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Segurança do paciente e Eventos Advesos - Enfermagem


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UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVÁS
TALITA APARECIDA DA SILVA
“SEGURANÇA DO PACIENTE E EVENTOS ADVERSOS: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DO SUL DE MINAS”
Pouso Alegre 
MG 2017
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVÁS
TALITA APARECIDA DA SILVA
“SEGURANÇA DO PACIENTE E EVENTOS ADVERSOS: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DO SUL DE MINAS”
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade do Vale do Sapucaí, como requisito parcial à obtenção do título de Graduação em Enfermagem, sob orientação da Profª Me Ana Lúcia Lima Vieira Pinto.
Pouso Alegre 
MG 2017
Silva, Talita Aparecida da.
 Segurança do paciente e Eventos Adversos: Percepção da Equipe de Enfermagem de um Hospital do Sul de Minas./ Talita Aparecida da Silva. Pouso Alegre: Univás, 2017. 
38p. 
Orientadora: Profª Me Ana Lúcia Vieira Pinto. 
Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado) – Curso de Enfemagem – Universidade do Vale do Sapucaí, 2017.
1. Enfermagem 2.Segurança do Paciente 3.Eventos Adversos. 
I. Silva, Talita Aparecida da. II.Universidade do Vale do Sapucaí. III. Título.			
CDD
TALITA APARECIDA DA SILVA
SEGURANÇA DO PACIENTE E EVENTOS ADVERSOS: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DO SUL DE MINAS
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade do Vale do Sapucaí, como requisito parcial à obtenção do título de Graduação em Enfermagem, sob orientação da Profª Me Ana Lúcia Lima Vieira Pinto.
Aprovada em ___ de ___________ de 2017.
___________________________________
Profª Me Ana Lúcia de Lima Vieira Pinto (orientadora)
(Univás)
___________________________________
Profº Me Izabel Cristina Lemes
(Univás)
___________________________________
Profª Me Luciana Gonçalves
(Univás)
RESUMO
	
Estudo descritivo, transversal não intervencional, realizado em Unidades de internação de um Hospital Universitário do Sul de Minas, intitulado “Segurança do Paciente e Eventos Adversos: Percepção da Equipe de Enfermagem de um Hospital do Sul de Minas”. Com objetivo de analisar a percepção das equipes de enfermagem sobre Eventos Adversos e as diretrizes propostas pelo Ministério da saúde para promoção da Segurança do Paciente. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário composto por quatro questões abertas referentes ao conhecimento sobre os temas propostos. Participaram da pesquisa enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem dos plantões diurno e noturno, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação do CEP. Quanto ao conhecimento sobre medidas de segurança do paciente, 8 (32%) dos entrevistados souberam responder sobre o assunto, seguido de 8 (32%) que acertaram parcialmente a questão referente ao conceito de Segurança do paciente. Predominaram profissionais que responderam a questão apenas citando exemplos, sendo 9 (36%). Referente à questão reconhecimento de aplicação de medidas de segurança no setor em que atuam, todos (100%) responderam de forma positiva. Relacionado a questão conceito de Eventos adversos, a maioria respondeu de forma correta, com 15 (60%) seguido de 6 (24 %) que acertaram parcialmente. Quando questionados os 25 (100%) reconhecem a ocorrência do mesmo na unidade em que atuam. 
Palavras-chave: Enfermagem, conhecimento, eventos adversos, segurança do paciente.
 
ABSTRACT
Descriptive, cross-sectional, no interventional study, carried out at the Hospital Units of a University Hospital of the South of Minas, entitled "Patient Safety and Adverse Events: Perception of the Nursing Team of a Hospital in the South of Minas Gerais". With the objective of analyzing the perception of the nursing teams on Adverse Events and the guidelines proposed by the Ministry of Health for the promotion of Patient Safety. For the data collection, a questionnaire composed of four open questions regarding the knowledge about the proposed themes was applied. Nurses, technicians and nurses from day and night shifts participated after the signing of the free and informed consent form and approval of the CEP. As to knowledge about patient safety measures, 8 (32%) of respondents were able to answer the question, followed by 8 (32%) who partially answered the question regarding the concept of patient safety. Predominated professionals answered the question only by citing examples, of which 9 (36%). Regarding the recognition of the application of security measures in the sector in which they operate, all (100%) responded positively. Regarding the concept issue of Adverse Events, most responded correctly, with 15 (60%) followed by 6 (24%) who were partially successful. When questioned the 25 (100%) recognize the occurrence of the same in the unit in which they act.
Keywords: Nursing, knowledge, adverse events, patient safety.
DEDICATÓRIA
Á Deus por ser a base de tudo e meu refúgio nos momentos de medos e incertezas, me ajudando a superar os obstáculos, dificuldades e batalhas de um longo período.
Á minha mãe Terezinha Aparecida dos Reis que esteve ao meu lado em todas as minhas decisões, me amparando e, muitas vezes sacrificando seus sonhos em favor dos meus. 
Á minha Orientadora Profª Me Ana Lúcia de Lima Vieira Pinto pelas suas correções, incentivos, ajuda e dedicação para realização desse trabalho.
Aos professores que contribuíram para o meu crescimento, desenvolvimento e formação, tenho certeza que foram capazes de dar toda base para caminharmos sozinhos e encontrarmos o sucesso lá na frente.
Aos novos amigos conquistados e aos velhos que sempre compreenderam meus momentos de ausência.
Aos pacientes que nos mostram diariamente a fragilidade da vida e o quanto somos vulneráveis.
À todos, que direta ou indiretamente contribuíram pra minha formação.
Eu não somente dedico essa conquista à vocês, mas, principalmente aos meus filhos, Yasmin e Augusto. Foi por vocês que tirei forças, que até então desconhecia, e, por vocês continuarei lutando diariamente nas etapas que ainda estão por vir.
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Modelo Sinergético – Baylor Health Care System Professional Nursing Practice Model	7
Figura 2 Incidentes relacionados ao cuidado de saúde	9
Figura 3 Modelo do queijo suíço de James Reason;	10
Figura 4 Metas Internacionais de Segurança do Paciente	12
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 Principais Eventos Adversos descritos pela literatura cientifica.	13
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Perfil sócio demográfico dos entrevistados	15
Tabela 2 Resposta dos entrevistados sobre Segurança do Paciente e Eventos Adversos.	Erro! Indicador não definido.6
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a Segurança e o cuidado prestado ao paciente tem sido assunto prioritário na área de saúde. Em 1999, o Instituto de Medicina dos Estados Unidos da América (IOM) publicou um relatório, denominado To Err is Human, onde afirmou que, cerca de 44.000 a 98.000 pessoas, morriam, todos os anos, naquele país, vítimas de iatrogenias médicas. Tal relatório teve forte impacto em países como Canadá, Espanha, Reino Unido, Austrália e na América Latina: Brasil, Peru, Argentina e Colômbia. (BATES, 2007)
A partir da década de 2000, a segurança do paciente entra para a agenda de pesquisadores de todo o mundo e passa a ser internacionalmente reconhecida como uma dimensão fundamental da qualidade em saúde. (CASSIANI, 2005)
Em 2002 a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um grupo de trabalho com o objetivo de avaliar, de forma sistemática, a segurança do paciente nos serviços de saúde e definiu, em 2004, o programa denominado “Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”. Esse programa, atualmente denominado “Programa de Segurança do Paciente”, propõe diretrizes e estratégias que visam sensibilizar, divulgar e mobilizar profissionais de saúde e a populaçãode diferentes países para a busca de soluções que promovam a segurança do paciente, compartilhando conhecimentos e desenvolvendo ferramentas que possibilitem a mudança da realidade no cenário mundial. (CASSIANI, 2010).
Em 2005 a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) criou a Rede Internacional de Enfermagem e Segurança do Paciente, em Concepción, Chile, com o objetivo de traçar tendências e prioridades no desenvolvimento da enfermagem na área da Segurança do Paciente, discutir a cooperação e o intercâmbio de informações entre os países e a necessidade de fortalecimento do cuidado de enfermagem a partir de evidências científicas. (CASSIANI, 2010; REBRAENSP, 2014).	
Frente a esta realidade optou-se por realizar esta pesquisa em unidades de internação visto que demonstra ser um campo com características que propiciam um ambiente com significante risco de Eventos Adversos ressaltando assim relevância de um estudo da percepção de profissionais sobre medidas de segurança ao paciente que reduzem estes riscos.
 
OBJETIVOS
Conhecer a percepção das equipes de enfermagem das unidades de internação de um Hospital do Sul de Minas, sobre Eventos Adversos e as diretrizes propostas pelo Ministério da saúde para promoção da Segurança do Paciente.
METODOLOGIA
Neste capitulo é descrito o procedimento metodológico pelo qual a pesquisa foi desenvolvida, enfatizando-se o desenho do estudo, ética da pesquisa, local, amostra, instrumentos, procedimentos para coleta de dados e análise estatística utilizada nesse trabalho.
Desenho do estudo
Estudo primário, quantitativo, descritivo, transversal e não intervencional.
Ética da pesquisa
Os critérios éticos foram seguidos de acordo com a Resolução 466/12 do Ministério da saúde que regulamenta pesquisas com seres humanos. Após a escolha da instituição, foi solicitada ao responsável a carta de autorização para realização da pesquisa (APÊNDICE A). A coleta de dados teve início após a aprovação do CEP CAAE: 72151817.9.0000.5102
Local
A pesquisa foi realizada no Hospital das Clínicas Samuel Libânio que é um Hospital Universitário, de grande porte, Privado e Filantrópico, cuja Entidade Mantenedora é a Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí.
Localizado no Sul de Minas, em Pouso Alegre, está inserido na Rede de Resposta de Urgência e Emergência, reconhecida e classificada como Hospital Polivalente.
Amostragem/amostra
A amostragem foi pelo método convencional, não probabilístico, foram selecionados profissionais de enfermagem de acordo com os critérios: 
Critérios de inclusão 
Ambos os gêneros;
Atuar na equipe de enfermagem na unidade em estudo;
Aceitar participar da pesquisa preenchendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Critérios de exclusão
Profissionais de enfermagem que recusaram participar da pesquisa;
Profissionais que se encontravam de férias ou licença médica.
Instrumentos
Na etapa inicial da coleta de dados foi aplicado um questionário construído pelo autor contendo duas partes, sendo a primeira para registrar as informações sócio demográficas e a segunda um questionário composto por 4 questões abertas referentes a segurança do paciente e Eventos Adversos (APÊNDICE B). 
Procedimentos para coleta de dados
Após autorização da instituição e da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo grupo pesquisado (APÊNDICE C), com agendamento prévio de acordo com a disponibilidade, dia e hora, foi realizada entrevista semiestruturada e aplicado questionário com perguntas estruturadas sobre Segurança do paciente e Eventos Adversos. 
Análises Estatísticas
Para análise das variáveis sócio demográficas e as respostas das questões aplicadas foi realizado estatística descritiva através do teste Minitab versão 17, um software desenvolvido para realizar análises estatísticas. (MINITAB, 2017).
CONTEXTO
Segurança do paciente e promoção da saúde 
	Atualmente, a Segurança do Paciente é um dos assuntos prioritários no setor de saúde, visando a urgente necessidade da redução significativa de danos evitáveis à saúde das pessoas, através de instituições de práticas assistenciais por meio de processos mais seguros.
Reconhecendo a magnitude do problema da segurança do paciente a nível global, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety). O propósito dessa iniciativa foi definir e identificar prioridades na área da segurança do paciente em diversas partes do mundo e contribuir para uma agenda mundial para a pesquisa no campo. O WHO Patient Safety Program, composto por diversos países, busca definir questões prioritárias para a pesquisa na área de segurança do paciente que sejam de alta relevância para países em todos os níveis de desenvolvimento. (WHO, 2009)
A OMS define Segurança como:
“Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde; sendo dano compreendido como o comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo ser físico, social ou psicológico.” 
Esse “mínimo aceitável” refere-se ao viável diante do conhecimento atual, dos recursos disponíveis e do contexto em que a assistência foi realizada frente ao risco de não-tratamento ou de outro tratamento. (WHO, 2009)
A segurança do paciente é considerada hoje como essencial na formação dos profissionais de saúde, com potencial para revolucionar a forma como as instituições prestam serviços aos seus usuários, por meio da aplicação de métodos e conhecimentos científicos com a meta de se alcançar um sistema de saúde que seja confiável para minimizar a incidência e os impactos dos danos e maximizar a recuperação com qualidade (BRASIL, 2011). 
No Brasil, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído em 2013, por meio da publicação da Portaria nº 529 (01/04/2013), sendo posteriormente publicada a Resolução nº 36 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), institui ações para a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, prevê como objetivos específicos de sua implantação, entre outros: promover iniciativas voltadas à Segurança do Paciente; envolver os pacientes e familiares nas ações de Segurança do Paciente; e ampliar o acesso da sociedade às informações relativas ao tema.
A ANVISA é um órgão governamental responsável pela segurança do paciente, que tem como objetivo promover e garantir a proteção da saúde da população. (BRASIL, 2013)
Importante ressaltar que o PNSP busca o enfoque na autonomia dos usuários traçando como metas que estes devem ser participantes ativos no processo de manutenção e/ou reabilitação de sua saúde. 
Nota-se, então, que as questões de segurança na assistência em saúde envolvem basicamente três componentes: infraestrutura dos serviços ofertados, qualificação dos profissionais envolvidos com a atenção à saúde e participação ativa e protagonista dos pacientes e familiares (LOPES et al., 2010; WEAVER et al., 2013). 
Essa constatação permite compreender que os objetivos e componentes revelam um alinhamento com a Promoção da Saúde, por também contribuir com as transformações das ações de saúde, além de apresentar como requisito básico para sua concretização o reforço das habilidades e informação às pessoas envolvidas no processo. (LOPES et al., 2010). 
A Política Nacional de Promoção da Saúde, em uma visão interdisciplinar, vislumbra a melhoria das condições de vida da população e o reconhecimento do direito de cidadania, tendo como princípios a concepção holística da saúde, a equidade, a intersetorialidade e a participação social (BRASIL, 2014). 
A segurança do paciente e o serviço de qualidade do enfermeiro
A segurança não significa garantia de cuidado integralmente qualificado, todavia, é um dos pilares que alicerça a qualidade na saúde, visto que os riscos associados ao atendimento neste setor de produção são evidentes. (WHO, 2009; SILVA,2015)
As práticas que visam favorecer o atendimento seguro ao paciente são diversas, indo desde a promoção da cultura organizacional até o estabelecimento de metas, medidas e protocolos pontuais com a finalidade de reduzir os riscos associados ao cuidado. (BRASIL, 2013)
Bradley e Dixon (2009) sugeriram a aplicabilidade do modelo Baylor Health Care System Professional Nursing Practice Model – (Figura 3) a fim de empregar ações mais efetivas para evitar resultados não desejáveis.
Conhecido como modelo Sinergético, é baseado em estudos de prática e expressa claramente a importância da articulação entre as competências de enfermagem e as necessidades do paciente, independentemente da especialidade prática. 
Este modelo prevê o ajuste das competências de enfermagem (excelência clínica), com as necessidades do paciente, utilizando-se as Práticas Baseadas em Evidências (PBE) que compreende habilidade na comunicação, liderança, recursos humanos e estrutura adequada, possibilitando, portanto uma tomada de decisão efetiva. (BRADLEY e DIXON, 2009).
Figura 1 Modelo Sinergético – Baylor Health Care System Professional Nursing Practice Model
Fonte: Adaptado de: Bradley D, Dixon J. Staff nurses creating safe passage with Evidence-Based Practice. Nurs Clin N AM. 2009; 44:71-81
A atitude para segurança do paciente repensa os processos assistenciais com a finalidade de identificar a ocorrência das falhas antes que causem danos durante a prestação da assistência.
A enfermagem tem consciência da sua responsabilidade diante da qualidade do cuidado que presta ao paciente, à instituição, à ética, às leis e às normas da profissão, assim como da contribuição do seu desempenho na valorização do cuidado e satisfação dos pacientes. (REGIS, 2011)
Em um estudo realizado por Aiken et al. (2012), em 12 países da Europa e nos Estados Unidos, a equipe de enfermagem e a qualidade do ambiente de trabalho foram significativamente associados com a satisfação do paciente.
As diretrizes pautadas pelo PNSP correspondem à elaboração de políticas públicas capazes de alterar um comportamento negativo que influencia nos níveis de saúde, estimulando o empoderamento visando a prevenção dos agravos dele decorrentes. (PEREIRA et al, 2015).
Wachter (2013) sugere que a segurança do paciente deve ser valorizada principalmente nos hospitais, considerado um espaço estratégico para a realização de intervenções, o que propicia uma nova perspectiva para a reforma do sistema de saúde. 
Com o avanço dos conhecimentos científicos houve mudança na forma de prestação de cuidados, “O cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso”. (BRASIL, 2014)
No ambiente hospitalar predomina, até os dias atuais, uma relação permeada de fragilidade entre a equipe multidisciplinar, o profissional e o paciente, que, consequentemente, gera lacunas que influenciam no alcance da promoção da saúde e na segurança do paciente.
Nesse contexto, torna-se essencial a ação conjunta dos profissionais que, de forma transdisciplinar devem identificar em sua prática profissional ações que permitam um agir consciente, responsável e ético promovendo saúde desde a admissão até a alta do usuário, reconhecendo o seu protagonismo e o da sua família como parte integrante e fundamental para o êxito do processo de recuperação e alcance de níveis satisfatórios de saúde e bem-estar. (PEREIRA et al, 2015)
A identificação, análise e gerenciamento de riscos, relacionados aos incidentes de segurança, são necessários para alcançar cuidado mais seguro e minimizar os danos. (WHO, 2008)
Segurança do paciente e Eventos Adversos 
Vincent (2009) define Evento Adverso como:
Uma lesão não intencional causada pela conduta médica, e não pelo processo de doença. Essa lesão é suficientemente grave para prolongar o tempo de hospitalização, ou leva à disfunção, incapacidade temporária ou permanente no momento da alta. Em alguns casos, ambas as situações podem ocorrer. (VINCENT, 2009)
Os eventos adversos podem ser resultados de problemas na prática, produtos, processos ou sistemas. 
O Ministério da Saúde (MS) (2013) define Incidente como sendo:
Um evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente. Classificando-se como: near miss – incidente que não atingiu o paciente (por exemplo: uma unidade de sangue é conectada ao paciente de forma errada, mas o erro é detectado antes do início da transfusão); incidente sem dano – evento que atingiu o paciente, mas não causou dano discernível (por exemplo: a unidade de sangue acabou sendo transfundida para o paciente, mas não houve reação); incidente com dano (evento adverso) – incidente que resulta em dano ao paciente (por exemplo: é feita infusão da unidade errada de sangue no paciente e este morre por reação hemolítica) (BRASIL, 2013). (Figura 2)
O uso do termo "desnecessário" nesta definição é por se reconhecer que erros, violações, maus-tratos e atos deliberadamente inseguros ocorrem na assistência em saúde. (WHO, 2009)
Os tipos de incidentes são agrupados em categoria de mesma natureza, como, por exemplo: processo ou procedimento clínico; documentação; infecção associada ao cuidado; medicação/fluidos; sangue e produtos sanguíneos; nutrição; oxigênio, gás e vapores; dispositivos e equipamentos médicos; comportamento; pacientes; infraestrutura e recursos/administração.
Figura 2 Incidentes relacionados ao cuidado de saúde
Fonte: Proqualis (2012)
No Brasil, as discussões sobre a temática foram iniciadas em 2002 com a criação da Rede Brasileira de Hospitais Sentinela pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que possui participação voluntaria e tem como finalidade notificar eventos adversos e queixas técnicas referentes a técnovigilância, farmacovigilância e hemovigilância. (BRASIL, 2010)
Apesar de todos os avanços no âmbito da segurança do paciente, o erro humano é um dos fatores que se destaca e frequentemente os episódios de erro envolvendo profissionais de saúde nas instituições hospitalares são noticiados através da imprensa e da mídia, causando grande comoção social. (DUARTE, 2015)
Contudo, nem todos os erros culminam em eventos adversos e nem todos os eventos adversos são resultantes de erros. Esta distinção faz-se importante para a implementação de estratégias de prevenção a eventos adversos classificados como evitáveis. (REASON, 2005; PEDREIRA, 2010)
 Nem sempre o agravo ao paciente advém de grandes falhas realizadas em atividades com sistemas complexos, mas podem advir de pequenos deslizes capazes de ocasionar consequências fatais, dependo das condições do paciente. (REASON, 2005)
James Reason, professor de psicologia da Universidade de Manchester, Reino Unido, compara as vulnerabilidades do sistema de saúde aos buracos de um queijo suíço, levando a uma compreensão do caráter multifatorial subjacente às falhas de segurança (figura 3). 
A fonte do problema seria frequentemente desencadeada por múltiplos fatores; como se a ocorrência dos EA se devesse ao alinhamento de diversos “buracos”, que seriam as falhas estruturais ou pontuais, má prática ou descuido dos profissionais de saúde, comportamentos inseguros ou de risco por parte dos pacientes. As falhas ativas seriam atos inseguros ou omissões, cometidos pelos profissionais de saúde, cujas consequências teriam efeito adverso imediato para o paciente; (REASON, 2009)
Figura 3 Modelo do queijo suíço de James Reason;
Fonte: Reason, 2009
A correta identificação do paciente internado é um exemplo de barreira. A princípio, parece simples administrar o medicamento ou a bolsa de sangue certos para o paciente certo, mas não é. Não é mais um único profissional que cuida do paciente, agora é uma equipe. Um mesmo paciente recebe muitas vezes inúmeros medicamentos simultaneamente. Para evitar a troca de paciente a OMS recomenda que o mesmo seja duplamente identificado com uma pulseira e se possível com código de barra.(WHO, 2007)
Frente ao exposto, torna-se fundamental que a enfermagem, como a profissão que está envolvida 24 horas na prática assistencial e gerencial, esteja alerta às medidas pertinentes à segurança do paciente. (PEREIRA; SOUZA; FERRAZ, 2014)
Do ponto de vista gerencial, é necessária a compreensão por parte dos gestores das instituições de saúde, de que os eventos adversos estão, muitas vezes, diretamente relacionados às falhas no sistema, e não somente ao descaso ou incompetência profissional. (COLI; ANJOS; PEREIRA; 2010)
Segundo a ANVISA, todos os níveis de gerenciamento devem, constantemente, reforçar as regras e regulamentos de segurança, sendo obrigatório alertar e identificar as práticas e as condições inseguras, tomando imediatamente atitudes apropriadas para corrigir as irregularidades (Brasil, 2004). 
É responsabilidade dos gestores zelar para que o ambiente hospitalar apresente condições de segurança para os colaboradores e pacientes. No entanto, cabe a todos os colaboradores técnico-assistenciais a responsabilidade de manter a integralidade do paciente durante seu período na instituição de saúde. (PEREIRA; SOUZA; FERRAZ, 2014)
Na maioria das vezes o cuidado é prestado de forma bem sucedida, no entanto, por mais preparada e capacitada que uma equipe de trabalho esteja, erros poderão acontecer, pois errar faz parte da natureza humana. Os riscos aumentam quando “práticas, procedimentos, protocolos, rotinas, técnicas e equipamentos utilizados pelos trabalhadores forem inadequados, complexos e por si só inseguros”. (PEDREIRA, 2006; MIASSO; CASSIANI, 2004)
Os erros relacionados com a assistência à saúde são, culturalmente, abordados de maneira punitiva, acusando-se o profissional que estava prestando o cuidado direto ao paciente. A maioria dos erros é cometida por profissionais comprometidos e bem treinados, sendo improvável que punições evitem a ocorrência de novos erros. Atualmente, evitar a exposição dos pacientes a situações de risco depende da criação de estratégias que antecipem, previnam e impeçam os erros antes de causarem danos. (WACHTER, 2013)
Diante da dimensão do problema e da gama de processos envolvidos para se alcançar um cuidado seguro, a OMS, através da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente em parceria com a Comissão Conjunta Internacional (Joint Commission International – JCI) vem incentivando a adoção das Metas Internacionais de Segurança do Paciente (MISP), como uma estratégia para orientar as boas práticas para a redução de riscos e eventos adversos em serviços de saúde. As seis primeiras MISP são direcionadas para prevenir situações de erros de identificação de pacientes, falhas de comunicação, erros de medicação, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções associadas ao cuidado e quedas dos pacientes (Figura 4) (BRASIL, 2017)
Figura 4 Metas Internacionais de Segurança do Paciente
Fonte: ANVISA-PNSP/2013.
A estimativa de que, aproximadamente, uma em cada dez admissões hospitalares resulta na ocorrência de ao menos um evento adverso é alarmante, considerando-se que metade destes incidentes poderiam ter sido evitados (WACHTER, 2013). No Brasil, estudo realizado em três hospitais de ensino evidenciou a incidência de eventos adversos de 7,6%, dos quais 66,7% foram considerados evitáveis (Mendes et al, 2009).
Principais Eventos Adversos
Duarte et al (2015), identificaram os principais eventos adversos na assistência de enfermagem descritos na literatura (Quadro 1). Para melhor entendimento, categorizaram da seguinte forma: Eventos adversos relacionados a administração de medicamentos; Eventos adversos relacionados a vigilância do paciente; Eventos adversos relacionados a manutenção da integridade cutânea; Eventos adversos relacionados aos recursos materiais.
Quadro 1 Principais Eventos Adversos descritos pela literatura cientifica.
	Tipos de Eventos Adversos
	Eventos adversos descritos na literatura
	Eventos adversos relacionados à administração de medicamentos
	Omissão de medicamentos; erros no preparo de medicamento; erros no horário de administração; dose do medicamento inadequada e erros na técnica de administração.
	Eventos adversos relacionados à vigilância do paciente.
	Queda do paciente do leito e da própria altura; perda de cateteres, sondas e drenos.
	Eventos adversos relacionado à manutenção da integridade cutânea.
	Não realização de mudança de decúbito; posicionamento inadequado do paciente no leito.
	Eventos adversos relacionado aos recursos materiais.
	Falta de equipamentos; equipamentos com defeito.
 			(DUARTE, et al 2015)
A segurança do paciente está intimamente relacionada aos EA e as infecções hospitalares apresentam-se como resultado, em algumas situações, da ocorrência desses eventos. (WHO, 2009)
Os eventos adversos associados à administração de medicamentos são os mais comuns. (DUARTE et al, 2015). Em estudos realizados em instituições hospitalares, identificou-se que o risco para evento adverso está relacionado ao tempo de internação, erros no preparo (troca de agulhas, desinfecção de ampolas, limpeza da bancada), erros no horário de administração, dispensação e prescrição. As altas taxas de erro podem implicar no comprometimento da segurança microbiológica do procedimento, aumentando as chances de danos ao paciente e o risco para infecções hospitalares. (ROQUE, 2011; RODRIGUES, 2010; CAMERINI, 2011)
O termo infecção hospitalar vem sendo substituído nos últimos anos pelo termo Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Estas são definidas como qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital, podendo manifestar-se durante a internação ou após a alta, desde que esteja relacionada com a internação ou com os procedimentos realizados neste período. A responsabilidade pela prevenção e o controle das mesmas passa a ser considerada de todos os locais que prestam o cuidado e a assistência à saúde. (MEDEIROS; WEY; GUERRA, 2005)
A Perda de cateteres, sondas e drenos, seguido pelas quedas do leito e da própria altura e queda da mesa cirúrgica, também foram eventos adversos evitáveis citados em estudos. (SOUZA et al, 2011)
A ocorrência de eventos adversos muitas vezes está relacionada à sobrecarga de trabalho, além de prescrições ilegíveis e erradas, erros no aprazamento, checagem, dentre outros. (CORBELLINI et al, 2011; SILVA et al, 2011)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Participaram do estudo 25 membros da equipe de enfermagem. Neste estudo, nossa proposta foi investigar a percepção sobre segurança do paciente e eventos adversos entre profissionais de enfermagem (auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros (as)) atuantes em unidades de um Hospital do Sul de Minas.
No perfil sócio demográfico dos entrevistados prevaleceu a faixa etária de 31 a 40 anos (44%), sexo feminino, 19 (76%), formação, 15 (60%) técnicos de Enfermagem, 10 (40%) tempo de formação inferior a 5 anos, 11 (44%) atuam na área a menos de 5 anos;.
O turno de trabalho mais citado foi o noturno, sendo o total de 15 (60%), conforme demonstrado na Tabela 1.
Tabela 1: Perfil sócio demográficos dos entrevistados
Quanto ao conhecimento sobre medidas de segurança do paciente, 8 (32%) dos 25 (100%) dos entrevistados souberam responder a questão referente ao conceito de Segurança do paciente. Prevaleceram profissionais que responderam a questão apenas citando exemplos, sendo 9 (36%). (Tabela 2).
Tabela 2: Resposta dos entrevistados sobre Segurança do Paciente e Eventos Adversos
Algumas respostas dos participantes serão descritas a seguir:
“São medidas que devemos tomar com o paciente para que não ocorra nenhum acidente durante a internação...” (P2); 
“...São normas e procedimentos criados para segurança e prevenção de acidentes durante a internação do mesmo.” (P4); 
“É a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde” (P6); 
“Uma medida preventiva para minimizar eventos adversos.”P7); 
“São medidas tomadas para proporcionar qualidade de assistência e segurança para o paciente.” (P11); 
“Medidas adotadas por toda equipe multidisciplinar a fim de evitar riscos para o paciente.” (P21).
“Identificação do paciente, higienização das mãos para evitar infecções..”. (P8)
“Identificar corretamente o paciente, Administração de sangue e hemocomponentes segura, Prevenção de quedas, de ulcera por pressão, higiene das mãos..” (P16)
“Entendo que é medicação certa, procedimento certo para o paciente certo.” (P17)
 “Seguir os 12 C.” (P20)
“Identificar corretamente, subir proteção de maca, prevenção de ulcera por pressão...” (P22)
 “Identificação do paciente, redução de ulcera por pressão...” (P25)
Referente à questão reconhecimento de aplicação de medidas de segurança no setor em que atuam, todos (100%) responderam de forma positiva. 
Nota-se que a identificação do paciente foi o exemplo mais descrito nas respostas dos participantes. 
A princípio, parece simples administrar o medicamento ou a bolsa de sangue certos para o paciente certo, mas não é. Como já mencionado antes, o cuidado ao paciente se tornou uma atividade complexa. Não é mais um único profissional que cuida do paciente, agora é uma equipe. Um mesmo paciente recebe muitas vezes inúmeros medicamentos simultaneamente. Para evitar a troca de paciente a OMS recomenda que o paciente seja duplamente identificado com uma pulseira e se possível com código de barra. (WHO, 2007)
Grande parte dos erros que ocorrem na administração de medicamentos está associada a problemas de identificação (WACHTER, 2013)
O cuidado prestado ao cliente é complexo, por isso os profissionais precisam dispor de conhecimento técnico-científico, possuir competências e habilidades específicas e conhecer as normas da instituição, bem como os equipamentos utilizados e os procedimentos realizados (FASSINI, 2009; HAHN, 2012). 
Relacionado a questão conceito de Eventos adversos, a maioria respondeu de forma correta, sendo 15 (60%) seguido de 6 (24 %) que acertaram parcialmente. Nessa questão obtivemos um resultado mais favorável visto que apenas 2 (8%) erraram sobre o conceito de Eventos adversos. 
Principais citações dos participantes:
“Erros que podem lesar o paciente...” (P1)
“São alguns tipos de intercorrências que acontecem com o paciente durante sua internação devido a negligencia, imperícia ou impudência, algo que poderia ter sido evitado e que pode resultar em alguma lesão grave ou até a morte.” (P2)
“Intercorrências relacionadas com o paciente.” (P5)
“Complicações indesejáveis decorrentes do cuidado prestado ao paciente.” (P6)
“Eventos que podem causar danos a saúde do paciente.” (P19)
“Tudo que acontece fora do previsto no cuidado com o paciente.” (P21)
“Reações inesperadas...” (P23)
A identificação de eventos adversos contribui para o dimensionamento dos erros e falhas ocorridos nos processos de cuidar e è informação valiosa para avaliar a segurança do paciente e da qualidade do cuidado prestado (ROZICH et al,2003).
Quando questionados sobre a ocorrência de eventos adversos, o resultado é preocupante, uma vez que todos os 25 (100%) reconhecem a ocorrência do mesmo na unidade em que atuam. É importante que o profissional relate o incidente para que providências sejam tomadas o mais rápido possível. Os profissionais de saúde, como quaisquer seres humanos, são passíveis de falhas, no entanto, não se identificam os eventos adversos quando os profissionais se solidarizam e mascaram tais situações (CARVALHO e MADALOSSO,2000). 
CONCLUSÃO 
Embora a equipe entrevistada não tenha definido de forma objetiva sobre o tema pesquisado, foi demonstrado um breve conhecimento acerca do assunto, enfatizando a necessidade de conscientização e envolvimento com projetos voltados para promoção de medidas de segurança e prevenção de eventos adversos.
Conhecer e praticar medidas de segurança constituem ações essenciais para qualificar a assistência de enfermagem e proporcionar ao paciente cuidados livres de Eventos adversos, que por sua vez provocam danos, às vezes irreversíveis, aumento do tempo e custo de hospitalização, e processos éticos à instituição.
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APÊNDICE A
APÊNDICE B
Parte I - QUESTIONÁRIO SOCIO DEMOGRÁFICO EQUIPE DE ENFERMAGEM 
Idade_____________
Sexo: M F
Formação: Auxiliar de enf. Técnico de enf. Enfermeiro
Tempo de formação_______________________ 
Tempo de atuação_________________________
Período de trabalho : Diurno Noturno
Parte II - QUESTIONÁRIO SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE E EVENTOS ADVERSOS
Oque você entende por medidas de segurança do paciente
Você reconhece aplicação de medidas de segurança no cotidiano das suas atividades na unidade onde atua?
 Oque você entende por eventos adversos?
Você reconhece a ocorrência de eventos adversos no cotidiano das suas atividades na unidade onde atua?
APÊNCIDICE C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, Talita Aparecida da Silva acadêmica do curso de Enfermagem juntamente com a professora Ana Lúcia Vieira Pinto, aluno e docente, respectivamente, da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) Pouso Alegre, MG, estamos realizando uma pesquisa intitulada: Segurança do Paciente e Eventos Adversos: Percepção da Equipe de Enfermagem de um Hospital do Sul de Minas.
Com objetivo geral de Conhecer a percepção da equipe de enfermagem sobre Segurança do paciente e Eventos adversos.
Para realização desta pesquisa, gostaria de contar com sua participação e deixo claro sua identidade será preservada, e, apenas as informações que não o identificam serão divulgadas. Informo ainda, que poderá desistir de participar do projeto a qualquer momento, poderá retirar-se dele a qualquer momento, bastando para isto expressar sua vontade.
 A realização deste estudo não lhe trará consequências físicas ou psicológicas, podendo apenas lhes trazer o risco mínimo, de algum desconforto, mediante entrevista, porém serão tomados todos os cuidados para que isso não ocorra.
Em caso de dúvida, poderá entrar em contato com o Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade do Vale do Sapucaí, que é um órgão que irá controlar a pesquisa do ponto de vista ético. O CEP funciona de segunda à sexta e seu telefone é (35)34492199, Av. Prefeito Tuany Toledo 470 - Fátima I – CEP 37550-000 Pouso Alegre, MG.
Se o senhor (a) concordar em participar deste estudo, necessitará ler a “Declaração” que segue abaixo, assinando-a no local próprio ou registrando a impressão digital do polegar direito.
DECLARAÇÃO
Declaro para os devidos fins, que fui informado (a) sobre esta pesquisa, estou ciente dos seus objetivos e importância, e, foram retiradas todas as dúvidas. Mediante isto, concordo livremente emparticipar dela fornecendo as informações necessárias. Estou também ciente que, se quiser em alquer momento, poderei retirar o meu consentimento deste estudo. Para tanto, lavro minha assinatura em duas vias deste documento, ficando uma delas comigo e outra com o pesquisador (a).
Pouso Alegre, ______,____________________________________________
Participante_____________________________________________________
Pesquisador_____________________________________________________