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LIVRO OS ARQUIVOS FILOSÓFICOS DE STEPHEN LAW

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA
CAMPUS SANTO AUGUSTO
CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO
MONIQUE ANTES
TRABALHO SOBRE O LIVRO
OS ARQUIVOS FILOSÓFICOS
DE STEPHEN LAW
PROFESSOR MAURICIO
JULHO
2019
INTRODUÇÃO
	
	 Stephen Law escreveu um livro formado por oito arquivos com questões filosóficas, as quais convidou seus leitores a refletir. Destacou que por ser sobre filosofia propõe “pensar sobre si mesmo”, não tendo a pretensão de estar certo ou errado. 
Meu professor de filosofia, solicitou a leitura destes arquivos, com a opção de escolha de seis para escrever uma página sobre cada um dos temas neles abordados, apresentando minhas opiniões, minhas “quase certezas” e minhas incertezas filosóficas. Segue as escolhas que fiz. 
Arquivo 1
Devo comer carne?
Assim como Carol e o autor eu também como carne. Existem alguns tipos, carne de cachorro ou coelho, que realmente a moral não me deixaria comer e talvez aqui esteja um princípio que preciso aprofundar. Mas tantos outros não como simplesmente pela aparência repugnante. Já foi questão que surgiu em momentos diferentes (preocupação com a saúde, preocupação com o meio ambiente). Se devo comer ou não, nunca foi uma questão moral. 
Hoje se tivesse que responder talvez usaria os mesmos argumentos de Carol e fosse rebatida por alguém como Aisha. Mais ainda, em tempos da necessidade de likes, colocaria em dúvida os princípios de muitos vegetarianos e veganos, ou seja, até que ponto é estilo de vida em benefício de outro ser vivo, ou é moda que ganha espaço na mídia. 
Acredito que tudo depende da moral da época em que se vive e também da cultura que se faz parte, bem como, que nos ensinou a comer carne sem nunca questionar isso. Vivendo em coletivo, nos habituamos a moral que esse coletivo impõe. Seria muito difícil, ou quase impossível viver se questionássemos todas as condições, as regras, as normas a que estamos sujeitos dentro dele. Quando isso acontece, criam-se pequenos grupos, vegetarianos, veganos, etc,. Como carne porque o grupo que vivo come carne. Talvez em uma época distante esse grupo em função de uma Aisha deixe de comer. As questões do momento em que vivo acabam ganhando destaque maior que essa questão. E isso nos acomoda. Então continuamos a pensar que se questionar-mos tudo que fazemos, não viveremos. É mais fácil pensar que estar nesse grupo ainda é mais tranquilo do que a moral de Aischa, que também, assim como a do grupo que pertenço será sempre questionada.
 Todas as questões levantadas por Aisha (inteligência, afetividade, maus tratos, etc), me fazem lembrar que a carne vem de um ser vivo, que eu poderia fazer outras opções. Mas ainda há questões maiores que se sobrepõem: até que ponto eu quero ser diferente do meu grupo; se quero sair do meu lugar de conforto. 
Se devo comer carne ou não. Claro que não devo se pensar na moral da Aisha. Mas vou continuar comendo enquanto existir alguém como Carol que tem questões que me ajudam a questionar a moral de Aisha. 
Arquivo 2
Como saber se este mundo é virtual ou não?
O mundo pode ser virtual ou não. Alguém baseado no senso comum poderia dizer que não e provavelmente buscaria sustentar essa afirmação baseado em suas experiências, sejam elas religiosas ou não. Teria uma única reposta a partir das crenças do ambiente do qual faço parte. Seria um fato inquestionável. O que se torna inquestionável se torna natural.
 	Os céticos diriam que sim, que existe a possibilidade de ser um mundo virtual. Mas ainda assim levantariam várias possibilidades, não afirmariam que é real, nem tampouco afirmariam que é virtual. Além disso, não teriam a pretensão de estar certos sobre essas possibilidades. Para os céticos não há uma certeza única em relação a isso, porque “não tem razão alguma para acreditar que o mundo que você vê é real, e não virtual.” 
Concordo com os céticos. Buscamos sempre aquilo que é mais fácil de explicar. Mesmo quando queremos fugir do senso comum, optamos pelo mais razoável, o mais simples, porque “nascemos naturalmente crentes: não podemos fugir disso. Talvez a filosofia tenha esse papel, de nos tirar desse lugar, ajudar a fugir. Mas mesmo assim, há que se lembrar que na maioria das vezes todos voltam para um lugar: o mesmo de onde saiu, ou para outro onde novamente precisará questionar, encontrar novamente respostas. 
O autor sugere que os céticos possam estar errados. Ainda não sou tão cética assim. Acredito que nosso mundo é real considerando aquilo que conhecemos, que está ao nosso alcance, sem deixar de considerar que há muita coisa que não está ao nosso alcance e nessa perspectiva, acredito que possamos estar vivemos em um mundo virtual. Mas considerar a possibilidade de ser um mundo virtual requer argumentos que ainda não possuo. Mesmo quando os tiver, ainda assim, optarei pelo mais razoável. Quanto mais simples as hipóteses, mais razoáveis e, portanto, mais fáceis de serem aceitas.
Arquivo 3
Onde estou? 
O autor aborda sobre a identidade pessoal, questionando onde ela realmente está. Acredito que nossa identidade pessoal está onde está nosso cérebro com todas as suas memórias e trajetórias. Se ele viveria sem um corpo? Talvez. Mas acho que o corpo é parte dessas memórias e trajetórias. Somos quem somos, porque somos movimento também. 
Quando ele fala de Matilda, penso que ela existe enquanto corpo e cérebro, enquanto um ser que foi se construindo e que hoje se reconhece, se identifica justamente pelas mudanças que aconteceram com ela, os momentos que ela viveu em cada faixa etária que ela passou.
Se pensarmos somente em cérebro como nossa identidade pessoal, que pode ser trocado de corpo, ou ser colocado em uma máquina, uma parte de nossa identidade se perderia. Apesar de hoje muitas pessoas não se identificarem com o corpo que possuem, bem como muitas pessoas estarem isoladas, vivendo experiências de interação através da internet, acredito ainda que não estamos preparados para viver como cérebro sem corpo ou com a possibilidade de escolher o corpo que queremos. Precisamos da interação que revela-se através do corpo.
A linguagem corporal, o toque, o olhar, a completude do ser humano se dá pela ocupação dos espaços também. Ainda não consigo imaginar esse ser para mim incompleto. 
Quanto à possibilidade de morrer o corpo e o cérebro passar a viver em outro, também é uma questão que desconstrói a identidade. Você cria novas possibilidades, mas também perde as suas referências. A minha identidade pessoal também se constitui nesse lugar em que estou. No momento que morrer e tiver a oportunidade de ser colocada numa nave e “sobreviver” em outro local, as referências também não serão as mesmas. 
Arquivo 4
O que é real?
	Responder o que é real é sempre difícil. Platão buscou respostas para essa pergunta, afirmando que não é o mundo exatamente onde vivemos, mas sim um lugar maravilhoso de onde viemos e para onde iremos. Ideia essa que algumas igrejas tomaram para si: viver na terra sem fazer nada de errado para alcançar o céu.
	Para Platão, o conhecimento vai além dos cinco sentidos, está escondido destes. Isso significa que tudo aquilo que gostamos de ouvir, comer, tocar, sentir e ver não se constituem no mundo real, mas apenas nas sombras do que ele seria, das formas que nele existem. As Formas das quais só vemos as sombras, são belas, perfeitas, eternas e inalteráveis. Existiria segundo ele, a Forma suprema, que seria a do bem, que ele representou no conto da caverna através do sol, e que muitas religiões consideram como sendo deus.
	Quando questionado de como é possível chegar ao conhecimento dessas Formas, ou seja, o conhecimento real, não pelos sentidos, ele afirmou que seria através da razão que se conquista pensando, refletindo. Seria, portanto, através da Filosofia, quando ignoramos os sentidos e apenas pensamos. Isto porque segundo ele, você não poderá descobrir quaisformas são belas, se você não souber o que é beleza.
	Platão também acreditava que todos nascemos com uma alma, que nos faz recordar do que já conhecemos das formas, usando o raciocínio. Existe, no entanto, o argumento da Coisa Extra. Ele foi criticado por duas razões: a primeira é que deveria existir um espectro perfeito, visto que nem todas as coisas são iguais. Existem formas diferentes. A outra razão seria que existem formas demais. 
	Apesar dessas desses argumentos que buscam derrubar a teoria de Platão sobre o mundo real, há quem acredite que vivemos no mundo das sombras e que encontraremos um lugar maravilhoso, que não é esse e que fazemos de tudo para um dia chegar lá. 
Eu acredito que vivemos em um mundo real e que existe algo além de nós. Estamos nas sombras a medida que não buscamos nos conhecer e conhecer ao outro. Acredito na forma do bem, embora não saiba exatamente que forma tem.
Arquivo 6
De onde vêm o certo e o errado?
	O certo e o errado parece que vem de nós. Não é um fato objetivo, é algo adicional que vai se constituindo em nós. Essa moralidade vai sendo construída em nós a partir do nosso ponto de vista, interagindo com os demais. Portanto ela é subjetiva. 
	Não acredito que ela nasce conosco, mas que vais se estruturando a medida que vamos compreendendo o certo e o errado sob o ponto de vista das pessoas com quem convivemos. Por isso em lugares diferentes, pessoa diferente há diferentes maneiras de entender o que é certo ou errado. 
Não podemos confundir o que está na lei é moral, bem como, nem tudo que é moral está na lei. Da mesma maneira que o que pode ser imoral ou errado para mim aqui, pode ser moral e certo para outra pessoa em outro lugar sob o ponto de vista dela ou do grupo em que convive. 
Ter moral também não significa estar sempre certo. Pois o certo para mim pode ser errado para outra pessoa. Posso considerar imoral matar e comer carne de cachorro, enquanto em outro país isso é perfeitamente certo, ou seja, moral.
Arquivo 8
Deus existe?
Muitos acreditam que esse propósito é amar e servir a Deus. Mas, e se não tivermos fé? E se você não acredita que há um Deus? Então o que diz sobre o sentido da vida? Se não há Deus, a vida não tem sentido? Essas questões encerram o último arquivo do livro e abordam sobre a existência ou não de Deus. 
Tive uma formação cristã e isso influencia significativamente na resposta. Apesar da ciência tentar esclarecer como surgiu o universo, ela ainda deixa questões em aberto. E são essas questões que nos trazem novamente ao reduto da fé. Acredito que muitas vezes duvidamos da existência de Deus. Principalmente quando começamos a estudar as teorias da ciência sobre o universo e principalmente quando estudamos filosofia. 
Mas creio que maior que todas essas dúvidas o homem tem uma necessidade de crer que há algo maior do ele, capaz de explicar aquilo que ele não foi mesmo considerando-se superior em tudo. Essa condição de inferioridade que o homem só aceita ter diante de Deus lhe dá as respostas que ele não consegue dar para tudo aquilo que ele não consegue resolver. Talvez aquilo que chamamos de fé seja apenas uma desculpa para justificar nossas fraquezas, mas o que se sabe é que tudo o que não tem uma explicação definitiva e razoável, quando o homem se sente fraco, é a essa figura que ele recorre.
Não há necessidade de provar se ele existe ou não. É uma força que buscamos e que não precisamos explicar, ela se explica pela nossa fé. Não sei como é sua imagem se é uma figura humana ou uma luz. Mas com certeza ela é uma figura que o homem acredita justamente pela possibilidade de não ter que usar a razão e poder se sentir mais fraco diante dele.

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