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portfolio e resumo de histologia (tecidos e sistemas) com algumas aplicações a fisioterapia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JOAQUIM NABUCO 
FISIOTERAPIA - 3MA 
DISCIPLINA: HISTOLOGIA APLICADA 
PROF. MSC. ANA PAULA SANTOS 
 
 
PORTFÓLIO 
HISTOLÓGICO 
DE 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
Portfólio Histológico apresentado por Gleison 
Rodrigues da Silva na disciplina de Histologia 
Aplicada como requisito da 2 Avaliação no 
curso de Fisioterapia do Centro Universitário 
Joaquim Nabuco. 
 
 
 
 
Paulista-PE, 2020 
 
INTRODUÇÃO 
 
A histologia humana é a ciência que estuda a estrutura e funções dos tecidos e órgãos 
que compõem o corpo humano, sendo muito importante seu estudo para entender o 
funcionamento das tecidos que desempenham papéis fundamentais no corpo. Neste 
portfólio será abordado os os tecidos e alguns sistemas presente no corpo, apresentando 
de forma resumida suas funções, onde estão localizadas, suas estruturas. Aqui também 
há como a fisioterapia pode intervir nesses tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL: ​Apresentar como os tecidos se organizam no corpo, quais 
funções desempenham, suas principais características, e também os órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO E GLANDULAR __________________________ 4 
2. TECIDO CONJUNTIVO _________________________________________________________ 7 
2.1 TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO ___________________________________ 10 
2.2 TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO ________________________________________ 12 
2.3 TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO (OSSIFICAÇÃO) ___________________________________ 16 
2.4 TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO ________________________________________________ 20 
2.5 TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEO E HEMATOPOIÉTICO _________________________ 24 
3.0 TECIDO MUSCULAR ___________________________________________________________ 30 
4.0 TECIDO NERVOSO _____________________________________________________________ 36 
5.0 SISTEMA TEGUMENTAR _______________________________________________________ 42 
6.0 SISTEMA CIRCULATÓRIO ______________________________________________________ 48 
7.0 SISTEMA DIGESTÓRIO E ANEXOS _______________________________________________ 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO E GLANDULAR 
O ​tecido epitelial está presente sob duas formas: de revestimento e glandular. 
O ​tecido epitelial de revestimento (TER) é o tecido que reveste toda a 
superfície externa do corpo (epiderme) e as cavidades corporais internas. É 
caracterizado por possuir células poliédricas e justapostas, pouca substância 
extracelular e sem a presença de vasos sanguíneos (avascular). Além disso, 
suas células estão unidas firmemente através dos complexos juncionais. 
Praticamente todas as células epiteliais estão apoiadas sobre um tecido 
conjuntivo, que é de onde elas obtêm sua nutrição. Eles estão separados do 
tecido conjuntivo subjacente pela lâmina basal. A forma das células epiteliais 
varia muito, desde células colunares altas até células pavimentosas, com todas 
as formas intermediárias entre estas duas. O núcleo dos vários tipos de células 
epiteliais tem forma característica, variando 
de esférico até alongado ou elíptico. As células da epiderme são renovadas na 
região da membrana basal por divisão celular. Daí, as células migram da 
camada germinativa em direção à superfície, tornando-se queratinizadas ao 
longo do caminho. Ao chegarem na superfície, morrem e descamam. Sua 
origem embrionária vem da ectoderme, mesoderme e endoderme. As suas 
principais funções são: revestimento (pele), absorção de moléculas (intestino), 
secreção (glândulas), sensorial (neuroepitélio olfatório e gustativo) e contração 
(células mioepiteliais). 
 
funções do epitélio. medresumos 2016 - histologia 
 
Os epitélios podem ser classificados de acordo com o número de camadas de 
células entre a lâmina basal e a superfície livre e pela morfologia das células 
epiteliais. Quando o epitélio é composto por uma única camada de células, ele 
é denominado de epitélio simples; quando ele é composto por mais de uma 
camada de células, ele é denominado epitélio estratificado. Quanto à 
morfologia, as células podem apresentar-se pavimentosas (achatadas como 
pedras de pavimento), cubóides ou colunares (prismática ou cilíndrica). Os 
epitélios estratificados são classificados apenas pela morfologia das células da 
camada superficial. Além destas duas grandes classes de epitélios, que são 
identificados pela morfologia celular, há dois outros tipos distintos: 
pseudoestratificado e de transição. 
Portanto, o epitélio simples pode ser: pavimentoso, colunar ou 
pseudoestratificado; e o epitélio estratificado é classificado em: pavimentoso, 
cubóide, colunar ou de transição. 
 
classificação do T.E.R. medresumos 2016 - histologia. 
 
 
O epitélio acima é simples (apresenta apenas uma camada de células) e colunar. brasilescola.uol.com.br 
 
 
O tecido acima é estratificado (apresenta mais de uma camada de células) e pavimentoso. 
brasilescola.uol.com.br 
 
O ​tecido epitelial glandular é um epitélio cujas células têm capacidade de 
liberar alguma substância. Ele se origina de células epiteliais que abandonam a 
superfície da qual se formaram e penetram no tecido conjuntivo adjacente. Os 
elementos secretados normalmente são: polipeptídeos, hormônios, substâncias 
ricas em lipídios e carboidratos, etc. Com base no método de distribuição de 
seus produtos de secreção, as glândulas são classificadas em dois grandes 
grupos: Glândulas exócrinas: secretam seus produtos através de ductos, para 
a superfície epitelial, interna ou externa, da qual se originaram. 
 
forma mais simples de glândula exócrina, sendo representadas por células secretoras isoladas em um 
epitélio. medresumos 2016 - histologia. 
 
Glândulas endócrinas: não possuem ductos, tendo perdido suas ligações com 
o epitélio do qual se originaram, e secretam seus produtos nos vasos 
sanguíneos ou linfáticos para serem distribuídos. 
 
A Fisioterapia Dermato-Funcional, que tem como objetivo a recuperação físico, 
estético e funcional das alterações decorrentes dos distúrbios 
endócrinometabólicos, tegumentares, vasculares e de cicatrização do 
organismo. O fisioterapeuta, por meio de recursos físicos, pode atuar nas 
diversas alterações do padrão estético como: acne, cicatrizes hipertróficas, 
fibro edema gelóide, entre outras. Um recurso muito utilizado nessa área é o 
ácido, os ácidos são todas as substâncias que possuem seu potencial 
hidrogeniônico (pH) inferior ao da pele, transformando-a em uma região 
ácida,proporcionando uma descamação cutânea que pode ser desde uma 
simples esfoliação até o alcance de um peeling. O termo peeling deriva do 
inglês to peel, que significa descamar,compreendido como um procedimento 
destinado a produzir uma renovação celular da epiderme. Esses procedimentos 
são indicados para estimular o processo de renovação celular que ocorre na 
epiderme, normalmente, a pele jovem demora cerca de 21 dias para promover 
regeneração celular da epiderme corporal e 14 dias para a epiderme do couro 
cabeludo, porém se torna mais lenta com o passar do anos, sendo necessários 
esses tratamentos. 
 
2. TECIDO CONJUNTIVO 
O ​tecido conjuntivo ou conectivo, forma um conjunto contínuo com os tecidos 
epiteliais, muscular e nervoso, a fim de manter o corpo funcionalmenteintegrado. Ele é originado do mesoderma embrionário. Suas funções são; 
- Sustentação estrutural: estabelecimento e manutenção da forma do 
corpo. Ligamentos, cartilagens, tendões que prendem os músculos aos 
ossos. 
- Servir de meio para trocas: nutrientes e oxigênio. 
- Defesa e proteção: células fagocitárias e imunocompetentes (que 
produzem anticorpos) e células produtoras de substâncias 
farmacológicas (que regulam a inflamação). 
- Protegem formando uma barreira física contra invasão e traumas 
mecânicos. 
- Regeneração. 
- Armazenamento de gorduras. 
 
Esse tecido é caracterizado por ter inúmeros tipos de células, separadas por 
abundante material extracelular produzido por elas, outra características sua é 
por ser um grupo diversificado de tecidos com várias funções e também por 
possuir uma alta vascularização. 
Sua matriz celular é composta fundamentalmente de fibras que resistem à 
tração e compressão. A matriz extracelular conjuntiva consiste em diferentes 
combinações de proteínas fibrosas e de substância fundamental. Elas são: 
- Substância Fundamental Amorfa (SFA): material hidratado amorfo. É 
composto por: 
Glicosaminoglicano (GAGs), Proteoglicanos e Glicoproteínas de Adesão. 
- Fibras: também é um dos principais constituintes da matriz extracelular e 
podem ser de três tipos: Fibras Colágenas (Tipo I ao Tipo XX): são fibras 
inelásticas e possuem grande resistência à tração. São constituídas por 
subunidades finas ou tropocolágenos. São sintetizados pelos 
fibroblastos. Fibras Elásticas: são constituídas por elastina (responsável 
por sua elasticidade), cujos principais componentes são: glicina e 
prolina, e microfibrilas que dão estabilidade e Fibras Reticulares: pouco 
resistentes, encontrados em órgãos hematopoiéticos (medula óssea, 
timo, baço, fígado e rins). 
- Fluido Intersticial: Água, íons, pequenas moléculas e proteínas de baixo 
peso molecular. 
 
 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito. Percebe-se uma grande matriz extracelular. todamateria.com.br 
 
As células do tecido conjuntivo estão agrupadas em duas categorias: células 
fixas e células transitórias. As células fixas são populações de células 
residentes que se desenvolvem e permanecem no local do tecido conjuntivo 
onde exercem suas funções. Possuem vida longa. Estão incluídos neste grupo 
os: fibroblastos(cicatrização), pericitos(podem se diferenciar em células de 
músculos lisos e de células endoteliais após lesões), células adiposas(sintetiza, 
armazena e libera gorduras), mastócitos(participam no processo inflamatório e 
nas reações de hipersensibilidade imediata por armazenarem histamina e 
heparina) e macrófagos(fagocitose). 
 
O tecido conjuntivo é classificado em tecido conjuntivo propriamente dito e 
tecidos conjuntivos especializados (osso, sangue e cartilagem), e ainda existe 
o tecido conjuntivo embrionário. O tecido conjuntivo embrionário inclui o tecido 
mesenquimatoso e o tecido mucoso. 
- O Tecido Mesenquimatoso está presente somente na fase embrionária, 
formada por células mesenquimatosas (células que possuem atividade 
mitótica dando origem a maioria das células do tecido conjuntivo frouxo) 
imersas em uma substância fundamental gelatinosa contendo fibras 
reticulares dispersas. 
- O Tecido Mucoso é um tecido conjuntivo frouxo amorfo possuidor de 
uma matriz gelatinosa composta basicamente de ácido hialurônico e 
esparsamente povoada por fibras de colágeno tipo I. III e fibroblastos. 
Este tecido também é denominado geleia de Wharton e é encontrado 
somente no cordão umbilical e no tecido conjuntivo subdérmico do 
embrião. 
 
 
tecidos conjuntivos especializados. todamateria.com.br/tecido-conjuntivo/ 
 
2.1 TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO 
Os quatro tipos reconhecidos ​tecido conjuntivo propriamente dito são: 
tecido conjuntivo frouxo, denso, reticular e adiposo. Diferem em sua histologia, 
localização e função. 
- Tec. Conjuntivo Frouxo (ou Areolar): é composto por fibras dispostas 
frouxamente e por células dispersas incluídas em uma substância 
fundamental gelatinosa. Ele preenche os espaços do corpo abaixo da 
pele, fica abaixo do revestimento mesotelial da cavidade interna do 
corpo, está associado à adventícia dos vasos sanguíneos e envolve o 
parênquima das glândulas. 
- Tec. Conjuntivo Denso: é formado por uma quantidade maior de fibras e 
menor de células quando comparado ao tecido conjuntivo frouxo. É 
classificado quanto a disposição de suas fibras. Pode ser: 
- Tec. Conjuntivo Denso Não Modelado: as fibras estão dispostas 
irregularmente. Resistente a trações em todas as direções. 
- Tec. Conjuntivo Denso Modelado: pode ser de colágeno (composto por 
fibras de colágenos compactas orientadas em cilindros que resistem a 
trações). 
E pode ser também elástico possuindo fibras elásticas paralelas umas 
as outras, formando lâminas delgadas ou membranas fenestradas. 
- Tec. Reticular:é formado por fibras de colágeno tipo III secretados 
pelos fibroblastos. 
 
nesta foto podemos reparar em algumas características, como o tecido conjuntivo frouxo se localizando 
abaixo do epitélio e conjuntivo denso com uma quantidade menor de células porém com mais fibras. 
medpri.me 
 
Um dos problemas que podem ocorrer no tecido conjuntivo é a presença de 
edemas, que é o aumento do líquido intersticial, seja ele provocado por 
obstrução de vasos linfáticos por infecções parasitárias, obstrução venosa ou 
dificuldade de retorno do sangue venoso: insuficiência cardíaca ou por 
desnutrição que causa redução do volume proteico sanguíneo e diminuição da 
pressão osmótica. 
 
comparações de edemas a um pé normal.alinelage.com.br 
 
A fisioterapia dispõe de algumas técnicas e recursos utilizados para o 
tratamento desses edemas, são eles: drenagem linfática manual, terapias 
compressivas e exercícios miolinfocinéticos. 
 
2.2 TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO 
A cartilagem possui uma matriz firme e flexível resistente às tensões 
mecânicas e secreta a matriz a qual se torna presa. A cartilagem está 
envolvida na formação óssea endocondral (servindo de molde para os ossos) e 
formação óssea intramembranosa (formação de ossos chatos a partir de 
membranas pré-existentes). 
 
Características gerais 
- Tecido conjuntivo especializado, sendo um pouco mais rígido que o TCPD e 
mais flexível. 
- Consistência rígida. 
- Superfície ligeiramente elástica e muito lisa. 
- Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. 
- Tem metabolismo baixo. 
 
Funções 
- Suporte de tecidos moles; 
- Reveste superfícies articulares; 
- É essencial para a formação e crescimento dos ossos longos; 
- Facilita o deslizamento dos ossos longos nas articulações: reveste 
extremidades ósseas nas articulações protegendo-as de maiores atritos; 
- Forma o molde inicial de muitos ossos durante o desenvolvimento 
embrionário. 
 
Uma das funções do tecido cartilaginoso é revestir articulações, de forma a facilitar o deslizamento e 
amortecer choques. biologianet.com 
 
Os condroblastos são células situadas no pericôndrio semelhantes a 
fibroblastos, e estão próximas à cartilagem, podendo facilmente multiplicar-se 
por mitose. Originam os condrócitos (os condroblastos criam lacunas e formam 
os condrócitos). Os condrócitos, ​in vivo​, ocupam toda a lacuna; nos preparados 
histológicos aparecem retraídos. Suasprincipais características são: 
- Os periféricos são achatados e os centrais mais arredondados; 
- Tem núcleo grande, nucléolo proeminente, citoplasma pouco corado, muitas 
mitocôndrias, RER, e Complexo de Golgi desenvolvido; 
- Secretam colágeno, principalmente o tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas; 
- Vivem sob baixas tensões de oxigênio, degradando a glicose por mecanismo 
anaeróbio 
- Os nutrientes chegam do sangue por difusão, através da água de solvatação 
e pelo bombeamento promovido pelas forças de compressão. 
 
O tecido cartilaginoso é constituído por dois tipos celulares (condroblastos e condrócitos) e uma matriz. 
biologianet.com 
 
A composição da matriz é composta por: 
- Proteoglicanas 
- Compostos de agrecana preenchem o interstício entre os feixes de fibras 
colágenas 
- As cadeias laterais de GAGs das PGs formam pontes eletrostáticas com 
colágeno. A glicoproteína de adesão condronectina conecta os condrócitos à 
MEC. 
 
Obs¹: O ácido hialurônico liga-se as proteoglicanas, fixando as fibras 
colágenas, dando à cartilagem a sua resistência característica. A condronectina 
vai fixar as fibras colágenas às células da cartilagem. 
Obs²: A consistência firme da cartilagem se deve às ligações eletrostáticas 
entre as GAGs sulfatados e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas 
de águas presas às GAGs. 
 
A cartilagem não tem vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos. Suas células 
recebem nutrientes do tecido conjuntivo vascularizado que o envolve. A matriz 
extracelular é composta por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, fibras de 
colágeno e fibras elásticas, dando à cartilagem função amortecedora, além 
disso, cobre a superfície articular dos ossos, possibilitando o deslizamento sem 
fricção. 
O pericôndrio é uma bainha de tecido conjuntivo que cobre a maior parte da 
cartilagem. É composta por uma camada fibrosa externa e uma camada celular 
interna que secreta matriz extracelular. Ela é vascularizada, fornecendo 
nutrientes para cartilagem. Suas funções são de servir como fonte de novos 
condrócitos para o crescimento, além da nutrição da cartilagem. 
- Externa: fibrosa (colágeno tipo I), com fibroblastos e vasos sanguíneos; 
- Interna: celular (células condrogênicas). 
 
A cartilagem hialina é a mais abundante no corpo e é composta principalmente 
por fibras de colágeno tipo II. Podem ser encontrados na superfície articular 
dos ossos, anéis dos brônquios e traquéia, nariz e laringe. Esta cartilagem 
constitui um molde de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário 
(forma o primeiro esqueleto do embrião). a cartilagem hialina é originada de 
células mesenquimatosas que se reúnem para formar massas densas 
denominadas centro de formadoras de cartilagem. 
 
As células da cartilagem hialina são: 
- Células Condrogênicas: são células fusiformes originadas de células 
mesenquimatosas e podem se diferenciar em condroblastos e células 
osteoprogenitoras. 
- Condroblastos: são originadas de duas fontes: as células condrogênicas da 
camada celular externa do pericôndrio e as células mesenquimatosas. 
- Condrócitos: são condroblastos envolvidos pela matriz extracelular. A matriz 
extracelular em torno dos condrócitos e pobre em colágeno e rica em 
condroitino-sulfato, o que contribui para a basofilia, metacromasia (capacidade 
de mudar a cor do corante) e a reação PAS+ (para determinar a presença do 
muco) dessa região (Matriz Territorial); A Matriz Interterritorial é mais rica em 
colágeno II e pobre em proteoglicanas. 
 
A matriz da cartilagem hialina é formada por fibras de colágeno tipo II, 
proteoglicanos e fluídos e extracelular. A matriz extracelular é dividida em duas 
regiões: matriz territorial, rica em colágeno e pobre em proteoglicanos; e a 
matriz interterritorial, pobre em colágeno tipo II e rica em proteoglicanos. 
 
A cartilagem elástica assemelha-se a cartilagem hialina exceto por possuir 
fibras elásticas na matriz e no pericôndrio. Está presente no pavilhão da orelha, 
tuba auditiva interna e externa, epiglote e laringe. Ao contrário da cartilagem 
hialina e elástica, a fibrocartilagem não possui pericôndrio e sua matriz possui 
fibras de colágeno tipo I. Ela está presente nos discos intervertebrais, na sínfise 
púbica, nos discos articulares e ligadas aos ossos. 
 
Alguns hormônios possuem alguns efeitos sobre a cartilagem como estimular 
ou inibir o crescimento da cartilagem e a formação da matriz, e algumas 
vitaminas possuem efeitos como reduzir a largura dos discos epifisários, 
acelerar calcificação dos discos epifisários, inibir a síntese da matriz e modificar 
arquitetura do disco epifisário, levando ao escorbuto e também quando a matriz 
não se calcifica verdadeiramente causando raquitismo. 
 
Assim como já vimos na parte de tecido epitelial, a fisioterapia 
dermatofuncional pode atuar nas diversas alterações do padrão estético como: 
acne, cicatrizes, hipertrofias e etc. Podendo destacar as estrias, que são 
caracterizadas por uma atrofia da pele, devido ao rompimento das fibras 
elásticas presentes na derme. Elas formam lesões paralelas, surgindo 
principalmente nas coxas, nádegas, abdômen, mamas e dorso do tronco ( nos 
homens). Existem alguns recursos utilizados para melhorar, como a 
galvanopuntura ou eletrolifting. Esta técnica pode ser aplicada utilizando eletros 
com ou sem agulha. Consiste na utilização da corrente galvânica atuando em 
microamperagem (µA) com o objetivo de suavizar estrias e alterações das 
linhas de expressão que se formam na face devido à contração muscular. 
 
aplicação. nemtudoedefisio.wordpress.com 
 
2.3 TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO 
Os ossos formam o esqueleto, estrutura essencial de sustentação do corpo 
humano. Ele também protege órgãos vitais como o encéfalo, medula espinhal, 
coração e pulmão além de servir de local para inserção de músculos, 
participando do sistema locomotor e participar do armazenamento de minerais, 
principalmente o cálcio. Os ossos contêm uma cavidade interna que abriga a 
medula óssea, órgão hematopoiético responsável pela produção das células do 
sangue. Todos os ossos são recobertos, tanto na superfície interna como na 
externa, por camadas de tecido contendo células osteogênicas. Internamente, 
tem-se o endósteo (tecido conjuntivo frouxo), que contém uma camada de 
células osteogênicas e osteoblastos. Externamente, o osso é revestido pelo 
periósteo (tecido conjuntivo denso), que nele é composto por fibras externas de 
colágeno tipo I e substância fundamental rica em proteoglicanos e 
glicoproteínas. 
 
O tecido ósseo é um tecido resistente que forma os nossos ossos. https://brasilescola.uol.com.br 
 
A matriz óssea, considerada como material extracelular calcificado, é 
constituída por componentes orgânicos e inorgânicos. Como não existe a 
difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos 
osteócitos depende de canalículos que perfuram esta matriz. Esses canalículos 
possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os 
capilares sanguíneos e os osteócitos. A parte inorgânica dos ossos constitui 
cerca de 65% de seu peso seco. Os principais constituintes são: cálcio, fósforo, 
magnésio, citratos e bicarbonato. O cálcio e fósforo estão presentes na forma 
de cristais de hidroxiapatitaque está ordenada entre as fibras de colágeno tipo 
I dando ao osso força e dureza. Os cristais atraem água formando a capa de 
hidratação, permitindo trocas de íons com o fluido extracelular.O componente 
orgânico do osso é composto principalmente por fibras de colágeno tipo I, mas 
também é possível identificar outras estruturas como glicosaminoglicanos 
sulfatados. 
As células osteoprogenitoras são originárias das mesenquimatosas 
embrionárias, elas têm a capacidade de realizar mitose e se diferenciar em 
osteoblastos. As células osteoprogenitoras são mais abundantes no período de 
crescimento ósseo intenso. Os osteoblastos são produzidos a partir da 
diferenciação das células osteoprogenitoras, sua principal função é a secreção 
de matriz óssea orgânica. Estão localizados na superfície dos ossos como 
células colunares ou cubóides. Além disso, os osteoblastos lançam 
prolongamentos curtos que entram em contato para formar as junções 
comunicantes. Ao fazer a exocitose da matriz óssea, os osteoblastos vão se 
envolvendo por essa matriz, ficando situados em regiões denominadas 
lacunas, para formar os osteócitos. A maior parte da medula óssea vai ser 
calcificada entre a matriz e os osteoblastos formando-se uma camada delgada 
que os separam: o osteóide. Os osteócitos são células ósseas maduras 
derivadas dos osteoblastos que ficaram aprisionados dentro das lacunas da 
matriz extracelular calcificada. Das lacunas, irradiam canalículos que abrigam 
os prolongamentos citoplasmáticos dos osteócitos. Esses prolongamentos 
entram em contato entre si, formando junções comunicantes, permitindo a 
comunicação de íons e pequenas moléculas. 
Os osteócitos são essenciais para a produção da matriz óssea, e sua morte é 
seguida por reabsorção da matriz. Os osteoclastos são células gigantes e 
multinucleadas derivadas de um precursor na medula óssea comum com os 
monócitos: a célula progenitora granulocítica 
macrófago. Os osteoclastos desempenham papel na reabsorção óssea 
(participam dos processos de remodelação dos ossos). 
Obs: A atividade de reabsorção óssea dos osteoclastos é regulado por dois 
hormônios: o paratormônio (estimula os osteoblastos a liberar OPGL, 
estimulando, assim, a ação dos osteoclastos) e a calcitonina, produzidos 
respectivamente pela paratireóide e tireóide. 
 
células do tecido ósseo. medresumos 2016 histologia 
 
Os ossos são classificados de acordo com sua forma anatômica: 
- Ossos Longos: Corpo situado entre duas cabeças. Ex: Tíbia 
- Ossos Curtos: Possuem aproximadamente mesma largura e comprimento. 
Ex: Ossos do Carpo 
- Ossos Chatos: São achatados delgados semelhantes a placas. Ex: Ossos da 
caixa Craniana 
- Ossos Irregulares: Têm forma irregular. Ex: Esfenóide e Etmóide 
- Ossos Sesamóides: Formam-se dentro de tendões. Ex: Patela 
 
Em uma observação mais atenta aos ossos é possível classificar os ossos em 
compactos e esponjosos. Além disso, é possível identificar nos ossos 
esponjosos as trabéculas e espículas. Estas se projetam da a superfície interna 
do osso compacto para a cavidade da medula. A medula óssea é composta por 
dois tipos: medula óssea vermelha, produtora de células do sangue e a medula 
amarela constituída principalmente por gordura. O corpo de um osso longo é 
composto por duas epífises separadas pela diáfise. Em pessoas em 
crescimento é possível identificar a placa epifisária, que separa a diáfise da 
epífise. A superfície articular dos ossos é revestida por cartilagem hialina, 
altamente polida, que reduz a fricção dos ossos que se articulam. A placa 
epifisária e a metáfise são responsáveis pelo crescimento do osso em 
comprimento. A diáfise é coberta pelo periósteo exceto nos tendões e onde os 
músculos se inserem no osso e na superfície articular dos ossos. O periósteo é 
formado por tecido conjuntivo denso não-modelado, rico em fibras colágenas e 
são fixas nos ossos pelas fibras de Sharpey. A camada externa ajuda a 
distribuir o suprimento sanguíneo enquanto a camada celular interna possui 
células osteoprogenitoras e osteoblastos. 
 
observação macroscópica de um osso. meresumos 2016 histologia 
 
Na observação microscópica é possível identificar dois tipos de ossos: Primário 
e secundário. - Primário (Imaturo/não lamelar): é o primeiro osso a se formar 
durante o desenvolvimento fetal e durante a reparação óssea. Ele é rico em 
osteócitos e em feixes de colágeno não modelado, que, mais tarde serão 
substituídos por osso secundário. 
- Secundário (maduro/lamelar): é osso maduro composto por lamelas paralelas 
ou concêntricas. Nesses ossos apresentam trabéculas que se ligam com 
lacunas vizinhas formando uma rede de canais intercomunicantes, que 
facilitam o fluxo de nutrientes hormônios, íons e produtos do catabolismo dos e 
para os osteócitos. 
 
Durante o desenvolvimento embrionário, a formação do osso pode ocorrer de 
duas maneiras: intramembranosa ou endocondral. O primeiro osso a se formar 
é o osso primário, que mais tarde será reabsorvido e substituído pelo 
secundário, que permanece por toda vida e é reabsorvido lentamente. 
 
A calcificação começa quando há deposição de fosfato de cálcio sobre a fibrila 
de colágeno. Esta calcificação é estimulada por alguns proteoglicanos e pela 
osteonectina. 
 
No adulto, a formação e a reabsorção de osso permanecem em equilíbrio, 
enquanto o osso é remodelado para atender às forças aplicadas sobre ele. A 
estrutura interna do osso adulto é remodelada continuamente com novo osso 
sendo formado e o osso morto ou o que está morrendo, sendo absorvidos. 
 
Após uma lesão, osso sofre uma série de processos de reparo (formação 
óssea intramembranosa e endocondral) responsável pela volta de sua 
integridade. 
 
As articulações podem ser classificadas em : 
- Diartroses ou Articulações Sinoviais: são articulações móveis que permitem 
movimentos amplos. 
- Sinartroses ou Articulações Fibrosas: As articulações fibrosas incluem todas 
as 
articulações nas quais os ossos são mantidos por tecido conjuntivo fibroso 
também conhecido como ligamento sutural. Sincondroses:cartilagem do tipo 
hialina que, com o passar do tempo (fim do crescimento), ossificam, passando 
a se chamar sinostoses e Sindesmoses: articulações fibrosas localizadas entre 
os ossos longos do esqueleto apendicular do antebraço e da perna. 
 
Um dos problemas que podem acometer o tecido ósseo é a osteoporose, que é 
a diminuição da massa óssea devido à queda dos níveis de estrógeno, 
diminuindo a atividade de osteoblastos. Com isso, a reabsorção óssea por 
meio dos osteoclastos passa a ser maior. Na osteoporose, a fisioterapia é 
indicada para prevenir complicações, como deformidades e fraturas ósseas, e 
também fortalecer os músculos, ossos e articulações, para assim melhorar a 
qualidade de vida do paciente. Ela ainda conta com os benefícios cardíacos e 
respiratórios, além de melhorar o equilíbrio da pessoa, que ajuda também a 
evitar quedas. 
 
comparação entre um osso normal e um com osteoporose. https://drauziovarella.uol.com.br 
 
2.4 TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO 
As células adiposas são células completamente diferenciadas cuja função é 
sintetizar, armazenar e liberar gorduras. Os adipócitos são originados de 
células mesenquimatosasindiferenciadas (tecido conjuntivo mesenquimatoso). 
Eles funcionam na síntese e armazenamento de triglicerídeos. Constitui cerca 
de 20 à 25% do peso corporal na mulher, estando mais concentrado no quadril, 
coxas, nádegas e seios, e cerca de 15 à 20% no homem, localizando-se 
principalmente na região abdominal. O tecido adiposo é composto por 
adipócitos uniloculares e multiloculares. As principais diferenças estão 
relacionadas a vascularização e a atividade metabólica. 
 
Suas funções são: 
- Reserva energética. 
- Modelamento do corpo. 
- Proteção contra impactos. 
- Isolamento térmico do organismo. 
- Preenchimento de espaços. 
- Manutenção de certos órgãos em suas posições normais. 
- Atividade secretora: o tecido adiposo pode ser considerado a maior glândula 
do corpo, pois secreta a leptina que atua em nível de hipotálamo dando a 
sensação de satisfação. 
 
Acredita-se que o tecido adiposo seja originado por dois processos distintos: 
(1) formação primária de gordura que ocorre na vida fetal por grupo de células 
epitelióides precursoras, que se localizam em locais específicos do feto, 
acumulando gotículas de lipídios na forma de tecido adiposo multilocular. (2) 
No fim da vida fetal, as células precursoras fusiformes, diferenciam-se em 
muitas áreas do tecido conjuntivo do feto formando uma única gotícula em 
cada célula, compondo o tecido adiposo unilocular. 
 
histogênese do tecido adiposo. medresumos 2016 histologia 
 
O tecido adiposo unilocular tem algumas características como, a cor do tecido 
unilocular varia entre branco e amarelo escuro dependendo da dieta, apresenta 
uma única gotícula de gordura e é fortemente irrigada por vasos sanguíneos 
que formam redes de capilares em todos os tecidos, suas células contêm 
receptores para várias substâncias como insulina, hormônio de crescimento, 
noradrenalina e glicocorticóides, que facilitam a captação e liberação de ácidos 
graxos livres e glicerol. 
- Principal reserva de energia a longo prazo 
- Coloração amarela devido a presença de caroteno 
- Extremamente vascularizado 
- Lipídios sob a forma de triacilgliceróis 
- Possuem septos envolvendo cada adipócito dos quais partem fibras 
reticulares 
- Acúmulo influenciado pelo sexo, idade e estado de nutrição 
- Distribuição: criança nos panículo adiposo, na mulher: mamas, quadris, 
nádegas, coxas e axilas e no homem: nuca, parte inferior da barriga, costas e 
flancos. 
 
Já as características do tecido adiposo multilocular é que armazenam gorduras 
em gotículas múltiplas, apresentam cor marrom avermelhada e está presente 
em muitas espécies de mamíferos que hibernam, no recém-nascido humano, 
localiza-se na região do pescoço e na região interescapular, quando 
amadurecem, essas gorduras coalescem tornando-se semelhantes a tecido 
adiposo unilocular. 
- Serve para dissipar energia (principalmente em forma de calor) em vez de 
armazenar 
- Coloração devido ao alto conteúdo de citocromos das mitocôndrias e ao 
extenso suprimento sanguíneo. 
- Lipídios sob a forma de triacilgliceróis. 
- Principal papel termorregulação, fundamental para recém-nascidos. 
- Distribuição: Escasso em pessoas adultas, Feto e recém-nascidos: representa 
2 a 5% do 
peso corporal (escápulas, nas axilas, na região da nuca e ao longo dos 
grandes vasos sanguíneos). 
 
À esquerda, é possível observar o tecido adiposo multilocular, enquanto, à direita, está presente o tecido 
adiposo unilocular. https://brasilescola.uol.com.br 
 
Durante a digestão a gordura é cindida no duodeno pela lípase pancreática em 
ácidos graxos e glicerol. O epitélio intestinal absorve essas substâncias e as 
transforma no retículo endoplasmático liso em triglicerídeos que são envolvidos 
por proteínas formando os quilomícrons. Além disso, lipoproteínas de baixa 
densidade (VLDL) sintetizada pelo fígado e ácidos graxos ligados à albumina 
também estão presentes no sangue. No fígado, as células adiposas 
armazenam VLDL e glicose. 
 
A gordura localizada é uma disfunção que atinge o tecido adiposo, onde essa 
gordura acaba se acumulando em algumas áreas mais do que em outras. A 
fisioterapia dermato-funcional vem sendo procuradas para a resolução deste 
problema de formas menos invasivas possíveis, como a eletrolipólise. A 
Eletrolipólise é uma técnica que utiliza corrente elétrica despolarizada de baixa 
ou média frequência (entre 1 e 4.000Hz), com a finalidade de redução da 
gordura localizada. A frequência de 30Hz: que atua diretamente sobre o 
adipócito pela estimulação elétrica das terminações do sistema nervoso 
simpático. Esta estimulação age de forma a desencadear uma liberação do 
AMP cíclico intra adipocitário, gerando a lipólise. 
 
resultado após o tratamento com eletrolipólise. https://blogfisioterapia.com.br 
 
2.5 TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEO E HEMATOPOIÉTICO 
Tecido sanguíneo 
 
O sangue é um fluido viscoso, levemente alcalino cuja cor varia de vermelho 
brilhante a vermelho escuro, e que corresponde a aproximadamente 7% do 
peso do corpo. O volume total do sangue em um adulto normal é de cerca de 
5L, e ele circula por todo corpo, dentro dos limites do sistema circulatório. O 
sangue é um tecido conjuntivo especializado composto por elementos 
figurados – hemácias, glóbulos brancos e plaquetas em suspensão em um 
componente fluído (matriz extracelular) denominado plasma. 
 
tecido sanguíneo e seus componentes. medresumos 2016 histologia 
 
Suas características: 
- Fluido viscoso 
- Origem mesodérmica 
- Correspondendo a aproximadamente 7% do peso corporal 
- Cor variando de vermelho brilhante (arterial) a vermelho escuro (venoso) 
- Pouco mais denso que a água (1,060) 
- Sabor salgado 
- pH ligeiramente alcalino (7,35 a 7,45) 
 
Suas funções: 
- Transportar gases e alimentos de que necessita as células do organismo. 
- Receber dessas células os produtos do metabolismo e transportá-los para 
serem excretados. 
- Distribuir os produtos das glândulas de secreção interna. 
- Transportar eletrólitos. 
- Auxiliar o equilíbrio acidobásico, da temperatura e osmótico do organismo. 
- Contribuir para defesa do organismo 
 
O plasma é uma solução aquosa contendo componentes de pequeno e de 
elevado peso molecular, que correspondem a 10% do seu volume. As 
proteínas plasmáticas correspondem a 7% e os sais inorgânicos a 0,9%, sendo 
o restante formado por compostos orgânicos diversos, tais como: aminoácidos, 
vitaminas, hormônios e glicose. 
As proteínas presentes no plasma são: 
- Albumina: maior proteína do corpo responsável por manter a pressão 
osmótica coloidal e transporta alguns metabólitos insolúveis. 
- Globulina (α e β): transportam íons metálicos, lipídios ligados a proteínas e 
vitaminas lipossolúveis. 
- Globulina γ: anticorpos da defesa imunológica. 
- Proteínas da Coagulação (protrombina e fibrinogênio): formação de filamentos 
de fibrina. 
- Proteínas do Complemento (C1 a C9): destruição de micro-organismos e 
início da inflamação. 
- Lipoproteínas do Plasma (quilomícrons, VLDL e LDL) 
 
As hemácias são as células mais numerosas do sangue sendo responsáveis 
pelo transporte de oxigênio e CO2 para e dos tecidos do corpo. São células 
anucleadas de formato bicôncavo (nos humanos) que contém grande 
quantidade de hemoglobina, proteína transportadora de O2. Com esse formato, 
a hemácia normal proporciona grande superfície em relação ao volume, o que 
facilita as trocas de gases. Sobre os tipos sanguíneos podemos classificar: 
- Sistema ABO 
 - Tipo A: antígeno A; anticorpo anti-B 
 - Tipo B: antígeno B; anticorpo anti-A 
 - Tipo O: sem antígeno; anticorpo anti-A e B 
 - Tipo AB: antígenos A e B; sem anticorpos 
 
 -Sistema RH 
 - Rh (+) contém antígeno denominado fator Rh 
 - Rh (-) não contém antígeno denominado fator Rh 
 
- Doador universal: Tipo O (-) 
- Receptor universal: Tipo AB (+)hemácias e leucócitos. todoestudo.com.br 
 
Os leucócitos são classificados em duas categorias principais: 
- Granulócitos: possuem grânulos citoplasmáticos específicos. São: neutrófilos, 
eosinófilos e basófilos. 
- Agranulócitos: não possui grânulos específicos. São: linfócitos e monócitos. 
 
Ao contrário das hemácias, os leucócitos não agem na corrente sanguínea, 
mas usam-na como um meio de transporte de uma região do corpo para outra. 
Realizam diapedese. 
Neutrófilos constituem a maioria da população dos glóbulos brancos. Eles são 
fagócitos ávidos, destruindo bactérias que invadem os espaços do tecido 
conjuntivo. São polimorfonucleares, com núcleos formados de 2 a 5 lóbulos 
(mais frequentemente, 3 lóbulos) ligados entre sí por pontes de cromatina. 
Eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos. Fagocitam 
complexos antígeno-anticorpo e matam parasitos invasores. Basófilos são 
semelhantes aos mastócitos (células do tecido conjuntivo que liberam heparina 
e histamina nas reações de hipersensibilidade imediata) apesar de terem 
origens diferentes. O citoplasma é carregado de grânulos maiores do que o dos 
outros granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo. Os basófilos 
liberam agentes farmacológicos que iniciam, mantêm e controlam o processo 
inflamatório. Os linfócitos são agranulócitos e formam a segunda maior 
população de glóbulos brancos do sangue. Dependendo das moléculas 
localizadas em sua superfície, podem ser separados em dois tipos principais: 
linfócitos B e T. Depois de estimulados por um antígeno específico os linfócitos 
B e T ativam-se, proliferam-se e diferenciam-se em duas subpopulações: 
- Células da memória: não participam da resposta imunológica, mas 
permanecem como um clone pronto para montar uma resposta contra 
exposições futuras a um determinado antígeno. 
- Células efetoras (executoras e nulas): podem ser classificadas em B e T. 
- As células efetoras B se diferenciam em plasmócitos que produzem 
anticorpos contra antígenos. 
- Já as células efetoras T se diferenciam em células citotóxicas T (LTc)- CD8 
(exterminadoras), que entram em contato físico e matam as células estranhas 
ou as alteradas por vírus; e as células auxiliares T (LTh)– CD4, responsáveis 
pelo início e desenvolvimento da maioria das respostas imunológicas 
humorais ou celulares. 
- As células nulas são compostas por duas populações distintas: células 
tronco (circulantes, que dão origem a todos os elementos figurados do sangue) 
e as células natural killer (matam algumas células estranhas e as alteradas por 
vírus, sem a influência do timo ou de linfócitos T). 
 
Os monócitos são as maiores células circulantes do sangue e migram para os 
espaços do tecido conjuntivo onde são denominados de macrófagos. Células 
de núcleo ovóide, em forma de rim ou ferradura, geralmente excêntrico. Ao se 
converterem em macrófagos, fagocitam material e partículas indesejáveis, 
produzem citocinas necessárias para respostas inflamatórias e imunológicas e 
apresentam epítopos a linfócitos T. 
 
tipos de leucócitos. sobiologia.com.br 
 
Obs¹: são funções dos leucócitos: 
- Fagocitose: função pela qual certas células animais (amebas, fagócitos) 
absorvem partículas, micróbios, englobando-os por pseudópodes, a fim de 
digeri-los. 
- Quimiotaxia: reação de células ou de organismos a estímulos químicos, 
gerando um tipo de guia até o local onde a célula é necessária. 
- Movimento Amebóide: projeções de pseudópodes semelhantes aos da 
ameba. 
- Diapedese: passagem de glóbulos brancos através das paredes 
(fenestrações) de vasos 
capilares. 
 
As plaquetas são pequenos fragmentos celulares anucleados (mas contém 
organelas), discóides, derivados dos megacariócitos da medula óssea. Em 
caso de lesões, as plaquetas atuam limitando a hemorragia ao revestimento 
endotelial do vaso sanguíneo através da formação da rede de fibrina. 
 
A hemostasia é o processo de prevenir a perda de sangue pelos vasos intactos 
e de parar o sangramento de vasos rompidos. Se dá no seguinte processo: 
1.Vasoconstrição. 
2.Agregação de plaquetas. 
3.Coagulação sanguínea 
 
Tecido hematopoiético 
 
O tempo de vida limitado das células do sangue exige sua renovação 
constante, a fim de manter constante a população de células circundantes. A 
hematopoese (hemocitopoiese) é o processo responsável pela formação de 
células a partir de outras células precursoras existentes na medula óssea. Ela 
pode ocorrer tanto no período pré-natal quanto no pós-natal. 
 
tecido hematopoiético. infoescola.com 
 
A cavidade da medula dos ossos longos e dos interstícios entre as trabéculas 
dos ossos esponjosos abriga um tecido macio, gelatinoso, altamente 
vascularizado e muito rico em células, denominado medula óssea. Ela está 
isolada do osso pelo endósteo e constitui cerca de 5% do peso total do corpo. 
A medula óssea é a principal responsável pela formação de células do sangue 
(hematopoese) e por sua entrada na circulação sanguínea. A medula óssea 
também cria um microambiente favorável para grande parte do processo de 
maturação dos Linfócitos B e para maturação inicial dos Linfócitos T (que será 
completa no timo). 
Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e plaquetas 
se originam a partir de células-tronco da medula óssea vermelha. Conforme o 
tipo de glóbulo formado, o processo recebe os seguintes nomes: eritropoese, 
granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese. Muitos 
linfócitos são formados na medula óssea, porém existe proliferação dessas 
células nos órgãos linfáticos, a partir de linfócitos originados na medula óssea. 
As células sanguíneas passam por muitos estágios de diferenciação e 
maturação na medula óssea, antes de passarem para o sangue. 
 
células-tronco pluripotentes. infoescola.com 
 
Acredita-se que todas as células sanguíneas derivam de um único tipo celular 
da medula óssea, por isso recebe o nome de célula-tronco pluripotente. Estas 
últimas proliferam e originam duas linhagens: a das células linfóides, que vai 
dar origem aos linfócitos, e a das células mielóides, que origina os eritrócitos, 
granulócitos, monócitos e plaquetas. Durante sua diferenciação, os linfócitos 
são transportados pelo sangue para os linfonodos, timo, baço e outros órgãos 
linfáticos, onde proliferam. A hematopoese resulta da proliferação e 
diferenciação simultâneas de células-tronco que, à medida que se diferenciam, 
vão reduzindo sua potencialidade. As células-tronco mielóides originam 
hemácias, granulócitos, monócitos e megacariócitos, aparecendo todos esses 
tipos celulares na mesma colônia. As células-tronco linfóides originam apenas 
linfócitos. 
O processo de hematopoese depende de alguns fatores, como: um 
microambiente adequado e da presença de fatores de crescimento. Esses 
fatores são substâncias denominadas fatores de crescimento ou fatores 
estimuladores de colônias, responsáveis por estimular a proliferação e a 
diferenciação das células imaturas e a atividade funcional das células maduras. 
A “estirpe mielóide” diz respeitos aos eritrócitos, plaquetas, leucócitos 
granulares (neutrófilos, basófilos e eosinófilos) e monócitos-macrófagos. O 
nome do desenvolvimento dessas células recebe o nome de mielopoiese.A 
“estirpe linfóide” diz respeitos, unicamente, aos linfócitos, que podem ser do 
tipo linfócito B e linfócito T, sendo conhecido por linfopoiese o desenvolvimento 
dessas células. 
- Eritrocitopoiese: de acordo com o grau de maturação, as células eritrocíticas 
são chamas de: proeritroblastos, eritroblastos basófilos, eritroblastos 
policromáticos, eritroblastos ortocromáticos (ou acidófilos), reticulócitos e 
hemácias. 
- Granulocitopoiese: o mieloblasto é a célula mais imatura já determinada para 
formar exclusivamente os três tipos de granulócitos. Quando surge nela 
granulações citoplasmáticas específicas, ela passa a receber o nome de 
promielócito neutrófilo, eusinófilo ou basófilo, de acordo com o tipo de 
granulação presente. Os estágios seguintes de maturação são o mileócito, o 
metamielócito, o granulócito com núcleo em bastão e o granulócito maduro 
(neutrófilo, eosinófilo e basófilo). 
- Monopoiese: as plaquetas se originam na medula óssea vermelha pela 
fragmentação de pedaços do citoplasma dos megacariócitos. Este, por sua 
vez, forma-se pela diferenciação dos megacarioblastos. 
- Linfocitopoiese: processo de formação dos linfócitos. A célula mais jovem da 
linhagem é o linfoblasto, que forma o prolinfócito, formando este, por sua vez o 
linfócito maduro. O linfócito B sai maduro da medula óssea, enquanto que os 
linfócitos T migram para o timo para completarem o processo de maturação. 
 
3.0 TECIDO MUSCULAR 
 
Trata-se do tecido formado por fibras musculares e que está presente em 
múltiplos pontos do nosso corpo. O tecido muscular é um tecido de origem 
mesodérmica caracterizado pela presença de ​células​ alongadas, denominadas 
de fibras musculares ou miócitos, com um citoplasma rico em fibras proteicas, 
que conferem a esse tecido a capacidade de contração, capacidade essa que 
promove produção dos movimentos corporais, estabilização das posições 
corporais,​ ​regulação do volume dos órgãos, 
movimento de substâncias dentro do corpo, produção de calor, etc. Sua 
estrutura macroscópica se organiza da seguinte forma: 
 
https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm
 
 
Tipos de Músculos 
 
Existem três tipos de tecido muscular: Músculo Liso (ML)Músculo Estriado 
Cardíaco (MEC) Músculo Estriado Esquelético (MEE). ​Existem diferenças entre 
eles quanto à microscopia, localização e voluntariedade. No primeiro caso, o 
cardíaco e o esquelético apresentam um aspecto de estrias pelo 
posicionamento das miofibrilas no sarcômero, que é a unidade funcional 
muscular; no liso existe uma disposição diferente. Este último está presente na 
parede da maior parte das vísceras ocas do corpo, como estômago, intestino, 
bexiga urinária, vasos sanguíneos, etc. O cardíaco e o esquelético, como os 
próprios nomes sugerem, localizam-se no coração (miocárdio) e presos ao 
esqueleto, respectivamente. A única contração que se dá de forma voluntária é 
a do MEE. 
1. Tecido muscular cardíaco: ​Localizam-se no coração apresenta miócitos 
estriados com um ou dois núcleos centrais. e apresenta contração 
independente da vontade do indivíduo (contração involuntária) ​e suas 
células são compostas apenas de um único núcleo, sendo por isso 
chamadas de células mononucleadas. Quase metade do volume celular 
é ocupada por mitocôndrias, o que reflete a dependência do 
metabolismo aeróbico e a necessidade contínua de ATP. Glicogênio e 
gotículas lipídicas formam o suprimento energético. Como o consumo de 
oxigênio é alto, há uma abundante quantidade de mioglobina. O retículo 
endoplasmático é relativamente esparso. Como as células têm vida 
longa, com o avançar da idade, acumulam lipofucsina. O coração 
humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente 
constituído por três camadas: 
● Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como 
um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao 
coração, facilitando seu movimento ininterrupto; 
● Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das 
cavidades do coração; 
● Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e 
involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. 
 
 
 
 
2. Músculo estriado esquelético: ​O tecido muscular estriado esquelético é 
formado por feixes de fibras cilíndricas muito longas e 
multinucleadas(Os núcleos dessas células estão localizados na periferia, 
próximos ao sarcolema, membrana plasmática das células do tecido 
muscular), conhecidas por ​fibras musculares​ ​estriadas esqueléticas. 
Esses feixes são envolvidos pelo epimísio, uma membrana externa 
de ​tecido conjuntivo denso​. Destas membranas partem septos de tecido 
conjuntivo muito fino, chamados perimísios, por onde os vasos 
sanguíneos entram nos músculos. São músculos de movimentos 
voluntários. ​As células musculares esqueléticas do adulto não se 
dividem. No entanto, é possível a formação de novas células no 
processo de reparo após lesão ou de hipertrofia decorrente do exercício 
intenso, através da divisão e fusão de mioblastos quiescentes, as 
células satélites. Elas são fusiformes, mononucleadas, com o núcleo 
escuro e menor do que aquele da célula muscular. Estão posicionadas 
entre a lâmina basal e a membrana plasmática dessa célula. ​As células 
do músculo estriado esquelético​ ​apresentam​ ​estriações transversais, por 
isso a denominação de músculo estriado. Essa estriação é formada pela 
alternância entre uma faixa clara e uma escura. A faixa escura é 
denominada de banda A e apresenta filamentos contráteis finos (actina) 
e espessos (miosina). Já a faixa clara recebe o nome de banda I e 
apresenta apenas filamentos contráteis finos (actina). Possuem a linha 
Z, é uma linha transversal escura que se localiza no centro da banda I. A 
banda H é uma linha clara localizada no centro da banda A. Essas 
partes formam unidades conhecidas como sarcômeros, que estão 
localizadas entre duas linhas Z e possuem uma banda A entre duas 
semibandas I. Uma repetição linear de sarcômeros forma uma miofibrila. 
 
https://www.infoescola.com/biologia/fibra-muscular/
https://www.infoescola.com/histologia/tecido-conjuntivo-denso/
 
 
3. Tecido muscular liso: ​O tecido muscular liso, também chamado de tecido 
muscular não estriado ou tecido muscular visceral​,​ é constituído por 
células mononucleadas e alongadas. Esse tipo de músculo pode ser 
encontrado nas paredes dos órgãos ocos, como estômago, útero, 
bexiga, artérias, veias, vasos sanguíneos, etc. ​O núcleo é único central, 
alongado ​ou, quando as células estão contraídas, pregueado, em 
formato de saca-rolhas. O citoplasma perinuclear ​contém retículo 
endoplasmático rugoso, ribossomas livres, Golgi, retículo 
endoplasmático liso, mitocôndrias e glicogênio. ​O mecanismo de 
contração do músculo liso é uma modificação do mecanismo dos 
filamentos deslizantes. No início da contração, os filamentos de miosina 
aparecem e os de actina são puxados em direção e por entre eles. O 
deslizamento dos filamentos de actina aproxima os corpos densos 
levando ao encurtamento da célula. As fibras musculares individuais 
podem sofrer contrações peristálticas parciais. Durante o relaxamento, 
os filamentos de miosina diminuem em número, desintegrando-se emcomponentes citoplasmáticos solúveis. As fibras musculares lisas são 
capazes de contração espontânea que pode ser modulada pela 
inervação autônoma. Ambas as terminações nervosas, simpática e 
parassimpática, estão presentes e exercem efeitos antagônicos. Em 
alguns órgãos, a atividade contrátil é aumentada pelos nervos 
colinérgicos e diminuída pelos nervos adrenérgicos, enquanto em outras 
ocorre o oposto O músculo liso, assim como o músculo estriado 
cardíaco, apresenta movimentos involuntários e age no organismo de 
diversas formas: 
● Empurrando o alimento ao longo do tubo digestório; 
● Regulando o fluxo de ar dos pulmões, através do controle do diâmetro 
dos brônquios e bronquíolos; 
● Regulando o fluxo de sangue para regiões do corpo através do controle 
do diâmetro dos vasos sanguíneos; 
● Controlando a intensidade da luz que chega aos olhos, por meio da 
regulação do diâmetro da pupila; 
● Ajudando durante o parto com a contração do útero, etc. 
O músculo liso pode ser dividido em dois grandes tipos: 
Músculo Liso Multiunitário​: é composto por fibras musculares separadas 
e discretas, que se contraem independentemente das outras, alguns 
exemplos desses músculos são o músculo ciliar do olho, o músculo da íris e 
o músculo piloeretores que causam a ereção dos pêlos quando estimulados 
pelo ​sistema nervoso simpático​. 
Músculo Liso Unitário​: milhares de fibras musculares lisas que se 
contraem juntas, que são ligadas por muitas junções comunicantes, das 
quais os ​íons​ fluem livremente de uma célula para outra, de forma que os 
potenciais de ação, ou o simples fluxo de íons, podem passar de uma fibra 
para a seguinte e fazer com que se contraiam em conjunto, esse tipo de 
músculo pode ser encontrado nas paredes da maioria das vísceras do 
corpo, incluindo o intestino, os ductos biliares, os ureteres, o útero e muitos 
vasos sanguíneos. 
Cada célula do tecido muscular liso é envolvida por um revestimento 
constituído por uma rede de filamentos de proteína chamado de endomísio. 
Esse tipo de musculatura não apresenta perimísio (envoltório interno 
constituído de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas) e 
nem epimísio​ ​(envoltório resistente de tecido conjuntivo, rico em fibras 
colágenas, que recobre todo o músculo). 
 
 
 
Contração Muscular 
Para que se processe a contração muscular, além do estímulo representado 
pelo influxo nervoso, cujo modo de ação é ainda discutido, concorrem dois 
outros elementos: a substância contrátil e a energia para contração. A 
substância contrátil do músculo é representada pela actomiosina e a energia 
para a contração é fornecida pelo ATP (ácido adenosintrifosfórico), substância 
dotada de radicais fosfóricos ricos em energia, normalmente o ATP muscular é 
https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/
https://www.infoescola.com/quimica/ion/
formado a partir do A DP e do fósforo rico em energia no decorrer do 
mecanismo da glicólise 2 . A glicólise é realizada em duas fases a partir do 
glicogênio muscular. Numa primeira fase, anaeróbia, há degradação da glicose 
até ácido pirúvico, o qual, quando persiste a falta de oxigênio, é transformado 
em ácido lático. A segunda fase, aeróbia, consiste nas reações do ciclo do 
ácido cítrico ou ciclo de Krebs que, partindo do ácido pirúvico, vai até a 
formação de C0 2 e H 2 0. 
O tecido muscular é constituído por células alongadas, em forma de fibras, que 
se dispõe agrupadas em feixes. Essas células são caracterizadas pelo seu 
formato alongado, uma especialização é a função de contração e distensão das 
fibras musculares, formada por numerosos filamentos proteicos de actina 
(miofilamentos finos) e miosina (miofilamentos grossos). 
Actina: ​é a principal constituinte dos filamentos finos das células musculares. 
Essa proteína pode se apresentar de duas maneiras distintas, conforme a 
ionização do meio: em meios de menor força iônica, apresenta-se sob a forma 
de actina G, de caráter globular; ao passo que em meios de maior força iônica, 
tem-se a actina F, de caráter fibroso,​algumas proteínas associadas compõem 
os filamentos fino. O filamento fino, no músculo estriado, é constituído pela 
polimerização da actina G em actina F, associada à tropomiosina e à troponina. 
Cada molécula de actina G tem um sítio de ligação para a miosina. 
● Tropomiosina:é uma molécula em forma de bastão,com 2nm dediâmetro 
e 41nm de comprimento,constituída por duas cadeias polipeptídicas em 
∞ hélice,que se enrolam uma na outra.​Em condições de relaxamento, ou 
seja, enquanto o músculo está descontraído, este ponto de conexão 
entre os filamentos está ocupado por uma terceira proteína denominada 
tropomiosina, que envolve filamentos de actina. Assim, para uma 
contração ocorrer, a tropomiosina deve liberar o ponto de ligação entre a 
actina e a miosina. Além disso, a cabeça da miosina deve apresentar um 
movimento para atingir o filamento de actina, e realizar o “empurrão”. 
● Troponina: ​ A contração somente será possível caso íons de cálcio 
(Ca2+) sejam exportados dos retículos sarcoplasmáticos e façam uma 
ligação a troponina, sendo que esta movimenta os filamentos de 
tropomiosina, desbloqueando os sítios de ligação entre actina e miosina. 
é constituída por três polipeptídeos: troponinaC, que se liga ao Ca2+, 
atroponinaT, que se liga à tropomiosina, e a troponina I que seliga a 
actina G. 
 
 
A fisioterapia é uma excelente aliada para casos nos quais é necessário 
incentivar o fortalecimento e a recuperação muscular. Ela engloba a 
mobilização dos tecidos moles do corpo, como os músculos, tendões e 
ligamentos. As técnicas empregadas por profissionais desse meio ajudam a 
estabilizar as regiões que foram debilitadas pela intensa atividade física, além 
de amenizar dores e outros desconfortos. Podemos citar, como exemplos, a 
liberação miofascial, a crioterapia (banho de gelo) e o alongamento. 
4.0 TECIDO NERVOSO 
O tecido nervoso forma um complexo sistema de comunicações neuronais do 
corpo. Este 
tecido é constituído por talvez até um trilhão de neurônios com um número 
imenso de interconexões. Alguns neurônios têm receptores, terminações 
complexas especializadas para a recepção de diferentes tipos de estímulo 
(mecânicos, químicos,térmicos) e transdução em impulsos nervosos capazes 
de serem conduzidos para centros nervoso 
superiores. A seguir, estes impulsos são transferidos para outros neurônios nos 
quais são processados e transmitidos para centros mais altos em que ocorre a 
percepção de sensações ou é dado início a respostas motoras. Em geral, o 
tecido nervoso tem como função: 
- Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos 
sensoriais; 
- Organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase 
todas as funções do organismo. 
A fim de realizar estas funções, o sistema nervoso está anatomicamente 
organizado em 
sistema nervoso central (SNC), que compreende encéfalo e medula espinhal, e 
no sistema nervoso periférico (SNP), localizado fora do SNC (nervos cranianos, 
que nascem no encéfalo; nervos espinhais, que nascem na medula; gânglios 
associados a eles). 
Funcionalmente, o SNP está dividido em um componentesensitivo (aferente), 
que recebe e transmite impulsos para o SNC, onde são processados, e um 
componente motor (eferente), que se origina no SNC e transmite impulsos para 
órgãos efetores espalhados pelo corpo. O componente motor está, por sua vez, 
subdividido em: 
- Sistema nervoso somático: impulsos gerados no SNC são transmitidos para 
os músculos esqueléticos por meio de um único neurônio. 
- Sistema nervoso autônomo: os impulsos do SNC são primeiro transmitidos 
para um gânglio autônomo por meio de um neurônio pré-ganglionar; um 
segundo neurônio, originário do gânglio autônomo, chamado de 
pós-ganglionar, transmite impulsos para músculos lisos, músculo cardíaco ou 
glândulas. 
 
corte histológico de um tecido nervoso. https://pt.wikipedia.org 
 
Anatomicamente é dividido em: 
1. Sistema Nervoso Central 
1.1. Encéfalo 
 1.1.1. Cérebro 
1.1.1.1. Telencéfalo: dividido em dois hemisférios 
responsável pelo centro de controle do SN, seja ele a realização 
de estímulos motores ou a interpretação de estímulos 
sensitivos. 
1.1.1.2. Diencéfalo: dividido em tálamo (recebe todas as 
fibras aferentes que ascendem na medula) e hipotálamo 
(responsável pela manutenção da homeostase do corpo). 
1.1.2. Tronco Encefálico 
1.1.2.1. Mesencéfalo 
1.1.2.2. Ponte 
1.1.2.3. Bulbo 
1.1.3.Cerebelo 
1.2. Medula Espinhal : dividida em quatro regiões de acordo com as 
vértebras que se relaciona: cervical, torácica, lombar e sacral. 
2. Sistema Nervoso Periférico 
2.1. Nervos: cranianos (que fazem contato com o encéfalo) e espinhais 
(que fazem contato com a medula). São formados pelo conjunto de 
axônios de neurônios. 
2.2. Gânglios: constituídos pelo conjunto de corpos de neurônios. 
OBS¹: O sistema nervoso periférico é dividido, funcionalmente, em: SN 
somático e SN autônomo. Este, por sua vez, é dividido em SNA simpático e 
SNA parassimpático, de 
modo que os dois apresentem certas diferenças: 
- O SN simpático entra em ação quando o corpo necessita de uma resposta 
rápida a momentos de estresse, como luta e fuga. Sua fibra pré-ganglionar é 
mais curta que a fibra pós-ganglionar. 
- O SN parassimpático entra em ação em situações geralmente antagonistas 
ao primeiro, de modo que prepara o corpo para momentos de descanso e 
digestão. Sua fibra pré-ganglionar é mais longa que a fibra pós-ganglionar. 
As células do sistema nervoso são classificadas em duas categorias: neurônios 
(responsáveis pelas funções de recepção, integração e motoras do sistema 
nervoso) e células da neuroglia, responsáveis pela sustentação e proteção dos 
neurônios. As células da neuroglia, localizadas exclusivamente no SNC, 
incluem astrócitos, oilodentrócitos, micróglia (células microgliais) e células e 
ependimárias. As células de Schwann apesar de estarem localizadas no SNP, 
hoje em dia também são consideradas com células da neuroglia. 
 
neurônio e seus componentes. medresumos 2016 histologia 
 
Os neurônios são células altamente diferenciadas, dotadas de propriedades 
como irritabilidade e condutibilidade, sendo constituídos por três partes 
distintas: o corpo celular (pericário ou soma), dendritos múltiplos e um axônio. 
- Corpo celular: o corpo celular de um neurônio é a porção central da célula 
onde ficam o núcleo e o citoplasma perinuclear. 
- Dendritos: pequenos filamentos nervosos que se projetam do corpo celular, 
sendo eles prolongamentos especializados para a recepção de estímulos 
vindos de células sensitivas, axônios e de outros neurônios. 
- Axônios: geralmente único, é um prolongamento de diâmetro variável e com 
até 1 metro de comprimento que, em geral, apresentam dilatações 
denominadas de terminações do axônio, em sua extremidade, ou perto dela. 
As terminações axonais, também chamadas de bulbos terminais (botões 
terminais), são regiões nas quais os impulsos podem ser transmitidos de uma 
célula para outra. 
OBS²: Impulso nervoso. Quando a célula nervosa está em repouso, ou seja, 
polarizada, apresenta concentrações maiores Na+ no meio extracelular e uma 
maior de K+ no meio intracelular. Ao receber um estímulo, há o início de uma 
inversão nessa concentração, com a entrada de Na+ e saída de K+, fazendo 
com que o interior se torne positivo, caracterizando a fase de despolarização. 
Ao fim da transmissão do impulso, há um estágio de repolarização, com as 
concentrações retornando aos gradientes normais. 
 
transmissão do impulso nervoso. sobiologia.com.br 
 
OBS³: Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurônios 
vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por 
meio de mediadores químicos, os neurotransmissores. As sinapses ocorrem no 
"contato" das terminações nervosas (axônios) com os dendritos. Em outras 
palavras, é o contato entre um terminal pré-sináptico e um terminal 
pós-sináptico (outro neurônio, célula muscular ou célula glandular), estando 
eles divididos pela fenda sináptica. O contato físico não existe realmente, pois 
as estruturas estão próximas, mas há um espaço entre elas (fenda sináptica). 
Dos axônios são liberadas substâncias (neurotransmissores), que atravessam 
a fenda e estimulam receptores nos dendritos e assim transmitem o impulso 
nervoso de um neurónio para o outro. Essas sinapses podem ser químicas: 
acontece quando o potencial de ação, ou seja, o impulso é transmitido através 
de um mecanismo químico: o neurotransmissor. Neste tipo de sinapse, 
encontramos todos os componentes que comumente são citados, como: 
membrana pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica. Apresenta 
como características: são mais lentas que as elétricas; o impulso é transmitido 
em uma única direção, podendo ser bloqueada; apresenta efeitos 
pós-sinápticos prolongados. E as sinapses podem ser elétricas: são menos 
comuns que as químicas. Neste tipo, as células apresentem um íntimo contato 
através de junções abertas do tipo GAP que permite o livre trânsito de íons de 
uma membrana a outra. Desta maneira, o potencial se propaga de forma bem 
mais rápida. Apresenta ainda como características: maior velocidade de 
transmissão; é bidirecional; com efeito excitatório; apresenta curta duração. 
Os astrócitos são as maiores células da neuroglia. Os astrócitos agem 
capturando íons e restos do metabolismo dos neurônios, tais como potássio, 
glutamato e GABA, que se acumulam no microambiente dos neurônios. Estas 
células também contribuem para o metabolismo energético do córtex cerebral 
liberando glicose do glicogênio armazenado. Os astrócitos localizados na 
periferia do SNC formam uma camada contínua sobre os vasos sanguíneos e 
podem auxiliar a manutenção da barreira hematoencefálica (impede o contato 
de substâncias tóxicas, antígenos, imunoglobulinas - com exceção do IgG - 
como SN). 
 
astrócito e um capilar. medresumos 2016 histologia 
 
Espalhadas por todo o SNC, as células microgliais são pequenas, escutas, 
assemelhando-se levemente aos oligodendrócitos. Funcionam como fagócitos 
removendo fragmentos e estruturas lesadas do SNC. Quando ativadas, elas 
agem como células 
apresentadoras de antígeno e secretam citocinas. 
 
célula microglial. medresumos 2016 histologia 
 
As células ependimárias são células epiteliais de colunares baixas a cubóides, 
que revestem os ventrículosencefálicos e o canal da medula espinhal. Em 
algumas regiões, estas células são ciliadas, uma característica que facilita a 
movimentação do líquido 
cefalorraquidiano(LCR). Nos locais em que o tecido neural é delgado, as 
células ependimárias formam uma membrana limitante interna , revestindo o 
ventrículo, e uma membrana limitante externa, abaixo da pia-máter. 
 
células ependimárias. medresumos 2016 histologia 
 
Os oligodendrócitos são semelhantes aos astrócitos. Os oligodendrócitos 
interfasciculares, localizados em fileiras ao lado de feixes de axônios, são 
responsáveis pela produção e manutenção da mielina em torno dos axônios do 
SNC, servindo para isolá-los. Ao produzir mielina, os oligodendrócitos 
funcionam de modo semelhante às células de Schwann do SNP, exceto que 
um único oligodendrócito pode envolver vários axônios com segmentos de 
mielina, enquanto que uma célula de Schwann envolve com mielina somente 
um único axônio. 
 
oligodendrócitos. medresumos 2016 histologia 
 
Ao contrário de outras células da neuroglia, as células de Schwann estão 
localizadas no SNP, onde envolvem axônios. Elas podem formar dois tipos de 
cobertura sobre estes 
axônios, mielínicas e amielínicas. A mielina formada pelas células de Schwann 
organiza-se de modo a formar uma bainha enrolada várias vezes em torno do 
axônio. Ao longo do comprimento do axônio, ocorrem interrupções na bainha 
de mielina, expondo-a a intervalos regulares; estas interrupções são 
denominadas nódulo de Ranvier. 
 
células de Schwann. medresumos 2016 histologia 
 
A fisioterapia neurofuncional tem como objetivo desenvolver ações de 
promoção, prevenção de agravos e recuperação da capacidade funcional de 
pessoas com condições clínicas que danificam o Sistema Nervoso Central 
(SNC) e/ou Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
 
5.0 SISTEMA TEGUMENTAR 
O tegumento, composto pela pele e seus anexos (glândulas sudoríparas, 
glândulas sebáceas, pêlos e unhas), é o maior órgão e constitui 16% do peso 
corporal. 
A pele, o maior órgão do corpo, é composta pela epiderme e pela derme 
subjacente. A hipoderme é uma camada de gordura (panículo adiposo 
unilocular) que não é considerado como componente da pele, mas constitui a 
fáscia superficial da dissecção anatômica que cobre todo o corpo, 
imediatamente abaixo da pele. Além de dar uma cobertura para os tecidos 
moles subjacentes, a pele realiza muitas outras funções, incluindo: 
- Proteção contra lesões, invasão bacteriana e dessecação; 
- Regulação da temperatura do corpo; 
- Recepção de sensações contínuas (tato, temperatura e dor); 
- Excreção pelas glândulas sudoríparas; 
- Absorção de radiação UV solar para a síntese de vitamina D. 
A pele, o maior órgão do corpo, é composta pela epiderme e pela derme 
subjacente. A hipoderme é uma camada de gordura (panículo adiposo 
unilocular) que não é considerado como componente da pele, mas constitui a 
fáscia superficial da dissecção anatômica que cobre todo o corpo, 
imediatamente abaixo da pele. Além de dar uma cobertura para os tecidos 
moles subjacentes, a pele realiza muitas outras funções, incluindo: 
- Proteção contra lesões, invasão bacteriana e dessecação; 
- Regulação da temperatura do corpo; 
- Recepção de sensações contínuas (tato, temperatura e dor); 
- Excreção pelas glândulas sudoríparas; 
- Absorção de radiação UV solar para a síntese de vitamina D. 
 
Epiderme e derme destacadas na imagem. auladeanatomia.com 
 
A epiderme, a camada superficial da pele, origina-se do ectoderma e é 
constituída por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. O 
epitélio pavimentoso da pele é constituído por quatro populações de células: 
queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel, 
distribuídas em cinco camadas: Basal, Espinhosa, Granulosa, Lúcida e Córnea. 
- Queratinócitos: são as células mais numerosas da pele representando as 
próprias células pavimentosas das camadas, dispostas nas cinco camadas da 
epiderme. Tem como função o revestimento, sendo elas continuamente 
renovadas (a camada mais superficial é composta de células mortas e 
queratina presente dentro dessas células). 
- Melanócitos: são as células produtoras de melanina (mas quem armazena a 
melanina são os queratinócitos). Estão presentes apenas nas duas camadas 
mais internas, mas possuem pseudópodes que envolvem os queratinócitos. A 
melanina, quando chega nos queratinócitos por difusão, é armazenada sobre o 
núcleo para protegê-lo das radiações ultravioleta. 
- Células de Langerhans: macrófagos presentes na pele com função de 
fagocitar microrganismos. São “apresentadoras de antígenos”, que 
demonstram esses antígenos aos linfócitos B que iniciam a resposta 
imunológica com produção de anticorpos. 
- Células de Merkel: células sensoriais que captam estímulos nervosos e os 
transmitem. 
 
camadas da epiderme. auladeanatomia.com 
 
Podemos classificar as camadas da epiderme da parte mais interna para a 
superfície, temos: Basal, Espinhosa, Granulosa, Lúcida e Córnea. 
- Camada Basal (estrato germinativo): camada mais profunda da pele, sendo 
considerada como estrato germinativo na qual ocorrem as mitoses para 
formação das demais camadas. Ela forma entrelaçamentos com a derme e 
está separada desta por uma membrana basal. Suas células são colunares ou 
cubóides, basófilas, localizadas sobre a membrana basal. É uma camada rica 
em células tronco mitoticamente ativas. Nessa camada são encontrados 
também os primeiros filamentos intermediários de queratina (que aumentam 
gradativamente à medida que se aproxima da superfície), células de Merckel e 
melanócitos (é a camada que possui a maior quantidade de melanócitos para 
terem um contato mais rápido com os queratinócitos). 
- Camada Espinhosa: é a camada mais espessa da epiderme. São células 
ainda cubóides ou ligeiramente achatadas unidas por feixes de queratina e 
grandes quantidades de desmossomos. Ainda há a presença de células tronco 
(apenas nessas duas primeiras camadas), com menores processos de mitose. 
Essa camada é assim chamada devido a presença de tonofilamentos 
(formados pelos desmossomos) de citoqueratina que unem essas células entre 
si, apresentando um aspecto de espinhos. Os seus grânulos são revestidos por 
membranas, e também estão presentes as células de Langerhans. 
Desaparecem as células de Merkel. 
-Camada granulosa: camada composta por 3 a 5 camadas de queratinócitos 
poligonais achatados, nas quais já é presente grânulos de querato-hialina 
(histidina e cistina) e grânulos lamelares. Desaparecem as células de 
Langerhans. 
- Camada Lúcida: presente somente na pele espessa. As suas células são 
delgadas e achatadas, eosinófilas e translúcidas. Acontece o desaparecimento 
do núcleo e organelas citoplasmáticas, surgindo numerosos filamentos de 
queratina que ainda são vistos como desmossomos. É nessa camada que 
acontece as reações de destruição, sendo a última camada em que se tem 
células vivas. Elas são destruídas por enzimas lisossomais, que atacam os 
núcleos e as organelas, restando apenas a queratina. 
- Camada córnea: é constituída por variadas camadas de células achatadas, 
mortas, de citoplasma repleto de queratina e denominadas escamas. Os 
queratinócitos passam a ser placas sem vida. 
A derme, camada

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