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História do Brasil: Escravidão e Abolição

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1 
www.historiaemfoco.com.br 
Abolicionismo 
1 
01 - (EFEI SP/2001) 
Em seu trabalho sobre a escravidão e as relações entre 
Brasil e África durante os séculos XVI a XIX, Luiz Felipe 
de Alencastro levanta os seguintes dados sobre o 
número de escravos africanos desembarcados no Brasil 
entre 1520 e 1850: 
Desembarque de Africanos no Brasil - 1526/1850 (em 
milhares) 
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
0 10
40
150
50
185 175
292 312
364
325
652
759
712
15
25
 - 
15
50
15
51
 - 
15
75
15
76
 - 
16
00
16
01
 - 
16
25
16
26
 - 
16
50
16
51
 - 
16
75
16
76
 - 
17
00
17
01
 - 
17
20
17
21
 - 
17
45
17
46
 - 
17
60
17
61
 - 
17
80
17
81
 - 
18
10
18
11
 - 
18
32
18
33
 - 
18
50
 
 
Analisando o quadro, assinale a opção correta: 
a) O tráfico de escravos africanos tornou-se maior – 
1811 a 1830 – em conseqüência da crise do ouro e 
da necessidade de buscar uma nova riqueza 
econômica que pudesse substituir a extração do 
ouro, para enriquecer as elites brasileiras falidas. 
b) Entre 1601 e 1720, a importação de escravos 
dobrou, em função da necessidade de ocupação do 
interior do Brasil, uma vez que Portugal não tinha 
população suficiente para fazê-lo e precisava 
garantir a posse do território. 
c) Percebe-se a necessidade de um número cada vez 
maior de escravos na mesma proporção em que a 
vida útil dos mesmos foi se tornado cada vez 
menor, em função dos novos tipos de atividade que 
foram se desenvolvendo, como a grande fazenda de 
gado às margens do Rio São Francisco e nos Pampas 
do Rio Grande. 
d) Várias conclusões são possíveis a partir do quadro: 
o crescimento do número de desembarcados 
ocorre em função da proteção dispensada aos 
índios pelos jesuítas; a exploração mineral permitiu 
o acúmulo de capitais para investimento em mão-
de-obra; a chegada da corte portuguesa e a 
liberdade comercial tornaram necessárias as 
importações para a utilização de mão-de-obra em 
novas frentes de produção – lavouras de produtos 
de exportação. 
e) A grande lavoura de monocultura exigia cada vez 
mais escravos para a exploração da terra e abertura 
de novos campos de plantio. Os escravos que 
obtinham conhecimento de técnicas agrícolas eram 
depois vendidos a outras colônias da América por 
bom preço. 
 
02 - (EFEI SP/2002) 
Durante muitos anos, no decurso do século XIX, a 
riqueza de Itajubá foi garantida pelo emprego da mão-
de-obra escrava, utilizada basicamente para o 
transporte de mercadorias que eram levadas para o Rio 
de Janeiro e São Paulo, através do "Caminho Real" e dos 
caminhos da Serra da Mantiqueira. 
 
A chegada da estrada de ferro mudou este quadro, pois: 
a) O transporte de mercadorias poderia ser feito de 
forma muito mais segura, através da estrada de 
ferro, sem necessitar de transporte perigoso no 
lombo de escravos para descer a Serra da 
Mantiqueira. 
b) O transporte pela estrada de ferro atrasava a 
entrega de mercadorias, pois as pessoas ainda 
consideravam o trem de ferro como "coisa do 
diabo" e temiam-no. 
c) Os escravos poderiam ser libertados 
gradativamente, uma vez que, por serem ligados ao 
transporte de mercadorias, estavam sendo 
dispensados e os escravos de serviço ligados aos 
trabalhos da casa grande não eram numerosos. 
d) Os escravos se recusavam a deixar o trabalho de 
transporte de mercadorias, pois era a oportunidade 
de fugirem para os quilombos. Revoltaram-se, 
então , contra o trem de ferro. 
e) Os grandes proprietários investiram nas estradas de 
ferro, pois queriam livrar-se dos escravos, que só 
lhes davam problemas. 
 
03 - (FATEC SP/2006) 
Em relação ao período da ocupação holandesa no 
Nordeste brasileiro, afirma-se: 
 
I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes 
holandeses pelo açúcar produzido na região, 
interesses esses que foram prejudicados devido à 
União Ibérica (1580-1640). 
II. Foi, também, uma conseqüência dos conflitos 
econômicos e políticos que envolviam as relações 
entre os chamados Países Baixos e o Império 
espanhol. 
III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os 
lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os 
lucros dos senhores de engenho, já que 
aumentaram a produção do açúcar. 
IV. A política adotada por Nassau para assentar os 
holandeses na Bahia acabou por deflagrar sua 
derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à 
resistência dos índios e portugueses expulsos das 
terras que ocupavam. 
 
São verdadeiras as proposições: 
a) I e II. 
d) I, III e IV. 
b) I, II e III. 
e) II e IV. 
c) II, III e IV. 
 
04 - (FATEC SP/2006) 
Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei 
Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o 
tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, 
 
 
2 
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Abolicionismo 
2 
o governo imperial brasileiro aprovou outra, “a Lei de 
Terras”. 
 
Dentre as alternativas abaixo, assinale a correta. 
a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de 
propriedades pelos imigrantes que passaram a 
chegar ao Brasil. 
b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos 
imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o 
acesso a elas. 
c) O governo imperial, temendo o controle das terras 
pelos coronéis, inspirou-se no “Act Homesteade” 
americano, para realizar uma distribuição de terras 
aos camponeses mais pobres. 
d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras 
e obrigar os imigrantes a vender sua força de 
trabalho para os cafeicultores. 
e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era 
proteger e regularizar a situação das dezenas de 
quilombos que existiam no Brasil. 
 
05 - (FUVEST SP/2002) 
Sobre a condição dos escravos no Brasil monárquico, è 
possível afirmar que eles: 
a) Foram protagonistas de diversas rebeliões. 
b) Eram impedidos de constituir família. 
c) Sofreram a destruição completa de sua cultura. 
d) Concentravam-se no campo, não trabalhando nas 
cidades. 
e) Não tinham possibilidades legais de conseguir 
alforria. 
 
06 - (PUCCamp SP/1994) 
"... Se dantes a servidão corrompia o homen livre, agora 
é a liberdade que corrompe o escravo..." 
 
A partir do texto pode-se afirmar que,no Brasil, 
a) A atualização do trabalhador livre, enquanto mão-
de-abra especializada, foi provocada pela expansão 
do setor secundário. 
b) A presença do trabalhador livre, quando deixou de 
ser exceção, tornou-se forte elemento de 
dissolução do sistema escravista. 
c) O regime de parceria, quando gradativamente 
implantado, acelerou o processo de libertação de 
um grande contingente de escravos. 
d) Em períodos de crise econômica o problema da 
mão-de-obra foi solucionado, parcialmente, com a 
trasferência interna de escravos. 
e) O modelo escravista fortaleceu-se em decorrência 
de medidas de contenção de despesas provocadas, 
basicamente, pela imaginação. 
 
07 - (PUC RJ/1994) 
O movimento abolicionista no Brasil, crescente no 
século XIX< nas décadas de 70 e 80, pode ser 
relacionado com: 
a) O apoio pessoal do Imperador aos projetos 
abolicionistas. 
b) A implantação das sanções internacionais ao 
Império. 
c) A progressiva substituição do trabalhador escravo 
pelo imigrante europeu na lavoura de café. 
d) A emergência do Partido Republicano, que 
apresentava a Abolição como principal bandeira 
política. 
e) As Leis do Ventre Livre e do Sexagenário, que 
esvaziaram a pregação abolicionista. 
 
08 - (UFC CE/2004) 
Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o 
navio Veloz. “Os diários de bordo e mais papéis do 
capitão foram examinados … estavam em ordem. O 
númerode pessoas transportadas obedecia ao que 
estipulava a lei…” 
GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, 
demografia e política no destino dos escravos, 
em:Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e 
cidadania, Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23 
 
Com base no texto acima e em seus conhecimentos, 
assinale a alternativa correta sobre o tráfico de 
escravos, durante o Império. 
a) A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o 
contrabando de produtos que pudessem concorrer 
com as manufaturas inglesas. 
b) Os traficantes de escravos obedeceram aos 
tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive 
os compromissos assumidos por Portugal, a partir 
da transferência da Corte. 
c) Portugal tinha se comprometido a limitar a prática 
do tráfico ao sul do equador e, desde então, a 
Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo 
cumprimento dos acordos firmados. 
d) Tratados firmados entre o Brasil e a Angola 
proibiam o tráfico ao sul do equador. 
e) Os tratados assinados, em 1810 e 1831, permitiam 
aos piratas de Sua Majestade seqüestrar 
carregamentos de escravos e levá-los para as 
plantações do Caribe. 
 
09 - (PUC SP/2001) 
A luta pela abolição da escravidão no Brasil: 
a) Contou exclusivamente com a participação de 
negros, que alcançaram seu objetivo após várias 
revoltas e organização de quilombos. 
b) Resultou do fracasso do emprego de mão-de-obra 
escrava na produção açucareira e cafeeira, que só 
obtiveram sucesso com a presença de imigrantes. 
c) Aconteceu simultaneamente à independência 
política brasileira, à semelhança do que ocorreu na 
América de colonização espanhola. 
d) Antecedeu a luta pela abolição da escravidão nos 
Estados Unidos, o que só ocorreu no início da 
Guerra de Secessão Americana. 
e) Ocorreu de forma gradual, dado o interesse 
crescente de vários setores da sociedade, inclusive 
alguns fazendeiros, no fim do trabalho escravo. 
 
 
3 
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Abolicionismo 
3 
 
10 - (UECE/2000) 
Sobre a extinção do tráfico de escravos para o Brasil em 
1850, é correto afirmar que: 
a) Os navios negreiros eram atacados por piratas 
ingleses e sua carga vendida por um baixo preço, 
inviabilizando o comércio de escravos. 
b) O movimento abolicionista brasileiro conseguiu a 
aprovação do “Bill Aberdeen”, lei que suprimia o 
tráfico negreiro. 
c) Os escravos não eram mais necessários à economia 
brasileira, que neste momento dependia dos 
colonos imigrantes. 
d) A pressão inglesa, através de sua Marinha de 
Guerra, contribuiu para a efetiva aplicação da Lei 
“Eusébio de Queiróz”. 
 
11 - (UEL PR/2001) 
A aprovação da “Lei do Ventre Livre”, em 1871, 
contribuiu para a desagregação do regime de trabalho 
escravo no Brasil. 
 
Examine as seguintes afirmativas sobre essa lei: 
I- Considerou livres todos os filhos nascidos de 
mulher escrava a partir da data de promulgação da 
lei. 
II- Determinou a criação de um Fundo de Emancipação 
para garantir indenização aos proprietários de 
escravos. 
III- Acelerou a extinção do tráfico interprovincial de 
escravos para as regiões cafeicultoras. 
IV- Incentivou a aliança política entre fazendeiros do 
Oeste paulista e abolicionistas, ambos favoráveis a 
novas relações trabalhistas, como a assalariamento 
de escravos. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
 
12 - (UEM PR/1999) 
Sobre a escravidão no Brasil, assinale o que for correto. 
01. Mesmo após a extinção do tráfico negreiro, em 
1850, o escravo negro continuou sendo a mão-de-
obra preferencial nas lavouras de café, até 1920, 
quando chegaram ao Brasil as primeiras levas de 
imigrantes europeus. 
02. O “Levante dos Malês”, ocorrido na Bahia, em 1835, 
foi uma importante rebelião urbana que teve como 
objetivo libertar os negros da escravidão e 
massacrar os brancos e mulatos. 
04. A maioria dos negros africanos que foram trazidos 
ao Brasil pertencia a dois grandes grupos: bantos, 
capturados no Congo, em Angola e em 
Moçambique; e sudaneses, originários da Nigéria, 
de Daomé e da Costa do Marfim. 
08. Apesar de explorado e maltratado, o escravo negro 
era tão resistente e saudável que tinha uma vida útil 
superior a 25 anos de trabalho, principalmente, 
aquele que atuava nos engenhos de açúcar. 
16. A população negra e seus descendentes enfrentam, 
ainda hoje, condições de vida difíceis, formando o 
maior número de indivíduos de baixa renda, de 
analfabetos e de desempregados, expostos ao 
preconceito racial. 
32. A Lei dos Sexagenários, que garantia aos escravos 
aposentadoria somente depois dos 65 anos de 
idade, alterou o sistema de seguridade anterior, 
que, baseado na aposentadoria por tempo de 
serviço, era muito oneroso ao Estado, gerava o 
chamado “rombo da previdência” e aumentava o 
déficit público. 
64. No início da colonização brasileira, recorreu-se à 
escravização da mão-de-obra nativa, rompendo as 
relações amistosas que haviam se estabelecido 
entre portugueses e indígenas nos primeiros 
contatos. 
 
13 - (UEM PR/1999) 
Sobre a escravidão no Brasil, assinale o que for correto. 
01. A rebeldia negra, desde o início da escravidão, 
nunca deixou de se manifestar, tanto através de 
fugas, quanto de movimentos organizados, como o 
de Palmares. 
02. Os jesuítas e as ordens religiosas lutaram, 
devotadamente, em favor dos negros escravizados, 
desenvolvendo projetos missionários e entrando 
em choque com os interesses dos proprietários de 
terras. 
04. A passividade dos negros permitiu que a escravidão 
se prolongasse após a extinção do tráfico negreiro, 
uma vez que os negros nunca empreenderam 
movimentos organizados de rebeldia. 
08. Nos quilombos, os negros reavivaram as tradições, 
as crenças e os costumes africanos, resistindo, 
assim, à imposição da cultura ocidental. 
16. Os escravos, que nunca se acomodaram à situação 
que lhes era imposta, viram, nas primeiras 
experiências com o trabalho livre, outras formas de 
trabalho e relacionamento, com isso, agitaram–se 
ainda mais. 
32. A indenização paga aos escravos, após a abolição, 
impediu que o racismo emergisse no Brasil. 
64. A corrente abolicionista radical pregava claramente 
a violência justa, a violência do escravo contra o 
senhor e a insurreição aberta contra o sistema 
escravista. 
 
14 - (UEM PR/2001) 
A escravidão talvez tenha sido a mais longa "tradição" 
brasileira. Iniciada nos primórdios da colonização, 
somente foi abolida em 1888. 
 
Sobre o processo de abolição da escravidão no Brasil, 
assinale o que for correto. 
 
 
4 
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Abolicionismo 
4 
01. Os negros não se submeteram à escravidão e 
reagiram em diversas ocasiões, demonstrando sua 
resistência ao mundo do cativeiro. A Revolta dos 
Malês, ocorrida na Bahia, em 1835, pode ser 
entendida como um dos episódios em que esses 
escravos reagiram contra a opressão. 
02. Após abolir a escravidão em suas colônias (1833), a 
Inglaterra transformou–se em uma grande 
defensora do fim do tráfico negreiro e passou a 
pressionar o Brasil para que fizesse o mesmo. 
04. A partir do século XVII grupos de intelectuais 
brasileiros passaram a pressionar o Governador 
Geral pelo fim da escravidão no mundo colonial. 
08. A Lei do Ventre Livre de 1871 e a Lei dos 
Sexagenários de 1885, embora tenham libertado 
poucos escravos, foram importantes porque 
reconheciam o direito à liberdade dos cativos. 
16. Nem todos os escravos partilhavam dos valores 
cristãos, dentre os quais os adeptos do islamismo, 
que se rebelaramcontra a escravidão na primeira 
metade do século XIX, participando, dessa forma, 
do processo abolicionista. 
 
15 - (PUC RS/2001) 
Com a proibição do tráfico internacional de escravos 
pela Lei Eusébio de Queiroz (1850), a questão da forma 
de substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre 
passou a mobilizar a elite política brasileira e os grandes 
proprietários de terras, principalmente os cafeicultores 
paulistas. Em São Paulo, na década de 1850, foi tentada 
uma forma de transição entre o trabalho escravo e o 
livre com apoio oficial, que estimulou a vinda de 
trabalhadores imigrantes para trabalhar nas lavouras de 
café. 
 
Essa forma de transição era o sistema de: 
a) Assalariamento. 
b) Cooperativas. 
c) Parceria. 
d) Servidão. 
e) Colônias. 
 
16 - (UERJ/1995) 
Analise os dados da tabela abaixo: 
 
ESCRAVOS IMPORTADOS PELO BRASIL NO PERÍODO DE 
1842-1852 
A n o E s c ra v o s
1 8 4 2 1 7 4 3 5
1 8 4 3 1 9 0 9 5
1 8 4 4 2 2 8 4 9
1 8 4 5 1 8 4 5 3
1 8 4 6 5 0 3 2 4
1 8 4 7 5 6 1 7 2
1 8 4 8 6 0 0 0 0
1 8 4 9 5 4 0 0 0
1 8 5 0 2 3 0 0 0
1 8 5 1 3 3 8 7
1 8 5 2 7 0 0 
 
A alternativa que indica corretamente a relação, destes 
dados com a conjuntura do período é: 
a) A variação existente no período relaciona-se com a 
intensificação do tráfico interprovincial. 
b) A tabela apresenta movimentos freqüentes de 
aumento e diminuição na entrada de escravos no 
Brasil devido às crises constantes na produção 
cafeeira. 
c) Os escravos introduzidos no país neste período 
dirigiram-se preferencialmente para os engenhos 
açucareiros no Nordeste, tradicional região 
escravista. 
d) O movimento existente no período de 1845 e 1852 
é explicado por dois acontecimento: a aprovação, 
no Parlamento inglês, do Bill Aberdeen (1845), e a 
Lei Eusébio de Queiroz (1850). 
e) O movimento de importação de escravos a partir de 
1850 explica-se em função da nova área produtora 
de café, o Oeste paulista, que preferia utilizar o 
trabalho livre do imigrante, mais produtivo. 
 
17 - (UFBA/1999) 
Para a maior parte do continente americano, o século 
XIX foi um século de abolições. Da independência do 
Haiti ainda em finais do século XVIII à Lei Áurea no Brasil, 
as abolições constituíram talvez a mais ampla e 
profunda transformação social nas Américas. 
Privacidade e direitos civis são noções que o mundo 
ocidental viu se consolidarem no mesmo contexto 
histórico e cultural que engendrou no continente 
americano essa “era de emancipações”. 
(ALENCASTRO, p. 338.) 
As abolições referidas no texto ocorreram em contextos 
históricos distintos, assumindo também diferentes 
significados, que podem ser reconhecidos a seguir: 
01. No Haiti, revestiu-se de caráter violento, sendo 
conquistada através da força e resultando na 
proclamação da primeira república negra 
independente no mundo. 
02. No Brasil de 1850, a extinção do tráfico de escravos 
africanos resultou da valorização do escravo 
indígena, que substituiu o negro nas grandes 
plantações. 
04. No Sul dos Estados Unidos, a consolidação da 
abolição do trabalho escravo dependeu de uma luta 
armada, na qual a resistência escravocrata foi 
derrotada. 
08. A abolição da escravidão indígena foi alcançada no 
contexto do movimento de independência do 
Brasil, acompanhando a política geral antiescravista 
que se desenvolvia em toda a América Latina, no 
início do século XIX. 
16. A Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, representou a 
articulação do governo imperial com o processo 
abolicionista planejado nos quilombos e executado 
pela revolta dos malês na cidade do Salvador. 
32. O clima de abolições registrado no texto não foi 
suficiente para impedir distorções escravistas em 
relações de trabalho do Brasil atual, especialmente 
 
 
5 
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Abolicionismo 
5 
no que se refere ao trabalho em garimpos, 
carvoarias e plantações diversas. 
 
18 - (UFC CE/2002) 
Em sua obra O Abolicionismo, Joaquim Nabuco afirma: 
 
“Para nós a raça negra é um elemento de considerável 
importância nacional, estreitamente ligada por infinitas 
relações orgânicas à nossa constituição, parte 
integrante do povo brazileiro. Por outro lado, a 
emancipação não significa tão somente o termo da 
injustiça de que o escravo é martyr, mas também a 
eliminação simultânea dos dois typos contrários, e no 
fundo os mesmos: o escravo e o senhor.” 
(NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Edição fac-similar. 
Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 
1988. p. 20) 
 
Em relação à condição do negro na sociedade brasileira, 
é correto afirmar que: 
a) A abolição representou uma perda total da mão-de-
obra pelos antigos senhores. 
b) O fim da escravidão possibilitou ao negro liberto a 
integração no mercado de trabalho e o livre acesso 
à terra. 
c) As Sociedades Libertadoras tinham como objetivo 
principal promover a integração do ex-escravo na 
sociedade, garantindo-lhe os direitos de cidadania. 
d) A diferença entre o processo abolicionista ocorrido 
nos Estados Unidos da América e o ocorrido no 
Brasil foi a ausência de preconceito racial em nosso 
país. 
e) O negro livre permaneceu à margem do universo 
cultural estabelecido por uma sociedade regida 
pelo branco e continuou sujeito ao preconceito e a 
novos mecanismos de controle social. 
 
19 - (UFF RJ/1993) 
Em várias partes da América as estruturas sócio-
econômicas coloniais tiveram por base a escravidão 
negra. No século XIX, o avanço do capitalismo mundial 
e a difusão do liberalismo submeteram a escravidão a 
forte questionamento, levando-a à decadência e à 
extinção. 
A respeito dos abolicionismos emergentes em várias 
partes do mundo, pode-se afirmar que: 
a) nos países hispano-americanos, o abolicionismo foi 
a principal bandeira dos movimentos de 
independência nacional. 
b) a preocupação essencial dos movimentos 
abolicionistas na América era, além de extinguir a 
escravidão, combater os preconceitos raciais. 
c) nos Estados Unidos, o desfecho do abolicionismo 
foi traumático, pois somente se efetivou após a 
Guerra de Secessão (1861-1865) entre o norte 
capitalista e o sul escravocrata. 
d) no Brasil o processo foi lento, estimulado pela 
cessação do tráfico africano em 1850, e concluído 
em 1888 graças aos levantes urbanos irrompidos 
em várias províncias do império. 
e) no caso dos Estados Unidos e do Brasil, a Abolição 
recebeu apoio incondicional e decisivo da 
Inglaterra, interessada em abrir novos mercados 
para sua indústria nascente. 
 
20 - (UFJF MG/1997) 
Do século XVI ao século XIX, o escravo é a mão-de-obra 
mais importante no Brasil, dominando as atividades 
produtivas tanto na cidade quanto no campo. 
 
Sobre a utilização do trabalho escravo no Brasil, marque 
a alternativa ERRADA: 
a) A opção pelo trabalho escravo africano, na maior 
parte do território brasileiro, explica-se, dentre 
outros, pela insuficiência crescente da 
disponibilidade de escravos indígenas, tendo em 
vista a catástrofe demográfica que dizimou quase 
totalmente esta população no decorrer do século 
XVI; 
b) As fugas e a formação de quilombos foram as 
principais formas de resistência dos negros ao 
processo de escravização, fazendo parte das 
relações entre senhores e escravos desde o início 
do século XVI; 
c) No final do século XVIII e início do XIX, tendo em 
vista a expansão das idéias liberais, a escravidão 
negra deixou de ser vista como algo natural; 
d) As pressões inglesas, no decorrer do século XIX, 
para que o Brasil extinguisse o tráfico africano de 
escravos, podem ser explicadas pelo fato de o 
açúcar produzidonas colônias inglesas das Antilhas 
ter seu preço elevado em virtude do fim do tráfico, 
decretado pela Inglaterra no início daquele século; 
e) O processo abolicionista, que atingiu seu auge na 
década de 80 do século passado, contou apenas 
com a participação dos setores médios urbanos, 
excluindo totalmente a ação direta de escravos. 
 
21 - (UFJF MG/1999) 
No final do século XIX, o Brasil passou por inúmeras 
transformações econômicas, políticas, sociais e 
culturais, que podem ser estudadas sob a ótica da 
transição do escravismo ao capitalismo. Enquanto 
processo diferenciado regionalmente, esta transição 
possibilita uma análise sob variados aspectos. 
 
Assinale a opção que não se refere ao processo citado: 
a) No Rio de Janeiro ocorria uma lenta diminuição da 
produção de café, devido ao esgotamento das 
terras. A abolição da escravatura contribuiu de 
forma decisiva para o processo de desestruturação 
desta economia; 
b) Nos últimos anos de vigência do trabalho escravo, o 
Oeste Paulista estava no auge de sua produção 
cafeeira e já associava mão-de-obra cativa e 
imigrante. Portanto, a abolição da escravatura não 
 
 
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Abolicionismo 
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serviu de obstáculo ao desenvolvimento da 
cafeicultura; 
c) A grande entrada de estrangeiros no país abasteceu 
o campo com trabalhadores através de diversas 
formas de trabalho, tais como a parceria, a meação 
e o colonato. Já na cidade, os imigrantes 
constituíram a principal força de trabalho das 
indústrias; 
d) O Nordeste Brasileiro, ainda no auge de sua 
produção açucareira, sofreu os fortes impactos da 
abolição da escravatura, sendo obrigado a absorver 
grande leva de trabalhadores imigrantes. 
 
22 - (UFJF MG/2000) 
Assinale abaixo o item que NÃO corresponde ao 
contexto das transformações sócio-políticas e 
econômicas processadas com o declínio do escravismo 
no Brasil: 
a) Criação de política imigratória com a finalidade 
primordial de substituição da mão-de-obra cativa 
no campo; 
b) Crescimento dos setores urbano e industrial no 
Sudeste, com a integração do imigrante ao mercado 
de trabalho; 
c) O mito da superioridade técnica do imigrante 
europeu relegou o trabalhador nacional a uma 
condição secundária na formação do mercado de 
trabalho industrial; 
d) Criação de uma política social voltada para 
integração do negro à sociedade brasileira. 
 
23 - (UFJF MG/2001) 
No que diz respeito à abolição da escravatura, o Brasil 
passou por um lento processo de mudanças que 
culminou com a Lei Áurea, em 1888. 
 
Acerca desse processo, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
a) A Lei do Ventre Livre, defendida majoritariamente 
por deputados das principais províncias cafeeiras, 
proporcionava a liberdade somente aos filhos dos 
escravos nascidos no Brasil. 
b) O movimento abolicionista cresceu nas zonas 
urbanas como também as pressões escravas, 
através de fugas e rebeliões. 
c) A Lei dos Sexagenários, que concedeu liberdade aos 
escravos com mais de 60 anos, teve um alcance 
pouco significativo, podendo ser avaliada como 
uma concessão para frear o movimento 
abolicionista. 
d) A lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o tráfico 
negreiro, resultou, sobretudo, das pressões 
inglesas, da necessidade de expansão dos mercados 
consumidores e da preocupação com a defesa dos 
direitos humanos. 
 
24 - (UFLA MG/2000) 
O processo de abolição da escravatura no Brasil se deu 
pela aprovação de dispositivos legais, elaborados ao 
longo do século XIX (leis abolicionistas). 
 
NUMERE a coluna 2 de acordo com a coluna um e 
indique a alternativa CORRETA: 
 
COLUNA 1 
1. Lei Áurea 
2. Lei dos Sexagenários 
3. Lei do Ventre Livre 
4. Lei Eusébio de Queiróz 
 
COLUNA 2 
( ) liberta os escravos sexagenários 
( ) liberta os filhos de escravos 
( ) liberta definitivamente os escravos 
( ) extingue o tráfico negreiro 
 
a) 3, 2, 1, 4 
b) 1, 2, 3, 4 
c) 2, 3, 1, 4 
d) 3, 1, 4, 2 
e) 2, 3, 4, 1 
 
25 - (UFMG/1996) 
Observe o cartoon. 
 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta a interpretação 
correta desse cartoon. 
a) A abolição da escravidão e a implementação das leis 
trabalhistas representaram respostas positivas aos 
anseios dos trabalhadores. 
b) A Constituição de 1988 iniciou o movimento de 
contenção das demandas da classe trabalhadora. 
c) A intervenção do Estado nas relações de trabalho 
tem efeitos negativos para os trabalhadores. 
d) A livre negociação é um avanço no processo de 
liberalização econômica em curso no Brasil. 
 
26 - (UFMG/1999) 
Considerando-se a questão do acesso à terra no período 
imperial, pode-se afirmar que a Lei de Terras de 1850 
obrigava à: 
a) Concessão de terras cultiváveis aos imigrantes 
europeus, proprietários de escravos e de 
equipamentos agrícolas de produção. 
 
 
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b) Ocupação econômica das terras, concedidas de 
acordo com o número de escravos de seu 
proprietário, no prazo máximo de três anos. 
c) Aquisição, por compra, das terras devolutas e ao 
registro de todas as terras efetivamente ocupadas. 
d) Divisão de lotes entre pequenos agricultores 
visando à generalização da policultura. 
 
27 - (UFMG/1999) 
Uma estratégia do conservadorismo político é o 
argumento da perversidade - "a tentativa de empurrar 
a sociedade em determinada direção fará com que ela, 
sim, se mova, mas na direção contrária" -, ou seja, toda 
mudança produzirá, por meio de uma cadeia de 
conseqüências não-intencionais, o exato oposto do 
objetivo proclamado e perseguido. 
Todas as alternativas contêm argumentos utilizados no 
debate sobre a abolição da escravatura no Brasil. 
 
Assinale a alternativa em que se reproduz o argumento 
da perversidade, ao afirmar-se que a abolição 
a) "Deixa expostos à miséria e à morte os inválidos, os 
enfermos, os velhos, os órfãos e crianças 
abandonadas da raça que se quer proteger, até hoje 
nas fazendas a cargo dos proprietários, que, hoje, 
arruinados e abandonados pelos trabalhadores 
válidos, não poderão manter aqueles infelizes, por 
maiores que sejam os impulsos de uma caridade, 
que é conhecida e admirada por todos os que 
freqüentam o interior do país". 
b) "É escusada para operar a transformação do 
trabalho e apressar as emancipações: estas se farão 
por iniciativa individual em um período muito curto. 
Estaria em mãos do governo mesmo precipitar por 
meios indiretos este fato auspicioso ..." 
c) "Ataca de frente, destrói e aniquila para sempre 
uma propriedade legal, garantida, como todo o 
direito de propriedade, pela lei fundamental do 
Império entre os direitos civis de cidadão brasileiro, 
que dela não poderia ser privado, senão mediante 
prévia indenização do seu valor". 
d) "Desorganiza o trabalho, dando aos operários uma 
condição nova, que exige novo regime agrícola [...]. 
Ficam, é certo, os trabalhadores atuais; mas a 
questão não é de número, nem de indivíduos, e sim 
de organização, da qual depende principalmente a 
efetividade do trabalho, e com ela a produção da 
riqueza nacional". 
 
28 - (UFMG/2002) 
Considerando-se a população escrava negra no Brasil 
até o final do século XVIII, é CORRETO afirmar que 
houve: 
 
a) Crescimento vegetativo constante, devido à 
ausência de qualquer tipo de controle de 
natalidade junto à população escrava. 
b) Declínio progressivo da população negra alforriada, 
em razão da necessidade de se manter a mão-de-
obra escrava. 
c) Equilíbrio entre os escravos do sexo feminino e 
masculino, com o objetivo de garantir o 
crescimento da população cativa. 
d) Necessidade de repor constantemente a mão-de-
obraescrava com negros trazidos da África, para 
suprir uma forte demanda. 
 
29 - (UFMG/2002) 
Leia este trecho de documento: 
 
Pela presente, por um de nós escrita e por ambos 
assinada, declaramos que, desejando comemorar por 
um ato digno da Religião de Cristo, o redentor, e de 
humanidade, o aniversário que hoje celebramos, e 
atendendo aos serviços que já tem nos prestado o pardo 
Sabino, nosso escravo, temos de comum acordo e de 
muita nossa livre e espontânea vontade, resolvido 
conferir ao mesmo, como conferimos, a sua liberdade, 
podendo conduzir-se como se de ventre livre fosse 
nascido: com a cláusula porém de continuar a servir-
nos, ou a pessoa por qualquer de nós designada, ainda 
por espaço de cinco anos a partir desta data. 
Registro de uma carta de liberdade conferida, em 1866, 
pelo Dr. Agostinho Marques Perdigão Malheiro e sua 
mulher ao pardo Sabino. 
Citado por CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1990. p.140. 
 
Com relação à conjuntura histórica em que foi abolida a 
escravidão e com base nas informações contidas nesse 
trecho, é CORRETO afirmar que: 
a) A extinção da escravidão se deu de forma abrupta, 
sendo que as elites abolicionistas optaram por uma 
estratégia radical de enfrentamento com a Coroa, o 
que causou grandes traumas sociais. 
b) As soluções encontradas para o problema da 
escravidão não escaparam ao controle político da 
Igreja Católica, que acabou impondo aos fiéis da 
elite uma teoria particular do abolicionismo. 
c) O debate sobre a abolição trouxe à tona as 
ambigüidades das atitudes políticas de uma parte 
da elite brasileira, que julgava o ato de 
emancipação uma benesse, pela qual o ex-escravo 
deveria pagar. 
d) Os problemas ligados à escravidão se atenuaram ao 
longo do século XIX, quando o crescimento das 
revoltas escravas suprimiu conflitos entre os negros 
e as elites rurais. 
 
30 - (UFPE/2009) 
A luta contra a escravidão foi importante para a 
afirmação política dos grupos mais liberais do Brasil, 
dedicados ao fim das injustiças sociais, embora 
houvesse resistências claras de muitos políticos. A 
participação do escravo nessa luta: 
 
 
 
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a) foi de resistência, mas também de formação de 
grupos dispostos ao conflito mais violento. 
b) aconteceu apenas nas regiões onde a produção de 
açúcar prevalecia, devido à influência dos liberais 
mais radicais. 
c) começou com a formação dos quilombos no século 
XIX, em toda região de produção do açúcar. 
d) não foi significativa devido à forte repressão policial 
e política e à falta de decisão militar dos escravos, 
tomados por grande apatia. 
e) firmou-se na região açucareira, no interior de 
Pernambuco, consolidando-se também na região 
da pecuária. 
 
31 - (UFMS/1999) 
Leia atentamente o texto abaixo. 
 
“Aos 41 anos, Isabel não lembrava em nada a menina 
que, transformada em herdeira da Coroa…, assumira o 
cargo pela primeira vez em 1871… Apesar disso, já na 
primeira regência Isabel assinaria a polêmica Lei do 
Ventre Livre.” (História do Brasil. 2ª ed. São Paulo, 
Publifolha/Zero Hora, 1997. p. 145). 
 
O texto citado refere-se aos episódios marcantes dos 
anos finais do Segundo Reinado no Brasil, sobre os quais 
é correto afirmar que: 
01. Ao ocupar o trono, durante o afastamento de seu 
pai Pedro II para tratamento de saúde, Isabel 
assinou a Lei do Ventre Livre, garantindo às 
mulheres do Império o direito ao aborto. 
02. Isabel assinou diversas leis polêmicas, sendo a 
principal delas a Lei Áurea, que aboliu, em 13 de 
maio de 1888, a escravidão no Brasil. 
04. A Abolição da escravidão no Brasil correspondeu a 
um lento e gradativo processo que esbarrou na 
oposição dos militares favoráveis à permanência da 
estrutura escravista e do recrutamento obrigatório 
dos escravos para o Exército. 
08. A Lei dos Sexagenários, também conhecida como 
Lei Eusébio de Queirós, tornou libertos todos os 
escravos com idade superior a 60 anos. 
16. A abolição dos escravos, festejada como ato de 
generosidade da Princesa Regente, na ocasião 
representando o governo imperial, foi um dos 
fatores que colaborou para a queda do regime 
monárquico no Brasil poucos anos depois. 
 
32 - (UEL PR/2001) 
Em 13 de maio de 1888 ocorreu a completa libertação 
dos escravos no Brasil. 
 
Sobre o tema, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Em 1888, a Província de São Paulo, por ter sua mão-
de-obra basicamente na escravidão, perdeu 50% de 
sua safra cafeeira. 
b) Antes de 1888, a escravidão foi extinta totalmente, 
nas províncias de Ceará e do Amazonas. 
c) Contrariamente ao esperado, o policiamento e 
captura de navios negreiros pela Inglaterra, através 
do “Bill Aberdeen”, não diminuiu, mas aumentou o 
tráfico africano para o Brasil. 
d) A Lei do Ventre Livre, de 1871, sob um Gabinete 
Conservador, pretendia preservar a escravidão por 
mais de 2 décadas, pois o filho de escrava, era livre 
“de direito”, mas escravo “de fato”. 
e) O Governo de D. Pedro II era contrário à escravidão, 
tendo alforriado, muito antes de 1888, todos os 
escravos a serviços da Família Imperial. 
 
33 - (UEPB/1999) 
O mais longo governo da história do Brasil (1840-1889), 
o Segundo Reinado, apresenta fases diferenciadas, 
mudanças e permanências, entre as quais pode-se citar: 
 
I. A implantação do Parlamentarismo, com base no 
modelo britânico modificado e o poder político nas 
mãos dos grandes proprietários de terras e 
escravos, sobretudo dos cafeicultores. 
II. A acentuação da dependência econômica à 
Inglaterra, a crise dos produtos agrícolas 
tradicionais, a ascensão do café, um relativo 
crescimento das atividades industriais e a transição 
do trabalho escravo para o trabalho assalariado e 
de parceria. 
III. A eficácia das leis abolicionistas que promovem ex-
escravos em homens livres, a transformação dos 
senhores de engenho do Nordeste em principal 
grupo dominante e a redução da classe média 
urbana. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas a proposição I está correta. 
b) Apenas as proposições I e II estão corretas. 
c) Apenas a proposição II está correta. 
d) Apenas as proposições I e III estão corretas. 
e) Todas as proposições estão corretas. 
 
34 - (UEPB/2000) 
A história da escravidão no Brasil é marcada por forte 
resistência a este tipo de condição social, política, 
econômica e ideológica, imposta pela classe dominante. 
Os negros buscaram diversas formas de resistência. 
Dentre elas destaca-se a fuga e tentativa de criar em 
algumas localidades, afastadas e de difícil acesso, as 
mesmas condições em que viviam na África. 
 
Estes locais eram conhecidos como: 
a) Aldeamentos 
b) Quilombos 
c) Bandeiras 
d) Taperas 
e) Pelourinhos 
 
35 - (UEPB/2002) 
 A principal mazela do período colonial brasileiro, sem 
sombra de dúvida, foi a escravidão. Ao negro tudo era 
 
 
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negado, só lhe restava sucumbir ou resistir. A Principal 
forma de resistência era a fuga e a tentativa de recriar, 
em alguns lugares, as mesmas condições em que vivia 
na África. 
 
Estas localidades eram denominadas de Quilombos e 
tinham as seguintes características: 
a) Situavam-se em local de fácil acesso e próximos às 
fazendas para facilitar o intercâmbio com os 
grandes proprietários rurais contrários à 
escravidão. 
b) Além de serem introduzidas as crenças e costumes 
da África, os ex-escravos praticavam a agricultura 
para sua subsistência e tinham pequenas oficinas 
para fabricação de roupas e instrumentos de 
trabalho. Às vezes, se juntavam a outros quilombos 
para facilitar na defesa do território ocupado. 
c) Os habitantes dos quilombos, por terem sido 
escravos, renegavam o trabalhoe viviam 
exclusivamente do saque a pequenas e médias 
propriedades. 
d) Como não incomodavam às autoridades, os 
quilombos não eram atacados e o governo, assim 
como os grandes proprietários, fazia vista grossa a 
existência destas comunidades. 
e) Nos quilombos tudo era permitido, inclusive, 
adultério, deserção e homicídios. Foi isto que levou 
a desagregação deles. 
 
36 - (UFPB/1996) 
Para a historiadora Emília Viotti da Costa, “...a Abolição 
não significou a destruição imediata da ordem 
tradicional. (...) O negro marcado pela herança da 
escravidão, despreparado para concorrer no mercado 
de trabalho e tendo de enfrentar toda sorte de 
preconceitos, permaneceu marginalizado”. 
Fonte: COSTA, Emília V. da. Da senzala à colonia.In: 
FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. São 
Paulo, Ática, 1995, p.267. 
A reflexão, contida no texto acima, refere-se à: 
a) Passagem do mercantilismo ao escravismo colonial 
português. 
b) Decadência do sistema escravista colonial 
brasileiro. 
c) Ascensão da economia da mineração e das lutas 
abolicionistas. 
d) Transição do regime monárquico para a República 
no Brasil. 
e) Substituição da formação colonial pela organização 
do Estado Nacional. 
 
37 - (UFPB/1997) 
Sobre a sociedade brasileira no 2º Império, é correto 
afirmar: 
a) A divisão social existente não apontava uma 
oposição radical entre senhores e escravos, pois no 
Brasil sempre predominou a democracia racial e 
social. 
b) A estrutura social era integrada, também, por 
setores intermediários, que se opunham 
radicalmente à organização social vigente. 
c) A proibição do tráfico negreiro e a redução de 
escravos, em território brasileiro, acarretaram uma 
miscigenação e uma harmonia social e racial 
gradativa. 
d) A elite brasileira, embora apresentasse certos 
aspectos civilizados e modernos, mantinha um 
comportamento extremamente conservador. 
e) A europeização dos costumes e da cultura brasileira 
levou à aceitação pacífica da escravidão, elevando 
os setores intermediários da sociedade ao topo da 
pirâmide social. 
 
38 - (UFPB/1998) 
 A escravidão, inicialmente dos índios e posteriormente 
dos negros africanos, foi um fator decisivo para a 
implantação da grande lavoura canavieira no Brasil. Por 
isso, em plena Idade Moderna, de acordo com a 
mentalidade colonialista, justificava-se a escravidão 
com o(s) seguinte(s) argumento(s): 
 
I. Os índios eram criaturas bestiais, antropófagas, 
supersticiosas e desprovidas de razão e da fé cristã, 
portanto, sujeitos ao domínio civilizatório da 
Europa. 
II. A escravidão era imprescindível à formação do 
Brasil, pois os escravos eram os “pés” e as “mãos” 
dos senhores de engenho. 
III. Os africanos, descendentes de Caim e 
amaldiçoados por Deus, deveriam sofrer no Brasil, 
purgando seus pecados, como forma de alcançar a 
salvação. 
IV. O comércio de escravos e a propagação do 
cristianismo retiravam os africanos do estado de 
barbárie em que viviam, evitando que os mais 
fortes destruíssem os mais fracos em guerras 
tribais. 
 
Dentre as afirmativas apresentadas, são verdadeiras: 
a) apenas I, II, IV 
b) apenas II, III, IV 
c) apenas I, II, III 
d) I, II, III e IV 
e) apenas I, III, IV 
 
39 - (PAS DF/2005) 
Leia a frase abaixo: 
 
“Vossa Alteza redimiu uma raça, mas perdeu o seu 
trono.” (atribuída ao Barão de Cotegipe, quando da 
aprovação da Lei Áurea) 
Um dos motivos que contribuíram para o fim do Império 
no Brasil e o advento da República foi, sem dúvida, a 
abolição da escravidão. Analise as sentenças seguintes 
conforme sejam V (verdadeiras) ou F (falsas), 
considerando aspectos da Queda da Monarquia e, a 
seguir, marque a alternativa CORRETA. 
 
 
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( ) Com a abolição, o Império praticamente 
abandonou os interesses dos proprietários, base 
aliada da Monarquia. 
( ) Os dezoito meses que separaram a Abolição da 
Proclamação da República foram suficientes para os 
republicanos armarem o golpe final contra o 
Império. 
( ) O Visconde de Ouro Preto chefiou o último 
gabinete do Império, que tentou revitalizar a 
Monarquia decadente. 
( ) Após o movimento abolicionista, Pedro II e a 
Princesa Isabel passaram a comandar o movimento 
republicano. 
 
a) V - F - V - F 
b) F - F - V - V 
c) F - V - F - V 
d) V - F - V - V 
e) V - V - V - F 
 
40 - (UFU MG/2002) 
Reflita sobre as idéias apresentadas no fragmento 
abaixo. 
 
“A abolição da escravidão é uma necessidade da honra 
e da paz nacional. O escravo é na nossa sociedade uma 
vergonha e uma ameaça. (…) Concentrando em si nossa 
riqueza, a nossa pátria está em seus músculos.” 
PATROCÍNIO, José do. Gazeta da Tarde. Rio de Janeiro, 
7/08/1882. IN: DEL PRIORE, 
Mary e outros. Documentos de História do Brasil. São Paulo: 
Scipione, 1997, p. 61. 
 
Sobre o movimento abolicionista no Brasil, é correto 
afirmar que: 
I– Com as chamadas leis abolicionistas – Lei do Ventre 
Livre e Lei dos Sexagenários – a aristocracia 
escravocrata procurava adiar a abolição definitiva 
da escravidão e diminuir a força do movimento 
abolicionista. 
II– Ao vincular a existência do escravo à idéia de 
“vergonha e ameaça” para a sociedade, discurso 
abolicionista refletia, tanto as ameaças de 
intervenções internacionais para por fim à 
escravidão, quanto o boicote que os produtos 
brasileiros sofriam no exterior. 
III– Os republicanos organizaram e lideraram o 
movimento abolicionista como uma estratégia de 
luta contra a monarquia, o que explica o abandono 
dos ex-escravos à própria sorte, após a Lei Áurea. 
IV– O movimento abolicionista somou-se aos atos de 
resistência dos escravos que, individual ou 
coletivamente, estavam desorganizando a 
produção e provocando o medo entre os senhores 
escravocratas, inviabilizando a continuidade do 
próprio regime de escravidão. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas II e III 
b) Apenas I e IV 
c) Apenas III e IV 
d) Apenas I e II 
 
41 - (UFPB/2001) 
 Leia as estrofes do poema A canção do africano. 
 
Lá na úmida senzala, 
Sentado na estreita sala, 
Junto ao braseiro, no chão, 
Entoa o escravo o seu canto, 
E ao cantar correm-lhe em pranto 
Saudades do seu torrão... 
 
De um lado, uma negra escrava 
Os olhos no filho crava, 
Que tem no colo a embalar... 
E à meia voz lá responde 
Ao canto, e o filhinho esconde, 
Talvez p’ra não a escutar! 
 
“Minha terra é lá bem longe, 
Das barras de onde o sol vem; 
Esta terra é mais bonita, 
Mas à outra eu quero bem! 
.................................................. 
“Lá todos vivem felizes, 
Todos dançam no terreiro; 
A gente lá não se vende 
Como aqui, só por dinheiro”. 
.................................................. 
O escravo então foi deitar-se, 
Pois tinha de levantar-se 
Bem antes do sol nascer, 
E se tardasse coitado, 
Teria de ser surrado, 
Pois bastava escravo ser. 
 
E a cativa desgraçada 
Deita seu filho, calada, 
E põe-se triste a beijá-lo, 
Talvez temendo que o dono 
Não viesse, em meio ao sono, 
De seus braços arrancá-lo! 
(Castro Alves, Recife, 1863. In: GOMES, Eugênio (org.) 
Castro Alves: obra completa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, 1976). 
 
As estrofes espelham a situação do africano, 
escravizado e exposto a uma nova realidade e condições 
de vida, diferentes daquelas a que estava habituado, 
restando-lhe poucas opções. 
Tendo como base de referência esse poema, analise as 
seguintes afirmações: 
I. A opção pela escravidão do africano deveu-se, 
principalmente, à possibilidade de ampliação do 
lucrativo comércio que se estabeleceu entre a 
 
 
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Colônia brasileira e a burguesia metropolitana 
portuguesa. 
II. Os africanos vinham para o Brasilem navios 
negreiros. Por se tratar de uma carga lucrativa, os 
traficantes tinham o maior cuidado em transportá-
los, tomando medidas cautelares, no que dizia 
respeito à alimentação e higiene a fim de evitar a 
proliferação de doenças dentro das embarcações. 
III. A ordem geral imposta pelo proprietário era a 
obediência do escravo e, caso não fosse cumprida, 
ele era submetido a castigos corporais cruéis. A 
principal reação dos escravos era fugir em busca de 
liberdade e para se defenderem da perseguição 
formavam comunidades chamadas quilombos. 
 
 Está(ão) correta(s) apenas: 
a) I e III. 
b) II e III. 
c) III. 
d) II. 
e) I. 
 
42 - (UFPEL RS/2000) 
Observe a figura abaixo: 
 
 
 
Essa ilustração, publicada no Brasil, no século XIX, é 
alusiva à disputa dos partidos em torno da causa 
abolicionista. 
 
Os partidos representados são: 
a) o Republicano Federal e o Liberal. 
b) o Liberal e o Conservador. 
c) o Conservador e o Trabalhista Brasileiro. 
d) o Comunista Brasileiro e o de Representação 
Popular. 
e) a Ação Integralista Brasileira e a Ação Nacional 
Libertadora. 
 
43 - (UFRN/1997) 
Assinale a alternativa que corresponde à interpretação 
mais aceita atualmente para a substituição do escravo 
indígena pelo africano: 
 
a) O escravo africano alcançava preço quatro vezes 
maior que o indígena no mercado colonial, 
constituindo-se uma maior vantagem para o 
produtor colonial. 
b) O tráfico negreiro assegurava altos rendimentos, 
favorecendo a acumulação primitiva de capital pela 
metrópole. 
c) A Igreja posicionou-se contrária ao regime de 
escravidão dos indígenas, por defender seu 
aldeamento em missões, cuja organização 
teocrático-coletivista lhe dava mais poder. 
d) Forte resistência tribal indígena à escravidão, de um 
lado, e, do outro, imediata adaptação dos africanos 
ao trabalho compulsório nesse regime. 
e) O índio era indolente para o trabalho agrícola, ao 
contrário do africano, já adaptado a esse tipo de 
trabalho, em regime de escravidão. 
 
44 - (UFRN/1998) 
Analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a 
opção cuja seqüência numérica corresponde a 
afirmações corretas sobre o declínio e o fim da 
escravidão negra no Brasil. 
 
I) A extinção do tráfico de escravos representou um 
duro golpe à hegemonia dos senhores de engenho 
e dos barões do café, que se constituíam na camada 
dominante do Império. 
II) O declínio da escravidão no Brasil representou 
também o declínio da economia cafeeira, por ser o 
escravo a única mão-de-obra empregada nas 
fazendas de café. 
III) Com o fim da Guerra do Paraguai, a luta pela 
abolição da escravatura se colocou no centro 
dos debates políticos, motivando grandes 
mobilizações sociais. 
IV) A Lei Áurea contribuiu fundamentalmente para a 
queda do Império brasileiro. 
 
a) II, III e IV 
b) I, II e III 
c) I, III e IV 
d) I, II, III e IV 
 
45 - (UFRN/2001) 
Leia este fragmento da Carta do Capitão-General da 
Capitania de Minas Gerais, Conde D. Pedro de Almeida, 
a Sua Majestade, datada de 20 de abril de 1719: 
 
 Já dei conta a Vossa Majestade da soltura com que 
nestas Minas viviam os negros fugidos que nos 
Mocambos se atreviam a fazer todo gênero de insultos, 
sem receio de castigos. Falei também da possibilidade 
de fazerem ações semelhantes às dos Palmares, fiados 
na sua multidão e na meia confiança de seus senhores, 
que não só lhes fiavam todo o gênero de armas, mas 
lhes encobriam as suas insolências e delitos, mesmo os 
praticados contra seus próprios senhores. 
Recentemente, verificou-se a minha suspeita: os negros 
trataram de urdir uma sublevação geral, induzindo-se 
uns aos outros, por meio de emissários que andavam de 
 
 
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uma para outras paragens, fazendo esta negociação. 
Tinham ajustado que a primeira operação dela fosse na 
quinta-feira de Endoenças, porque, achando-se todos os 
homens brancos ocupados nas igrejas, tinham tempo 
para arrombar as casas deles e investir contra os 
brancos, degolando-os sem remissão alguma. 
Adaptado de GOULART, José A. Da fuga ao suicídio: 
aspectos da rebeldia dos escravos no Brasil. Rio de 
Janeiro: Conquista, 1972. p. 284. 
 
A partir da análise de vários documentos com esse teor, 
historiadores da atualidade afirmam que: 
a) Os funcionários coloniais não conseguiam manter 
os escravos sob controle, por isso os vendiam para 
outras localidades quando estes se rebelavam. 
b) As freqüentes agressões e revoltas dos escravos 
ocasionaram o aumento do número de alforrias 
ocorridas na capitania de Minas Gerais. 
c) As constantes lutas dos negros por sua liberdade 
tiveram importante papel no processo de abolição 
da escravatura no Brasil, oficializada com a Lei 
Áurea. 
d) Os donos de minas, amedrontados por causa do 
grande número de negros sublevados, optaram 
pela imigração de trabalhadores europeus. 
 
46 - (UFRRJ/2001) 
Liberando escravos para o exército imperial Decreto no 
3725-A, de 6 de novembro de 1866. 
“Hei por bem ordenar que, aos escravos da nação, que 
estiverem nas condições de servir no Exército, se dê, 
gratuitamente liberdade para se empregarem naquele 
serviço; e, sendo assim estenda-se o mesmo benefício 
às suas mulheres”. 
Zacarias de Góis e Vasconcelos, do meu Conselho, 
senador do Império, presidente do Conselho de 
Ministros, etc., assim o tenha entendido e faça executar. 
Palácio do Rio de Janeiro, aos seis de novembro de mil 
oitocentos e sessenta e seis, quadragésimo quinto da 
Independência e do Império. 
Com a rubrica de Sua Majestade o Imperador. 
Zacarias de Góis e Vasconcelos. 
 
A libertação dos “escravos da nação” em troca de sua 
participação no Exército Imperial dizia respeito, na 
época de sua decretação, 
a) Ao início do processo de libertação total dos 
escravos, promovida pelo Estado, em busca de uma 
modernização social de base capitalista. 
b) À liderança do Exército na luta pela libertação dos 
escravos, também manifestada na recusa ao 
cumprimento das ordens de busca e apreensão dos 
negros fugidos. 
c) À necessidade do Estado Imperial de conter as 
revoltas surgidas no período regencial com a 
ampliação do corpo regular do Exército. 
d) Ao desejo do Exército de transformar-se na 
principal força política da nação, tendo em vista 
uma futura proclamação da República. 
e) À participação brasileira na Guerra da Tríplice 
Aliança contra o Paraguai, buscando suprir a 
deficiência de quadros diante do poderoso inimigo 
(das dificuldades de recrutamento dos homens 
livres). 
 
47 - (UFRRJ/2001) 
(...) Os escravos haviam durante dois séculos e meio 
lutado sozinhos. A partir da independência, sua luta foi 
secundada pelos ingleses. Mas o antiescravismo inglês 
jamais cogitou de mobilizar os próprios escravos ou, 
quando menos, apoiar-se neles para liquidar o sistema: 
semelhante solução seria de todo incompatível com a 
índole e os interesses do capitalismo inglês (...)”. 
FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. Porto Alegre , 
Mercado Aberto, 1982. p. 113. 
 
O texto acima nos convida a uma reflexão sobre a 
pressão inglesa na economia brasileira. 
a) Retire do texto um trecho que demonstre o 
interesse da Inglaterra na libertação dos escravos. 
b) Aponte um motivo pelo qual a Inglaterra não era 
favorável à industrialização brasileira no final do 
século XIX. 
 
48 - (UFSE/2002) 
Analise as proposições abaixo. 
 
00. As manifestações culturais da sociedade colonial 
brasileira estavam exclusivamente ligadas aos 
valores, hábitos e costumes da população negra e 
indígena. 
11. Uma das produções culturais mais brilhantes do 
período colonial ocorreu na área da mineração, em 
razão do surgimento de uma sociedade mais 
urbanizada. 
22. Marcas da culturaindígena nos costumes do povo 
brasileiro são quase imperceptíveis em razão do 
extermínio dos nativos, através da escravização, 
das guerras de conquista e das doenças 
transmitidas pelos homens brancos. 
33. A cultura popular de origem africana como o 
batuque, o candomblé e a capoeira era muito 
prestigiada pela elite intelectual do período 
colonial. 
44. A partir do século XVII, já se percebia o interesse de 
grande parte dos artistas brasileiros pelas 
manifestações culturais dos negros e dos indígenas. 
 
49 - (UFSC/1999) 
“No dia 15 e 19 de maio, fugiram dois escravos do 
abaixo assinado, o primeiro de nome Manuel, preto 
criolo, pescoço grosso, estatura regular, olhos vivos, 
canelas finas e alguns sinais de chicote nas costas e 
nádegas antigos, com falta de cabelos no meio da 
cabeça e na testa, de uma brecha. – O segundo, de nome 
Matias, criolo, pardo, estatura regular, encorpado, falta 
de cabelo no meio da cabeça, ocasionado de andar 
vendendo água, e alguns sinais de chicote nas costas e 
 
 
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nádegas, vendia água adiante do açougue velho e fazia 
algumas bobagens pela rua para melhor vender água. 
Quem os capturar e entregar a seu dono, receberá boa 
gratificação, pedindo o abaixo assinado aos Srs. 
Delegado e subdelegado, recomendem aos guardas 
campestres a dita captura". Maranhão, 30 de maio de 
1856. 
(José Joaquim Machado, Publicador Maranhense, 
30/5/1856, anúncio) 
 
 As informações do texto citado permitem afirmar que: 
01. As descrições físicas dos escravos registradas no 
texto citado revelam que em 1856 os mesmos ainda 
eram considerados “peças” e eram tratados com 
se fossem objetos. 
02. Detalhes físicos descritos pelo autor do anúncio 
confirmam a existência da violência física aplicada 
aos escravos negros. 
04. A “boa gratificação” mencionada no texto citado 
justificava-se, pois número significativo de escravos 
fugiam para o Quilombo dos Palmares tornando 
dispendiosa a sua recuperação. 
08. Com base no texto citado, os escravos do 
Maranhão, em 1856, além de exercerem funções 
próprias do meio rural, também exerciam 
atividades próprias do meio urbano. 
 
50 - (EFOA MG/1999) 
Em 1997 o Brasil comemorou 150 anos de nascimento 
de Castro Alves, um poeta baiano, cujos versos 
simbolizam a luta pela liberdade e contra a escravidão. 
 
Com relação à escravidão e à estrutura social no Brasil, 
é INCORRETO afirmar que: 
a) Houve um processo gradual de abolição da 
escravidão a partir de 1850 com o fim do tráfico 
negreiro. 
b) A mão-de-obra escrava representava a base de 
sustentação da economia colonial e também do 
império. 
c) Havia um grande contingente de homens livres e 
pobres vivendo sob a dependência dos grandes 
senhores de terra. 
d) A abolição da escravidão em maio de 1888 foi 
precedida de uma ampla discussão na sociedade, 
bem como da adoção de medidas no sentido de 
incorporar os futuros libertos à estrutura 
econômica, social e política nacional. 
e) A abolição da escravidão foi precedida de medidas 
restringindo o acesso à terra e ao direito de voto. 
 
51 - (UnB DF/1992) 
Sobre a escravidão no Brasil colônia, é correto afirmar-
se que: 
00. Os escravos, trabalhando diretamente na produção 
ou em serviços domésticos, constituíam a base de 
toda a estrutura social. 
01. O escravo africano recebeu um tratamento menos 
violento que o dado ao escravo indígena, por ser 
mais dócil e ter aceitado passivamente a 
escravização. 
02. A forma de organização do trabalho na região 
mineradora permitia ao escravo alguma 
possibilidade de conseguir a alforria. 
03. O alto custo da mão-de-obra escrava, aumentando 
o custo dos produtos tropicais de exploração, 
impediu aos comerciantes metropolitanos a 
apropriação de elevadas taxas de lucros. 
 
52 - (UnB DF/1994) 
Quanto à escravidão negra no Brasil, julgue os itens 
abaixo. 
00. O tráfico negreiro foi formalmente suprimido, em 
1831, após uma série de negociações, deixando 
evidente que o comércio de escravos, nesta época, 
vinha ao encontro dos interesses ingleses. 
01. A manutenção do sistema escravista, em meados 
do século XIX, tornou elástica a oferta de mão-de-
obra, provocando o deslocamento de escravos 
principalmente de áreas economicamente 
decadentes. 
02. O jornal Correio Braziliense levantou-se como uma 
das vozes contrárias à escravidão. 
03. A experiência pioneira com colônia de parceria, 
introduzida pelo senador Vergueiro na fazenda de 
Ibicada, em 1847, trouxe trabalhadores europeus 
que se adaptaram facilmente ao regime de trabalho 
e que substituíram totalmente a mão-de-obra 
escrava. 
 
53 - (UnB DF/1995) 
Leia o texto que se segue. 
 
O senhor, que tem necessidade de se fazer 
compreender para dar ordens ao escravo, organiza-lhe 
os trabalhos e os dias; deseja também que ele 
compreenda os rudimentos da religião e aprenda a 
rezar. A sociedade escravista conta com o apoio da 
Igreja para ensinar a seus trabalhadores as virtudes da 
paciência e da humildade, a resignação e a submissão à 
ordem estabelecida. 
Káttia de Q. Mattoso, Ser escravo no Brasil. 
 
Julgue os itens seguintes. 
00. Era costume, no Brasil colônia, que a Igreja 
concentrasse grandes esforços para a 
evangelização dos negros trazidos da África. Neste 
sentido, fazia-se questão de que compartilhassem a 
missa sentados lado a lado com os brancos, a fim de 
que assimilassem seus costumes e seu temor a 
Deus. 
01. O sociólogo Gilberto Freyre, um dos principais 
intelectuais brasileiros, contribuiu com sua obra 
para dar uma imagem quase idílica da escravidão no 
Brasil. 
02. O desenvolvimento da Colônia esteve intimamente 
associado ao tráfico negreiro, uma vez que, no 
início da colonização, a atividade dominante foi a 
 
 
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monocultura; o Brasil não dispunha de metais 
nobres nem de animais de tiro ou de criação. 
03. Logo o Governo Geral tratou de incentivar a 
exploração do país. Como se tratava de 
empreendimento que exigia grande vulto de 
capital, coube à iniciativa particular definir as 
formas oportunas de instalar-se na Bahia de Todos 
os Santos, em 1549, e de lá estabelecer uma 
colonização progressiva para o Brasil, sem a 
intervenção do Governo. 
 
54 - (UFMT/2001) 
No século XIX, a escravidão no Brasil foi denunciada 
pelos abolicionistas como uma instituição que 
degradava não apenas os negros escravos mas toda a 
sociedade imperial. A extinção da escravidão passou a 
ser objeto de uma intensa campanha. A respeito, julgue 
os itens. 
00. A extinção do tráfico negreiro em 1850 demonstrou 
as limitações do regime escravocrata justamente 
no momento em que a demanda por mão-de-obra 
era crescente devido à expansão da lavoura 
cafeeira. 
01. Ao adotar uma política emancipacionista gradual e 
progressiva, os fazendeiros escravocratas que 
sustentavam politicamente a monarquia 
garantiram a preservação de seus interesses. 
02. A Lei do Ventre Livre (1871) garantiu a emancipação 
incondicional de todos os filhos de escravas, 
representando um golpe abolicionista sobre os 
interesses da elite dominante dividida em disputas 
partidárias. 
03. Com a Abolição em 1888, os setores econômicos 
mais dinâmicos, por dependerem da mão-de-obra 
escrava, passaram por uma crise estrutural que 
perdurou até o reordenamento da produção com o 
trabalho assalariado. 
 
55 - (UFMT/2002) 
Em relação à extinção do tráfico negreiro, aprovada pelo 
Império brasileiro em 1850, julgue os itens. 
00. O fim do tráfico não comprometeu o sistema 
compulsório de mão-de-obra porque a taxa positiva 
de crescimento vegetativo da população escrava 
satisfez, em grande parte, a demanda. 
01. A utilização da mão-de-obralivre nacional e a 
aquisição de escravos do Centro-Oeste decadente 
foram as soluções adotadas pela política imperial 
para a falta de braços na lavoura cafeeira. 
02. A Lei de Terras, aprovada em 1850, determinou que 
as terras públicas passassem a ser vendidas e foi um 
mecanismo para dificultar o acesso à propriedade 
de terras por parte dos futuros imigrantes. 
03. A reorientação de capitais antes utilizados na 
importação de escravos dinamizou a economia 
brasileira, dando origem a bancos, indústrias e 
empresas de navegação. 
 
56 - (UFOP MG/1996) 
Leia atentamente o texto abaixo. 
"Pela presente, por um de nós escrita e por ambos 
assinada, declaramos que, desejando comemorar por 
um ato digno da Religião de Cristo, o redentor, e de 
humanidade, o aniversário que hoje celebramos, e 
atendendo aos serviços que já tem nos prestado o pardo 
Sabino, nosso escravo, temos de comum acordo e de 
muita nossa livre e espontânea vontade, resolvido 
conferir ao mesmo, como conferimos, a sua liberdade, 
podendo conduzir-se como se de ventre livre fosce 
nascido: com a cláusula porém de continuar a servir-
nos, ou a pessoa por qualquer de nós designada, ainda 
por espaço de cinco anos a partir desta data." 
(Registro de uma carta de liberdade conferida em 1866 
pelo Dr. Agostinho Marques Perdigão Malheiro e sua 
mulher ao pardo 
Sabino. Citado por Sidney Chalhoub. Visões de 
Liberdade. 
São Paulo: Comapnhia das Letras, 1990 p. 140.) 
 
Com relação ao contexto histórico do Brasil Imperial e a 
conjuntura em que foi abolida a escravidão, são corretas 
as afirmativas abaixo, exceto: 
a) O problema da escravidão agudizou-se ao longo do 
século XIX, sobretudo a partir d intensificação das 
revoltas escravas e da interrupção do tráfico legal, 
o que levou alguns proprietários a começarema 
pensar no problema da substituição daquele tipo de 
mão-de-obra. 
b) Durante o processo de extinção da escravidão, as 
elites imperiais optaram por uma estratégia 
gradualista, ou seja, extinguir aquela forma de 
exploração de mão-de-obra aos poucos e sem 
"traumas" econômicos ou sociais. 
c) Abolicionismo, tam como defendido por parte da 
elite urbana letrada, apresentava claros 
antagonismos, o que se expressa, por exemplo, em 
concepções como as referidas no texto de 1866 
citado acima, que procura justificar a libertação 
segundos os mesmos princípios cristãos que 
durante séculos legitimaram a escravidão no Brasil. 
d) Durante o período Imperial houve uma intensa 
discussão acerca do problema da mão-de-obra no 
Brasil. Não obstante os esforços retóricos de uns 
poucos, a solução encontrada acabou por 
discriminar o ex-escavo no mercado de trabalho em 
favor de trabalhadores brancos vindos do exterior. 
e) Movimentos de contestação armada ao poder 
imperial, tais como, a Farroupilha, a Rebelião 
Praieira ou a Cabanagem tinham em comum, uns 
em maior, outros em menor grau, a crítica à 
centralização do poder e o pendor ao 
abolicionismo. 
 
57 - (UFOP MG/1996) 
Leia atentamente o texto abaixo. 
“Pela presente, por um de nós escrita e por ambos 
assinada, declaramos que, desejando comemorar por 
um ato digno de religião de Cristo, o redentor, e de 
 
 
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Abolicionismo 
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humanidade, o aniversário que hoje celebramos, e 
atendendo aos serviços que já tem nos prestado o pardo 
sabino, nosso escravo, temos de comum acordo e de 
muita nossa livre e espontânea vontade, resolvido 
conferir ao mesmo, como conferimos, a sua liberdade, 
podendo conduzir-se como se de ventre fosse nascido: 
com a cláusula porém de continuar a servir-nos, ou a 
pessoa por qualquer de nós designada, ainda por espaço 
de cinco anos a partir desta data.” 
(Registro de uma carta de liberdade conferida em 1866 pelo 
Dr. Agostinho Marques 
Perdigão Malheiro e sua mulher ao pardo Sabino. Citado por 
Sidney C]halhouub. 
Visões da Liberdade, São Paulo: Companhia das Letras, 1990, 
p. 140.) 
 
Com relação ao contexto histórico do Brasil Imperial e a 
conjuntura que foi abolida a escravidão, são corretas as 
afirmativas abaixo, exceto: 
a) O problema da escravidão agudizou-se ao longo do 
século XIX, sobretudo a partir da intensificação das 
revoltas escravas e da interrupção do tráfico legal, 
o que levou alguns proprietários a começarem a 
pensar no problema da substituição daquele tipo de 
mão-de-obra. 
b) Durante o processo de extinção da escravidão, as 
elites imperiais optaram por uma estratégia 
gradualista, ou seja, extinguir aquela forma de 
exportação de mão-de-obra aos poucos e sem 
“traumas” econômicos ou sociais. 
c) O abolicionismo, tal como defendido por parte da 
elite letrada, apresentava claros antagonismos, o 
que se expressa, por exemplo, em concepções 
como as referidas no texto de 1866 citado acima, 
que procura justificar a libertação segundo os 
mesmos princípios cristãos que durante séculos 
legitimaram a escravidão no Brasil. 
d) Durante o período Imperial houve uma intensa 
discussão acerca do problema da mão-de-obra no 
Brasil. Não obstante os esforços retóricos de uns 
poucos, a solução encontrada acabou por 
discriminar o ex-escravo no mercado de trabalho 
em favor de trabalhadores brancos vindos do 
exterior. 
e) Movimento de contestação armada ao poder 
imperial, tais como a Farroupilha, a Rebelião 
Praieira ou a Cabanagem tinham em comum, uns 
em maior, outros em menor grau, a crítica à 
centralização do poder e o pendor ao 
abolicionismo. 
 
58 - (UNIFESP SP/2002) 
Sobre os quilombos, é correto afirmar que: 
a) Desapareceram depois da terrível repressão que se 
abateu sobre Palmares no final do século XVII. 
b) Sobreviveram a todas as repressões, porque 
sempre contaram com ajuda externa dos pobres 
livres. 
c) Formaram-se em grande número, pequenos e 
grandes, durante toda a história da escravidão 
brasileira. 
d) Foram tolerados pelas autoridades porque, ao se 
isolarem em lugares inacessíveis, não ameaçavam a 
sociedade. 
e) Ficaram confinados às zonas produtoras de açúcar, 
tabaco e cacau do Nordeste, durante o período 
colo-nial. 
 
59 - (UNIFICADO RJ/1995) 
As Leis Abolicionistas, a partir de 1850, podem ser 
consideradas como o nível político da crise geral da 
escravidão no Brasil, porque: 
a) A Lei Euzébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfico 
quando a necessidade de escravos já era 
declinante, face à crise da lavoura. 
b) O sucesso das experiências de parceria acelerou a 
emancipação dos escravos, crescendo um mercado 
de mão-de-obra livre no país. 
c) A Lei do Ventre Livre (1871) representou uma 
vitória expressiva do movimento abolicionista, 
tornando irreversível o fim da escravidão. 
d) As sucessivas leis emancipacionistas foram 
paralelas à progressiva substituição do trabalho 
escravo por homens livres. 
e) A Lei Áurea, iniciativa da própria Coroa, visava a 
garantir a estabilidade e o apoio dos setores rurais 
ao Império. 
 
60 - (UNIUBE MG/2002) 
A respeito do processo de transição da escravidão ao 
trabalho livre no Brasil, é correto afirmar que: 
a) Em todo o Brasil, a opção pelo imigrante europeu, 
em detrimento de asiáticos ou de trabalhadores 
brasileiros, explica-se apenas pela alta 
produtividade de italianos, espanhóis e alemães 
conhecedores das modernas técnicas de produção. 
b) A “solução imigrantista” foi o modelo adotado pela 
província de São Paulo, não podendo ser 
generalizado para todo o Brasil, pois em outras 
regiões, como Minas e Rio de Janeiro, a transição 
para o trabalho assalariado baseou-se em 
trabalhadores locais brasileiros. 
c) Como eram mais modernos e adeptos do trabalho 
livre assalariado, os cafeicultores paulistas 
recusaram-se a atualizar escravos em suas 
fazendas, obrigando o governo imperial a acelerar 
o processo de abolição de escravidãono Brasil. 
d) Com a abolição da escravidão em 1888, o 
pagamento do salário integralmente em dinheiro 
generalizou-se rapidamente em todas as atividades 
econômicas do país, pondo fim ao sistema de 
parceria, ao colonato e às coações extra-
econômicas sofridas por peões e agregados rurais. 
 
61 - (UNESP SP/2001) 
Consulte os dados da tabela e responda. Escravos 
importados da África para o Brasil. 
 
 
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ANO Nº DE ESCRAVOS IMPORTADOS 
1849 54.000 
1850 23.000 
1851 3.000 
1852 700 
Fonte: Caio Prado Júnior. História econômica do Brasil. 
 
a) A que se deve a diminuição do número de escravos 
a partir de 1850? 
b) Dê uma conseqüência da diminuição da importação 
de escravos. 
 
62 - (UNIUBE MG/2001) 
A respeito do processo de transição da escravidão ao 
trabalho livre no Brasil, é correto afirmar que: 
a) Em todo o Brasil, a opção pelo imigrante europeu, 
em detrimento de asiáticos ou de trabalhadores 
brasileiros, explica-se apenas pela alta 
produtividade de italianos, espanhóis e alemães 
conhecedores das modernas técnicas de produção. 
b) A “solução imigrantista” foi o modelo adotado pela 
província de São Paulo, não podendo ser 
generalizado para todo o Brasil, pois em outras 
regiões, como Minas e Rio de Janeiro, a transição 
para o trabalho assalariado baseou-se em 
trabalhadores locais brasileiros. 
c) Como eram mais modernos e adeptos do trabalho 
livre assalariado, os cafeicultores paulistas 
recusaram-se a atualizar escravos em suas 
fazendas, obrigando o governo imperial a acelerar 
o processo de abolição de escravidão no Brasil. 
d) Com a abolição da escravidão em 1888, o 
pagamento do salário integralmente em dinheiro 
generalizou-se rapidamente em todas as atividades 
econômicas do país, pondo fim ao sistema de 
parceria, ao colonato e às coações extra-
econômicas sofridas por peões e agregados rurais. 
 
63 - (UPE/2000) 
O açúcar e o ouro foram duas riquezas básicas do Brasil-
Colônia sustentadas pela mão-de-obra escrava, o que 
contribuiu para a existência de uma sociedade 
hierarquizada e patriarcal. 
 
Considerando o enunciado desta questão, é correto 
afirmar que: 
a) A escravidão conseguiu livrar Portugal de prejuízos 
maiores, pois era impossível usar qualquer tipo de mão-
de-obra livre, devido à incapacidade técnica dos índios 
e a escassez de colonos portugueses; 
b) Os escravos do açúcar tinham melhores condições 
de vida, pois contavam com a simpatia dos seus 
senhores; 
c) A sociedade escravista colonial deixou uma 
memória que ainda marca a história recente com 
seus preconceitos e violência; 
d) A análise de Gilberto Freyre mostra que a 
escravidão não deve ser criticada, valorizando 
alguns dos seus aspectos e discordando de outros 
historiadores que a criticam e a condenam; 
e) Além de favorecer a produção do açúcar e do ouro, 
a mão-de-obra escrava foi fundamental para a 
pecuária e para a organização das entradas e 
bandeiras. 
 
64 - (UFG GO/1996) 
“Fatalidade atroz que a mente esmaga! 
Extingue nesta hora o brigue imundo 
O trilho que Colombo abriu na vaga, 
Como um íris no pélago profundo!… 
…Mas é infâmia de mais… Da etérea plaga 
Levantai-os, heróis do Novo Mundo… 
Andrada! Arranca este pendão dos ares! 
Colombo! fecha a porta de teus mares!” 
(Castro Alves. Poesias Completas. Rio de Janeiro: 
Ediouro. P.138.) 
 
A estrofe selecionada do poema “O navio negreiro” 
revela a indignação do poeta contra o tráfico de 
escravos. Sobre essa desumana atividade comercial, 
pode-se afirmar que: 
01. O tráfico de escravos, organizado sob a forma de 
atividade mercantil, foi uma atividade típica da 
formação do mundo moderno no chamado 
processo de acumulação de capital; 
02. O tráfico de escravos foi uma atividade anti-
capitalista, pois dificultava o livre desenvolvimento 
das forças produtivas na colônia nos séculos XVI e 
XVII; 
04. A expressão fatalidade atroz, com qual o poeta 
referiu-se ao tráfico de escravos, indica uma relação 
necessária entre o tráfico e a economia brasileira 
carente de negros para o desenvolvimento das 
chamadas plantations; 
08. Ao conclamar os heróis do Novo Mundo a lutar 
contra a escravidão, Castro Alves lembrou o nome 
dos Andradas, pois, como se sabe, José Bonifácio foi 
uma das primeiras vozes da elite política, no século 
passado, a condenar a escravidão; 
16. A extinção do tráfico no Brasil, em 1850, 
desorganizou a economia brasileira, na medida em 
que acelerou o processo de fuga dos escravos que, 
organizados em Quilombos, constituíram grave 
ameaça à ordem política vigente. 
 
65 - (UFG GO/1998) 
Abre-se a Segunda metade do século passado com um 
fato que se pode considerar o ponto de partida de toda 
nossa evolução posterior: é a abolição do tráfico de 
escravos em 1850. Nenhum outro acontecimento da 
nossa história teve talvez repercussão tão profunda. Por 
suas conseqüências, mediatas ou imediatas, ele se faz 
sentir até os últimos anos do Império. 
(PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil e 
outros estudos. São Paulo: Brasiliense, 1957, p.83.) 
 
 
 
17 
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Abolicionismo 
17 
É curioso que o fim do tráfico de escravos tenha tido 
tamanha repercussão na vida econômica e social do 
Brasil, na análise de Caio Prado. No entanto, a análise 
histórica deve ser mediada pelas especificidades 
regionais, ou seja, a rigor, essa observação de tamanha 
força abarca parte do imenso território brasileiro. 
Com base no exposto, analise a maneira pela qual o fim 
do tráfico afetou as seguintes regiões e estados 
mencionados abaixo: 
a) Sudeste; 
b) Nordeste; 
c) Goiás. 
 
66 - (UFG GO/2000) 
“o abolicionismo é um protesto contra esta triste 
perspectiva, contra o expediente de entregar à morte a 
solução de um problema, que não é só de justiça e 
consciência moral, mas também de previdência política. 
Além disso, o nosso sistema está por demais estragado 
para poder sofrer impunemente a ação prolongada da 
escravidão.” 
 
Joaquim Nabuco, em seu livro O abolicionismo, define o 
sentido do debate sobre a escravidão no Brasil, em 
meados do século XIX. 
 
Sobre o abolicionismo no Brasil pode-se afirmar que: 
01. A Campanha Abolicionista teve como fundamento 
a mobilização direta dos escravos que assumiram a 
direção do movimento. 
02. A campanha voltou-se, não só, contra os 
proprietários de escravos, mas questionou o 
domínio da grande propriedade e da própria 
estrutura capitalista. 
03. D. Pedro II, com base no Poder Moderador, criou 
obstáculos para barrar as medidas de proteção ao 
escravo. 
04. Joaquim Nabuco percebe na Campanha um sentido 
de prevenção contra possíveis rebeliões e aponta 
para as conseqüências negativas das relações 
escravistas em nossa sociedade. 
 
67 - (UFG GO/2001) 
(...) Sejamos francos: o tráfico, no Brasil, prendia-se a 
interesses, ou para melhor dizer, a presumidos 
interesses dos nossos agricultores; e num país em que a 
agricultura tem tamanha força, era natural que a 
opinião pública se manifestasse em favor do tráfico: a 
opinião pública que tamanha influência tem, não só nos 
governos representativos, como até nas monarquias 
absolutas. O que há para admirar em que nós todos, 
amigos ou inimigos do tráfico, nos curvássemos a essa 
necessidade? 
 
O texto acima é parte de um discurso de Eusébio de 
Queiroz, calorosamente aplaudido na Câmara, que 
encaminhou a lei antitráfico, em 1850. 
 
Acerca do debate sobre o fim do tráfico, pode-se afirmar 
que: 
01. o tráfico de escravos permaneceu como prática 
corrente, defendida pelos agricultores com a 
conivência do Estado brasileiro, apesar

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