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AS CRUZADAS E OS ARABES

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CELSO GUILHERME TONIN
AS CRUZADAS VISTAS PELOS ÁRABES
SÃO PAULO
2019
1 SOBRE O AUTOR 
Nascido na cidade de Beirute no Líbano em 1949, Amin Maalouf vive na França dês de 1976. Depois de estudar sociologia e economia, Maalouf se juntou ao jornal An-Nahar, que por esse viajou pelo mundo cobrindo diversos acontecimentos, dês da queda da monarquia etíope até a ultima batalha em Saigon da guerra do entre Vietnã do norte e Vietnã do sul.
Após seu regresso ao Líbano ele é forçado a fugir de seu país em decorrência da guerra, se instalando na França ele volta a atuar como jornalista viajando para Moçambique, Irã, da Argentina até os Balcãs. Se tornou editor da versão internacional do jornal An-Nahar e editor chefe do jornal Jeune Afrique, posteriormente desiste desses cargos e se dedica inteiramente a literatura.
Seu trabalho escrito em francês é atualmente traduzido para mais de 40 línguas, incluindo suas novelas, ensaios e livretos de opera, suas obras mais notáveis são:
- As cruzadas vistas pelos árabes. Originalmente publicado como Les croisades vues par les Arabes, publicado em 1983;
- Leo Africanus. Originalmente publicado com o nome de Léon I’Africain publicado em 1986;
- Balthasar’s Odyssey. Publicado originalmente como Le Périple de Baldassare, publicado em 2000.
Maalouf ganhou posteriormente os títulos de doutorado honorário nas seguintes universidades: Universidade Católica de Lovaina (Bélgica), Universidade Americana de Beirute, Universidade de Évora (Portugal) e Universidade de Tarragona Rovira i Virgili (Espanha) 
2 SOBRE O LIVRO
O autor abre o livro dizendo sobre as diferentes visões do ocidente sobre o oriente árabe, como algo exótico, misterioso, afrodisíaco, fantástico e até mágico incentivando a imaginação dos que para lá peregrinam, mais ainda incentiva essa imaginação após a leitura de contos como: “As Mil e Uma Noites”.
Maalouf diserta sobre a dificuldade do estudo da historia e cultura árabes, que por muitas vezes se perderam pelo decorrer dos anos, como os valores morais dos árabes do passado, juntamente com as normas de convívio e códigos sociais, outro ponto que para Maalouf é dificultoso no estudo do passado árabe é a língua, que como toda língua passa por diversas mutações e mudanças a deixando, em alguns casos, completamente diferente da sua forma original.
O livro em si é dividido em seis partes maiores que são novamente divididas em capítulos, cada divisão principal trata de uma parte da progressão da guerra nos territórios árabes e egípcios, sempre baseando-se em escrituras de historiadores e cronistas que testemunharam as invasões e guerras ou escreveram sobre elas posteriormente.
Uma característica presente na obra de Maalouf é o detalhamento sempre que possível, é explicado todas as nuanças que ocorrem durante a guerra e em tempos de paz, como as descrições feitas pelos cronistas dos invasores: “guerreiros louros, protegidos por armaduras que espalham pelas ruas o sabre cortante, degolando homens mulheres e crianças” ou as sangrentas descrições de batalhas, além das explicações necessárias de termos árabes usados durante a guerra, como o termo franj (franco), uma forma genérica de chamar o invasor ocidental durante a época independente de sua origem ser francesa ou não. 
3 CAPÍTULOS
3.1 A INVASÃO (1096-1100)
3.1.1 OS FRAJ ESTÃO CHEGANDO
O território turco, que passava por um grande momento de crise pela sua disputa com os rum (gregos) da região que, não o viam os mulçumanos como iguais e sim como bárbaros, pelas cidades dominadas no passado, mas os rum já estão sem tropas e cada vez mais recorrem a mercenários do ocidente.
Quando os informantes do sultão Kilij Arslan trazem as informações de que barcos trazem mais ocidentais o sultão fica confuso na composição dos passageiros, que em sua maioria eram mulheres crianças e idosos, tendo dificuldade para discernir a ameaça que se aproxima ele manda que seja aumentada as guardas das cidades e envia espiões para os acampamentos.
O primeiro ataque vem em agosto quando os franj saqueiam vilas costeiras para conseguir suprimentos, logo após isso eles atacam um forte e rapidamente são vencidos pelos exércitos do sultão. Os franj sofrem muitas derrotas, o que leva o sultão a se tornar confiante demais e se volta para suas próprias batalhas contra o rei Danishmend pelo nordeste de seu sultanato, Kilij recebe então uma carta dizendo que os franj fecham o cerco contra Niceia, Kilij ordena ao seu exercito a voltar para Niceia que infelizmente já avia sido dominada e estava sob poder do imperador Alexis Comneno I.
Kilij torna como sua nova capital a cidade de Konya e começa a recrutar soldados para uma audaciosa operação contra os franj, faz negociações com Danishmend e formam uma aliança contra os invasores, o plano de ambos era preparar uma emboscada para o exercito franco, vendo o enorme número de inimigos Kilij foge alegando que não pode impedi-los, mesmo com os reforços sírios ao seu auxilio.
O novo alvo franco é a síria, quando as noticias chegam a cidade de Antioquia os cidadãos entram em pânico com a ameaça que esta a apenas um dia de marcha da grande cidade.
3.1.2 MALDITO FRABRICANTE DE COURAÇAS
Quando as noticias chegam a cidade de Antioquia o emir da cidade Yaghi Siyan reforça a guarda da cidade e como precaução expulsa todos os cristãos da cidade com receio de que esses se simpatizem com o inimigo e abram as portas da cidade, esses cristãos são duplamente acusados pelos seus compatriotas que os veem como inimigos cristãos e pelos franj que os veem como súditos inferiores por compactuarem com mulçumanos.
Cartas são mandadas para os outros emires da região pedindo ajuda contra o inimigo que batia em suas portas, mas nenhum emir atender o chamado, para eles não havia vantagem em ajudar Yaghi.
O cerco a cidade é difícil para ambos os lados, espiões são mandados pelo emir ao acampamento franj, esses revelam que os franj sofrem com a fome e com diversas doenças além de detestarem o clima úmido e chuvoso dos arredores da cidade. Cerdo dia um dos espiões é descoberto, ele é morto, assado e devorado pelos guerreiros franj que ameaçam fazer isso com qualquer outro que seja descoberto, os outros espiões fogem de volta para a cidade quebrando assim o fluxo de informações sobre o inimigo.
Yaghi envia seu filho Chams ad-Dwala para diversos governantes para pedir apoio, um dele Redwan de Alepo e Dukak de Damasco e Karbuka de Mossul. Redwan manda reforços para Antioquia, mas é derrotado antes mesmo de chegar na cidade e recua, seu irmão Dukak que não desejava ajudar dês do inicio com medo de um ataque de seu irmão, que já ocorreram antes, alega ter perdido soldados demais na marcha e recua, Karbuka ve uma oportunidade de se promover manda um grande exercito para socorrer a Antioquia, mas ao saber que uma cidade próxima esta sob poder dor franj decide ataca-la para evitar ser surpreendido durante a batalha por Antioquia, mas isso custa muito tempo, quando seu exercito chega a cidade já havia sido tomada e apenas o filho do rei e alguns soldados resistiam, Karbuka é taxado de egoísta pela sua demora e por querer que a cidade seja dele agora que o emir havia fugido. A cidade foi invadida com a ajuda de um comerciante de couros que havia sido multado pelo emir e decidiu se simpatizar com o inimigo.
3.1.3 OS CANIBAIS DE MAARA
A cidade de Maara é sitiada logo após Antioquia e é quase destruída, os franj com muita fome, ou assim foi justificado ao papa, recorrem ao canibalismo comendo os cadáveres do genocídio da tomada da cidade, isso cria uma imagem dos fraj que custará a ser esquecida.
O sultão Bin Mundigh, com medo que os desastres de Maara e Antioquia se repitam em seus domínios, envia presentes aos franj, suprimentos, montarias e até mesmo guia-los em segurança pela síria, isso ocorre pelos emires não agirem como nação e sim como unidades de governo independentes que contam apenas com sigo mesmos para se defender, com as guerras internas acontecendo muitas alianças sãoformadas e uma delas foi entre o vizir do Cairo Al-Afdal e Alexis.
Quando Al-Afdal fica sabendo da marcha franca pede para seu amigo Alexis atrasar as investidas, oferece uma divisão dos territórios entre ele e Alexis e que manteria em Jerusalém o livre culto franj com tudo os peregrinos deveriam ir em grupos pequenos e desarmados, em resposta Alexis diz: “iremos a Jerusalém todos juntos, em ordem de combate, lanças erguidas!”.
O senhor do Cairo manda reforçarem as defesas da cidade de Jerusalém, mas as aldeias litorâneas, sem proteção, fazem pactos com os franj e assim os francos chegam a Jerusalém que teve suas fontes envenenadas para que os franj não as usassem além de todos os cristãos serem expulsos.
Com torres de cerco a cidade é tomada e igrejas e sinagogas são queimadas com pessoas dentro e monumentos são destruídos sem piedade.
Al-Harawi Cadi de Damasco, chega a Bagdá seguido pelos sobreviventes do massacre de varias cidades, em pleno Ramadã ele quebra o jejum em forma de protesto para que os mulçumanos reajam aos ataques que os afligem Al-Harawi grita com o príncipe para que esse reaja, mas esse que é pacifico não faz nada. Bagdá muda de soberano 8 vezes em um período de trinta meses, a população tem medo dos próprios soldados e por muitas vezes protegem os bairros com tabuas durante as noites inquietas.
3.2 A OCUPAÇÃO (1100-1128)
3.2.1 OS DOIS MIL DIAS DE TRÍPOLI
Passado algum tempo o povo árabe consegue algumas vitorias, derrotam os 3 principais lideres franj, devolvendo assim a esperança ao povo mulçumano. Essas vitorias se dão pelas alianças feitas entre os lideres mulçumanos, entre elas a aliança entre Kilij e Danishmend que deixam suas diferenças de lado para lutar contra um inimigo em comum. 
Porem não são todos os lideres mulçumanos que tem coragem o bastante para se opor ao regime franj, entre eles o rei Redwan de Alepo que pede aos franj que deixe ele e seus domínios em paz e diz que irá colaborar com eles, o líder franj pede para que Redwan coloque uma cruz no alto da mesquita de Alepo, isso faz com que o imperador perca muita credibilidade com seu povo e exercito.
Mesmo os próprios árabes tem medo de que seus compatriotas dominem suas cidades e é assim que nascem as alianças islamo-francas, essas intrigas se instalam entre os próprios franj.
Sofrendo grandes derrotas como Trípoli, Beirute e Saida em um intervalo de 7 meses os árabes se apegam a ideia de jihad com o próprio povo apoiando a guerra contra os invasores. Trípoli é perdida após muitos dias de batalha e seu reforço chega apenas 4 meses após sua queda, é esse acontecimento que aviva a chama do provo mulçumano em uma insurreição.
3.2.2 UM RESISTENTE DE TURBANTE
Com protestos em toda Bagdá e os mulçumanos causando danos as mesquitas em resposta de seu príncipe não lutar contra a ameaça franj, para acalmar essas revoltas o sultão convoca seus emires a fazer o Jihad.
A primeira cidade a receber ajuda de Bagdá é Alepo, o cádi al-Khachab pede ajuda a Bagdá sem o conhecimento do rei que quando fica sabendo fica furioso que manda trancar as portas da cidade. Quando o exercito de Bagdá chega a Alepo as cortas estão firmemente fechadas e não conseguem ter contato nenhum com o povo, sem suprimentos o exercito de Bagdá faz saques em aldeias próximas e retornam sem travar batalha alguma com franjs.
Alguns movimentos rebeldes dos próprios cidadãos se dão inicio tanto contra os franjs quanto para os reis mulçumanos, como na cidade de Ascalon, onde a população mata seu governante e na cidade de Tiro onde os franj sofrem duras derrotas. Com a morte de Redwan os milicianos tomam os principais edifícios da cidade e matam os partidários de Redwan, esses que eram da seita dos assassinos, o filho de Redwan sobe ao poder, mas logo é tomado por uma loucura pelo poder matando a todos que lhe desagradassem, sendo assim assassinado pouco tempo depois.
Alepo conhece uma grande leva de sucessores jihadistas que conquistam algumas vitorias, como Ilghazi que vence os exércitos de Antioquia, mas morre pouco tempo depois em decorrência do álcool, seu sucessor Balak obtém vitória capturando o conde de Edessa e o rei de Jerusalém que vai ao seu resgate.
Após a morte de Balak seu filho Timourtach herda a cidade, porem não apoia os ideais do pai, solta o rei de Jerusalém e foge para Mardin, o rei de Jerusalém volta pouco tempo depois com um enorme exercito para dominar Alepo.
Ibn al-Khachab pede ajuda a al-Borsoki chefe de Mossul que aceita ajudar, quando os exércitos de Mossul chegam os franj se desesperam e abandonam a cidade, Khachab que ajudou na defesa da cidade e em sua prosperidade é morto pela seita dos assassinos, por se opor ao antigo rei.
3.3 A RESPOSTA (1128-1146)
3.3.1 OS COMPLÔS DE DAMASCO
O sultão pede para que o novo herói do islã Zinki seja seu atabeg para se rebelar contra os governantes turcos, Zinki pede de seus exércitos disciplina e não nomeia emires autônomos que podem o trair e se preocupa muito com a legitimidade de sua tomada de poder desposando a filha do antigo rei, transferindo os restos mortais de seu pai para Alepo para “enraizar sua família” e exige ao sultão um documento legitimando seu poder, mostrando que não é um aventureiro apenas.
Com a discórdia se espalhando entre os franj Alix filha do líder franj Baudoin II envia uma carta a Zinki propondo uma aliança contra seu pai, que matou seu marido, esse contato faz nascer a nova geração franj que se diferencia dos franj invasores. Pouco tempo depois Baudoin descobre sua traição e decide marchar para a Antioquia além de condenar a filha ao exilio.
Baudoin morre e um novo governante sobe ao poder dos francos, seu nome é Fulque de Anjou, esse se casa com a irmã mais velha de Alix. Sob o comando desse novo monarca o reino cai em anarquia, pois o novo monarca não tem capacidade de julgamento e não tem confiança, Alix tenta liderar uma rebelião na palestina que é duramente reprimida.
Com toda essa discórdia entre os francos os mulçumanos não aproveitam para fazer ataques, pois com a morte do sultão uma guerra de sucessão se inicia, Al-Mustarchild tenta tomar o poder, mas Zinki marcha contra ele, Zinki é salvo por Ayubb, que ganha a amizade do atabeg, dessa amizade nascera a carreira militar de seu filho Yussef ou Saladino.
Al-Mustarchild sonhando com vitorias parte contra Zinki para tomar Mossul, Zinki resiste e dois meses depois Massud, o sultão, é achado morto sem nariz e orelhas com diversas apunhaladas.
Ismael, governante de Damasco, pede a Zinki que domine sua cidade, a população odeia Zinki, Ismael foge para uma fortaleza possibilitando que Zinki ameasse as tropas damascenas para que nunca se oponham a ele, mas Muhmud toma Damasco antes de Zinki, esse que fica furioso. Para não ocorrer uma guerra Damasco lhe envia homenagens e reconhece de forma nominal sua soberania, durante a marcha de volta Zinki toma 4 praças-forte francas incluindo Maara.
3.4 A VITORIA
3.4.1 O SANTO REI NUREDDIN
Nureddin de Alepo comanda diversas conciliações com os lideres árabes para que se juntem para a guerra conta os infiéis e retomar o que o povo árabe perdeu com as invasões franj. Nureddin é um líder que deseja trazer a religião pura novamente ao povo árabe, ele reduz impostos para que o povo árabe consiga se recuperar e acaba com a insurreição de Edessa.
Depois de diversas derrotas, mas principalmente pela queda de Edessa, os franj voltam para sua terra natal e organizam uma nova investida para reconquistar seus territórios perdidos, essa nova investida traz um grande numero de tropas além do rei da Alemanha e da França. Nureddin ao saber dessa nova investida organiza diversas emboscadas para as tropas franj que avançam para dentro do território, essas emboscadas não danificam suficientemente os exércitos francos que marcham para Damasco.
Os damascenos resistem aos francos o bastante para que Nureddin venha a socorro, ele não tem condições de enfrenta diretamente os francos, mas no lugar de uma batalha sangrentaele semeia a intriga sobre traições sobre os dois lideres francos, como consequência o rei da Alemanha desmobiliza suas tropas e volta par Alemanha, sem a ajuda dos alemães os franceses desistem em sitiar a cidade.
3.4.2 A CORRIDA EM DIREÇÃO AO NILO
Logo após o cerco o rei de Damasco morre o que abre portas para que Nureddin concretize o sonho de seu pai de conquistar a cidade, Nureddin acredita que conseguira dominas a cidade sem guerras. A cidade se recusa a telo como rei e declara guerra a ele se aliando com os francos, para evitar guerra Nureddin recua.
Algum tempo depois o povo da cidade, descontente com o governo franco estabelecido ajuda a minar a autoridade do rei, rei esse que é isolado pela população que se entrega ao governo de Nureddin de bom grado. Agora as duas potencias estão sob o mesmo poder, o que possibilita uma investida para Jerusalém.
Um terremoto atinge a região árabe e devasta as seguranças de algumas cidades, essas brechas permitem a invasões a certas cidades. O rei Renaud deseja tomar Antioquia para si ameaça a população e comete horrores a ela matando e mutilando muitos desses, essas partes mutiladas são enviadas a Constantinopla que envia seus exércitos ao seu encalço.
Renaud foge com medo do exercito imperial de Constantinopla, posteriormente pedindo perdão a Constantinopla, ele é capturado pelo exército alepino que o mantem cativo durante 16 anos.
Nenhum exercito tem a coragem de atacar os rum, a guerra assim se estagna e um impasse se inicia.
3.4.3 AS LAGRIMAS DE SALADINO
Chawer era o imperador do Egito na época dos tremores, mas logo é traído por um de seus comandantes e foge para a síria, um rei franco chamado Amaury deseja ter o território egípcio a todo custo e se aproveita dessa falha no poder para tentar domina-lo. É mandada uma expedição para a cidade de Bilbeis, chegando os francos montam acampamentos próximos da cidade, a população, se aproveitando da época de cheia do rio rompe os diques inundando assim os acampamentos francos.
Nureddin se alia a Chirkuh para tomar a cidade e logo após a tomada a defende-la dos exércitos de Chawer que deseja retomar seu domínio, Chawer só consegue força o suficiente para uma investida a Bilbeis ao se aliar com Amaury, mas mesmo se aliando aos francos ele é derrotado por Nureddin. 
Chirkuh se dirige a Alexandria, que não precisa nem ser atacada, a própria população se entrega ao seu governo por ser hostil ao pacto Egito-franco feito por seu califa. Após o domínio pacifico a cidade é atacada pela aliança do califa com Amaury, que deseja acabar com o ataque o mais rápido possível, pois seu território esta sendo atacado por Nureddin. Chirkuh deixa o comando da resistência da cidade para seu sobrinho Saladino, essa que será a primeira grande conquista do Grandioso Saladino.
Durante um ano os ataques a essa região sessam permitindo que Chirkuh va para o alto Egito arrebanhar insurgentes para atacar Amaury que ataca Alexandria. Após sua falha em Alexandria Amaury volta a marchar em direção do Nilo, sua relação com o califa não é mais tão solida e temendo o pior o califa pede ajuda a Alepo (Nureddin).
Amaury lança um ataque a Bilbes, o califa pede a população que destrua a cidade e fuja para a nova recentemente construída cidade, novamente o califa pede ajuda a Alepo, que manda Saladino e seu tio fazendo assim os francos recuarem.
Para evitar mais alianças com os francos o próprio mata o califa Chawer, com isso seu tio sobe ao poder, mas morre muito pouco tempo depois deixando seu poder para Saladino, sob seu comando a cidade repelirá Amaury pela ultima vez. Sob preção de seus emires Saladino se coloca contra Nureddin per cauda de suas diferenças religiosas.
Amaury tenta uma ultima aliança com os assassinos, ao ficaram sabendo os templários desaprovam as ações de Amaury que acaba assassinado deixando seu poder para seu filho Baudoin IV que não tem forças para governar em decorrência da lepra.
A guerra entre Saladino e Nureddin parece inevitável até o momento que Nureddin cai morto, profundamente abalado Saladino manda uma carta para a Síria, que a interpreta como uma hostilidade.
Kilij Arslan II mata o imperador Manuel o que causa ao império cristão uma crise que acaba em anarquia.
Saladino tem o caminho livre para dominar todos os territórios que quiser, mas lhe falta a ambição. Saladino é um líder humilde não cai nas tentações do poder e é extremamente emocional, muitas vezes chorando com a morte de parentes e próximos, chora também com suplicas dos franj que o chamam de “Saladino o Misericordioso”.
Semelhante a seu mestre Nureddin, Saladino é duro, mas é justo, empenhado com a religião e em reunificar a Síria para o Jihad. Saladino aparte para domar a Síria, primeiramente dominando damasco sem derramar sangue, seus parentes, moradores da cidade abrem os portões para ele. Saladino continua com sua guerra relâmpago dominando diversos territórios.
As-Saleh, filho de Nureddin recebe o pedido de Saladino para que ele seja seu tutor, Saleh recusa e Saladino ataca Alepo, toda apopulação da cidade foi colocada contra ele por Saleh, com isso Saladino recua e se auto proclama “imperador do Cairo e da Síria”.
Salen manda a os Assassinos matarem Saladino que sobrevive aos atentados feitos, isso enfurece Saladino que ataca a fortaleza assassina, existem duas versões para essa historia, uma delas os assassinos ameaçam matar toda família de Saladino se ele os atacar, isso faz ele recuar, a outra diz que o próprio líder dos assassinos sai da fortaleza e vai até a tenda de Saladino sem ser visto e deixa uma carta dizendo que suas tropas já estavam vencidas, isso faz Saladino recuar.
Com a morte de as-Saleh Saladino toma Alepo para si, ao mesmo tempo o rei de Jerusalém morre e se inicia uma guerra para saber o sucessor, Saladino apoia um lado (Raymond) que toma a regência de Jerusalém que mantem a paz com Saladino.
A mãe do rei se casa com Guy e o coroa tirando o poder de seu filho e consequentemente de Raymond, assim a paz com Saladino é quebrada. Diversas guerras se iniciam e uma a uma Saladino as vence, dominando diversas cidades como: Acre, Beirute e diversas fortalezas, Ascalon, Gaza e por fim a própria Jerusalém. Saladino permite a circulação de cristãos até Jerusalém, esses por sua vez que começam a apoia-lo.
As cidades restante no comando dos franj Tiro, Tripoli e Antioquia mandam de volta a Europa representantes para requisitarem reforços, esses que são pedidos aos romanos que organizam novas investidas. Essas investidas retomam Acre, Saladino ao ficar sabem do noticia cai deprimido sem o apoio de seus próprios emires.
Ricardo Coração de Leão vem com essa nova onda de franjs tenta colocar al-Adel contra Saladino, Adel recusa a aliança com Ricardo e passa a fazer alianças com Conrad, senhor de tiro. Ricardo faz preção em Saladino e ameaça diversas vezes ataques, mas na realidade Ricardo deseja voltar para a Inglaterra, Saladino sabendo disso resiste cada vez mais a fazer guerra com ele. Ricardo acaba se cansando da briga mental com Saladino e volta para Europa.
Saladino já idoso morre deixando o povo comovido.
3.5 OS SURSIS E A EXPULÇÃO*
Gengis Khan é a nova ameação para os árabes, juntamente com os franj e outros turcos que desejam ocupar o cargo deixado por Saladino, os franj aproveitam os fracos herdeiros de Saladino e retomam as cidades facilmente, os turcos resistem ferozmente, mas sofrem um golpe de Balbars (turco) que sobe ao poder e deixa como sultana Chajrate que posteriormente se casa e transmite seu cargo para seu marido Albek que faz parte de um grupo de mamelucos radicais esses que expulsam de uma vez os franj e se unem contra os mongóis.
Hulagu é neto de Gengis Khan deseja dominar todo o oriente muçulmano para si, entra em guerra com o islã e a cada investida sua uma vitória é feita e muita destruição acontece, toma as cidades de Alepo, Bagdá e Damasco, Hulagu chega a destruir a fortaleza assassina de Masyaf, mas seu irmão morre e ele volta para Mongólia paraguerrear pelo trono de seu irmão.
Com a retirada mongol os mamelucos retomam o poder de todas as cidades que sobraram, esses mamelucos repelem contra ataques mongóis e francos, dominam mais cidades e destoem Tripoli. Os mamelucos atacam todas as ilhas da costa para expurgar os francos, a brutalidade e a violência dos mamelucos se assemelha a violência sofrida pelos árabes nos primeiros ataques francos em 1096. Os mamelucos realizam a ultima batalha da guerra santa.
*As duas ultimas partes do livro foram apresentadas juntas no trabalho por tratarem de assuntos conjuntos referentes aos territórios tomados.
4 CONCUSÃO
Amin Maalouf publicou “As cruzadas vistas pelo árabes” em 1983,o livro mistura História com Literatura pelo fato de ter sido repórter por 12 anos,o livro nos dá a visão diferente das cruzadas iniciadas no século XI até a sua Ascensão completa no Século XIII,nos mostra como os árabes tinham uma visão principalmente sobre os Franj(Francos).Nos mostra como os Franj eram vistos como uma raça de cultura inferior,sem nenhum tipo de honra,ética e tido como “bárbaros”.
 Apresenta na obra um maior foco belicoso e como foi dada as primeiras invasões e como foram lidadas juntamente com os confrontos internos,como o governo apesar de serem todos de uma mesma dinastia(seldjúcidas)e mesmo assim tinham um grande confronto entre si e se mostraram apesar de um governo com as mesmas tradições,cultura e deus eram militarmente rivais,e posteriormente como se formaram algumas alianças devido a interesses principalmente próprios.

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