Buscar

ED de Annelida e Artropoda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ED de ANNELIDA e PANARTHROPODA
Disserte sobre as estratégias de alimentação das classes de annelida?
R: Os Annelida se dividem em Polychaetas, Oligchaetas e Hirudinoidea. Os poliquetas são majoritariamente predadores, possuindo adaptações ligadas a esse estilo de vida, como parapódios, tentáculos, palpos labias, olhos bem desenvolvidos e também possuem mandíbulas (aglomeração de estruturas sensoriais na parte anterior). Apesar disso, o predadorismo é apenas uma das estratégias de alimentação adquirida por esse grupo. Eles podem ser tanto micrófagos quanto macrófagos, sendo os micrófagos dividos em depositívoros e suspensívoros e os macrófagos em predadores e pastadores. Os predadores podem ser tanto raptoriais, ou seja, perseguindo a presa para mata-la quanto tocaieiros – que se escondem ou cavam túneis até a presa aparecer e assim ataca-la. Também podem ser rastreadores de presas com baixa mobilidade, sendo assim não precisam persegui-la. Os pastadores se alimentam de vegetais ou animais, normalmente sésseis. Já os depositívoros se alimentam do substrato, podendo separar a matéria orgânica presente neste e os suspensívoros se alimentando da matéria em suspensão, muitas vezes através de cílios criadores de fluxo de água ou de alguma estratégia envolvendo muco para adesão da matéria no indivíduo. 
	O oligoquetas são menos diversificados morfologicamente dos que os poliquetas e isso reflete no seu estilo de alimentação, focado em um grande nicho, que é depositívoro detritívoro. Esses animais se alimentam da matéria orgânica presente no substrato, cavando túneis e se alimentando. Isso reflete em um bauplan corporal menos especializações anteriores e menos cefalizados que os poliquetas, sem olhos desenvolvidos, apenas com manchas ocelares, uma vez que seu nicho não depende da visão. Ao invés disso, muitos possuem espécies de estatocistos para orientação.
	Hirudíneos são em sua maioria predadores ectoparasitas sugadores de tecidos moles, como o sangue. Mas também existem hirudíneos depositívoros (muito raro). Sua digestão se dá de forma lenta pois sua disponibilidade de alimento não é constante, então necessita “guardar” energia para posterioridade. Quando encontram sua presa, conseguem sugar até 3x o seu peso corporal. Uma estratégia muito importante para os sugadores e a produção da hirudina, uma proteína anticoagulante e anestésica poderosa que torna esses organismos capazes de se aproveitar o máximo de sua presa.
Como é a circulação dos filos de annelida?
R: A circulação em annelida se dá através de 2 vasos longitudinais principais: mediano dorsal e mediano ventral. Sendo o mediano dorsal levando sangue para a região posterior e o ventral para a região anterior. Nos oligoquetas existem ainda um 3 vaso: o sub-neural , além de anéis curcun-esofágicos. Em poliquetas é comum encontrarmos brânquias nos notopódios posteriores onde é realizada a troca gasosa, mas a superfícies corporal também pode ser responsável pelas trocas. Em oligoquetas também pode ocorrer brânquias, sendo fruto da extensão da parede, mas no geral quem faz as trocas gasosas é a parede corporal.
Em hirudíneos as trocas gasosas são feitas exclusivamente pela parede corporal e dependem de difusão. O celoma e o sistema circulatório são fundidos e pouco desenvolvidos.
Todas classes podem possuir pigmentos respiratórios e geralmente os tem, o que aumenta sua capacidade respiratória.
Descreva como era o sistema nervoso dos polychaetas e o que modificou durante seu curso evolutivo.
R: O sistema nervoso de polychaetas é em escada, ou seja, possui 2 cordões nervosos principais com gânglios ao longo e gânglios cerebrais dorsais. As principais diferenciações que se dão a partir desse plano básico são: aglomeração e interiorização. Os cordões nervosos tenderam a se aproximas e posteriormente houve fusão de gânglios antagônicos fisicamente e cordões nervosos, aumentando a capacidade de cognição, o que pode ser observado em clitelados. Também houve interiorização dos gânglios nervosos que deixaram de ser subepidérmicos e passaram a ser intramusculares para depois ficarem dentro do celoma. Além da posteriorização do gânglio cerebral como modo de defesa para ataques anteriores.
Descreva como se dá a musculatura em Annelida (Hirudinoidea, Polychatea e Oligochaeta)
R: A musculatura de oligoquetas se dá através do antagonismo entre as musculaturas circular e longitudinal. Enquanto a musculatura circular de uma região está contraída e a longitudinal relaxada, fazendo o corpo do animal se distender aumentando sua extensão e diminuindo seu diâmetro outra região estará aderida a um ponto no substrato com as musculaturas de forma contrária, ou seja, com musculatura longitudinal contraída e circular relaxada. 
Já em poliquetas o movimento se da de forma sinusoidal com antagonismo entre as musculaturas longitudinais esquerda e direita, além de possuírem parapódios que ajudam na locomoção. Ou seja, enquanto a musculatura de uma porção estará com o lado direito contraído e o esquerdo relaxado, a porção seguinte estará com os dois lados semi-contraídos e a porção seguinte com o lado direto contraído e o esquerdo relaxado. Esse movimento em forma de “s” é importante para o lançamento dos parapódios, que servem como ponto de atrito para sua locomoção e serem puxados pela musculatura parapodial. 
Já em hirudíneos, o movimento antagônico será com a mesma musculatura de oligoquetas, com a diferença que seu movimento se da de forma palmar, com a ajuda das ventosas anterior e posterior e da musculatura oblíqua que a ajuda a sair da inércia. Nesses organismos também existe a movimentação de fuga ou ataque, que se dá pela contração dos músculos dorso-ventrais, achatando-se e ficando em forma de fita, para que consiga nadar e assim fugir. 
Explique a distribuição de Onychofora com base na deriva continental.
R: Onicóforos, apesar de seu tamanho diminuto e de sua incapacidade de cruzar o mar, possuem uma distribuição global. Isso pode ser explicado pela origem desses animais, que se deu ainda no Gondwana. Ao se separar, os onicóforos de cada lado sofreram pressões seletivas diferentes, formando duas famílias. Uma de cada lado.
O que é epitoquia e enxameamento?
R: Epitoquia é a formação de um indivíduo capaz de se reproduzir sexualmente através um processo não sexual, podendo ser esse reprodução assexuada ou metamorfose de um indivíduo adulto. Esse fenômeno ocorre em poliquetas marinhos, assim como o enxameamento, que consiste em lançar os gametas ou indivíduos epítocos para a superfície, eliminando assim uma das dimensões espaciais -a profundidade- e aumentando a chance de encontro de gametas. Esse fenômeno é muito importante nesses organismo por possuírem fertilização externa, senso assim, precisam de sincronia e simpatria. Esse enxameamento está intimamente ligado com os ciclos lunares, eliminado mais um impedimento de encontro que é o tempo
Disserte sobre a importância das minhocas.
R: Minhocas são muito importantes ecologicamente pois são engenheiras de ecossistemas e são fundamentais na construção de ambientes e solos férteis e habitáveis. Isso ocorre por causa de seu hábito alimentar, depositívoro detritívoro que consiste em comer terra e depois selecionar matéria orgânica deste. Nesse processo elas criam verdadeiras galerias subterrâneas, aumentando a porosidade do solo e permitindo a infiltração de água. Isso também facilita a mistura de horizontes, ou seja, de diferentes camadas de terra, levando nutrientes que estão em uma camada mais inferior para o superior e vice-versa, revirando a terra e deixando o solo homogêneo ao espalhar os nutrientes/partículas/matéria orgânica/minerais. E, além disso, nas suas fezes, sai um muco que ajuda a manter os nutrientes na terra em condições de chuva, evitando a lixiviação do solo. Para melhorar, em seus sistema digestivo existem muitas bactérias que são capazes de assimilar fósforo e nitrogênio e deixa-lo biodisponivel para vegetais, essas bactérias saem nas fezes são capazes de fazer isso no soloque habitam. Além disso, por serem amoniotélicas e muitas possuírem enteronéfrons, ou seja, suas excretas vão para o sistema digestivo, que posteriormente sairão nas fezes, essas são ricas em nitrogênio. Sendo assim, enriquecem os solos em nutrientes essenciais como o N.
Todas hirudinoidea são hematófagos? Todas são parasitas? 
R: Não, existem hirudíneos predadores e deritívoros, apesar de serem em menor abundância. Sendo assim, nem todos são parasitas. Existem ainda sugadores de tecidos moles que são predadores.
Por que sanguessugas não conseguem atingir um tamanho corpóreo muito grande?
R: Seu sistema circulatório e de trocas gasosas é pouquíssimo desenvolvido, muito devido a fusão de seu celoma com o sistema circulatório. Também não possuem brânquias, sendo assim dependem inteiramente da respiração cutânea através da difusão, que não e suficiente para grandes volumes devido a razão superfície/volume.
Compare o sistema circulatório de Annelida com o de Arthropoda.
R: Em annelida, o sistema circulatório é constituído principalmente pelo vaso dorsal e ventral, quando muito anéis circun-esofágicos e mais alguns vasos segmentares, além de ser fechado, uma vez que o movimento da própria musculatura corporal circular tinha a capacidade de fazer os fluidos corporais serem bombeados. Em artropoda não existe musculatura circular, uma vez que possuem exoesqueleto essa configuração não faria sentido. Sendo assim, foi necessária a criação de algum tipo de órgão bombeador, no caso, corações ou coração no vaso dorsal. 
Em artropoda o sistema circulatório é aberto, com o sangue fluindo dentro da hemocele inteira. Por um lado esse sistema necessita de menos investimento estrutural, mas por outro o suprimento de oxigênio é menos eficiente por perder velocidade fora dos vasos. 
Além disso, em artrópodes com sistema de traquéias para trocas gasosa, o sistema circulatório é muito menos desenvolvido.
Diferencie a locomoção de Annelida e Arthropoda
R: Artrópodes possuem exoesqueleto quitinoso esclerotizado, configurando rigidez a seus corpos e apenas resquícios de celoma, diferente de anelídeos que além de possuírem celoma relativamente mais espaçoso possuem cutícula mais flexível e corpo mole, possibilitando a locomoção através de um esqueleto hidrostático, antagonismo muscular e presença de cerdas. Em artrópodes a locomoção é muito dependente da especialização dos apêndices em locomoção.
Fale sobre características que conferem resistência ao grupo de panarthropoda. 
R: O grupo panarthropoda possui um exoesqueleto esclerotizado que confere resistência não só física como química, graças a impregnação de substâncias em sua epicutíla e também fisiológica por não ficar tão sujeito a ressecamento e estresse por gradientes osmóticos e iônicos.
Quais características possibilitaram a existência do tardigrada em tantos ambientes.
R: Em ambientes extremos os tardígrados possuem capacidade de entrar em uma condição chamada anabiose, na qual seu metabolismo baixa muito a ponte de quase zera-lo,seus apêndices encolhem e seu tegumento enrijece formando um “casca” sobre seu corpo grossa e resistente. 
Compare o sistema nervoso e excretor de annelida com o dos panarthropodes. 
R: Tanto panatrópodes quanto anelídeos possuem como plano básico um sistema nervoso em escada, isso é, com 2 cordões nervosos principais ventrais com gânglios e gânglios cerebrais dorsais. Em artópodes, esses gânglios cerebrais são tripartidos e divididos em protocérebro, deuterocérebro e tritocérebo. (mas em cheliceromorpha há fusão desses). Nos dois filos vemos uma tendência a aproximação dos cordões nervosos e aglomeração dos gânglios. Em clitelata é observada essa tendência com apenas 1 cordão nervoso ventral. Em anelídeo, especificamente nos clitelados também há uma tendência a interiorização dos gânglios cerebrais, ficando em segmentos mais posteriores e apenas ramificações desses indo até o prostômio. Essa tendência está muito relacionada a proteção contra predação, afinal, é mais difícil regenerar a porção anterior até mesmo por causa dos danos ao gânglio cerebral, coordenador das funções motoras e sensoriais. Em poliquetas e panartrópode não vemos isso, talvez pela presença de aparatos anteriores que evitariam a predação nesse local. (Em poliquetas: tentáculos orais, palpos, mandíbula e em panartropodes: mandíbula, maxila, quelíceras, etc), não selecionando essa disposição.
Já em relação ao sistema excretor, em anelídeos é muito comum a presença de metanefrídeos e mixonefrídeos, enquanto em panartrópodes o mais comum seria a glândula de malphighi. Isso ocorre pois seria desvantajoso em animais com circulação aberta um funil saindo de sua hemocele causando extravasamento do líquido celomático. A glândula de malphigi é mais adequada pois seu fundo é cego e realiza seleção.
Como é a cutícula de um panarthropode? Fale sobre as camadas e como ela fica impermeável.
R: A cutícula de panarthropoda se divide em epicutícula, que confere a natureza impermeável do exoesqueleto graças a sua constituição lipoproteica e procutícula, que por sua vez se dividirá em exocutícula (+ externamente) e endocutícula (+ internamente), mas no geral é feita de camadas de proteínas com feixes de quitina sobrepostos em várias direções diferentes, para suportar foça mecânica vinda de vários ângulos. A epicutícula confere resistência química e a procutícula resistência mecânica, principalmente a exocutícula, uma vez que a endo é mais flexível.
Bicho comprido na praia, ele é um (...), Explique
Anelídeo? Se estiver perto da água mais provável que seja um poliqueta ou oligoqueta marinho.
O que é “chuva” na floresta ´quando não está chovendo? 
R: Essa “chuva” é na verdade o produto das excretas de alguns artrópodes, como as cigarrinhas, que são sugadores de seiva. Para um digestão mais eficiente elas absorvem a água dessa seiva deixando o seu alimento menos diluído através de uma “câmara filtro”, que é nada mais que uma alça do intestino posterior dando volta no intestino médio e no contato desses intestinos há aquaporinas. Quando a seiva passa pelo intestino médio somente a água passa pelas aquaporinas, indo diretamente para hemolinfa para ser posteriormente excretadas pelos túbulos de malphighi enquanto o alimento tem que percorrer todo o tubo digestivo. Sendo assim, essa agua excretada por elas durante sua alimentação sai em forma de gotinhas parecendo “chuva”.
Como é um olho composto? Cite os tipos de visão que um desses pode ter.
R: Um olho composto possui diversos omatídeos e cada um desses omatídeos possui como constituintes 2 células de retina (com ou sem pigmentação), um cone cristalino, um rabdoma e lentes. Esse tipo de olho consegue ter 2 tipos de visão, dependendo se as células da retina possuem ou não pigmentos. Em caso afirmativo, a visão será de aposição. Isso significa que cada omatídeo vê apenas um segmento da imagem completa pois o pigmento da retina impede que a luz penetre do omatideo adjacente. Já em células da retina que não possuem pigmentos, a luz conseguirá penetrar no omatídeo adjacente, então a imagem será formada pela superposição de várias imagens dos omatídeos. Ou seja, vários olhos veem uma imagem como um todo. Apesar desses olhos serem piores na percepção de movimento, levam vantagem em ambientes com pouca luz, pois conseguem aproveitar o máximo possível dela.
Esses tipos de visão não são binários, existe um gradiente entre eles. Animais que vivem em zonas de crespúsculo, por exemplo, costumam ter células da retina com pigmentação intermediária. Também existem animais que conseguem regular quantidade de pigmento que existe na retina dependendo do ambiente que ele está.

Continue navegando