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1 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 2 ≠ OS ACIDENTES DE NATUREZA ELÉTRICA, COMO A MAIORIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO, ESTÃO RELACIONADOS COM: •FATORES HUMANOS -- ATOS INSEGUROS •O AMBIENTE ( CONDIÇÕES INSEGURAS). EM ALGUNS CASOS OCORRE A COMBINAÇÃO DESTES FATORES NA CARACTERIZAÇÃO DE UM ACIDENTE. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 3 ≠CAUSA - FATOR HUMANO - MANEIRA COMO OS TRABALHADORES SE EXPÕEM, CONSCIENTE OU INCONSCIENTEMENTE AOS RISCOS DE ACIDENTESDE NATUREZA ELÉTRICA, COMO A MAIORIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO •CAUSAS: a) Inadaptação entre homem e função ( sexo, idade, tempo de reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade, impulsividade, nível de inteligência, grau de atenção) b) Fatores circunstanciais ( problemas familiares, abalos emocionais, discussão com colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc) Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 4 •CAUSAS: c) Desajustamento – condições específicas do trabalho (problema com chefia, problema com colegas, políticas salariais/promocionais impróprias, clima de insegurança) d) Personalidade ( o desleixado, o machão, o exibicionista, o desatento, o brincalhão) Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 5 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 6 • QUANDO PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO,PÔEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA OU MENTAL DO TRABALHADOR. • MANIFESTAM-SE BASICAMENTE POR: a) Construção e instalações deficientes e/ou inseguras ( piso fracos/irregulares, excesso de ruídos e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização) b) Localização imprópria de máquinas, falta de proteção das partes móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas com defeitos) c) Epi´s/EPC´s ausentes, insuficientes ou com defeitos, ferramental defeituoso ou inadequado Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 7 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 8 • CONTATOS DIRETOS = consistem no contato direto com partes metálicas normalmente sob tensão ( partes vivas). Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 9 CONTATOS INDIRETOS ( contato com partes metálicas que podem ficar energizadas devido a uma falha no isolamento...nestes casos o mais comum é o toque acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo ligado eletricamente sob tensão entre fase e terra). Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 10 • DESCARGAS ATMOSFÉRICAS •TENSÕES INDUZIDAS ELETROMAGNÉTICAS •TENSÕES ESTÁTICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 11 ≠ Falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou ocorrência, falta de atenção, não tomando as devidas precauções, ausência de reflexão necessária, inação, indolência, inércia e passividade. EXEMPLO Pai de família que deixa uma arma carregada em local inseguro ou de fácil acesso a crianças, podendo causar a morte de alguém, por sua atitude negligente. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 12 ≠ Agir com inaptidão, aparentando falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ainda ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica, não levando o agente em consideração o que sabe ou deveria saber, ou ainda falta de habilidade ou conhecimento para realizar a contento determinado ato. Exemplo = um menor de idade que não possui CNH (Carteira Nacional de Habilitação) conduzir veículos e motos. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 13 ≠ Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução. Consiste na violação da regras ou leis, um comportamento de precipitação. Exemplo: um motorista que dirige em velocidade acima da permitida e não consegue parar no sinal vermelho, invadindo a faixa de pedestres e atropelando alguém, agindo assim, com imprudência. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 14 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 15 É a Norma Regulamentadora emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil que tem por objetivo garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 16 A NR 10 estabelece os REQUISITOS e CONDIÇÕES MÍNIMAS -- implementação de medidas de controle e sistemas preventivos------ garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 17 A NR 10 tem papel preponderante na caracterização da periculosidade de acidentes de natureza elétrica, especialmente os relativos a consumidores com carga instalada acima de 75 KW. Esta NR dispõe de um diploma legal de cunho eminentemente técnico que, aplicado criteriosamente, nos permite avaliar o caráter do risco a que pode estar sujeito o trabalhador. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 18 * APESAR DE TRATAR COM FAIXA DE CONSUMO DE ALTA TENSÃO, OS PRECEITOS DA NR 10 INCORPORAM CONCEITOS DA NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa tensão e NBR 14.039 – Instalações Elétricas de Média Tensão, INCLUSIVE PELO FATO DE QUE AMBAS NR´S POSSUEM UM CAPÍTULO EM COMUM QUE ABORDA O RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO. - A NR 10 NÃO SE APLICA A RESIDÊNCIAS, POIS VALE PARA INSTALAÇÕES A PARTIR DE 75 KW, SENDO VOLTADA PARA INSTALAÇÕES COMERCIAIS (TRABALHO) Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 19 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides * APLICÁVEL EM TODAS AS FASES DO PROCESSO ELÉTRICO, INCLUINDO: * GERAÇÃO / TRANSMISSÃO / DISTRIBUIÇÃO (69.000, 13.800 e 220/380v) / CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (inclui as fases): - Esboço - Projeto - Construção - Montagem - Operação - Manutenção - Quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades 20 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides * ESTENDE A REGULAMENTAÇÃO ÀS ATIVIDADES REALIZADAS NAS PROXIMIDADES DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. * ESTABELECE DIRETRIZES BÁSICAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE E SISTEMAS PREVENTIVOS AO RISCO ELÉTRICO. 21 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides * CRIA O ´PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS´ DE FORMA A ORGANIZAR TODOS OS DOCUMENTOS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. * ESTABELECE O RELATÓRIO TÉCNICO DE INSPEÇÃO DE CONFORMIDADE DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. 22 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides * OBRIGA A INTRODUÇÃO DE CONCEITOS DE SEGURANÇA NO PROJETO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. * DEFINE O ENTENDIMENTO DE DESENERGIZAÇÃO. 23 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 24 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 25 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 26 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 27 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 28 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 29 INTERVENÇÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – NR 10 a) exigem a adoção de Medidas Preventivas a.1) controle do risco elétrico e outros a.2) utilizando técnicas de análise de risco a.3)meta final=preservação da segurança, saúde e do meio ambiente de trabalho MEDIDAS DE CONTROLE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 30 Podem se ressaltar três tipos principais de medidas de controle do risco elétrico: a) as medidas de proteção coletiva; b) as medidas de proteção individual e c)os procedimentos de trabalho Em grande parte dos casos uma única medida não é suficiente- Deve ser adotado um conjunto de medidas, que se complementam, para assegurar a segurança e saúde do trabalhador. MEDIDAS DE CONTROLE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 31 EXEMPLOS : •USO DE EPI´s • TESTES DE ISOLAMENTO FEITO POR FABRICANTES MEDIDAS DE CONTROLE INDIVIDUAL Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 32 MEDIDAS DE CONTROLE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 33 * Compreendem, prioritariamente: # a DESENERGIZAÇÃO ELÉTRICA; - SE NÃO FÔR POSSÍVEL, ENTÃO EMPREGAR TENSÃO DE SEGURANÇA ou, então, - utilizar outras medidas de proteção coletiva, tais como: ** ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS, obstáculos, barreiras, sinalização,sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio de religamento automático - ATERRAMENTO deve ser executado conforme as Normas e regulamentos vigentes ou, em sua ausência, por Normas e Padrões internacionais. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 34 * ´SEMPRE´ UTILIZAR EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, CONFORME ESPECIFICADO NA NR-6 (EPI´s), ADEQUADOS E SUFICIENTES ÀS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS. -As vestimentas devem contemplar a Condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. - É vedado o uso de adornos( brincos, piercings, colares, pulseiras, etc) nos trabalhos com instalações elétricas MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 35 Representação gráfica do circuito elétrico em sua totalidade, e respectivos dispositivos elétricos, de forma organizada, desde a fonte (transformador(es) próprio(s), rede secundária em baixa tensão da concessionária de energia elétrica e/ou geração própria) até as cargas. É necessário para a elaboração da APR (Análise Preliminar de Riscos), antes de aplicar o procedimento de “DESENERGIZAÇÃO" previsto na NR-10 ESQUEMA UNIFILAR Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 36 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 37 - O Prontuário de Instalações Elétricas é exigido para os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 KW. PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 38 PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 39 - Em atendimento ao PIE (PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS), as Empresas são obrigadas a manter Esquemas Unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos, com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 40 PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 41 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 42 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 43 -Tem que ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela Empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. -Os documentos técnicos previstos no Prontuário devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PRONTUÁRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 44 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 45 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 46 * OBRIGAÇÕES DOS PROJETOS ELÉTRICOS: ≠ Especificar dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de re-energização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa. ≠ Na medida do possível, prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de de impedimento de re-energização do circuito. ≠ Considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção. NR 10 - SEGURANÇA EM PROJETOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 47 ≠ Ckts. com diferentes finalidades(comunicação, sinalização, controle e tração elétrica) serão identificados e instalados separadamente, salvo indicação do fabricante ou equivalente indicando o compartilhamento do espaço, respeitadas as definições de projetos. ≠ Definir a configuração do esquema de aterramento, inclusive a obrigatoriedade ou não de interligação do neutro e o condutor de proteção, bem como a conexão à terra das partes condutoras não destinadas a condução de eletricidade. ≠ Se viável e necessário, projetar dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos e de equipotencialização e de aterramento do circuito seccionado. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - SEGURANÇA EM PROJETOS 48 ≠ As Instalações Elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado. ≠ Na realização destes trabalhos devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora, e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança. NR 10 - NA CONSTRUÇÃO,MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 49 ≠ Nos locais de trabalho os equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas devem ser compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas. ≠ Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes. ≠ As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - NA CONSTRUÇÃO,MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 50 ≠ Os locais de serviços elétricos não devem ser utilizados com qualquer outra finalidade que não seja os de sua inerência e competência ≠ Atender o disposto na NR-17 e prover a quem trabalha em instalações elétricas, iluminação suficiente e adequada, bem como posição de trabalho segura, de forma que disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas, INDEPENDENTE DO AMBIENTE DE TRABALHO. ≠ Pessoas ao redor, rotinas, móveis, máquinas, etc. devem se adequar de forma a proporcionar conforto, facilidade de movimentação e estabilidade a quem trabalha com instalações elétricas. ≠ Ensaios e testes elétricos laboratoriais somente podem ser realizados por pessoas legalmente habilitadas para tanto. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - NA CONSTRUÇÃO,MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 51 DESERNEGIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 52 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides DESERNEGIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 53 ≠ Somente serão DESENERGIZADAS e passíveis de liberação para trabalho as instalações elétricasque atenderem a seguinte sequência de procedimentos: a) Seccionamento É a ação da interrupção da alimentação elétrica em um equipamento ou circuito. A interrupção é executada com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra, geralmente o disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a ser isolado. Devemos confirmar se o circuito desligado é o alimentador do circuito a ser executada a intervenção, mediante a verificação dos diagramas elétricos e folha de procedimentos e a identificação do mesmo em campo SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 54 b) Impedimento de re-energização = É o processo pelo qual se impede o religamento acidental do circuito desenergizado. Este impedimento pode ser feito por meio de bloqueio mecânico. Verificar as medidas de impedimento de reenergização aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em intervenção, como: abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis, afastamento de disjuntores de barras, relés de bloqueio, travamento por chaves, utilização de cadeados. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 55 b) Impedimento de re-energização – exemplos • Em seccionadora de alta tensão, utilizando cadeados que impeçam a manobra de religamento pelo travamento da haste de manobra. • Retirada dos fusíveis de alimentação do local. • Travamento da manopla dos disjuntores por cadeado ou lacre. • Extração do disjuntor quando possível. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 56 c) Constatação da ausência de tensão = Usualmente, por meio de sinalização luminosa ou de voltímetro instalado no próprio painel, deve-se verificar a existência de tensão em todas as fases do circuito. É feita no próprio ambiente de trabalho através de: instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou instrumentos detectores de tensão (observar sempre a classe de tensão desses instrumentos), verificar se os EPIs e EPCs necessários para o serviço estão dentro das normas vigentes e se as pessoas envolvidas estão devidamente protegidas. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 57 d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos= A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a eqüipotencialização dos circuitos desenergizados (condutores ou equipamento), ou seja, ligar eletricamente ao mesmo potencial, no caso ao potencial de terra, interligando-se os condutores ou equipamentos à malha de aterramento através de dispositivos apropriados ao nível de tensão nominal do circuito. Verificar a instalação do aterramento temporário quanto à perfeita eqüipotencialização dos condutores do circuito ao referencial de terra, com a ligação dos mesmos a esse referencial com equipamentos apropriados. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 58 d) Aterramento temporário – Procedimentos para instalação • Solicitar e obter autorização formal; • Afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e verificar a desenergização. • Delimitar a área de trabalho, sinalizando-a; • Confirmar a desenergização do circuito a ser aterrado temporariamente. • Inspecionar todos os dispositivos utilizados no aterramento temporário antes de sua utilização. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 59 d) Aterramento temporário – Procedimentos para instalação • Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com firmeza à malha de terra e em seguida a outra extremidade aos condutores ou equipamentos que serão ligados à terra, utilizando equipamentos de isolação e proteção apropriados à execução da tarefa. • Obedecer os procedimentos específicos de cada empresa; SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 60 e) Proteção dos elementos energizados existentes na área controlada = Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou equipamento a sofrer intervenção, checando assim os procedimentos, materiais e EPIs necessários para a execução dos trabalhos, obedecendo à tabela de zona de risco e zona controlada. A proteção poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de risco. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 61 f) Instalação de sinalização de impedimento de re-energização Este tipo de sinalização é utilizado para diferenciar os equipamentos energizados dos não energizados, afixando-se no dispositivo de comando do equipamento principal um aviso de que ele está impedido de ser energizado. Confirmar se foi feita a instalação da sinalização em todos os equipamentos que podem vir a energizar o circuito ou equipamento em intervenção. Na falta de sinalização de todos os equipamentos, esta deve ser providenciada Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 62 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 63 ≠ Os procedimentos para RE-ENERGIZAÇÃO envolvem a seguinte sequencia de procedimentos a serem seguidos: a) retirada de ferramentas, utensílios e equipamentos; b) retirada, da zona controlada, de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de re-energização; c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; d) remoção da sinalização de impedimento de re- energização; e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. Tais procedimentos somente podem ser alterados por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, MANTENDO OU AMPLIANDO O NÍVEL DE SEGURANÇA. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RE-ENERGIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 64 ≠ Intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 volts (CA) ou superior a 120 volts (CC), somente poder ser realizadas por trabalhadores legalmente habilitados. .Estes trabalhadores devem receber treinamento de segurança para trabalhos em instalações elétricas energizadas ≠ As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida ≠ Trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas (tabela) NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 65 ≠ Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo ≠ Inovações tecnológicas implementadas ou a entrada em operação de novas instalações ou equipamentos elétricos requerem elaboração de novas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho. ≠ O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 -SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 66 ≠ Somente trabalhadores legalmente habilitados podem realizar intervenção em instalações elétricas energizadas com alta tensão, e devem exercer suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco (anexo) ≠ Estes trabalhadores devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II da NR 10 ≠ Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente. NR 10 - TRABALHOS EM ALTA TENSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 67 ≠ TRABALHO EM AT ENERGIZADA E/OU INTERAGINDO COM O SEP, SÓ PODE SER REALIZADO MEDIANTE ORDEM DE SERVIÇO ESPECÍFICA PARA DATA E LOCAL, ASSINADA POR SUPERIOR RESPONSÁVEL PELA ÁREA. ≠ ANTES = SUPERIOR IMEDIATO E EQUIPE RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO SERVIÇO REALIZARÃO UMA AVALIAÇÃO PRÉVIA, ESTUDAR E PLANEJAR AS ATIVIDADES E AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS DE FORMA A ATENDER OS PRINCÍPIOS TÉCNICOS BÁSICOS E AS MELHORES TÉCNICAS DE SEGURANÇA EM ELETRICIDADE APLICÁVEIS AO SERVIÇO. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - TRABALHOS EM ALTA TENSÃO 68 ≠ A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme consta na NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. ≠ Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado. ≠ Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - TRABALHOS EM ALTA TENSÃO 69 ≠ Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - TRABALHOS EM ALTA TENSÃO 70 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides ≠ Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra NR 10 - TRABALHOS EM ALTA TENSÃO 71 TRABALHOS EM ALTA TENSÃO – ZONA DE RISCO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides ZL = Zona livre ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre 72 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides ZL = Zona livre ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada. TRABALHOS EM ALTA TENSÃO – ZONA DE RISCO 73 ≠ DIREITO DE RECUSA: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas. NR 10 – DIREITO DE RECUSA Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 74 ≠ TRABALHADOR QUALIFICADO = aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino ≠PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO=O trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. ≠ TRABALHADOR CAPACITADO = aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 75 ≠ TRABALHADORES AUTORIZADOS = são os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa. ≠ Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem : a) ser submetidos à exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico; b)ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa; c) possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. ≠ A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES 76 ≠ A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO da NR 10. ≠ Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: a) troca de função ou mudança de empresa; b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses; c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES 77 CONCEITO DE ALTA TENSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 78 ≠ Deve prever condições para a adoção de aterramento temporário (Projeto Elétrico). ≠ Deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela Empresa e deve ser mantido atualizado. ≠ Deve atender as Nr´s de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais e ser assinado por profissional legalmente habilitado ≠ O Memorial Descritivo do Projeto deve conter no mínimo : ** informações relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outro riscos adicionais ** indicação de posição dos dispositivos de manobra dos ckts elétricos ( Verde – “D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado). Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - SEGURANÇAEM PROJETOS 79 **Descrição dos sistema de identificação de ckts elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações. **Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações. **Precauções aplicáveis em face das influências externas. **O princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas. **Descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica. ≠ Os projetos devem atender ao disposto na NR 17 - Ergonomia Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides NR 10 - SEGURANÇA EM PROJETOS 80 ≠ A definição numérica de ALTA TENSÃO depende do contexto em que é utilizada. ≠ Dois fatores considerados na classificação da alta tensão são a possibilidade de centelhamento no ar e o perigo de choque elétrico por contato ou proximidade. ≠ A definição pode tanto se referir a tensão entre dois condutores de um sistema ou a tensão entre um condutor qualquer e a terra. CONCEITO DE ALTA TENSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 81 ≠ De acordo com a NR 10, o conceito de media tensão não existe e podemos considerar alta tensão as tensões alternadas acima de 1000V em CA. 1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 2. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Abaixo de 50 volts é considerada extra baixa tensão. CONCEITO DE ALTA TENSÃO – NR 10 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 82 ≠ Em SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA, normalmente utilizam-se os termos : - baixa tensão (BT) para valores inferiores a 1000 V, - média tensão (MT) para valores entre 1000 V e 50 kV, - alta tensão (AT) para valores entre 50 kV e 230 kV, -extra-alta tensão (EAT ou EHV) para tensões entre 230 e 750 kV e - ultra-alta tensão (UAT ou UHV) para as tensões superiores a 750 kV (faixa esta muito pouco utilizada). CONCEITO DE ALTA TENSÃO - SEP Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 83 ≠ Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido (Área Classificada= local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva) ≠ Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define a NR 10, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 84 ≠ As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incêndios. ≠ Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 85 ≠ Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. ≠ Nas instalações elétricas de ÁREAS CLASSIFICADAS ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 86 ≠ Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 87 ≠ Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir a) identificação de circuitos elétricos; b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restrições e impedimentos de acesso; d) delimitações de áreas; e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; f) sinalização de impedimento de energização; g) identificação de equipamento ou circuito impedido SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 88 ≠ Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR. ≠ Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados. ≠ Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 89 ≠ Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização (trabalhador qualificado/autorizado) devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver. ≠ A autorização (trabalhador qualificado/autorizado) deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR. ≠ Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 90 ≠ Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. ≠ A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 91 ≠ As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa. ≠ Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a : a) executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória. b) manusear e operarequipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas. ≠ A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 92 ≠ GERÊNCIA IMEDIATA • Manter-se a par das alterações introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-as a seus funcionários. • Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que possam evitar sua repetição. • Proibir a entrada de menores aprendizes em estações ou em áreas de risco. RESPONSABILIDADES Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 93 ≠ SUPERVISORES E ENCARREGADOS • Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de segurança do trabalho. • Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes do início de execução dos serviços. • Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços a serem executados e quanto às precauções a serem observadas no seu desenvolvimento. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 94 ≠ SUPERVISORES E ENCARREGADOS • Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento das normas de segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua área de serviço. • Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade, quando deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho. • Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança, assim como pela sua correta utilização. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 95 ≠ SUPERVISORES E ENCARREGADOS • Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos inadequados ou defeituosos. • Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço. • Manter-se a par das inovações introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-as aos integrantes de sua equipe. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 96 ≠ SUPERVISORES E ENCARREGADOS • Providenciar prontamente os primeiros socorros para os funcionários acidentados e comunicar o acidente à gerência imediata, logo após sua ocorrência. • Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que possam evitar sua repetição. • Conservar o local de trabalho organizado e limpo. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 97 ≠ SUPERVISORES E ENCARREGADOS • Cooperar com as CIPAs na sugestão de medidas de segurança do trabalho. • Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica de cada um. • Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu reinício devem ser tomadas precauções para verificação da segurança geral, como foi feita antes do início do trabalho. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 98 ≠ EMPREGADOS • Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso correto dos equipamentos de segurança. • Utilizar os equipamentos de proteção individual e coletiva. • Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 99 ≠ EMPREGADOS • Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho qualquer acidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo, com colegas ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis. • Avisar seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estiver em condições de executar o serviço para o qual tenha sido designado. • Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar riscos de segurança. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 100 ≠ EMPREGADOS • Não ingerir bebidas alcoólicas ou usar drogas antes do início, nos intervalos ou durante a jornada de trabalho. • Evitar brincadeiras em serviço. • Não utilizar objetos metálicos de uso pessoal, tais como: anéis, correntes, relógios, bota com biqueira de aço, isqueiros a gás, a fim de se evitar o agravamento das lesões em caso de acidente elétrico. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 101 ≠ EMPREGADOS • Não portar arma, excluindo-se os casos de empregados autorizados pela Administração da Empresa, em razão das funções que desempenham. • Não usar aparelhos sonoros. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 102 ≠ VISITANTES O empregado encarregado de conduzir visitantes pelas instalações da empresa, deverá: • Dar-lhes conhecimento das normas de segurança. • Fazer com que se mantenham juntos. • Alertar-lhes para que mantenham a distância adequada dos equipamentos, não os tocando. • Fornecer-lhes EPIs aplicáveis (capacetes, protetores auriculares, etc.). Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RESPONSABILIDADES 103 ≠ Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. ≠ As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes. ≠ Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3- Embargo ou Interdição. DISPOSIÇÕES FINAIS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 104 ≠ A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas. ≠ A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes. ≠ Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extrabaixa tensão. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides DISPOSIÇÕES FINAIS 105 ≠ O contato com partes energizadas da instalação pode fazer com que a corrente elétrica passe pelo seu corpo, e o resultado são o choque elétrico e as queimaduras externas e internas. As conseqüências dos acidentes com eletricidade são muito graves, provocam lesões físicas e traumas psicológicos, e muitas vezes são fatais. Isso sem falar nos incêndios originados por falhas ou desgaste das instalações elétricas. ≠ Há diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser humano e no meio ambiente. Os principais são o choque elétrico, o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos e o incêndio. RISCOS ELÉTRICOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 106 ≠ Em termos de riscos fatais, o choque elétrico, de um modo geral, pode ser analisado sob dois aspectos: • Correntes de choques de baixa intensidade, provenientes de acidentes com baixa tensão, sendo o efeito mais grave a considerar as paradas cardíacas e respiratórias; • Correntes de choques de alta intensidade, provenientes de acidentes com alta-tensão, sendo o efeito térmico o mais grave, isto é, queimadurasexternas e internas no corpo humano. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides RISCOS ELÉTRICOS 107 ≠ O choque elétrico é a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Os efeitos do choque elétrico variam e dependem de: • percurso da corrente elétrica pelo corpo humano; • intensidade da corrente elétrica; • tempo de duração; • área de contato; • freqüência da corrente elétrica; • tensão elétrica; • condições da pele do indivíduo; • constituição física do indivíduo; • estado de saúde do indivíduo. CHOQUE ELÉTRICO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 108 ≠ O choque elétrico pode ser dividido em duas categorias: Choque Estático É o obtido pela descarga de um capacitor ou devido à descarga eletrostática. Descarga estática – É o efeito capacitivo presente nos mais diferentes materiais e equipamentos com os quais o homem convive. Um exemplo típico é o que acontece em veículos que se movem em climas secos. Com o movimento, o atrito com o ar gera cargas elétricas que se acumulam ao longo da estrutura externa do veículo. Portanto, entre o veículo e o solo passa a existir uma diferença de potencial. Dependendo do acúmulo das cargas, poderá haver o perigo de faiscamentos ou de choque elétrico no instante em que uma pessoa desce ou toca no veículo. CHOQUE ELÉTRICO - TIPOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 109 CHOQUE ESTÁTICO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 110 ≠ Choque Dinâmico É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado. Este choque se dá devido ao: • toque acidental na parte viva do condutor; • toque em partes condutoras próximas aos equipamentos e instalações, que ficaram energizadas acidentalmente por defeito, fissura ou rachadura na isolação. Este tipo de choque é o mais perigoso, porque a rede de energia elétrica mantém a pessoa energizada, ou seja, a corrente de choque persiste continuadamente. CHOQUE ELÉTRICO - TIPOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 111 CHOQUE DINÂMICO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 112 ≠ O corpo humano é um organismo resistente, que suporta bem o choque elétrico nos primeiros instantes, mas com a manutenção da corrente passando pelo corpo, os órgãos internos vão sofrendo conseqüências. Isto se dá pelo fato de o choque elétrico produzir DIVERSOS EFEITOS NO CORPO HUMANO, tais como: • Elevação da temperatura dos órgãos devido ao aquecimento produzido pela corrente de choque; • Tetanização (rigidez) dos músculos; • Superposição da corrente do choque com as correntes neurotransmissoras que comandam o organismo humano, criando uma pane geral; CHOQUE ELÉTRICO - CARACTERÍSTICAS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 113 • comprometimento do coração, quanto ao ritmo de batimento cardíaco e à possibilidade de fibrilação ventricular;. • efeito de eletrólise, mudando a qualidade do sangue; • comprometimento da respiração; • prolapso, isto é, deslocamento dos músculos e órgãos internos da sua devida posição; • comprometimento de outros órgãos, como rins, cérebro, vasos, órgãos genitais e reprodutores. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides CHOQUE ELÉTRICO - CARACTERÍSTICAS 114 ≠ Muitos órgãos aparentemente sadios só vão apresentar sintomas devido aos efeitos da corrente de choque muitos dias ou meses depois, apresentando seqüelas, que muitas vezes não são relacionadas ao choque em virtude do espaço de tempo decorrido desde o acidente. Os choques dinâmicos podem ser causados pela tensão de toque ou pela tensão de passo. RISCOS ELÉTRICOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 115 ≠ É a tensão elétrica existente entre os membros superiores e inferiores do indivíduo, devido a um choque dinâmico. a) Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato(tensão que pode ocorrer quando de uma descarga atmosférica quando da falha de isolação) pode ser estabelecida uma tensão entre as mãos e pés chamada tensão de toque. Em consequência poderemos ter a passagem de uma corrente elétrica pelo braço , tronco e pernas cuja duração e intensidade poderão provocar a fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras lesões graves ao organismo. TENSÃO DE TOQUE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 116 ≠ Cada pé em contato com o solo terá uma resistência de contato representada por R contato. Assim, a tensão de toque é expressa pela fórmula: V toque = (R corpo humano + R contato ÷ 2) I choque A tensão de toque é perigosa, porque o coração está no trajeto da corrente de choque, aumentando o risco de fibrilação ventricular Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides TENSÃO DE TOQUE 117 ≠ É a tensão elétrica entre os dois pés no instante da operação ou defeito tipo curto-circuito monofásico à terra no equipamento. TENSÃO DE PASSO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides ≠ No caso da torre de transmissão, a pessoa receberá entre os dois pés a tensão de passo. Nos projetos de aterramento considera-se a distância entre os dois pés de 1 metro. Pela figura apresentada, obtém-se a expressão: V passo = (R corpo humano + 2R contato) I choque 118 ≠ A tensão de passo é menos perigosa do que a tensão de toque. Isso se deve ao fato de o coração não estar no percurso da corrente de choque. Esta corrente vai de pé em pé, mas mesmo assim é também perigosa. As veias e artérias vão da planta do pé até o coração. Sendo o sangue condutor, a corrente de choque, devido à tensão de passo, vai do pé até o coração e deste ao outro pé. Por esse motivo, a tensão de passo é também perigosa e pode provocar fibrilação ventricular. ≠ Se a pessoa estiver com os dois pés na mesma superfície de potencial, a tensão de passo será nula, não havendo choque elétrico. ≠ Um agravante é que a corrente de choque devido à tensão de passo contrai os músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao tocar no solo com as mãos, a tensão se transforma em tensão de toque no solo. TENSÃO DE PASSO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 119 ≠ O princípio que fundamenta as medidas de proteção contra choques elétricos, conforme a NBR 5410/2004, pode ser resumido por: 1. Partes vivas de instalações elétricas não devem ser acessíveis; O choque elétrico acontece quando se toca inadvertidamente a parte viva do circuito de instalação de energia elétrica. Acontece somente quando duas ou mais partes do corpo tocam simultaneamente duas fases ou uma fase e a massa aterrada do equipamento elétrico. Nesse caso, a corrente elétrica do choque é atenuada pela: • resistência elétrica do corpo humano; • resistência do calçado; • resistência do contato do calçado com o solo; • resistência da terra no local dos pés no solo; •resistência do aterramento da instalação elétrica no ponto de alimentação de energia. PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 120 1. Partes vivas de instalações elétricas não devem ser acessíveis; ≠ Neste caso devem-se prover medidas de proteção básicas que visem impedir o contato com partes vivas perigosas em condições normais, como por exemplo: • Isolação básica ou separação básica; • Uso de barreira ou invólucro; • Limitação de tensão. PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 121 2. Massas ou partes condutivas acessíveis não devem oferecer perigo, seja em condições normais, seja, em particular, em caso de alguma falhaque as torne acidentalmente vivas Neste caso o choque ocorre quando regiões neutras ficam com diferença de potencial devido a um curto-circuito na instalação ou nos equipamentos. Deve-se notar que nesse tipo de choque a pessoa está tocando ou pisando regiões ou elementos não energizados da instalação. Porém, no momento do curto-circuito, ou mais precisamente durante este, estas áreas neutras ficam com diferença de potencial, advindo daí o choque elétrico. Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS 122 * PASSAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA PELO CORPO HUMANO. EFEITOS = DANOS A SAÚDE E ATÉ MESMO MORTE. CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE, OS DANOS PODEM SE AGRAVAR CHOQUE ELÉTRICO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 123 Quando uma corrente elétrica circula pelo corpo humano, ela causa o "choque". Um choque elétrico pode ser prejudicial ao corpo humano e até mesmo ser fatal, dependendo da intensidade da corrente elétrica, do tempo de circulação e do local por onde ela passa. A pele é a parte do corpo que apresenta maior resistência elétrica. PERCEPÇÃO DO CHOQUE CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 124 PERCEPÇÃO DO CHOQUE CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Quando a pele está seca, a resistência do corpo entre uma mão e a outra é da ordem de 100.000 Ω (ohms) ou mais. Mas, se a pele estiver molhada, a resistência elétrica do corpo cai para algumas centenas de ohms, pois a água não-pura conduz eletricidade. Num corpo seco, uma tensão de 120 V (volts) aplicada externamente não cria um choque muito violento. 125 PERCEPÇÃO DO CHOQUE CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Mais num corpo molhado os mesmos 120 volts podem ser fatais. A partir dessas evidências, podemos perceber por que devemos evitar tocar em qualquer fio ou aparelho elétrico quando estamos em uma banheira ou piscina. Da mesma forma, quando tomamos contato pela primeira vez com algum dispositivo elétrico, devemos testá-lo com as costas da mão, a fim de evitar a possibilidade de ficarmos presos a ele devido à contração muscular causada por alguma corrente elétrica. 126 PERCEPÇÃO DO CHOQUE CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides O socorro a uma vítima de choque elétrico deve ser rápido, começando pelo corte da tensão elétrica. Caso não seja possível cessar a mesma, deve-se retirar a pessoa do local com um material que seja isolante como, por exemplo, material plástico. Feito isso é necessário chamar os bombeiros ou pessoas treinadas neste tipo de socorro. 127 PERCEPÇÃO DO CHOQUE CONFORME A INTENSIDADE DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 128 FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO DO CHOQUE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides • a área do corpo que está em contato com o condutor de eletricidade; •se a pele está molhada ou seca, sua temperatura, •as condições psicológicas do indivíduo (calmo, estressado, etc.). 129 EFEITOS DO CHOQUE EM FREQUÊNCIAS DE 50 e 60 HZ ( AS MAIS COMUNS) Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides •Em geral, um valor de 0,5 mA é considerado como o limiar de percepção. CÉREBRO ---IMPULSOS ELÉTRICOS ------LIMITE DE LARGAR ----- RIGIDEZ MUSCULAR ----TETANIZAÇÃO (A PESSOA NÃO CONSEGUE LARGAR O CONDUTOR) CORRENTE ALTERNADA: Limite de largar para mulheres --- entre 6 e 14 mA (média 10 mA) Limite de largar para homens- --- entre 9 e 23 mA (média 16 mA) . CORRENTE CONTÍNUA Limite de largar para mulheres --- 51 mA Limite de largar para homens----- 76 mA 130 EFEITOS FÍSICOS DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O CORPO HUMANO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 1) TETANIZAÇÃO : é a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos nervos que controlam os músculos. A corrente supera os impulsos elétricos que são enviados pela mente e os anula, podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro, e de nada vale, neste caso, a consciência do indivíduo e a sua vontade de interromper o contato 131 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 2)PARADA RESPIRATÓRIA Quando estão envolvidos na Tetanização, os músculos dos pulmões, isto é , os músculos peitorais, são bloqueados e pára a função vital da respiração. A partir daí tempos uma situação de grave emergência , pois sabemos que o cérebro humano não pode permanecer mais que 3 minutos sem oxigenação, sob risco de resultar em seqüelas ou danos permanentes. EFEITOS FÍSICOS DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O CORPO HUMANO 132 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 3)QUEIMADURAS A corrente elétrica circulando pelo corpo humano produz calor ( Efeito Joule). Este calor produz queimaduras em todos os graus , dependendo da intensidade de corrente que circular pelo corpo do indivíduo. Nos pontos de contato direto a situação é ainda mais crítica, pois as queimaduras produzidas pela corrente são profundas e de cura mais difícil, podendo causar a morte por insuficiência renal. EFEITOS FÍSICOS DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O CORPO HUMANO 133 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 4)FIBRILAÇÃO VENTRICULADA A corrente atingindo o coração, poderá perturbar o seu funcionamento. Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações (sístole) e as expansões(diástole) são alterados e o coração vibra desordenadamente(perde o passo). A fibrilação é um fenômeno irreversível que se mantém mesmo depois do descontato do indivíduo com a corrente, só podendo ser anulada mediante o emprego de um equipamento conhecido '„Desfibrilador„‟ EFEITOS FÍSICOS DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O CORPO HUMANO 134 EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA EM FUNÇÃO DO TRAJETO Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides O Trajeto influencia nas conseqüências do acidente por choque elétrico de maneira significativa. É mais fácil prestar socorro a uma pessoa que apresente asfixia do que a uma pessoa com fibrilação ventricular, já que neste caso é exigido um processo de reanimação por massagem cardíaca que nem toda pessoa que está prestando socorro sabe realizar. 135 EXEMPLOS DE CHOQUES ELÉTRICOS DIMENSIONAMENTO DA CORRENTE Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Num toque acidental de um dedo com um ponto energizado de um circuito elétrico teremos, quando a pele estiver seca, uma resistência de 400 000 ohms; quando úmida, uma resistência de apenas 15 000 ohms. Usando a lei de Ohm e considerando que o contato foi feito em um ponto do circuito elétrico que representa uma diferença de potencial de 120 volts, teremos: Quando seca: I = 120 V ÷ 400 000 ? = 0,3 mA Quando molhada: I = 120 V ÷ 15 000 ? = 8 mA 136 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Descarga Atmosférica = Raio, com alta tensão e amperagem, ocorrida por diferença de potencial entre duas cargas elétricas opostas, buscando reequilibrá-las. As descargas atmosféricas configuram-se como dos maiores causadores de acidentes em sistemas elétricos causando prejuízos tanto materiais quanto para a segurança pessoal. Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se necessário a avaliação do risco de exposição a que estão submetidos os edifícios, sendo este um meio eficaz de verificar a necessidade de instalação de pára-raios. RISCOS TÍPICOS 137 Professor: Eng. José Cláudio Moura BenevidesOs sistemas de aterramento têm como primeiro objetivo, a segurança pessoal. Devem ser projetados para atender os critérios de segurança tanto em alta freqüência (telefonia), quanto em baixas freqüências (curtos circuitos em motores trifásicos). Para que o aterramento seja eficaz é necessário que seja um sistema estável, ou seja, que apresente uma invariabilidade nos valores da resistência de terra. Deve-se levar em consideração também a viabilização do projeto, objetivando o ponto ótimo no que se diz respeito a configuração do sistema e o resultado desejado. SISTEMAS DE ATERRAMENTO 138 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Descargas Atmosféricas Costuma-se adotar o valor da resistência de terra em torno de 10., mas na prática, este valor pode ser bem variável. Concluímos pela importância do conhecimento de projetos para os sistemas de aterramento e pára-raios, de maneira minuciosa ressaltando suas características peculiares. Como sendo um fenômeno da natureza, podemos apenas amenizar os efeitos utilizando métodos seguros de para-raio e aterramento evitando trabalho com o tempo carregado (chuvoso) NR 10 – RISCOS TÍPICOS 139 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Incidência Direta (descarga direta) Ao atingir diretamente as instalações e/ou a rede elétrica a descarga se propaga estabelecendo valores elevados de sobretensão nos diferentes circuitos de distribuição em função da impedância dos caminhos percorridos. NR 10 – RISCOS TÍPICOS 140 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Incidência Próxima (descarga indireta): quando a descarga atinge as proximidades de uma rede elétrica, a existência de diferentes formas de acoplamento (resistivo, indutivo ou capacitivo) permite que parte da energia do raio seja transferida para as instalações elétricas, ocasionando o surgimento de sobretensões nos diferentes circuitos de distribuição. NR 10 – RISCOS TÍPICOS 141 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Estática È um fenômeno de produção de energia que consiste no acumulo de energia podendo seguir corretamente os métodos de aterramento. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. Uma das formas de "produzir" eletricidade é fricionar certos corpos (eletrização por frição). NR 10 – RISCOS TÍPICOS 142 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo magnético Os equipamentos têm um certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética. Um simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal, comandos, pode causar um mau funcionamento. O raio cria um campo magnético, que vai provocar o mau funcionamento dos comandos, controle de operação. Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que perturbe o funcionamento de outros e dele mesmo. NR 10 – RISCOS TÍPICOS 143 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo magnético Os equipamentos têm um certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética. Um simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal, comandos, pode causar um mau funcionamento. O raio cria um campo magnético, que vai provocar o mau funcionamento dos comandos, controle de operação. Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que perturbe o funcionamento de outros e dele mesmo. NR 10– RISCOS TÍPICOS 144 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo magnético NR 10 – RISCOS TÍPICOS 145 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo magnético Existe grande controvérsia a respeito dos efeitos dos campos eletromagnéticos no ser humano. Encontramos vários trabalhos que não demonstram esse efeito, por outro lado existem outros tantos que levantam suspeita sobre possíveis danos causados pela exposição ocupacional ou ambiental aos campos eletromagnéticos. • os estudos iniciais sobre o assunto levantaram a suspeita de que crianças que residem próximas a linhas de transmissão têm uma probabilidade 1,5 (uma e meia) vezes maior de desenvolver leucemia; • não há evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos cause, diretamente, algum tipo de câncer em animais, mas há indícios que esse fator possa atuar como co-promotor; NR 10 – RISCOS TÍPICOS 146 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo magnético * Do ponto de vista médico, não existe nenhum exame que possa ser formalmente realizado como indicador de efeito ou exposição a campos eletromagnéticos. * Dependendo do investimento que se pretende arcar, poderíamos sugerir: - periodicamente, realizar um hemograma dos trabalhadores expostos ou - acompanhar um determinado grupo de trabalhadores expostos, com a realização periódica de hemograma; - do ponto de vista epidemiológico, fazer um acompanhamento das doenças prevalentes nos trabalhadores expostos, com destaque para as leucemias,tumores cranianos e tumores de um modo geral, comparando com a prevalência na população geral. NR 10 – RISCOS TÍPICOS 147 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides Campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas (elétrons, prótons ou íons) ou por sistemas delas. Cargas elétricas colocadas num campo elétrico estão sujeitas à ação de forças elétricas, de atração e repulsão. Em corpos eletrizados, o campo que é levado em consideração é o campo elétrico, que tem como fonte a quantidade de carga elétrica. Um exemplo de campo elétrico uniforme é aquele formado no interior da nuvem ou entre a base da nuvem e o solo, momentos antes de acontecer uma tempestade. NR 10 – RISCOS TÍPICOS 148 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 149 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides 150 Professor: Eng. José Cláudio Moura Benevides “A QUALIDADE SÓ SERÁ LEMBRADA DEPOIS QUE O PREÇO TIVER SIDO ESQUECIDO”