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AFRICA SUBSAARIANA E AMERICA LATINA

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África Subsaariana
Significado do termo, características, países, Geografia, dados e informações, problemas sociais, políticos e econômicos
África Subsaariana
 
Significado
 
A África Subsaariana é a região do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara. Não é uma divisão política, mas apenas um termo usado como referência aos países que possuem maior parte da população negra neste continente. No passado, era muito usado o termo “África Negra” para esta região, em oposição a “África Branca”, composta pelos países ao norte do Deserto do Saara. Porém, estes termos estão caindo em desuso.
 
 
Principais características dos países da África Subsaariana:
 
- Maioria da população composta por negros;
 
- A maior parte dos países possui economia subdesenvolvida;
 
- Presença de conflitos políticos, principalmente de caráter étnico.
 
- Existência de diversos problemas como, por exemplo, pobreza, elevados índices de analfabetismo, sistema de saúde público precário, proliferação de doenças, falta de água e sistema de saneamento básico inexistente ou ineficiente;
 
- Existência, em alguns países, de governos autoritários e corruptos. Infelizmente, estas características acabam dificultando a resolução dos graves problemas sociais e econômicos enfrentados pela sofrida população destes países;
 
- A maior parte destes países ainda sofre as consequências das injustiças do neocolonialismo e imperialismo europeus da segunda metade do século XIX;
 
- Grande diversidade étnica, cultural, linguística e religiosa.
 
* Vale ressaltar que os problemas citados acima fazem parte da maioria destes países, mas não de todos. Existem países, como a África do Sul por exemplo, que estão num patamar de desenvolvimento bem acima dos outros, apresentando melhores condições sociais e econômicas.
 
 
Outros dados e informações geográficas:
 
- População: 535 milhões de habitantes (estimativa 2018)
 
- Ponto mais elevado: monte Kilimanjaro com 5.895 metros.
 
- Principais rios: Congo, Nilo, Limpopo, Zambeze, Níger e Senegal.
 
- Clima: Equatorial (principalmente na região central da África) e Tropical nas outras regiões.
 
- Vegetação: florestas equatoriais na região central e centro-oeste; florestas tropicais (ao sul da vegetação equatorial); savanas (ao sul das florestas tropicais); vegetação mediterrânea (litoral sul da África do Sul).
 
- Fauna (exemplos de algumas espécies animais): elefante, leão, gazela, gorila, zebra, rinoceronte, hiena, girafa, leopardo, chipanzé e hipopótamo.
 
 
Países da África Subsaariana
 
- República Democrática do Congo, República do Congo, Burundi, África Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djibouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, República Centro-Africana, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Togo e Zâmbia. 
Os problemas da África Subsaariana
A África Subsaariana é uma área do continente africano mais próxima do Deserto do Saara. OU seja, na região Sul. Em termos de rateio político, o termo tem sido bastante usado para se referir aos países que concentram grande maioria negra neste continente. Antigamente, usava-se o termo “África Negra” o que gerava contraposição com “África Branca” e já criava mais preconceitos. Os termos obviamente precisam cair em desuso para que os países do norte e sul do Saara não sejam vistos com ainda mais dor.
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E quais são as principais marcas de tais nações da África Subsaariana?
Maior parte da população é formada por negros. A economia de quase todos os países está em processo de subdesenvolvimento. Há vários conflitos políticos, especialmente por conta de disputas étnicas. O que se sobressai: pobreza, altos índices de analfabetismo, muitas doenças e um precário sistema de saúde ou mesmo de saneamento e abastecimento de água. Lideranças governamentais corruptas e autoritárias que não resolvem os problemas sociais e econômicos enfrentados pela população da África Subsaariana. O neocolonialismo europeu se mantém forte, com governos da Europa a imperar em tais espaços, mantendo as injustiças sociais. Não são todos os países que vivenciam a realidade dura revelada acima, mas a grande maioria. Os que estão fora de tal contexto buscam alcançar melhores patamares de desenvolvimento para que a condição social e econômica resista às turbulências constantes. Do ponto de vista étnico, cultural, linguístico e religioso também se observam muitos aspectos positivos na África Subsaariana.
Composta pelos seguintes países: República Democrática do Congo, República do Congo, Burundi, África Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djibouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, República Centro-Africana, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Togo e Zâmbia.
Problemas da África Subsaariana 
– Enorme aumento da demografia, apresentou o maior cresimento populacional do mundo anualmente.
– Queda mundial dos preços dos produtos como café, cacau e cobre, que eram exportados pela região, e uma das únicas fontes de investimento.
– Estragos nas rodovias e usinas hidrelétricas, dívidas externas, e perda de investimentos externos.
– Os ilimitados surtos de violência e o genocídio estão acontecendo dentro de alguns países do continenete.
– Desabamento da produção agrícola de auto-suficiência, corrupção e governo imperfeito.
A SITUAÇÃO DA ÁFRICA NO MUNDO GLOBALIZADO
O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores. Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra. Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.
Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado. Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento. Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação justificam o isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.
CONFLITOS
A África é o segundo mais populoso continente do mundo. É também o continente com maior número de conflitos duradouros em todo o planeta, de acordo com a ONU. De um total de 54 países que compõem a África, 24 encontram-se atualmente em guerra civil ou em conflitos armados.
As batalhas mais devastadoras ocorrem, hoje, em Ruanda, Somália, Mali, República Centro-africana, Darfur, Congo, Líbia, Nigéria, Somalilândia e Puntlândia (Estados declaradosindependentes da Somália em, respectivamente, 1991 e 1998). Esses combates envolvem 111 milícias, guerrilhas, grupos separatistas ou facções criminosas.
Os países em guerra ficam na chamada África Subsaariana, que compreende os territórios que não fazem parte da África do Norte e do Oriente Médio. A região é caracterizada pela pobreza, instabilidade política, economia precária, epidemias, baixos indicativos sociais e constantes embates entre governos e rebeldes. São disputas que, neste século 21, carecem de contornos ideológicos ou claras motivações sociais e políticas. Distinguem-se, portanto, do movimento popular da Primavera Árabe.
Genocídio de Ruanda: Em Ruanda, que fica na região subsariana do continente, o conflito foi de caráter étnico. Dois grupos predominam no país: os hutus e os tutsis. No período de colonização belga (no vídeo acima o professor Marcelo explica por que foi a Bélgica que colonizou a região), os tutsis lideravam postos políticos, mesmo sendo minoria em relação aos hutus. Na década de 60 o governo local tutsi foi derrubado por hutus. Anos depois, os tutsis tentaram reconquistar a região, mas foram dizimados com uma organização meticulosa por parte do governo hutu.
Independência do Sudão do Sul: Até a independência do Sudão do Sul, em 2011, o Sudão era o maior país da África. Por possuir grandes reservas de petróleo, a população sulina sempre reivindicou maior autonomia, e uma série de conflitos acabaram levando à criação do novo país.
Nigéria: Na Nigéria, o conflito, que se arrasta até os dias de hoje, tem caráter religioso. Enquanto a região norte tem maioria muçulamana, a parte sul é cristã. Nos últimos anos, o crescimento da população cristã fez com que os islâmicos, preocupados em perder sua influência política, reagissem com atentados, sequestros e mortes contra os povos do sul.
Apartheid: O Apartheid foi uma segregação racial na África do Sul, hoje a maior economia do continente, onde a minoria branca criou leis que davam direitos e deveres distintos para negros e brancos – e sempre em favor dos brancos. A segregação chegava ao ponto de proibir que negros tomassem água no mesmo bebedouro que os brancos. A África do Sul é hoje o país mais industrializado do continente, e faz parte do BRICS, grupo político de cooperação entre os emergentes Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China.
Conflitos da Primavera Árabe: A Primavera Árabe não se deteve ao Oriente Médio, e também teve desdobramentos nos países da África saariana. Os povos de Líbia, Egito e Síria, que foram dominados por governos corruptos e ditatoriais, reagiram e derrubaram seus líderes, mudando o regime político da região. O conflito é mais delicado na Síria, onde Bashar al-Assad ainda segue no governo, e uma série de países com interesses na região tensionam os conflitos na área.
GENOCÍDIOS
No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), movimentos nacionalistas e anticolonialistas travaram guerras para conquistar a independência das nações africanas. Nos anos 1970 e 1980, sucessivos golpes militares e disputas étnicas impediram a continuidade política e, consequentemente, o desenvolvimento da região.
De modo geral, as guerras africanas não são guerras entre países, mas conflitos internos. Eles têm como principais causas a falência do Estado, batalhas pelo controle do governo e a luta por autonomia de grupos étnicos. O que mais chama atenção, contudo, é a brutalidade dessas disputas, sobretudo aquelas travadas após os anos 1990. Genocídios, massacres, estupros em massa, exército de crianças e extermínio de comunidades inteiras com facões e machados compõem a barbárie. A fome é outro instrumento usado pelas facções, que destroem as plantações e expulsam populações de seus lares. Diferente das guerras no século 20, os atuais conflitos africanos matam, em 90% dos casos, civis, não militares.
A Segunda Guerra do Congo é considerada o conflito armado mais letal desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2008, 5,4 milhões de pessoas foram mortas, a maioria de fome. Ruanda foi palco de um dos maiores genocídios da história do continente. Em apenas cem dias, entre os meses de abril e junho de 1994, 800 mil pessoas foram mortas no país, a maioria da etnia tutsi. Em Darfur, desde 2003 os conflitos deixaram cerca de 400 mil mortos, segundo estimativas de ONGs, e 2,7 milhões de refugiados, gerando uma das piores crises humanitárias deste século.
REFUGIADOS
Outra consequência dos conflitos é a expulsão de milhares de pessoas para campos de refugiados. Isso provoca, por sua vez, uma crise humanitária, com a proliferação de doenças e a fome que dizimam a população. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, na sigla em inglês) calcula em 43,3 milhões o número de pessoas expulsas de seus países, em todo o mundo, sendo que 15,2 milhões delas têm o status de refugiados. Afeganistão e Iraque, países ocupados pelas forças americanas no começo deste século, possuem o maior número de refugiados, seguidos de Somália e Congo. O maior campo de refugiados no mundo fica no Quênia, com 292 mil pessoas.
Mesmo com a ajuda humanitária, os países em guerra não conseguem se reconstruir. Ao final dos combates, a pouca infraestrutura existente e serviços foram devastados, atrasando ainda mais o progresso econômico.

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