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AULA 05 • CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS SEÇÕES CIRCULARES E SEMICIRCULARES Frequentemente são empregados canais de seção fechada, como nas canalizações de águas pluviais, esgotos, drenagem subterrânea, bueiros e galerias de instalações hidrelétricas, que funcionam parcialmente cheios. A adoção da seção circular nos grandes condutos está condicionada às questões estruturais e aos processos de execução. Já a seção semicircular, bastante vantajosa para os condutos abertos, frequentemente não pode ser realizada por questões estruturais, dificuldade de execução ou inexistência de revestimento nos canais escavados. Normalmente, os tubos são fabricados com a seção circular. Daí o predomínio dessa forma e a importância do seu estudo. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS Velocidade e Vazão Máximas O valor máximo para a velocidade das águas num conduto circular, ocorre quando o conduto está parcialmente cheio com y = 0,81D. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS É importante notar que a maior vazão que se pode conseguir, em determinado conduto, não é a que se obtém com o conduto funcionando completamente cheio, mas sim, com y = 0,95D. A vazão irá aumentando até o ponto mencionado, para depois sofrer uma pequena redução, decorrente do enchimento completo do conduto (maior resistência). CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS SEÇÃO RETANGULAR A forma retangular geralmente é adotada nos canais de concreto e nos canais abertos em rochas. Tratando-se de seção retangular, a mais favorável é aquela para a qual a base b é o dobro da altura h. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS SEÇÃO TRAPEZOIDAL Para determinada seção de escoamento A, a forma mais econômica será aquela que levará à maior velocidade e ao menor perímetro. Dos hexágonos de mesma seção, o hexágono regular é o que tem o menor perímetro. É fácil provar que, os valores estabelecidos de A e de h, a seção mais vantajosa é a de um semi-hexágono regular (α= 60º), conforme a figura a seguir. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS Nem sempre essa seção pode ser adotada; se não houver revestimento, a inclinação das paredes laterais do canal deverá satisfazer ao talude natural das terras, para sua estabilidade e permanência. O Quadro a seguir apresenta valores médios comuns para os taludes dos canais abertos. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS SEÇÃO COM RUGOSIDADES DIFERENTES O perímetro molhado de uma mesma seção pode incluir trechos de diferentes graus de rugosidade, n1, n2, n3, etc. Para os cálculos hidráulicos admite-se um grau de rugosidade média obtido pela seguinte expressão de acordo com Forchheimer. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS LIMITES PRÁTICOS DA VELOCIDADE Nos canais, assim como nos encanamentos, a velocidade média da água normalmente não se afasta de uma gama de valores não muito ampla, imposta pelas boas condições de funcionamento e manutenção. Dois limites extremos são estabelecidos na prática, ou seja, limite inferior: velocidade média mínima; e limite superior: velocidade média máxima. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS Limite Inferior Este limite é estabelecido para evitar a deposição de materiais em suspensão. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS Limite Superior Este limite é fixado de modo a impedir a erosão das paredes. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS VELOCIDADES PRÁTICAS São os valores mais comuns usados na prática. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS DECLIVIDADES LIMITE A rigor é a velocidade que é estabelecida e esta é função da declividade, em consequência dos limites estabelecidos para a velocidade, decorrem limites para a declividade. CÁLCULO DO ESCOAMENTO EM CANAIS Exercício 01: Calcular a declividade de um canal trapezoidal com taludes de 2:1 que irá transportar água pluvial, o material da base do canal possuí n = 0,025 e dos taludes possuem n = 0,035. Dados: Base do canal = 2m e y = 1m