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Demanda e procura

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01/04/2019 2. Demanda, Oferta, o Mercado e suas Estruturas
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Introdução
Este capítulo tem como objetivo a compreensão do comportamento dos compradores (demanda) e dos
vendedores (oferta) e de como esses agentes realizam suas trocas no mercado, sob o enfoque da teoria
econômica. Ainda, apresenta uma síntese da organização das empresas no mercado. 
Demanda
Demanda ou procura é a quantidade de bens ou serviços que os agentes econômicos estariam dispostos e
aptos a consumir num determinado momento, num determinado mercado aos diferentes fatores
determinantes.
• Bens: podem ser estocados.
• Agentes Econômicos: Famílias, Empresas e Governo.
Dispostos: ter vontade, querer.
Aptos: ter aptidão de compra; poder comprar. Se estes dois requisitos estiverem presentes (disposição e
aptidão), temos uma Demanda REAL ou EFETIVA. Se no máximo 1 destes requisitos estiver presente,
temos então, uma Demanda POTENCIAL.(Pode não ter nenhum destes requisitos). 
Num determinado momento, num determinado mercado: em cada momento, nossas vontades mudam
nosso comportamento.
Os itens que o consumidor leva em consideração na hora da compra, em Economia e o que chamamos de
Fatores determinantes da demanda. São eles:
Preço do próprio Bem/Serviço.
Preço de outros Bens/Serviços.
Gosto.
Preferência.
Renda.
Número de consumidores.
 
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Lei da Demanda
“As quantidades demandadas serão tanto maior, quanto menores forem os preços, ou vice-versa. Quanto
mais caro, menos se compra".
Oferta
 
Oferta é a quantidade de bens e serviços que um ou mais agentes econômicos estariam habilitados e
interessados em colocar num certo momento, num certo mercado, aos diferentes fatores determinantes.
Fatores determinantes da oferta
O preço do próprio bem.
A tecnologia.
Impostos.
Taxa de juros.
Fatores da natureza (é tudo aquilo que pode ocorrer, em termos climáticos).
Lei da Oferta
 
Do mesmo modo, quanto menor for o preço de um bem, menor será a quantidade ofertada. Em outras
palavras, há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade ofertada.
Equilíbrio de Mercado
 
Quando se fala em equilíbrio, a noção intuitiva que nos vem imediatamente à cabeça é de um balanceamento
de forças. Quando se transfere essa noção de equilíbrio para análise do mercado, o balanceamento de forças
ocorre entre as forças básicas do mercado, quais sejam, oferta e a procura. Dessa forma, pode-se dizer que o
mercado está em equilíbrio quando o preço pelo qual os vendedores pretendem vender uma quantidade do
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produto é exatamente igual ao preço pelo qual os compradores pretendem comprar essa mesma quantidade
do produto. Colocando-se em um gráfico (figura 1), a representação das curvas de oferta e de procura,
podemos visualizar o equilíbrio de mercado. Esse equilíbrio é definido pela intersecção das duas curvas.
O Mercado e Suas Estruturas
 
Nossa viagem irá buscar agora o entendimento de algo que parece complicado, mas que é o aspecto da
economia que mais interfere em nossa vida diária: o funcionamento do mercado. E o que é o mercado?
Rossetti (2000) afirma que “em sua acepção primitiva, a palavra mercado dizia respeito a um lugar
determinado onde os agentes econômicos realizavam suas transações”. Para Passos e Nogami (1999)
mercado ”... é um local ou contexto em que compradores (o lado da demanda) e vendedores (o lado da
oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem contato e realizam transações”. 
É nesse mercado que funcionam as duas leis mais conhecidas da ciência econômica: a lei da procura e a lei
da oferta. 
É também no mercado que se formam os preços dos bens e dos serviços, que utilizamos para viver e
satisfazer nossas necessidades.
Formação de Preços
 
Preço é a expressão monetária do valor dos bens e serviços que utilizamos para satisfazer nossas
necessidades. Existe na teoria econômica uma distinção entre preço de mercado ou simplesmente preço e
preço natural ou simplesmente valor. O que determina o preço não é o que determina o valor. A explicação
do valor de troca das mercadorias tem duas grandes correntes dentro da ciência econômica: a teoria clássica
do valor-trabalho e a teoria neoclássica do valor-utilidade. Essa disputa teórica em torno da determinação do
valor entrou na história do pensamento econômico e se manteve por um longo período. Quem apresentou
uma solução para o problema foi um economista inglês deste século: Alfred Marshall. 
 
Estruturas de Mercado
Fundamentalmente, as diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais:
número de firmas produtoras que atuam no mercado;
diferenciação do produto;
existência ou não de barreiras à entrada de novas empresas.
As estruturas de mercado classificam-se basicamente em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e
concorrência monopolística. Vejamos a seguir as características cada uma delas.
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Concorrência Pura ou Perfeita
 
É um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que cada agente isolado não tem
condições de afetar o preço de mercado.
O produto é idêntico em todas as empresas. (Produto homogêneo). Não há diferenças de embalagem e
qualidade.
Mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores, como de vendedores.
Princípio da racionalidade. Os empresários sempre maximizam o seu lucro e os consumidores
maximizam sua satisfação. Ou seja, os agentes agem racionalmente (é o chamado Princípio da
Racionalidade ou do Homo Economicus).
Transparência de mercado. Consumidores e vendedores têm acesso a toda informação, relevante, sem
custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade e os custos.
Concorrência Monopolística
Muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço.
Cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos.
 
Cada empresa tem certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados.
Outras formas de Organização da Empresa no Mercado
Cartel
Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a
concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e
quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na
Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam
a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não rentáveis.
Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
Holding
Forma de organização de empresas que surge depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no
agrupamento de grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que
abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações
de cada uma delas é controlada por uma única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é
semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um
setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de um mercado como o da produção de
eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu
funcionamento.
Monopsônio
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Situação de mercado em que há apenas um comprador de um produto, geralmente matéria-prima. Modelo
raro de mercado, em que as condições de marcado são determinadas pelo comprador, mesmo que haja vários
vendedores. Normalmente representado por estatais. Ex.: É o caso da empresa que se instala em uma
determinada cidade do interior e, por ser a única, torna-se demandante exclusiva da mão de obra local e das
cidades próximas, consequentemente fixa os salários em patamares baixos.
Truste
Uma das formas mais agressivas de controle oligopolístico de mercado é aquela denominada “TRUSTE”
(termo proveniente da palavra inglesa trust, que significa confiar, depositar confiança em). O TRUSTE
consiste num acordo entre diversas empresas que passam a ser administradas por uma nova empresa ou
grupo financeiro. Esta nova empresa ou grupo passa a ter controle absoluto sobre as empresas anteriores, que
perdem sua independência e parte de sua autonomia administrativa. Dessa forma, o truste passa a ser o único
produtor e vendedor de um determinado bem no mercado, eliminando progressivamente os demais
concorrentes, absorvendo-os ou incorporando-os e, assim, controlando totalmente o preço do bem ou bens
que produz. Embora o Estado imponha severas leis no sentido de impedir a formação de trustes, eles
continuam operando e se expandindo através de várias manobras.
Oligopsônio 
Tipo de estrutura de mercado em que poucas empresas, de grande porte, são compradoras de determinados
produtos, geralmente matéria-prima ou produtos primários. Representado pelas indústrias alimentícias e seus
fornecedores. Ex.: em cada cidade existem dois ou três que adquirem a maior parte do leite de inúmeros
produtores rurais locais.
Joint Venture
É uma associação de empresas, não definitiva e com fins lucrativos, para explorar determinado(s) negócio(s),
sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica. Difere da sociedade comercial (partnership) porque
se relaciona a um único projeto cuja associação é dissolvida automaticamente após o seu término. Um
exemplo típico de joint venture seria a transação entre o proprietário de um terreno de excelente
localização e uma empresa de construção civil, interessada em levantar um prédio sobre o local.
Dumping
Prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço por um preço irreal para eliminar a
concorrência e conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no mercado interno quanto no
externo. No primeiro caso, o dumping concretiza-se quando um produto ou serviço é vendido abaixo do seu
preço de custo, contrariando em tese um dos princípios fundamentais do capitalismo, que é a busca do
lucro. A única forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado externo, pratica-
se o dumping ao se vender um produto por preço inferior ao cobrado para os consumidores do país de
origem.

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