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1 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO 
DE PROVAS 
2016 
 
 
| 2 
Você mais perto de ser servidor! 
www.flaviarita.com 
 
 
 3 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
PROVA 01 
CESPE/TCDF/AUXILIAR DE CONTROLE EXTERNO/2016 
 
Texto para os itens de 1 a 10. 
 
1 
 
 
4 
 
 
7 
 
 
10 
 
 
13 
 
 
16 
 
 
19 
 
 
22 
 
 
25 
 
 
28 
A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se 
organizou, ao longo do tempo, o Estado. Nas formas primitivas 
de organização social, ainda tribais, o poder era concentrado 
nas mãos de um único chefe, soberano e absoluto, com poder 
de vida e morte sobre seus subordinados, fazendo e executando 
as leis. 
Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e 
romana foram as que primeiro fizeram uma tentativa de 
compartilhar o poder, criando instituições como a Eclésia e o 
Senado. Contudo, essa experiência foi posta de lado quando 
as trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a 
mergulhar em mil anos de estagnação, sob as mãos de senhores 
feudais, reis e papas, que não conheciam outro limite senão seu 
próprio poder. 
O fim da Idade Média, no século XV, e o 
ressurgimento das cidades, no período renascentista, 
representaram profundas mudanças para a sociedade da época, 
mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração 
ainda maior do poder nas mãos dos soberanos, reis absolutos, 
que, sob o peso de sua autoridade, unificaram os diversos 
feudos e formaram vários dos Estados modernos que hoje 
conhecemos. Exceção a essa regra foi a Inglaterra, onde, já em 
1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos 
nobres, que o obrigaram a pedir autorização a um conselho 
constituído por vinte e cinco barões para aumentar os impostos. 
A fim de fazer valer essa exigência, foi assinada a Magna 
Carta. Nascia o embrião do parlamento moderno, com a 
finalidade precípua de limitar o poder do rei. 
 
Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder 
legislativo 
no século XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com 
adaptações). 
 
Com base nas ideias do texto, julgue os itens seguintes. 
 
1. Infere-se da leitura do texto, especialmente do trecho “O fim da Idade Média (...) aumentar os impostos” (l.15-25), 
que a Inglaterra conseguiu limitar o poder dos reis absolutistas bem antes dos demais países europeus. 
 
2. A Eclésia e o Senado figuravam como instituições potencialmente capazes de dissipar o poder soberano que 
imperava na Antiguidade Clássica. 
 
3. A conquista política obtida na Antiguidade Clássica no que se refere ao poder compartilhado não avançou na Idade 
Média, quando o poder tornou a ser concentrado nas mãos de poucos, sem limitações. 
 
4. A Inglaterra foi o país que menos sofreu as consequências do período absolutista medieval, conforme se afirma no 
texto. 
 
| 4 
Você mais perto de ser servidor! 
www.flaviarita.com 
5. Os senhores feudais, os reis e os papas foram os responsáveis pela interrupção da experiência que sinalizava o fim 
o absolutismo para as civilizações grega e romana. 
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. 
 
6. Justifica-se o emprego da vírgula logo após “mas” (l.18) para enfatizar o sentido de contraste introduzido por essa 
conjunção, razão por que a supressão desse sinal de pontuação não acarretaria prejuízo gramatical ao texto. 
 
7. No trecho “Exceção a essa regra” (l.22), é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”. 
 
8. O pronome “o” (l.24) retoma, por coesão, a expressão “o poder do rei” (l.23). 
 
9. A forma verbal “representaram” (l.17) está no plural para concordar com o sujeito composto da oração, cujos núcleos 
são “fim” (l.15) , “século” (l.15) e “ressurgimento” (R.16). 
 
10. Na linha 13, a substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido 
do texto. 
 
1 
 
 
4 
 
 
7 
 
 
10 
 
 
13 
 
 
16 
Saibam, agora, que a Câmara resolveu autorizar o 
tesoureiro a comprar uma arca forte para recolher nela as suas 
rendas. Cáspite! Esta notícia derruba todas as minhas ideias 
acerca das rendas do município. A primeira convicção política 
incutida em meu espírito foi que o município não tinha 
recursos, e que por esse motivo andava descalçado, ou devia o 
calçado; convicção que me acompanhou até hoje. A frase — 
escassez das rendas municipais — há muito tempo que nenhum 
tipógrafo a compõe; está já estereotipada e pronta, para entrar 
no período competente, quando alguém articula as suas ideias 
acerca dos negócios locais. Imaginei sempre que todas as 
rendas da Câmara podiam caber na minha carteira, que é uma 
carteirinha de moça. Vai senão quando a Câmara ordena que se 
lhe compre uma arca, e recomenda que seja forte, deita fora as 
suas muletas de mendiga, erige o corpo, como um Sisto V, e, 
como um primo Basílio tilinta as chaves da burra nas 
algibeiras. Diógenes batiza-se Creso; a cigarra virou formiga. 
 
Machado de Assis. Notas semanais. In: Obra completa de 
Machado de Assis. 
Vol. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: 
<http://machado.mec.gov.br>. 
Julgue os próximos itens com base nas ideias expressas no texto. 
 
11. Ao mencionar Diógenes e a cigarra, no último período do texto, o narrador estabelece uma analogia entre a Câmara 
Municipal carente de recursos e os referidos personagens. 
 
12. O narrador expressa surpresa com o fato de a Câmara Municipal demonstrar boa situação financeira. 
 
13. Infere-se da leitura do texto que, costumeiramente, o município justificava seus não feitos com o argumento da 
falta de verbas. 
 
Julgue os itens subsequentes, relativos a aspectos gramaticais do texto. 
 
 
 5 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
14. A substituição das formas verbais “ordena” (l.13), “recomenda” (l.14), “deita” (l.14), “erige” (l.15) e “tilinta” (l.16) 
por ordenou, recomendou, deitou, erigiu, e tilintou, respectivamente, não acarretaria prejuízo sintático nem 
semântico ao texto. 
 
15. A “primeira convicção política” (l.4) do narrador é constituída, de fato, por duas convicções, que completam o 
sentido da forma verbal “foi” (l.5): “que o município não tinha recursos” (l.5-6) e “que por esse motivo andava 
descalçado, ou devia o calçado” (l.6-7). 
 
Com relação às normas de correspondência oficial, julgue os itens a seguir. 
 
16. O trecho a seguir é adequado para constituir o corpo de um ofício, documento adequado a ser encaminhado pela 
diretoria do setor de tecnologia da informação de determinado tribunal à diretoria de recursos humanos desse mesmo 
órgão. 
 
Encaminho a V.S.ª , para as devidas providências, a frequência dos funcionários desta diretoria, em atendimento 
ao solicitado no Mem. 12/2013-DRH. 
 
17. O trecho de documento a seguir, adaptado de Diário Oficial da União, n.º 31, 13/2/2012, p. 20, pelo formato, 
conteúdo e nível de formalidade da linguagem empregado, é adequado a um despacho. 
 
“Nos termos do art. 2.º da Lei n.º 9.131, de 24 de novembro de 1995, o Ministro de Estado da Educação HOMOLOGA 
o Parecer n.º 118/2011, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, que é favorável ao 
recredenciamento da (...).” 
 
18. No âmbito do serviço público federal e no do estadual, para se considerar correspondência oficial o documento 
encaminhado por correio eletrônico, as exigências são as seguintes: emprego da variante padrão da língua portuguesa 
e indicação da matrícula funcional e do cargo do remetente. 
 
19. O fecho a seguir, seguido do nome e do cargo do remetente, seria adequado a expediente oficial encaminhado 
pelo inspetor da 3.ª Inspetoria de Controle Externo do TCDF ao diretor-geral de administração do TJDFT. 
 
Na oportunidade, reitero meus protestos de elevada estima e consideração. 
Respeitosamente, 
 
20. Em correspondência oficial encaminhada por deputado federal à presidenta, deve constara expressão “A Sua 
Excelência a Senhora”, na primeira linha do endereçamento. 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1 C 3 C 5 E 7 E 9 E 11 C 13 C 15 E 17 C 19 E 
2 C 4 E 6 E 8 E 10 E 12 C 14 E 16 E 18 E 20 C 
 
 
 
| 6 
Você mais perto de ser servidor! 
www.flaviarita.com 
PROVA 02 
 
CESPE/TCE/ES/AUDITOR/2016 
 
Texto para os itens de 1 a 9. 
 
1 
 
 
4 
 
 
7 
 
 
10 
 
 
13 
 
 
16 
 
 
19 
 
 
22 
As auditorias gerais ou controladorias e as cortes de 
contas surgiram na Europa e influenciaram a organização de 
quase todos os Estados nacionais. As primeiras predominam 
nos países de tradição anglo-saxônica, enquanto as últimas são 
mais comuns nos países influenciados pela Europa continental. 
As cortes surgiram com a preocupação de controlar a 
legalidade da gestão financeira do setor público. Esse controle 
pressupõe que o exato cumprimento da lei é condição 
necessária para a correta aplicação dos recursos públicos. Por 
essa razão, a primeira atribuição das cortes de contas foi 
verificar se o gestor havia agido conforme a legislação, se seus 
atos estavam respaldados nas normas aplicáveis. 
O controle gerencial, por sua vez, é a principal marca 
das auditorias gerais ou controladorias. Essa modalidade de 
controle prioriza a análise dos atos administrativos em relação 
tanto aos seus custos quanto aos resultados almejados e 
alcançados. 
Em relação ao estatuto jurídico e à efetividade de suas 
decisões, as entidades fiscalizadoras superiores diferem de país 
para país. Algumas têm natureza administrativa, ou seja, as 
suas decisões podem ser revistas pelo Poder Judiciário. Outras, 
porém, apresentam natureza jurisdicional, ou seja, as suas 
decisões são definitivas em relação ao seu objeto. 
 
Alexandre Amorim Rocha. O modelo de controle externo 
exercido pelos tribunais de contas e as proposições 
legislativas 
sobre o tema. Internet: <www.senado.gov.br> (com 
adaptações). 
 
Com base nas ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. 
 
1. O controle gerencial privilegia a análise dos custos dos atos administrativos e os resultados que se pretende alcançar. 
 
2. A diferença entre as entidades fiscalizadoras superiores de cada país restringe-se ao estatuto jurídico e à efetividade 
que suas decisões apresentam em cada nação. 
 
3. Infere-se do texto que, nos países europeus, prevalecem as cortes de contas como entidades fiscalizadoras 
superiores. 
 
4. Depreende-se da leitura do texto que, devido à influência cultural e financeira da Europa continental na maior parte 
do mundo, as cortes de contas são mais comuns que as controladorias. 
 
 
Julgue os itens de 5 a 9, referentes a aspectos linguísticos do texto. 
 
 
 7 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
5. Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do texto, o ponto final empregado logo após 
“público”, na linha 7, poderia ser substituído por vírgula, desde que feitas as devidas alterações no emprego de 
maiúsculas e minúsculas e inserida a conjunção portanto logo após vírgula. 
 
6. O emprego da vírgula para isolar a oração “se seus atos estavam respaldados nas normas aplicáveis” (l.11-12) 
justifica-se porque essa oração introduz uma explicação, em forma de paráfrase, da oração que a antecede. 
 
7. Após os pronomes “Algumas” (l.20) e “Outras” (l.21), está subentendida a expressão “entidades fiscalizadoras 
superiores” (l.19). 
 
8. Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto, o trecho “e influenciaram a organização de quase 
todos os Estados nacionais” (l.2-3) poderia ser reescrito da seguinte forma: e influíram na organização da maioria das 
unidades federativas brasileiras. 
 
9. No segundo período do terceiro parágrafo, se o vocábulo “tanto” (l.16) fosse deslocado para imediatamente antes 
da locução “em relação” (l.15) seria mantida a correção gramatical do texto, sem prejuízo de seu sentido. 
1 
 
 
4 
 
 
7 
 
 
10 
 
 
13 
 
 
16 
 
 
19 
 
 
22 
 
 
25 
 
 
28 
O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que 
tribunais regionais do trabalho utilizaram indexadores de 
correção monetária e juros diferentes dos previstos na 
legislação para pagamentos de passivos a servidores e juízes. 
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, instância de 
supervisão administrativa dos tribunais trabalhistas, 
provocado pelo TCU, recalculou o montante devido desses 
passivos, reduzindo o valor de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,2 bilhão, 
aproximadamente. 
De acordo com o relatório, o valor total de R$ 1,5 
bilhão já foi pago em duas parcelas (2010 e 2011). Unidade 
técnica do TCU vai monitorar as providências adotadas pelos 
órgãos responsáveis para a recomposição aos cofres públicos 
dos valores pagos indevidamente. 
No relatório, identificou-se que os erros cometidos na 
quantificação e no registro dos passivos de pessoal, em todo o 
país, se referiam a diferenças da conversão dos salários de 
unidade real de valor (URV), a diferenças remuneratórias do 
recálculo da parcela autônoma de equivalência e a diferenças 
no adicional de tempo de serviço que deveria ser pago entre 
janeiro de 2005 e maio de 2006. O montante não inclui o valor 
referente ao cálculo do VPNI e a eventuais compensações nem 
possíveis valores pagos acima do teto remuneratório 
constitucional. 
O tribunal deu início à fiscalização em outros tribunais 
regionais após constatar passivos indevidos na ordem de 
aproximadamente R$ 270 milhões em um desses órgãos do 
país. Nesse processo, determinou-se a suspensão dos 
pagamentos até que os cálculos fossem revistos. 
 
Internet: <http://portal2.tcu.gov.br> (com adaptações). 
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsequentes. 
 
10. Os “indexadores de correção monetária e juros diferentes dos previstos na legislação para pagamentos de passivos 
a servidores e juízes” (l.2-4) foram a causa dos “erros cometidos” (l.15) pelos tribunais. 
 
 
| 8 
Você mais perto de ser servidor! 
www.flaviarita.com 
11. Na linha 20, o elemento “que” introduz oração que restringe o sentido do termo “adicional de tempo de serviço”. 
 
12. Depreende-se do texto que os tribunais regionais do trabalho terão de recolher aos cofres públicos cerca de R$ 
300 milhões em virtude de pagamento indevido de passivo. 
 
13. A irregularidade constatada em um tribunal brasileiro provocou o recálculo dos passivos devidos nos tribunais 
regionais do trabalho em todo o Brasil. 
 
14. Na linha 8, o emprego do plural em “bilhões” e do singular em “bilhão” deve-se à presença dos numerais “2,4” e 
“1,2”, respectivamente. 
 
15. O trecho “entre janeiro de 2005 e maio de 2006” (l.20-21) poderia ser reescrito, sem prejuízo para o sentido original 
e a correção gramatical do texto, da seguinte forma: de janeiro de 2005 à maio de 2006. 
 
Em cada um dos itens seguintes, é apresentado fragmento de texto de redação oficial que deve ser julgado com base 
nos princípios da comunicação oficial (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso da linguagem formal) e 
conforme orientações do Manual de Redação da Presidência da República. 
 
16. Por oportuno, informo que a documentação ora encaminhada ainda requer complementação, situação que enseja 
a este Tribunal, por meio de sua auditoria interna, permanecer promovendo gestões em suas áreas técnicas no intuito 
de buscar mais informações e documentações acerca da execução do referido contrato. 
 
17. Sem mais para o momento, aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Senhoria protestos de elevada estima e distinta 
consideração. 
 
18. Em atenção ao ofício acima referenciado, encaminho as informações solicitadas, acompanhadas da respectiva 
documentação comprobatória. 
 
De acordo com as orientações do Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir, com relação 
à correspondência oficial. 
 
19. A redação oficial é qualidade da comunicação feita em nome do serviço público, admitindo-se, entretanto, que os 
documentos internosa determinado órgão contenham impressões individuais características de quem assina o 
expediente. 
 
20. A identificação do signatário deve ser feita pelo nome seguido do cargo, devendo-se evitar que a assinatura do 
documento fique em página isolada. 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1 C 3 E 5 E 7 C 9 C 11 C 13 C 15 E 17 E 19 E 
2 E 4 E 6 C 8 E 10 C 12 C 14 C 16 C 18 C 20 C 
 
 
 
 9 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
PROVA 03 
FCC/SEDU/ES/PROFESSOR/2016 
 
Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao texto abaixo. 
 
Medo da eternidade 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem 
sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com 
o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
– Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
– Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena 
pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu 
que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar 
mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do 
qual eu já começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. 
E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a 
escola. 
– Acabou-se o docinho. E agora? 
– Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento 
de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava 
gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia 
de eternidade ou de infinito. 
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu 
mastigava obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de 
areia. 
– Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala 
acabou! 
– Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode 
ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e 
esse você não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o 
chicle caíra da boca por acaso. 
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 
06 de junho de 1970 
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91) 
 
 
| 10 
Você mais perto de ser servidor! 
www.flaviarita.com 
1. As expressões reino de histórias de príncipes e fadas, elixir do longo prazer e milagre (7o parágrafo) são mobilizadas 
pela autora para 
a) deixar entrever como a criança, a partir da descrição do chiclete pela irmã com palavras que sugerem a sua 
imperecibilidade, acabou por associá-lo ao mundo do maravilhoso e da fantasia. 
b) ilustrar o modo como, para uma criança pobre, uma coisa simples e barata como um chiclete pode ser tão 
difícil de obter que a sua compra é associada à esfera do imaginário ou do miraculoso. 
c) sugerir o caráter fictício do episódio, que no entanto é narrado como se realmente tivesse acontecido, o que 
leva ao embaralhamento entre o que seria próprio da ficção e o que pertenceria à realidade. 
d) argumentar que, na infância, a imaginação sempre predomina sobre a realidade, o que faz com que a criança 
vivencie situações concretas como se estivesse no mundo da fantasia. 
e) enfatizar a desconfiança da criança em relação à veracidade do que é dito pela irmã sobre o chiclete, pois 
antes de experimentá-lo não lhe parecia crível a existência de uma bala que não se acabava nunca. 
 
2. Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar que Medo da 
eternidade é uma crônica na medida em que se trata 
a) de uma dissertação filosófica sobre uma questão fundamental da vida humana, ainda que a escritora acabe 
se valendo de sua experiência pessoal para ilustrar a tese que se dispõe a defender. 
b) de uma visão subjetiva, pessoal, de um acontecimento do cotidiano imediato, muito embora vivenciado na 
infância, que acaba dando margem à reflexão sobre uma questão capaz de interessar a todos. 
c) de um texto poético, mesmo que em prosa, em que os acontecimentos vividos no passado ganham uma 
tonalidade lírica e, em lugar de serem explicitamente narrados, são dados a conhecer de modo alusivo e 
sugestivo. 
d) da rememoração de um episódio ocorrido na infância e que é narrado tal como foi vivido, sem deixar 
transparecer as crenças e convicções do adulto que rememora. 
e) de um texto alegórico, em que a história narrada oculta um sentido que vai muito além dela, servindo apenas 
como veículo da expressão de ideias abstratas que os acontecimentos permitem concretizar. 
 
3. Parei um instante na rua, perplexa. (5º parágrafo) 
Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (7º parágrafo) 
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9º parágrafo) 
As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido de: 
a) atônita – figurava – cerimônia 
b) inerme – transcendia – liturgia 
c) atônita – simbolizava – périplo 
d) desorientada – figurava – imolação 
e) assustada – transcendia – périplo 
 
4. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. (10º parágrafo) 
No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento grifado poderia ser substituído 
corretamente por: 
a) A exceção que 
b) Antes que 
c) A não ser que 
d) Assim que 
e) Ainda que 
 
 
 
 11 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto - Belo Horizonte 
(31) 32960590 
5. Atente para as afirmações abaixo. 
I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1º parágrafo), os adjetivos 
empregados para qualificar esse contato visam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão 
efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente 
importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros. 
II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15º parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo 
início ecoa ainda na conjunção Mas que inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão 
o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa. 
III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! 
A bala acabou! (18º parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do 
fingimento. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I. 
d) III. 
e) II e III. 
 
6. Identifica-se relação de causa e consequência entre estes dois segmentos do texto:a) Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã / envergonhada da mentira que pregara dizendo 
que o chicle caíra da boca por acaso (20º parágrafo) 
b) Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles / Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava 
para comprar (2º parágrafo) 
c) Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele / E aí mastiga a vida inteira (10º parágrafo) 
d) Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer / quase não podia acreditar 
no milagre (7º parágrafo) 
e) O adocicado do chicle era bonzinho / não podia dizer que era ótimo (12º parágrafo) 
 
7. Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice Lispector é o advérbio de tempo, como o 
que se encontra grifado em: 
I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1º parágrafo) 
II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do 
qual eu já começara a me dar conta. (7º parágrafo) 
III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9º parágrafo) 
IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16º parágrafo) 
 
Atende ao enunciado APENAS o que consta de 
a) I, II e IV. 
b) II e IV. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) I, III e IV. 
 
 
 
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Atenção: As questões de números 8 a 10 referem-se ao texto abaixo. 
 
Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” 
(Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo como uma 
aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível – eternidade. Enquanto que o tempo (chrónos) 
é a esfera tangível móbil, a eternidade (aión) é a esfera intangível imóbil. Sendo uma ordem mensurável em 
movimento, o tempo está em permanente alteridade. O seu domínio é caracterizado pelo devir contínuo dos 
fenômenos em ininterrupta mudança. 
Posto que o tempo (chrónos) é uma imagem, ele não passa de uma imitação (mímesis) da eternidade (aión). Ou 
seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo perfeito – eternidade. Isso significa que o tempo é uma mera 
sombra da eternidade. Considerando que somente a região imaterial das formas puras existe em si e por si, podemos 
dizer que o tempo platônico é uma ilusão. Ele é real apenas na medida em que participa do ser da eternidade. 
 
(DIVINO, Rafael. Sobre O tempo em Platão e Aristóteles, de R. Brague. Disponível em: 
https://serurbano.wordpress.com/ 2010/02/26/ tempo-em-platao/. Acessado em: 28.12.2015) 
 
8. Para responder a esta questão, considere também o texto anterior, Medo da eternidade. 
O confronto entre os dois textos permite concluir corretamente: 
a) Ao partir da história pessoal de quem escreve, o primeiro texto chega a conclusões sobre a eternidade que 
não podem ser generalizadas; o segundo texto, ao contrário, partindo das ideias genéricas de um filósofo 
antigo sobre esse mesmo tema, chega a ilações que, de tão evidentes, não podem ter sua verdade 
questionada. 
b) Embora o tema da eternidade seja abordado de maneira muito diversa nos dois casos, tanto o primeiro como 
o segundo texto levam o leitor a concluir que a eternidade está além da capacidade de compreensão humana, 
pois tudo o que conhecemos ou somos capazes de imaginar está fadado às mudanças operadas pelo tempo. 
c) A eternidade é um tema tão complexo que pode ser discutido profundamente por um filósofo como Platão 
apenas na medida em que ele abstrai de todo a vida humana, não podendo ser concebido pela mente infantil, 
e é daí que advém o medo a que alude Clarice Lispector. 
d) Enquanto o primeiro texto sugere que a eternidade pode existir mesmo nas coisas mais miúdas e 
insignificantes, o segundo texto, baseado nas ideias de Platão, defende que a eternidade pode ser encontrada 
nas coisas grandiosas e monumentais da vida humana. 
e) Se o tema da eternidade é tratado no primeiro texto a partir da rememoração de um episódio da infância, em 
que se pôde experimentar o medo da ideia de eternidade, esse mesmo tema é abordado no segundo texto 
do ponto de vista do pensamento de um filósofo antigo, para quem o tempo é apenas uma imagem 
imperfeita da eternidade. 
 
9. De acordo com o texto, 
a) o tempo, na visão platônica, não existe senão no mundo das ideias, pois a realidade é na verdade marcada 
pela ausência de mudanças, por mais que as aparências insistam em indicar o contrário. 
b) tempo e eternidade, segundo Platão, são ambos ilusórios, já que o tempo apenas imita a eternidade, ao passo 
que esta não pode ter sua existência comprovada pelos sentidos. 
c) as transformações vistas por nós ao longo do tempo, de acordo com Platão, participam do mundo sensível e, 
desse modo, são apenas reflexo da eternidade que caracteriza o mundo inteligível. 
d) o dualismo platônico leva o filósofo grego ao estabelecimento de uma separação estanque entre o tempo, 
que conhecemos por meio dos sentidos, e o devir, que só é alcançado pelas ideias. 
e) os fenômenos do mundo sensível e os modelos do mundo inteligível, segundo Platão, sofrem a ação do tempo, 
mas a constatação dessas pequenas mudanças não pode se dar em prejuízo do reconhecimento da 
preeminência da eternidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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10. Considerado o contexto, o segmento adequadamente expresso em outras palavras está em: 
a) em permanente alteridade (1º parágrafo) = em ininterrupta alternância 
b) mera sombra da eternidade (2º parágrafo)= tênue reflexo do efêmero 
c) região imaterial das formas puras (2º parágrafo) = lugar inacessível das figuras etéreas 
d) uma ordem mensurável (1º parágrafo) = uma estrutura passível de ser medida 
e) a esfera tangível móbil (1º parágrafo) = o círculo soante removível 
 
GABARITO 
 
01. A 02. B 03. A 04. C 05. E 06. B 07. D 08. E 09. C 10. D 
 
PROVA 04 
FCC/TRT4ªR/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 3. 
 
A vida é uma tapeçaria que elaboramos, enquanto somos urdidos dentro dela. Aqui e ali podemos escolher alguns 
fios, um tom, a espessura certa, ou até colaborar no desenho. 
Linhas de bordado podem ser cordas que amarram ou rédeas que se deixam manejar: nem sempre compreendemos 
a hora certa ou o jeito de as segurarmos. Nem todos somos bons condutores; ou não nos explicaram direito qual o 
desenho a seguir, nem qual a dose de liberdade que podíamos – com todos os riscos – assumir. 
(LUFT, L. O rio do meio. São Paulo: Mandarim, 1997, 3. ed, p. 105) 
1. O texto aponta para 
a) a liberdade do ser humano em estabelecer os rumos de sua própria vida, sem deixar de reconhecer a 
existência de limites e dificuldades nesse direcionamento. 
b) os conflitos que aparecem durante as primeiras fases da vida de uma pessoa, impedindo-a de se transformar 
num adulto consciente e capaz de resolver seus próprios problemas. 
c) as falhas de uma formação inadequada a que estão sujeitos os seres humanos, impossibilitando-lhes um 
direcionamento dos rumos de sua vida segundo parâmetros socialmente aceitáveis. 
d) o pleno desenvolvimento de potencialidades atingido por algumas pessoas, ainda que elas estejam 
subordinadas a estruturas sociais preestabelecidas. 
e) o papel das normas sociais aceitas pelo grupo na determinação da vontade de cada um em relação aos 
objetivos de sua própria vida, normas que sempre preponderam sobre decisões de cunho pessoal. 
 
2. Entende-se corretamente que, no 2º parágrafo, a autora aborda 
a) a determinação no traçado de objetivos que possam nortear, desde o início, as escolhas que se colocam na 
vida de cada pessoa, impostas pelos valores cultivados no meio social em que se insere. 
b) os problemas decorrentes de uma formação incompleta, ou até mesmo deformada, que resultam em futuros 
empecilhos na condução de umavida menos subordinada às imposições do meio social. 
c) a plena independência que deve constituir o legado de cada pessoa, possibilitando-lhe escolhas livres, 
desvinculadas das normas de comportamento adotadas pelo grupo social a que pertence. 
d) as múltiplas maneiras de construção da melhor forma de viver, ou porque se deseja liberdade plena nas 
opções feitas, ou porque se torna mais fácil optar pelo pertencimento a um determinado grupo. 
e) as dificuldades surgidas ao longo da vida, que podem resultar em avanços à medida que são superadas ou 
acabam se transformando em obstáculos verdadeiramente intransponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ... enquanto somos urdidos dentro dela. 
O verbo urdir na frase acima está transposto para a voz passiva. Dentre as opções abaixo, o verbo que admite essa 
transposição está em: 
a) A vida é, para todos, comparável a uma tapeçaria de desenho, cores e espessura individuais. 
b) Necessitamos, habitualmente, de orientação segura na tomada de decisões corretas em nossa vida. 
c) Pessoas próximas colaboram conosco na definição de projetos ao longo de toda a vida. 
d) Durante toda a vida, estamos sempre fazendo opções acerca de nossos objetivos. 
e) As cores escolhidas para o bordado parecem ser o propósito definitivo de uma vida. 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 4 a 7. 
 
De gramática e de linguagem 
E havia uma gramática que dizia assim: 
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica 
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta.” 
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!... 
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso. 
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém. 
Uma pedra. Um armário. Um ovo. (Ovo, nem sempre, 
Ovo pode estar choco: é inquietante...) 
As cousas vivem metidas com as suas cousas. 
E não exigem nada. 
Apenas que não as tirem do lugar onde estão. 
E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta. 
Para quê? não importa: João vem! 
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão, 
Amigo ou adverso ... João só será definitivo 
Quando esticar a canela. Morre, João... 
Mas o bom, mesmo, são os adjetivos, 
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto. 
Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso. 
Sonoro. Lento. Eu sonho 
Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos 
Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais. 
Ainda mais: 
Eu sonho com um poema 
Cujas palavras sumarentas escorram 
Como a polpa de um fruto maduro em tua boca, 
Um poema que te mate de amor 
Antes mesmo que tu lhe saibas o misterioso sentido: 
Basta provares o seu gosto... 
(QUINTANA, M. Prosa e verso. Porto Alegre: Globo, 1978, p. 94) 
 
 
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4. Atente para os versos abaixo: 
E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta. 
Para quê? não importa: João vem! 
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão, 
Amigo ou adverso ... 
Considerando-se o poema e, especialmente, os versos acima, é correto afirmar que o poeta 
a) demonstra expectativa com a chegada de alguém, que lhe bata à porta a qualquer momento, embora não 
esteja disponível para bem acolher o visitante, pois está preso a divagações despertadas por antigas lições 
de gramática, e de ânimo bem pouco sociável. 
b) se mostra descrente de que as interações sociais possam transcorrer normalmente, pois estão sujeitas a 
situações que causam desconforto, como a interferência inesperada de alguém, a interromper divagações 
em torno de antigas lembranças. 
c) induz o leitor à conclusão de que os seres humanos, sujeitos a inúmeras variações de humor de acordo com 
as circunstâncias da vida, nem sempre se encontram disponíveis para os relacionamentos sociais, ainda que 
tenham aprendido as lições de bom comportamento. 
d) aborda as imposições sociais que se encontram usualmente na sociedade, determinando que as pessoas se 
comportem segundo certas normas de educação estabelecidas por todo o grupo, sendo inaceitável 
transgredi-las como, por exemplo, invadindo o espaço alheio. 
e) tece considerações, a partir de uma lição de gramática, a respeito de possíveis relacionamentos humanos e 
da instabilidade que caracteriza estados de espírito a que estão habitualmente submetidas as pessoas, nos 
mais diferentes momentos da vida. 
 
 
5. As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso. 
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém. 
Os versos acima devem ser entendidos, considerando-se o teor do poema, como 
a) explicações a respeito de que há um misterioso sentido nas palavras. 
b) verdades poéticas que costumam contrariar o sentido comum, registrado em uma gramática. 
c) questionamento da constatação de que o bom, mesmo, são os adjetivos. 
d) tentativa de aproximação da linguagem das plantas e dos animais. 
e) propósito de justificar a preferência expressa pelo poeta em relação às cousas. 
 
6. (Ovo, nem sempre, 
Ovo pode estar choco: é inquietante...) 
O segmento isolado por parênteses introduz, no poema, 
a) hipótese que contradiz o conhecimento tradicional popular. 
b) objeção decorrente de uma pressuposição sobrevinda. 
c) verdade inconteste, diante da repetição de um fato comum. 
d) exagero ao constatar a ocorrência de um fato habitual. 
e) dúvida que se sobrepõe ao que é aceito pelo senso comum. 
 
7. E havia uma gramática... 
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: 
a) João só será definitivo... 
b) Estão em toda parte. 
c) E não exigem nada. 
d) Eu sonho com um poema ... 
e) As pessoas atrapalham. 
 
 
 
 
 
 
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Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 8 a 11. 
 
Escrever sobre as mulheres do Sul não significa traçar um perfil único que as identifique e as diferencie das outras 
mulheres do restante do país. No Sul encontramos diferentes perfis femininos nos diversos períodos históricos: mulheres 
oriundas de etnias e classes sociais várias. 
[...] 
A idealização das mulheres em seus papéis familiares é muito semelhante àquelas idealizações divulgadas no final 
do século XVIII e início do século XX nos grandes centros europeus. Nas cidades do Sul, imagens idealizadas foram 
frequentes a partir da segunda metade do século XIX, durante a formação das elites nos centros urbanos. 
O crescimento das áreas urbanas, em meados do século XIX, foi impulsionado com a inclusão da região no comércio 
agrário exportador brasileiro como subsidiária, ou seja, como fornecedora de alimentos para o mercado interno. Os 
altos preços do café no 
mercado externo e a destinação da mão de obra escrava para a produção cafeeira provocaram o aumento da 
procura por alimentos e a consequente elevação de preços. Esse fato propiciou o surgimento de um novo grupo de 
pessoas mais abastadas nos centros urbanos da região Sul. 
Em cada capital do Sul, esses grupos assumiram configurações diferentes. [...] 
Num futuro próximo, esses grupos iriam promover os jornais responsáveis pela divulgação de modelos de 
comportamento, especialmente para as mulheres. Os jornais pareciam veicular um projeto civilizador com pretensão 
de construir novos homens e mulheres, divulgando imagens idealizadas para ambos os sexos. [...] 
Embora os jornais sulistas reproduzissem estereótipos existentes há séculos, faziam-no em um contexto específico, 
respondendo a uma conjuntura determinada, na qual a demonstração de distinção e a exposição de um certo verniz 
social implicavam em moldar as mulheres de uma determinada classe. Nas imagens dos jornais das cidades do Sul, e 
provavelmente em outras cidades do restante do país, as mães seriam responsáveis pelo progresso e a civilização, pois 
eram consideradas criadoras e educadoras das novas gerações. 
(Adaptado de: PEDRO, J. M. Mulheres do Sul. In: DELPRIORE, M. (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: 
Contexto, 
2012, p. 278-282) 
8. No texto, a autora 
a) alude a dificuldades de manutenção da sociedade conjugal, já durante o século XIX, devido à constante 
ausência da figura masculina, fato que resultava em maior liberdade para as mulheres. 
b) insiste no papel predominante da figura masculina como mantenedora de atividades produtivas no Sul do 
país, apesar de inúmeros conflitos, enquanto a mulher seria responsável pela harmonia familiar. 
c) salienta a importância da imprensa em certa época, no Sul do país, como incentivadora e divulgadora de 
modelos ideais de comportamento e, principalmente, de uma nova imagem da mulher. 
d) atesta a responsabilidade dos produtores de café, na época, em relação ao aumento da desigualdade social, 
como consequência do encarecimento desse produto no mercado externo. 
e) condena os estereótipos que os jornais sulistas há séculos reproduziam, ao defenderem que as mulheres só 
podiam alcançar realização pessoal se tivessem muitos filhos. 
 
9. Identifica-se, no texto, distinção entre 
a) as normas de comportamento adotadas por uma sociedade já instalada em áreas urbanas desenvolvidas e os 
costumes tradicionais, próprios das áreas rurais. 
b) as mulheres dedicadas à vida familiar, como se propunha costumeiramente nessa época, e outras, liberadas, 
cuidando de seus próprios afazeres. 
c) o conteúdo publicado em jornais do Sul em relação a modelos de comportamento e o que se encontrava nas 
demais publicações existentes no restante do país. 
d) os grupos sociais mais abastados, principalmente de imigrantes, e a população de origem escrava, empregada 
no cultivo do café. 
e) a economia baseada na exportação, que caracterizou algumas regiões brasileiras, e a da região Sul do país, 
voltada para o mercado interno. 
 
 
 
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10. ... ou seja, como fornecedora de alimentos para o mercado interno. 
A relação estabelecida entre os termos constantes do segmento sublinhado acima está reproduzida no segmento, 
também sublinhado, em: 
a) Nas cidades do Sul ... 
b) ... e a exposição de um certo verniz social ... 
c) ... implicavam em moldar as mulheres de uma determinada classe. 
d) Nas imagens dos jornais das cidades do Sul ... 
e) Os altos preços do café no mercado externo ... 
 
11. A idealização das mulheres em seus papéis familiares é muito semelhante àquelas idealizações divulgadas no final 
do século XVIII e início do século XX nos grandes centros europeus. 
Mantém-se a correção no emprego do sinal indicativo de crase se o segmento grifado na frase acima for substituído 
por: 
a) à uma determinada idealização divulgada. 
b) à cada uma das idealizações divulgadas. 
c) à algumas idealizações divulgadas. 
d) à típica idealização divulgada. 
e) à qualquer das idealizações divulgadas. 
 
12. O povoamento do Rio Grande do Sul atraiu uma população masculina eminentemente nômade. 
A economia do Rio Grande do Sul baseava-se na pecuária extensiva. 
A ocorrência de inúmeros conflitos e batalhas propiciava a ausência dos homens. 
As mulheres assumiram a direção dos empreendimentos familiares. 
As mulheres transpuseram os limites das tarefas definidas usualmente para seu sexo. 
 
As frases acima se organizam em um único parágrafo, mantendo-se a correção e a clareza, em: 
a) O povoamento do Rio Grande do Sul, cuja economia se baseava na pecuária extensiva, atraiu uma população 
masculina eminentemente nômade. A ocorrência de inúmeros conflitos e batalhas também propiciava a 
ausência dos homens. Ao assumir, então, a direção dos empreendimentos familiares, as mulheres 
transpuseram os limites das tarefas definidas usualmente para seu sexo. 
b) Com uma população masculina eminentemente nômade, que povoou o Rio Grande do Sul, baseando-se na 
pecuária extensiva, cujas batalhas e conflitos propiciaram a ausência dos homens, as mulheres assumiram, 
não obstante, a direção dos empreendimentos familiares. Assim, elas transpuseram os limites das tarefas 
definidas usualmente para seu sexo. 
c) A economia do Rio Grande do Sul baseava-se na pecuária extensiva, com um povoamento de população 
masculina eminentemente nômade. Além, ainda, da ocorrência de inúmeros conflitos e batalhas. As 
mulheres assumiram, contudo, a direção dos empreendimentos familiares, onde transpuseram os limites das 
tarefas definidas usualmente para seu sexo. 
d) As mulheres do Rio Grande do Sul, com uma população masculina eminentemente nômade e de economia 
baseada na pecuária extensiva, participando, além disso, de inúmeros conflitos e batalhas. Elas transpuseram 
assim os limites das tarefas definidas usualmente para seu sexo, ao assumir a direção dos empreendimentos 
familiares, com a constante ausência dos homens. 
e) A população masculina, eminentemente nômade, do Rio Grande do Sul, onde a economia baseava-se na 
pecuária extensiva, além da ocorrência de inúmeros conflitos e batalhas. As mulheres assumiram a direção 
dos empreendimentos familiares, transpondo os limites das tarefas definidas usualmente para seu sexo, cuja 
causa foi propiciada pela constante ausência dos homens. 
 
GABARITO 
01. A 02. E 03. D 04. E 05. E 06. B 
07. C 08. C 09. E 10. B 11. D 12. A 
 
 
 
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PROVA 05 
CESGRANRIO/EPE/ADVOGADO/2015 
Pessoa em pessoa 
Existe uma ironia ao fazer-se um guia a partir de um roteiro turístico escrito por Fernando Pessoa: embora ele tenha 
detalhado cada ponto de Lisboa, cidade onde nasceu e viveu, o maior poeta português não gostava de viajar. Se saiu, 
foi muito pouco, e só deixou a sua cidade natal em raras ocasiões. Numa delas, por motivos familiares, viveu um 
período em Durban, na antiga colônia inglesa na África do Sul. Após a morte do pai, a sua mãe casou-se com o militar 
João Miguel Rosa, que, por sua vez, se tornou cônsul de Portugal na cidade africana, obrigando a família a mudar-se. 
Pessoa foi para lá em 1896, com 8 anos, ali ficando até aos 17 anos. 
Antes e depois desse período, a sua vida foi fincada em Lisboa [...] “Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade, 
foi a pátria, condensadamente. E desde que nela lançou âncora, em 1905, nunca mais daí saiu”, confirma Teresa Rita 
Lopes, uma das maiores investigadoras da obra e da vida do poeta [...]. 
Rotas pessoais 
Pessoa era uma espécie de freelancer, um profissional autônomo que se dedicava a traduções de cartas comerciais 
para diversas empresas e casas comerciais de Lisboa. Isso ajuda a explicar o fato de ter sido um verdadeiro andarilho, 
indo de um lado para o outro, algo que acabaria por constituir a sua própria personalidade. Era caminhando que 
pensava, que refletia. 
“Para ele era uma maneira de estar sozinho de fato, bem como uma forma de ter ideias, era uma maneira de criar. 
Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha tido em tal passeio. Os passeios para ele eram também momentos 
de criação. Andava imenso”, explica Teresa Rita Lopes. CORREIA FILHO, J. Lisboa em Pessoa: guia turístico e literário 
da capital portuguesa. Lisboa: Publicações Don Quixote, 2011, p. 21 - 22. Adaptado. 
 
1. No título “Pessoa em pessoa”, se considerado o nome do poeta, a palavra em destaque evoca o seguinte sentido: 
a) A lembrança de que Fernando Pessoa também trabalhava como profissional autônomo. 
b) O estabelecimento do estreito elo entre o poeta, a sua obra e sua aversão a viagens. 
c) A ideia de que cada pessoa possui um modo próprio de fazer turismo, seja solitário ou em grupo. 
d) A ironia de que um poeta possa vir a ser um autor de guias turísticos. 
e) A revelação do aspecto humano do poeta por meio de seus diários. 
 
2. A seguinte frase tem todas as palavras grafadas corretamente: 
a) Pessoa conhecia muito bem Lisboa e adimirava cada ponto da cidade. 
b) O poeta português não gostava muito de viajar, mais às vezes tinha de sair de Lisboa. 
c) Fernando foi obrigadoa ir para a África quando o pai se tornou um agente diplomático. 
d) Para Pessoa, ficar desacompanhado era uma forma de entreterimento. 
e) O poeta deixou Lisboa muito pouco e sempre o fêz por motivos alheios à sua vontade. 
 
3. Em qual dos trechos a alteração da pontuação mantém o sentido original e respeita a norma-padrão? 
a) “Existe uma ironia ao fazer-se um guia a partir de um roteiro turístico escrito por Fernando Pessoa: embora 
ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa, cidade onde nasceu e viveu, o maior poeta português não gostava 
de viajar” (. 1-5) — Existe uma ironia, ao fazer-se um guia a partir de um roteiro turístico escrito por Fernando 
Pessoa. Embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa, cidade onde nasceu e viveu, o maior poeta 
português não gostava de viajar. 
b) “Após a morte do pai, a sua mãe casou-se com o militar João Miguel Rosa, que, por sua vez, se tornou cônsul 
de Portugal na cidade africana, obrigando a família a mudar-se” (. 9-12) — Após a morte, do pai, a sua mãe, 
casou-se com o militar João Miguel Rosa, que, por sua vez, se tornou cônsul, de Portugal, na cidade africana, 
obrigando a família a mudar-se. 
c) “‘Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade, foi a pátria, condensadamente. E desde que nela lan- çou 
âncora, em 1905, nunca mais daí saiu’” (. 15-18) — Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade: foi a 
pátria, condensadamente, e, desde que nela lan- çou, âncora, em 1905, nunca mais, daí saiu. 
e) “Isso ajuda a explicar o fato de ter sido um verdadeiro andarilho, indo de um lado para o outro, algo que 
acabaria por constituir a sua própria personalidade. Era caminhando que pensava, que refletia” (. 24-28) — 
 
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Isso ajuda a explicar o fato, de ter sido um verdadeiro andarilho. Indo de um lado para o outro, algo que 
acabaria por constituir a sua própria personalidade, era caminhando que pensava, que refletia. 
e) “Para ele era uma maneira de estar sozinho de fato, bem como uma forma de ter ideias, era uma maneira de 
criar. Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha tido em tal passeio” (. 29-32) — Para ele, era uma 
maneira de estar sozinho de fato, bem como uma forma de ter ideias; era uma maneira de criar. Depois, nos 
diários que fez dizia as ideias, que tinha tido em tal passeio. 
 
4. O trecho em que o pronome entre parênteses substitui a expressão destacada, de acordo com a norma-padrão, é 
a) “embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa” (. 3). (o tenha detalhado) 
b) “só deixou a sua cidade natal em raras ocasiões” (. 5-6) (deixou-lhe) 
c) “obrigando a família a mudar-se” (. 11-12) (obrigando-lhe) 
d) “dedicava a traduções” (. 22) (as dedicava) 
e) “algo que acabaria por constituir a sua própria personalidade” (. 26-27) (constituir-lhe) 
 
5. O sentido de fincada (. 14-15) no texto equivale ao de 
a) enterrada 
b) encostada 
c) plantada 
d) pregada 
e) fixada 
 
6. No trecho “Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha tido em tal passeio. Os passeios para ele eram 
também momentos de criação.” (. 31-33) a junção dos períodos em apenas um mantém o sentido original e está 
adequada à norma-padrão em: 
a) Nos diários que fez, dizia as ideias que tinha tido depois em tal passeio, os quais, para ele, eram também 
momentos de criação. 
b) Embora os passeios para ele tivessem sido também momentos de criação, depois, nos diários que fez, dizia 
as ideias que tinha tido em um passeio tal. 
c) Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha tido em tal passeio, mas os passeios para ele eram também 
momentos de criação. 
d) Ainda que os passeios para ele fossem também momentos de criação, ele dizia as ideias que tinha tido em tal 
passeio, nos diários que fez depois. 
e) Os passeios para ele eram também momentos de criação: assim, depois, nos diários que fez, dizia as ideias 
que tinha tido em tal passeio. 
 
7. O verbo em destaque está flexionado de acordo com a norma-padrão em: 
a) Como haviam muitos interessados na viagem, foi feito um sorteio. 
b) Muitos turistas parecem não respeitar os limites de horário impostos pelas agências. 
c) Existem pessoas que parecem estarem sempre à procura de roteiros de viagens. 
d) Convêm os turistas estarem conscientes das leis de cada localidade conhecida. 
e) Para os turistas, parecem não existirem lugares difí- ceis de conhecer. 
 
8. O acento indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em: 
a) Chego na sua casa daqui à poucos minutos. 
b) Fico à esperar uma visita sua aqui em Lisboa. 
c) Desejo à seu grupo uma boa viagem pela Europa. 
d) Do fado à canção regional, são expressivas as músicas lusitanas. 
e) Estimo à todos os viajantes que tenham boas lembranças de seu turismo. 
 
 
 
 
 
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O texto a seguir é um memorando hipotético. 
Considere-o para responder às questões de nos 9 e 10. 
 
Mem 118/DJ 
Aos Srs. Chefes de Departamento Assunto: 
 
Alteração das normas de repasse de verbas 
 
Prezados Srs. 
 
Dirijo-me aos senhores para informar que houve decreto que estabeleceu novas normas que vão de encontro às 
anteriores, no que diz respeito ao repasse de verbas para financiamento de projetos e que essas normas irão vigorar 
a partir de janeiro do próximo ano. 
 
Desta forma, resolvemos terminar com os projetos ainda não iniciados para adaptá-los às novas normas e fazer 
com que sigam as novas orientações. 
 
Pedimos, então, que todos os projetos em que há essas características sejam revisados pelos Departamentos. 
 
A esse memorando segue, anexa, a relação dos projetos que se enquadram nessa categoria. 
 
Sem mais, estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos. 
 
Um abraço de 
 
J. Félix da Silva Diretor Executivo 
 
9. Avaliando-se o memorando apresentado, constata-se que, de acordo com o Manual de redação da Presidência da 
República, a informação obrigatória que NÃO figura em seu cabeçalho é a seguinte: 
a) os endereços dos chefes de departamento a quem o remetente se dirige. 
b) a referência à correspondência anterior falando sobre o assunto relacionado. 
c) o local e a data colocados no campo direito do documento. 
d) o campo que especifica a presidência da instituição. 
e) o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. 
 
10. Dada a relação existente entre o emissor e os destinatários, segundo o Manual de redação da Presidência da 
República, o fecho adequado deveria ser 
a) Atenciosamente 
b) Respeitosamente 
c) Sem mais 
d) À espera de resposta 
e) Com toda a minha consideração 
 
GABARITO 
 
01. E 02. C 03. A 04. A 05. E 06. E 07. B 08. D 09. C 10. A 
 
 
 
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(31) 32960590 
PROVA 06 
CESGRANRIO/PETROBRÁS/ADVOGADO/2015 
 
A sociedade da informação e seus desafios 
 
Dificilmente alguém discordaria de que a sociedade da informação é o principal traço característico do debate público sobre 
desenvolvimento, seja em nível local ou global, neste alvorecer do século XXI. Das propostas políticas oriundas dos países 
industrializados e das discussões acadêmicas, a expressão “sociedade de informação” transformou-se rapidamente em jargão nos 
meios de comunicação, alcançando, de forma conceitualmente imprecisa, o universo vocabular do cidadão. 
A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada como substituta para o conceito complexo de “sociedade pós-
industrial”, como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos 
das ciências sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm como 
“fator-chave” não mais os insumos baratos de energia — como na sociedade industrial — mas os insumos baratos de informação 
propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e nas telecomunicações.Nesta sociedade pós-industrial, ou “informacional”, as transformações em direção à sociedade da informação, em estágio 
avançado nos países industrializados, constituem uma tendência dominante mesmo para economias menos industrializadas e 
definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que expressa a essência da presente transformação tecnológica em 
suas relações com a economia e a sociedade. Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais: a informação é 
sua matéria-prima (no passado, o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias); os efeitos das novas 
tecnologias têm alta penetrabilidade (a informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, 
portanto, todas essas atividades tendem a ser afetadas diretamente pela nova tecnologia); a tecnologia favorece processos 
reversíveis devido a sua flexibilidade; trajetórias de desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornam-se 
interligadas e transformam-se as categorias segundo as quais pensamos todos os processos (microeletrônica, telecomunicações, 
optoeletrônica, por exemplo). 
O foco sobre a tecnologia pode alimentar a visão ingênua de determinismo tecnológico segundo o qual as transformações em 
direção à sociedade da informação resultam da tecnologia, seguem uma lógica técnica e, portanto, neutra e estão fora da 
interferência de fatores sociais e políticos. Nada mais equivocado: processos sociais e transformação tecnológica resultam de uma 
interação complexa em que fatores sociais preexistentes como a criatividade, o espírito empreendedor, as condições da pesquisa 
científica afetam o avanço tecnológico e suas aplicações sociais. 
No campo educacional dos países em desenvolvimento, decisões sobre investimentos para a incorporação da informática e da 
telemática implicam também riscos e desafios. Será essencial identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar 
no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como utilizá-las de forma a facilitar uma efetiva aceleração 
do processo em direção à educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de diversidade. As novas tecnologias 
de informação e comunicação tornam-se, hoje, parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e a 
aprendizagem. Cabe a cada sociedade decidir que composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar para atingir suas 
metas de desenvolvimento. 
A Unesco tem atuado de forma sistemática no sentido de apoiar as iniciativas dos Estados Membros na definição de políticas 
de integração das novas tecnologias aos seus objetivos de desenvolvimento. No Programa Informação para Todos, as ações desse 
organismo internacional estão concentradas em duas áreas principais: conteúdo para a sociedade da informação e “infoestrutura” 
para esta sociedade em evolução, por meio da cooperação para treinamento, apoio ao estabelecimento de políticas de informação 
e promoção de conexões em rede. 
No espírito da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que constitui a base dos direitos à informação na sociedade da 
informação, e levando em consideração os valores e a visão delineados anteriormente, o novo Programa Informação para Todos 
deverá prover uma plataforma para a discussão global sobre acesso à informação, participação de todos na sociedade da 
informação global e as consequências éticas, legais e societárias do uso das tecnologias de informação e comunicação. Deverá 
prover também a estrutura para colaboração internacional e parcerias nessas áreas e apoiar o desenvolvimento de ferramentas 
comuns, métodos e estratégias para a construção de uma sociedade de informação global e justa. 
 
WERTHEIN, J. Ciência da Informação. Brasília, v. 29, n. 2, p. 71- 77, maio/ago. 2000. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 
2015. Adaptado. 
 
 
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1. De acordo com o ordenamento das ideias no texto, observa-se que, depois de afirmar que há uma interação 
complexa entre processos sociais e transformação tecnológica, de modo que a criatividade e o espírito empreendedor 
interfiram nas aplicações sociais da tecnologia, o texto se refere à ideia de que 
a) a expressão “sociedade de informação” foi incorporada ao vocabulário comum por meio do jargão dos meios 
de comunicação. 
b) o conceito de “sociedade pós-industrial” relaciona-se às transformações técnicas e organizacionais 
provocadas pelos avanços tecnológicos nas telecomunicações. 
c) as atividades humanas, no novo paradigma da sociedade de informação, são afetadas diretamente pelas 
novas tecnologias porque a informação é parte integrante delas. 
d) a visão de que as transformações tecnológicas em direção à sociedade da informação estão fora da 
interferência de fatores sociais e políticos é inadequada. 
e) os países estão sendo auxiliados por órgão internacional na tarefa de integrar as novas tecnologias ao 
processo de desenvolvimento. 
 
2. O emprego de duas vírgulas tem, entre outras, a função de isolar expressões que detalham uma informação anterior, 
como em “o principal traço característico do debate público sobre desenvolvimento, seja em nível local ou global, 
neste alvorecer do século XXI” (. 2-5). As vírgulas foram utilizadas com a mesma função em: 
a) “definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que expressa a essência da presente 
transformação tecnológica” (. 28-30) 
b) “seguem uma lógica técnica e, portanto, neutra e estão fora da interferência de fatores sociais e políticos” (. 
49-51) 
c) “fatores sociais preexistentes como a criatividade, o espírito empreendedor, as condições da pesquisa 
científica afetam o avanço tecnológico” (. 53-56) 
d) “identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar no processo de desenvolvimento 
educacional e, isso posto, resolver como utilizá-las” (. 61-64) 
e) “aceleração do processo em direção à educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de 
diversidade” (. 65-67) 
 
3. As palavras são empregadas no sentido denotativo, literal, em estado de dicionário ou no sentido conotativo, 
figurado. A palavra do texto, destacada, está empregada no sentido figurado em: 
a) “o principal traço característico do debate público sobre desenvolvimento global, seja em nível local ou global, 
neste alvorecer do século XXI.” (. 2-5) 
b) “alcançando, de forma conceitualmente imprecisa, o universo vocabular do cidadão.” (. 9-10) 
c) “em estágio avançado nos países industrializados, constituem uma tendência dominante mesmo para 
economias menos industrializadas” (. 25-27) 
d) “Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais: a informação é sua matéria-prima” (. 
31-33) 
e) “processos sociais e transformação tecnológica resultam de uma interação complexa” (. 51-53) 
 
4. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada 
em: 
a) Antigamente não existiam a comunicação via satélite, a internet e o telefone celular, dificultando a 
correspondência entre as pessoas situadas em países diferentes. 
b) Os processos informacionais e comunicativos dos seres estão relacionados, atualmente, a modernas 
tecnologias da informação. 
c) Nos dias de hoje, a rapidez na transmissão da informação está invariavelmente associada a evolução da 
tecnologia, própria da sociedade pós-industrial. 
d) Até o século passado, o sentido da palavra informação estava restrito a dados que eram transmitidos ao 
receptor com certa defasagem temporal. 
e) O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos 
deles decorrentes em meios virtuais. 
 
 
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5. Para construir o sentido do texto, diferentes relações lógicas se estabelecem entre as ideias que o compõem. A 
relação entre os trechos estáadequadamente expressa entre colchetes em: 
a) “A expressão ´sociedade da informação´ passou a ser utilizada como substituta para o conceito complexo de 
´sociedade pós-industrial´” / “como forma de transmitir o conteúdo específico do ´novo paradigma técnico- 
-econômico´”. (. 11-15) [contraposição] 
b) “a informação é sua matéria-prima” / “no passado, o objetivo dominante era utilizar informação para agir 
sobre as tecnologias” (. 32-35) [condição] 
c) “os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade” / “a informação é parte integrante de toda 
atividade humana, individual ou coletiva” (. 35-37) [causalidade] 
d) “Nada mais equivocado” / “processos sociais e transformação tecnológica resultam de uma interação 
complexa” (. 51-53) [finalidade] 
e) “As novas tecnologias de informação e comunicação tornam-se, hoje, parte de um vasto instrumental 
historicamente mobilizado para a educação e a aprendizagem” / “Cabe a cada sociedade decidir que 
composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar” (. 67-72) [explicação] 
 
6. No texto, a palavra ou expressão a que se refere o termo destacado está adequadamente explicitada entre colchetes 
em: 
a) “Esse novo paradigma tem as seguintes características fundamentais: a informação é sua matéria-prima (no 
passado, o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias)” (.31-35) 
[características fundamentais] 
b) “trajetórias de desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornam-se interligadas e 
transformam-se as categorias segundo as quais pensamos todos os processos (microeletrônica, 
telecomunicações, optoeletrônica, por exemplo)”. (. 41-45) [trajetórias] 
c) “O foco sobre a tecnologia pode alimentar a visão ingênua de determinismo tecnológico segundo o qual as 
transformações em direção à sociedade da informação resultam da tecnologia.” (. 46-49) [foco] 
d) “Será essencial identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar no processo de 
desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como utilizá-las de forma a facilitar uma efetiva 
aceleração do processo em direção à educação para todos.” (. 61-66) [essas novas tecnologias] 
e) “Cabe a cada sociedade decidir que composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar para 
atingir suas metas de desenvolvimento.” (. 70-73) [conjunto de tecnologias] 
 
7. No trecho “as transformações em direção à sociedade da informação, em estágio avançado nos países 
industrializados” (. 24-26), a expressão em destaque tem a função de completar o sentido da palavra direção, sendo, 
portanto, essencial à construção da frase. A mesma função pode ser observada na expressão destacada em: 
a) “alcançando, de forma conceitualmente imprecisa, o universo vocabular do cidadão.” (. 9-10) 
b) “decidir que composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar para atingir suas metas de 
desenvolvimento.” (. 71-73) 
c) “A Unesco tem atuado de forma sistemática no sentido de apoiar as iniciativas dos Estados Membros” (. 74-
75) 
d) “as ações desse organismo internacional estão concentradas em duas áreas principais:” (. 78-80) 
e) “métodos e estratégias para a construção de uma sociedade de informação global e justa.” (. 97-99) 
 
8. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está colocado adequadamente em: 
a) Quando todas as instituições educacionais se interessarem pela inclusão digital, a sociedade será muito 
beneficiada em diferentes aspectos do seu desenvolvimento. 
b) Atualmente, há uma intensa pressão social para que o indivíduo sempre mantenha-se a par das novas 
tecnologias lançadas em outras regiões do mundo. 
c) Não pouparam-se esforços para que todos os funcionários daquela empresa tivessem acesso às mídias digitais 
por meio de renovação dos equipamentos. 
d) Os pesquisadores das áreas sociais e tecnológicas nunca enganam-se a respeito da grande importância da 
presença da internet em nossa sociedade. 
e) Se o preço dos equipamentos eletrônicos ficar muito elevado, poderá-se procurar pesquisar mais 
atentamente. 
 
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9. Considerem-se os períodos abaixo. 
I - Antigamente era usado esse conceito. 
II - As ciências sociais hoje discordam desse conceito. 
 
Unindo-se esses períodos em um só, suprimindo-se as repetições e respeitando-se a norma-padrão, tem-se o seguinte 
período: 
a) Antigamente era usado esse conceito, ao qual as ciências sociais hoje discordam. 
b) Antigamente era usado esse conceito, com o qual as ciências sociais hoje discordam. 
c) Antigamente era usado esse conceito, pelo qual as ciências sociais hoje discordam. 
d) Antigamente era usado esse conceito, do qual as ciências sociais hoje discordam. 
e) Antigamente era usado esse conceito, para o qual as ciências sociais hoje discordam. 
 
10. A concordância verbal dos termos destacados obedece às exigências da norma-padrão da Língua Portuguesa em: 
a) As ações dos dirigentes políticos para que a tecnologia afete positivamente a população parece crescer cada 
vez mais nas sociedades modernas do século XXI. 
b) Em algumas instituições, concentram-se cérebros responsáveis por estabelecer os novos parâmetros da 
sociedade da informação, essencial ao debate público sobre desenvolvimento. 
c) Têm gerado consequências indiscutíveis no processo educacional o desenvolvimento tecnológico dos países 
que investem em pesquisas avançadas na área de informática. 
d) Buscam-se, nos países industrializados, espírito empreendedor para que os avanços na produção e na 
transmissão de informação beneficiem uma grande parcela da população mundial. 
e) É essencial que se considere essas características da sociedade de informação como um novo paradigma 
técnico-econômico relacionado às transformações técnicas e organizacionais. 
 
GABARITO 
 
01. E 02. A 03. A 04. C 05. C 06. D 07. E 08. A 09. D 10. B 
 
 
 
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PROVA 07 
FUNDEP/PREF. DE BELO HORIZONTE/TÉCNICO/2015 
 
INSTRUÇÃO As questões de 1 a 10 relacionam-se com o texto 
 
1 abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas. 
 
TEXTO 1 
 
É O FIM DO MUNDO 
Andrea Estevam 
Humanos percorrem 226 quilômetros em pouco mais de oito horas, utilizando somente a força do próprio corpo 
para nadar, pedalar e correr ao longo dessa distância. Um cara que teve as pernas amputadas quando ainda era bebê 
conquista, na marra, um lugar entre os melhores velocistas do mundo. Montanhistas russos se preparam para escalar 
o K2, a mais mortal das montanhas de mais de 8 mil metros, em pleno inverno, sob a ameaça de temperaturas que 
podem chegar a 50 graus negativos. Uma menina de 18 anos é campeã mundial de surf. Bikes que podem ser 
recarregadas na tomada são realidade. 
Os velhos de pensamento e alma têm razão: é o fim do mundo mesmo – pelo menos do mundo com as fronteiras 
físicas e mentais que conhecemos. É o fim do ser humano como animal perfeito, obra acabada. Ainda bem! Ao 
contrário do que nossa presunção e nosso egoísmo possam sugerir, seguimos em evolução, para sempre rascunhos de 
tudo o que ainda somos capazes de realizar. Que outros sonhos o ser humano pode concretizar nos próximos 2 mil 
anos? (Se conseguirmos, é claro, recriar a nossa civilização a tempo de não nos extinguirmos.) 
O mundo acaba e recomeça a cada dia, e da morte do velho nasce a vida e a transformação. Como diz aquela música 
do R.E.M., ―é o fim do mundo, e eu me sinto bem 
Go Outside – Janeiro/2012 – Ed. 80 (Texto adaptado). 
 
1. No texto defende-se que, no mundo atual, o homem NÃO é um ser 
a) adaptável. 
b) completo. 
c) inatingível. 
d) inigualável. 
 
2. No texto, está explicitado, principalmente, que as transformações humanas podem ser 
a) bem-vindas. 
b) contestáveis. 
c) equivocadas. 
d) exageradas. 
 
3. O texto nos lembra exemplos humanos de 
a) competição. 
b) evolução.c) exibição. 
d) superação. 
 
4. ―[...] é o fim do mundo e eu me sinto bem. (linhas 17-18) No texto, a frase final, transcrita acima, comunica, 
principalmente, uma ideia de 
a) comparação. 
b) compromisso. 
c) hesitação. 
d) otimismo. 
 
 
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5. ―Um cara que teve as pernas amputadas quando ainda era bebê conquista, na marra, um lugar entre os melhores 
velocistas do mundo.(linhas 3-4) As expressões sublinhadas nessa frase são características da linguagem 
a) acadêmica. 
b) coloquial. 
c) formal. 
d) jurídica. 
 
6. ―Ao contrário do que nossa presunção e nosso egoísmo possam sugerir, seguimos em evolução [...](linhas 11-12) A 
palavra sublinhada nessa frase pode, adequadamente, ser substituída por 
a) ―negligência. 
b) ―orgulho. 
c) ―preconceito. 
d) ―rigor. 
 
7. ―Humanos percorrem 226 quilômetros em pouco mais de oito horas [...](linha 1) A palavra sublinhada, tal como se 
encontra nessa frase, exerce a função de um 
a) adjetivo. 
b) advérbio. 
c) pronome. 
d) substantivo. 
 
 8. ―Os velhos de pensamento e alma têm razão [...] (linha 9) O acento colocado sobre a palavra sublinhada nessa 
frase tem, principalmente, a função de indicar 
a) um ditongo nasal. 
b) uma concordância. 
c) uma palavra oxítona. 
d) uma sílaba tônica. 
 
9. ―Que outros sonhos o ser humano pode concretizar nos próximos 2 mil anos? (linhas 13- 14) A palavra sublinhada 
nessa frase pode ser corretamente classificada como 
a) adjetivo. 
b) conjunção. 
c) pronome. 
d) substantivo. 
 
10. ―[...] da morte do velho nasce a vida e a transformação. (linhas 16-17) A expressão sublinhada exerce, nessa frase, 
a função sintática de 
a) objeto direto. 
b) objeto indireto. 
c) predicativo. 
d) sujeito. 
 
GABARITO 
01. B 02. A 03. D 04. D 05. B 06. B 07. D 08. B 09. A 10. D 
 
 
 
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(31) 32960590 
PROVA 08 
FUNDEP/GASMIG/ANALISTA/2016 
 
A REAL QUESTÃO DE BELO MONTE: TER OU NÃO TER 
As questões ambientais vêm preocupando a sociedade brasileira. Quando o Ministério das Minas e Energia toma a 
decisão de construir a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, Belo Monte, é natural que surjam críticas sobre a 
viabilidade ambiental e econômica. Por se tratar de uma obra estratégica, que afetará o bem-estar futuro de milhões 
de brasileiros, a discussão deve pautar-se em análises técnicas, econômicas e jurídicas, evitando-se uma avaliação sem 
a necessária racionalidade. A análise deve partir de três premissas básicas: (a) o Brasil precisa de energia elétrica em 
volumes crescentes para sustentar seu crescimento; (b) qualquer nova usina elétrica impacta o meio ambiente e (c) os 
recursos energéticos são escassos e nem todos são renováveis. 
O Brasil, sexta maior economia do mundo, apresenta perspectivas macroeconômicas muito promissoras. Nessa 
trajetória de crescimento, a sociedade quer melhorar os padrões sociais e econômicos e superar as graves 
desigualdades existentes. Para tanto, será preciso aumentar a produção industrial e a oferta de serviços, o que 
pressupõe, obrigatoriamente, maior consumo e geração de energia elétrica. 
O Brasil tem uma matriz elétrica com 87% de energias renováveis, enquanto que a média mundial é de 19%. As 956 
usinas hidrelétricas construídas ao longo do século XX geram energia limpa e sustentável. Manter a matriz elétrica 
renovável será, cada vez mais, um diferencial internacional competitivo, econômico e ambiental. É com esse objetivo 
que a política energética do MME vem priorizando o aproveitamento do 3o maior potencial hídrico do mundo, de 160 
mil MW, abaixo somente da Rússia e da China. A construção de Belo Monte faz parte dessa estratégia de manter a 
matriz elétrica brasileira entre as mais sustentáveis e competitivas do planeta. 
A crítica central a Belo Monte relaciona-se aos impactos ambientais e sociais e ao argumento de que seria possível 
atender à demanda elétrica de 6 mil MW/ano somente com energia eólica, biomassa e solar, deixando-se de lado o 
imenso potencial hídrico. 
A construção da hidrelétrica respeita a legislação ambiental. O Brasil é hoje uma democracia consolidada: quem se 
sente prejudicado recorre à Justiça. A legislação obriga que esses empreendimentos apliquem mais de 10% do custo 
total das obras em ações que mitiguem os impactos na flora, fauna e que se invista nos sistemas de saúde, educação, 
saneamento etc., buscando melhorar a qualidade de vida das populações de índios, ribeirinhos e citadinos, afetados 
pelas usinas. Com essas ações, a legislação busca manter o equilíbrio ecológico, melhorar a qualidade de vida das 
populações afetadas usando recursos das receitas da venda de energia elétrica e, ao mesmo tempo, garantir o 
aumento da oferta de eletricidade de que o Brasil precisa para o seu desenvolvimento. Trata-se de uma legislação 
inteligente e eficiente, que não foi usada no passado por falta de consciência social ambiental. 
Sobre o uso de outras fontes de energia renovável, uma primeira questão é que a hidreletricidade é a fonte mais 
barata do mundo. As novas usinas em construção irão vender energia a R$ 80 por MW em contratos de 30 anos, 
garantindo às gerações futuras eletricidade barata, limpa e sustentável. O MME adota política de exploração de fontes 
renováveis, buscando criar sinergia operacional, mas priorizando a fonte em que temos mais experiência, maior 
abundância e menor custo: a hidreletricidade. 
Para garantir a segurança do suprimento de eletricidade frente a períodos de hidrologia crítica, como já ocorreu no 
passado, é necessário investir, marginalmente, em usinas termelétricas. O Brasil conta com grandes reservas de gás 
natural do pré-sal. Além disso, o gás natural é a menos poluidora entre todas as fontes derivadas do petróleo. Dessa 
forma, não se trata de excluir fontes de energia da matriz elétrica, mas de somar as fontes e buscar uma 
complementaridade mais eficiente do ponto de vista elétrico, ambiental e econômico. 
Diferente do resto do mundo, o Brasil é totalmente autossuficiente em recursos energéticos. Toda a energia elétrica 
que consumimos hoje e a de que precisaremos para as próximas décadas estão dentro de nossas fronteiras. Temos 
completa e absoluta segurança energética. Nesse sentido, o setor elétrico brasileiro apresenta um cenário de 
desenvolvimento muito promissor, em que cada fonte, em especial a hidreletricidade, trará sua contribuição, de forma 
direta, para o almejado desenvolvimento econômico e social brasileiro. 
Valor Econômico, 03 janeiro 2012. (Texto adaptado) 
 
 
 
 
 
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1. Assinale a alternativa que NÃO pode ser confirmada pelo texto. 
a) Há uma negativa peremptória e veemente de que haja qualquer forma de dano e consequências de cunho 
ambiental como decorrência da construção da usina. 
b) No que se refere à dependência externa, no suprimento das necessidades quanto à geração de energia 
elétrica, o Brasil é uma exceção em relação aos demais países. 
c) O investimento em usinas termelétricas – mais caras que as hidrelétricas – justifica-se pela necessidade de 
prevenção para os períodos mais secos. 
d) Os eventuais danos sociais decorrentes da obra são reduzidos com a aplicação de recursos financeiros, que 
visam a reduzir o impacto da construção no quotidiano da população local. 
 
2. Assinale a alternativa que NÃO pode ser confirmada pelo texto. 
a) Apresenta-se, com argumentos e dados, uma defesa categórica da construção da usina hidrelétrica. 
b) Defende-se que, embora não se possa negar a existência de um previsível e inevitável custo, a obra trará 
grandes benefícios para o conjunto da população brasileira. 
c) Embora se acredite na necessidade e na viabilidade da obra, revela-se certo ceticismo em relação aos aspectos 
jurídicos e legais do projeto. 
d) Os críticos da construção da nova usina defendem que se deveriamutilizar outras formas de energia, valendo-
se, entre outras possibilidades, da energia produzida a partir dos ventos. 
 
3. “A análise deve partir de três premissas básicas: (a) o Brasil precisa de energia elétrica em volumes crescentes para 
sustentar seu crescimento; (b) qualquer nova usina elétrica impacta o meio ambiente e (c) os recursos energéticos são 
escassos e nem todos são renováveis.” (linhas 7-10) 
 
Assinale a redação em que melhor se preserva o sentido do texto, mantendo-se o paralelismo da enumeração e a 
correção gramatical. 
a) Devem ser consideradas, para se fazer a análise, três premissas básicas, a saber: a sustentação do crescimento 
do Brasil prescinde de volumes crescentes de energia elétrica; o impacto causado ao meio ambiente por 
qualquer usina elétrica; são escassos os recursos energéticos, além de sua renovação, muitas vezes, não 
serem factíveis. 
b) Os pilares básicos, que devem ser analisados são em número de três: o Brasil pode prescindir de volumes 
crescentes de energia elétrica para sustentar o seu crescimento; todas as novas usinas elétricas geram 
impacto no meio ambiente e a escassez e a inexequibilidade características da renovação dos recursos 
energéticos. 
c) Os três pressupostos de que se deve partir para a análise são: é impossível o Brasil prescindir de volumes 
crescentes de energia elétrica na sustentação do crescimento; impacto no meio ambiente gerado pelas 
usinas elétricas e ser inviável, a renovação dos recursos energéticos em decorrência da sua escassez. 
d) Três premissas básicas devem ser levadas em conta para que se proceda à análise: a necessidade, no Brasil, 
de energia elétrica em volumes crescentes para que se sustente o crescimento; o impacto que toda nova 
usina elétrica provoca no meio ambiente e a escassez de recursos energéticos aliada ao fato de nem todos 
eles serem renováveis. 
 
4. “As questões ambientais vêm preocupando a sociedade brasileira.” (linha 1) Desconsideradas as alterações de 
sentido, assinale a alternativa que apresenta um erro na grafia da forma verbal. 
a) As preocupações dos brasileiros provêm das dificuldades em lidar com as questões ambientais. 
b) As questões ambientais mantêm a sociedade brasileira preocupada. 
c) Os brasileiros veem com preocupação as questões ambientais. 
d) Os brasileiros interveem quando vêm à mente as questões ambientais. 
 
 
 
 
 
 
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5. Assinale a alternativa em que a nova redação NÃO apresenta erros linguísticos. 
a) “[...] é natural que surjam críticas sobre a viabilidade ambiental e econômica.” (linhas 3-4) [...] é natural que 
surja críticas sobre a viabilidade econômico-ambiental. 
b) “O Brasil tem uma matriz elétrica com 87% de energias renováveis, enquanto que a média mundial é de 19%.” 
(linhas 17-18) 87% da matriz elétrica brasileira são constituídos de energias renováveis, enquanto a média 
mundial é de 19%. 
c) “Para garantir a segurança do suprimento de eletricidade frente a períodos de hidrologia crítica, como já 
ocorreu no passado, é necessário investir, marginalmente, em usinas termelétricas.” (linhas 48-50) É 
necessário, marginalmente, investimentos em usinas termelétricas para garantir a segurança do suprimento 
de eletricidade, já que ocorreu no passado períodos de hidrologia crítica. 
d) “Toda a energia elétrica que consumimos hoje e a de que precisaremos para as próximas décadas estão 
dentro de nossas fronteiras.” (linhas 56-57) Toda energia elétrica que se consome hoje e a de que 
precisaremos para as próximas décadas está dentro de nossas fronteiras. 
 
6. “Trata-se de uma legislação inteligente e eficiente, que não foi usada no passado por falta de consciência social 
ambiental.” (linhas 39-40) Assinale a alternativa que contém uma afirmação INCORRETA em relação ao trecho acima. 
a) A substituição da expressão “uma legislação inteligente e eficiente” por “leis inteligentes e eficientes” 
obrigaria que se adaptasse o verbo para “tratam-se”. 
b) “Por falta de consciência social e ambiental” atribui uma circunstância de causa. 
c) Tanto o termo “inteligente” quanto o vocábulo “eficiente” se referem ao substantivo “legislação”. 
d) O pronome “que”, referente ao termo “legislação”, pode ser substituído por “a qual”. 
 
7. Assinale a alternativa em que a forma verbal sublinhada NÃO admite a redação na voz passiva, mesmo que se façam 
as adaptações necessárias. 
a) “[...] a política energética do MME vem priorizando o aproveitamento do 3º maior potencial hídrico do mundo 
[...]”. (linhas 21-22) 
b) “As 956 usinas hidrelétricas construídas ao longo do século XX geram energia limpa e sustentável.” (linhas 18-
19) 
c) “O Brasil conta com grandes reservas de gás natural do pré-sal.” (linhas 50-51) 
d) “[...] uma obra estratégica, que afetará o bem-estar futuro de milhões de brasileiros [...]”. (linhas 4-5) 
 
8. A alternativa em que a substituição da expressão sublinhada pelo termo entre parênteses implica a utilização do 
acento indicativo de crase é 
a) “A crítica central a Belo Monte relaciona-se aos impactos ambientais e sociais e ao argumento de que seria 
possível [...]”. (linhas 26-27) [A CONSEQUÊNCIAS DE ORDEM AMBIENTAL E SOCIAL] 
b) “[...] garantindo às gerações futuras eletricidade barata, limpa e sustentável.” (linhas 43-44) [A TODA UMA 
GERAÇÃO FUTURA] 
c) “Para garantir a segurança do suprimento de eletricidade frente a períodos de hidrologia crítica [...]”. (linhas 
48-49) [AQUELES PERÍODOS DE HIDROLOGIA CRÍTICA] 
d) “[...] quem se sente prejudicado recorre à Justiça.” (linha 31) [A ALGUMA ESFERA JUDICIAL] 
 
9. “[...] o setor elétrico brasileiro apresenta um cenário de desenvolvimento muito promissor, em que cada fonte, em 
especial a hidreletricidade, trará sua contribuição, de forma direta [...]”. (linhas 58-60) O termo sublinhado pode ser 
substituído, sem que se incorra em erro, pelo pronome 
a) aonde 
b) cuja 
c) no qual 
d) onde 
 
 
 
 
 
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10. Assinale a alternativa que contém uma afirmativa CORRETA em relação à pontuação dos trechos transcritos. 
a) “[...] é natural que surjam críticas sobre a viabilidade ambiental e econômica.” (linhas 3-4) É facultativa a 
utilização de vírgula depois da palavra natural. 
b) “O Brasil, sexta maior economia do mundo, apresenta perspectivas macroeconômicas muito promissoras.” 
(linhas 11-12) As vírgulas que isolam o aposto podem ser substituídas por travessões, sem prejuízo para a 
correção. 
c) “[...] quem se sente prejudicado recorre à Justiça.” (linha 31) Embora não seja obrigatória, a utilização de 
vírgula depois da palavra “prejudicado” seria recomendável para marcar melhor a pausa. 
d) “Trata-se de uma legislação inteligente e eficiente, que não foi usada no passado por falta de consciência 
social ambiental.” (linhas 39-40) A supressão da vírgula depois da palavra eficiente em nada afeta a correção 
da redação nem tampouco o sentido do período. 
 
GABARITO 
01. A 02. C 03. D 04. D 05. B 06. A 07. C 08. C 09. C 10. B 
 
 
PROVA 09 
ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO/ MPOG/2015 
 
Leia com atenção o texto abaixo. 
Hoje em dia vemos muitas matérias em jornais, títulos de livros, artigos em periódicos e magazines que usam a 
palavra crise: “crise financeira”, “crise política”, “crise moral”, “crise existencial”, “crise da representação”, “crise do 
livro”, “crise da educação” etc. Quando começamos a ler estes textos, frequentemente nos damos conta de que são 
narrativas em que se projetam imagens de uma estabilidade antes inexistente, seguida por uma decadência ou fim de 
alguma coisa. Em outras palavras, presume-se que algo estável (o mundo das finanças, a política, a moral, a existência 
humana, o livro...) perde esta condição ou tem esta condição colocada em xeque. A crise é apresentada, então, como 
um problema, sem que se argumente que há também um problema nessas narrativas.Qual? 
Muitas vezes a presumida “estabilidade” que existiria antes e que supostamente é ameaçada na crise é apenas uma 
idealização que nunca correspondeu a uma realidade efetiva. Claro, a partir dessa idealização, pode-se criticar o que 
se presume ser uma ameaça, decadência ou fim; mas a crítica é feita em relação ao que foi idealizado anteriormente. 
(Adaptado de José Luís Jobim. Literatura e cultura: do nacional ao transnacional, 2013, p. 67) 
 
01. A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as inferências abaixo e, em seguida, assinale 
a sequência correta. 
( ) Muito se tem escrito sobre crise na atualidade. 
( ) A noção de crise é falsa, fruto da ansiedade do mundo contemporâneo. 
( ) Atualmente o mundo passa por um período de crise nos mais diversos setores. 
( ) A noção de crise se constrói quando alguma forma de estabilidade é vista como ameaçada. 
( ) Quando se fala em crise, não se problematiza a noção de estabilidade com a qual a ideia de crise se relaciona. 
 
a) V, V, V, V, F 
b) F, V, F, V, F 
c) F, V, V, F, V 
d) V, F, F, V, V 
e) V, F, V, V, F 
 
 
 
 
 
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02. Os verbos “perder” e “ter", no período “Em outras palavras, presume-se que algo estável (o mundo das fi nanças, 
a política, a moral, a existência humana, o livro...) perde esta condição ou tem esta condição colocada em xeque” (l. 
11-15), têm, como sujeito, 
a) “algo”. 
b) “algo estável". 
c) “que algo estável". 
d) “algo estável (o mundo das finanças, a política, a moral, a existência humana, o livro...)”. 
e) “que algo estável (o mundo das finanças, a política, a moral, a existência humana, o livro...)”. 
 
Leia o texto que se segue. 
 
Na área ficcional, opondo-se 1__ inconsciência, ou seja, reagindo 2__ má consciência, haveremos de governar, 
dentro do possível, a obra em geral e, em particular, as personagens. Negaremos 3 __ personagens, honestamente, 
qualquer parcela de vontade. Cada uma será assim porque nos pareceu, quase sempre ao cabo de cálculos e ensaios, 
acréscimos e cortes, que assim devia ser; e está no relato porque foi necessário, porque julgamos oportuno dar-lhe 
uma função ainda que fosse 4__ de parecer disponível. Nem uma palavra lhes será disponível sem licença ou 
aprovação. Ainda que alguns dos seus remotos modelos possam existir fora de nós, só existem 5__ partir do momento 
em que nossas palavras o efetivam. 
(Adaptado de Osman Lins, Guerra sem testemunhas, 1974, p. 16) 
 
03. Quanto ao uso do sinal indicativo da crase, assinale a opção que preenche, de forma gramaticalmente correta, as 
lacunas do texto. 
a) a (1), a (2), as (3), a (4), a (5) 
b) a (1), a (2), às (3), a (4), a (5) 
c) a (1), a (2), as (3), à (4), a (5) 
d) a (1), a (2), às (3), à (4), a (5) 
e) à (1), à (2), às (3), a (4), a (5) 
 
04. Leia os trechos a seguir e ordene-os de modo a preservar a coerência e a coesão textual. ( ) A palavra “filosofia” 
deriva dos termos gregos filos (amante, amigo) e sofia (sabedoria, saber). A junção desses dois termos é atribuída, 
tradicionalmente a Pitágoras. 
( ) Neste sentido, o filósofo seria apenas um amigo ou amante do saber e a filosofa significaria o amor à 
sabedoria. 
( ) Seguindo a linha de seu mestre Sócrates, que reconhecia nada saber, parecia-lhe que a ninguém era possível 
apossar-se da verdade. 
( ) Atribui-se também a origem dessa composição a Platão, que teria questionado a ideia de posse do saber, 
comum aos pensadores do seu tempo. 
( ) Diz-se que Pitágoras, ao ser perguntado pelo príncipe Leonte sobre a origem de sua sabedoria, teria 
respondido que era apenas um filósofo, assumindo assim a posição não de um sábio, mas de alguém que 
buscava a sabedoria. 
(Adaptado de Filosofia, de Cleides Antonio Cabral, p. 11) 
 
A sequência correta obtida é 
a) (5), (2), (4), (1) e (3) 
b) (2), (3), (5), (1) e (4) 
c) (1), (5), (3), (2) e (4) 
d) (4), (3), (1), (2) e (5) 
e) (1), (5), (4), (3) e (2) 
 
 
 
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Leia com atenção o texto abaixo. 
 
O filósofo e doutor em educação Mário Sérgio Cortella, 61 anos, começa a entrevista dizendo: “Hoje, o Boko Haram 
matou cem pessoas no norte de Camarões… Todo dia há notícias assim”. O grupo fanático que ele menciona tenta 
fazer da Nigéria, vizinha de Camarões, uma república islâmica. E usa a barbárie para suplantar a marginalização política, 
econômica e social a que fora relegado pelos últimos governos. Essa facção sanguinária tornou-se conhecida do público 
ao sequestrar 200 meninas nigerianas numa escola, em 2014. Muitas foram estupradas. Disputam o noticiário as 
degolas de civis por outro bando de radicais, o Estado Islâmico, e, ainda, os rescaldos do atentado ao semanário francês 
Charlie Hebdo, com a rejeição generalizada aos que professam o islamismo, a religião maometana que não prega o 
ódio – muito menos a matança. 
(Adaptado de Patrícia Zaidan. Fonte: http://www.contioutra.com/ todo-preconceituoso-e-covarde-o-ofendido-precisa-
compreender-isso-afi rma-mario-sergio-cortella/. Acesso em 30.07.2015) 
05. Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas do texto. 
a) As expressões “O grupo fanático que ele menciona” (l. 5) e “Essa facção sanguinária” (l.10) referem-se a Boko 
Haram (l.3). 
b) O termo “Muitas” (l. 12) da oração “Muitas foram estupradas” retoma “cem pessoas no norte de Camarões” 
(l. 3 e 4). 
c) O pronome “ele” (l. 5), na oração “que ele menciona”, refere-se a Mário Sérgio Cortella (l. 1 e 2). 
d) O sujeito de “Disputam o noticiário” (l. 13) é “as degolas de civis por outro bando de radicais, o Estado 
Islâmico, e, ainda, os rescaldos do atentado ao semanário francês Charlie Hebdo” (l. 13 a 16). 
e) O travessão, antes da expressão “muito menos a matança” (l. 18 e 19), serve para enfatizar essa expressão e 
pode ser substituído por vírgula sem causar erro gramatical. 
 
Leia com atenção o texto abaixo. 
 
Quando, em 2001, Facundo Manes regressou a seu país, a Argentina, depois de concluir um mestrado de ciências 
em Cambridge, estava convencido de que, para criar um polo científico relevante, só se necessitava de quatro paredes 
e um punhado de mentes brilhantes. O que o inspirou foi sua passagem pelos Laboratórios Cavendish, lugar pelo qual 
já desfilaram mentes como as de Isaac Newton e Stephen Hawking. Sem pensar duas vezes, fundou o Instituto de 
Neurologia Cognitiva (Ineco) para investigar temas como a memória, a tomada de decisões e as emoções de forma 
multidisciplinar, unindo os conhecimentos de cientistas de diversas áreas. Hoje, sua criação é um polo de referência 
na América Latina. Já produziu mais de 180 trabalhos científicos, publicados em revistas internacionais de prestígio, 
como Brain e Nature Neuroscience. 
(Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/09/ ciencia/1436463420_426214.html. Acesso em 01 de agosto de 2015) 
 
06. Sobre o uso das estruturas linguísticas do texto, assinale a opção incorreta. 
a) O sujeito da oração “só se necessitava de quatro paredes e um punhado de mentes brilhantes” (l. 5 a 6) é 
“quatro paredes e um punhado de mentes brilhantes” (l. 5 e 6). 
b) “Facundo Manes” (l. 1) é o sujeito das orações contidas no trecho “regressou a seu país, a Argentina, depois 
de concluir um mestrado de ciências em Cambridge” (l. 1 a 3). 
c) O pronome oblíquo “o” (l. 6) funciona, sintaticamente, como objeto direto de “O que o inspirou foi sua 
passagem pelos Laboratórios Cavendish, lugar pelo qual já desfilaram mentes como as de Isaac Newton e 
Stephen Hawking”. 
d) O sujeito das orações contidas no fragmento “Sem pensar duas vezes, fundou o Instituto de Neurologia 
Cognitiva (Ineco) para investigar temas como a memória, a tomada de decisões e as emoções de forma 
multidisciplinar” (l. 10 a 13) é Facundo Manes (l. 1). 
e) A relação de atribuição expressa pelo pronome possessivo “sua” (l. 15) no trecho “Hoje,sua criação é um polo 
de referência na América Latina" (l. 15 e 16) remete a Facundo Manes (l. 1). 
 
 
 
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07. Leia os trechos que se seguem e ordene-os de modo a preservar a coerência e a coesão textual. 
( ) Desde então, Bruna nunca mais deixou de usar o Avonex, nome comercial da betainterferona 1, medicamento 
de alto custo fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
( ) Com esclerose múltipla, a publicitária Bruna Rocha Silveira foi aprovada para doutorado em educação na 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 
( ) A ponto de desistir do curso, passou a experimentar uma medicação. 
( ) A doença forçava-a a andar com uma bengala e provocava tremores nas mãos, o que dificultava a locomoção 
e a impedia de fazer anotações em aula. 
( ) Então, os tremores desapareceram e ela pôde passar a andar sem a bengala. 
(Adaptado da reportagem “Luta para tratar a esclerose múltipla”, de Warner Bento Filho 
 (Correio Braziliense de 1° de agosto de 2015) 
 
A sequência correta obtida é 
a) (1), (2), (4), (5) e (3) 
b) (2), (3), (5), (1) e (4) 
c) (2), (4), (3), (5) e (1) 
d) (4), (3), (1), (2) e (5) 
e) (5), (1), (3), (2) e (4) 
 
Leia com atenção o texto abaixo. 
Este livro pretende demarcar uma área de pesquisa e reflexão dentro da antropologia contemporânea. Esta tem 
hoje tantas possibilidades, tornando-se um campo de conhecimento de tal forma rico e complexo, que não é mais 
possível a figura do generalista capaz de dominá-la em seus vários ramos e tendências. A própria antropologia social, 
aparentemente uma subárea, já abriu tantos espaços e produziu uma bibliografia tão vasta que é incomum encontrar 
profissionais que, por exemplo, se movam com familiaridade do estudo de sociedades indígenas sul-americanas para 
a problemática do meio urbano com toda a sua diversidade ou mesmo para as discussões sobre campesinato, 
trabalhadores rurais etc. No entanto, permanece, como ponto aglutinador e condensador, uma problemática teórica, 
às vezes deixada de lado ou marginalizada. Os nomes podem variar, assim como as ênfases, mas a questão da unidade 
e continuidade dos sistemas sociais permanece sendo referência central da disciplina. Quer se privilegie o consenso 
ou o conflito, quer se parta do indivíduo ou da sociedade e/ou cultura, estamos sempre lidando com o dilema da 
estabilidade e da descontinuidade. Como se estabelecem pactos? Como se efetiva a dominação? De que forma são 
socializados e incorporados os indivíduos? Como é possível exercer o poder e que padrões de reciprocidade sustentam 
redes de relações sociais? 
(Adaptado de Gilberto Velho, Individualismo e cultura: notas para uma Antropologia da Sociedade Contemporânea, 2004, 
p. 7). 
08. A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as inferências a seguir. 
( ) A antropologia social é um ramo recente da antropologia. 
( ) A antropologia social ainda não definiu com clareza seu objeto. 
( ) São poucos os pesquisadores familiarizados com todos os temas da antropologia social. 
( ) A relação entre estabilidade e descontinuidade dos sistemas sociais é um problema teórico central da 
antropologia social. 
( ) A antropologia social estuda, sobretudo, as relações de poder. 
 
A sequência correta é: 
a) V, F, V, V, F 
b) F, V, F, V, V 
c) V, F, V, F, F 
d) F, F, V, V, F 
e) V, F, V, F, V 
 
 
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09. Assinale a opção que contém erro de grafia. 
a) A doença Hanseníase, popularmente conhecida como lepra, chegou ao Brasil ainda no século 16. Por uma 
profunda falta de conhecimento sobre a doença, altamente infecciosa, as pessoas contaminadas eram 
isoladas compulsoriamente nos chamados leprosários. Lugares com pouca estrutura e sem lei, onde cada um 
deveria dar conta de si. O primeiro asilo-colônia ou sanatório para Hansenianos foi fundado em Recife no 
ano de 1714. 
b) Mas foi somente na década de 1920 que a doença se tornou um problema nacional. A fim de combate-la, foi 
criada a Inspetoria de Profilaxia e Combate à Lepra e Doenças Venéreas e, com isso, mais de dez 
estabelecimentos foram construídos. Segundo Guilherme Gorgulho Braz, jornalista e mestre em Divulgação 
Científica e cultura, “entre as décadas de 1920 e 1950, o Brasil contou com quarenta asilos-colônia, 80% deles 
inaugurados na Era Vargas, entre 1930 e 1945”. 
c) “A hanseníase, ou lepra, foi estigmatizada em todo o mundo. Em grande parte, por ser, em muitos casos, uma 
doença degenerativa que evidencia quem é portador dela (manifestações cutâneas em partes do corpo que 
são visíveis, nas mãos e no rosto, por exemplo)”, explica o pesquisador documental sobre a história da 
hanseníase no Brasil, Vicente Saul Moreira dos Santos. 
d) Em 1949, o isolamento de pacientes de hanseníase nos leprosários virou lei federal e vigorou até 1986. 
Totalmente isolados da sociedade considerada sadia, esses pacientes sofriam diversos tipos de alienação; 
aos que conseguiam alta, se reinserir fora dos leprosários não era tarefa fácil. 
e) O nome “lepra” não é mais utilizado. A "lepra” teve sua nomenclatura modificada gradualmente nos registros 
oficiais do Brasil para ‘hanseníase’, a partir da década de 1970, em grande parte graças ao esforço do médico 
Abrahão Rotberg (1912-2006), que foi diretor do Departamento de Dermatologia Sanitária de São Paulo, 
explica Guilherme. (Adaptação da reportagem “A época dos leprosários”, de Laís Modelli (revista Caros 
amigos, ano XIX, nº 220, julho 2015). 
 
Leia atentamente o texto abaixo. 
Um estudo demonstrou que é possível transportar amostras de sangue em drones pequenos para a realização de 
exames sem alterar a qualidade da amostra. A estratégia pode ajudar a tornar exames de rotina mais acessíveis em 
regiões isoladas, com pouco acesso por estrada, por exemplo. A pesquisa que chegou a essa conclusão – feita pela 
Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos – foi publicada na revista científi ca Plos one nesta quarta-feira (29). 
O que os cientistas queriam avaliar era se as amostras não perdem a qualidade depois de jornadas de até 40 minutos 
a bordo do drone. Além do tempo do percurso, preocupava os pesquisadores a aceleração no lançamento do veículo 
e o impacto quando o drone pousa em seu destino. "Tais movimentos poderiam destruir células do sangue ou fazer 
com que o sangue coagulasse, então eu pensava que todo o tipo de teste de sangue poderia ser afetado, mas nosso 
estudo mostra que eles não foram afetados e isso foi legal", disse o médico patologista Timothy Amukele, da Escola 
de Medicina da Universidade Johns Hopkins. 
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07/ drone-pode-transportar-amostra-de-sangue-para-exame-em-
zonasremotas.html. Acesso em 30.07.2015) 
 
10. Indique a opção incorreta no que diz respeito às estruturas linguísticas do texto. 
a) A oração “que é possível transportar amostras de sangue em drones pequenos para a realização de exames 
sem alterar a qualidade da amostra” (l. 1a 4) tem função de objeto direto. 
b) No período “Além do tempo do percurso, preocupava os pesquisadores a aceleração no lançamento do 
veículo e o impacto quando o drone pousa em seu destino” (l. 14 a 17), o verbo, se grafado no plural, causa 
ambiguidade. 
c) A expressão “Tais movimentos” (l. 17) refere-se ao lançamento e ao pouso do drone. 
d) Na oração “mas nosso estudo mostra que eles não foram afetados” (l.20 e 21), o pronome “eles” refere-se a 
“Tais movimentos” (l. 17). 
e) No trecho “A pesquisa que chegou a essa conclusão ― feita pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados 
Unidos ― foi publicada na revista científica “Plos one” (l. 6 a 10), os travessões podem ser substituídos por 
parênteses sem acarretar erro de pontuação. 
 
GABARITO 
01. D 02. D 03. E 04. E 05. B 06. A 07.E 08.D 09.B 10. D 
 
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FUMARC/PREF. DE ITURAMA/ANALISTA DE SISTEMA/2015 
 
Leia atentamente o texto para responder às questões 
 
Colunas / Palavreado 
 
Ai, meu trema! 
Em sua coluna de julho, Sírio Possenti repercute coluna da ‘Folha de S. Paulo’ sobre os comentários do ministro da 
Cultura acerca do acordo ortográfico. Por: Sírio Possenti | Publicado em 24/07/2015 | Atualizado em 27/07/2015 
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/ai-meu-trema 
 
Nas discussões que – ainda – ocorrem sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o trema é assunto 
recorrente. 
Álvaro Costa e Silva escreveu coluna chamada “Saudades do trema” (Folha de S. Paulo, 23/07/2015), na qual 
comenta declarações do ministro da Cultura sobre o famigerado acordo ortográfico, já em vigor nesta terra, apesar de 
um decreto presidencial que susta sua obrigatoriedade. Duas declarações merecem destaque. A primeira: "talvez 
tenhamos errado no acordo ortográfico". Não há explicações maiores; assim, não se fica sabendo das razões do senhor 
Juca. 
Mas há um parágrafo em que se misturam a opinião do colunista e a do ministro: “No mínimo, uma precipitação, 
pois em Portugal, àquela época, havia resistência às mudanças, situação que não melhorou com o tempo. Lá, ao 
contrário do açodamento brasileiro, ainda acontece um debate na sociedade”. 
O argumento é pífio. Que a questão ainda esteja em debate em Portugal revela, para quem já teve interesse em 
conhecer os argumentos, sua extrema pobreza. São restritos à defesa da tradição, em geral, mas escondem, de fato, 
a verdadeira queixa: que as posições do Brasil (certamente discutíveis, como tudo) tenham tido mais força que as da 
terrinha. 
É interessante que o ministro Juca sonhe com "’um grande encontro sobre a língua portuguesa’, no qual os 
protagonistas serão os criadores e não os legisladores ou os acadêmicos. ‘O fortalecimento da língua tem nos criadores 
o epicentro’, declarou ele ao jornal Público”, ainda segundo a Folha. 
Grifei uma parte do texto porque sua natureza é ambígua. Não se sabe até que ponto o trecho equivale ao que foi 
dito pelo ministro – já que está em discurso indireto, vale dizer, é uma interpretação do colunista. 
Não quero falar da possível ambiguidade se o trecho for lido ‘literalmente’, ou distraidamente. Em “os protagonistas 
não serão os legisladores...”, sujeito e predicado poderiam se intercambiar. Mas, certamente, se deve ler que o 
protagonismo não será dos legisladores e dos acadêmicos. 
Afinal, quem são os criadores da língua? 
Queria ver como seria erigir os ‘criadores’ da língua em protagonistas do debate sobre a grafia. A definição dos 
protagonistas, para começar, é muito complicada. Muitos dirão que é o ‘povo’, tese fortemente justificada pela história 
– os poderosos sempre tentaram resistir ao ‘povo’, no capítulo das mudanças das línguas, mas sempre perderam feio. 
A única maneira de tornar a decisão fácil seria apelar para a ignorância extrema, o senso comum sobre o que é 
‘saber português’, de que se teve uma amostra clara (e desavergonhada) no conhecido debate sobre o ‘livro do MEC’. 
Mesmo assim, seria difícil obter algum consenso, o que a própria coluna que estou comentando sugere: nunca se 
consegue passar dos exemplos de sempre: o trema e o acento em “ideia” (que tal mudar para “colmeia” ou 
“traqueia”?). 
Suponhamos, no entanto, que Juca se adaptasse ao figurino com que a direita em geral veste a esquerda (supondo 
que ele seja de esquerda, para o que poderíamos sempre nos valer de Olavo de Carvalho): ele teria que escolher o 
‘povo’, o verdadeiro criador da língua. Nem o povo (um tipo de criador) nem os escritores são bons conselheiros no 
capítulo da grafia. 
Então, chegaríamos a uma grafia nada uniforme, como se pode ver cotidianamente nas ‘placas do meu Brasil’. Nada 
contra elas; digo eu, que mereceriam mais análises do que risos – coisa bem mais improvável do que o ajuste fiscal. 
Mas acho que sei do que Juca está falando: ele está apenas confundindo grafia/ortografia com língua. O que acontece 
com muita frequência entre os não acadêmicos... 
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/ai-meu-trema
 
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Nem o povo (um tipo de criador) nem os escritores são bons conselheiros no capítulo da grafia. O terreno deles é 
outro. O povo não opina sobre grafia quando muda ‘socra’ em ‘sogra’ ou ’ficatu’ em ‘fígado’. Guimarães Rosa não é o 
que é porque escreveu ‘estremeceuzinho’ com ‘z’. 
Descobre-se talvez outra coisa na fala de Juca: ele detesta os acadêmicos. Ele não os chamaria para debater sobre 
a questão. Vai chamar quem? 
Finalizo comentando duas queixas comuns, sempre as mesmas... 
Para começar, tem gente que reclama da queda do acento em ‘para’ (do verbo ‘parar’) porque uma suposta 
manchete como “S. Paulo para para ver o Corinthians” não seria mais possível. Pergunto por que não seria mais 
possível. Feia? Ora! Repetitiva? Ora, ora! Como se as outras fossem belíssimas e como se não se devesse procurar uma 
alternativa (sair do automático). 
Depois, tem gente que reclama do fim do trema porque, supostamente, um dia não se vai mais saber como 
pronunciar “linguiça” (a falta do trema levaria a não dizer mais o ‘u’). Ora, ora! É por isso que se precisa dos 
acadêmicos! Eles sabem que não se lê uma língua. Escreve-se uma língua!! A verdade é que ‘lingüiça’ (esta grafia 
antiga) se escrevia assim porque o ‘u’ é pronunciado, não o contrário. Se fosse assim, quem não sabe ler não falaria. 
Ora, ora, ora!!! Pode ocorrer que se adote determinada pronúncia com base na escrita: tipicamente, diante de uma 
palavra estrangeira. Se aprendo que o [oi] – falado – alemão se escreve ‘eu’, quando aparece o nome ‘Freud’, o 
pronuncio [froid]. 
Pode ocorrer algo similar na língua materna com palavras desconhecidas. Mas então por que citar sempre 
‘linguiça’? Na escola, obviamente, aprendemos como se escreve a palavra tal, e não como se lê a tal palavra. Posso 
não gostar da atual ortografia. Mas o que ela viria a ser se seu destino fosse entregue a quem tem medo de quem 
conhece um pouco do riscado? 
Sírio Possenti | Departamento de Linguística Universidade Estadual de Campinas 
 
01. Tendo em vista que o propósito de um texto é construído pelo uso de estratégias linguísticas (escolhas lexicais, 
frásticas) e textuais (formas de textos), estão CORRETAS as afirmações sobre o texto Ai, meu trema! 
a) Caracteriza-se por ser uma narrativa em que o autor apresenta a fala dos entrevistados como em "talvez 
tenhamos errado no acordo ortográfico". 
b) Tem como estrutura básica uma ideia central (que resume o ponto de vista do autor) fundamentada, 
exclusivamente, com base em argumentos jornalísticos. 
c) Trata-se de um texto em que predomina uma atitude expositivacomentadora, com uso predominante de 
verbos no tempo presente. 
d) Utiliza-se do registro formal da língua por estar publicado na revista Ciência Hoje digital e por ser escrito por 
um professor universitário. 
 
02. Considerando o texto, analise as seguintes afirmativas: 
I. Para o senso comum, língua e escrita são equivalentes. 
II. O uso do trema e o acento dos ditongos abertos são sempre citados como exemplos do Novo Acordo 
Ortográfico. 
III. A grafia das línguas não é de responsabilidade do povo. 
Sobre o que está sendo tematizado no texto, é CORRETO o que se afirma em: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e III. 
 
03. Em defesa de seu ponto de vista, o autor recorre a várias estratégias argumentativas, excetuando-se apenas a 
a) descrição de exemplos. 
b) exposição de ideias do senso comum. 
c) recorrência a discursos de autoridade. 
d) utilização de comparações. 
 
 
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04. Na passagem “Guimarães Rosa não é o que é porque escreveu ‘estremeceuzinho’ com ‘z’”, o vocábulo 
‘estremeceuzinho’ é a junção de estremeceu + zinho.Essa palavra corresponde a 
a) um estrangeirismo, ou seja, processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. 
b) um neologismo, criação de novas palavras por meio das possibilidades do sistema linguístico. 
c) um regionalismo, por ser uma palavra típica de uma determinada área geográfica. 
d) uma gíria, uso de determinado grupo social de uma palavra não convencional. 
 
05. A palavra ‘estremeceuzinho’ é formada por 
a) diminutivo sintético. 
b) diminutivo analítico. 
c) locução adjetiva. 
d) superlativo absoluto. 
 
06. A alternativa em que o termo destacado NÃO está corretamente explicado entre parênteses é: 
a) O argumento é pífio. (de pouco valor). 
b) O fortalecimento da língua tem nos criadores o epicentro. (local). 
c) Queria ver como seria erigir os ‘criadores’ da língua em protagonistas do debate sobre a grafia. (construir). 
d) Sujeito e predicado poderiam se intercambiar (mudar). 
 
07. Considere o seguinte excerto para responder a esta questão: “São restritos à defesa da tradição, em geral, mas 
escondem, de fato, a verdadeira queixa: que as posições do Brasil (certamente discutíveis, como tudo) tenham tido 
mais força que as da terrinha”. Assinale a alternativa cuja palavra NÃO segue a mesma sequência do segmento vocálico 
DISCUTÍVEIS. 
a) Vereis 
b) Reis. 
c) Papeis. 
d) Fósseis. 
 
08. Na passagem “A única maneira de tornar a decisão fácil seria apelar para a ignorância extrema, o senso comum 
sobre o que é ‘saber português’, de que se teve uma amostra clara (e desavergonhada) no conhecido debate sobre o 
‘livro do MEC’”, o vocábulo DESAVERGONHADA tem como elementos mórficos: 
a) Prefixo: desavergonh- ; sufixo -ada. 
b) Prefixo: des- ; radical avergonh- ; sufixo: -ada. 
c) Prefixo: des- ; vogal temática -a ; radical vergonh- ; sufixo: -ada. 
d) Prefixo: des- ; vogal de ligação -a ; radical vergonh- ; sufixo: -ada. 
 
09. Verbo Conjugação Pessoa Número Tempo Modo 
 
 Verbo Conjugação Número Tempo Modo 
I Ocorrem 2ª 3ª Presente Indicativo 
II Grifei 1ª 1ª Singular Pretérito imperfeito Indicativo 
III Mereceriam 2ª 3ª Plural perfeito Indicativo 
IV Poderíamos 3ª 1ª Plural Pretérito mais-que-perfeito Subjuntivo 
 
No quadro acima, a classificação verbal está CORRETA apenas em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
 
 
 
 
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10. Observe o emprego da vírgula nas sentenças a seguir: 
I. Na escola, obviamente, aprendemos como se escreve a palavra tal, e não como se lê a tal palavra. 
II. Mas, certamente, se deve ler que o protagonismo não será dos legisladores e dos acadêmicos. 
 
A vírgula foi usada para 
a) isolar o aposto. 
b) marcar intercalação da conjunção. 
c) marcar intercalação do adjunto adverbial. 
d) marcar inversão do adjunto adverbial (colocado no início da oração). 
 
 
 
GABARITO 
01. C 02. D 03. B 04. B 05. A 06. B 07. C 08. D 09. A 10. C

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