa não apenas o acesso à cidade de Berlim, mas um monumento que marca o acesso ao neoclassicismo alemão. O tema também está incluído no projeto de William Wolins para a entrada do Downing College em Cambridge e Propileus de Leo von Klenze na Konigsplatz em Munique.
O tema da propylaea também é declinado por Friedrich Gilly no monumento a Frederico, o Grande. O monumento não realizado consiste em três partes:
um grande recinto dividido por volumes fechados com quatro aberturas, duas com colunatas que remetem à propylaea e duas com arcos encimadas por telhados cónicos truncados que lembram algumas barreiras de Ledoux;
outra base do pódio com dois arcos de acesso no eixo com a propylaea
e finalmente,
o periptero do templo dórico acima do pódio. Na composição é evidente uma prevalência do total nos vazios que são desta forma reforçados pela sua singularidade.
O projeto Gilly será adotado por Schinkel e Leo von Klenze, autor de Walhalla em Ratisbona e aluno de Gilly. Klenze ganha o projeto para a construção do Walhalla ou Panteão alemão, segundo Schinkel. O Walhalla na mitologia nórdica é o lugar onde as almas dos heróis mortos na guerra foram reunidos, acolhidos pelas Valquírias.
Ludovico di Baviera decidiu fazer o monumento como um panteão alemão, por ocasião da derrota de Napoleão em Leipzig. A construção é um temploperipteral, colocado em uma posição de acrópole. A derrota de Napoleão em Leipzig e a outra sofrida pelas legiões romanas pelos povos germânicos são esculpidas respectivamente em seus dois frontões. A base alta é dividida em escadas e terraços. O interior apresenta bustos de grandes alemães: Leibniz, Schiller, Mozart, etc., bem como um friso esculpido que conta a história da Alemanha.
Um must-see é o Canoviano di Possagno Temple, provavelmente desenhado pelo escultor Antonio Canova (com a colaboração de Giannantonio Selva) para deixar a memória de si mesmo em sua cidade natal. O edifício ainda oferece o acoplamento da rotunda do Panteão e os pronaos derivados do Parthenon. O edifício atinge um alto nível de majestade, grandeza e grandiosa solenidade.
Novo estilo
Com a campanha de Napoleão no Egito, numerosos achados egípcios chegam à Europa. O entusiasmo pela campanha napoleônica e o interesse por uma cultura diferente levaram ao desenvolvimento de um estilo neo-egípcio, não apenas na França.
Estilo neo-renascentista
A maior parte da produção do século XIX, no entanto, é inspirada no Renascimento, por causa de vários fatores e principalmente porque todo o ensino das academias de Belas Artes estava focado no trabalho dos grandes tratados italianos e na arquitetura do século XVI, permaneceu como referência estética ideal para a cultura européia. A esses elementos foi acrescentada a difusão de textos que tiveram grande influência no projeto do edifício, pois estabeleceram modelos capazes de conferir dignidade histórica às necessidades da emergente sociedade industrial entre eles, destacando-se Palais, maison, e autres édifes modernes à Roma, de Charles Percier e Pierre-François-Léonard Fontaine (1809), e Edifices de Rome moderne, de Paul Letarouilly (de 1840).
A arquitetura neo-renascentista de fato retomou o aparato formal da arquitetura renascentista, chegando à imitação de edifícios monumentais específicos, entre os mais famosos, embora de maneira moderna, com intenção intencionalmente revivalista e com cuidadosa filologia, distinguindo também entre as várias fases desenvolvimento da arquitetura entre os séculos XV e XVI e entre os vários mestres do Renascimento.
As características marcantes dos prédios neo-renascentistas são: a busca por um volume simples e bloqueado, a presença de um ou mais pátios, a presença constante de janelas de simetria, tímpano ou bancas, a presença de colunas e pilastras, praças e molduras, decorações e mais elementos que exaltam os valores arquitetônicos da fachada. Outras características são o uso de cantaria, especialmente para a base e outros elementos decorativos retirados do período da Renascença.
As obras neo-renascentistas, pertencem a todos os tipos de edifícios, incluindo edifícios para habitação, o tipo mais expansivo que foi procurado para conferir dignidade histórica, tomando como modelo os palácios renascentistas, cuja tipologia também permitiu construir edifícios de bloco que ocupam inteiramente o lote , bem como para se juntar a outros edifícios adjacentes. Edifícios públicos como teatros, bibliotecas, museus, bancos, prédios de spa, igrejas, etc. também são difundidos.
O renascimento neo-renascentista foi estabelecido em meados do século, em reação às obras neo-góticas, mas importantes também na primeira metade do século e antecipações também no século XVIII (por exemplo, o trabalho de Giuseppe Piermarini), sem mencionar o duradouro paladianismo, que, no entanto, não tinha um caráter revivalista, mas era uma continuação direta de uma longa tradição.
Entre as obras neo-renascentistas mais bem sucedidas, as do gosto italiano projetadas em Munique por Leo von Klenze: o Palazzo Leuchtenberg (1816), inspirado no Palazzo Farnese, o Ministério da Guerra, concebido como um renascimento do Palazzo Medici, e ainda o Konigsbau (1826 – 1835), modelado na referência do Palazzo Pitti, a Pinacoteca (1826 – 1830), talvez a obra mais importante de Klenze, cujo modelo ainda é italiano, o Palazzo della Cancelleria e que mostra todos os elementos característicos de o estilo.
Sir Charles Barry apresentou o neo-renascentista em Londres. Suas duas principais obras são o Traveler’s Club, inspirado no Palazzo Pandolfini, em Florença, e no Reform Club, inspirado no Palazzo Farnese, em Roma. Em particular, para o Reform Club, ele projetou um pátio interno com uma planta quadrada, com duas ordens de galerias elevadas, cobertas por um elegante cofre de ferro e vidro do século XIX. A referência a Antonio da Sangallo é evidente no motivo das janelas, com uma moldura plana na primeira ordem e um tímpano na segunda, para os patrões dispostos nos cantos do prédio e na cornija pesada.
Na Itália, as antecipações de novas tendências já podem ser encontradas a partir do final do século XVIII e início do século XIX, mas os personagens mais ecléticos emergem na segunda metade do século XIX, durante a renovação do edifício e expansões urbanas após a unificação do reino da Itália. , continuando até o início do século XX, quando este estilo uniformizou os novos edifícios construídos seguindo os planos de demolir e reconstruir alguns centros históricos. Por exemplo, as marcas neorenaissance têm a Galleria Vittorio Emanuele II de Milão (iniciada em 1865), o Palazzo delle Assicurazioni Generali (1871) e as arcadas da praça da República (1885 – 1895) em Florença, o Palazzo Koch em Roma ( 1880 – 1892), a Galleria Umberto I (1887 – 1890) e o Palácio da Bolsa de Nápoles (1895-1899).
O estilo também se desenvolveu na Europa Oriental, especialmente em Praga, no Reino da Hungria (Teatro da Ópera e Basílica de Santo Estevão em Budapeste) e na Rússia (por exemplo, o Palácio Vladimirsky em São Petersburgo).
Em vez disso, na França, uma corrente inspirada no classicismo francês espalhou-se e, portanto, caracterizou-se por grandes telhados de pavilhão; este esquema foi introduzido na reconstrução do Hôtel de Ville, em Paris, atingiu o seu auge na conclusão do Louvre e também foi retomado na Inglaterra e na América.
Neobarocco
O neobarroco nunca se configurou no século XIX como um renascimento preciso, mas deveria ser considerado como caracterizado por grandeza, assombro, redundância; o neobarroco permanece longe das formas berniniana, borromenha ou guarani. A arquitetura neo-barroca paradigmática pode ser considerada o Teatro da Ópera de Jean-Louis-Charles Garnier. O edifício do teatro, na verdade, é um edifício neo-renascentista, inspirado mais pelo século XVI italiano do que pelo francês. Sua figura de plano está grosseiramente inscrita em um retângulo dividido em quatro partes: o átrio com a escadaria, o corredor neomicircular, o palco profundo e os bastidores de serviço local. Cada ambiente é caracterizado por uma altura diferente. Por trás do palco desenvolvem ambientes para madrinhas, fumantes e todos os ambientes que Garnier considerava parte integrante do espetáculo. Cada lado do retângulo tem uma entrada: na frente principal o pedestre, no lado de trás o acesso ao palco, nos lados longos o para as carruagens e o imperial.
A fachada principal é caracterizada por um pórtico com duas ordens de sete baías: no primeiro nível, uma teoria de arcos sobre pilares, dos quais os dois extremos ligeiramente salientes; no nível superior há colunas gêmeas que sustentam a trabeação monumental, que é encimada por tímpanos arqueados nos vãos laterais salientes. Como um enriquecimento do piso colunado, há um mezanino apoiado por colunas delgadas que formam o gigante da dupla ordem.
O edifício é densamente decorado com o uso de cores, diversidade de materiais, guirlandas, esmaltes, túneis, esculturas individuais ou grupos de mármore.
Neoromanico
Neobizantino
Estilo georgiano
Ecletismo historicista como hibridização estilística
O ecletismo básico da cultura arquitetônica do século XIX também cria episódios e aspectos particulares não inteiramente enquadrados na subdivisão em estilos, dando vida a edifícios que combinam eclecticamente elementos da ancestralidade greco-romana com outros de origem românica,gótica ou renascentista.
Nesta categoria podemos atribuir a igreja de São Vicente de Paulo em Paris por Jacques-Ignace Hittorff. A igreja tem uma planta basílica com três naves. O telhado de treliça de madeira exposto é suportado por uma linha dupla de colunas. A frente principal, precedida por uma larga escadaria, caracteriza-se pela presença de um pronaos exastilo, mas sobretudo pelas duas torres laterais, características da arquitectura românica ou gótica. No entanto, as torres são declinadas com uma linguagem tipicamente neo-renascentista: pilasterscorner, frames, gable windows. Ainda a balaustrada entre as duas torres, adornada com estátuas, é um elemento típico retirado da tradição da Renascença. Hittorff está entre os principais proponentes da policromia da arquitetura grega e no modelo dessas colunas, cores rosa, tem a fáscia que separa as duas ordens e colore as treliças de vermelho, azul e ouro.
O tema da torre românico-gótica implantado em edifícios de matriz clássica também é repetido na catedral de Copenhague por Christian Hansen, onde uma torre maciça é inserida no edifício retangular, em eixo com um pronaos exastilo. O interior é caracterizado por uma série de arcos em pilares que sustentam a matrona e uma segunda ordem de colunas dóricas que sustentam a abóbada de canhão com lacunares de clara inspiração romana. O interior tem sido repetidamente comparado à Biblioteca Boullée
Urbanismo e transformações urbanas
Um importante fenômeno sociológico ligado à afirmação da economia industrial é o forte crescimento das cidades em muito maior extensão do que nos séculos anteriores. No século XIX, formou-se um novo planejamento urbano em que o transporte e a infraestrutura em geral, o comércio, a indústria e a gestão urbana ganham importância e atenção.
Entre as principais intervenções do planejamento urbano neoclássico, o primeiro em ordem cronológica é o da Rue de Rivoli em Paris, projetado pelos arquitetos napoleônicos Charles Percier e Pierre-François-Léonard Fontaine e concluído sob Napoleão III. Os dois arquitetos, inventores do Empire Style, projetam uma linha reta de construções contínuas em pórticos, dos quais apenas as fachadas são projetadas, deixando a construção dos prédios atrás de partes privadas. Desta maneira obtêm um efeito da singularidade das frentes. No entanto, para transformar radicalmente a cidade foi o plano para a cidade de Paris, do Barão Haussmann.
Na Inglaterra, durante o período da regência de Prince of Wales, uma intervenção notável foi a da construção do bairro residencial de propriedade da coroa no parque de Marylebone, com a conexão, através de uma nova estrada, com o Parque St. James. A nova estrada passava por uma área residencial pobre e degradada que foi restaurada. Designer e parte empreendedor do trabalho foi John Nash.
Na parte sul do Regent’s Park, Nash projeta longas séries de casas geminadas, dispostas em terraços, de modo que cada uma delas pudesse apreciar a vista do parque, que permaneceu pelo menos até a metade do verde público. Na parte mais ao sul do parque, um arranjo de casas semicirculares, chamado Park Crescent, leva à Regent Street, uma estrada que liga o parque à residência do regente. A nova estrada tem uma linha não reta, as juntas são essencialmente devido a preexistências arquitetônicas ou propriedades de propriedade de nobres, especialmente wighs, que Nash evita invadir.
A Roma foi reorganizada a Piazza del Popolo. De fato, apesar das presenças monumentais como as Igrejas Gêmeas de Rainaldi, o obelisco egípcio, a Porta del Popolo, a Basílica de Santa Maria del Popolo e o convento, a praça tinha o caráter de um subúrbio confuso. O primeiro projeto de Giuseppe Valadier previa a construção de dois grandes edifícios para quartéis, de modo a definir uma praça trapezoidal, com as Igrejas Gêmeas na base principal e a Porta del Popolo na menor. As casas da praça e do convento foram demolidas. A presença dos dois grandes edifícios por quartéis, no entanto, teria diminuído o valor monumental da arquitetura na praça e, portanto, Valadier decidiu atualizar o projeto com a substituição dos dois edifícios com tantos jardins cercados por grades de ferro para definir o quadrado invadido de forma trapezoidal. Embora os jardins exaltassem os monumentos da praça, ajudaram a tornar a praça vazia.
Em Milão Giovanni Antolini, perto do Castello Sforzesco, projeta o Foro Bonaparte (1800-1801). Antolini propõe um novo sistema viário, baseado em padrões geométricos rígidos, na tentativa de transformar Milão em uma cidade moderna e regular, com estradas ligando os vários pólos importantes da cidade, como o Duomo e o Castelo, além de novas praças. . Mas por causa dos problemas operacionais e, acima de tudo, dos recursos econômicos necessários, já em 1802, o projeto é, de fato, arquivado e nunca será realizado. Não obstante, o projeto Antolini permanece como evidência de um momento de grande fermentação e experimentação intelectual. Então, quando Luigi Canonicial, responsável por redesenhar a fábrica de Milão com propostas alternativas de linhas retas, retomará todas as propostas, desistindo do mesmo fórum. Canonica é também o autor do arco triunfal da Sempione em Milão.
Nos anos entre 1850 e 1880, assistimos ao redesenvolvimento, expansão e redesenvolvimento de várias cidades europeias, como Paris, Barcelona, ​​Viena, Bruxelas e Nápoles.
Em 1857, em Viena, a expansão da Ringstrasse, projetada por Emil von Forster, ocorreu.
Paradigmáticas foram as intervenções em Paris, sob Napoleão III, lideradas pelo prefeito Haussmann. O plano de Paris incorpora soluções já identificadas por Napoleão como a demolição da cidade, a demolição de numerosos edifícios para a construção de três eixos diretos (incluindo a Rue de Rivoli) para limpar o arranjo urbano da cidade e oferecer a possibilidade de criar novos públicos e edifícios privados. Além da casa de ópera, a extensão barroca do Louvre e a realização dos Pavilhões Centrais, caracterizados pela cobertura em treliça do Polonceau, também estão incluídas no plano.
https://www.hisour.com/pt/19th-century-architecture-33577/
Contexto Histórico • Europa 2ª metade séc XIX - Revoluções de 1848: revisão ideológica reformas urbanísticas - Haussman - 2ª Revolução Industrial: utilização de novas técnicas e materiais evolução técnico científica artes aplicadas – separação das artes maiores - Exposições Universais na Europa - Belle Époque
Revolução Industrial • Novos modos de utilização do ferro, vidro e cimento – aumento da produção e exploração – facilidade de transporte – qualidade estrutural *vãos maiores – progresso no cálculo estrutural – economia de tempo e custo – Formação de escolas especializadas Arquitetura dos Engenheiros • Joseph Paxton – Palácio de Cristal - Novo método de projeto e execução - Elementos pré-fabricados (segmentos málicos e lâminas de vidro) - Idéia revolucionária : “Fazer arquitetura com procedimentos de engenharia” (ARGAN) • Três resultados estéticos - valorização da geometria do edifício - volumetria transparente, mais vazios/menos cheios - luminosidade semelhante à do ambiente externo Difusão do Método H. Labrouste – Salão da Biblioteca Nacional de Paris, 1858 – 1868 G. Mengoni – Galeria Vitor Emanuel, Milão, 1865 , Galeria das Máquinas em Paris – Exposição Universal 1889. Arcada de 108m V. Contamin e F. Dutert D.Burton e R. Turner - Kew garden, estufa em ferro e vidro, 1845-1847, Londres A. Antonelli, Mole Antonelliana 1863-1878. Símbolo paleo-industrial Engenheiros X Arquitetos • Polêmica acirrada - Paris Pioneiros da funcionalidade técnica Estruturalistas Engenheiros Escola Politécnica Conservadores da arquitetura “dos estilos” Decoradores Arquitetos Escola Belas Artes • Novas metodologias configuram o espaço da sociedade moderna Vitória dos técnicos • Consagrada pela construção da Torre Eiffel: - Exposição de Paris, 1889 - 300m. de altura - Perfis curvados - Tensão de tirantes - Função representativa: símbolo da Paris Moderna, anuncia o futuro - “Decoração Urbana” • Novos métodos ea Nova organização do canteiro: - industrialização da arquitetura - Aperfeiçoamento da construção civil - Melhorias na infra-estrutura urbana J. Fowler e B. Baker, Ponte sobre o Firth of Forth, próximo à Edimburgo, (1879 – 1890). Arcada de 533m. e altura de 45.72m As “Artes Aplicadas” • Insatisfação cultural oitocentista • Desordem e vulgaridade da produção industrial • Movimento para melhorar a forma e o caráter de objetos de uso comum • Separação das artes maiores • Contrário à Belas-Artes • Remete a setores da arquitetura e do design
Brasil • Contexto – Ascensão do café: chegada dos imigrantes – mãode-obra qualificada – Desenvolvimento da infra-estrutura urbana obras públicas ferrovias ( Railway/Sorocabana )
Brasil O Brasil adere vagarosamente aos novos métodos e técnicas construtivas mas mantém a estética ecletista européia • Fisionomia Européia da cidade - Viaduto do Chá (1892) - Mercado Municipal (1926 – 1933) - Teatro Municipal (1911) - Edifício Martinelli (1929) - Edifíco Sampaio Moreira (1924) - Edifício Guinle (1913)
http://www.fau.usp.br/arquivos/disciplinas/au/auh0154/Professor_faggin/Seminario_06.pdf
Estão baixando na paisagem do Rio de Janeiro estranhos objetos que podem, por quem não conhece o assunto, ser chamados de objetos arquitetônicos. Na verdade, à distância, se parecem com estes. Porém uma visão mais atenta nos fará compreender que nada do que se ensina (ou ensinava) nas faculdades de arquitetura é necessário para a construção destes objetos. As decisões sobre suas características, imagem, dimensões, materiais, cores, não são tomadas por critérios arquitetônicos, mas por critérios pragmáticos e clichês midiáticos e comerciais, frequentemente, de mau gosto e agressivos.
Centro Empresarial Senado. Rio de Janeiro. 2013
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Forma estrutural II
Publicado em 11/10/2013 | Deixe um comentário
As primeiras construções em ferro fundido e forjado
Ponte sobre o rio Severn, Coalbrookedale. 1777 – 1779. Projeto de Thomas Pritchard. Execução de Abraham Darby III. Comprimento total: 60 m. Vão central: 30,5 m
Se pudéssemos determinar um dia, um único dia, como o primeiro da edilícia moderna, talvez mesmo da arquitetura moderna, este seria um dos dias possivelmente do ano de 1735, exatamente aquele em que, em Coalbrookdale, um lugarejo no centro da Inglaterra, perto de Birmingham, Abraham Darby, patriarca de uma família de industriais homônimos utilizou o carvão mineral em lugar do carvão vegetal para fundição de ferro. Com este procedimento, a qualidade do ferro aumentaria e o preço cairia. Em 1847 tal feito foi divulgado, embora desde 1940, Darby utilizaria regularmente o processo para obter o ferro gusa, de maneira industrial. Este fato mudaria a face do mundo. A partir de 1760, a produção de ferro pelo novo método aumenta expressivamente, e passa então a ser usado primeiramente na construção de ferrovias e pontes, e no início do século XIX, também na construção civil e na arquitetura. Continuar lendo →
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A poética do Art-Nouveau na arquitetura
Publicado em 09/07/2011 | Deixe um comentário
Silvio Colin
Na Alemanha chamou-se Jugendstil. Na Inglaterra chamou-se Liberty Style, devido a uma loja de objetos de arte. Na Itália chamou-se Stile Liberty. O nome Art Noveau advém da Maison de l’Art Nouveau, loja de móveis, tapeçaria e objetos de arte do colecionador e comerciante Samuel Bing. Importantes arquitetos do final do século XIX e início do século XX, como Hector Guimard, Victor Horta, August Endell, Joseph Hoffmann entre outros, aderiram ao estilo e o divulgaram com sua obra.
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A corrente de cristal
Publicado em 15/05/2011 | 2 Comentários
A Corrente de Cristal, em alemão “Die Glaserne Kette”, foi o nome com que se designou um conjunto de cartas utópicas trocadas entre um seleto grupo de arquitetos, liderado por Bruno Taut  entre 1919 e 1920, enaltecendo as virtudes do vidro, visto como material do futuro. Estes arquitetos, motivados pelo vazio ideológico existente então na Alemanha pós-guerra, buscavam alternativas estéticas e práticas para a arquitetura, rejeitando o materialismo e positivismo que caracterizavam o sistema político derrotado juntamente com o kaiser Guilherme II. Essas cartas descreviam visões de uma sociedade ideal e uma arquitetura fantástica por meio de textos e desenhos.
Cristal sobre uma esfera. Projeto para um edifício religioso. Desenho de Wassili Luckhardt. Imagem PEHNT, p. 37, com intervenção. Continuar lendo →
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Com a tag Arquitetura século XXI, Bruno Taut, Crítica da arquitetura, Exposição Werkbund, História da Arquitetura, Palácio de Crista, Paul Scheerbart, sustentabilidade, Tecnologia da Arquitetura, Vidro
O movimento City Beautiful
Publicado em 13/03/2011 | Deixe um comentário
Silvio Colin
O movimento City Beautiful nasceu nas décadas de 1890 e 1900 pretendia reformar a arquitetura e o urbanismo americanos tendo como premissas o embelezamento e a grandeza monumental das cidades. O movimento não procurava a beleza por si mesma, mas sim para o bem comum, para criar virtude moral e cívica das populações urbanas. Seus defensores acreditavam que tal embelezamento poderia, assim, promover uma ordem social harmoniosa, que aumentaria a qualidade de vida.
Washington Mall. Imagem <blog.travelmate.co.kr> Continuar lendo →
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Follies
Publicado em 14/02/2011 | 1 comentário
Silvio Colin
No âmbito da arquitetura uma folly (em inglês  loucura, tolice), como a própria palavra adverte, é um edifício curioso, extravagante, bizarro, frívolo ou irreal, geralmente um ponto de atração em um parque, jardim ou propriedade rural. Não é um edifício desprovido de utilização prática. Pode ser um pavilhão, um gazebo, um ponto de referência, até mesmo uma residência. Porém são considerados mais por sua expressão artística, simbólica ou curiosidade.
Castelo no Hagley Park. Arquiteto Sanderson Miller. 1747. Imagem <www.en.utexas.edu>
A história das follies remonta aos meados do século XVIII, quando os aristocratas europeus do continente, nomeadamente França, Alemanha, Bélgica etc. e da Inglaterra e Escócia encontravam em suas propriedades marcas das civilizações antigas que haviam abrigado, e restos de séculos de guerras. Construções em ruínas passavam a ser a atração principal de uma propriedade aristocrática ou burguesa rural.  Quando estas ruínas não eram encontradas, eram simplesmente construídas, em uma prática de frivolidade típicas destas classes sociais. Continuar lendo →
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Ecletismo IV
Publicado em 18/11/2010 | Deixe um comentário
Silvio Colin
O Ecletismo chegou ao Brasil da mesma maneira que o Neoclassicismo, comoinfluência cultural direta das poéticas européias. A diferença, é que aqui não havia ainda um processo autóctone de industrialização, sendo os materiais e técnicas, em sua grande maioria, importados, assim como também eram importados os processos culturais. Podemos ainda dizer que a passagem do Neoclassicismo para o Ecletismo é um processo gradual, gerado no interior da “Academia”. Até os anos 1870, ainda podemos ver edifícios rigorosamente neoclássicos. A partir daí, o ecletismo vai aparecer, de maneira quase absoluta, até os anos 1930, deixando pouco espaço para outras manifestações como o Art Nouveau, o Neocolonial e as poéticas pré-modernas do Classicismo Tardio e do Art Déco.
Palácio Tiradentes – Rio de Janeiro. Neobarroco francês.
Projeto: Memória & Cuchet, 1921. Imagem <mishappa.image.pbase.com> Continuar lendo →
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Ecletismo na arquitetura I
Publicado em 28/09/2010 | 2 Comentários
Silvio Colin
A produção arquitetônica que chamamos de ‘Ecletismo’ merece maior atenção dos arquitetos e estudantes, não somente por seus valores intrínsecos, mas também porque uma grande quantidade de exemplares desta produção conseguiu escapar da sanha destrutiva da voracidade imobiliária do século XX. Apesar da indiferença com que foi tratada pelos principais historiadores de Arquitetura da época e teóricos do Alto Modernismo, permanece nas nossas cidades, enriquecendo sua paisagem construída. Neste texto, trataremos de algumas questões, que nos parecem relevantes para o entendimento dessa produção arquitetônica.
O ecletismo [1], em princípio, designa uma tendência filosófica resultante do conflito de culturas e do embate de idéias, que leva a escolher, em cada sistema de pensamento, aquilo que parece, em cada caso, mais próximo da verdade. Esta atitude gera um conjunto de idéias caracterizado por infiltrações recíprocas entre os sistemas filosóficos puros, aos quais, muitas vezes, falta originalidade ou coesão.
Em Arquitetura, costuma-se designar, stricto sensu, por Ecletismo à prática acadêmica do mundo ocidental, acontecida entre as últimas décadas dos século XIX e primeiras do século XX, orientada para questões estilísticas, segundo a qual todos os estilos e tendências históricas da tradição ocidental – grego, romano, gótico, renascentista, barroco , juntamente com arquiteturas exóticas – chinesa, japonesa, indiana, mourisca – são considerados, isoladamente ou conjugados entre si, como tipos ou modelospara edifícios a serem projetados, podendo ainda fornecer figuras para a composição mural destes. Continuar lendo →
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Ecletismo na arquitetura II
Publicado em 28/09/2010 | Deixe um comentário
 
Silvio Colin
Para o bom entendimento da arquitetura eclética cumpre distingui-la dos revivalismos da primeira metade do século XIX: a chamada “Batalha dos Estilos”. Esses revivalismos eram lastreados por uma posição teórica, tão firme quanto possível, na época, e em muito diferente das posições do Ecletismo.
O revivalismo é uma prática arquitetônica que consiste no uso de formas, figuras e soluções técnicas de uma determinada época do passado, admiradas por sua excelência, para solução de um problema presente. O primeiro revivalismo desse momento histórico foi o Neoclassicismo, motivado pelo Iluminismo, pela cultura acadêmica dos enciclopedistas, e pela Arqueologia científica. Aspirava à substituição da linguagem barroca tardia, então desgastada e repudiada, juntamente com a aristocracia e o clero “de direito divino”, que estavam sendo derrotados pelas forças burguesas e pequeno-burguesas.
Neoclassicismo: Petit Trianon, Versailles, 1762-68. Jacques-Ange Gabriel.
Imagem: http://www.tam.itesm.mx Continuar lendo →
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Ecletismo na arquitetura III
Publicado em 28/09/2010 | 2 Comentários
Silvio Colin
Os códigos estilísticos, ou tipologia estilística, não são um fato novo na Arquitetura ocidental. Vitrúvio já os mencionava, ao dizer que a ordem dórica deveria exibir “as proporções, força e beleza do corpo do homem”; a ordem jônica manifestava “a esbeltez da mulher”; a ordem coríntia “admitia efeitos mais belos”, inspirando-se “nos contornos e membros de uma donzela” [1]. Nesta linha, Serlio [2] interpretava o mestre com cores católicas sugerindo a ordem dórica para “Jesus Cristo, São Pedro, São Paulo e santos mais viris”; a ordem jônica para Nossa Senhora, santas matronas e santos mais “doces”; a ordem coríntia para “santas donzelas”. No século XIX, os códigos estilísticos foram ampliados, não somente no sentido vertical, incluindo o Egito e as arquiteturas medievais, como também horizontalmente, incluindo as arquiteturas exóticas da Índia, China, Japão, Islã etc. É a partir desta inclusão que passamos a falar de ‘Ecletismo’. Continuar lendo →
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Escola de Chicago
Publicado em 16/06/2010 | 8 Comentários
Silvio Colin
Chamamos de Escola de Chicago à obra arquitetônica de caráter unitário e evolutivo, acontecida nesta cidade a partir de 1879, ano em que Le Baron Jenney constrói o primeiro edifício alto com estrutura em grade metálica, e 1893, ano da Exposição Colombiana. As razões para a importância adquirida por Chicago devem ser buscadas em três ordens de fatores: as questões demográficas, geográficas e técnicas.
As características principais destas construções são a estrutura metálica, a manifestação externa de elementos estruturais e funcionais. A conjugação destas características resultou em um vocabulário próprio e inovador, muito diferente do que se fazia nos edifícios de Nova Iorque, por exemplo.
Depois do incêndio que assolou a cidade em 1871 e a depressão mundial, a cidade experimentou um crescimento extraordinário pela aplicação de métodos industriais à agricultura. Sua localização geográfica  tornou Chicago o cenário de importantes trocas comerciais. Devido à escassez e alto custo do solo urbano, era inevitável o desenvolvimento em altura.
Nos Estados Unidos já se construíam edifícios verticais havia décadas, como o Edifício Jayne (1863-75) na Filadélfia, o edifício Tribune  de Richard Morris Hunt. Desde meados do século se havia satisfeito uma das necessidades inerentes à edificação em altura, com a invenção, por Elisha Graves Otis, do elevador, cuja demonstração foi feita em 1853, em Nova Iorque.Fig. 2 – E. G. Otis demonstrando sua invenção em 1853. Imagem http://www.ltmcollection.org
Foi William Le Baron Jenney que descobriu a solução estrutural capaz de suportar cargas e resistir a incêndios, pelo revestimento de perfis laminados de aço com elementos metálicos com alvenaria de tijolos. Era a chamada “gaiola equilbrada”, na qual trocou o ferro fundido, então solução vigente, pelo ferro laminado. Graças ao novo sistema, Jenney pode vencer as limitações da construção com paredes portantes, que poderiam chegar a grandes espessuras.
Fig. 3 – Detalhe da grade estrutural, concebida por Le Baron Jenney para compor a gaiola estrutural.
Fig. 4 – Abobadilha tradicional de tijolos maciços e abobadilha de lajotas cerâmicas. Imagem
Outro engenhoso avanço estrutural seria a substituição das antigas abobadilhas de tijolos maciços, que pesava cerca de 375 kg/m², por abobadilhas feitas em lajotas cerâmicas, cujo peso se reduzia para aproximadamente 175 kg/m².
Fig. 5 – Edifício LeiterI. William Le Baron Jenney. Construído em 1879. Demolido em 1972.
Considerado o primeiro edifício da Escola de Chicago, constituía-se em um paço anterior à gaiola de aço, com pilares de ferro fundido e vigas de madeira. A grande evolução estética já se anunciava, com as janelas de piso a teto.
O próximo passo seria desprender-se do decorativismo historicista vitoriano. Henry Robson Richardson, que havia estudado na École de Beaux-Arts e fora colaborador de Henry Labrouste em Paris, na sua volta aos Estados Unidos projetou vários edifícios neo-românicos de grande pureza e expressividade, como os Loja de Departamentos Marshall & Field, um edifício de tijolos, com um trabalho de rusticação na fachada de grande emotividade. A contundente monumentalidade desta obra seria imitada por Sullivan no seu Auditorium Building, que além deste dado mural, tem uma solução funcional muito própria, pois se trata de um edifício comercial envolvendo uma grande sala de espetáculos.Fig. 6 – Loja de Departamentos Marshall Field & Co. 1882. Henry Hobson Richardson.
Burnham e Root, em escala mais reduzida seguiram o modelo de Richardson nos edifícios Rookery e Monadnock. Este último seria a última construção da Escola com paredes portantes, que têm 1,83m de espessura. Se era tecnologicamente atrasado para os padrões de Chicago, este edifício seria, entretanto, o mais avançado em relação à forma mural, pois eliminou completamente os apliques decorativos, deixando as paredes completamente lisas, prática que seria obrigatória a  partir do Movimento Moderno. Notável também é o uso, muito comum em Chicago dos ressaltos em forma de bay-window, elemento tradicional da arquitetura inglesa.Fig. 7 – Edifício Monadnock . 1889-91. Burnham & Root. Imagem http://chicagoist.com/images/2004_07_28.monadnock.jpg
No Reliance Building, de Charles Atwood e Daniel Burnham, pela primeira vez se exteriorizam os elementos estruturais, o que faz evidentes a leveza e a verticalidade impressionante para a época. Foi o primeiro edifício a ostentar grande panos de vidro, cobrindo a maior parte de sua superfície.Fig. 8 – Edifício Reliance. 1890-95. Charles Atwood e Daniel Burnham. Imagem http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
Holabird e Roche seguiram os passos de Richadson nos edifícios Tacoma e Marquette, onde a estética elegante e bem equilibrada chega ao ponto mais alto.Fig. 9 – Edifícios Tacoma (1886-89) e Marquette ( 1895), de Holabird & Roche. Imagens (dir) http://hanser.ceat.okstate.edu/ (esq) http://www.skyscrapercity.com
Entretanto, o maior protagonista da Escola de Chicago foi Louis Sullivan, que estudara no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e posteriormente, como Richadson, em Paris.
Fig. 10 – Edifício Wainwright, em St. Louis (1890-91) Adler e Sullivan
Trabalhou com Frank Furness[1] e com Jenney, em Chicago. Em 1881, se associou a Dankmar Adler, responsabilizando-se pelos aspectos formais dos edifícios. O estilo neo-românico de Richadson se converteu, em suas mãos, em algo de grande rigor energético pelo uso clássico dos volumes e da ornamentação gótico-oriental. No edifício Wainwright, em St. Louis (1890-91), Sullivan se utiliza de uma organização tripartite clássica – embasamento com térreo e mezanino, corpo intermediário de articulação vertical e o coroamento com um pavimento atico, como pavimento de máquinas. Esta obra assinala o nascimento do arranha-céu como tipologia independente. No Auditorium, já mencionado, a influência de Richardson se torna ainda mais patente. Neste edifício os projetistas envolvem um auditório com um edifício comercial.Fig. 11 – Edifício Auditorium. 1889. Adler & Sullivan.  http://www.prairiestyles.com/images/architects/sullivan_l/auditorium.jpgFig. 13 – Auditorium. Seção transversal. Imagem http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
Fig. 14 – Edifício Auditorium. Interior. Imagem http://www.answers.com/topic/proscenium
Ainda de Sullivan é o magazine Carson, Pirie e Scott, sem dúvida a obra mais representativa da Escola de Chicago. O espaço interior definido por superfícies contínuas não se diferençava tanto dos congêneres. A originalidade está na fachada, constituído de uma retícula tensa de horizontais e verticais que enfatiza a estrutura do edifício criando um dos padrões de composição de fachada mais característicos: a grade fenestrada.
Fig. 16 – Edifício Carson, Pirie & Scott. 1899. Adler e Sullivan. Imagem http://www.prairiestyles.com/images/architects/sullivan_l/auditorium.jpg
O preenchimento desta grade estrutural se dá com as janelas conhecidas como Janela Chicago: um retângulo de dominância horizontal, dividido em três – a parte central fixa e as laterais com janelas tipo guilhotina. Em contraste deliberadamente buscado a esta composição tão comedida se introduz uma filigranada e festiva ornamentação orgânica de ferro fundido, nos pavimentos inferiores.
Fig. 17 – Edifício Carson, Pirie & Scott. Entrada.
A Escola de Chicago recebe um golpe mortal com a Exposição Colombiana de 1893, evento que comemorava o quarto centenário da descoberta da América, ocorrida nesta cidade. Este episódio é conhecido como a Traição de Burnham. Daniel Burnham, que já havia assinado importantes edifícios, principalmente associado a John Root, encarregado de projetar a exposição deu a esta traços neoclássicos, abandonando a tendência construtivista em pleno florescimento nos dez anos anteriores. Foi um retrocesso a volta ao conceito neoclássico de cidade, horizontal e formalista, quase com um expiação ao pecado bíblico de aspirar aos céus. Somente décadas mais tarde a experiência de Chicago seria avaliada com justiça, sendo uma das mais importantes reflexões a do próprio Sullivan, que publicou em 1922, um ano antes de sua morte, seu ensaio crítico: A autobiografia de uma idéia.
Fig. 18. Exposição Colombiana. 1893. Imagens http://www.teslasociety.com/beautifulnyc.htm
[1] Grande nome da arquitetura da Filadélfia, um espécie de Gaudi americano, que inspiraria mais tarde alguns trabalhos de Robert Venturi, no século XX já avançado.
CRONOLOGIA
	1804
	Fundação do Forte Dearbon.
	1830
	Implantação da malha urbana de Chicago.
	1833
	Divulgação o sistema Baloon Frame, sistema de construção industrializado inventado por George Washington Snow.
	1853
	Invenção do elevador.
	1857
	Elisha Graves Otis instala em Nova Iorque o primeiro elevador de segurança a vapor.
	1861-65
	Guerra da Secessão.
	1864
	Primeira utilização de elevador  Otis em Chicago.
	1870
	C. W. Baldwin inventa e constrói em Chicago o primeiro elevador hidráulico.
	1871
	Chicago é quase completamente destruída por um incêndio.
	1879
	William Le Baron Jenney constrói o primeiro edifício alto em estrutura metálica, o Leiter Building I.
	1893
	Exposição Colombiana de Chicago. A Traição de Burnham.
PRINCIPAIS ARQUITETOS (e engenheiros)
William Le Baron Jenney [1832-86], Henry Hobson Richardson [1838-86], Dankmar Adler [1844-1900], Daniel Hudson Burnham [1846-1912], John Wellborn Root [1850-1891], William Holabird [1854-1923], Martin Roche [1855-1927], Louis Henry Sullivan [1856-1924], 
AS SOCIEDADES
Adler & Sullivan, Burnham & Root, Holabird & Roche.
https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/06/16/escola-de-chicago/#more-395
Grande parte da historiografia sobre a arquitetura brasileira do século XIX apresenta a tendência dominante de trabalhar com divisões rígidas entre estilos, enfatizando a oposição entre barroco/rococó e neoclassicismo no início do século e, depois, entre neoclassicismo e ecletismo no final do século XIX/início do XX. Essa postura decorre de uma outra noção generalizada na literatura sobre arte brasileira: a idéia de que há uma correspondência “natural” entre linguagens artísticas e períodos históricos; assim o barroco predominaria na Colônia, o neoclassicismo no Império e o ecletismo na 1a. República.Estes esquemas redutores sobrevivem nesta historiografia tradicional, apoiados numa metodologia que está fundamentada basicamente na “pinçagem” de alguns fatoshistóricos relevantes, tais como a chegada da Missão Francesa e a abertura da Academia de Belas Artes no Rio de Janeiro, ou de alguns arquitetos destacados, como Grandjean de Montigny, em torno dos quais toda a narrativa histórica é construída.
No entanto, suspendendo, mesmo que temporariamente, a questão das atribuições ou as preocupações meramente estilísticas, é possível observar na prática arquitetônica do século XIX um conjunto muito mais complexo, em que vários elementos estão imbricados: a persistência de formas e técnicas coloniais; a necessidade de novos programas e funções; a incorporação de materiais importados; a diversificação dos agentes; os novos processos de formação profissional de arquitetos e engenheiros; além da sincronicidade de várias linguagens formais - a recorrência aos estilos do passado (barroco e rococó) e a apreensão dos estilos então contemporâneos (o neoclassicismo e outros revivalismos, além do ecletismo e do art nouveau). Portanto, em lugar de uma só feição dominante, coexistem técnicas, programas e estilos do passado e do presente, evidenciando a permanência da tradição colonial, entrelaçada no desejo de modernização e na necessidade de construção imaginária da nova nação.
Entender essa diversidade estilística da arquitetura do século XIX, tanto na Europa quanto no Brasil, tem sido um desafio para os historiadores da arte e da arquitetura. Na verdade, essa dificuldade tem raízes profundas, relativas à própria constituição da História da Arte e a importância primordial que a noção de estilo assumiu em sua definição como disciplina autônoma.
Sabemos que etmologicamente a palavra estilo vem do latim stilus, que designava o instrumento usado para a escrita entre os romanos. Por metonímia, passou a designar também a maneira de escrever de um escritor. Toda essa discussão de estilo entre os antigos pertencia ao campo da retórica, que analisava sobretudo a escolha das palavras e sua pertinência às diferentes ocasiões, seguindo a doutrina do decorum. Essas noções da retórica espalharam-se para outros campos, como a música, a arquitetura e as artes plásticas1. Mas é a partir do renascimento que os termos estilo, maneira e gosto aparecem com maior freqüência, alternando-se com significações praticamente simétricas2.
Vasari3 atribui à maniera uma grande variedade de matizes, tanto para identificar um artista ou grupo de artistas, quanto um período cronológico, mas certamente a questão de um estilo nacional está fora de suas preocupações. Imprime à sua teoria do belo ideal um sentido evolucionista, em analogia à natureza. Assim, organiza as biografias dos artistas numa seqüência, que evidencia uma lógica interna: a sua concepção de que a arte segue o mesmo ritmo dos seres vivos, passando pelo processo de infância, maturidade e declínio. Estando Vasari convencido da finalidade da arte como construção do belo ideal, seu maior interesse volta-se logicamente para a fase do apogeu, que localizava nos romanos, entre os antigos, e em Michelangelo, entre os seus contemporâneos.
Winckelmann4, em sua obra mais importante História da arte antiga de 1764, retoma várias das posições de Vasari. Sua teoria também repousa na procura do belo ideal. Entendia igualmente a arte de forma evolutiva, seguindo o ciclo vital de desenvolvimento na natureza. Mas, em outros pontos, sua postura difere totalmente de Vasari. Considera que o padrão mais alto de beleza havia sido alcançado pelos gregos, e não pelos romanos como defendia Vasari, acompanhando, assim, o interesse crescente pela Grécia entre vários de seus contemporâneos. Explica o gênio grego pela influência do clima: “Minerva escolheu por residência de seu povo favorito o clima aprazível da Grécia como o mais apropriado aos progressos do espírito e do gênio, graças à temperatura amena e ditosa que reina ali durante as diferentes estações do ano” 5. Winckelmann não foi o inventor dessa teoria que relaciona a cultura ao meio geográfico6, mas essa relação tomou em seu sistema um relevo significativo. Mas, num outro tópico, Winckelmann toma uma posição nova: não considerava a arte grega em isolamento, mas, sim, no contexto da civilização grega tomada como uma totalidade7.
Portanto, ao se constituir como disciplina, a história da arte consolida uma série de noções já esboçadas anteriormente: teoria do belo ideal, estilo, evolução e analogia com o ciclo vital. A elas acrescenta algumas idéias contemporâneas, tais como a influência do clima, a concepção de povo e o interesse pela história. Essas mesmas noções são retomadas ao longo do século XIX, servindo de base a posturas bastante diferentes em relação a estilo e sua importância no estudo das artes visuais e da arquitetura.
O arquiteto Gottfried Semper8 acredita que todas as formas artísticas, desde as artes decorativas até a arquitetura, obedecem aos mesmos princípios, que retiram sua lógica das aplicações da técnica. Apóia a sua teoria nas idéias da biologia da época, especialmente nos princípios anatômicos de Cuvier e no evolucionismo de Darwin9. Para Semper, por exemplo, o estilo geométrico, encontrado nos exemplos artísticos mais antigos então conhecidos, seria devido ao uso predominante das artes têxteis na época neolítica. Assim, a origem da arte é puramente material, regulada apenas pelas questões práticas do avanço técnico.
Hippolyte Taine10 também procura articular a arte a uma explicação materialista, mas centra a sua teoria no meio físico e social. Constrói todo um sistema histórico, cujo método consiste em procurar a causalidade da criação artística nas reações do meio sobre a arte. Taine não foi o inventor dessa teoria, pois, como vimos, Winckelmann já insistia nessa idéia. Mas ele dá às influências climáticas um caráter imperativo, tentando impor à história e à arte os métodos próprios das ciências. De um lado, apóia-se na biologia. Sua teoria do meio é uma adaptação da teoria evolucionista darwiniana e do método experimental de Claude Bernard11. Por outro lado, Taine dá um destaque ainda maior à ação dos agentes sociais sobre a produção da obra de arte, alinhando-se a idéias que vão se consolidar na escola de Durkheim e nas ciências sociais12. Para Taine, todas as manifestações artísticas, intelectuais, morais, religiosas e institucionais de uma época guardam entre si uma certa relação: é o que ele chama lei das dependências mútuas. Estabeleceu entre estas manifestações uma relação causal, em que a arte é sempre conseqüência das outras manifestações culturais. A ação individual do artista é praticamente nula. Tanto o artista quanto a arte são produtos moldados pelo meio. As teorias de Taine sobre a influência do meio físico e social sobre a arte deixaram uma marca profunda e duradoura na história da arte13.
Muito diferente é a posição de Alois Riegl14. Formado no Instituto de Pesquisas Históricas de Viena, Riegl apóia-se no método de análise histórica e comparativa, derivado da tradição filológica. A seleção de seus objetos de estudo revela a preferência por temas polêmicos e o objetivo de refutar teorias correntes em sua época. Assim, publica Stilfragen (Questões de estilo) em 1893, em que se dedica à análise do ornato vegetal, combatendo a teoria da primazia da técnica de Semper, e ao mesmo tempo inserindo-se na polêmica da época entre o Art Nouveau (Jugendstil), muito atuante em Viena, e as idéias modernistas de combate ao ornamento, como as de Adolf Loos, que serão reunidas num manifesto logo depois15. Novamente em 1901, ao escrever As artes aplicadas na época romana tardia segundo descobertas na Áustria-Hungria, Riegl rejeita as noções de que a arte romana decorre da arte grega e que o romano tardio representa o declínio da cultura latina. Não aceita a idéia de decadência e acredita que os romanos, assim como o período romano tardio, são culturas autônomas, sem estarem necessariamente relacionadas entre si numa seqüência evolutiva. Por esses motivos, Damisch questiona a crítica posterior que considerava Riegl simplesmente um evolucionista e um determinista, acreditandoque Riegl cita Darwin justamente para manter distância, pois rejeita totalmente a noção de seleção natural16.
Mas, certamente, a teoria de Riegl está centrada na idéia de continuidade, e não na de ruptura. Para ele, há uma criatividade contínua, identificada por uma série de transformações, menos pelo desejo de imitar a natureza, e muito mais pelas possibilidades virtuais das formas, que constituem as leis do estilo. Para Riegl, não há imperativo técnico, mas sim uma Kuntswollen, que Otto Pächt traduz por “aquilo que determina a arte”: muito mais do que vontade, como é normalmente traduzido, trata-se de uma pulsão, como no conceito freudiano17.
Outros teóricos poderiam ser aqui mencionados, mas esses três autores - Semper, Taine e Riegl - já nos bastam para evidenciar a diversidade de abordagens, em que a noção de estilo é tomada no século XIX.
É bastante significativo que o problema do estilo e suas implicações para a história e crítica da arte sejam retomados nos anos 1950 e 1960, justamente quando se avolumam as críticas ao modernismo e começa a se constituir o pós-modernismo.
Meyer Schapiro escreve em 1955 o artigo Style que se tornou clássico na área18. Nele, Schapiro enumera as várias dimensões e conotações da palavra estilo, finalizando por reafirmar aquela que constitui, na sua opinião, a abordagem mais importante: muito mais do que o material, ou o meio, é a análise da forma como expressão que distingue a obra de arte. O conceito é colocado em termos individuais ou no máximo em termos de escolas artísticas, mas não estende a noção para nenhum idéia de cultura global. Relaciona essa abordagem diretamente com a teoria de arte moderna, o que parece coerente numa década em que o informalismo se revigora, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
Ernst Gombrich publica um artigo também chamado Style em 196819. Sua posição é de intenso questionamento das teorias do estilo, tanto as materialistas quanto as idealistas. Na verdade, o seu argumento está centrado no caráter holístico dessas teorias, que implicam sempre num a priori, que dá sentido à arte e à cultura como um todo, submetidas, assim, a um determinismo inexorável20. Não aceita as tentativas de determinar a lógica interna de uma evolução, tomando-a como inevitável e genérica, pois, para ele, os estilos traçados numa evolução são sempre recortes arbitrários Recusa também as tentativas de caracterizações sincrônicas, que vêem o estilo como expressão do espírito coletivo, criticando o Kunstwollen (“vontade” da arte), o Zeistgeist (espírito de época) e o Volksgeist (espírito do povo). Identifica em Hegel a origem desta idéia e acredita que “toda a historiografia do XIX e parte do XX tentou se livrar dos traços embaraçosos da metafísica de Hegel, sem sacrificar sua visão unitária”. Assim, todas essas teorias, que têm um caráter a priori, fundam-se sobre uma presumida interdependência entre estilo e sociedade, constituindo, na sua opinião, generalizações questionáveis. Para Gombrich o futuro está sempre aberto e o artista está sempre compelido a fazer escolhas. A questão central de toda a teoria da expressividade é, portanto, o conceito de escolha, estando a sinonímia na raiz de todo o problema de estilo. Logicamente essas escolhas não são ilimitadas: há restrições impostas pelas diversas situações pessoais ou do meio, mas o artista tem sempre um grau de latitude para escolhas. Na opinião de Gombrich, são exatamente essas limitações e escolhas que devem ser observadas. A maneira de identificar os estilos decorre em parte da familiaridade com as suas convenções e o preenchimento ou não dessas expectativas. Apesar dos esforços de uma morfologia científica, que pretende dar conta da constituição dos estilos, a tomada intuitiva do especialista ainda é o melhor caminho, embora não infalível.
A superação do modernismo e a confrontação com a arte e a crítica pós-modernas têm obrigado os historiadores da arte a revisões profundas em seus embasamentos teóricos e metodologias. Superar a pretensão de que seria possível reconstituir o passado totalmente e com a máxima verdade possível. Compreender a sincronicidade de processos de longa, média e curta duração, em lugar da sucessão e superação dos estilos. Entender também a sincronicidade de tendências estéticas opostas (clássicas e anti-clássicas, por exemplo), em lugar da sua ocorrência cíclica. Todos esses passos têm sido um desafio para o historiador da arte nesta passagem do século XX para o século XXI. Outras categorias passam a ter importância ao lado do estilo na tentativa de entender a produção artística em sua complexidade.
Muito se avançou nas pesquisas sobre a arquitetura do século XIX a partir de alguns trabalhos de reavaliação crítica do ecletismo, como os de François Loyer e de Luciano Patetta21. Suspendendo o ponto de vista modernista, esses estudos retomavam o ecletismo como um sistema diferenciado de valores e práticas, em que se destacava, entre outros, a função do ornamento como elemento que daria caráter à arquitetura. Seria uma verdadeira architecture parlante, em que sobretudo o ornamento teria um valor associativo, conotando certas linguagens a determinadas funções. Assim, um dos traços recorrentes da arquitetura historicista é a associação entre determinados programas e estilos, tais como os prédios religiosos e os estilos medievais; ou os monumentos públicos e o neoclássico ou o neo-renascimento; ou os pavilhões voltados para o lazer e os estilos exóticos. Seria uma verdadeira tipologia definida pela relação entre estilo e função.
Mas a tipologia era também um recurso historiográfico. A partir do século XVIII, tornaram-se bastante comuns os levantamentos de monumentos históricos, agrupando-os por tipologias, que tanto podiam ser ditadas pela função comum, quanto pela recorrência a um mesmo padrão formal. Certamente esse procedimento era sugerido pelos novos métodos científicos da época, em que a exposição conjunta dos espécimes era fundamental para a identificação de semelhanças e diferenças levando à sua classificação.
É nessa direção que se pode analisar o uso que Durand22 fez da tipologia. Ele não aceitava mais a idéia da arquitetura como imitação da natureza ou dos antigos; ao contrário, acreditava que as ordens e demais formas históricas eram importantes pela força do hábito e do costume. Assim, sua tipologia apoiava-se no levantamento histórico e concretizava-se em catálogos de prédios com funções ou partidos similares, em que ficavam evidenciados os padrões comuns. Para Durand, o tipo era uma composição característica de projeto, que, apesar de não ter mais a autoridade de um cânone, concentrava a força de uma tradição histórica.
É importante assinalar que essas pranchas, apesar de decorrentes de um conhecimento histórico, acabavam gerando uma tipologia acima da história e da geografia, exatamente o contrário da noção de estilo. Pois, se o estilo era determinado temporal e espacialmente, tal não acontecia com o tipo, que se ancorava em características comuns, em termos de função ou partido. Diante dessas pranchas, é como se o arquiteto tivesse exposto diante de si toda uma tradição arquitetônica à sua disposição para ser reutilizada nos prédios contemporâneos. Mais do que imitar simplesmente o passado, trata-se de aproveitar de sua notável experiência. A sua exemplaridade avaliza as escolhas do arquiteto e garante a legitimidade de sua arquitetura. Temos aqui, também, todo um processo de escolha entre alternativas possíveis, como aquela que Gombrich indica como sendo específica do trabalho artístico.
Ao contrário de Durand, Quatremère de Quincy23 aceitava a validade da tradição clássica, acreditando na permanência de uma essência na arquitetura, que estaria localizada em suas origens. A diferença é que essa origem não estaria apenas na cabana primitiva, como se afirmava antes, mas em três elementos - a gruta usada pelos caçadores, a tenda dos pastores e a cabana dos camponeses - tendo esses elementos sido desenvolvidos por diferentes povos : a gruta pelos egípcios,a tenda pelos chineses e a cabana pelos gregos. Fica, assim evidenciado que Quatremère, apesar de ainda atrelado ao pensamento clássico, já incorporara uma visão histórica e relativista. Também em relação à imitação, é possível verificar essa historicização do classicismo. Quatremère estabeleceu uma diferença entre modelo, que é uma coisa, e tipo, que é uma idéia e que constituiu a única base válida para imitação. A essência do tipo é um princípio elementar, espécie de núcleo, mas apresenta-se diferente em cada país24. Retomada por Argan nos anos 1960, a noção de tipologia tornou-se tema central do discurso arquitetônico. Argan adotou a distinção entre tipo e modelo de Quatremère, enfatizando que apenas o tipo deveria ser o ponto de partida para o projeto. Passando para o campo do urbanismo e da preservação do patrimônio, Aldo Rossi propunha o tipo como contendo idéias, que são os elementos irredutíveis nas cidades - elementos culturais que deveriam ser preservados. Posteriormente, apesar da diferença de contexto, essas idéias obtiveram bastante aceitação entre os arquitetos nos Estados Unidos25.
Acreditamos, portanto, que esta relação tipo/estilo lança uma luz nova no entendimento das opções formais dessa arquitetura, evidenciando que, muito mais do que escolhas estilísticas, tratam-se em grande parte de escolhas tipológicas, que devem ter sido de grande operacionalidade nos embates entre tradição e modernidade na Europa e, no caso brasileiro, nos projetos de modernização e de construção da nação no século XIX .
Ilustrações
FIGURA 1 - Capa do livro Récueil et parallèle des édifices de tout genre, anciens et modernes, remarquables par leur grandeur ou par leur singularité, et dessinés sur une même échelle, de Jean-Nicholas-Louis Durand (1760-1834), publicado em Paris em 1799-1801. As vinhetas nos ângulos representam os quatro continentes. Há vários monumentos da Ásia (China), um da América (Templo do sol em Cuzco) e vários da Europa (reunindo obras clássicas antigas e do renascimento, e também medievais).
FIGURA 2 - Durand, Récueil et parallèle, prancha Temples égyptiens et grecs. Aqui, encontram-se reunidas séries do tipo templo, com obras da Antigüidade no Egito e na Grécia. Assim, essa tipologia tem caráter funcional e está submetida ao critério histórico e geográfico.
FIGURA 3 - Durand, Récueil et parallèle, prancha Temples Ronds. Já essa série foi formada por templos de várias épocas e lugares (Grécia e Roma antigas, renascimento italiano) em torno de um tipo de solução espacial (templo redondo). Trata-se, portanto, de uma tipologia fundamentada na função e no partido e acima da história e da geografia.
FIGURA 4 - Durand, Récueil et parallèle, prancha Maisons-de-ville, Palais de Justice. Para esse tipo, a série incorpora exemplos medievais, que certamente tinham valor simbólico na tradição das cidades européias. Aqui, o critério foi funcional e também acima da história e da geografia.
_______________
* Esse artigo foi parcialmente publicado na Revista Estudos Ibero-Americanos, PUCRS, v. XXXI, n.2, dezembro/2005, p.143-154.
** Sonia Gomes Pereira é professora titular da Escola de Belas Artes da UFRJ. Fez mestrado na Universidade de Pennsylvania, doutorado na UFRJ e pós-doutorado no Laboratoire de Recherches sur le Patrimoine Français/CNRS em Paris.
http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_sgp.htm
SÉCULO XX 1ª METADE
https://pt.slideshare.net/abaj/a-arquitetura-da-1-metade-sculo-xx
Mies Van Der Roche

BIOGRAFIA
 
	
	Mies Van der Rohe

Maria Ludwing Michael Mies Van der Rohe ou apenas Mies van der Rohe como é conhecido, nasceu em Aachen - Alemanha, em 27 de março de 1886.Sendo filho de um pedreiro.É considerado um dos pais da arquitetura moderna; apresentando uma enorme altencidade em suas obras, que são concebidas através de linhas puras
Tendo apenas alguns anos de estudo Mies se tornou um dos arquitetos mais influentes e reconhecidos do século XX,ao lado de grandes nomes como frank Lloyd e Le Corbusier.Isso graças a seu empenho e prática que adquiriu trabalhando com seu pai na empresa de cantaria(pedra talhada de forma a constituir sólidos geométricos, normalmente paralelepípedos para utilização na construção de edifícios e de muros). Aos 19 anos, mudou-se para Berlim, onde trabalhou para o arquiteto e designer de mobiliários Bruno Paul e depois para o arquiteto industrial Peter Behrens.
Mies começou sua carreira profissional independente projectando casas para clientes de classes baixas.Seguia então estilos medievais da tradição Alemã...abrindo seu próprio ecritório em 1912, em Berlim.
          Com Gropius, criou em 1919, a Bauhaus, em Weimar - Alemanha; com o objetivo de formar pelo trabalho de equipe, artesãos, escultores, pintores e arquitetos para as tarefas de desenhar e criar novos produtos industriais. Em 1930, assume a direção da escola, nessa instalada em Berlim, após uma passagem por Dessau, permanecendo no cargo até 1933, quando a escola foi fechada pelos nazistas. Deixou a Alemanha em 1937, partindo para os Estados Unidos e radicando-se em Chicago. Tornou-se, no ano seguinte, diretor do Instituto de Tecnologia de Illinois (cargo em que permaneceu por duas décadas) e acabou criando as bases da moderna cidade de Chicago,construída em aço e vidro, quando projetou, no "International Style", o prédiodo Federal Building, que abriga o correio.
Criou também prédios para o Instituto de Tecnologia de Illinois. O rigor das proporções, a valorização da infra-estrutura como elemento estético,
e a precisão do detalhe foram os três princípios que nortearam a sua criação. O estilo ascético de Van der Rohe era reafirmado pela expressão que costumava utilizar como justificativa do funcionalismo de seus projetos: "less is more", ou "menos é mais". Essa frase tornou-se a essência da arquitetura no meio do século 20. O arquiteto faleceu em Chicago, Illinois, em 17 de agosto de 1969.
Mies Van der Rohe o Arquiteto dos ângolos retos
Incorporando os fundamentos de um novo estilo.Ele distanciou-se do traço sinuoso do Art Nouveau, sendo precursor de um estilo baseado na linha reta.Mies procurou a influência do Arquiteto Orlandes Hendrik berlage, os princípios de Berlage baseavam-se   no neoplatonismo da idade média, a filosofia do Santo Agostinho, cuja frase " a beleza é o brilho da verdade" tornou-se praticamente uma regra para Mies Van der Rohe.
Mies Van der Rohe usava a formas do aço do vidro da integração do exterior com o intrior e visse versa; usando assim a desmaterialização ...Suas obras eram voltadas sempre a necessidade do lugar ...a Simplicidade das forma ...
OBRAS

	
	Edifío Seagram
 


	
	Edifico Seagram em escala humana


	
	A Casa De Vidro

	
	A Casa de Vidro
   
	
	Neue Nationalgalerie em Berlim

                                                                        DESGN
          Para integrar com essa nova arquitetura Van der Rohe projetava também o mobiliário nele contido,a tão famosa linha "Barcelona" que ficou conhecida através dos tempos, manteve o mesmo conceito de leveza e empregando os mesmos materiais como o aço...
Oscar Niemeyer
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho, Nasceu em 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, filho de Oscar Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, no bairro de laranjeiras no Rio de Janeiro.
 Ele passou a juventude sem preocupações, freqüentando clubes e cafés, dizia ele que: “parecia que estávamos na vida para nos divertir, que era um passeio."
  Em 1928 casou-se com Anita Baldo, tiveram somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que concebeu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos ao casal, começou a trabalhar na tipografia do pai.
 Em 1929 ingressana Escola Nacional de Belas Artes, e nos primeiros anos de escola frequentava as aulas somente nos horários de folga do trabalho da tipografia, “Mas em pouco tempo os assuntos da arquitetura - com a aprovação de meu pai - absorviam-me inteiramente”
 Em 1934 Niemeyer  saiu formado como arquiteto e engenheiro.
 Mesmo passando por dificuldades financeiras, trabalhava sem remuneração no escritório de Lucio Costa e Carlos Leal, pois, via uma oportunidade para aprender e praticar uma nova arquitetura.
 Em 1936 conhece Le corbusier, que chega ao Rio de Janeiro a convite de Lucio Costa e Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas, para atuar como consultor nos projetos do MES e da Cidade Universitária (da Mangueira).
 Em 1940 conhece o prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, que o convida a desenvolver o projeto do Conjunto da Pampulha.
 Em 1944 organizou seu escritório na Rua Conde Lages, no bairro da Glória, ali permanecendo até o ano seguinte.
 Em 1945, já um arquiteto conhecido, conheceu Luís Carlos Prestes e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Niemeyer emprestou a Prestes a casa que usava como escritório, para que este montasse o comitê do partido. Sempre foi um forte defensor de sua posição como stalinista. Durante alguns anos da ditadura militar do Brasil autoexilou-se na França. Um ministro da Aeronáutica da época diria que "lugar de arquiteto comunista é em Moscou". Visitou a União Soviética, teve encontros com diversos líderes socialistas e foi amigo pessoal de alguns deles.
 Em 1947 viaja a Nova York como membro do Comitê Internacional de Arquitetos encarregado do desenvolvimento do projeto da sede da Organização das Nações Unidas.
 Em 1950 foi publicado um livro de seu trabalho ( The Work of Oscar Niemeyer) pelo arquiteto e historiador grego Stamo Papadaki.
 Em 1955 funda a revista Modulo, ocupando-se de sua direção juntamente com Rodrigo Melo Franco de Andrade, Joaquim Cardozo, Rubem Braga e Zenon Lotuf, e a revista circulou com edições mensais, até 1965, quando sua publicação foi interrompida pelo governo militar. Retomada em 1975, com novo corpo diretor, alcançou seu último número (100) em 1987.
 Em 1956 foi convidado pelo oresudente da republica Juscelino Kubitschek, para projetar a nova capital do Brasil, foi nomeado diretor do Departamento de Urbanismo e Arquitetura da Novacap e encarregado de organizar o concurso para escolha do plano-piloto de Brasília, participando também da comissão julgadora. Transferindo-se em 1958 para Brasilia.
 Em 1961 após a inauguração da capital, Niemeyer lança no Rio de Janeiro o livro Minha experiência em Brasília.
 Em 1963 recebe o premio Lênin da Paz
 Em 1972 Abre seu escritório no número 90 da avenida Champs- Elysées, em Paris, denominado SEPARC - Societé d'Études pour Les Projects d'Architecture d'Oscar Niemeyer.
 Em 1975 Publicou em Milão seu livro Oscar Niemeyer, pela editora Arnoldo Mondadori, que traz uma restrospectiva sobre sua obra e trajetória que foi reeditado dois anos depois, na Suiça, pela Editora Alphabet.
 Em 1988 é recebeu o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em Chicago, nos Estados Unidos.
 Em 1989 recebe o Prêmio Príncipe de Astúrias, na categoria Artes, da Fundação Principado de Astúrias, Espanha.
 Em 1996 recebe o Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza, por ocasião da VI Mostra Internacional de Arquitetura.
 Em 1988 Recebe no Rio de Janeiro a Royal Gold Medal, uma das mais tradicionais condecorações da arquitetura internacional, criada em 1848.
 Em 2004 ficou viúvo, e foi condecorado com o Prêmio Imperial (Praemiium Imperiale), oferecido pela Associação de Arte do Japão (Japan Art Association), um dos mais prestigiosos prêmios de arquitetura na atualidade. vindo a casar-se dois anos depois com sua secretaria Vera Lúcia Cabreira.
 Em 2007 foi comemorado centenário de nascimento do arquiteto.
 Em 2008 É lançada no Rio de Janeiro a Nosso Caminho - Revista de Arquitetura, Arte e Cultura, sob a direção de Oscar Niemeyer e Vera Lucia G. Niemeyer.
 Ele frequentava seu escritório todos os dias em Copacabana até Setembro de 2009 quando foi internado e passou por duas cirurgias, para retirada da visícula e um tumor do cólon ,  Até outubro Niemeyer permaneceu internado no mesmo hospital, no Rio de Janeiro. E em 25 de abril de 2010, foi novamente internado, apresentando um quadro de infecção urinária, no dia 27 de abril, o arquiteto deveria participar do lançamento da edição especial da revista "Nosso Caminho", em homenagem aos 50 anos de Brasília, mas, a festa foi cancelada  
 Niemeyer foi considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.
Frank Lloyd Wright
"Um profissional é aquele que faz o seu melhor trabalho quando menos vontade tem de fazê-lo."
Biografia
Frank Lloyd Wright nasceu na pequena cidade agrícola de Richland Center Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1867. Frank originalmente batizado Lincoln Wright, mudou seu nome após o divórcio de seus pais em homenagem à família de sua mãe, Lloyd Jones. Seu pai, William Carey Wright (1825 - 1904) era um orador localmente admirado, professor de música, advogado ocasional e ministro itinerante. Anna Lloyd Jones (1838/39 - 1923), uma professora da escola de seu condado. Originário de Massachusetts, William Wright fora um ministro Batista mas juntou-se mais tarde a fé da família de sua esposa no Unitarismo. Ambos os pais de Wright eram indivíduos obstinados com interesses idiossincrásicos que passaram a Frank. O arquiteto relata em sua biografia que sua mãe declarou, quando esperava seu primeiro filho, que este tornar-se-ia adulto para construir belos edifícios. Decorou seu quarto com gravuras de catedrais inglesas, destacadas de um periódico, para incentivar a ambição da criança. A família mudou-se paraWeymouth, Massachusetts em 1870 para que William ministrasse seus ensinamentos a uma pequena congregação religiosa.Em 1876, Anna visitou a Centennial Exhibition em Filadelfia e viu uma exibição dos blocos educacionais criados por Friedrich Wilhelm August Fröbel, os quais eram a base do inovativo currículo de seu jardim de infância. Professora experiente, Anna interessou-se pelo programa e comprou um jogo de blocos para sua família. O jovem Frank passou muito tempo brincando com os blocos. Estes apresentavam formas geométricas e podiam ser montados em várias combinações em composições tridimensionais. A autobiografia de Wright menciona a influência destes exercícios em sua maneira de encarar os projetos. Muitos de seus edifícios são notáveis pela aparência geométrica que exibem.
A família de Wright experimentou apertos financeiros em Weymouth e retornou aSpring Green, Wisconsin, onde o unido clã Lloyd Jones poderia apoiar William e ajudá-lo a encontrar emprego. Estabeleceram-se em Madison, Wisconsin, onde William ministrava lições de música e atuava como secretário da sociedade unitariana ali recentemente fundada.Em 1881, logo depois de Frank completar catorze anos, seus pais separaram-se. O divórcio foi homologado em 1885. Wright declarava nunca ter encontrado o pai novamente.[2] Foi nesta época que Wright mudou seu nome do meio de Lincoln para Lloyd. Sendo o único homem da família, Frank então assumiu a responsabilidade financeira por sua mãe e duas irmãs.
Frank Lloyd Wright  foi um arquiteto, escritor e educador estadunidense de ascendência galesa. Um dos conceitos centrais em sua obra é o de que o projeto deve ser individual, de acordo com sua localização e finalidade. No início de sua carreira, trabalhou com Louis Sullivan, um dos pioneiros em arranha-céus da Escola de Chicago. Responsável por mais de mil projetos, dos quais mais de quinhentos construídos, Wright influenciou os rumos da arquitetura moderna com suas idéias e obras e é considerado um dos arquitetos mais importantes do século XX.
Foi a figura chave da arquitetura orgânica, exemplificada pela casa da cascata, um desdobramentoda arquitetura moderna que se contrapunha ao International style europeu. Foi o lider da Prairie School, movimento da arquitetura ao qual pertencem os projetos da Robie Housee a Westcott House, e também desenvolveu o conceito de Usonian home do qual a Rosenbaum House é um exemplo. Sua obra inclui exemplos originais e inovativos de edifícios dos mais diferentes tipos, incluindo escritórios, templos, escolas, hoteis e museus. Frequentemente detalhava também os elementos a serem empregados no interior de suas construções, tais comomobília e vitrais.
Wright escreveu vinte livros, muitos artigos, era um palestrante popular nos Estados Unidos e Europa e grandemente reconhecido ainda em vida. Cheia de acontecimentos dramáticos, frequentemente fatos de sua vida pessoal apareciam nas manchetes dos jornais, dentre os quais os mais notáveis foram o incêndio e assassinatos de 1914 em sua residência de verão, Taliesin East. O American Institute of Architects postumamente conferiu a Wright em 1991 o título de "Maior arquiteto americano de todos os tempos.
Início da carreira
Wright frequentou aulas de segundo grau em Madison mas não há evidências que jamais tenha terminado o curso. Foi admitido à University of Wisconsin-Madison como estudante especial em 1886. Lá juntou-se à fraternidade Phi Delta Theta, frequentou as aulas de meio período durante dois semestres, e trabalhou como estagiário em engenharia civil. Em 1887, Wright deixou a escola sem que se tivesse graduado, a despeito de ter recebido da universidade um Doutorado honorário em Artes em 1955. Mudou-se então para Chicago, que ainda estava sendo reconstruída do Grande incêndio de Chicago em 1871, e juntou-se ao escritório de arquitetura de Joseph Lyman Silsbee. Dentro de um ano, deixaria Silsbee para trabalhar na empresa de Adler & Sullivan como aprendiz de Louis Sullivan.
Em 1889, casou-se com sua primeira esposa, Catherine Lee Tobin (1871-1959), conhecida como Kitty, comprou uma área em Oak Park, Illinois, e lá construíu sua primeira casa e seu estúdio. Sua mãe, Anna, logo seguiu Wright à cidade, onde comprou uma pequena casa junto a residência recém construída. Sua união com Kitty Tobin, filha de um rico homem de negócios, aumentou seu status social, e tornou-o mais conhecido.
A partir de 1890, tornou-se responsável por todo trabalho residencial da empresa. Em 1893, Louis Sullivan descobriu que Wright vinha aceitando encomendas privadamente. Sullivan sentiu-se traído ao saber que seu empregado favorecido havia projetado casas por baixo dos panos e pediu que Wright deixasse a empresa. Em necessidade constante de fundos para sustentar sua crescente família, Wright projetara essas casas de modo a suplementar sua renda insuficiente. Wright referia-se a estas casas, localizadas nas redondezas da sua própria residência e escritório na Chicago Avenue em Oak Park, como seus projetos "falsificados". Após ter deixar Sullivan, Wright estabeleceu seu próprio escritório em casa.
O escritório era formado por um grupo notável de criativos projetistas arquitetônicos . Em 1901, Wright havia terminado aproximadamente cinquenta projetos, incluindo muitas casas em Oak Park.
Frank Lloyd Wright é considerado um dos mais importantes arquitetos do século 20, tendo destaque por sua arquitetura orgânica. Para ele, a arquitetura era muito mais que uma questão de criatividade e habilidade e sim, deveria funcionar como um agente comunicador capaz de emocionar. Para Wright, o projeto deveria ser planejado de forma individual, considerando-se os aspectos de localização e finalidade. Segundo ele, forma e função eram indissociáveis. Sua valorização pelo orgânico, um dos conceitos fundamentais de sua obra, caracterizava uma contraposição ao Estilo Internacional europeu.
Ideias e conceitos
      Um dos conceitos centrais em sua obra é de que o projeto 
deve ser individual,de acordo com com sua localização e finalidade.
Ele acreditava que a arquitetura não era só uma 
questão de habilidadee criatividad, mas devia transmitir felicidade.
'Dizia que a "forma e a função são uma só".'
Principais Obras de Frank Lloyd Wright:
*Casa da Cascata
*Child of the Sun
*Frank Lloyd Whright Home and Studio
*Johnson Wax Building
*Museu Solomon R. Guggenheim
*Robie House
*Rosenbaum House
*Taliesin East
*The Llinois
*Westcott House
                Casa da Cascata: A casa foi planejada em 1934 e construída em 1936 por Frank L. Wright, localizada na Pensilvânia EUA.Sua principal característica foi de ter sido construída parcialmente sobre uma pequena queda de água, servindo-se de elementos naturais tais como: a vegetação,as pedras e a própria água. Hoje a casa já não é mais de propriedade familiar, é usada como veraneio (museu).
                Child of the Sun: Faz parte de um grupo de edifícios situados numa só região, localiza-se no estado da Florida EUA. Os edifícios que fazem parte do Child of the Sun são:
1.        Annie Pfeiffer Chapel, primeiro prédio terminado, 1941
2.       Seminars, Hoje centro de boslasa de estudos e tesouraria, 1941
3.       Buckner Building, originalmente Roux Library, 1946
4.       Watson Fine Building, Edifício da administração, 1949
5.       Water Dome - parcialmente construido em 1949, terminado e restaurado em 2007 segundo projeto original de Wright.
6.       Danforth Chapel - 1955
7.       Ordway Building, originalmente denominado Industrial Arts Building, 1952
8.       Polk County Science Building, conhecido como Polk Science pelos estudantes, 1958
9.       The Esplanades, em restauração
Frank Lloyd Wright Home and Studio: Localizada em Chicago, o edifício passou a ser conhecido como o principal estúdio criado por Frank. O edifício onde Frank morou com sua esposa entrou para os registros históricos do EUA.
                Johnson Wax Building: Conhecido por ser uma das principais sedes administrativas dos EUA. O edifício era revestido de tijolos avermelhados curvados, tubulações de vidros e colunas de concreto. Frank além de ter projetado o edifício também ficou responsável por projetar os móveis que neles contem.
Museu Solomon R. Guggenheim: Localiza-se na cidade de Nova York EUA, museu possui esse nome devido a homenagem a Solomon R. Guggenheim que foi o principal fundador da obra. O museu é famoso pelas linhas curvas da fachada, representando a arquitetura moderna em sua forma mais orgânica. O museu abriga importante coleção de arte moderna amealhadas pelo seu fundador e sua sobrinha Peggy Guggenheim no começo do século XX com um incalculável valor artístico e monetário.
 Robie House: A casa foi projetada e construída entre 1908 e 1909,localizada em Chicago, é reconhecida por ter um estilo arquitetônico genuianamente americano, Frank usou o melhor do estilo “Prairie”.
 Rosenbaum House: Essa casa foi projetada por Frank,porém foi construída por Stanley e Mildred Rosenbaum. Localiza-se em Florence no Alabama, a casa é composta por materiais naturais como: madeira de cipreste,tijolos, vidros e aço. Quando a familía Mildred mudou da casa em 1999, a casa  obteve diversas contradições como infiltração e acúmulo de cupins, a casa foi doada a cidade de Florence e ao mesmo tempo foi vendida por 75 mil doláres, a cidade gastou cerca de 600 mildoláres nos reparos, hoje a casa é considerada um museu.
                Taliesin East: A casa era considera uma casa de verão para Frank, localizada em Spring Green, Wisconsin. Sua construção se iniciou em 1911, Frank passou um tempo na casa após se separar de sua primeira esposa Catherine Tobin.
 The Llinois: O The Illinois foi um arranha-céu planejado por Frank Lloyd Wright em 1956, mas que nunca saiu do papel. Caso tivesse sido construído, o arranha-céu teria 1731 metros de altura e 528 andares, e seria facilmente a estrutura mais alta do mundo.
 Westcott House: A casa foi construída em1908 para Burton J. Westcott, localiza-se na cidade de Springfield, Ohio.
Casa da Casacada
Child of the Sun 
Home and Studio
Rosenbaum House
Museu Solomon R.Guggenheim
Weatcott House
The Lllinois
Robie House
Taliesin East
Postado por Designers às 16:34 Nenhum comentário: 
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Oscar Niemeyer
Obras:
  
No Brasil 1936:  O ministério da Educação e Saúde:
No Brasil 1937: Obra do berço:
No Brasil 1938: Grande Hotel de Ouro Preto:Foi uma obra criada com maior carinho, agora modificada com mal gosto.
No Brasil 1940:Conjunto de Panpulha: Era a oportunidade de contestar a monotonia que cercava a arquitetura contemporânea,A curvas atraiam ele, as curva livre e sensual que a nova técnica sugeria e as velhas igrejas barrocas lembravam.
No Brasil 1946: Colégio Cataguases:
No EUA 1947:Sede da  ONU:"O projeto para a sede das Nações Unidas foi elaborado por uma comissão de dez arquitetos, dirigida e organizada pelo arquiteto americano Wallace Harrison. Foi como membro dessa comissão que participei do projeto.
No Brasil 1951: Ibirapuera: Um auditório em calota curva, a imensa marquise, que se espraia entre as edificações designa e denota a liberdade assumida pela forma.
No Brasil 1952: Casa das Canoas: Sua preocupação foi projetar essa residência com inteira liberdade, adaptando-a aos desníveis do terreno, sem o modificar, fazendo-a em curvas, de forma a permitir que a vegetação nelas penetrasse, sem a separação ostensiva da linha reta.
Em Venezuela 1954: Museu de Arte Moderna em Caracas:
No Brasil 1956:Residência Provisória do Presidente da República: Era preciso criar um ponto de apoio naquele descampado, uma construção onde ele, nos fins de semana, pudesse dormir.
No Brasil 1958:Teatro Nacional de Brasília: Nos Teatros Oficiais de Brasília, o objetivo foi manter o critério de simplicidade e liberdade plástica, que acreditamos caracteriza os edifícios dessa cidade.
O Brasil 1958:Catedral de Brasília:Na Catedral, evitu as soluções usuais das velhas catedrais escuras, lembrando o pecado. E, ao contrário, fez escura a galeria de acesso à nave e esta toda iluminada, colorida, voltada com seus belos vitrais transparentes para os espaços infinitos.
No Brasil 1958:Palácio do Planalto:Primeiro separou as colunas do edifício e imaginou a caminhar entre elas. E sentiu que as devia fazer diferente, criando novos pontos de vista. As regras limitadoras de pureza estrutural não preocupavam. A liberdade plástica possuía e as fez com as pontas finas e os palácios como apenas tocando o chão.
No Brasil 1958:Supremo Tribunal Federal:A singeleza do projeto e as proporções relativamente reduzidas deste edifício não impediram que o partido adotado lhe conferisse as carcterísticas de dignidade e nobreza reclamadas, características essas que as galerias externas acentuam convenientemente.
O Líbano1962:Feira Internacional e Permanente do Líbano:O projeto da Feira Internacional e Permanente do Líbano, em Trípoli, apresentou inicialmente o problema da escolha do local, escolha que se deveria ter baseado no estudo urbanístico da região a fim de que ela se integrasse organicamente na vida e na futura expansão dessa cidade.
No Brasil 1962:Ministério da Justiça:"Quando estudou esse palácio, veio à idéia de criar jogos d' água sobre o lago previsto; e os colocou entre as colunas do prédio. Foi a primeira fachada de fontes que imaginou e que surpreendeu e agradou a todos, como eu havia pressentido.
No Brasil 1962:Palácio do Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores: As colunas internas sustentam as lajes de piso e as externas, a cobertura.
Na França 1965:Sede do Partido Comunista Francês - PCF:No projeto do Partido Comunista Francês, nãofaltou, pelo menos, intuição e poder de decisão. E isso explica a fachada em curvas e o hall semi-enterrado, diferente, deixando o terreno livre para o jogo de volumes e espaços livres que constituem a própria arquitetura.
No Brasil 1968:Centro Musical:A  idéia é reunir todo o auditório e salas anexas num único edifício, criando assim um grande "foyer", com locais de espera, exposições, bares, etc.
Na Argéli 1968:Mesquita de Argel :Elaborou uma Mesquita colocada sobre o mar, para surpresa de todos, e ligada à costa por um pontão que a circunda e protege dos inconvenientes das ondas. Com essa solução, propos a introduzir na Argélia uma arquitetura diferente e mais audaciosa, capaz de favorecer o turismo e traduzir a importância da época para a Argélia. 
Na Argélia 1968:Universidade de Constantine - 1ª etapa:O projeto está baseado na centralização e flexibilidade; de fato, eu recuso a universidade tradicional, com dezenas de prédios.A universidade que propos é humana, lógica e compacta. 
Na França 1972:Bolsa do Trabalho de Bobigny: A solução procura a surpresa arquitetural, o contraste das formas presentes numa boa arquitetura, a utilização correta da técnica; simples e econômica no setor de trabalho, livre e lírica para o grande auditório, que deve caracterizar o conjunto.
Na França 1972:Centro Cultural de Le Havre - Le Volcan :Quando estudou este projeto, a principal preocupação era integrá-lo corretamente na arquitetura da cidade.
Na Itália 1975:Fata Engineering - Sede:São dois andares suspensos em tirantes: o pavimento térreo e o subsolo onde ficam os serviços gerais e o restaurante.
No Brasil 1980:Memorial JK:Quando localizou a figura de Juscelino Kubitschek 30 metros acima do solo, preveu à sua volta para realçá-la no imenso céu de Brasília uma forma curva de concreto.
No Emirados Árabes Unidos1981:Ilha de Lazer em Abu Dhabi:No caso dessa ilha tão bonita e singular, o importante, a nosso ver, é criar para os visitantes um espetáculo global e inesquecível.
No Brasil 1983: Passarela do Samba:
No Brasil 1985:Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves:O Panteão Tancredo Neves visa homenagear os que, neste País, lutaram pela liberdade e pela democracia.
No Brasil 1991:Museu de Arte Contemporânea - MAC:Quando comecou a desenhar este museu, já tinha uma idéia a seguir. Uma forma circular, abstrata, sobre a paisagem. E o terreno livre de outras construções para realçá-la. Não queria repetir a solução usual de um cilindro sobre o outro, mas caminhar no sentido do Museu de Caracas, criando uma linha que subisse com curvas e retas do chão à cobertura.
No Brasil1991:Parlamento Latino Americano:Adapta-se ao local corretamente, tem as mesmas características plásticas dos demais edifícios, exprimindo a técnica mais moderna como se impõe.
No Brasil 1997:Caminho Niemeyer:Quando viu  esta foto, sentiu como será bonita a entrada da praça, como as formas que compõem o conjunto criaram a monumentalidade procurada.
No Brasil 1999:Auditório do Ibirapuera: Para a entrada do Parque Ibirapuera foi sempre prevista uma praça, tendo em cada lado um edifíci ,a cúpula destinada a exposições e o Auditório. 
No Brasil 2001:Museu Oscar Niemeyer: Era um prédio construído 40 anos atrás, suspenso em pilotis, com vãos de 30 e 60 metros e as fachadas cegas como a iluminação zenital adotada permitia.
No Brasil 2003:Centro Administrativo de Minas Gerais:E para evitar as críticas tão comuns e apressadas  colocou como exemplo, do projeto que elaborou (e foi construído) para a universidade de Constantine na Argélia. 
Em Cuba 2007:Universidade de Ciências e Informática: É uma praça projetada para Havana, em Cuba. Uma praça circular, próxima à Universidade de Ciências e Informática. Nela projetado um teatro, um espaço destinado aos grandes encontros políticos que em Cuba são realizados. Daí a grande tribuna debruçada sobre esta praça.
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