Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DOS AFLORAMENTOS DE ROCHAS DO EMBASAMENTO CAMBRIANO DO CAMPUS DE GOIABEIRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (SUDESTE DO BRASIL) Yuri Victor Melo 1, Amanda Fernandes Silva 2, Luiza Leonardi Bricalli ³ 1 Universidade Federal do Espírito Santo, ymelllo@hotmail.com 2 Universidade Federal do Espírito Santo, amandafernandeslibra@gmail.com ³ Universidade Federal do Espírito Santo, luizabricalli@gmail.com O objetivo dessa pesquisa foi caracterizar estruturas e processos geológicos de 3 (três) afloramentos presentes no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), município de Vitória - ES (Sudeste do Brasil). A área apresenta 2 (duas) unidades geológicas (CPRM, 2014): i) Depósitos aluvionares (Q2a) e ii) Maciço Vitória (εγ5lesvit). Em campo foram realizadas análises geológicas registradas com uso de GPS (Global Position System) presente no aplicativo GPS Essentials. Em seguida, foram caracterizados os litotipos quanto ao tipo de rocha, mineralogia e textura da rocha e identificadas e medidas as orientações e tamanho das estruturas rúpteis, com utilização de trena e bússola brunton. Por fim, foram caracterizados os processos geológicos presentes nos afloramentos. Todas essas informações foram registradas em caderneta de campo e fotografadas com câmera digital na resolução de 16 megapixels. No primeiro ponto, denominado “afloramento da Petrobrás”, foi encontrada rocha ígnea do tipo granito, de textura porfirítica, apresentando, predominantemente, minerais de feldspato, quartzo e mica biotita e entrecortados por vários diques de aplitos, o maior apresentando 30,5m, compostos majoritariamente por feldspato e quartzo equigranulares e bem cristalizados. Foram encontrados também vários xenólitos, de tamanhos diferenciados, sendo o maior de 8m de comprimento, com presença de minerais máficos e textura muito fina. Chama-se atenção para uma fratura de 23,43m de comprimento, com orientação N-S. Foram observados blocos de matacões arredondados e sulcados com diâmetros médios de 80cm- 1m, separados por fraturas e com presença de intemperismo físico-biológico. Observou-se ainda presença de caneluras em parte do afloramento, e fratura na orientação E-W com 2,3m de largura entre os afloramentos. Chama-se atenção também para os processos pedogenéticos e a presença de alvéolos, com cerca de 45cm de diâmetro e 20cm de profundidade, produzidos pelo intemperismo e erosão de xenólitos preexistentes. No segundo ponto, denominado “afloramento do Manguezal”, foi observada rocha ígnea do tipo granito, de textura porfirítica, apresentando, predominantemente, minerais de feldspato, quartzo e mica biotita; além da presença de sedimentos Quaternários argilosos, escuros e sob o qual se fixa a vegetação de mangue; assim, apresentando duas contribuições de unidades geológicas, uma ao lado da outra. Foram encontrados veios de pegmatito de diferentes tamanhos, direções (NW-SE, NE-SW) e espessuras, o maior deles com cerca de 32m de comprimento; apresentavam minerais de feldspato, quartzo e mica biotita, com grãos que variam de 0,2cm da biotita até 2cm de diâmetro dos feldspatos; com impurezas de óxidos e hidróxidos de ferro, alguns dos veios apresentando pequenas falhas transcorrentes destrais. No terceiro ponto, intitulado de “Mirante da caixa d’água”, foram observados afloramentos de rocha ígnea do tipo granito, de textura porfirítica, apresentando, predominantemente, minerais de feldspato, quartzo e mica biotita. Além disso, identificaram-se veios, com direções NW-SE e E-W, compostos predominantemente por quartzo, cristais de 0,5cm a 2cm; fraturas de até 7m de comprimento e direção NE-SW; ampla ação do intemperismo físico-biológico, com ação pedogenética e presença de vegetação. Esta pesquisa evidenciou a presença das principais características das rochas graníticas da unidade Maciço Vitória, demonstrando que dentro do Campus se manifesta um mosaico geológico desta unidade. Apoio: Museu de Minerais e Rochas, Departamento de Oceanografia e Ecologia, Departamento de Geografia e Pró-reitoria de Extensão, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Palavras-chave: granito, fraturas, veios.
Compartilhar