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MANUAL DE ORIENTAÇÃO 
SOBRE OBRAS PÚBLICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA, OUTUBRO DE 2006 
1ª EDIÇÃO 
 
 
 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
___________________________________________________________________ 
 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
 
 
Instrução Normativa nº 25, de 27 de outubro de 2006 
 
Aprova as normas técnicas e os procedimentos 
constantes dos manuais instituídos pelo Gabinete de 
Controle Interno do Poder Executivo Estadual. 
 
 
O Chefe do Gabinete de Controle Interno da Governadoria, no uso de suas 
atribuições legais conferidas no Decreto nº 5.913, de 11 de março de 2004, e 
Considerando a necessidade de definir normas e procedimentos do 
Gabinete de Controle Interno (Geconi) nas suas diversas áreas de atuação; 
Considerando a necessidade de uniformizar a atuação do Geconi no 
acompanhamento e controle dos atos de gestão orçamentária, financeira, 
patrimonial, contábil e operacional realizados nos órgãos e entidades da 
Administração Pública do Poder Executivo do Estado de Goiás; 
Considerando a necessidade de estabelecer os procedimentos a serem 
observados pelos órgãos e entidades da Administração Pública no que concerne 
à licitações, obras e serviços públicos, contratos e convênios, fundos rotativos, 
tomada de contas especial, processo administrativo disciplinar, inspeção e auditoria, 
 
RESOLVE baixar a seguinte Instrução Normativa: 
 
Art. 1° Ficam aprovados os manuais abaixo relacionados: 
a) Manual de Instruções do Fundo Rotativo – MIFR; 
b) Manual de Orientação sobre Procedimentos de Licitação – MPL; 
c) Manual de Orientação sobre Obras Públicas – MOP; 
d) Manual de Convênios e Contratos – MCC; 
e) Manual de Procedimentos de Tomada de Contas Especial – MPTCE; 
f) Manual Técnico de Processo Administrativo Disciplinar – MTPAD; 
g) Manual de Procedimentos e Técnicas de Auditoria e de Inspeção – MPTAI. 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
Art. 2° Ficam responsáveis pelas informações e esclarecimentos sobre as 
normas e procedimentos constantes nos referidos manuais, as seguintes 
gerências do Geconi: 
a) Manual de Instruções do Fundo Rotativo – Gerência de Adiantamentos e 
Fundos (Geadifu); 
b) Manual de Orientação sobre Procedimentos de Licitação – Gerência de 
Análise de Procedimentos de Licitação (Gepli); 
c) Manual de Orientação sobre Obras Públicas – Gerência de Obras e Serviços 
Públicos (Gosp); 
d) Manual de Convênios e Contratos – Gerência de Convênios e Contratos 
(GCC) 
e) Manual de Procedimentos de Tomada de Contas Especial – Gerência de 
Processos Administrativos Disciplinares e Tomada de Contas Especial 
(GPADTCE) 
f) Manual Técnico de Processo Administrativo Disciplinar – Gerência de 
Processos Administrativos Disciplinares e Tomada de Contas Especial 
(GPADTCE) 
g) Manual de Procedimentos e Técnicas de Auditoria e de Inspeção – Gerência de 
Auditoria Operacional (GAO) no que refere-se às normas relativas à Auditoria; e 
Gerência de Supervisão das Inspetorias (GSI) no que refere-se às normas relativas à 
Inspetoria. 
 
§ 1º Competem, ainda, às gerências citadas no caput, o acompanhamento 
rigoroso do cumprimento das normas estabelecidas nos manuais, bem como a 
atualização dos mesmos, conforme descrito no parágrafo seguinte. 
 
§ 2º Toda e qualquer alteração e a conseqüente atualização dos manuais, 
em virtude de determinações legais e de modificações necessárias, deverá ser 
encaminhada pelas gerências responsáveis pelos manuais à Gerência de 
Orientação Preventiva e Procedimentos Administrativos (Geopa) que, sob 
supervisão e deliberação da Superintendência de Ação Preventiva (Suap), fará a 
análise, formatação e as devidas atualizações pertinentes. 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
§ 3º A Geopa fica responsável, exclusivamente, para encaminhamento dos 
respectivos manuais, via Superintendência de Ação Preventiva, após devida anuência da 
Chefia do Gabinete, ao setor responsável pela página da internet do Geconi e à Gerência 
da Secretaria Geral, para procederem a publicação e os devidos registros. 
 
Art. 3° Esta instrução normativa entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Chefia do Gabinete de Controle Interno da Governadoria, em Goiânia, aos 
27 dias do mês de outubro de 2006. 
 
 
Luiz Carlos da Fonseca 
Chefe do Gabinete 
 
( D.O. nº 19.998 de 31/10/2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
 
 
ALCIDES RODRIGUES FILHO 
Governador 
 
LUIZ CARLOS DA FONSECA 
Chefe do Gabinete de Controle Interno 
 
OTÁVIO ALEXANDRE DA SILVA 
Subchefe do Gabinete de Controle Interno 
 
ANTÔNIO PEREIRA VALVERDE 
Chefe de Gabinete 
 
ANDRÉ DA SILVA GOES 
Superintendente de Ação Preventiva 
 
BRUNO GARIBALDI FLEURY 
Superintendente de Auditoria 
 
GILSON GOMES BORGES 
Superintendente de Administração e Finanças 
 
MANOEL CAIXETA NETO 
Superintendente de Ação Fiscalizadora 
 
MARCELO PARREIRA VELOSO 
Gerente de Orientação Preventiva e Procedimentos Administrativos 
 
STELLA MARIS HUSNI FRANCO 
Gerente de Obras e Serviços Públicos 
 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
 
 
Equipe Técnica/Apoio 
DIÓGENES JAPIASSÚ FILHO 
JOCELINO BERNARDES 
JUSSARA VELOSO SOARES 
MARGARETH MOREIRA 
 
Composição/arte (capa) 
CARLOS CESAR ELIAS FILHO 
Gerente de Comunicação 
 
 
 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
APRESENTAÇÃO 
 
O Gabinete de Controle Interno - Geconi tem como missão proporcionar 
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade à Gestão Governamental, 
avaliando o cumprimento das metas, comprovando a legalidade e a legitimidade dos 
atos, pautando sempre pela ética e transparência, com o objetivo de garantir a 
otimização dos gastos públicos e, assim, alcançar o desenvolvimento econômico e 
social. 
Partindo dessa premissa e considerando que a agilidade dos procedimentos 
de análise, fiscalização, controle e avaliação proporcionam aos Gestores Públicos 
uma melhor aplicação do dinheiro público, torna-se imprescindíveluma maior 
atenção e cumprimento aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
igualdade, publicidade e transparência. 
Instituído constitucionalmente, o Sistema de Controle Interno objetiva ainda 
fiscalizar, acompanhar, orientar e auxiliar os órgãos da Administração Pública do 
Estado de Goiás, bem como disponibilizar elementos suficientes para que as 
execuções orçamentária, financeira, contábil e patrimonial sejam desenvolvidas 
dentro desses princípios. 
Para consecução desses objetivos o Geconi tem pautado suas ações em três 
vertentes: 
PREVENÇÃO – Por meio de orientações preventivas e expedições de atos 
normativos referentes a procedimentos administrativos de planejamento, 
programação, execução, fiscalização, controle e avaliação. 
FISCALIZAÇÃO – Através de ações de inspeções contínuas efetuadas nos 
órgãos e entidades da Administração Pública utilizando-se das técnicas de 
acompanhamento e verificação de procedimentos administrativos, com expedição de 
despachos e manifestações de caráter detectivo e corretivo. 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
AUDITORIA - Através de ações de auditoria devidamente tipificadas com 
intuito de verificação da legalidade e regularidade dos atos administrativos em 
relação ao planejamento, programação, execução, fiscalização, controle e avaliação 
da gestão pública. 
 Desta forma, foi desenvolvido o Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
para utilização por todos os agentes/servidores, que atuam no âmbito do Controle 
Interno do Poder Executivo, em suas ações específicas elementares, como também 
a todos agentes/servidores da Administração Pública do Governo de Goiás. 
 
 
 
 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................15 
I. CONCEITOS BÁSICOS......................................................................................17 
1.1. Obra ....................................................................................................................17 
1.2. Obras, serviços de grande vulto .........................................................................17 
1.3. Reforma...............................................................................................................17 
1.4. Reparo.................................................................................................................17 
1.5. Serviços...............................................................................................................18 
1.6. Restauração........................................................................................................18 
1.7. Serviços técnicos profissionais ...........................................................................18 
1.8. Serviços de engenharia ......................................................................................18 
1.9. Anotação de Responsabilidade Técnica - ART..................................................19 
1.10. Projeto Básico .....................................................................................................19 
1.11. Projeto Executivo ................................................................................................20 
1.12. As built.................................................................................................................20 
1.13. Bonificação (ou benefícios) e Despesas Indiretas - BDI ....................................20 
1.14. Custo Unitário Básico - CUB...............................................................................21 
1.15. Licenciamento Ambiental ....................................................................................21 
1.16. Memorial Descritivo.............................................................................................21 
1.17. Orçamento Estimado ..........................................................................................21 
1.18. Cronograma físico-financeiro..............................................................................21 
1.19. Preço Inicial.........................................................................................................22 
1.20. Medição...............................................................................................................22 
1.21. Data Base............................................................................................................22 
1.22. Reajustamento de preços ...................................................................................22 
1.23. Realinhamento de preços ...................................................................................22 
1.24. Serviço Extraordinário.........................................................................................22 
1.25. Execução direta ..................................................................................................22 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
1.26. Execução indireta................................................................................................23 
II. FUNDAMENTOS LEGAIS ..................................................................................24 
2.1. Legislação Federal..............................................................................................24 
2.2. Legislação Estadual ............................................................................................24 
III. SEQUÊNCIA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS ................................25 
3.1. Licenciamento Ambiental ....................................................................................25 
3.2. Projeto Básico e Projeto Executivo.....................................................................27 
3.2.1. Projeto Padrão ...........................................................................................28 
3.3. Aprovação do Projeto Básico e a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART...28 
3.4. Orçamento Detalhado .........................................................................................29 
3.5. Instalação e Mobilização.....................................................................................29 
IV. RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS.......................................................................30 
V. MODALIDADES E TIPOS DE LICITAÇÃO ........................................................31 
5.1. Modalidades de Licitação....................................................................................31 
5.2. Tipos de Licitação ...............................................................................................31 
5.2.1. Menor Preço...............................................................................................31 
5.2.2. Melhor Técnica ou Técnica e Preço ..........................................................31 
VI. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO..............................................32 
6.1. Dispensa de Licitação .........................................................................................32 
6.2. Inexigibilidade de Licitação .................................................................................32VII. PROIBIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DA LICITAÇÃO OU DA EXECUÇÃO DE 
OBRA ..........................................................................................................................33 
VIII. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA.................................................................................34 
IX. EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL...............................................................35 
X. PROPOSTAS INEXEQUÍVEIS PARA OS CASOS DE OBRAS E SERVIÇOS 
DE ENGENHARIA.......................................................................................................36 
XI. DOS CONTRATOS.............................................................................................37 
11.1. Objeto do Contrato..............................................................................................37 
11.2. Modalidade de Garantia para Obras e Serviços de Grande Vulto .....................37 
11.3. Alterações Contratuais........................................................................................37 
11.4. Subcontratação ...................................................................................................38 
11.5. Registro de Ocorrência e Fiscalização das Obras .............................................38 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
11.6. Recebimento das Obras e Serviços ...................................................................39 
11.7. Responsabilidade Civil........................................................................................39 
11.8. Medições e Pagamento ......................................................................................39 
XII. EXECUÇÃO NA TOTALIDADE ..........................................................................41 
XIII. ANÁLISE TÉCNICA DAS OBRAS PÚBLICAS...................................................43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
INTRODUÇÃO 
 
Este manual contém de forma clara e sucinta os principais aspectos que 
norteiam os procedimentos licitatórios e as contratações de Obras Públicas no 
âmbito do Poder Executivo Estadual, portanto, não substitui o conhecimento da 
legislação afeta aos mesmos. Os temas relacionados foram conduzidos nos termos 
das Leis 8.666/93 e legislações pertinentes. 
Não se pretende esgotar os assuntos aqui abordados, mas, estar abertos a 
uma constante manutenção evolutiva em parceria com nossos leitores, objetivando 
uma melhoria contínua e atualização face a alterações na legislação. 
Espera-se que a experiência decorrente da aplicação desse manual possa 
promover importantes ajustes ao longo do tempo, sobretudo, na necessidade de 
introdução de métodos e procedimentos que sejam determinantes para a 
modernização da gestão governamental. 
 A versão, sempre atualizada, deste manual estará disponibilizada no site do 
GECONI - www.controleinterno.goias.gov.br. As críticas e sugestões ao manual 
poderão ser encaminhadas, também, por meio do referido site. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I. CONCEITOS BÁSICOS 
 
 Para os efeitos deste manual, consideram-se as seguintes definições: 
 
1.1. Obra 
Toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada 
por execução direta ou indireta. 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso I. 
 
1.2. Obras, serviços de grande vulto 
Aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite 
estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 da Lei 8.666/93. 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso V. 
 
1.3. Reforma 
Alteração do espaço original ou anteriormente formulado por meio de 
substituição, acréscimo ou retirada de materiais ou elementos construtivos – 
arquitetônicos, na intenção de reformular todo ou parte daquele espaço antes 
definido. 
9 Instrução Normativa nº 02/98 – CREA-GO, art. 8º, inciso III. 
 
1.4. Reparo 
Ato de substituir ou repetir a aplicação de materiais ou componentes 
construtivos da edificação, pelo simples motivo de deterioração ou danificação 
daquele anteriormente aplicado. Não interfere e nem altera o espaço originalmente 
proposto. 
9 Instrução Normativa nº 02/98 – CREA-GO, art. 8º, inciso IV. 
 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
1.5. Serviços 
Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a 
Administração, tais como: demolição, conserto instalação, montagem, operação, 
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, 
publicidade, seguro ou trabalho técnico-profissionais. 
9 Lei 8.666/93, art.6°, inciso II. 
 
1.6. Restauração 
Mesmo significado de Reparo, porém aplicado a objetos ou obras especificas 
com alguma importância histórica ou artística. Interferência que visa garantir a 
recuperação e preservação de um determinado patrimônio cultural. 
9 IN nº 02/98 – CREA – GO, art. 8º, inciso V. 
 
1.7. Serviços técnicos profissionais 
Consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos 
relativos a estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
pareceres, perícias e avaliações em geral; assessorias ou consultorias técnicas; 
fiscalização, supervisão, gerenciamento de obras ou serviços, dentre outras. 
9 Lei 8.666/93, art.13. 
 
1.8. Serviços de engenharia 
Segundo Resolução nº 218/73, de 29/06/1973 – CONFEA – Conselho Federal 
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, as atividades relacionadas com os serviços 
de engenharia são os seguintes: 
Atividade 01 – Supervisão, coordenação e orientação técnica; 
Atividade 02 – Estudo, planejamento, projeto e especificação; 
Atividade 03 – Estudo de viabilidade técnico-econômica; 
Atividade 04 – Assistência, assessoria e consultoria; 
Atividade 05 – Direção de obra e serviço técnico; 
Atividade 06 – Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 
Atividade 07 – Desempenho de cargo e função técnica; 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
Atividade 08 – Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação 
técnica; extensão; 
Atividade 09 – Elaboração de orçamento;Atividade 10 – Padronização, mensuração e controle de qualidade; 
Atividade 11 – Execução de obra e serviço técnico; 
Atividade 12 – Fiscalização de obra e serviço técnico; 
Atividade 13 – Produção técnica e especializada; 
Atividade 14 – Condução de trabalho técnico; 
Atividade 15 – Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo 
ou manutenção; 
Atividade 16 – Execução de instalação, montagem e reparo; 
Atividade 17 – Operação e manutenção de equipamento instalado; 
Atividade 18 – execução de desenho técnico; 
 
1.9. Anotação de Responsabilidade Técnica - ART 
Anotação de Responsabilidade Técnica – É o registro no Conselho Regional 
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, prévio à execução de qualquer 
serviço de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, objeto do contrato. 
Define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução destes 
serviços. 
9 Lei 6.496, de 07 de dezembro de 1977, art. 1º e 2º e Resolução nº 425, 
de 18 de dezembro de 1998. 
 
1.10. Projeto Básico 
Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão 
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços 
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos preliminares, 
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental 
do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos 
métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes conceitos: 
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da 
obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de 
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante 
as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e 
montagem; 
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e 
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que 
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o 
caráter competitivo para a sua execução; 
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos 
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a 
obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; 
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, 
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as 
normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; 
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em 
quantitativos de serviços e fornecimentos. 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso IX. 
 
1.11. Projeto Executivo 
O conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da 
obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas – ABNT. 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso X. 
 
1.12. As built 
 Relação dos projetos elaborados pelo executor da obra, durante a obra, que 
retrate a forma exata como foi construído o objeto contratado. 
 
1.13. Bonificação (ou benefícios) e Despesas Indiretas - BDI 
a) O BDI é percentual relativo às despesas indiretas que incidirá sobre as 
composições dos custos diretos. 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
b) É um percentual no custo da obra que pode ser inserido tanto na composição 
dos custos unitários como no final do orçamento sobre o custo total. 
c) Seu valor é avaliado para cada caso específico, pois depende das variações 
do local, tipo de obra e impostos gerais. Consta deste valor, ainda, o 
resultado ou lucro esperado pelo construtor. 
 
1.14. Custo Unitário Básico - CUB 
Significa custo unitário básico. Indica o custo por metro quadrado de uma 
edificação, baseado em pesquisas de preços a cada mês. É publicado mensalmente 
pelo Sindicato da Indústria e Comércio – SINDUSCON de cada região. 
 
1.15. Licenciamento Ambiental 
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia 
a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação 
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas 
técnicas aplicáveis ao caso. 
9 Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. 
 
1.16. Memorial Descritivo 
É a exposição descritiva dos projetos, das partes que os compõem e dos 
princípios em que se basearam, de modo que se evidencie a compatibilidade 
entre as soluções apresentadas com o projeto básico e/ou executivo. 
 
1.17. Orçamento Estimado 
 É o levantamento das quantidades e preços dos serviços expressos em planilhas,, 
elaborado com base no projeto básico. 
 
1.18. Cronograma físico-financeiro 
É a definição de como a obra será executada por etapas, compatibilizando o 
valor a ser desembolsado pela contratante ao estágio em que se encontra a obra. 
 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
1.19. Preço Inicial 
 É o preço contratado inicialmente para a execução de obras ou serviços. 
 
1.20. Medição 
É a verificação das quantidades de serviços executados em cada etapa do 
contrato. 
 
1.21. Data Base 
É o mês de referência do preço inicial para o cálculo do reajustamento de 
preços. 
 
1.22. Reajustamento de preços 
É o mecanismo pelo qual os preços contratados são alterados para 
compensar os efeitos das variações inflacionárias. 
 
1.23. Realinhamento de preços 
É o mecanismo pelo qual são alterados os preços dos contratos para 
restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do 
contratado e a retribuição da Administração para a justa remuneração da obra ou 
serviço, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico financeiro inicial do contrato. 
9 Lei 8.666/93, art.65, inciso II, letra d. 
 
1.24. Serviço Extraordinário 
É o acréscimo de serviço não constante dos elementos técnicos em que se 
baseou o contrato original, ou o serviço resultante da alteração de projeto ou 
especificação, admissível no regime de preço global e no regime de preços unitários, 
mediante celebração de termo aditivo próprio, na forma da lei. 
 
1.25. Execução direta 
 A execução da obra é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos 
próprios meios. 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso VII. 
Manual de Orientação sobre Obras Públicas 
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Gabinete de Controle Interno - GECONI – GO 
 
1.26. Execução indireta 
O órgão ou entidade contrata com terceiros para a execução da obra, sob 
qualquer dos seguintes regimes: 
a) Empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou 
do serviço por preço certo e total; 
b) Empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou 
do serviço por preço certo de unidades determinadas; 
c) Tarefa – quando se ajusta mão-de-obrapara pequenos trabalhos por 
preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; 
d) Empreitada integral – quando se contrata um empreendimento em sua 
integralidade, compreendendo todas as etapas da obra, serviços e 
instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a 
sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, 
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições 
de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas 
às finalidades para que foi contratada. 
 
9 Lei 8.666/93, art.6º, inciso VIII. 
 
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II. FUNDAMENTOS LEGAIS 
 
 Apresentamos algumas legislações pertinentes a obras e serviços públicos 
que serviram como embasamento legal para a instrução deste manual: 
 
2.1. Legislação Federal 
9 Constituição Federal 
9 Lei Complementar nº 101/00 
9 Lei nº 4.320/64 
9 Lei nº 8.666/93 
9 Lei nº 9.605/98 
9 Lei nº 10.406/02 
9 Resolução nº 218/73 – CONFEA 
9 Resolução nº 425/98 – CONFEA 
9 Resolução nº 237/97 - CONAMA 
 
2.2. Legislação Estadual 
9 Constituição do Estado de Goiás 
9 Decreto nº 6.116/05 
9 Instrução Normativa nº 24/06 - GECONI 
 
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III. SEQUÊNCIA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS 
 
9 Lei 8.666/93, art. 7º. 
 
“Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de 
serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte 
seqüência”: 
a) projeto básico; 
b) projeto executivo; 
c) execução das obras e serviços.“ 
 
3.1. Licenciamento Ambiental 
9 Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 
9 Lei de Crimes Ambientais ou Lei 9.605/1998, art.60 
9 Decreto 5.370, de 09 de março de 2001 
 
A exigência de licenciamento ambiental tem amparo legal na Constituição 
Federal, art. 225, §1°, IV, pois impõe ao Poder Público “o dever de exigir e dar 
publicidade ao estudo prévio de impactos ambientais, para a instalação de obra 
ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente”. 
 
“É crime construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer 
parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços 
potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais 
competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares 
pertinentes.” 
 
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 O Licenciamento Ambiental é exigível para os empreendimentos 
considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como aqueles capazes de, 
sob qualquer forma, causar degradação ambiental. 
 A Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 apresenta a 
relação dos empreendimentos e atividades que estão sujeitas ao licenciamento 
ambiental. 
 Para cada etapa do processo de licenciamento ambiental é necessária a 
licença adequada: 
a) No planejamento da obra, a licença prévia; 
b) Na construção da obra, a licença de instalação; e 
c) Na operação ou funcionamento, a licença de operação. 
 
 Para obtenção da licença prévia, o interessado deve encaminhar solicitação 
ao órgão ambiental competente, ainda na fase preliminar de planejamento do 
empreendimento. 
 O órgão ambiental, ao receber a solicitação, vistoria o local onde será 
implantado o empreendimento e fornece os termos de referência para os estudos 
ambientais. 
 O empreendedor apresenta os estudos ambientais ao órgão ambiental, que 
analisa-os e emite parecer conclusivo, deferindo ou indeferindo o pedido de licença 
prévia. 
Recomenda-se que o projeto básico seja elaborado quando a licença prévia já 
estiver autorizada, evitando assim desperdício de recursos caso o projeto tenha que 
sofrer modificações em itens como localização e solução técnica. 
De posse da licença prévia, o projeto básico é elaborado pelo empreendedor 
com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a 
viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento, conforme previsto no art.6º, IX da Lei 8.666/93. 
 Concluído o projeto básico, inicia-se o procedimento licitatório, conforme 
previsto no art.7º, §2º, I da Lei 8.666/93. 
 O Tribunal de Contas da União (TCU), e o Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em trabalho conjunto, 
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elaboraram uma cartilha onde são abordados os pontos mais importantes no que se 
refere ao licenciamento ambiental, cujo conteúdo está disponibilizado para toda a 
sociedade pelas páginas da Internet: www.tcu.gov.br e www.ibama.gov.br. 
 Dentre os pontos abordados destacam-se os seguintes anexos: 
 Anexo I – Relação dos empreendimentos e atividades que necessitam de 
licenciamento ambiental. 
 Anexo II – Legislação ambiental referente a licenciamento ambiental. 
 Anexo III – Exemplos de definição de competência para licenciar. 
 Anexo IV – Órgãos ambientais estaduais. 
 Anexo V – Relação dos empreendimentos que podem vir a necessitar de 
EIA/RIMA para o licenciamento ambiental. 
 
3.2. Projeto Básico e Projeto Executivo 
O projeto básico é requisito imprescindível para a licitação de obras e 
serviços. É ele que permite avaliar o custo da obra e definir a forma de sua 
execução. Os itens que compõem a planilha do orçamento estimativo, o memorial 
descritivo, as especificações técnicas e o cronograma físico são elaborados com 
base nas informações apresentadas no projeto básico. 
O projeto básico é uma fase precedida de estudos preliminares, estudos de 
viabilidade técnica, econômica e avaliação de impacto ambiental, sucedido de 
Projeto Executivo. 
Deve ser elaborado de forma que possibilite a perfeita quantificação dos 
materiais, equipamentos e serviços, a fim de evitar aditamentos de contratos. 
Nele devem estar previstas todas as etapas do empreendimento. Um projeto 
básico completo deve ser composto de projeto arquitetônico, sondagens, projeto 
de fundação, cálculo estrutural, projeto de terraplenagem e implantação, 
instalações elétricas, hidráulicas e especiais, e licenças prévias. 
Para os serviços de reparos, os desenhos que compõem o projeto básico 
e/ou executivo podem ser apresentados e detalhados na forma de croqui.(esboço 
de desenho). 
O projeto básico aprovado pela autoridade competente deve estar 
disponível a todos os interessados em participar do procedimento licitatório. Os 
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editais devem mencionar o local onde o mesmo poderá ser examinado e 
adquirido. 
O projeto executivo pode ser desenvolvido concomitantemente com aexecução da obra, conforme dispõe a Lei 8.666/93, art.9°, §2°. 
 
3.2.1. Projeto Padrão 
A Lei 8.666/93 permite a padronização dos projetos para obras destinadas 
ao mesmo fim, exceto quando o projeto padrão não atender as peculiaridades do 
local. 
 Podemos citar como exemplo a construção de escolas em várias 
localidades do Estado. 
 Neste caso, convém adotar como plantas padrões, as plantas de 
arquitetura, de instalações hidro-sanitárias e elétricas. Já os projetos de fundação 
e de implantação apresentam certas peculiaridades que exigem soluções próprias 
e específicas. 
9 Lei 8.666/93, art.11. 
 
3.3. Aprovação do Projeto Básico e a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART 
É insuficiente a mera elaboração do projeto básico, é necessário que o 
mesmo seja aprovado pela autoridade competente e anotado no CREA. 
O documento de aprovação do projeto básico e a ART (Anotação de 
Responsabilidade Técnica) são documentos distintos, pois a ART é a anotação 
do projeto junto à entidade profissional competente que é feita pelo seu autor, o 
qual passa a assumir a responsabilidade técnica pela elaboração do mesmo, 
enquanto que o documento de aprovação do projeto básico é ato formal e 
motivado pela autoridade competente para determinar a contratação da obra. 
Antes da aprovação a autoridade deve avaliar e adequar o projeto às exigências 
legais e ao interesse público, pois ao aprovar o projeto a autoridade está se 
responsabilizando pelo juízo da legalidade e conveniência adotado. 
Todo contrato para a execução das obras também fica sujeito à “Anotação 
de Responsabilidade Técnica” no Conselho Regional em cuja jurisdição for 
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executada e nenhuma obra ou serviço de engenharia, arquitetura ou agronomia 
pode iniciar-se sem a competente ART. 
Os serviços de reparos ficam excluídos da exigência de “anotação de 
responsabilidade técnica” no CREA-GO, conforme definido no Art. 6º da Instrução 
Normativa nº 02/1998 – CREA – GO. 
9 Lei 8.666/93, art.7º, inciso I 
9 Resolução n° 425, de 18 de dezembro de 1998 – CONFEA. 
 
3.4. Orçamento Detalhado 
Mais uma vez destaca-se a importância do projeto básico nas licitações de obras, 
pois é através dele que se torna possível estimar as quantidades a serem adquiridas. 
É necessária a previsão detalhada da despesa, expressa em planilhas que 
indiquem os custos unitários. A estimativa de custos permite à Administração a 
previsão dos recursos orçamentários e a correta escolha da modalidade de licitação. 
Um orçamento bem elaborado apresenta a composição de todos os seus 
custos unitários. Tais custos têm papel fundamental na sua elaboração, pois não 
permitem que os licitantes apresentem planilhas com preços excessivos. 
 Mesmo em condições que não permitam definir precisamente os 
quantitativos, é proibida a licitação de quantidades indefinidas. São precauções, 
previstas em Lei, que permitem evitar os indesejáveis aditivos no decorrer da obra, 
que produzem gastos cada vez mais excessivos para a Administração. 
9 Lei 8.666/93, art.6°, IX-f; art.7°, §2°- II ; art.40, §2°-II. 
 
3.5. Instalação e Mobilização 
As despesas com instalação e mobilização para execução de obras ou 
serviços serão discriminadas no edital, previstos em separado das demais parcelas, 
etapas ou tarefas e ainda definidos os limites para o seu reembolso. 
9 Lei 8.666/93, art.40, inciso XIII 
 
 
 
 
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IV. RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Os recursos orçamentários devem estar previstos para assegurar o 
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços executados no curso 
do exercício-financeiro, de acordo com o cronograma físico-financeiro integrante do 
projeto básico. 
As obras que extrapolam o exercício financeiro devem estar contempladas 
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual. 
9 Lei 8.666/93, art.7°, §2°, incisos III e IV. 
9 Lei 101/2000, art. 5º, § 5º. 
 
 
 
 
 
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V. MODALIDADES E TIPOS DE LICITAÇÃO 
 
5.1. Modalidades de Licitação 
Limites para a definição da modalidade de licitação para obras e serviços de 
engenharia: 
a) convite: até R$ 150.000,0 
b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00. 
 
9 Lei 8.666/93, art.23. 
 
Consideram-se serviços de engenharia as atividades discriminadas no 
subitem 1.7 – Serviços de Engenharia. 
Este conceito permite definir quais são os serviços de engenharia, como forma de 
se determinar seu enquadramento legal nos limites das modalidades de licitações ou 
dispensas. 
 
 
5.2. Tipos de Licitação 
 
5.2.1. Menor Preço 
 É utilizado para serviços cujo preço representa o fator de maior relevância. 
9 Lei 8.666/93, art.45 § 1º, inciso I 
 
5.2.2. Melhor Técnica ou Técnica e Preço 
 São utilizados, exclusivamente para serviços de natureza predominantemente 
intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão 
e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral, e em particular, para a 
elaboração e estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. 
9 Lei 8.666/93, art.46. 
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VI. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
 
6.1. Dispensa de Licitação 
É dispensável a licitação para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 
15.000,00, ou seja 10% do limite definido para convite. 
Devem ser observadas as parcelas de uma obra de mesma natureza e que 
possam ser realizadas no mesmo local conjunta e concomitantemente, referidas no 
art.23, §5° da Lei referida, pois não é permitido o fracionamento do objeto para 
conduzir a uma dispensa de licitação. 
9 Lei 8.666/93, art.24, inciso I. 
 
 
6.2. Inexigibilidade de Licitação 
É inexigível a licitação, quando houver inviabilidade de competição, para a 
contratação de serviços técnicos especializados (definidos no art.13 desta Lei). Não 
basta ser um serviço técnico especializado, deve haver a natureza singular do 
objeto, ou seja, o objeto deve ser incapaz de ser executado por qualquer profissional 
ainda que “especializado”. 
 Além de o objeto ser de natureza singular, deve ser executado por 
profissionais ou empresas de notória especialização, ou seja, por profissionais com 
habilitação maior do que a normalmente existente nos profissionais de sua área, e 
que sejam, também, reconhecidos pela comunidade. 
9 Lei 8.666/93, art.25. 
 
 
 
 
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VII. PROIBIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DA LICITAÇÃO OU DA EXECUÇÃO 
DE OBRA 
 
O autor do projeto básico ou executivo, ou empresa responsável pela 
elaboração do projeto, ou empresa da qual o autor do projetoseja dirigente, gerente, 
acionista ou detentor de mais de 5% do capital com direito a voto ou controlador, 
responsável técnico ou sub-contratado, não pode participar direta ou indiretamente 
da licitação ou da execução da obra ou serviço. 
É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere 
acima na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, 
nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço 
da Administração interessada. 
9 Lei 8.666/93, art.9º. 
 
 
 
 
 
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VIII. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA 
 
 As exigências na documentação técnica dos editais para fins de comprovação 
de qualificação técnica da licitante devem se limitar aos limites previstos no art.30 da 
Lei 8.666/93. Deve-se evitar exigências excessivas e desnecessárias a ponto de 
comprometer o caráter competitivo do certame licitatório. 
Os requisitos técnicos previstos no edital de licitação devem ser avaliados 
caso a caso, pois é a complexidade do objeto licitado que permite definir as 
exigências necessárias para a comprovação da licitante em executar o objeto. A 
avaliação destes requisitos deve ser feita por profissional dotado de conhecimentos 
técnicos específicos. 
9 Lei 8.666/93, art.30. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IX. EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL 
 
“Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a 
modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração 
deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e 
informações necessárias para que os licitantes possam elaborar suas 
propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da 
licitação.“ 
 
No regime de preço global não é admitida a revisão de quantidades, exceto 
por decorrência de alteração de projetos/especificações, ou excepcionalmente no 
caso de reparos quando houver comprovadamente omissão de serviços e 
quantidades no levantamento elaborado pela Administração, ou ainda por solicitação 
formal do órgão afim para a execução de outros serviços não previstos, observado o 
objeto inicialmente pactuado, caracterizando-se como serviços extraordinários. 
9 Lei 8.666/93, art.47. 
 
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X. PROPOSTAS INEXEQUÍVEIS PARA OS CASOS DE OBRAS E SERVIÇOS 
DE ENGENHARIA 
 
Nas licitações de menor preço para a execução de obras e serviços de 
engenharia, as propostas com preços manifestamente inexeqüíveis são 
desclassificadas. 
São consideradas manifestamente inexeqüíveis as propostas cujos valores 
sejam inferiores a 70% do menor dos seguintes valores: 
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor 
orçado pela Administração, ou 
b) valor orçado pela Administração. 
 
9 Lei 8.666/93, art.48. 
 
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XI. DOS CONTRATOS 
 
11.1. Objeto do Contrato 
Nos editais e instrumentos convocatórios o objeto deve ser descrito de forma 
sucinta e clara, não podendo deixar margem a qualquer dúvida quanto à 
caracterização do empreendimento a ser realizado, bem como à sua correta 
localização e dimensão. 
9 Lei 8.666/93, art.40, I. 
 
11.2. Modalidade de Garantia para Obras e Serviços de Grande Vulto 
A Administração pode exigir prestação de garantia nas contratações de obras 
e serviços, prevista no instrumento convocatório. 
 A garantia não deve exceder a 5% do valor do contrato, exceto para obras e 
serviços de grande vulto envolvendo alta complexidade e riscos financeiros 
consideráveis, desde que fundamentado e aprovado pela autoridade, que poderá ser 
de até 10% do valor do contrato. 
9 Lei 8.666/93, art.56. 
 
11.3. Alterações Contratuais 
Limites para alterações contratuais: 
a) Acréscimos ou supressões nas obras e serviços: até 25% do valor inicial 
atualizado do contrato; 
b) Acréscimos para o caso particular de reforma de edifício ou de 
equipamento: até 50% do valor inicial do contrato. 
 
As alterações contratuais são possibilidades admitidas para situações 
eventuais (imprevistas ou imprevisíveis), devendo ser bem fundamentadas e 
justificadas tecnicamente pela autoridade competente. 
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Os aditamentos contratuais não devem ser considerados como regras e sim, 
exceções. 
9 Lei 8.666/93, art.65, §1° a 8°. 
 
11.4. Subcontratação 
A Lei 8.666/93 permite que partes da obra sejam subcontratadas. 
Os limites admitidos para a subcontratação devem ser definidos e 
previstos no instrumento convocatório. 
As partes subcontratadas devem corresponder a uma parcela integral da 
obra, a fim de evitar a existência de vários responsáveis técnicos por um único 
tipo de serviço, o que poderia dificultar a apuração de responsabilidade técnica 
no caso de futuras complicações na obra ou quando necessário. 
A subcontratação não exime o contratado das suas obrigações 
contratuais. 
9 Lei 8.666/93, art.72. 
 
11.5. Registro de Ocorrência e Fiscalização das Obras 
A execução do contrato de obras públicas deve ser fiscalizada por um 
representante da Administração, devidamente qualificado, designado para 
verificar o desenvolvimento das atividades. É facultada à Administração a 
contratação de terceiros para auxiliá-la no acompanhamento das atividades de 
fiscalização. 
Todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato devem 
ser anotadas pelo representante da Administração em registro próprio, onde 
deverão constar as assinaturas de todos os envolvidos no contrato. No caso de 
execução de obras as ocorrências são relatadas no “Diário de Obras”, que permanece 
no local da execução até o término da obra. 
A fiscalização exercida pela administração não reduz a responsabilidade do 
contratado pela execução da obra ou por possíveis danos causados à administração 
ou a terceiros. 
9 Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. 
9 Lei 8.666/93, art.58, III ; art.67; §1°. 
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11.6. Recebimento das Obras e Serviços 
A execução dos contratos de obras e serviços é recebida provisoriamente 
pelo representante da Administração responsável pelo acompanhamento e 
fiscalização da obra e definitivamente por servidor ou comissão designada pela 
autoridade competente, após prazo de observação, não superior a 90 dias, ou 
vistoria que comprove a adequação do objeto ao contrato. 
O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civildo 
contratado pela solidez e segurança da obra, e nem ético-profissional pela perfeita 
execução do contrato. 
9 Lei 8.666/93, art.73 e 74. 
 
11.7. Responsabilidade Civil 
O prazo de garantia para as obras contratadas pelo Poder Público 
Estadual é de 05 (cinco anos) a partir do recebimento definitivo da obra. 
Durante a sua execução, a contratada já se obriga a corrigir e reparar qualquer 
defeito ou vício que apareça. 
Surgido o defeito ou vício dentro do prazo de garantia, o Poder Público 
terá 180 (cento e oitenta) dias contados de sua constatação para acionar a 
contratada, sob pena de decair dos seus direitos. 
9 Lei 10.406/2002, de 10 de janeiro de 2002, art.618 (Novo Código Civil). 
 
11.8. Medições e Pagamento 
Os serviços executados são pagos após a emissão de laudos de medição 
realizados pela fiscalização, conforme o contrato, ou seja, após sua regular 
liquidação. 
No regime de empreitada por preço global as etapas de serviços previstas 
no contrato, são definidas no cronograma físico-financeiro com seus prazos de 
conclusão e respectivos percentuais do preço global. 
No regime de empreitada por preço unitário o pagamento dos serviços é 
feito pela verificação das quantidades efetivamente executadas multiplicadas 
pelos seus respectivos preços unitários previstos no orçamento. 
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A liquidação da despesa por serviços prestados tem como base o 
contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho ou os comprovantes 
da prestação efetiva do serviço. 
9 Lei 4.320/64, art.62, 63 e 64. 
 
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XII. EXECUÇÃO NA TOTALIDADE 
 
A Administração, ao contratar uma obra, deve prever os custos e o prazo de 
duração para sua execução integral. Para tanto, devem ser consideradas as 
condições existentes na época da contratação, bem como as prováveis 
circunstâncias futuras. 
É proibida a licitação de obras por prazo indeterminado, sem previsão de 
conclusão. 
A programação parcial é admitida somente em situações excepcionais, pois 
causa incertezas quanto à posterior conclusão do objeto, provocando, assim, 
desperdícios de recursos. 
A Lei 8.666/93, em seu art. 23, §1º, permite dividir a obra em tantas parcelas 
quantas se comprovarem técnica e economicamente viável. A regra permite à 
Administração ampliar a competitividade e as vantagens econômicas. 
Mas, não se deve confundir fracionamento do objeto com programação 
parcial. No fracionamento, a Administração divide um objeto em tantas parcelas 
quanto necessárias que serão executadas simultaneamente, enquanto que na 
programação parcial apenas uma parcela é executada sem perspectiva de 
conclusão das etapas posteriores. 
Duas hipóteses de contratação ilustram estas diferenças: 
a) A pavimentação de 500 Km é dividida em 05 lotes de 100 Km, contratados 
e executados simultaneamente. O resultado atende ao interesse público, 
caracterizando, assim, um fracionamento do objeto. 
b) A Administração contrata parte da execução de uma escola, sem contudo 
prever em seu objeto a execução das instalações hidráulicas e elétricas. A 
execução de parte da obra não atende ao interesse público, 
caracterizando, assim, uma programação parcial. 
 
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Ao fracionar o objeto, cautelas devem ser tomadas na escolha da modalidade 
de licitação. A Lei 8.666/93, art.23, §5° dispõe: 
 “É vedada a utilização da modalidade convite ou tomada de preços, 
conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda 
para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser 
realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus 
valores caracterizar o caso de tomada de preços ou concorrência, 
respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de 
natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas 
de especialidade diversa daquele o executor da obra ou serviço.” 
 
9 Lei 8.666/93, art.8°. 
9 Lei 8.666/93, art.23. 
 
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XIII. ANÁLISE TÉCNICA DAS OBRAS PÚBLICAS 
 
 A Superintendência de Ação Fiscalizadora do Gabinete de Controle Interno, 
por meio da Gerência de Obras e Serviços Públicos, promove uma fiscalização na 
execução física, financeira e orçamentária das obras públicas executadas no âmbito 
do Poder Executivo Estadual. 
 Os processos de licitação de obras públicas e serviços de engenharia devem 
ser instruídos com a seguinte documentação técnica prevista em Lei, conforme 
disposto na Instrução Normativa nº 24/2006-GECONI, de 02 de outubro de 2006: 
a) Projeto básico e/ou executivo devidamente aprovado pela autoridade 
competente; 
b) Anotação de responsabilidade técnica de autoria do projeto no CREA; 
c) Orçamento detalhado; 
d) Cronograma físico-financeiro da obra; 
e) Especificações técnicas e memorial descritivo; 
f) Relatórios de impacto ambiental e licenças ambientais, quando for o 
caso; 
g) Certidão do registro do terreno ou imóvel. 
 
 As despesas resultantes de licitações e contratações de obras públicas e 
serviços de engenharia são analisadas previamente pelas Inspetorias postadas nos 
órgãos, entidades e fundos especiais da Administração Pública Estadual, contando 
com o suporte técnico da Gerência de Obras e Serviços Públicos, quando 
necessário, conforme disposto no Decreto 6.116, de 04 de abril de 2005. 
 Além da análise processual, algumas obras públicas recebem uma inspeção 
física, a fim de verificar a compatibilidade do que está sendo executado com o objeto 
contratado. 
 No caso de constatação de irregularidades na execução de obras públicas, a 
análise técnica é feita de forma mais detalhada, por meio das auditorias especiais. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Convênios, Belém-PA. 
CGE, Controladoria Geral do Estado, Manual técnico de Auditoria, Palmas –TO, 
2005. 
TCU e IBAMA, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Renováveis, Cartilha de Licenciamento Ambiental, Brasília-DF, 2004. 
MARÇAL, Justem Filho, Comentários à Lei de Licitações e Contratos 
Administrativos, São Paulo-SP, 8ª Edição – Editora Dialética, 2001. 
 
Sites 
http://www.confea.org.br 
http:// www.crea-go.org.br 
http://www.tcu.gov.br 
http://www.mma.gov.br/conama 
http://www.age.pa.gov.br 
http://www.cgu.gov.br 
http://www.cge.to.gov.br 
http://www.auditoria.mt.gov.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“A maior fraqueza do homem é não saber ter paciência 
para entender o que é certo e distinguir o que é errado”. 
(Marcelo Parreira Veloso/2006) 
 
 
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