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constitucionalização do direito

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO: CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO
Resenha Crítica do caso de Harvard “Adiana, Inc., e o desenvolvimento de um dispositivo de esterilização feminina” 
Isaque Estevão Mendes de Alcântara
Trabalho da disciplina Constitucionalização do Direito
 		 
Janaúba-MG 
2019
 “ADIANA, INC., E O DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO DE ESTERILIZAÇÃO FEMININA”
Referências: preparado por Anjali Reddi e Aradhana Sarin sob a orientação e com posterior revisão de Margaret Eaton. Os dados e assistência de Paul Geold, presidente da Adiana, e de Doug Kelly, parceiro na Alloy Ventures foram muito apreciados. 
O presente trabalho tem como objetivo a análise do artigo que questiona a extensão e limites da responsabilidade da empresa Adiana, Inc de dispositivos médicos, em experimentos humanos de um novo cateter feminino de esterilização.
Para dar início aos experimentos em larga escala a empresa precisava da aprovação da Administração para Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA). Para tanto, Paul Goeld precisava enfrentar várias questões de cunho legal, ético e regulamentar, além de demonstrar que seu produto oferecia diversas vantagens em relação aos tradicionais ligadura de trompas e o DIU no que diz respeito aos seus efeitos e efetividade. 
A primeira fase dos experimentos em humanas foi no Mexico, exatamente porque as regulamentações naquele país facilitaria a pesquisa. Ao final, a Adiana pode concluir que seu cateter teve bom desempenho e iniciou a expansão dos experimentos agora nos EUA. 
Para entrar no mercado norte-americano a Adiana levou em consideração: anteriores dispositivos falhos, a existência de uma concorrência emergente, o processo regulatório da FDA e questões éticas e legais relacionadas à eficácia dos experimentos (aqui residiam as questões mais difíceis). Na verdade eram três as questões principais: responsabilidade, custos e grupos de interesse.
Caso ocorresse uma gravidez, as decisões foram: pagar pela interrupção da gravidez e/ou uma ligadura de trompas conforme as mulheres decidissem. Responsabilidade moral e financeira pela assistÊncia pré e pós-natal.
A discussão deste estudo de caso orbita sobre 3 questões principais, vejamos.
Primeiro: no que tange a responsabilidade da empresa norte-americana em estudos feitos em mulheres mexicanas. Sob esse prisma a empresa buscou um país onde a legislação fosse menos conservadora para a autorização da primeira fase dos experimentos, o que nos parece lícito. O que a empresa não pode é achar que também está isenta de questões relacionadas a sua responsabilização de eventuais danos morais as suas cobaias humanas. 
Segundo: quanto ao processo de recrutamento e consentimento para os estudos de eficácia do dispositivo devem estar em harmonia tanto com a legislação interna, quanto com os tratados internacionais do qual o país é sigatário, levando em conta criteriosos padrões de respeito principalmente aos direitos existenciais das sua pacientes.
Terceiro: quanto a mulheres que em eventuais falhas do experimento ficarem grávidas, tal situação deve ser tratada como uma possibilidade real com as mulheres da pesquisa, levando em consideração cada detalhe desta possível gravidez em seus mais diversos aspectos economico, moral, psicológico, familiar em relação ao parceiro, dentre outras, para que em nenhum vértice tal questão deixe de ser pré-discutida e vislumbrada com antecedencia. 
 
 
O que se pode concluir diante de todo o exposto, é a urgência de que o governo brasileiro, em todas as suas esferas se junte em esforços, ações e políticas públicas que devem ser implementadas para cessar este cenário de graves violações de direitos humanos, implantado o que for necessário ao cumprimento tanto da legislação pátria quanto aos tratados internacionais sobre direitos humanos das quais é signatário.
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