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Histologia da Cartilagem e do Tecido Ósseo

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Histologia
Cartilagem
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência firme, mas não é rígido como o tecido ósseo.
Tem função de sustentação, reveste superfícies articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento dos ossos longos.
Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente. (Pericôndrio)
Nas articulações não há um pericôndrio, mas um líquido sinovial que a lubrifica e a nutre
Existem três tipos de cartilagem: Hialina (mais abundante e grande quantidade de colágeno 2), elástica(muitas fibras elásticas) e fibrosa(mais rígido e rico em colágeno 1) 
A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traqueia e dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. Além disso, existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
O tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais vertebrados, como os cações, tubarões e raias, que são, por isso, chamados de peixes cartilaginosos.
Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de borracha. Após a formação da cartilagem, a atividade dos condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser chamados de condrócitos (do grego chondros, cartilagem, e kytos, célula). Cada condrócito fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente maior do que ele, moldada durante a deposição da matriz intercelular.
As fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as reticulares.
Condroblasto
Condrócito
Grupo Isógeno
Matriz Cartilaginosa
Tecido conjuntivo ósseo
O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. Armazenam e protegem a medula óssea, dão apoio aos músculos esqueléticos 
Matriz óssea contém osteócitos (células mais velhas), osteoblastos (células jovem) e osteoclastos(células que corroem/comem)
Osteócitos é achatado e de baixo nível e se comunicam pela junção comunicante 
Osteoblastos sintetizam colágeno, glicose etc e ajudam a mineralizar (enrijecer) a matriz 
Osteoclastos: Células grandes e multinucleadas. São células que reabsorvem cálcio E destruindo células velhas
A matriz óssea tem parte orgânica e inorgânica o íon mais encontrado é o fosfato de cálcio, a maioria da parte orgânica é feita de colágeno 
São revestidos por tecido conjuntivo internamento (endósteo) e externamente (periósteo) 
Periósteo ligado ao osso por fibras de colágeno 
É um tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso.
Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
Por serem um estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso.
Epífise são as extremidades das células e diáfise é o que há no meio (maior parte osso compacto)
Ossos achatados tem duas partes de osso compacto e uma de osso esponjoso 
Ossos primários : Pouco encontrado em adultos com exceção nas emendas do crânio, buracos de dentre e ligações do tendão e contem mais osteócitos colágeno não é organizado 
Ossos secundário: Mais encontrado em adultos, mais organizado, colágeno organizado em lamelas 
Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso.
Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.
A ossificação - formação de tecido ósseo - pode se dar por dois processos: ossificação intramenbranosa e ossificação endocondral.
No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, não cartilaginosa.
Na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.
Crescimento nos ossos longos
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das pernas e os dos braços.
Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises.
Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a ocorrência constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso. Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é formado.
Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo, o aumento de diâmentro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção de camada interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de mais osso.
O crescimento ocorre até que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de crescimento também sofre ossificação e o crescimento do osso em comprimento cessa.
Tecido Muscular
As células do tecido muscular são denominadas fibras musculares ou miócitos e possuem a capacidade de se contrair e alongar.
Tem sua origem embrionário no mesoderma. Sua membrana é chamada de sarcolema e seu citoplasma de sarcoplasma
A essa propriedade chamamos contratilidade. Essas células têm o formato alongado e promovem a contração muscular, o que permite os diversos movimentos do corpo.
O tecido muscular pode ser de três tipos: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido muscular estriado cardíaco.
Tipos de tecidos musculares. Os pontos roxos são os núcleos das células musculares.
As células musculares são revestidas por endomísio e perimísio 
O tecido muscular liso apresenta uma contração lenta e involuntária, ou seja, não depende da vontade do indivíduo. Forma a musculatura dos 
órgãos internos, como a bexiga, estômago, intestino e vasos sanguíneos. Suas células são mononucleadas e unidas por fibras reticulares de colágeno 3. 
O tecido muscular estriado esquelético apresenta uma contração rápida e voluntária. Está ligado aos ossos e atua na movimentação do corpo. Possui fibras multinucleadas. Formada de fibras que contem um sarcomero que possuem listras de coloração clara e escura, a contração acontecem com o encurtamento dos sarcomero 
Tecido muscular estriado cardíaco: Sua contração é involuntária, também possui fibras estriadas e é rítmico, suas fibras podem sermono ou binucleadas e são unidas por discos intercalares 
Tecido Conjuntivo
As células do tecido conjuntivo são afastadas umas das outras, e o espaço entre elas é preenchido pela substância intercelular. A principal função do tecido conjuntivo é unir e sustentar os órgãos do corpo. Se origina do mesenquima e dai surgem as células tronco sanguíneas e as células tronco mesenquimais que originam tecido ósseo, cartilagem, adiposo etc. 
Dividido em Propriamente dito que se localiza debaixo da epiderme e Especializado São eles: tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido sanguíneo. E é composto de células e matriz extracelular que é composta de fibras e substancia fundamental
É composto de células fixas que foram produzidas em certo local e permanecem lá e células transitórias que podem circular pelo corpo como as células sanguíneas que só saem dos vasos sanguíneos transitivos 
Tecido conjuntivo propriamente dito é dividido entre denso(mais resistente a tração e menos flexível contem menos células e mais fibras, dividido em modelado que tem fibras em uma só direção e não modelado que tem fibras em várias direções) e frouxo (delicado, flexível e vascularizado, localizados em locais sujeitos a pressão e tem como função preencher espaço)
Esse tipo de tecido apresenta diversos grupos celulares que possuem características próprias. Por essa razão, ele é subdividido em outros tipos de tecidos. São eles: tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido sanguíneo.
Tecido adiposo
É formado por adipócitos, isto é, células que armazenam gordura. Esse tecido encontra-se abaixo da pele, formando o panículo adiposo, e também está disposto em volta de alguns órgãos. As funções desse tecido são: fornecer energia para o corpo; atuar como isolante térmico, diminuindo a perda de calor do corpo para o ambiente; oferecer proteção contra choques mecânicos (pancadas, por exemplo).
Imagem de microscópio óptico de tecido adiposo. Note que as linhas são as delimitações das células e os pontos roxos são os núcleos dos adipócitos. A parte clara, parecendo um espaço vazio, é a parte da célula composta de gordura.
Tecido cartilaginoso
Forma as cartilagens do nariz, da orelha, da traqueia e está presente nas articulações da maioria dos ossos. É um tecido resistente, mas flexível.
Nariz e orelha são formados por cartilagem.
Células cartilagíneas vista ao microscópio óptico.
Tecido ósseo
Forma os ossos. A sua rigidez (dureza) deve-se à impregnação de sais de cálcio na substância intercelular.
O esqueleto humano é uma estrutura articulada, formada por 206 ossos. Apesar de os ossos serem rígidos, o esqueleto é flexível, permitindo amplos movimentos ao corpo graças a ação muscular.
Tecido sanguíneo
Produzido pela medula óssea vermelha. Transporta oxigênio e hormônios e ajuda na regulação de temperatura 
Constitui o sangue, tecido líquido. É formado por diferentes tipos de células como: 
Os glóbulos vermelhos ou hemácias, que transportam oxigênio; são anucleadas e contem hemoglobina que transporta o oxigênio que se liga a ele por pontes de ferro que da cor as hemácias. 
Os glóbulos brancos ou leucócitos, que atuam na defesa do corpo contra microrganismos invasores; os leucócitos granulosos possuem grânulos no citoplasma e são responsáveis por fagocitose e os agranulocitos não possuem grânulos e tem linfócitos que reconhecem antígenos e possuem anticorpos e monócitos que migram macrófagos fragmentos (pedaços) de células, como é o caso das plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.
A substância intercelular do tecido sanguíneo é o plasma, constituído principalmente por água, responsável pelo transporte de nutrientes e de outras substâncias para todas as células. Também temos proteínas como imunoglobulinas e proteínas de coagulação 
Componentes do sangue visto em microscópio eletrônico. As células vermelhas são os glóbulos vermelhos e a branca o glóbulo branco.
Tecido Nervoso
O tecido nervoso tem origem ectodérmica, nele a substância intercelular praticamente não existe. Os principais componentes celulares são os neurônios e as células da glia.
As células da glia ou neuroglia são vários tipos celulares relacionados com a sustentação e a nutrição dos neurônios, com a produção de mielina e com a fagocitose.
Os neurônios, ou células nervosas, têm a propriedade de receber e transmitir estímulos nervosos, permitindo ao organismo responder a alteração do meio. Os neurônios são alongados, podendo atingir, em alguns casos, cerca de 1 metro de comprimento, como nos neurônios que se estendem desde nossas costas até o pé. São células formadas por um corpo celular ou pericário, de onde partem dois tipos de prolongamento: dendritos e axônio. Podem ser classificados em bipolares(um dendrito e um axônio) , multipolares(vários dendritos e um axônio) ou pseudopolares(Possui um prolongamento que se divide em dois. Se dividem em motores(Do SC para periferia do corpo controlam glândulas e músculos), sensitivos(captam informações sensitivas e trazem para SC), interneuronios( fazem comunicação com outros neurônios e formando circuitos complexos) 
O tecido nervoso apresenta outras células auxiliares que dão suporte e nutrição ao funcionamento do sistema nervoso: são as células da glia ou gliais. Elas diferem em forma e função, cada uma desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do tecido nervoso. Existem 10 células da glia para cada neurônio 
Os astrócitos dão suporte mecânico e fornecem alimento à complexa e delicada rede de circuitos nervosos. Os oligodendrócitos desempenham função equivalente à das células de Schwann, formando bainhas protetoras sobre os neurônios que ficam no encéfalo e na medula espinhal (SC). As Micróglias são um tipo especializado de macrófago que atuam na inflamação reparação do sistema cuja função é fagocitar detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso. Ependimarias revestem as cavidades encefálicas e o canal da medula 
Tecido Epitelial
A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido.
O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados. Tecido epitelial de revestimento
O tecido epitelial de revestimento é responsável por revestir o corpo e as superfícies dos órgãos. Por esse motivo, está relacionado com a proteção, absorção de substâncias e, até mesmo, com a percepção de certos estímulos.
→ Classificação do tecido epitelial de revestimento
O tecido epitelial de revestimento pode ser classificado de diferentes formas, de acordo com a quantidade de camadas de células e com o formato celular. No que diz respeito às camadas de células, o tecido epitelial pode ser dividido em:
Simples: apresenta apenas uma camada de células. Faz absorção 
Estratificado: apresenta múltiplas camadas celulares. Encontrado na pele e em lugares que precisam de proteção
Pseudoestratificado: apresenta apenas uma camada de células, entretanto, possui um aspecto que dá a falsa impressão de possuir várias camadas celulares. Isso ocorre porque as células possuem tamanhos variados, e a localização do núcleo é diferente em cada célula.
Observe a diferença entre tecido epitelial simples, estratificado e pseudoestratificado.
O tecido epitelial de revestimento pode ser ainda classificado de acordo com o formato das células. De acordo com essa classificação,temos:
Epitélio cúbico: tecido com células em formato cúbico.
Epitélio colunar: tecido com células alongadas. Forma células do sistema respiratório 
Epitélio escamoso: tecido com células achatadas, que lembram azulejos. São as que formam o tecido que reveste a ´pele
Epitélio de transição: tecido com formato de células que varia de acordo com a distensão do órgão no qual é encontrado. No tecido da bexiga urinária, por exemplo, as células tornam-se mais achadas quando esse órgão está cheio. Já quando a bexiga está vazia, as células ficam com formato mais globoso.
 
As células do tecido epitelial glandular produzem substâncias chamadas secreções, que podem ser utilizadas e outras partes do corpo ou eliminadas do organismo. Essas secreções podem ser:
Mucosas, quando espessas e ricas em muco, Ex. glândulas salivares
Serosas, quando fluidas, aquosas, claras e ricas e proteínas. Ex. glândulas secretoras do pâncreas
Podem também ser mistas, quando ocorrem secreções mucosas e serosas juntas. Ex. Glândulas salivares parótidas.
As glândulas podem ser unicelulares, como a glândula caliciforme (que ocorre por exemplo, no epitélio da traqueia), ou multicelulares, como a maioria das glândulas.
Em amarelo glândulas caliciformes do intestino.
  
Em verde a parte secretora de glândulas multicelulares exócrina e endócrina, respectivamente.
As glândulas multicelulares originam-se sempre dos epitélios de revestimento, por proliferação de suas células para o interior do tecido conjuntivo subjacente e posterior diferenciação.
Três tipos de glândulas multicelulares
Glândulas exócrinas: apresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo (como as glândulas salivares);
Glândulas endócrinas: não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireoide, glândulas paratireódeas e glândulas adrenais;
Lamina basal conecta tecido epitelial ao tecido conjuntivo da derme. É formada por polissacarídeos e colágeno. As células hemidesmossomos fazem a fixação do tecido epitelial com a lamina basal 
Glândulas mistas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela secreção dos hormônios insulina e glucagon. Esses hormônios atuam, respectivamente, na redução e no aumento dos níveis de glicose no sangue.
Sistema Tegumentar
A pele é composta de:
 Epiderme: camada celular superficial.
 Derme: camada de tecido conectivo profunda.
Epiderme
A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina. Nessa camada é intensa a atividade de divisão celular mitótica, que repõe constantemente as células perdidas no desgaste diário a que a superfície desse tecido está sujeito. À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas” para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele.À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente, a queratina.
A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marrom-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células. Enzima tirosinase converte em melanina, albinismo e vitiligo ocorrem por a degeneração da melanina
Derme
A derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.
A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. São as fibras da derme que conferem resistência e elasticidade à pele.
A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células.
A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.
Os vasos sanguíneos da derme são responsáveis pela nutrição e oxigenação tanto das células dérmicas quanto das células epidérmicas. Nos mamíferos os vasos sanguíneos da derme desempenham um importante papel na manutenção da temperatura corporal. Quando a temperatura do corpo sobe, impulsos nervosos provocam a dilatação dos vasos sanguíneos da derme; com isso, maior quantidade de sangue passa a circular na pele, levando ao aumento da irradiação de calor para o meio, o que faz o corpo esfriar. Já quando a temperatura corporal diminui, os vasos sanguíneos da pele se contraem; com isso, menos sangue passa a circular na superfície do corpo, o que reduz a perda de calor.
Tecido subcutâneo (hipoderme)
Sob a pele há uma camada de tecido conjuntivo frouxo – o tecido subcutâneo – rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas). A gordura armazenada no tecido subcutâneo constitui reserva de energia e atua como isolante térmico. 
Anexos da Pele
Pelos: Pelos são estruturas filamentosas de queratina, presentes exclusivamente em mamíferos. Inseridos no folículo piloso. Certas espécies têm pelos abundantes, que constituem uma pelagem protetora isolante. Na espécie humana, com exceção dos cabelos, os pelos são curtos e ralos, concentrando-se nas axilas e em torno dos órgãos genitais.
A parte do pelo localizada dentro da pele é denominada raiz e a parte visualizada é chamada de haste Na base do folículo há o bulbo a região germinativa do pelo que sofre mitoses para o crescimento. No bulbo há uma região chamada papila pilosa que é vascularizada é serve para nutrir as células da matriz do pelo.
Correlacionado aos folículos pilosos há um conjunto de pequeninos feixes de fibras musculares lisas involuntárias, denominadas eretores dos pelos. Emergem da camada superficial da derme e se inserem no folículo. Colocam-se do lado para onde o pêlo se inclina, e pela sua ação diminuem a obliqüidade do folículo, tornando-o reto.
Os pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactas. O pêlo nasce dentro de uma pequena depressão da pele, o folículo piloso.  No fundo do folículo, células em contínua multiplicação fabricam queratina, morrem e se compactam, originando o pelo.
As células que originam o pelo são nutridas e oxigenadas por capilares sanguíneos presentes junto ao folículo. Cada pelo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite sua movimentação, e a uma ou mais glândulassebáceas, que se encarregam de sua lubrificação. 
 Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos e saculiformes alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face. Cada glândula consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa – os alvéolos, que são em geral de dois a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte. Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um certo número de células epiteliais. Ela produz o sebo que nutre os pelos e evite que se tornem frágeis e mantem a pele macia.
As glândulas sudoríparas situam-se imediatamente abaixo da derme, no tecido subcutâneo. Sua porção mais profunda tem forma enovelada, ligada, o um fino canal, a um poro que se abre na superfície da pele. A secreção das glândulas sudoríparas é o suor, composto de água, sais e um pouco de ureia. O suor tem por função refrescar o corpo, seja quando a temperatura do ambiente se eleva, seja quando a temperatura interna sobe devido ao aumento da atividade.
Unhas são estruturas achatadas, formadas por queratina altamente compactada, presente na ponta dos dedos de mamíferos e primatas, como macacos, artrópodes e o homem. As unhas garantem firmeza à ponta dos dedos. Nos pés dão mais equilíbrio ao caminhar; nas mãos auxiliam a apreenção e a manipulação de objetos.
As unhas crescem a apartir de uma dobra epidérmica localizada próxima à ponta dos dedos, onde células epidérmicas se dividem intensamente, acumulando queratina. As células queratinizadas morrem e se compactam formando a unha. Dentro das unhas há a matriz ungueal composta por células vivas responsáveis por seu crescimento
Sistema Esquelético
 O corpo humano tem aproximadamente 206 ossos. Os ossos contem vasos sanguíneos para oxigenar as células
 Tem a capacidade de regeneração e respondem a estímulos
O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta três importantes funções:
Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência.
Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano). Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.
No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Os ossos são revestidos por uma camada fibrosa de tecido conjuntivo chamada de periósteo eles são vascularizados e possuem irrigação sanguínea, participam da nutrição e ajudam na restauração do ósseo 
O esqueleto é dividido em axial: crânio, coluna vertebral, caixa toraxica (formada por 12 pares de costelas) e osso externo. E apendicular que contem os ossos dos membros inferiores e superiores e dos singolos que os unem ao esqueleto axial 
Crescimento Ósseo
Há um esqueleto cartilaginoso durante a vida embrionária, o qual será quase totalmente substituído por um esqueleto ósseo. É o que se denomina ossificação endocondral (do grego endos, dentro, e chondros, cartilagem).
  
Os ossos começam a se formar a partir do segundo mês da vida intra-uterina. Ao nascer, a criança já apresenta um esqueleto bastante ossificado, mas as extremidades de diversos ossos ainda mantêm regiões cartilaginosas que permitem o crescimento. Entre os 18 e 20 anos, essas regiões cartilaginosas se ossificam e o crescimento cessa. Nos adultos, há cartilagens em locais onde a flexibilidade é importante (na ponta do nariz, orelha, laringe, parede da traqueia e extremidades dos ossos que se articulam)
. Juntas e Articulações
Juntas é o local onde dois ossos se tocam. Algumas são fixas (ex.: crânio), onde os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas (ex.: articulações), os ossos são móveis, permitindo ao esqueleto realizar movimentos.
Articulação
Os ossos de uma articulação têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos, que estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.
Quanto à forma, os ossos podem ser longos, curtos e chatos. Os ossos longos apresentam o comprimento maior que a largura e a espessura. Exemplos: o fêmur (o osso da coxa), o úmero (o osso do braço) e a tíbia (um dos ossos da perna).
Os ossos curtos apresentam comprimento, largura e espessura quase iguais. Exemplos: a patela, popularmente chamada de “rótula” (osso do joelho)., os ossos do carpo (alguns dos ossos da mão) e do tarso (alguns dos ossos do pé). Os ossos chatos são finos e achatados. Exemplos: a escápula, osso situado na região do ombro, as costelas e os ossos do crânio.
Sistema Muscular
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.
Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar...
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do sistema nervoso.
Tipos de músculos
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculo no corpo humano:
Músculo não estriado (músculo liso);
Músculo estriado esquelético;
Músculo estriado cardíaco.
Os músculos não estriados têm contração lenta e involuntária, isto é, os movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da nossa vontade
Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos pêlos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como o esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, músculos associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de sangue no organismo.
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões. Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos obedecem a nossa vontade. Exemplos: os músculos das pernas, dos pés, dos braços e das mãos. O músculo estriado cardíaco é o miocárdio, o músculo do coração, que promove os batimentos cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária. 
Suas quatro principais funções são: Movimento do corpo, Movimentação das substâncias dentro do corpo, Estabilização das posições e regulação do órgãos e produção de calor
Principais características são. Excitabilidade, Contabilidade, Extensibilidade e Elasticidade.
 Musculo Esquelético: Cada fibra muscular é revestida por uma camada de tecido conjuntivo chamada de Endomísio, elas se agrupam em feixes de fibras musculares que são revestidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada de perimísio O musculo é formado por todos esses feixes que são encobertos por mais uma camada chamada de epimisio. Une-se ao esqueleto pelos tendões que se formam por um alongamento dos misios além das fibras Também há um tecido conjuntivo denso que mantem os músculos unidos é chamado de fáscia muscular que recobre grupos de músculos Para a contração se necessita um de estimulo de neurônios motores que geram o potencial de ação muscular, a contração também exige de bastante energia Uma artéria e duas veias acompanham cada nervo do musculo e cada fibra tem contato com os capilarese os neurônios motores. Unidade motora é o conjunto do neurônio motor e as fibras que ele inerva
Contração muscular: Sarcomero são compartimentos aonde se organizam as proteínas musculares actina e miosina. No repouso elas não se tocam, elas querem se atrair mas existe o complexo tropomioninatropomiosina que impede a ligação. Para que o complexo saia do caminho da ligação a tropomina precisa se ligar ao cálcio que sai do caminho e expõe do sitio de ligação da actina e miosina. Mas para que haja cálcio é preciso de estímulos do sistema nervoso, por isso para contrair é preciso primeiro de um estimulo do neurônio motor. Mas a miosina só se ligara caso esteja em seu estado energizado. Quando a miosina toca a actina ela usa energia para fletir sua cabeça e traciona os filamentos de actina para o centro do sarcomero, é quando esses filamentos deslizam sobre os filamentos de miosina e consequentemente o encurtamento do sarcomero. Depois a miosina volta a sua conformação normal.

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