Estrutura de Mercado no Agronegócio

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CECA/UFAL, 05/06/2019
ECONOMIA AGRÍCOLA
UNIDADE IV – CARACTERÍSTICAS E 
ESTRUTURA DE MERCADO
(MICROECONOMIA)
PROFESSORA: TEREZINHA ALBINO
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SUMÁRIO DA UNIDADE IV 
CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURA DE MERCADO 
(MICROECONOMIA)
4.1 Particularidades dos produtos agrícolas e agroindustriais
4.2 O agronegócio ou agribusiness como um sistema
4.3 Integrações produtivas em empresas do agronegócio
4.4 Mecanismos de comercialização dos produtos agrícolas
4.5 Regimes de mercado 
4.5.1 Concorrência perfeita 
4.5.2 Concorrência imperfeita 
4.6 Exercícios aplicados ao agronegócio.
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PARTICULARIDADES DOS PRODUTOS 
AGRÍCOLAS E AGROINDUSTRIAIS
Características comuns
• Perecibilidade
• Homogeneidade (padronização. Ex.: café em pó ou granulado, produtos 
lácteos, bebidas alcóolicas ou não etc.)
• Sazonalidade de oferta
• Susceptibilidade climática
• Rigidez de oferta ( manter a renda familiar; para cobrir os custos fixos; 
por ter havido planejamento da safra e do plantio) 
• Variabilidade de preços (os produtos agrícolas estão sujeitos às fortes 
flutuações nos preços de equilíbrio de mercado).
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Caracteri-
zação dos 
produtos:
Baixa 
elasticidade 
da demanda 
Essencialmente 
bens de primeira 
necessidade.
Relativamente 
baixo valor 
unitário.
Poucos 
substitutos 
próximos.
Fazem com que uma 
variação do preço dos 
produtos não afete 
intensamente sua 
quantidade consumida (a 
quantidade demandada 
desses produtos é 
relativamente menos 
sensível às variações de 
preços).
Por exemplo, uma família de baixa renda poderia deixar de 
comprar um eletrodoméstico caso o preço tenha aumentado 
significativamente, mas, dificilmente deixaria de comprar bens 
essenciais (arroz, feijão, farinha e similares), mesmo diante de 
altas significativas de preços destes produtos.
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Diferente da 
demanda, a 
oferta sofre 
influência:
a) De natureza 
biológica:
 Condições 
climáticas;
Período de 
maturação dos 
alimentos.
b) De sazonalidade
 Safra;
 Entressafra.
Determinantes 
fundamentais do 
comportamento 
dos preços.
Exemplo de safra (colheita)
Café: entrada do inverno;
Carne bovina: quando as chuvas começam a escassear;
Cana-de-açúcar: início do período seco.
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O agronegócio ou agribusiness como um sistema
■ Há forte interdependência 
entre os diversos agentes 
desse sistema. Eventuais 
perturbações em qualquer 
um dos elos da cadeia do 
agronegócio podem trazer 
consequências irreparáveis 
para o produto final.
A estrutura desse sistema é 
conhecida como:
 Antes da porteira 
(máquinas, equipamentos, 
fertilizantes, sementes, 
vacinas, rações etc. bem como 
prestações de serviços 
(assistência técnica).
 Dentro da porteira
(atividades agrícolas e, ou 
pecuárias; de transformação; 
de serviços e atividades 
complementares).
 Depois da porteira 
(canais de comercialização e 
logística).

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Integrações produtivas em empresas do agronegócio
■ Modalidades Principais vantagens Principais desvantagens
Horizontal
 Estratégia de comprar de
terceiros o máximo possível
de itens que compõem o
produto final ou os serviços de
que necessita (favorável às
parcerias).
A horizontalização pode ser 
uma opção para a manutenção 
da competitividade das 
empresas.
- Redução de custos. - Menor controle tecnológico.
- Engenharia simultânea (desenvolvimento 
integrado com know how dos 
fornecedores).
- Deixa de auferir lucros do fornecedor;
e, existência de demissões na fase
inicial e perda do vinculo para e com o
empregado.
- Foco no principal produto da empresa. - Alta dependência de terceiros.
Vertical
 Decorre da preocupação
em manter o controle sobre as
tecnologias de processo, de
produtos e negócios (p.ex.
segredos industriais). Pode
ocorrer por sinergias, controle
das cadeias de distribuição ou
proximidade com o mercado.
- Independência de terceiros. - Necessita de grande domínio sobre 
tecnologia própria.
- Maior autonomia. - Menor flexibilidade (perda de foco).
- Maiores lucros. - Maior investimento e aumento da 
estrutura da empresa (aumento do 
custo e problemas gerenciais).
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Insumos 
 
Indústria 
de 
Processa- 
mento 
 
Canais 
de 
Distribuição 
 
 
 
 
Consumidor 
Regional 
 
Consumidor 
(Litoral e 
Outros 
Estados) 
 
 
T2 
 
 
Fornecedores 
•Pintos 
•Ração 
• Produtos 
Veterinários 
 
Integrados 
(20.000 
aves/ 
Lote) 
• Frango 
Empresa Âncora 
(21.000 aves 
abatidas/dia) 
• Carne de frango 
• Produção de 
ração 
Contrato Garantindo a 
Compra de Frango 
 
Contrato Garantindo a 
Entrega de Frango 
Agentes Financiadores 
(Bancos) 
Agentes Coordenadores 
(CODEVASF; AIBA) 
 
Agente Auxiliador na Implantação da 
Cadeia 
PENSA 
 
Produção 
Avícola 
Garantia de 
Fornecimento 
de Insumos 
Contrato Garantindo a 
Compra de Insumos 
Garantia de Fornecimento 
de ração 
T1 
 
T3 
MODELO DE INTEGRAÇÃO HORIZONTAL DA CADEIA AVÍCOLA
VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA - CODEVASF
Fonte: Elaborado pelo PENSA (2008).
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• T1: diz respeito ao fornecimento de insumos (pintos, ração e produtos 
veterinários) pelos fornecedores aos produtores integrados, através da garantia de 
compra destes insumos pela indústria integradora. No caso, a empresa âncora é 
quem assume os custos destes insumos. Especificamente na cadeia apresentada, a 
indústria processadora poderá também ser fornecedora direta de ração aos 
produtores integrados. 
 
• T2: contempla a entrega do frango vivo pelo produtor integrado à indústria de 
processamento para o abate. Tanto a entrega por parte do integrado, como a 
compra pela indústria integradora são garantidos por contratos. A indústria de 
processamento discutida neste modelo é de médio porte, com capacidade para 
abater diariamente 21.000 aves. Junto à mesma, temos uma fábrica que processa 
os resíduos não utilizados durante o processamento da carne de frango e poderão 
tornar-se adubo ou ração para peixes. 
 
 
• T3: engloba a venda da carne de frango pela indústria processadora aos 
canais de distribuição que serão responsáveis pela distribuição ao consumidor final. 
O modelo considera que 100% da carne de frango produzida serão destinadas ao 
mercado da região Nordeste. 
Fonte: Elaborado pelo PENSA (2008).
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■ Integração de cadeias produtivas como vantagem competitiva
 PROJETO DE LEI N.º 6.459, DE 2013 - Dispõe sobre os contratos 
de integração horizontais, obrigações e responsabilidades nas 
relações contratuais entre produtores integrados e integradores, e dá 
outras providências.
 Interdependência entre empresas que fazem parte da mesma cadeia 
decorrente de uma ação colaborativa com a finalidade de melhorar o 
desempenho coletivo, tal como no exemplo: cadeia produtiva 
avícola.
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Integração à montante (para trás): processo de agregação de dois ou mais
elos de uma cadeia de valor; integrando verticalmente as operações à
montante.
Integração à jusante (para frente): integralização entre empresa eseus
clientes. Quando integra verticalmente as operações à jusante.
Integração completa (tanto à montante como à jusante): integração tanto
com fornecedores quanto com clientes.
Exemplos: Na indústria de café solúvel ocorre verticalização completa ou
total quando essa empresa opta pelo plantio do café, colheita, produção e
venda (incluindo a logística) do produto). No setor petrolífero a integração
vertical é frequente.
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o ■ Os processos de integração podem ser por meio das seguintes modalidades de
formalização entre as partes:
Formas contratuais de curto prazo ou de longo prazo:
 Participação societária: são todas posses de cotas ou de ações de empresa que o contribuinte possui
(sócio em uma empresa). (Lei 6.404/76).
Aquisição: Ex: Microsoft e LinkedIn; CVRD (Vale).
 Cisão: Total (quando se extingue a sociedade cindida, ocorrendo a venda de seu patrimônio para as
sucessoras) e Parcial (quando se divide o patrimônio e apenas parte é transferido para as sucessoras) (Lei
6.404/76). Exemplo: Philips e Health Tech (iluminação, saúde, beleza e eletrônica).
 Fusão: união de duas ou mais sociedades para formar nova sociedade (Lei 6.404/76). Ex:
BM&FBovespa+Cetip=B3. Perdigão+Sadia = BRF S.A (uniram e formaram a Brasil Foods).
 Incorporação: uma ou mais sociedades são absorvidas por outra_ a empresa incorporadora continuará
com a sua personalidade (Lei 6.404/76). Exemplo: Brasil Ecodiesel+Vanguarda Agropecuária=Vanguarda
Agro.
 Joint ventures (“união com risco”): união de duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de
iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo, sem que cada
uma delas perca a identidade própria. Ex.: A união em 1987 entre a Volkswagen e a Ford, dando origem à
Autolatina (nos mercados brasileiro e argentino, entre 1987 e 1996). A telefonia móvel Vivo, fruto de uma
joint-venture entre a Portugal Telecom e a espanhola Telefônica Móviles.
 Holding: é uma empresa que não tem atividades próprias, elas investem em outras empresas
operacionais, por meio de posses de cotas ou de ações.
 Trading companies: atuam como intermediárias entre empresas fabricantes e empresas compradoras, em
operações de exportação ou de importação - baseadas no DL 1.248/72.
*Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos ) cria a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão) ou 
BVMF3, 5ª maior bolsa de valores do mundo (2017).
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Mecanismos de comercialização de produtos agrícolas
■ Transações de commodities
Definição de commodity
“Mercadoria” em inglês,
porém, no jargão do comércio,
nem todas as mercadorias são
commodities.
Características de commodity
Padronização (nível mínimo de
variação) em um contexto de
comércio internacional.
Pouca perecibilidade, possibi-
lidade de armazenagem para
entrega futura.
Ampla escala de consumo,
qualidade uniforme e produzidas
em grandes quantidades para
negociação.
Fluxo livre e negociado pelo ponto
de equilíbrio, possibilidade de
entrega nas datas acordadas entre
comprador e vendedor.
Não complexidade no sistema de
produção para não comprometer a
sua disponibilidade, caso haja
falha na cadeia produtiva.
Exemplos de commodities
Agroflorestal: Borracha, café,
madeira, soja, trigo, algodão,
arroz, feijão, suco de laranja
concentrado e congelado, etc.
Mineral: Ouro, minério de ferro,
aço, cobre, prata etc.
Agropecuárias negociadas na
BM&FBovespa*; Etanol, açúcar
cristal; boi gordo; algodão;
bezerro; milho; café-arábica; café
robusta-conillon etc.
*Fusão entre BM&FBovespa e Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos ) cria a B3 
(Brasil, Bolsa e Balcão) ou BVMF3, 5ª maior bolsa de valores do mundo (fusão aprovada pela CVM 
em 2017).
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Transações no Mercado de Commodities
Para negociar, o interessado precisa ter cadastro em uma corretora de valores autorizada e realizar
as transações via plataformas de negociação (denominadas home broker).
Por exemplo, um investidor compra no mercado de futuros da BM&FBovespa um contrato futuro
de milho de um produtor. Nesse caso, o produtor se compromete a entregar “x” toneladas do ativo em
“n” meses, enquanto que o investidor se compromete a pagar US$ “y” (US$/bushel*).
Nesta transação, para que o investidor tenha algum lucro, espera-se poder vender o contrato futuro
dessa commodity para algum comprador interessado por um preço maior por tonelada do que pagou,
antes da sua efetiva data de vencimento.
*bushel é uma unidade de medida imperial. Conversão (exemplo): Uma saca de milho (60 kg) equivale a 
2,36210 bushels. Uma saca de soja (60 kg) equivale a 2,20462 bushels.
Para evitar problemas de não pagamento dos compromissos assumidos: 
Os corretores criam câmaras de compensação (denominadas “clearing houses”). 
Essas câmaras garantem as operações realizadas em Bolsa.
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TIPOS DE TRANSAÇÕES DAS COMMODITIES
Mercado Físico 
(Cash ou à Vista, Disponível, Spot*) 
Troca imediata de produto físico por dinheiro. Em um 
ponto, negociam-se produtos disponíveis ao 
consumidor. Essas transações se resolvem em um 
único instante do tempo, é tipicamente esporádico, 
porém, mesmo se a compra repita, não há 
obrigatoriedade de compra futura. Ex. Em uma 
feira agrícola. 
Mercado a Termo
Contrato de compra e venda, com preço 
preestabelecido. As transações se consumam em 
um instante do tempo. São contratos em que as 
partes acordam alguns elementos da transação que 
irão ocorrer no futuro, especificando no contrato: 
a mercadoria, data de entrega, local, meio de 
transporte, meio de pagamento e/ou qualquer 
outro elemento que comprador e vendedor 
desejem incorporar a ele. Ex. “milho ainda verde” 
compra antecipada do milho pela agroindústria, 
cooperativas ou corretores. Como acontece 
também com a soja verde x agroindústria na 
produção de óleo.
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TIPOS DE TRANSAÇÕES DAS COMMODITIES
Mercado Futuro
Uma evolução dos contratos a termo. Esse 
proporciona a fixação do preço de produtos, por meio 
da negociação de contratos que são liquidados em 
data futura. Ao comprar ou vender esses contratos 
nos pregões ou sistema eletrônico da Bolsa, as partes 
se comprometem a pagar e entregar a mercadoria 
negociada na data de vencimento do contrato. 
Somente as commodities são objetos de contratos de 
futuros, o que o diferencia do mercado a termo. 
Liquida-se por meio de $ (mais comum) ou por 
entrega de produto. 
Mercado de Opções
São contratos que asseguram o direito de exercício 
de uma compra ou de uma venda de algum ativo. 
Pode ser um ativo físico (como mil toneladas de 
milho) ou um contrato futuro. No caso das 
principais bolsas, as opções negociadas são 
direitos de compra ou de venda de contratos 
futuros.
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Resume-se à compra ou venda de um contrato de futuros, de valor semelhante ao valor desse dado 
negócio, de forma que uma eventual perda devida a flutuações nos preços seja compensada por um 
ganho de mercado de futuros devido a essas mesmas flutuações de preços. 
Operações de proteção”: “Hedge” ou “Hedging” 
No mundo dos negócios, trata-se de uma 
estratégia ou mecanismo contra ou de redução 
do risco, por meio do mercado de futuros, que 
consiste na realização da operação que 
neutraliza a especulação implícita a um 
negócio qualquer.
É uma operação que tem por finalidade proteger o 
valor de um ativo (commodity, dólar, ações, títulos 
do governo etc.) contra uma possível redução de 
seu valor numa data futura ou, ainda, assegurar o 
preço de uma dívida a serpaga no futuro.
Como uma redução de risco, o mercado futuro permite uma operação de 
“travamento” de preço para uma data futura, conhecida como hedge.
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Por meio de mercado futuro de dólar (negociado na BM&FBovespa), uma entidade
que possui dívidas em dólar pode reduzir o risco de uma perda provocada por uma
elevação da cotação da moeda norte-americana, desde que compre contratos futuros,
em dólar e em valor equivalente à sua dívida.
EXEMPLO
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SUMÁRIO DA UNIDADE IV 
CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURA DE MERCADO 
(MICROECONOMIA)
4.1 Particularidades dos produtos agrícolas e agroindustriais
4.2 O agronegócio ou agribusiness como um sistema
4.3 Integrações produtivas em empresas do agronegócio
4.4 Mecanismos de comercialização dos produtos agrícolas
4.5 Regimes de mercado 
4.5.1 Concorrência perfeita 
4.5.2 Concorrência imperfeita 
4.6 Exercícios aplicados ao agronegócio.
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Nas economias atuais, os mercados para os produtos agrícolas são tão vastos
quanto para qualquer outro tipo de mercadoria e as regras e normas de entrada
nestes mercados estão cada vez mais sofisticadas e exigentes, sobretudo as do
mercado internacional.
Para compreender os mercados agrícolas e seus mecanismos de formação de
preços, é preciso conhecer os aspectos teóricos que constroem as curvas de D, de
S e o PE entre elas. A própria estrutura dos mercados pode ser fator determinante
para alterações na curva ou da curva de D e S.
As estruturas ou regimes de mercado se classificam em: concorrência perfeita e
concorrência imperfeita. Em concorrências imperfeitas podem-se ter estruturas
de oligopólio, monopólio, concorrência monopolista, oligopsônio e monopsônio.
Fonte: Callado (2015)
ESTRUTURAS OU REGIMES DE MERCADO
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Principais Regimes de Mercado
Concorrência 
Perfeita
Monopólio Oligopólio
Concorrência 
Monopolística
Monopsônio Oligopsônio
Análise Básica de Mercados Competitivos
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CONCORRÊNCIA PERFEITA
Neste regime, 
apenas o preço do 
produto ou serviço 
servirá para calibrar 
os planos de venda 
dos empresários e os 
planos de compra 
dos consumidores;
Existência de 
muitos produtores e 
muitos consumidores 
– não há poder de 
mercado;
Inexistência de 
barreiras à entrada 
ou à saída no 
mercado;
Exemplos: mercado 
de commodities 
agrícolas (cereais); 
indústria laticinista; 
têxtil etc.
Principais Regimes de Mercado
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MONOPÓLIO
Apenas uma 
grande empresa.
Não tem produtos 
substitutos.
Barreiras ou 
dificuldades de 
entradas de outras 
empresas.
Poder de mercado
Ex.: Eletrobrás, SAAE, 
CASAL,COPASA, 
empresas detentoras de 
patentes, direitos 
autorais e franquias 
(causas naturais, 
licenciamento etc.).
Principais Regimes de Mercado
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OLIGOPÓLIO
Poucas grandes 
empresas;
Produtos 
padronizados ou 
diferenciados;
Poder de mercado 
com possibilidades 
de acordos e carteis;
Ex.: Empresas 
automobilísticas; 
usinas 
sucroenergéticas; 
mineradoras etc.
Principais Regimes de Mercado
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CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
Muitas empresas 
concorrendo pelos 
mesmos 
consumidores;
Ligeira 
diferenciação de 
produtos e certo 
controle de preços; 
Livre entrada e 
saída de mercado.
Exemplos: Mercado 
de colecionadores, 
mercado de livros; 
DVDs; CDs; Vinil; 
restaurantes; móveis; 
barzinhos etc. (cujo 
atendimento é quase 
personalizado).
Principais Regimes de Mercado
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MONOPSÔNIO
Estrutura de mercado caracterizada por haver um único comprador para o 
produto de vários vendedores, chamado de monopsonista (geralmente matéria-
prima ou produto primário). . É um tipo de competição imperfeita, inverso ao 
caso do monopólio, onde existe apenas um vendedor e vários compradores. 
Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar 
os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os 
seus ganhos dependem da elasticidade da oferta.
Exemplo: produto primário.
Principais Regimes de Mercado
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OLIGOPSÔNIO
Condição encontrada em mercados com mais de um comprador ou um 
número pequeno de compradores e inúmeros vendedores, denominados 
Oligopsonistas. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao oligopólio.
Exemplo: mercado de grãos de cacau, setor de aço etc. 
Principais Regimes de Mercado
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Batalha et al. (2009); Fontes et al. (2010); Gremaud et al. (2007); Callado (2015).