Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade III REDES DE DADOS E COMUNICAÇÃO Prof. Me. Antônio Palmeira Conteúdo da Unidade III 5. Camada física 5.1 Padrões de Camada Física 5.2 Sinalização e Codificação 5.3 Multiplexação e Modulação 5.4 Interfaces e Conexões 6. Camada de enlace 6.1 Funcionalidades da Camada de Enlace 6.2 Padrões da Camada de Enlace 6.3 Ethernet Camada física É responsável por definir os meios físicos utilizados nos enlaces para transporte dos bits, além de todos os padrões mecânicos e elétricos que o cercam. Essa camada recepciona os quadros oriundos da camada de enlace e os transforma em bits. Esses bits são codificados e passam por alguns outros processos, até que sejam transmitidos no meio físico e cheguem até o receptor em seu destino. Padrões de camada física Existem padrões de camada física para redes WAN e para redes LAN. Mencionando redes WAN, definem-se as interfaces de conexão utilizadas nas duas pontas (lado do provedor do serviço e lado do cliente). Sobre redes LAN, definem-se as conexões locais e os padrões de conexão com os meios físicos. Seja para WAN, ou seja, para LAN, a definição desses padrões é de grande importância, justamente por ser esse, praticamente, o primeiro passo na implementação de redes de computadores. Padronizadores da camada física International Organization for Standardization (ISO). Associação de Indústrias de Telecomunicações/Associação de Indústrias Eletrônicas (TIA/EIA). International Telecommunication Union (ITU). Instituto Nacional de Padronização Americano (ANSI). Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). Autoridades regulatórias nacionais de telecomunicações, incluindo a Comissão Federal de Comunicações (FCC) nos EUA e o Instituto Europeu de Padrões de Telecomunicações (ETSI). Códigos de sinais elétricos digitais A transmissão das informações utilizando sinais elétricos encontrou a melhor solução na representação da base binária, ou seja, por meio dos bits. O sinal elétrico pode apresentar dois valores de tensão elétrica (popularmente conhecido por voltagem), representados pelos dígitos 0 ou 1, sendo assim chamado de sinal elétrico digital. Esses sinais digitais possibilitam a utilização de esquemas de codificação de uma maneira mais simples que os sinais analógicos. Sinalização e codificação Sinalização é o método utilizado para representar bits. Codificação é a conversão de um conjunto de bits de dados em um código predefinido. Códigos e codificação de sinais Os códigos representam um grupo de bits usados como um padrão previsível e reconhecível por transmissor e receptor. Os códigos da camada física fornecem grupos de bits que contém dados e grupos de bits de controle. A ideia principal que rodeia a codificação é transformar uma mensagem digital em uma nova sequência de símbolos para a transmissão. Na recepção ocorre um processo de decodificação. Codificação NRZ (Não Retorna ao Zero) Fonte: livro-texto Codificação Manchester Fonte: livro-texto Código MLT-3 Fonte: livro-texto Interatividade Qual dos processos de codificação trabalha com transições de subida e descida? a) NRZ. b) RZ. c) Manchester. d) HD3. e) TRZ. Resposta Qual dos processos de codificação trabalha com transições de subida e descida? a) NRZ. b) RZ. c) Manchester. d) HD3. e) TRZ. Multiplexação A multiplexação é um processo que ocorre na camada física quando se é necessário transmitir, por um único sinal portador, diversos sinais originados de diferentes fontes de informação. A operação inversa que ocorre na recepção é chamada de demultiplexação. Os equipamentos que executam esse tipo de processo de multiplexação e demultiplexação são, respectivamente, chamados de MUX e DEMUX. Diagrama em blocos em um sistema multiplexado Fonte: livro-texto Tipos de multiplexação Na multiplexação por divisão de frequência, utiliza-se uma banda de frequência, chamada de banda base dos canais multiplexados. Essa banda é dividida em sub-bandas que são chamadas de canais multiplexados, em que cada um transmite e recebe, ao mesmo tempo, em uma frequência diferente. Na multiplexação por divisão de tempo, o tempo da transmissão é subdividido em pequenos espaços de tempo, em que cada um dos canais multiplexados transmite em seu tempo específico. Como os espaços de tempo, destinados a cada um dos canais, são extremamente pequenos e a sua ocupação é revezada, tem-se a sensação que a transmissão e a recepção são ao mesmo tempo. Modulação A modulação é um processo que consiste na transformação de um sinal portador (onda portadora) a partir das informações contidas no sinal de informação que se deseja transmitir (sinal modulador ou modulante). O resultado desse processo é a criação de um sinal modulado que será injetado no canal de comunicação. Modulação em banda base em banda larga Modulação em banda base – ocorre uma conversão dos elementos sinalizadores em níveis de tensão elétrica ou sinais luminosos. Esse processo é conhecido também como modulação digital. Modulação em banda larga – utiliza-se a portadora analógica e modifica-se de acordo com os bits e as informações que se desejam transmitir. Tipos de modulação Modulação analógica – nessa modulação, a portadora, o sinal modulante e o sinal modulado são analógicos. Um bom exemplo é o sistema de comunicação de rádio AM e FM. Modulação digital – nessa modulação, a portadora e o sinal modulado são analógicos e o sinal modulante é digital (binário). Bons exemplos são encontrados na telefonia celular digital e nas transmissões em banda larga. Modulação por pulsos – nessa modulação, a portadora e o sinal modulado são digitais e o sinal modulante é analógico. Bons exemplos são encontrados na telefonia digital convencional. Placas de rede Elas funcionam como um transceptor que transmite sinais codificados nas redes LAN. Por meio de sua interface, os hosts conseguem acessar os meios das redes que adotam o padrão Ethernet, por exemplo. As principais interfaces encontradas nas placas de rede são: BNC – utilizado para cabos coaxiais finos. AUI – utilizado por transceptores externos, as placas de rede que utilizam cabos coaxiais grossos. Conector óptico – utilizado quando o meio físico é a fibra óptica. 8P8C (RJ-45) – utilizado por cabos de pares trançados. Modens É um dos principais dispositivos de camada física para atender padrões de conexões de redes WAN. Os modens são conectados a computadores ou roteadores para que eles tenham acesso a uma WAN. O nome modem significa MOdulador e DEModulador, ou seja, na transmissão, o modem opera como um modulador, em que o sinal digital binário é modulado em uma portadora analógica. De forma inversa, na recepção, o modem se comporta como um demodulador, retirando sinais digitais de sinal analógico. Modens externos Os modens externos são interligados por interfaces seriais, dentre elas: Interfaces RS-232 de 25 e 9 pinos – conexão entre modens e computadores diretamente. Interfaces RS-232 (DB-25) – conexão entre modens e roteadores e outros tipos de dispositivos de WAN. Interface V.35 – conexão de 34 pinos entre modens e roteadores e outros tipos de dispositivos de WAN. Sinalizações do modem TXD – led identificado com o número 103 que indica a presença de bits de dados para transmissão. RXD – led identificado com o número 104 que indica a presença de bits de dados para a recepção. CD – led identificado com o número 109que indica a presença de portadora na linha de transmissão. MR – indica que o modem está pronto para operação. RTS – indica a requisição de envio. TST – indica que o modem está em teste. Interatividade Qual é o processo que ocorre na camada física quando se é necessário transmitir, por um único sinal portador, diversos sinais originados de diferentes fontes de informação? a) Modulação. b) Codificação. c) Sinalização. d) Multiplexação. e) Transmissão. Resposta Qual é o processo que ocorre na camada física quando se é necessário transmitir, por um único sinal portador, diversos sinais originados de diferentes fontes de informação? a) Modulação. b) Codificação. c) Sinalização. d) Multiplexação. e) Transmissão. Camada de enlace A camada de enlace assegura que os dados sejam transmitidos ao equipamento apropriado e faz a “ponte” entre a camada superior (Rede) e a camada inferior (Física), tornando possível a transmissão por meio de meios físicos diversos. A camada de enlace formata a mensagem em frames e adiciona um cabeçalho próprio contendo, entre outras informações, o endereço de hardware (MAC address) da máquina transmissora e da destinatária. Tratamento de erros na camada de enlace Erros são causados por atenuação do sinal e por ruído. O receptor é capaz de detectar a presença de erros. Após essa detecção, o receptor sinaliza ao remetente para retransmissão ou simplesmente descarta o quadro em erro. Correção de erros é o mecanismo que permite que o receptor localize e corrija o erro sem precisar da retransmissão. Técnicas de detecção de erros Verificações de paridade. Métodos de soma e verificação. Verificações de redundância cíclica (CRC). Enquadramento na camada de enlace A PDU da camada de enlace é o quadro. Os pacotes da camada de rede são encapsulados em quadros. Padrões e protocolos de baixo nível Tanto a camada de enlace, quanto a camada física são controladas por protocolos de baixo nível, ou seja, com grande influência do hardware de redes, diferente das camadas de 3 a 7 que são praticamente controladas por software. Dentre os principais padrões e protocolos de baixo nível é possível citar para redes LAN: ethernet, wifi (802.11), token ring, FDDI. Para redes WAN é possível citar: LAP-B, Frame Relay, ATM, PPP, HDLC. Tecnologias e padrões de camada de enlace para LAN Ethernet – padrão adotado na maior parte das redes locais do mundo, além de ser também utilizado em redes metropolitanas, conhecidas como redes Metro Ethernet. Funciona como um método de acesso ao meio por contenção que permite que hosts compartilhem o meio físico, além de definir especificações paras as camadas física e de enlace. Wifi (IEEE 802.11) – mais popular padrão para redes sem fio, operando na camada de enlace e física do modelo OSI. Esse padrão determina como se recebem os pacotes dos protocolos de alto nível e se encapsulam em quadros para serem transmitidos via ondas eletromagnéticas. Tecnologias e padrões de camada de enlace para LAN Token Ring – criado pela IBM para fazer frente ao crescimento do padrão ethernet. Embora algumas organizações ainda possuam arquiteturas de redes montadas em token ring, esse padrão é praticamente obsoleto e caiu em desuso, com exceção a redes de computadores de grande porte conhecidos como mainframes. FDDI (Fiber Data Distributed Interface) – foi um dos primeiros em redes LAN baseado no uso das fibras ópticas, também operando nas camadas de enlace e física do modelo OSI. Tecnologias e padrões de camada de enlace para WAN X.25 Criado na década de 1970, quando linhas de transmissão digitais tinham um uso escasso. Permite o desenvolvimento de software e hardware para ligação de um computador a qualquer rede pública do mundo, utilizando comutação de pacotes. O LAP-B (Link Access Protocol, Balanced) é o padrão de camada de enlace utilizado pelas redes que operam com o protocolo X.25. O X.25 possui como características sistêmicas: conectividade, velocidade do serviço, custo, flexibilidade, confiabilidade e segurança. Tecnologias e padrões de camada de enlace para WAN ATM Conjunto de tecnologias que operam nas camadas mais baixas do modelo OSI. Trabalha com arquitetura não confiável e com um processo de comutação por células. Tem protocolos próprios para o nível de enlace. São eles: AAL1 (ATM Adaption Layer 1), AAL2, AAL3/4, AAL5. Interliga redes locais, metropolitanas e de longa distância para dados, voz, áudio e vídeo. Tecnologias e padrões de camada de enlace para WAN Frame Relay Rede de transporte implantada como infraestrutura em operadoras de serviço. Rede Frame Relay é vista como enlaces representados por circuitos virtuais (normalmente permanentes, ou PVC – Permanent Virtual Circuit). É sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma simples conexão física entre 2 pontos distintos. Tecnologias e padrões de camada de enlace para WAN HDLC (Hight-Level Data Link Control) É um protocolo comum da camada de enlace de dados do modelo OSI, com orientação bit a bit. Ele especifica um método de encapsulamento de dados de ligações seriais síncronas. É um protocolo ponto-a-ponto utilizado em linhas privadas e não possui qualquer método de autenticação. É proprietário. Tecnologias e padrões de camada de enlace para WAN PPP (Protocolo Ponto-a-Ponto) Foi desenvolvido e padronizado pela RFC 1548 (1993) com o objetivo de transportar todo o tráfego entre dois dispositivos de rede por meio de uma conexão física serial única e full-duplex. O encapsulamento do PPP provê multiplexação de diferentes protocolos da camada de rede simultaneamente pelo mesmo link. O protocolo PPP divide-se em dois outros protocolos: Link Control Protocol (LCP), Network Control Protocol (NCP). Interatividade Qual foi a tecnologia criada pela IBM para camada de enlace em uma LAN utilizando mainframes? a) FDDI. b) Ethernet. c) Token ring. d) Frame Relay. e) X.25. Resposta Qual foi a tecnologia criada pela IBM para camada de enlace em uma LAN utilizando mainframes? a) FDDI. b) Ethernet. c) Token ring. d) Frame Relay. e) X.25. Ethernet É o padrão adotado na maior parte das redes locais do mundo, além de ser também utilizado em redes metropolitanas, conhecidas como redes Metro Ethernet. Funciona como um método de acesso ao meio por contenção que permite que hosts compartilhem o meio físico, além de definir especificações paras as camadas física e de enlace. Surgiu na década de 1970, criado por estudantes da Universidade do Hawaii que propunham interligar os computadores espalhados pelas ilhas em um computador central na ilha de Honolulu. Padrão Ethernet 802.3 Em 1985, a IEEE desenvolveu o padrão 802, mas, para assegurar os padrões da ISO/OSI, alterou o projeto original Ethernet para 802.3. Subcamadas da camada de enlace no padrão Ethernet Controle Lógico do Enlace (LLC) – constitui a interface entre o método de acesso ao meio e os protocolos da camada de rede, ou seja, cuida de todas as tratativas com os protocolos de alto nível. Controle de Acesso ao Meio (MAC) – é responsável pela conexão com o meio físico e o endereço físico, também conhecido como endereço MAC. Também é responsável pela montagem do quadro. CSMA/CD É o método de acesso da ethernet. Significa acesso múltiplo por portadora com detecção de colisão. Permite o compartilhamento do meio físico, evitando que dois dispositivos transmitam simultaneamente,provocando uma colisão. Foi a solução encontrada para se evitar o problema das colisões. Funcionamento do padrão Ethernet Escuta o meio físico, isto é, verifica se o meio físico está ocupado. Transmite o sinal pelo meio físico, caso não esteja ocupado. Se o meio físico estiver ocupado, o host aguarda a sua desocupação. Após a utilização, o host desocupa o meio físico. Caso haja alguma colisão, os hosts envolvidos “forçam” a percepção da colisão por parte de todos os dispositivos. Os hosts aguardam um período tempo pseudoaleatório antes de voltar a transmitir. Esse é o tempo de backoff. Se houver 15 tentativas que resultarem em colisão, o host abandona a transição. Endereçamento Ethernet O endereçamento de ethernet pode ser expresso por 48 dígitos binários ou 12 dígitos hexadecimal (4 bits formam um dígito hexadecimal). Assim, divididos em duas porções iguais, em que a primeira porção (contendo 6 dígitos hexadecimais ou 24 bits) é conhecida por Identificador Organizacional Único (OUI) e a segunda porção é a designada pelo fabricante. O endereço encontra-se gravado na memória ROM da placa de rede do computador ou nas memórias dos roteadores e switches que possuem porta ethernet. É comum chamar o endereço ethernet de endereço MAC, ou endereço de hardware, ou endereço de placa de rede. Comando IPCONFIG /ALL Fonte: livro-texto Quadro Ethernet Para o padrão ethernet, a subcamada de controle de acesso ao meio encapsula o pacote oriundo da camada de rede em um quadro, chamado de quadro ethernet. Fonte: livro-texto Ethernet na camada física Fonte: livro-texto Interatividade Quando é o nome da subcamada de camada de enlace que constitui a interface entre o método de acesso ao meio e os protocolos da camada de rede? a) Transporte. b) Controle lógico do enlace. c) Controle de acesso ao meio. d) Aplicação. e) Apresentação. Resposta Quando é o nome da subcamada de camada de enlace que constitui a interface entre o método de acesso ao meio e os protocolos da camada de rede? a) Transporte. b) Controle lógico do enlace. c) Controle de acesso ao meio. d) Aplicação. e) Apresentação. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar