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Jusnaturalismo para Rousseau
A teoria do direito natural abrange uma grande parte da filosofia, desde a antiguidade, passando por pensadores desta época e da modernidade também, como os Contratualistas – Hobbes, Locke e Rousseau
No século XVII, uma doutrina jusnaturalista, surgiu e buscava fundamentos a identidade de uma razão humana universal. O ápice desse jusnaturalismo racional foi no Iluminismo, pois a razão humana era como um código de ética universal e acreditava-se que a racionalidade ordenaria a natureza e a vida social.
É valido dizer que as ideias contratualistas fomentaram as bases do iluminismo. As teorias contratualistas representam uma forma de pensamento que aponta que o contrato social determinou a transição da vida no estado de natureza para o estado civil, de forma que os direitos naturais fossem assegurados e colocados sob a guarda de um soberano e o pacto social serve para limitar o poder do Estado.
Rousseau, foi um importante contratualista que priorizava um Estado democrático de modo que seu pacto se realizava através do racionalismo, possibilitando que todos pudessem participar das decisões coletivas, a fim de eliminar as desigualdades políticas.
Rousseau analisou o passado humano e tentou explicar por que o homem abandonou seus instintos de inocência e bondade natural. Diferentemente de Hobbes e Locke, Rousseau acredita que o estado de natureza se divide em dois momentos. No primeiro momento, os homens vivem isolados, não há interações sociais e havia igualdade e liberdade para todos. Desta forma, havia felicidade, pois todos viviam no estágio do ‘bom selvagem’. Assim, todos tem direitos e são soberanos de si mesmos.
No segundo momento, começou a segregação de patrimônio de propriedade privada esse convívio passou a ser inviável sem leis que o controlassem, sem não se tornar um estado de guerra. A organização humana em sociedade é adjunta do estado civil, a partir do contrato, pois convivem entre si, harmonicamente.
Uma crítica feita por Rousseau às teorias de Locke e de Hobbes, é sobre à questão das desigualdades que se mantém mesmo após o pacto social. Rousseau afirma que elas se mantem. Pois, como já visto a propriedade e a sociabilidade são os males que geram as desigualdades políticas e sociais, fazendo com que os homens percam a sua liberdade natural, modificando, assim, seus valores naturais. 
Rousseau propõe um contrato social através do racionalismo, utilizando as leis naturais e a essência humana, lembrando que o pacto social é revogável e mutável. “Não há no Estado nenhuma lei que não possa ser revogada, inclusive o pacto social.”. Tudo depende da vontade geral.
O que é a Vontade Geral? É a soberania advinda do povo e o corpo que recebe a delegação de direitos tem que respeitar a vontade dos governados (diferente de Hobbes)
Assim, o pacto de Rousseau tornaria os homens conscientes de seu papel, submetendo-os a si mesmos pelo seu bem comum, todos seriam cidadãos com capacidade intelectual para governar. 
Para Rousseau o modelo universalizante de legislação é o pacto social e as leis devem ter caráter livre e igualitário, pois essa devem prezar pela vontade geral. Logo, a principal finalidade da elaboração da lei para Rousseau deve ser a representação da vontade geral, a qual deve ser reguladora da organização do Estado Civil. – Liberdade e Igualdade.
A igualdade para Rousseau é conceito fundamental para a formação de uma sociedade e de um Estado Civil pautados em preceitos da Natureza.
Rousseau propõe um contrato social fundamentado no racionalismo, utilizando as leis naturais e a essência humana, de maneira que tal contrato pudesse ser realizado mediante uma transformação política e educacional. Neste sentido, o Estado pós-contrato social de Rousseau é regido pela democracia e pela equidade, com intuito de evitar as desigualdades e garantir a segurança e o bem-estar de todos
Por fim, a teoria de Rousseau representa a forma mais fundamentada de contratualismo, que expressa o espírito da época liberal, e tem como fim alcançar uma forma de associação, por um contrato social, que defenda e proteja, com base na vontade geral, que cada pessoa, segundo leis que eles próprios elaboraram, de maneira que estes obedeçam a si mesmos mantendo suas liberdades preservadas.
Luiz Maluf Chaves, André. A doutrina filosófica do jusnaturalismo à luz das teorias contratualistas de John Loke, Thomas Hobbes e Jean-Jaques Rousseau. disponível em: <https://jus.com.br/artigos/36603/a-doutrina-filosofica-do-jusnaturalismo-a-luz-das-teorias-contratualistas-de-john-loke-thomas-hobbes-e-jean-jaques-rousseau>
M. Medeiros Alexsandro Jusnaturalismo e Contratualismo <https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/jusnaturalismo-e-contratualismo/>
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. Edição Ridendo Castigat Mores.

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