Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Poluição do Ar PROF. MSC. ANDERSON CARNEIRO Poluentes atmosféricos Poluentes atmosféricos são gases e partículas sólidas (poeiras, pós e fumos) resultantes das atividades humanas e de fenômenos naturais dispersos no ar atmosférico. Desta forma, classificam-se nessa categoria, os gases e partículas expelidos por veículos e indústrias e também aqueles oriundos da degradação da matéria orgânica, vulcanismos e outros fenômenos naturais. Incluem-se nesta lista as substâncias formadas pela reação de certos poluentes com a radiação advinda do sol. Fonte: MMA Poluentes atmosféricos Os poluentes atmosféricos são geralmente classificados como primários ou secundários. Poluentes primários são os contaminantes diretamente emitidos pelas fontes para o ambiente, como no caso dos gases dos automóveis (monóxido de carbono, fuligem, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, hidrocarbonetos, aldeídos e outros). Já os poluentes secundários resultam de reações dos poluentes primários com substâncias presentes na camada baixa da atmosfera e frações da radiação solar, como, por exemplo, a decomposição de óxidos de nitrogênio pela radiação ultravioleta oriunda do sol na formação de ozônio e nitratos de peroxiacetila. Poluentes atmosféricos Com relação à natureza, as fontes emissoras se classificam como móveis e fontes fixas. Fontes móveis são emissões provenientes de fontes em movimento e compreendem os veículos automotores juntamente com os trens, aviões e embarcações marítimas. Fontes fixas são assim denominadas as emissões lançadas à atmosfera por um ponto específico, fixo, como uma chaminé, por exemplo. Compreendem as emissões atmosféricas resultantes dos processos produtivos industriais e dos processos de geração de energia, como é o caso das termelétricas. Poluentes atmosféricos Monóxido de carbono PAP – Poluentes Atmosféricos Perigosos Chumbo Dióxido de Nitrogênio Oxidantes fotoquímicos Óxidos de enxofre Particulados Poluentes atmosféricos Monóxido de carbono (CO) Gerado na combustão ou oxidação incompleta. Fonte: veículos automotores, queima de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade e de calor, processos industriais em geral, descarte de resíduos sólidos e combustão de materiais diversos. Sumidouro: reação com radicais hidroxila, gerando o CO2. Poluentes atmosféricos O chumbo Fonte natural: atividade vulcânica e a poeira do solo transportada pelo vento. Fontes antrópicas: processos de fundição e refino e incineração de resíduos contendo chumbos. Obs.: No passado, cerca de 70% a 80% do chumbo que era adicionado à gasolina era liberado na atmosfera. Poluentes atmosféricos Dióxido de nitrogênio Fonte natural: ações das bactérias no solo libera o óxido nitroso (N2O) na atmosfera. Fontes antrópicas: processos de combustão. Obs.: Nos EUA, entre 40% e 45% das emissões de NOx são oriundas do setor de transporte, 30% a 35% advêm das usinas termoelétricas e 20% são gerados por atividades industriais. Poluentes atmosféricos Oxidantes fotoquímicos São gerados exclusivamente mediante reações atmosféricas, e não como emissões diretas antropogênicas ou naturais. São classificados como poluentes secundários. São formados por uma série de reações iniciadas com a absorção de um fóton por um átomo, uma molécula, um radical livre ou um íon. O ozônio é o principal oxidante fotoquímico. Poluentes atmosféricos Óxido de enxofre Fontes naturais: processo de decomposição biológica, como também em algumas atividades industriais, geram H2S, que é oxidado em SO2. Fontes antropogênicas: termoelétricas, indústrias e transportes (queima de combustíveis fósseis). 2SO2 + 2H20 + 02 ↔ 2H2SO4 Poluentes atmosféricos Material Particulado Fontes naturais: sal marinho, poeira do solo, partículas vulcânicas e a fumaça gerada nos incêndios florestais. Fontes antropogênicas: queima de combustíveis fósseis e processos industriais. Efeitos dos poluentes atmosféricos Os efeitos nos materiais Os efeitos na vegetação Os efeitos para a saúde Os efeitos nos materiais Deterioração: ◦ Abrasão ◦ Deposição e remoção ◦ Ataque químico ◦ Corrosão Os efeitos dos poluentes atmosféricos na vegetação O3 O ozônio causa lesões nas células paliçádicas. Os cloroplastos sofrem condensação e, com o tempo, as paredes celulares entram em colapso, acarretando a formação de pontos marrom-vermelhos, os quais embranquecem após alguns dias. NOx A exposição continua a 0,5 ppm de NO2 compromete o crescimento vegetal. Níveis de óxido aima de 2,5 ppm por período de 4 horas ou mais induzem a necrose, caracterizada por manchas devido à plasmólise ou à perda de protoplasma. SOx As lesões causadas pelo dióxido de enxofre também são caracterizadas por necrose, porém pouco intensa. A exposição a concentrações da ordem de 0,3 ppm por 8 horas é suficiente para desencadear essas lesões. Exposição a níveis reduzidos por tempos prolongados geram uma modalidade difusa de clorose (branqueamento). Flúor A decomposição do flúor na superfície das plantas não apenas causa danos, como também a acumulação do elemento nos dentes de mamíferos herbívoros, e com o tempo, o tingimento e a perda daqueles. Os efeitos dos poluentes atmosféricos para a saúde O sistema respiratório é o primeiro indicador dos efeitos da poluição do ar nos seres humanos. A inalação e retenção de partículas A extensão da penetração de partículas no aparelho respiratório inferior é função sobretudo do tamanho das partículas e da frequência respiratória. Partículas com mais de 5 µm a 10 µm são retidas nos pelos das narinas. Já as partículas com 1 µm a 2 µm de diâmetro conseguem adentrar os alvéolos, já que são pequenas o bastante para vencer as barreiras de entrada e a tendência de deposição no ARS. As doenças respiratórias crônicas A asma brônquica é uma forma de resistência das vias aéreas decorrente de uma alergia, causada pelo estreitamento dos bronquíolos por conta do aumento de volume da membrana mucosa e do espessamento das secreções. A bronquite crônica é definida com base na presença de excesso de muco nos bronquíolos e na persistência de tosse por três meses em um período de um ano, em dois anos consecutivos. O enfisema pulmonar é caracterizado pela ruptura dos alvéolos. O câncer dos brônquios (câncer do pulmão) é caracterizado pelo crescimento celular anormal e desordenado das células da membrana mucosa brônquica, o qual obstrui os bronquíolos, levando à morte em muitos casos. Efeitos dos poluentes atmosféricos Monóxido de Carbono (CO) Letal para seres humanos a concentrações acima de 5000 ppm deste gás incolor e inodoro. Reage com a hemoglobina do sangue, formando a carboxihemoglobina (COHb) Efeitos dos poluentes atmosféricos Dióxido de Nitrogênio (NO2) A exposição acima de 5 ppm por mais de 15 min promove o sugimento de tosse e irritação do aparelho respiratório. Quando prolongadas pode levar causa edema pulmonar. Efeitos dos poluentes atmosféricos Oxidantes fotoquímicos (O3) O ozônio é utilizado como indicador da quantidade total de oxidantes presente no ar. Concentrações acima de 0,1 ppm causam irritações nos olhos. Acima de 0,3 ppm causam tosse e desconforto no tórax. Efeitos dos poluentes atmosféricos Material Particulados Níveis elevados de MP aumentam o risco de morte por câncer e complicações respiratórias e cardiovasculares, além de elevar o risco de pneumonia, de perda de função pulmonar, de internação hospitalar e de asma. A Agência de Proteção Americana dos Estados Unidos (EPA) substituiu o padrãode qualidade do ar baseado no teor de particulados totais em suspenção. Estudo de caso • Fonte: Química Ambiental • (Baird,2002) Estudo de caso Material Particulado Partículas Inaláveis (MP10) ↑ 50μg/m3 - ↑ 4% de aumento na taxa de mortalidade nas cidades (BAIRD, 2002) Partículas Respiráveis (MP2,5) ↑ 10 - 15μg/m3 - ↑ 6 a 7% de aumento na taxa de mortalidade nas cidades (BAIRD, 2002) Efeitos dos poluentes atmosféricos Óxidos de enxofre Os efeitos dos dois principais óxidos de enxofre são examinados conjuntamente, já que alguns pesquisadores apontam para a possibilidade de sinergismo, isto é, particulados finos podem transportar o SO2 para o aparelho respiratório inferior. Os pacientes que sofrem de bronquite crônica apresentam uma piora no quadro de sintomas respiratórios quando os níveis de PTS excedem 350 µg/m3 e a concentração de SO2 ultrapassa 0,095 ppm. Episódios de poluição atmosférica Vale de Meuse, Bélgica, 1/12/1930 Donara, Pensilvânia, 26-31/11/1948 Londres, 5-9/12/1952 População Dados não disponíveis 12.300 8.000.000 Clima Anticiclone, inversão térmica, névoa Topografia Vale Vale Planície Fonte mais provável dos poluentes Indústrias (fábricas de aço e de zinco) Combustão de carvão doméstico Natureza das doenças Irritação das membranas expostas Número de mortes 63 17 4000 Momento da morte Após o segundo dia Início no primeiro dia Possível causa da irritação Óxidos de enxofre e particulados Queima descontrolada Queima descontrolada Escalas da poluição atmosférica Micro • Casas • Ambientes pouco maiores Meso • Áres de alguns hectares • Cidades ou distritos Macro • Estados • Países • Global (âmbito mundial) Poluição atmosférica Ambientes internos Pessoas que vivem em climas frios passam mais de 90% do tempo em ambientes fechados. Fogões a gás, aquecedores a gás ou a querosene e até fumaça do cigarro, contribuem com os níveis de CO atmosférico. Há maior conscientização dos fumantes em não fumar em público, inclusive em ambientes de trabalho. No entanto, a concentração de fumantes em pontos permitidos aumentam ainda mais os teores de MPI, passando de 56% para 63% com dois fumantes. Poluição atmosférica Ambientes internos Compostos químicos Tabagismos ativo (µg/cigarro) Tabagismos passivo (µg/cigarro) Particulados Anilina 0,36 16,8 Benzo(α)pireno 20-40 68-136 Metil naftaleno 2,2 60 Naftaleno 2,8 4,0 Nicotina 100-2.500 2.700-6.750 Nitrosonornicotina 0,1-0,55 0,5-2,5 Pireno 50-200 180-420 Fenóis totais 228 603 PTS 36.200 25.800 Poluição atmosférica Ambientes internos (tabagismo) Compostos químicos Tabagismos ativo (µg/cigarro) Tabagismos passivo (µg/cigarro) Fase gasosa e vapor Acetaldeído 18-1.400 40-3.100 Acetona 100-600 250-1.500 Acroleína 25-140 55-130 Amônia 10-150 980-150.000 Dióxido de carbono 20.000-60.000 160.000-480.000 Monóxido de carbono 1.000-20.000 25.000-50.000 Dimetilnitrosamina 10-65 520-3.300 Formaldeído 20-90 1.300 Cianeto de Hidrogênio 430 110 Poluição atmosférica Ambientes internos Óxidos de nitrogênio (NOx) 70 µg/m3 Casas equipadas com condicionadores de ar Fogões elétricos 182 µg/m3 Sem condicionadores de ar Fogões a gás Poluição atmosférica Ambientes internos Outro poluentes internos: ◦ Bioaerossóis: bactérias, vírus, fungos, ácaros e pólen ◦ Radônio: provenientes de alguns materiais de construção ◦ COV: aldeídos, alcanos, alcenos, éteres, cetonas e HPAs ◦ Metais pesados Poluição atmosférica Ambientes internos (Fontes de COV) Compostos orgânicos voláteis Principais fontes de exposição em ambientes internos Acetaldeído Tintas à base de água; tabagismos Estireno Tabagismo; fotocopiadora Hidrocarbonetos aromáticos Tintas, adesivos, gasolina, etc. Benzeno Tabagismo Cloreto de metileno Removedores de tintas, solventes Ρ-diclorobenzeno Desodorizadores, pastilhas antitraça Fenol Pisos de vinil Tolueno Fotocopiadoras, tabagismo, fibras sintéticas de carpete Formaldeído Tabagismo, produtos de madeira compensada, fotocopiadora Poluição atmosférica A chuva ácida A chuva não poluída é naturalmente ácida, porque o CO2 da atmosfera dissolve em quantidades altas o bastante para formar ácido carbônico (H2CO3). O pH natural da chuva pura é da ordem de 5,6. Então, considera-se chuva ácida precipitações com pH abaixo de 5. Portanto, como se forma a chuva ácida? Poluentes atmosféricos como CO2, SOx, NOx e os COVs, através das reações químicas na atmosfera, convertem esses poluentes em compostos ácidos. Poluição atmosférica A chuva ácida Contaminação dos solos (com a redução do pH alguns nutrientes são lixiviados); Degradação de monumentos; Acidificação de lagos; Poluição atmosférica A redução da camada de ozônio Composto essencial na atmosfera terrestre (na estratosfera). Poluição atmosférica A redução da camada de ozônio Função da camada de ozônio: bloquear a radiação ultravioleta (UV). Poluição atmosférica A redução da camada de ozônio Estima-se que uma redução de 5% no ozônio resultaria em um aumento da ordem de 10% na incidência do câncer de pele (ICAS, 1975). Em 1987 é firmado o Protocolo de Montreal sobre Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio. ◦ Entrou em vigor em 1989, assinado por 36 países; ◦ Objetivo: produção de CFCs fosse mantida nos valores da época, sendo gradualmente reduzida em 50% até 1998. ◦ Declaração de Helsinki (Capital da Filândia) em 1989, onde 80 países se reuniram para avaliar dados sobre o tema; ◦ Proibição da produção de hidrocarbonetos halogenados em 1995; ◦ Em 2002, 183 nações constavam como signatária do protocolo. Poluição atmosférica A redução da camada de ozônio Solução: substituição dos CFCs por HFCs (Hidrofluorocarbonos) e HCFCs (hidroclorofluorocarbonos). Embora os HCFCs cotenham cloro, este não é transportado para a estratosfera, já que a atividade sequestrante do OH na troposfera é relativamente eficiente. Poluição atmosférica O aquecimento global O aquecimento global O aquecimento global “A hipótese de que o aumento dos níveis de gases estufas geram o aquecimento global é amplamente aceita pela comunidade científica. Diferentemente do ozônio, estes gases deixam passar a luz UV, de comprimento de onda curto. Contudo, estes gases absorvem e emitem radiações de ondas longas, em comprimentos de ondas típicos da Terra e da atmosfera. O CO2 foi identificado como o principal gás estufa, devido a sua abundância e a seu intenso espectro de absorção na região em que a Terra emite a maior proporção de sua radiação infravermelha.” Potencial de aquecimento global (GWP) Compostos químicos Tempo de vida (ano) GWP (kg de CO2/kg de gás) Dióxido de carbono 30-200 1 Metano 12 62 Óxido nitroso 114 275 CFC 100 10.200 HCFC 12 4.800 Tetrafluorometano 50.000 3.900 Hexafluoreto de enxofre 3.200 15.100 Fonte: IPCC, 2000 O aquecimento global Cerca de ¾ das emissões antropogênicas do CO2 lançadas na atmosfera nos últimos 20 anos são atribuídos à queima de combustíveis fósseis (IPCC, 2001). Na década de 1980 o itenso desflorestamento foi identificado como um fator que contribuía para o agravamento do problema. O desmatamento inviabiliza o surgimento de sumidouros de CO2, fixado através do processo da fotossíntese. Uma floresta equatorial fixa entre 1 kg e 2 kg de carbono por metro quadrado. Em contrapartida, as lavouras fixam apenas 0,2 – 0,4 kg/m2 O aquecimento global “Mesmo que os níveis atmosféricos atuais dos gases estufas se mantivessemconstantes, a temperatura da Terra subiria perto de 0,1°C nas próximas décadas, por conta da prolongada meia-vida dos gases de efeito estufa na atmosfera” (IPCC). “Uma vez que a remoção do CO2 atmosférico é um processo extremamente lento, ele ainda continuará contribuindo com a elevação dos níveis dos oceanos por mais de um milênio” (IPCC). Os impactos Fundamentados em modelos matemáticos de circulação global da atmosfera e dos oceanos, o IPCC se baseou nas alternativas mais otimistas existentes para declarar que a temperatura média da Terra aumentará entre 1,8°C e 4,0°C até o ano de 2100. Os impactos (EUA) A queda nos custos com aquecimento de ambientes (que, contudo, pode ser compensada por despesas maiores com sistemas de ar condicionados); Aumento da produção de alimentos em determinadas regiões do Canadá; A facilitação da navegação no Oceano Ártico; A necessidade de maior irrigação em regiões do Meio-Oeste e das Grandes Planícies Americanas; A intensificação dos impactos de pragas, doenças e incêndios em ambientes florestais; Uma elevação da ordem de 0,18 m a 0,57 m nos níveis dos oceanos, a qual intensificaria as inundações, os danos as estruturas costeiras e a intrusão de água salgada nos estoques de água doce. O Protocolo de Kyoto O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que tem como objetivo fazer com que os países desenvolvidos assumissem o compromisso de reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa, para aliviar os impactos causados pelo aquecimento global. Além disso, são realizadas discussões para estabelecer metas e criar formas de desenvolvimento que não sejam prejudiciais ao Planeta. A ideia começou em 1988 na “Toronto Conference on the Changing Atmosphere” no Canadá, desde então houveram várias outras conferências sobre o Meio Ambiente e clima, até que foi discutido e negociado a criação do Protocolo de Kyoto, no Japão, em 1997. O Protocolo de Kyoto A aprovação do protocolo dependeu de duas condições: ◦ A ratificação por 55 países; ◦ A ratificação por nações que respondessem por ao menos 55% das emissões geradas por 38 países industrializados, mais a Bielorrússia, a Turquia e o Cazaquistão. A primeira condição foi atendida em 2002. Em 18/11/2004 a Rússia assinou o Protocolo de Kyoto, entrando em vigor em 16/02/2005. O Protocolo de Kyoto Meta: ◦ Redução da ordem de 5%, com base nas emissões registradas no ano de 1990, entre 2008-2012. ◦ No segundo período de compromisso, as Partes se comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo menos 18% abaixo dos níveis de 1990 no período de oito anos, entre 2013- 2020. ◦ Cada país negociou a sua própria meta de redução de emissões em função da sua visão sobre a capacidade de atingi-la no período considerado. Legislação ambiental Legislação Estadual Decreto 14.024/2012 Art. 46 - Para fins do disposto neste Regulamento, os poluentes atmosféricos são enquadrados em três grupos: I - Poluentes Convencionais, a saber: a) dióxido de enxofre; b) dióxido de nitrogênio; c) material particulado; d) monóxido de carbono; e) ozônio. II - Poluentes Tóxicos do Ar - PTAs, listados no Anexo II deste Regulamento. III - Poluentes não Convencionais. Resolução CONAMA nº 03/1990 Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Art. 1º São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à fl ora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Parágrafo único. Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: I - impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; II - inconveniente ao bem-estar público; III - danoso aos materiais, à fauna e flora; IV - prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. Resolução CONAMA nº 03/1990 Art. 2º Para os efeitos desta Resolução fi cam estabelecidos os seguintes conceitos: I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à fl ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Parágrafo único. Os padrões de qualidade do ar serão o objetivo a ser atingido mediante a estratégia de controle fixada pelos padrões de emissão e deverão orientar a elaboração de Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar. Resolução CONAMA nº 03/1990 Art. 3º Ficam estabelecidos os seguintes Padrões de Qualidade do Ar: I - Partículas Totais em Suspensão a) Padrão Primário 1 - concentração média geométrica anual de 80 (oitenta) microgramas por metro cúbico de ar. 2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas de 240 (duzentos e quarenta) microgramas por metro cúbico de ar, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. b) Padrão Secundário 1 - concentração média geométrica anual de 60 (sessenta) micro gramas por metro cúbico de ar. 2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas, de 150 (cento e cinquenta) microgramas por metro cúbico de ar, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. Resolução CONAMA nº 03/1990 Art. 3º Ficam estabelecidos os seguintes Padrões de Qualidade do Ar: I - Partículas Totais em Suspensão II – Fumaça III - Partículas Inaláveis IV - Dióxido de Enxofre V - Monóxido de Carbono VI - Ozônio Resolução CONAMA nº 382/2006 Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. Art. 1º Estabelecer limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. Parágrafo único. Os limites são fixados por poluente e por tipologia de fonte conforme estabelecido nos anexos desta Resolução. Art. 2º Para o estabelecimento dos limites de emissão de poluentes atmosféricos são considerados os seguintes critérios mínimos: I - o uso do limite de emissões é um dos instrumentos de controle ambiental, cuja aplicação deve ser associada a critérios de capacidade de suporte do meio ambiente, ou seja, ao grau de saturação da região onde se encontra o empreendimento; II - o estabelecimento de limites de emissão deve ter como base tecnologias ambientalmente adequadas, abrangendo todas as fases, desde a concepção, instalação, operação e manutenção das unidades bem como o uso de matérias-primas e insumos; Resolução CONAMA nº 382/2006 Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: I - definições referentes às fontes de emissão: a) capacidade de suporte: a capacidade da atmosfera de uma região receber os remanescentes das fontes emissoras de forma a serem atendidos os padrões ambientais e os diversos usos dos recursos naturais; b) controle de emissões: procedimentos destinados à redução ou à prevenção da liberação de poluentes para a atmosfera; c) emissão: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa; d) emissão fugitiva: lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de dispositivo projetado para dirigir ou controlar seu fluxo; e) emissão pontual: lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida de dispositivo para dirigirou controlar seu fluxo, como dutos e chaminés; Resolução CONAMA nº 382/2006 f ) equipamento de controle de poluição do ar: dispositivo que reduz as emissões atmosféricas; g) fonte fixa de emissão: qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em local fixo, que libere ou emita matéria para a atmosfera, por emissão pontual ou fugitiva; h) limite máximo de emissão - LME: quantidade máxima de poluentes permissível de ser lançada para a atmosfera por fontes fixas; e i) prevenção à geração da poluição: conceito que privilegia a atuação sobre o processo produtivo, de forma a minimizar a geração de poluição, eliminando ou reduzindo a necessidade do uso de equipamento de controle, também conhecido como as denominações de Prevenção à Poluição e Produção mais Limpa. Resolução CONAMA nº 382/2006 II - definições referentes aos poluentes que não possuem característica química definida: a) compostos orgânicos voláteis: compostos orgânicos que possuem ponto ebulição de até 130ºC na pressão atmosférica e podem contribuir na formação dos oxidantes fotoquímicos; b) enxofre reduzido total - ERT: compostos de enxofre reduzido, medidos como um todo, referindo-se principalmente ao gás sulfídrico e às mercaptanas, expresso como dióxido de enxofre (SO2); c) material particulado - MP: todo e qualquer material sólido ou líquido, em mistura gasosa, que se mantém neste estado na temperatura do meio filtrante, estabelecida pelo método adotado; d) NOx: refere-se à soma das concentrações de monóxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2), sendo expresso como (NO2); e e) SOx: refere-se à soma das concentrações de dióxido de enxofre (SO2) e trióxido de enxofre (SO3), sendo expresso como (SO2). Resolução CONAMA nº 382/2006 ANEXO I LIMITES DE EMISSÃO PARA POLUENTES ATMOSFÉRICOS PROVENIENTES DE PROCESSOS DE GERAÇÃO DE CALOR A PARTIR DA COMBUSTÃO EXTERNA DE ÓLEO COMBUSTÍVEL 1. Ficam aqui definidos os limites máximos de emissão para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração de calor a partir da combustão externa de óleo combustível. 3. Ficam estabelecidos os seguintes limites máximos de emissão para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração de calor a partir da combustão externa de óleo combustível: Resolução CONAMA nº 382/2006 POST View - Lakes Environmental Software C:\Brasq\QGNSO2.IS\24H1GALL.PLT PROJECT TITLE: QUÍMICA GERAL DO NORDESTE S/A. Concentrações de SO2. Média de 24h. DATE: 3/6/2007 PROJECT NO.: MODELING OPTIONS: CONC, URBAN, FLAT, NOSTD, MSGPRO OUTPUT TYPE: CONC MAX: 0.83807 UNITS: µg/m³ RECEPTORS: 448 0 2 km COMMENTS: Padrão primário de SO2. Média de 24h = 365ug/m3 MODELER: SECA-Consult. Clima e Meio Ambiente. COMPANY NAME: Qumica Geral do Nordeste Ltda. µg/m³Contours 0.113 0.186 0.279 0.373 0.466 0.559 0.652 0.745 0.838 0 .1 1 3 0.113 0.1 13 0 .1 1 3 0. 18 6 0. 18 6 0.2 79 0 .2 7 9 0 .3 7 3 0.466 1 L.P.Cavalo Feira X Tomba Bandeirante Panorama Feira VII Franc.Pinto Fraternidade QGN Cmáx. 0,84 499000 500000 501000 502000 503000 504000 505000 506000 507000 508000 509000 8 6 3 6 0 0 0 8 6 3 7 0 0 0 8 6 3 8 0 0 0 8 6 3 9 0 0 0 8 6 4 0 0 0 0 8 6 4 1 0 0 0 8 6 4 2 0 0 0 8 6 4 3 0 0 0 8 6 4 4 0 0 0 8 6 4 5 0 0 0 8 6 4 6 0 0 0 Isoconcentraç ões de SO2, média de 24h. Estudo de dispersão atmosférica, através de modelagem matemática. POST View - Lakes Environmental Software C:\BRASQ\QGNSO2.IS\PE00GALL.PLT PROJECT TITLE: QUÍMICA GERAL DO NORDESTE S/A. Concentrações de SO2. Média anual DATE: 3/6/2007 PROJECT NO.: MODELING OPTIONS: CONC, URBAN, FLAT, NOSTD, MSGPRO OUTPUT TYPE: CONC MAX: 0.11563 UNITS: µg/m³ RECEPTORS: 448 0 2 km COMMENTS: Padrão primário SO2 Média anual = 80 ug/m3 MODELER: SECA-Consult. Clima e Meio Ambiente. COMPANY NAME: Qumica Geral do Nordeste SA µg/m³Contours 0.039 0.051 0.064 0.077 0.090 0.103 0.116 0 .0 3 9 0.051 1 L.P.Cavalo Feira X Tomba Bandeirante Panorama Feira VII Franc.Pinto Fraternidade QGN Cmáx. 0,12 499000 500000 501000 502000 503000 504000 505000 506000 507000 508000 8 6 3 6 0 0 0 8 6 3 7 0 0 0 8 6 3 8 0 0 0 8 6 3 9 0 0 0 8 6 4 0 0 0 0 8 6 4 1 0 0 0 8 6 4 2 0 0 0 8 6 4 3 0 0 0 8 6 4 4 0 0 0 8 6 4 5 0 0 0 Isoconcentraç ões de SO2, média anual. Estudo de dispersão atmosférica, através de modelagem matemática.
Compartilhar