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Região e regionalização - Documentário expedição Namíbia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA 
REGIÃO E REGIONALIZAÇÃO 2017.2 
ATIVIDADE SOBRE OS TEXTOS ABORDADOS RELACIONADOS AO 
DOCUMENTÁRIO EXPEDIÇÃO NAMÍBIA 
Elaborado por: João Miguel da Silva 
 
A geografia se conforma como ciência, quando busca formulações de teorias 
e conceitos gerais. Influenciada pela filosofia iluminista e idealismo alemão, 
revolucionaram a forma e analisa e interpretar a natureza e a sociedade. Foi nesse 
ambiente que entre o século XIX e XX que a pesquisa geográfica, junto com seus 
aparatos técnicos e teorias, foi a mais utilizada para a demarcação, exploração e 
expansão da colonização europeia, bloco hegemônico que justifica seu poder de 
dominação com concepções naturalistas onde as nações que dispusesse do maior 
número de pontos de interação espacial sob outras massas continentais era o mais 
capaz de comandar os destinos dos povos. Não é possível discutir essa etapa da 
história do pensamento geográfico sem falar dos pensadores mais importantes da 
disciplina que estava em fase de consolidação na época: Friedrich Ratzel e Paul Vidal 
de La Blache. 
La Blache entendia que a geografia deveria observar e compreender a 
singularidade dos lugares, entender o único sem indagar por um conceito que o 
define. Ratzel defendia que a vida do homem e da natureza como unidade, não como 
opostos. La Blache estudava as relações entre homem e natureza, utilizando como 
método três elementos: natureza, homem, fatos humanos. O encadeamento desses 
três elementos para o contexto de uma região na qual a união de todas as regiões 
forma o estado-nação. A técnica e intermediar o homem com o meio, faz Vidal 
enxergar o gênero e vida, onde o homem que se relaciona com a cultura de seu 
próprio meio regional. Concepção tal que o leva a concluir que a geografia é a ciência 
dos lugares. Hoje não se aplica o gênero de vida como ferramenta de estudo devido 
à grande modernização capitalista que transformou o espaço e a forma de como o 
homem se relaciona com o meio. 
Lucien Febvre qualificou o pensamento de La Blache como "possibilista", o que 
se distingui do pensamento "determinista" Ratzeliano que, limitava as relações entre 
homem e natureza a "uma ação mecânica dos fatores naturais sobre a humanidade 
puramente receptiva". Ratzel compreendia que o homem pertencendo a terra, não 
escapa de uma profunda dependência da natureza. É preciso levar em conta a 
necessiade de subsistência, a maneira como o homem explora a natureza pois ela 
não fornece recursos sem o esforço do homem. As inovações técnicas seriam 
difundidas também pela troca e contatos entre diferentes povos, fato que seria um 
poderoso vetor de progresso. 
Ratzel e La Blache, partem da mesma concepção geral da relação homem-
natureza, onde deduzem conceitos de região e de estado similares no plano teórico. 
Apesar de suas diferenças ideológicas, problematizaram a relação homem-natureza, 
a partir de um pensamento utilitarista e evolucionista. O papel da ação humana sobre 
a natureza está ligado as evoluções das sociedades humanas durante a história. Os 
progressos obtidos pela aquisição de conhecimento úteis sobre as riquezas naturais. 
Com essas concepções, certos povos progrediriam a um nível superior de civilização 
com o aperfeiçoamento de técnicas, adaptando inovações e ideias os diferentes 
povos que entraram em contato. 
Ratzel tinha ciência de que "a natureza tem um papel no desenvolvimento de 
uma sociedade", tenta enxergar o homem e o meio sobre a ótica da "teoria da 
evolução" de Darwin, que tinha como base o sentido da e evolução natural, a 
sobrevivência do mais aptoo, desenvolvendo assim sua "teoria da difusão cultural", a 
troca de traços e técnicas culturais que influência no processo de evolução humana. 
Enxerga os povos primitivos como povos naturais, sem estado e povos civilizados 
com estado, povos culturais e com tendências de absorve povos naturais. 
A dicotomia entre a geografia regional e geografia geral, vem com a 
consciência social de que o mundo não era um todo harmônico, e sim fragmentado e 
em tensão permanente. Regionalizar passou a significar classificar regiões. 
 
 
 
EXPEDIÇÃO NAMÍBIA 
Expedição Namíbia é um documental que tenta regatar a história do que é 
considerada o primeiro genocídio do século XX cometido pela colônia alemã na 
Namíbia em 1904. O extermínio segundo um levantamento, deixou vivo apenas 
15.000 dos 100.000 habitantes dessa região. A ocupação dos colonos alemães tinha 
como justificativa o darwinismo social, pois essa época supostos cientistas e 
pesquisadores alemães tentavam comprovar a suposta supremacia dos brancos 
como seres mais adaptados e superiores na escala evolutiva, fato que 
consequentemente, tratava os africanos como seres inferiores. 
A Namíbia, diferente dos outros países africanos, foi colonizada no século XX. 
O país já tinha sido deixado de lado por outros colonizadores por ter um vasto deserto 
em sua costa formando um grande escudo que protegeu o território dos colonizadores 
durante os séculos de invasão colonial europeia na Africa. A Namíbia era então 
habitada pelo Hereros, grupo mais numeroso, vindo do Norte e criadores de gados. 
Ao Sul os Namas, cavaleiros, cristãos, vindo da colônia do Cabo e eram alfabetizados 
por conta de seu contato com os holandeses. Adolf Luderitz foi um mercador que fazia 
um entreposto na costa da África e acabou conhecendo ugar que hoje leva o nome 
do mercador "Luderitz". Logo esse território seria colônia alemã, que encontraria ali 
uma população negra, cristã e uma terra rica em urânio e diamantes. O chanceler 
alemão Bismark era contra a instalação de um império colonial alemão controlado 
pelo estado, estava satisfeito com os comerciantes, e em representar a Alemanha, 
acabou por ser uma das forças que lideraram a conferência de Berlin onde se fez a 
partilha da África na qual as nações europeias retalharam o continente africano. Na 
mão da Alemanha ficou o Togo, Camarões, leste africano e Namíbia. A Alemanha 
não nação ainda em 1870 más já era uma potência colonial. 
A ocupação na Namíbia temia uma certa rebelião por estarem a todo instante 
em clima de tensão com os nativos. A ocupação dos colonos era liderada pelo soldado 
Curt Von François, era severo e acreditava que a única forma de resolver os 
problemas da Alemanha ali, era que eles não tinham sido duros o suficiente. Uma 
grande seca arrasou as terras dos Hereros fazendo com que eles se endividassem 
com os colonos, que aumentou ainda mais a tensão entre exército colonial que logo 
suspeitou de um levante dos habitantes, introduzindo assim a força da espada 
desenfreando um grande conflito entre os nativos e alemães. Bombardearam a 
montanha onde havia refugiados que fugiram para o deserto, onde seriam dizimados. 
O general alemão Lothar Von Trotha anuncia então uma ordem de extermínio, onde 
qualquer Herero que fosse encontrado dentro das fronteiras Alemãs, incluindo 
mulheres e crianças deveriam ser executados. Havia recompensas para aqueles que 
entregasse um Herero. A ordem do general foi suspensa dois meses depois e os 
Hereros passaram a ser presos e levados para um confinamento, ou seja, campos de 
concentração e extermínio que mais tarde viria a servir de modelo para os nazistas. 
Modelos que começaram antes de Hitler e longe a Europa. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A revolução técnica comprometeu os primeiros conceitos geográficos, 
percebendo a natureza como coisas, objeto manipulável. Através das escalas 
geográficas tidas como objetos de estudo e suas diversas formas de análise social 
como a geografia clássica, teorética, crítica, radical ente outras, pode-se concluir que 
as regiões não podem dizerpor si mesmas por conta das verticalizações que há em 
cada área. A crítica ao positivismo lógico, estimula a investigação de novos conceitos 
do pensamento geográfico, como a fenomenologia e o marxismo que apresentam 
uma nova geografia regional. A fenomenologia explica a percepção do homem com 
objetos exteriores advindas de experiências vividas como método de conhecimento. 
A região passa a ser vista como produto de divisão territorial do trabalho em referência 
no processo geral de produção capitalista. 
 
Referencias: 
Lencioni.S - Região e geografia. A noção de região no pensamento geográfico.São 
Paulo 
Contexto - 2005. 
Mercier .G - A região e estado segundo Friedrich Ratzel e Paul Vidal de La blache - 
Artigo 
2009. Universidade laval Québec, Canadá. 
"Expedição Namíbia" (G1 documentos) 
https://www.youtube.com/watch?v=0p_GpbZJA00

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