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Questão 3 Prova

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3 Patrimônio (Roubo Generalizado art 157) 
Roubo próprio 
 Art. 157, caput — Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena — reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Roubo impróprio
 Art. 157, § 1º — Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
O parágrafo 2º do art. 155 do Código Penal trata do furto privilegiado, que é o furto de pequeno valor ou furtomínimo. Seus requisitos são: primariedade e pequeno valor da coisa subtraída. Primário é todo aquele que não é reincidente.
Distinção As principais diferenças entre o roubo próprio e o impróprio são as seguintes
No roubo próprio, a violência e a grave ameaça constituem meio para o agente subjugar a vítima e viabilizar a subtração. São, portanto, empregadas antes ou durante a subtração. No roubo impróprio, o agente queria inicialmente cometer apenas um furto e já havia, inclusive, se apoderado do bem visado, contudo, logo após a subtração, ele emprega violência ou grave ameaça a fim de garantir sua impunidade ou a detenção do referido bem. 
Exemplos: 
a) o agente, após sair do supermercado com mercadorias escondidas sob a blusa, é abordado por seguranças e, nesse momento, passa a ameaçá-los de morte; 
b) o agente está saindo de uma casa onde se apossou de uma bicicleta e se depara com o dono que está retornando, instante em que pega um pedaço de pau e agride a vítima. Nesses casos, o crime de furto que estava em andamento desaparece e dá lugar ao roubo impróprio, porque, em um mesmo contexto fático, somaram-se a subtração e a violência ou grave ameaça. No roubo impróprio, a violência ou grave ameaça ocorrem sempre depois da subtração. 
2) O roubo próprio pode ser cometido mediante violência, grave ameaça ou qualquer outro meio que reduza a vítima à impossibilidade de resistência (violência imprópria). O roubo impróprio, por sua vez, não admite a fórmula genérica por último mencionada, somente podendo ser cometido pelo emprego de violência física ou grave ameaça.
ROUBO PRÓPRIO
• 1) A violência ou grave ameaça são empregadas antes e durante a subtração. 
• 2) A finalidade da violência ou grave ameaça é subjugar a vítima e viabilizar a subtração. 
• 3) Admite a violência imprópria como meio de execução.
ROUBO IMPRÓPRIO
• 1) A violência ou grave ameaça são empregadas após a subtração.
 • 2) A finalidade da violência ou grave ameaça é garantir a impunidade do crime de furto que estava em andamento ou a detenção do bem. 
• 3) Não admite violência imprópria como meio de execução.
Consumação
Não há dúvida, em razão da redação do art. 157, § 1º, do Código Penal, de que o crime de roubo impróprio se consuma no exato momento em que é empregada a violência ou grave ameaça contra a vítima, ainda que o agente não atinja sua finalidade de garantir a impunidade ou a detenção do bem. Ex.: o agente sorrateiramente abre a bolsa de uma mulher de idade e se apodera de sua carteira. A vítima percebe o ocorrido e exige a devolução, instante em que o agente desfere um violento soco no rosto dela. O crime está consumado, ainda que ele seja imediatamente preso por populares que o viram agredindo aquela senhora.
Tentativa
”não há falar-se em tentativa: ou a violência é empregada, e tem-se a consumação, ou não é empregada, e o que se apresenta é o crime de tentativa de furto”.

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