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UNIVERSIDADE PAULISTA
ANÁLISE DO FILME: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
SANTANA DE PARNAÍBA
2019
ANÁLISE DO FILME: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Trabalho de pré-requisito da matéria de Processos Grupais do 7° semestre, curso de graduação de Psicologia, apresentado a Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Professor 
SANTANA DE PARNAÍBA
2019
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho objetiva uma análise do filme Doze homens e uma sentença, sob a ótica da teoria do psicodrama de Moreno. O filme trata de um júri, composto de doze homens que estão reunidos após a apresentação dos fatos na audiência no tribunal, para decidirem a sentença de um jovem de 18 anos acusado de matar o pai com uma facada. Foram testemunhas dois vizinhos, um senhor idoso, morador do apartamento abaixo e uma mulher, moradora do prédio a frente, mas separados pela linha do trem. 
	Utiliza-se a perspectiva de moreno, onde encontra-se o contexto social, pelas diferentes pessoas que são envolvidas de forma aleatória na empreitada de júri, o contexto grupal de agir e pensar em conjunto para esta tarefa, usando então o contexto dramático para que as informações se organizem e assim as usem para tomar a decisão mais responsável e fidedigna. Pode-se observar os instrumentos do psicodrama, com o cenário para recriar as ações ditas pelas testemunhas, as ações do protagonista, o diretor que consegue mudar onze votos etc. Foram utilizados livro para consulta e o conteúdo ministrado em sala durante as aulas para elaboração deste conteúdo. 
ANÁLISE 
	O filme trata de um júri, composto por 12 homens, reunidos em uma sala após a apresentação dos fatos no tribunal – um jovem de 18 anos é acusado de matar o pai com uma facada no peito, tendo como testemunhas um senhor, que mora no apartamento abaixo, e uma mulher que reside em frente à casa do jovem, porém do outro lado da linha do trem - para apresentarem seu consenso ao juiz. Inicialmente, chegam na sala com a convicção de que o jovem é culpado, e neste caso sua condenação será a morte pela cadeira elétrica, mas um dos jurados os faz refletir e muda o jogo. 
	O filme foi analisado a luz da teoria de Moreno, o psicodrama. Sendo o sujeito para Moreno um ser relacional, logo, constata-se que é devido a relação estabelecida pelo personagem chave com os demais integrantes que o enredo se desenrola para que o grupo chegue a uma resolução comum. Vemos o contexto social claramente em: pessoas desconhecidas, unidas pela justiça para julgar um caso. A partir do momento que adentram o tribunal com este propósito, tornaram-se um grupo, ou seja, os jurados, e o contexto dramático, que vem com o reunir-se para decidir o que ocorrerá com o jovem em julgamento, onde passam a fantasiar, usar a realidade dramática, envolvendo sentimentos e emoções, colocando o presente, o julgamento, passado que seria a história de vida do garoto e o que dizem que ele fez, e o futuro, sua morte caso o decretem culpado, para tomarem a decisão assertiva. 
	Ao adentrarem a sala, no recesso que ocorre após a apresentação das provas pelo promotor, e a tese da defesa, os 12 homens aparentam ter uma convicção de culpado, porém um deles diz não saber, o que é o evento propulsor para a história do filme. Percebe-se um aquecimento específico por parte deste homem, pois ele está engajado na tarefa, em contrapartida os demais estão em aquecimento inespecífico, pois, tem interesses antagônicos a ficar ali para discutir o que foi apresentado, aceitando passivamente os fatos da sessão. 
	O homem então os integra gradativamente, os trazendo a reflexão com inúmeras formas de rever os fatos e chegar a evidências concretas. 
	Os instrumentos do psicodrama são usados, vemos: 
Cenário: onde usam a planta do apartamento para compreender quanto tempo o senhor, morador do prédio no andar de baixo ao apartamento onde ocorreu o assassinato, teria corrido da cama ao ouvir o jovem dizer que mataria, e logo após barulho de um corpo batendo no chão. Assim, concluiu-se que ele não teria tempo hábil para correr até porta, abri-la e ver o jovem em fuga. Também usou deste instrumento para contestar a facada, devido a grande diferença de estatura entre pai e filho, impossibilitando o garoto de tela efetuado. 
Protagonista: por surgir do elemento grupal, inicia-se com o presidente do júri, passando pelo homem que só quer ir embora assistir ao jogo, passando a maior parte do tempo com aquele que deseja a discussão e o debruçar sobre o que não foi abordado no julgamento pela defesa. 
Diretor: apesar de haver um presidente no júri, o que cria as situações e movimenta é o homem que os traz a repensar o que de fato ocorreu. 
Ego auxiliar: temos em um momento o senhor, idoso, que traz pontos a serem revistos, como a perna de uma das testemunhas que corrobora para invalidar seu testemunho. O homem que demonstra como a forma em que o golpe de faca foi deferido não condiz com a realidade do acusado, quase todos desempenham este papel ao longo da trama. 
Público ou plateia: demais integrantes. 
Quanto as técnicas, observou-se as destacadas a seguir: 
Espelho: está técnica consiste em imitar alguém, o que foi feito na simulação sobre o tempo em que a testemunha, o senhor idoso levou para sair da cama e ver o jovem na suposta fuga, após o assassinato. Na simulação da facada. 
Duplo: Aqui mostra-se que a mesma tese pode ser apresentada e defendida de formas diferentes, dizendo a mesma coisa. Isso aconteceu inúmeras vezes, quando os outros jurados passam a usar de argumentos para mostrar que há detalhes que não condizem com a acusação para sustenta-la, lançando isso para persuadir os que persistem na posição de julgar o garoto culpado sem permitir-se repensar os fatos apresentados. 
CONCLUSÃO 
	O filme nos traz uma reflexão sobre como somos influenciados pelo contexto grupal, minimizando nossas responsabilidades sobre as decisões que tomamos e suas consequências. Quanto a influência dos outros, percebe-se que uma pessoa conseguiu atingir o grupo para que trabalhasse de forma efetiva e competente, superando os conflitos, divergências, analisando as provas de forma que mesmo que as suposições apresentadas não fossem verdadeiras, corroboraram para modificar a decisão de todos. 
	O influenciador conseguir utilizar de várias técnicas e instrumentos para atingir o objetivo, chegar ao veredicto mais justo. Também se percebe que em um grupo com diferenças de nível econômico, cultural etc. o papel integrador do líder fez toda a diferença, ressaltando que o líder informal foi a chave para a resolução da tarefa, o líder formal cumpriu as regras e mediou as questões com os agentes do governo, tendo ambos uma completude para o objetivo, mas com contribuições claramente distintas.
	 Compreendo que o psicodrama pode ser utilizado para situações onde o grupo não tenha a mesma linha de pensamento, e precisem ver a mesma situação de pontos de vista diferentes, na maioria dos casos de acordo com sua realidade, sendo necessário fantasiar para compreender e então serem efetivos e engajados para chegar a uma solução única. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MINICUCCI, A. Dinâmica de Grupo, Teorias e Sistemas. São Paulo: Atlas, 2000

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