5 - O MODERNISMO EM PORTUGAL

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Exercício: CEL0244_EX_A9_201902581441_V5 
	20/09/2019
	Aluno(a): SANDRA REGINA PEREIRA
	2019.3 EAD
	Disciplina: CEL0244 - LITERATURA PORTUGUESA 
	201902581441
	
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	A criação de heterônimos é uma inovação no quadro da literatura, e permite que Fernando Pessoa construa uma obra em que atitudes, vivências e sentimentos contraditórios pudessem ser experimentados até as últimas conseqüências, possibilitando a elaboração de uma antí-tese para cada tese organizada.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde a uma característica do heterônimo Álvaro de Campos.
		
	 
	a expressão da modernidade.
	
	o idealismo cristão.
	
	o humanismo e o paganismo.
	
	o pastoralismo.
	
	o cientificismo.
	Respondido em 20/09/2019 15:22:27
	
Explicação:
Álvaro de Campos é um heterônimo de Fernando Pessoa configurado como um engenheiro naval, que vive nas maiores metrópoles e é inserido no contexto da modernidade. Portanto, a resposta correta é "a expressão da modernidade".
	
	
	Gabarito
Coment.
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	A criação de heterônimos é uma inovação no quadro da literatura, e permite que Fernando Pessoa construa uma obra em que atitudes, vivências e sentimentos contraditórios pudessem ser experimentados até as últimas conseqüências, possibilitando a elaboração de uma antí-tese para cada tese organizada.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde a uma característica do heterônimo Alberto Caeiro.
		
	
	o cientificismo.
	
	o idealismo cristão
	 
	a expressão da modernidade.
	
	o humanismo e o paganismo.
	 
	o pastoralismo.
	Respondido em 20/09/2019 15:22:33
	
Explicação:
Alberto Caeiro é um heterônimo de Fernando Pessoa constituído como um homem do campo. Sendo assim, a alternativa correta é "pastoralismo", que está associado à vida campesina em face da natureza.
	
	
	Gabarito
Coment.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Em:
O Poeta é um fingidor;
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
                   Fernando Pessoa
O fragmento acima trata:
		
	
	do caos
	
	da métrica
	
	do chocante
	 
	do "fingimento poético". 
	
	da Arte pela Arte
	Respondido em 20/09/2019 15:22:52
	
Explicação:
Fernando Pessoa estabeleceu um novo conceito para o fazer poético, segundo o qual a poesia não revela os verdadeiros sentimentos do poeta. O poeta, portanto, deve expressar seus sentimentos, mas intelectualizá-los, ou seja, transformá-los em uma linguagem poética, intelectualizada. Sendo assim, a resposta correta é "do 'fingimento poético'".
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	A criação de heterônimos é uma inovação no quadro da literatura, e permite que Fernando Pessoa construa uma obra em que atitudes, vivências e sentimentos contraditórios pudessem ser experimentados até as últimas consequências, possibilitando a elaboração de uma antítese para cada tese organizada.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde a uma característica do heterônimo Ricardo Reis.
		
	 
	o humanismo e o paganismo.
	
	o cientificismo.
	 
	a expressão da modernidade.
	
	o pastoralismo.
	
	o idealismo cristão.
	Respondido em 20/09/2019 15:22:59
	
Explicação:
Ricardo Reis é um heterônimo de Fernando Pessoa que possui formação em filosofia clássica. Sendo assim, ele adota a estética da mitologia greco-romana, definida como paganismo, por ser uma proposta anterior ao cristianismo. Além disso, seus poemas apresentam o "humanismo", movimento ideológico que se firmou durante o período conhecimento como Classicismo, correspondente ao Renascimento.
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Fernando Pessoa tentando definir os seus própositos junto à Geração de Orpheu, em 1915,escreve:
"Criar uma arte cosmopolita no tempo e no espaço..., a verdadeira arte moderna tem de ser desnacionalizada- acumular dentro de si todas as partes do mundo."
 Assinale a opção que NÃO caracteriza essas ideias:
		
	
	Poesia alucinada
	
	Contra o burguês
	 
	Arte pela Arte
	
	Arte chocante
	
	Poesia irreverente
	Respondido em 20/09/2019 15:23:13
	
Explicação:
"Arte pela Arte" é uma propsota de movimentos literários que não se vinculam a questões inerentes à sociedade. O Presencismo e o Simbolismo defenderam que o texto literário deveria estar vinculado apenas à estética. O Modernismo, que tem início com a revista "Orpheu" é um movimento que se vincula à sociedade moderna, seja para reverenciá-la ou criticá-la. Portanto, a oção que NÃO representa a Geração de Orpheu é "Arte pela Arte". 
	
	
	Gabarito
Coment.
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Ode Marítima(Alvaro de Campos)
Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pro lado da barra, olho pro Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos de trás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh'alma está com o que vejo menos,
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
 
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente,
[...]
"Ode Marítima" - Este é o mais longo poema de Campos, considerado por Robert Bréchon como "uma autêntica maravilha de organização", aliando aspectos caracteristicamente futuristas (excessos e provocações), com um tom melancólico e disfórico, anunciador já da fase intimista.
Os aspectos nucleares deste texto são:
		
	
	caracteriza, em certa passagem, o tipo de ficção em que o produtor, pressuposto o leitor-modelo, busca corresponder o mais possível à sua expectativa de apaziguamento existencial.
	
	tanto os sinais de pontuação, quanto cada um dos versos demarcam as unidades sintático-semânticas, motivo pelo qual os versos 7 e 9 devem ser lidos com acentuada pausa ao seu final, como se dá com os demais.
	 
	o tom febril, excessivo, sadomasoquista de algumas passagens - "Fazei o que quiserdes de mim, logo que seja nos mares, / (...) Que me rasgueis, mateis, firais! / (...) Arranquem-me a pele, preguem-na às quilhas. / E possa eu sentir a dor dos pregos e nunca deixar de sentir!".
	
	a distribuição do ritmo nos seis primeiros versos - em sequência que vai do mais marcado para o menos marcado - prepara para a ausência de qualquer ritmo na linguagem prosaica dos quatro últimos versos.
	
	o emprego reiterado da interrogação, como maneira de a autora sinalizar o sentido de indissolubilidade da dúvida que inquieta o eu poético, falta de solução inerente aos verbos defectivos na língua portuguesa.
	Respondido em 20/09/2019 15:23:29
	
Explicação:
Excessos do sensacionismo e da vanguarda próprios da fase futurista, com o cântico exacerbado e claramente provocatório do progresso e da civilização moderna.
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	O Orfismo é considerado o primeiro movimento importante, conexo à literatura modernista, em Portugal. Seu nome refere-se à revista Orpheu, cuja primeira publicação data de 1915. Marque, entre as alternativas abaixo, a única que não corresponde às características desse movimento:
		
	
	O Orfismo propunha a novidade e ela viria do espanto do Homem perante a vida e de seu descompromisso com quaisquer dogmas limitadores.O momento do Orfismo é o da crise da subjetividade.
	
	A poesia defendida pelo Orfismo era livre, irreverente e provocativa, com o fito de desestabilizar ideais estéticos e ideologias burguesas.
	 
	Apresentava uma continuidade com as propostas do passado, incluindo as ideias simbolistas.
	
	O Orfismo traduz na poesia a angústia de existir, da falta de elementos que deem ao sujeito estabilidade e direção perante a vida, em um mundo no qual tudo que é sólido se desmancha no ar.
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Autopsicografia (Fernando Pessoa)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
 
A palavra título indica que:
		
	 
	o poema tecerá considerações sobre a subjetividade do próprio eu lírico
	
	o texto discutirá a formação do leitor.
	
	o texto apresentará a visão do eu lírico sobre os outros com quem convive.
	
	o poema dialogará com os leitores em potencial.
	
	o poema tecerá considerações sobre o amor.