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Análise do filme Doze Homens e uma sentença

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Campus Pinheiros
Curso de Graduação de Psicologia
Análise do filme Doze Homens e Uma Sentença correlacionada com o texto Dinâmica e Gênese dos Grupos – Atualidade das descobertas de Kurt Lewin
São Paulo
2019
Universidade Paulista - Campus Pinheiros
Curso de Graduação de Psicologia
Disciplina de Processos Grupais
Análise do filme “Doze Homens e Uma Sentença” correlacionada com o livro Dinâmica e Gênese dos Grupos – Atualidade das descobertas de Kurt Lewin de Gérald Bernard Mailhiot
CAROLINE FELIX SANTOS RA: N110DF-0
MARIANA DA SILVA SOUZA RA: C9910C-0
Exercício Acadêmico apresentado à Prof.ª Karin Teller como exigência parcial para conclusão da disciplina de Processos Grupais, 7º Semestre do período Matutino, prescrita para obtenção do título de Graduação do Curso de Psicologia da Universidade Paulista.
São Paulo
2019
RESUMO
O presente exercício acadêmico consiste em uma sucinta introdução sobre a teoria de Kurt Lewin citada no livro Dinâmica e Gênese dos grupos – Atualidade das descobertas de Kurt Lewin e sua correlação com o filme Doze Homens e Uma Sentença, do Diretor Sydney Lumet. Foi utilizado como referência bibliográfica o livro “ Dinâmica e Gênese dos Grupos” (MAILHIOT, 1970), onde na presente análise se conclui a dimensão da importância do respeito e consenso entre indivíduos nas relações grupais que são estabelecidas em nossa sociedade.
Palavras chave: Grupos. Relações. Lewin. Dinâmica.
São Paulo
2019.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO _______________________________________ 5
ANALISE DO FILME ___________________________________ 6
ANÁLISE CRÍTICA COM BASE NO LIVRO “DINÂMICA E GÊNESE DOS GRUPOS” ______________________________________ 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________ 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______________________9
INTRODUÇÃO 
 O ser humano é dado como um ser social, que se constitui como indivíduo a partir da vivência em grupos desde seu nascimento até sua morte. Passamos por diversos grupos sociais ao longo de nossa vida, desde o grupo da família, o grupo de amigos, o grupo de indivíduos que se interagem na escola e no trabalho até nos lugares públicos. Já que grupos sociais é parte constituinte do que forma o ser humano, se fez de suma importância para a Psicologia estudar os grupos, tendo diversos autores que contribuíram para a chamada de Psicologia Social. 
 A partir de 1936, Kurt Lewin (1890- 1947) se interessa em realizar experiências nesta área da Psicologia, fixando novos objetivos, tentando clarear a dinâmica dos fenômenos de grupo. Com seu trabalho na Universidade de Iowa, por volta da década de 40, e mais tarde, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ele estabeleceu esse campo de estudo e atraiu pesquisadores e recursos financeiros para este tipo de pesquisa. 
Na década de 30 a 40 nos Estados Unidos, Macdougal e os psicólogos sociais não tiveram outra preocupação dominante. Eles também buscam incansavelmente descobrir as leis fundamentais que nos tornariam inteligíveis toda conduta social em qualquer contexto cultural. (MAILHIOT, 1970)
A dinâmica de grupo tem como seu principal objetivo o estudo das condições que se estabelecem dentro das relações grupais, comportamentos, valores morais, origens, suas consequências, o poderá se esperar do grupo, reestruturação dos comportamentos, e etc. Para Lewin (1978), um grupo é mais do que a soma de seus membros: consiste numa totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus integrantes, tendo propriedades específicas enquanto totalidade. Possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos. A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua interdependência. 
 Na análise da obra do filme, pode-se fazer relações ligadas à Psicologia, que se apresentam como questões relacionadas com ética na sociedade e rupturas da Justiça por refletir, muitas vezes, estereótipos, dogmas e preconceitos que afetam sua imparcialidade e seu devido funcionamento. Isso porque a Justiça é parte do meio social, e está diretamente ligada com relações grupais, onde quando acontecem decisões de indivíduos, estará carregado de suas características como ser social.
 O filme mostra que as convicções pessoais dos jurados irão refletir na decisão de considerar o indiciado como culpado, onde apenas incialmente um homem, Henry Fonda, acreditaria que todos devessem considerar a inocência do rapaz. 
 
ANÁLISE DO FILME
 Logo no início, o juiz orienta os jurados a unanimemente condenar ou inocentar o réu que teoricamente havia assassinado o pai à facadas. Os incumbindo enorme responsabilidade de decidir o destino de um rapaz de 18 anos, negro, de origem humilde, que se caso fosse culpado, seria morto na cadeira elétrica. 
 O júri era um grupo heterogêneo, composto por indivíduos adultos, alguns mais jovens e outros de meia idade, todos do sexo masculino, de cor branca e possivelmente da classe média norte-americana da época. Em um local de reunião na corte, aconteceu em uma pequena sala a votação onde onze jurados consideram o jovem como culpado, e apenas um, o personagem Davis, interpretado por Henry Fonda, discute com os colegas que não se têm evidências suficientes para culpar o rapaz, então o considera inocente. Ele reforça que para se chegar em um consenso entre eles, deveria haver mais conversa e uma nova análise dos fatos. 
Durante a tentativa de Davis de tentar convencer os demais, durante a dinâmica de grupo foi sendo desvelado que as características pessoais de cada personagem, como estilo e histórico de vida e valores morais e como eles demonstravam preconceitos raciais e sociais durante a discussão sobre as evidências dos fatos. 
 A obra deixará claro, que a análise de um mesmo fato feita por indivíduos com visões diferentes, irá dificultar o processo de uma tomada de decisão imparcial. Na obra, há uma crítica sobre a possível falha do sistema de julgamento diante os processos, e a necessidade de maior averiguação dos fatos antes de se obter um resultado concreto, já que foi questionado o depoimento das testemunhas por conterem conclusões superficiais com relação ao rapaz condenado. Durante um longo debate, os jurados se convencem de que não se obtém evidências suficientes para julgar o rapaz como culpado, então eles mudam seus votos. E já que é necessária unanimidade e há a existência dessa falta de evidências, os jurados inocentam o réu. 
 De acordo com o que Kurt Lewin propõe, fica claro no caso do filme que se um grupo não entra em consenso, não haverá a possibilidade de tomadas de decisões justas e seu objetivo a ser alcançado fica dificultado. A unanimidade na tomada de decisão é algo que deveria ser buscado pelo grupo ao invés da discordância. 
Dentro de um grupo, sempre haverá diferenças éticas, morais e sociais que irão influenciar na causa de conflitos dentro do grupo, e consequentemente em como o grupo irá descobrir a resolução desses conflitos. O diálogo, assim como proposto por Lewin, e como é exemplificado no filme, demonstra que é o melhor caminho para se tentar chegar ao consenso dentro de um grupo social. 
ANÁLISE CRÍTICA COM BASE NO LIVRO “DINÂMICA E GÊNESE DOS GRUPOS”
 Foi a subjetividade de cada um dos jurados que os levaram a ter seus votos e posicionamentos quanto o caso do jovem, levando a personalidade de cada um, carregada pelos valores, experiências de vida e convicções, à posteriormente mudar de posição no desenrolar do filme. 
 Segundo MAILHIOT(1970), a contribuição de Lewin, reconhece-se a diversificação das ciências sociais fundamentais, sendo: a sociologia, a antropologia cultural e a psicologia social. A observação cientifica, como um fenômeno multidimensional que só pode ser atingido e explorado por abordagens sucessivas e complementares como essas três ciências fundamentais e que se relacionam.Para Schutz, os membros de um grupo só consentem em se integrar a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. São essas necessidades, a inclusão, o controle e a afeição. 
A necessidade de inclusão é quando o individuo se sente aceito, integrado, e valorizado por aqueles que ele se junta. Já a necessidade controle, está em definir para si mesmo as suas próprias responsabilidades no grupo bem como as de cada um com que constitui o grupo. E por fim, a necessidade de afeição, que vem da necessidade de ser aceito como pessoa humana, pelo o que se é, e ser valorizado e respeitado por isso. 
Podemos perceber essas necessidades presentes no grupo quando há logo no começo da reunião uma divisão de papéis, onde um dos personagens se responsabiliza por organizar as ideias, outros se sentem desvalorizados ao terem sua opinião contrariada, e também à necessidade que o personagem principal, Davis, teve ao final do filme de conseguir expor para seus colegas que eles estariam equivocados ao julgar o rapaz sem as devidas provas, apenas com base em testemunhos superficiais.
 O diálogo é valorizado nas relações grupais, logo, Schutz entre outros relacionaram o que Lewin deixou de sua obra, e reuniram dados que demonstram como pode se iniciar um diálogo. A importância da comunicação humana, e seus tipos. A comunicação verbal e não verbal, como gestos, expressões e posturas. As pessoas implicadas, se diferenciam pela comunicação à dois, chamada de profissional, ou em grupo chamada de comunicações intragrupo. Por último, os objetivos que se diferenciam entre a comunicação consumatória, tendo finalidade de falar por falar, já a comunicação instrumental tem sempre segundas intenções.
Quando a comunicação é mal estabelecida ou não se estabelece entre as pessoas ou em entre os grupos, acabam resultando alguns fenômenos psíquicos. A distância social, por se tratar de diferenças culturais, diferenças de classe, diferenças de níveis educacionais, de níveis intelectuais ou de escolarização. As distancias sociais, bloqueios e filtragens permanentes, comunicação humana deturpada ou rompida são fenômenos que encontra sua origem no preconceito. Da onde virá a falta de capacidade de dialogar com o outro. Os preconceitos não são inatos, e sim adquiridos. 
Foram feitas várias declarações carregadas de preconceitos e estigmas sob o jovem acusado, grande parte disto devido à sua origem humilde, antecedentes em orfanatos, e agressões ao professor. Também ficou claro o preconceito racial enraizado nas falas dos jurados, que viam uma única via de pensamento, ao imaginar que por ser negro, pobre e morar em periferia, então que sua conduta seria a de um marginal. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O que mantem a coesão de um grupo é a interdependência que ele possui entre seus membros, e para que o fenômeno seja estudado, é necessário conhecer as três ciências que podem explorá-lo em diferentes áreas associadas entre si, que são a sociologia, antropologia cultural, e psicologia social. 
 Se o ser humano é constituído socialmente, há relações fortes com relação aos grupos que aquele indivíduo participa. E nas relações grupais que os indivíduos irá desenvolver a maturação de sua personalidade, como também aprendizados básicos como o diálogo e o respeito.
 Reduzir o raciocínio decisório a uma dedução defendida por teorias dogmáticas, fará com que haja inerentes possibilidades de erro, já a verdade de fato não poderá ser acessada junto com o fato em si. As percepções sobre as pessoas e seus comportamentos nos levam a fazer uma classificação de relação, porém essas percepções podem estar baseadas em pré-conceitos.
 Um individuo que é unido em grupo, irá influenciar reciprocamente a produção de novos olhares, metas e desafios, tendo como base a interação entre os membros do grupo, criando comunicação e consequentemente a possibilidade de expandir o sentido go grupo.
A problemática trazida no filme, se faz um assunto moderno, já que mesmo estando em um país que possui uma Constituição onde diz que todos tem direitos iguais perante a lei, a justiça demonstra fragilidade ao tomar decisões erroneas e lesar cidadãos sem antes averiguar as testemunhas ou o embasamento nas tomadas de decisões em grupo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. São Paulo: Duas Cidades, 1970. 
LEWIN, K. Teoria de campo em ciência social. São Paulo, Pioneira, 1965. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978.
LUMET, Sidney. Doze homens e uma sentença (12 Angry Men). DVD , MG M HomE Entertainment, 2004.

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