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Zoologia de invertebrados - Avaliação

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Zoologia dos Invertebrados 
1) Há duas hipóteses evolutivas conflitantes acerca das relações evolutivas entre os filos de metazoários, principalmente dentre os protostômios, que foram debatidas durante o semestre. São elas: Hipótese Articulata e Hipóteses Ecdisozoa / Lophotrocozoa. Diferencie as referidas hipóteses enfatizando (a) como surgiu a segmentação corporal, de acordo com cada uma delas; (b) as sinapomorfias dos diferentes clado.
 A mais comum é a hipótese Articulata, visando que o clado Annelida seria um grupo irmão de Panarthropoda, e suas sinapomorfias como a segmentação teloblastica, gânglios cerebrais na forma columelar, ocorrendo de forma independente e o surgimento da larva trócofora em Mollusca e também em Annelida.
 Com analises moleculares então sugerem o posicionamento dos lofoforados (Ectoprocta, Braquiopoda e Phoronida) em um grupo que compartilha um ancestral em comum com alguns filos protostomados (Nemertea, Mollusca, Sipuncula, Pogonophora, Echiura e Annelida). Esse clado é chamado, Lophotrochozoa e faz referência a presença do lofoforo e a larva trócofora. 
 Para metazoários que sofrem muda da cutícula, analises moleculares sugerem uma origem comum a esse clado chamado Ecdysozoa. Também haveria a perda dos cílios na parede do corpo, e a ocorrência de muda (ecdise) seria uma sinapomorfias de Ecdisozoa.
 
2) Defina lofoforo. Que táxons apresentam essa estrutura? Lophophorata é um grupo monofilético? Se afirmativo, quais as sinapomorfias?
 Lofoforo é um conjunto de dobras da parede do corpo que forma um anel de tentáculos ciliados onde a parte interna é preenchida por um fluido celomático, onde também está relacionada a alimentação. Essa estrutura está presente em Bryozoa (Ectoprocta), Phoronida e Brachiopoda. 
 Dados morfológicos sustentam uma ligação com deuterostomios mas evidencias embrionárias indicam afinidade com protostômios. Além disso o corpo tricelomado (tremeria) pode ser uma sinapomorfia com os deuterostomios mas isso cai por terra devido estudos revelarem que a cavidade do epistoma (quando presente) não é uma protocele, favorecendo a dúvida sobre a afinidade com deuterostomios. Há uma controversa entre pesquisadores se Lophophorata seria então um grupo monofilético devido essas e outras características.
3) Qual a diferença entre animais depositívoros diretos e indiretos? Associe esses tipos de alimentação com táxons de Annelida e enfatize que estrutura(s) morfológica(s) participa(m) dos respectivos processos.
 Depositivoros são animais que buscam seu alimento de restos depositado no fundo como alguns poliquetos (animais aquáticos). Esse alimento contém sedimentos e partículas orgânicas onde este habito está presente em alguns Anelídeos como mencionado.
 Depositivoros indiretos/seletivos são animais selecionam partículas orgânica antes de engolir, e estão nesta categoria, poliquetos que utilizam tentáculos os colocando sobre o substrato ou no interior do mesmo, usando cílios que guiaram as partes orgânicas por sulcos até a boca do animal.
 Depositivoros diretos/não seletivos são animais que consomem tanto as partículas orgânicas quanto as inorgânicas sem diferenciação de ambas para alimentação. Para esse tipo de alimentação entre Anelídeos temos então poliquetos escavadores que ingerem a matéria orgânica e inorgânica através da sua escavação utilizando a faringe não muscular para a ingestão desse substrato. Isso é realizado por meio a eversão da faringe provocada pela pressão do fluido celomático que coloca parte desta faringe para fora. Já os tubícolas consomem o substrato do fundo de seus tubos usando da faringe que também é evertida mas, utilizando os cílios dentro da faringe para encaminhar as partículas, fazendo então uma separação das partículas dentro do intestino.
4) Os táxons Polychaeta e Clitellata apresentam importantes diferenças em suas estratégias reprodutivas. Discorra sobre essas diferenças.
 Na classe Polychaeta á dois tipos de reprodução; a assexuada onde poderá ocorrer por brotamento, divisão do corpo em duas partes e também por fragmentação do corpo onde o correrá a regeneração dos indivíduos, uma vantagem do corpo segmentado destes animais. Para os dioicos, reprodução sexuada, terá então um cruzamento e a fecundação de forma externa. Os indivíduos não possuíram gônoda e não serão reprodutivos mas, terão então uma tipo de reprodução diferenciada que será abordada ao longo do texto. 
 Na classe Clitellata (minhocas), temos que todos os indivíduos são hermafroditas mas não realizam uma auto fecundação e sim um cruzamento de material genético. As gônodas em pares são distintas, e localizadas em segmentos diferentes produzindo gametas femininos e masculinos, onde a posição das gônodas será variada para cada família. 
 No entanto haverá estratégias reprodutivas distintas entre os táxons que proporcionará um reprodução mais bem sucedida. 
 A classe Polychaeta apresenta a formação de um epítoco, que é basicamente o desenvolvimento de um indivíduo por brotamento que terá a única função de reproduzir, já que seu progenitor é bentônico e não reprodutivo. O epítoco que e dióico e pelágico, após gerado se torna livre e natante liberando espermatozoides ou óvulos na massa d’agua. Sua existência é curta e está ligada a um fenômeno chamado enxarmeamento, que é a produção de vários epítocos por poliqueto. Isso gera então uma reprodução sincronizada aumentando as chances de uma reprodução bem sucedida.
 Já na Classe Clitellata teremos uma estrutura reprodutiva fundamental chamada clitelo, onde ocorrerá o emparelhamento lateral dos indivíduos e a transferência simultânea de gametas da seguinte forma: Com o auxílio de um muco adesivo secretado por ambos para mantê-los unidos, de forma simultânea os indivíduos transferiram diretamente por meio deu m pênis gametas para o receptáculo seminal do outro, ou na ausência do pênis a transferência será realizada por uma calha corporal escorrendo até a espermateca do outro, constituindo assim a cópula.
Após os gametas transferidos e a separação dos indivíduos o clitelo secretará um segundo muco viscoso que será encaminhado pelo longo do corpo do animal para sua região anterior por peristaltismo. Esse cordão passará primeiro pelo gonóporo feminino recebendo os ovócitos e seguindo sua trajetória pelo corpo até passar pelos receptáculos seminais onde recebe o conteúdo espermático. Após a fecundação dos ovócitos o cordão mucoso continua seguindo até se desprender do corpo do animal formando um casulo contendo embriões que se desenvolverão em indivíduos juvenis que romperão o casulo e terão enfim vida livre.
 
5) A locomoção por "mede-palmos" é típica dos hirudíneos (sanguessugas e afins). Quais são as bases morfológicas para o surgimento deste tipo de locomoção? (Ou porque esse tipo de locomoção surgiu e foi selecionado? E que estruturas permitem que ele se realize plenamente?).
Esse tipo de locomoção está ligada a perda das cerdas, redução do celoma e dos septos. O corpo desses animais é semicircular e possuem uma região medial com uma dilatação um pouco maior e achatado dorsoventralmente. Possuem ventosas, uma posterior e relativamente maior que a anterior e circunda a boca. Mas a posterior pode estar ausente em alguma poucas espécies como Acanthobdella, em que a ausência desta ventosa deixa as evidencias, como a presença de cerdas na parede do corpo nos segmentos anteriores onde esses compartimentos celômicos são separados por septos. 
6) O que é o sistema hidrovascular (=sistema aquífero ou ambulacrário) dos equinodermos? Que funções desempenha? Faça também uma descrição comparativa deste sistema entre as diferentes classes do filo.
É um sistema complexo de canais e reservatórios que são preenchidos por agua, que vão auxiliar na locomoção por meio dos pés ambulacrais. Terão como função promover a locomoção, fixação no substrato como também a possível captura de alimento, e que está presente apenas nos equinodermas. Esse sistema é formado por uma estrutura chamada madriporitopor onde a água entrará e será conduzida pelo canal circular central que está ligado a canais radias pela extensão do corpo do animal, onde por sua vez estarão ligados a canais laterais nos quais estão ligados aos pés ambulacrais através de ampolas (onde acontecerá a pressão hidrostática) em que possuíram ventosas. Assim acontecerá junto a pressão dada pela ampola e ação muscular, a aderência das ventosas. 
Classe Asteroidea
O sistema é bem desenvolvido, madriporito presente e localizado na superfície aboral (oposto da boca). Madriporito possuindo um epitélio ciliado para evitar a entrada de detritos, logo após o canal pétreo o canal circular onde estará localizado os corpos de Tiedemann que estão ligados a produção de células celomáticas e vesículas de Polianas que auxiliam na regulagem da pressão interna dessa classe. Ligado ao canal circular, canais radiais que percorrem a extensão do corpo do animal e ligado a eles canais laterais onde estarão localizados a ampola e as ventosas formando os pés ambulacrários.
Classe Operiuroidea
O sistema é semelhantes a classe Asteroidea, com algumas diferenças. As ampolas estão ausentes e o madriporito fica situado na região oral e não na Aboral (oposto da boca) 
Classe Echiroidea 
De uma das placas esqueléticas formadas ao redor do polo aboral, será formado o madriporito. Terá os canais internos se entendendo pelas laterais do corpo em direção a região superior e atingiram o ponto mais elevado, a superfície superior onde convergem em direção ao polo aboral. Uma adequação do sistema hidrovascular para a forma globosa dessas animais
Classe Holothuroidea
Há uma adaptação para a forma alongada do corpo desses animais, onde o madriporito é interno e localiza-se embaixo da faringe, abrindo-se no celoma. E mesmo que esteja ausente superficialmente, há pequeno ductos que ligam o celoma a parte exterior, fazendo o animal perder fluido celomático ao contrair-se de maneira extrema. Possui vesículas Polianas que podem funcionar na da pressão no sistema hidrovascular ou mesmo na circulação do fluido.
Possuem ampolas nos pés ambulacrários e também nos tentáculos, e a maioria não possuem corpos de Tiedemann.
Classe Crinoidea 
Possui vários canis pétreos originados do canal circular que se conectam aos canais celômicos e não apresentam madriporito, mas tem estruturas em forma de funis voltadas para o exterior por onde através destas a agua entra no sistema hidrovascular.
7) Porque os equinodermos, apesar de exibirem simetria radial, são tidos como mais estreitamente aparentados aos metazoários bilatérios ao invés de animais como os cnidários? Discorra sobre o assunto enfatizando os aspectos ontogenéticos e de hábito de vida em um contexto de relações filogenéticas (i.e.; que táxons são grupo-irmão de Echinodermata, em que linhagem estão incluídos, entre outros).
Os metazoários são um grupo bem diversificado onde podemos examinar melhor isso ao estudar esponjas, cnidários, Arthropoda, Echinodermata e até mesmo Chordata. Os primeiros metazoários eram inteiramente livre e nadantes onde a base da sua evolução pode ser analisada em políferos, como a simetria radial. Mas os folhetos germinativos dos metazoários podem ser observados em cnidário. As células monocíliadas ocorrem comumente entre os metazoários inferiores, particularmente entre as esponjas, as hidras, e os corais. Mas em cnidários esses dois tecidos (ectoderma e endoderma) não formam órgãos, possuem simetria radial e carecem de um sistema nervoso centralizado. Mas a partir dos ctenophoros surgem então o terceiro folheto (mesoderma), possuindo simetria birradial e também carecem de um sistema nervoso centralizado, contudo surge de um outro grupo de organismo com os três folhetos germinativos apresentando simetria bilateral ao menos em uma fase da vida, e muitos desses grupos também começaram a viver na coluna d'agua e também em contato com o substrato já que antes eles eram apenas livre e nadantes apenas.
Os animai bilatérios apresentam um sentido preferencial de locomoção e possuem uma região anterior e posterior, onde esse característica está ligada a concentração dos órgãos sensórias e grande quantidade de tecido nervoso que é responsável pelos estímulos.
A evolução dos bilatérios teve dois caminhos: um grupo protostômio e outro deuterostomio (isso está ligado a preferência da origem da boca e do anus nesses animais. Todos os protostomios compartilha a presença do cordão nervoso central, onde há maior diversidade de espécies (Arthropoda). Já os deuterostomios possuem sistema nervoso dorsal que nos vertebrados apresenta maior grau de encefalização. 
Baseado em características comuns do desenvolvimento embrionário e tradicionalmente reunindo cordados, hemicordados, equinodermos, lofoforados e, segundo alguns, também Chaetognatha. Estes grupos estavam reunidos pela deuterostomia e pela origem do ânus a partir do blastóporo, clivagem radial indeterminada e celoma originado por enterocelia. Entretanto, informações moleculares e as referentes ao desenvolvimento mostraram que apenas os Echinodermata, Hemichordata e Chordata apresentam como característica essa condição.
8) Diferencie os táxons Asteroidea, Echinoidea e Holothuroidea em relação a sua alimentação.
Asteroidea 
São predadores oportunistas carnívoros com a maioria comedores de carniça, alimentando-se de qualquer tipo de invertebrado até mesmo outros equinodermos e peixes. Alguns alimentam-se de esponjas, anêmonas do mar e pólipos, onde o tipo de alimentação irá variar entre as espécies.
Echinoidea 
Alimenta-se do processo de raspagem da superfície do substrato onde vivem. Possuem estruturas bem desenvolvidas para esse processo. Seus dentes são compostos por cinco placas calcarias denominadas de pirâmides, encontrando-se em posição radial, parecidas com pontas de flechas. Onde geralmente encontra-se algas (maior parte da sua alimentação), partículas de material orgânico.
Outros podem ser depositívoros seletivos alimentando-se do material orgânico encontrado ao escavarem na areia, e também que capturam seu alimento através dos pés ambulacrários.
Holothuroidea
São em maioria depositívoros ou suspensívoros (seletivos ou não), isso varia de acordo com o habitat em que vivem. E usam seus tentáculos no processo para varrer a superfície do substrato ou capturar partículas na massa d’agua. 
9) Faça um quadro comparativo entre os táxons Sipuncula e Echiura.
 Sipuncula Echiura 
	Não possuem o corpo seguimentado 
	Não possuem o corpo segmentado apenas o tronco é separado por um septo.
	Marinhos, bentônicos “vermes amendoim”
	Marinhos, bentônicos “vermes colher”
	Escavadores de substratos moles como areia e lama, ou perfuradores de algas calcarias (rodolítos). Vivem em conchas vazias de moluscos, tubos de anelídeos. 
	Escavadores de substratos moles como areia e lama, perfuradores de rochas e corais. Vivem em tubos de anelídeos e em conchas vazias de moluscos.
	Escavação do substrato mole feita por peristaltismo, formando um espécie de ancora para prender o corpo e continuar adentrando no mesmo. 
	Possui cerdas quitinosas curtas e um gancho que surge da parte anterior do tronco ou dois círculos de pequenos ganchos ao redor do tronco que auxilia na escavação. 
	Músculos longitudinais e circulares que auxiliam na escavação e locomoção por peristaltismo. Músculos retratores e sacos de compensação formando um sistema de compensação para a Protração e retração da introverte. Tentáculos ciliados preenchidos por celoma.
	Músculos longitudinais e dorsoventrais bem desenvolvidos, responsáveis pela retração e achatamento do prostomio. Movimento lento de locomoção por peristaltismo.
	Intestino espiralado em forma de “U”, sustentado por um musculo columelar. Anus anterior e dorsal.
	Intestino longo, enrolado suspenso no celoma. Possui um “sifão” que origina-se no intestino sendo um desvio do mesmo em que tem como função transportar a água ingerida com o alimento. Anus posterior dorsalNão possui vasos sanguíneos, celoma em desenvolvido Hemoeretrina, células celomáticas transportando e armazenando oxigênio pelo corpo.
	Sistema sanguíneo vascular. Trocas gasosas feita pela parede do corpo por movimentos peristálticos do corpo.
	Gametas se desenvolvem no celoma e a fecundação é externa, com desenvolvimento com a típica cruz de moluscos. 
	Gametas se desenvolvem no celoma e a fecundação é externa, com desenvolvimento com a típica cruz de anelídeos.

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