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A questão dos universais

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AINDA NA ESCOLÁSTICA...
A QUESTÃO (OU QUERELA) DOS UNIVERSAIS 
O que há entre as palavras e as coisas?
OS UNIVERSAIS TÊM EXISTÊNCIA REAL? EXISTE UMA ESSÊNCIA QUE LIGA AS PALAVRAS AOS OJETOS (A LINGUAGEM ÀS COISAS)?
O grande inspirador da questão foi o neoplatônico Porfírio (234-305), em sua obra Isagoge: Não tentarei enunciar se os gêneros e as espécies existem por si mesmos ou na pura inteligência, nem, no caso de subsistirem, se são corpóreos ou incorpóreos, nem se existem separados dos objetos sensíveis ou nestes objetos, formando parte dos mesmos. 
Esse problema filosófico gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a existência ou não das ideias gerais, isto é, os chamados universais. Tal discussão ficou conhecida como a querela ou questão dos universais. Ressaltando que, o universal é o conceito geral, a ideia geral, a essência comum a todas as coisas de mesmo gênero ou espécie.
Soluções apresentadas para tal questão:
REALISMO, NOMINALISMO, CONCEITUALISMO, POSIÇÃO TOMISTA E TERMINISMO
O realismo (Guilherme de Champeaux, séc. XII): o universal tem realidade. Pode-se dizer que o realismo se divide em realismo transcendente e moderado. 
Realismo transcendente: os universais têm existência real, constituem a mais autêntica realidade. O universal, ou ideia de uma realidade tem existência fora da mente e do objeto (existe antes das coisas) – posição ‘considerada platônica’ que foi adotada pelos primeiros pensadores escolásticos.
Realismo moderado: o universal tem uma realidade objetiva, fora da mente, mas é imanente nos objetos singulares do qual constitui essência, forma ou princípio ativo (existe no objeto) – posição ‘considerada aristotélica’ que entra, de certa forma, na posição tomista.
Nominalismo (Roscelino - Roscelin de Compiègne, séc. XII) : o universal não tem existência objetiva, só nominal, ou seja, existe apenas como nome do objeto (existe depois da coisa), o universal é apenas um mero nome (gerado por conveniência pela razão humana).
Conceitualismo: o universal é o conceito, entidade mental, sem existência objetiva. Esta seria uma posição que se poderia considerar intermediária entre as duas primeiras, pois não recusava aos universais todo e qualquer tipo de existência, mas não os enxergava, contudo, como seres concretos, de existência independente da mente que os concebe. Esta posição foi adotada por Pedro Abelardo (séc. XII) que adotou uma posição que se diferencia do realismo, pois nega que os universais tenham absoluta realidade (que existem por si só), sejam entidades metafísicas e, também não se identifica com o nominalismo, pois para ele, os universais existem como entidades mentais, que fazem a mediação entre o mundo do pensamento e o mundo do ser, portanto, não podem ser apenas palavras, como afirmavam os nominalistas.
Resposta tomista (Tomás de Aquino – séc. XIII): os universais existiam antes das coisas, como ideias no intelecto divino, nas coisas, como essências, e fora das coisas, como conceitos no intelecto humano.
Resposta terminista (Guilherme de Ockham, séc XIV – “nominalismo terminista”): os universais eram conceitos, termos com realidade lógica (ou seja, no pensamento), e não com realidade ontológica e nas coisas. Portanto, o uso dos universais era linguístico e, como tal, variável; ou seja, em uma afirmação, o universal homem poderia substituir: um indivíduo: como na proposição: “aquele homem é um filósofo”; uma espécie: como na proposição: “o homem é um animal racional”; a palavra utilizada para designar um individuo ou uma espécie – como na proposição “homem é um substantivo”.
Pode-se dizer que os realistas são os partidários da tradição, e como tais, valorizavam o universal, a autoridade, a verdade eterna representada pela fé; para os nominalistas, o individual é mais real, o que indica o deslocamento do critério de verdade da fé e da autoridade para a razão humana.

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