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RESUMO DE INTRODUÇÃO

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
CEARÁ 
CAMPUS JUAZEIRO DO NORTE 
 
 
MARIANA GONÇALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DO LIVRO INTROUÇÃO À ENGENHARIA AMBIENTAL – O 
DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE – CE 
2019 
CAPÍTULO 1: A CRISE AMBIENTAL 
 
 
O primeiro capítulo mostra os principais componentes para a crise ambiental, 
que são: a população, recursos naturais e a poluição. A população utiliza os 
recursos naturais finitos que como o nome já diz, os recursos naturais não vão 
durar para sempre, e com a utilização desses recursos, ela gera um tipo de 
poluição. Poluição essa que afeta o meio - ambiente, e como o próprio autor 
descreve, isso aumenta sua entropia (grau de desordem). 
1.1 POPULAÇÃO: 
 Apresenta a maior taxa bruta de natalidade, principalmente nos países 
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, mesmo que a taxa esteja em 
declínio ou seja negativa em países desenvolvidos; 
 Diminuição da taxa de mortalidade em alguns países, pois após a nessa 
taxa; 
 Apresenta o risco de insuficiência de recursos naturais in the future, mas 
existem pessoas que contestam essa tese, afirmando que a fome no 
mundo é causada pela má distribuição de renda e da má orientação 
agrícola. 
 
1.2 RECURSOS NATURAIS: 
 É qualquer insumo necessário para a manutenção dos organismos, 
população ou ecossistemas. Portanto, o recurso natural é algo útil; 
 São classificados como renováveis e não - renováveis, dependendo da 
capacidade de reaproveitamento do recurso após seu uso ou se ele é 
renovado graças aos ciclos naturais; 
 Os recursos não - renováveis ainda podem ser não – energéticos (se 
renovam após longos períodos de tempo, como fósforo e cálcio) e 
energéticos (nunca são renovados, como o combustível fóssil). 
 
1.3 POLUIÇÃO: 
 É resultado da utilização dos recursos naturais pela população. Ela é 
uma alteração indesejável nas características físicas, químicas e 
biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa 
causar prejuízos ao ser humano e outras espécies, ou ainda, deterioram 
matérias; 
 Os efeitos da poluição podem ter caráter localizado, regional ou global. 
Os efeitos regionais e locais são os mais conhecidos e perceptíveis, em 
geral ocorrem em áreas de grande densidade populacional ou atividade 
industrial; 
 Os efeitos globais detectados, como o efeito estufa e a redução da 
camada de ozônio, ainda não são bem conhecidas, mas podem trazer 
consequências que afetarão o clima e o equilíbrio do planeta. 
 
OBSERVAÇÃO: O efeito estufa e a redução da camada de ozônio já 
são bem conhecidas atualmente e são pautas de reuniões sobre o 
meio – ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2: LEIS DA CONSERVAÇÃO DA MASSA E DA ENERGIA 
 
Todo fenômeno que ocorre na natureza precisa de energia. A vida como 
conhecemos, tem como base a matérias e a energia. A matéria é algo que 
ocupa lugar no espaço, já a energia é a capacidade de realizar trabalho. 
 
2.1 LEI DA CONSERVAÇÃO DA MASSA: 
 Essa lei diz que em qualquer sistema, físico ou químico, a matéria nunca 
se cria e nem se elimina, ela apenas se transforma de uma forma para 
outra; 
 Ela explica também um dos grandes problemas com o qual nos 
defrontamos atualmente: a poluição ambiental, compreendendo água, 
solo e ar. A matéria não pode ser consumida até sua aniquilação, isso 
implica que a geração de resíduos em todas as atividades dos seres 
vivos, resíduos esses indesejáveis, mas que podem ser reincorporados 
ao meio, para serem reutilizados; 
 Na atualidade, o mundo vive em um desequilíbrio, já que os resíduos 
são gerados em ritmo maior do que a capacidade de reciclagem do 
meio. A Revolução Industrial, do século XIX, introduziu novos meios de 
geração de resíduos, que surgiram em quantidades excessivamente 
maiores que a capacidade de absorção da natureza, tal que ela não é 
capaz de absorver e reciclar. 
 
2.2 PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA: 
 Ela apresenta uma analogia à lei da conservação da massa, mas ela se 
refere a energia. Essa lei diz que a energia pode se transformar de uma 
forma em outra, mas não pode ser criada ou destruída. As várias formas 
de energia podem ser enquadradas, genericamente, em energia cinética 
e potencial. A cinética é a energia que a matéria adquire em decorrência 
de sua movimentação e em função de sua massa e velocidade. A 
energia potencial é a energia armazenada na matéria em virtude de sua 
posição ou composição; 
 Por meio da primeira lei da termodinâmica, é possível provar que as 
avaliações do potencial energético do planeta são, em geral, otimistas. 
Considerando – se petróleo, gás natural, carvão e combustíveis naturais, 
nota – se que o potencial poderá ser menor do que indicam as 
estimativas, uma vez que não se leva em conta a energia necessária 
para a exploração, o transporte e a transformação desses matérias; 
 A aplicação mais importante da primeira lei da termodinâmica está 
relacionada à maneira como os seres vivos obtêm sua energia para 
viver. Energia essa que chega até eles por meio de diversas 
transformações. Um exemplo é a energia luminosa, que incide a Terra e 
é absorvida pelos vegetais fotossintetizantes, que a transformam um 
potencial. 
 
2.3 SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA: 
 Segundo essa lei, todo processo de transformação de energia dá-se a 
partir de uma maneira mais nobre para uma menos nobre, ou de menor 
qualidade. Quanto mais trabalho se conseguir realizar com uma mesma 
quantidade de energia, mais nobre será esse tipo de energia; 
 Uma consequência da segunda lei da termodinâmica é que todo corpo 
que possui uma forma ordenada necessita de energia de alta qualidade 
para manter sua entropia baixa; 
 Essa lei também tem aplicação importante na obtenção de energia pelos 
seres vivos. A energia radiante é absorvida pelos vegetais 
fotossintetizantes e passam por uma série de transformação que afetam 
sua qualidade; 
 Uma consequência ambienta da segunda lei da termodinâmica é a 
tendência da globalização de poluição. 
 
2.4 CONCLUSÃO: 
 As leis físicas apresentadas são fundamentais para o entendimento dos 
problemas ambientais. A lei da conservação da massa mostra que 
nunca estaremos livres de algum tipo de poluição (resíduos). Uma 
consequência da segunda lei da termodinâmica é o fato de ser 
impossível obter energia de melhor qualidade do que aquela disponível 
inicialmente, ou seja, não existe a reciclagem completa da energia. 
Outra consequência é o aumento da entropia, o que implica maior 
desordem nos sistemas locais, regionais ou globais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3: ECOSSISTEMAS 
3.1 DEFINIÇÃO E ESTRUTURA 
 O ecossistema é a unidade básica no estudo da ecologia, pois um 
ecossistema é um conjunto de seres vivos que interagem entre si no 
meio natural, de forma equilibrada. A natureza fornece todos os 
elementos necessários para as atividades dos seres vivos; o seu 
conjunto recebe o nome de biótipos, enquanto o conjunto de seres vivos 
é nomeado de biocenose; 
 Um ecossistema estável, equilibrado e auto – suficiente, apresenta em 
toda a sua extensão características topográficas, climática, pedológicas, 
zoológicas, hidrológicas e geoquímicas praticamente invariáveis; 
 Um ecossistema compõe-se de elementos abióticos, ou seja, matérias 
inorgânicas ou sem vida (como água, ar, solo) e elementos bióticos, os 
seres vivos. Cada espécie do
ecossistema possui seu hábitat e seu 
nicho ecológico. Habitat pode ser definido como o local ocupado pela 
espécie, com todas as suas características abióticas, já nicho ecológico 
é a função da espécie dentro do conjunto ecossistemas e suas relações 
com as demais espécies em um ambiente; 
 Todo ecossistema procura um estado de equilíbrio dinâmico ou 
homeostase por meio de mecanismos de auto controle e auto regulação, 
os quais entram em ação assim que ocorre qualquer mudança. 
 
3.2 RECICLAGEM DA MATÉRIA E FLUXO DE ENERGIA 
 Os seres vivos precisam de energia para se manter e essa energia 
provem da alimentação realizada por eles, que se dividem em dois 
grupos: os autótrofos e os heterótrofos. Os autótrofos compreende os 
seres capazes de sintetizar seu próprio alimento, sendo, portanto, 
autossuficientes. Por sua vez, o grupo dos heterótrofos compreende os 
seres incapazes de sintetizar o seu alimento e que, para a obtenção de 
energia, utilizam-se do alimento sintetizado pelos autótrofos. O fluxo de 
energia no ecossistema envolve diversos níveis de seres vivos. 
 
ENERGIA SOLAR 
Toda a energia utilizada na Terra tem como fonte as radiações recebidas do 
Sol. A energia solar atinge o topo da atmosfera terrestre de maneira contínua 
ao longo de todo ano, essa radiação sofre uma redução exponencial à medida 
que se aproxima da superfície terrestre. Além disso, observam-se variações 
sensíveis em locais distintos do planeta, que geram variação climáticas, uma 
vez que a radiação é a força motriz da temperatura, evaporação da água e 
movimentação de grandes massas de ar e água. 
 
REFLEXÃO E ABSORÇÃO 
 A superfície da Terra só recebe as radiações visíveis, uma pequena 
quantidade de ultravioleta a infravermelha e ondas de rádio. Dessa 
energia incidente, umas pequena quantidade é utilizada pelos vegetais e 
potencializando, por meio da fotossíntese, em alimento; 
 Vários fatores contribuem para a variação de radiação que ocorre entre 
o início da estratosfera e a superfície do planeta. Esses fatores atuam 
em diversos níveis e com intensidade variável conforme a frequência e o 
comprimento de onda da radiação incidente; 
 A camada de ozônio é um dos fatores de manutenção da vida no 
planeta, uma vez que esse tipo de radiação é letal quando incide em 
grande intensidade. As radiações visíveis e as radiações infravermelha 
são, em grande parte, absorvidas nas camadas intermediárias da 
atmosfera pela poeira e pelo vapor d’água, contribuindo para o 
aquecimento do ar. 
 
ENERGIA E VIDA NA TERRA 
Toda a vida na Terra depende da energia proveniente do Sol, e a distribuição 
das diversas formas de vida é consequência da variação de sua incidência e 
intensidade. Essa variação de incidência é o principal fator que gera as 
diferenças climáticas entre as diversas regiões do mundo. A influência mais 
notada é a divisão do ano em estações. 
 
3.3 CADEIAS ALIMENTARES 
 Podemos definir cadeia alimentar como o caminho seguido pela energia 
no ecossistema, desde os vegetais fotossintetizantes até diversos 
organismos que deles se alimentam e servem de alimento para os 
outros. As cadeias alimentares podem ser divididas em 2 tipos: 
 As que se iniciam pelos vegetais vivos: neste caso, os produtores 
são aqueles capazes de sintetizar a matéria orgânica. Os 
herbívoros que se alimentam dos produtores são os 
consumidores primários; os carnívoros que se alimentam dos 
herbívoros são os consumidores secundários e assim por diante. 
 As que se iniciam pela matéria orgânica morta: os consumidores 
primários são denominados detritívoros e podem ser 
invertebrados de pequeno tamanho ou bactérias e fungos. 
 Seguindo os preceitos das leis básicas da termodinâmica, à medida que 
se avança na cadeia alimentar, há uma redução na quantidade de 
energia disponível aos próximos organismos da cadeia. 
 
 
3.4 PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA 
 A energia solar que chega à superfície da Terra é, em parte, absorvida 
pelos produtores, que a utilizam para a elaboração de compostos 
orgânicos pela fotossíntese. A quantidade de material produzido pela 
fotossíntese, num período de tempo fixo, define-se como sendo a 
produtividade bruta. No entanto, os produtores, pelo processo 
respiratório, utilizam parte da energia potencial acumulada nesses 
compostos orgânicos para sua automanutenção. Assim, apenas uma 
parte do que é produzido torna-se utilizável como alimento aos 
consumidores, e é a parte utilizável que definimos como produtividade 
primária líquida (PPL); 
 A energia que entra no ecossistema e é absorvida pelos produtores 
sofre transformação ao longo da cadeia alimentar, tornando-se cada vez 
menos aproveitável. Assim, muitos produtores são necessários para 
suprir um número bem menor de herbívoros que, por sua vez, serão 
capazes de abastecer ainda menos carnívoros, o que faz com que as 
cadeias sejam relativamente curtas, com poucos níveis tróficos (posição 
ocupada por todos os organismos que estão em um mesmo patamar da 
cadeia). 
 
3.5 SUCESSÃO ECOLÓGICA 
 Sucessão ecológica é o desenvolvimento de um ecossistema desde sua 
componentes. Durante o processo de sucessão, as cadeias alimentares 
tornam-se mais longas, a biomassa aumenta e o ecossistema adquire 
autossuficiência; 
 A primeira comunidade a se instalar no ecossistema é denominada 
comunidade pioneira, e a última é denominada comunidade clímax. 
 
3.6 AMPLIFICAÇÃO BIOLÓGICA 
 Há um aumento de concentração de determinados elementos e 
compostos químicos à medida em que se avança na cadeia alimentar. 
Por exemplo, a água apresenta uma certa concentração de elementos 
tóxicos, logo estes acabam sendo fixados pelo fito plâncton, depois são 
ingeridos pelos peixes que se alimentam dos fito plânctons e assim 
sucessivamente até o último nível da cadeia alimentar (que apresenta a 
maior concentração de elementos tóxicos). A este processo dá-se o 
nome de amplificação biológica ou magnificação biológica ou ainda 
ampliação biológica. 
Esse fenômeno ocorre em função de três fatores: 
Devido ao grande número de elementos do nível trófico anterior 
necessários para alimentar um determinado elemento do nível trófico 
seguinte. 
O poluente considerado deve ser de difícil degradação. 
O poluente deve ser lipossolúvel. 
 
3.7 BIOMAS 
 A superfície terrestre apresenta, em toda sua extensão, uma grande 
diversidade de hábitats em função da variação do clima, distribuição de 
nutrientes, etc. Devido a este fato, podemos dividir nosso planeta em 
regiões de grande extensão onde se desenvolveu predominantemente 
um tipo de vida, esses grandes ecossistemas são denominados biomas. 
 
ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS 
Os ecossistemas aquáticos podem ser divididos em 2 tipos: os de água doce e 
os de água salgada. Os seres aquáticos podem ser divididos em 3 categorias: 
 Plânctons: organismos em suspensão na água, sem meio de locomoção 
própria, e podem ser divididos em fito plânctons (algas) responsáveis 
pela produção primária nos meios aquáticos, e zooplânctons 
(protozoários). 
 Bentos: organismos que vivem na superfície sólida submersa, podendo 
ser fixos ou móveis. 
 Néctons: organismos providos de meio de locomoção própria, como os 
peixes. 
 
ECOSSISTEMAS DE ÁGUA DOCE 
Podem ser divididos em 2 grupos: lênticos (lagos e pântanos) e lóticos (rios e 
corredeiras). 
 Rios: 
Intimamente relacionados com o ambiente a seu redor; 
 
Fatores que influem em seu povoamento são: velocidade da corrente, a 
natureza do fundo, a temperatura, a oxigenação e a composição 
química; 
 
Temperatura das águas correntes acompanha a do meio externo; 
 
Possuem suprimento
abundante de oxigênio. 
 
 Lagos: 
Originam-se de períodos de intensa atividade vulcânica e tectônica; 
 
Produtividade de um lago depende de sua profundidade e idade 
geológica e do recebimento de nutrientes do exterior. Podem ser 
classificados em: oligotróficos (baixa produtividade, profundos e 
geologicamente jovens) e eutróficos (vida aquática abundante e elevada 
capacidade de depuração da matéria orgânica em decomposição). 
 
 
OCEANOS 
Grande influência nas características climáticas e atmosféricas da Terra; 
Papel importante no equilíbrio do ciclo do carbono; 
Em função da iluminação temos 2 zonas distintas: eufótica (ode ocorre a 
fotossíntese) e afótica (não há luz suficiente para a fotossíntese); 
Região mais bem conhecida e estudada dos oceanos: plataforma continental 
(até 200 m de profundidade, os produtores são basicamente os fito plânctons e 
os consumidores dividem-se entre o zooplâncton, os bentos e nécton). 
 
ESTUÁRIOS 
Corpo d’água litorâneo semifechado com livre acesso para o mar. 
Águas marinhas se misturam com água doce. 
Condições de alimento muito favoráveis, levando a um grande número de 
organismos. 
 
ECOSSISTEMAS TERRESTRES 
A água torna-se às vezes escassa, o que leva os seres vivos a desenvolver 
uma série de adaptações para garantir sua sobrevivência. Uma característica 
marcante nos ecossistemas terrestres é a presença de grandes vegetais 
providos de raízes (são estritamente autótrofos, necessitando apenas de luz e 
nutrientes minerais para elaboração de matéria orgânica), que são os principais 
produtores do meio terrestre. Os decompositores são basicamente constituídos 
pelos fungos e bactérias. A seguir será apresentado os principais ecossistemas 
terrestres. 
 
 Tundra: 
Desenvolve-se no hemisfério norte; 
Caracteriza-se pela ausência de árvores e pelo solo esponjoso e 
acidentado; 
Cadeias alimentares relativamente curtas. 
 
 
 Floresta de Coníferas (taiga): 
Constituem um cinturão que limita o domínio da tundra; 
Possui vegetação pouco diversificada, na qual predominam largamente 
os pinheiros; 
Possui árvores permanentemente verdes e com folhas afiliadas em 
forma de agulha; 
Localizam-se em clima frio; 
Solos ácidos e pobres em minerais. 
 
 Florestas temperadas de folhas caducas: 
Bem desenvolvido na Europa e América do norte (podendo aparecer 
também no Japão e Austrália); 
Apresenta composição de espécies diferentes em cada região; 
Ocorre em regiões de clima temperado; 
Composta basicamente por árvores que perdem suas folhas no inverno; 
Vegetação mais baixa (arbustos) é bem desenvolvida e diversificada. 
 
 Florestas tropicais: 
Ocorrem em regiões isoladas, sempre a baixas altitudes e próximas ao 
equador; 
Precipitação elevada e distribuída por todo o ano; 
Grande variedades de espécies tanto animais como vegetais; 
Flora característica composta por árvores de grande porte e densa 
folhagem; 
Fauna desenvolve-se principalmente nas árvores; 
Abundância de alimentos; 
Produtividade bastante elevada; 
Decomposição e reciclagem de nutrientes acontece com grande rapidez; 
Solo pobre (baixa quantidade de minerais) 
 
 Campos: 
Predomina a vegetação herbácea (baixa); 
Divide-se em 2 tipos: estepes (domínio das gramíneas) e savana 
(arbustos e pequenas árvores); 
Fauna das savanas compreende um grande número de herbívoros de 
grande porte e grandes carnívoros; 
Possui aves corredoras e de grande porte (avestruz e ema). 
 
 Desertos: 
Regiões áridas de vegetação rara e espaçada; 
Regiões de baixa precipitação e com altas taxas de evaporação. 
 
CAPITULO 4: CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 
 
Um elemento essencial disponível para os produtores, em forma 
molecular ou iônica, recebe o nome de nutriente. Eles podem ser 
macronutrientes (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogêneo e fósforo) ou 
micronutrientes (alumínio, boro, cromo e zinco). 
Os elementos essenciais fazem parte de ciclos que recebem o nome de 
biogeoquímicos. Bio porque os organismos vivos interagem nos 
processos de síntese dos elementos, e químicos porque são ciclos de 
elementos químicos. 
 
4.1 CICLO DO CARBONO 
 O reservatório do carbono é a atmosfera, onde é encontrado na forma 
de dióxido de carbono; 
 O carbono é o principal constituinte da matéria orgânica, e seu ciclo é 
perfeito, pois ele é devolvido ao meio à mesma taxa que é sintetizado 
pelos produtores. 
 Por meio da fotossíntese e da respiração, o carbono passa de sua fase 
inorgânica à fase orgânica (CO2 na fotossíntese é transformado em 
C6H12O6) e volta para a fase inorgânica (C6H12O6 na respiração é 
transformado em CO2), completando assim seu ciclo; 
 Os combustíveis fósseis são energia solar armazenada na forma de 
moléculas orgânicas no interior da Terra. A partir da Revolução 
Industrial, o homem passou a fazer uso intenso desta energia 
armazenada, e no processo da queima (respiração), passou a devolver 
o CO2 a uma taxa superior à capacidade assimiladora das plantas e dos 
oceanos (pela diferença de concentração com o ar). Esse desequilíbrio 
do ciclo natural pode ter implicações na alteração do chamado “efeito 
estufa”, causando o aquecimento da temperatura global da Terra. 
 
4.2 O CICLO DO NITROGÊNIO 
 O ciclo do nitrogênio, assim como o do carbono, é um ciclo gasoso. 
Grande parte do nitrogênio existentes nos organismos vivos não é 
obtida diretamente da atmosfera, uma vez que a principal forma de 
nutrientes para os produtores são os nitratos (NO3); 
 No ciclo do nitrogênio existem quatro mecanismos bastante 
diferenciados e importantes: 1) fixação do nitrogênio atmosférico em 
nitratos; 2) amonificação; 3) nitrificação e 4) desnitrificação; 
 A fixação do nitraro por via biológica é a mais importante. O 
nitrogênio fixado é rapidamente dissolvido na água do solo e fica 
disponível para as plantas na forma de nitrato. Essas plantas 
transformam as os nitratos em grandes moléculas que contém 
nitrogênio. Tem início, então, o processo de amonificação; 
 Ao entrar na cadeia alimentar, esse nitrogênio passa a constituir 
moléculas orgânicas dos consumidores. As bactérias que atuam na 
decomposição desses organismos, quando mortos, mineralizam o 
nitrogênio, produzindo gás amônia e sais de amônio. Desta maneira 
termina a fase de amonificação do ciclo; 
 Os produtos da fase anterior são convertidos em nitritos (NO2) e, 
posteriormente, no processo de nitrificação, em nitratos (NO3), por 
um grupo de bactérias quimiossintetizantes. Por fim, temos o retorno 
do nitrogênio gasoso a partir do nitrato. Esse fenômeno da 
desnitrificação é anaeróbico e ocorre nos solos poucos aerados; 
 O homem tem colocado nitrogênio em excesso neste ciclo através de 
fertilizantes sintéticos. Esse nitrogênio em contato com a água dos 
rios, lagos e lençóis subterrâneos, tem provocado o fenômeno da 
eutrofização, comprometendo a qualidade da água. 
 
4.3 O CICLO DO FÓSFORO 
 O principal reservatório de fósforo é a litosfera, mais precisamente as 
rochas fosfatadas e alguns depósitos formados ao longo de milênios. 
Por meio de processos erosivos, ocorre a liberação do fósforo na forma 
de fosfatos, que serão, em parte, utilizados pelos produtores e o restante 
perdido em depósitos a grandes profundidades no oceano; 
 Os meios de retorno do fosfato para o ecossistema a partir dos oceanos 
são insuficiente para compensar a parcela que se perde. Esse retorno 
tem por principais agentes os peixes e as aves marinhas. O homem tem 
diminuído a quantidade de fósforo no ciclo graças a exploração 
excessiva das rochas fosfatadas e com ação predatória contra as aves 
marinhas.
4.4 O CICLO DO ENXOFRE 
 A principal forma de assimilação do enxofre pelos seres produtores é 
como sulfato inorgânico. Grande parte do que é assimilado é 
mineralizado em processo de decomposição; 
 Sob condições anaeróbicas e na presença de ferro, o enxofre precipita-
se formando sulfetos férricos e ferrosos. Esses compostos, por sua vez, 
permitem que o fósforo converta-se de insolúvel a solúvel, tornando-se 
assim utilizável. Esse exemplo mostra a inter-relação que ocorre em um 
ecossistema entre diferentes ciclos de minerais; 
 Por meio de grandes quantidades de dióxido de enxofre liberada nos 
processos de queima de carvão e óleo combustível, tem ocorrido a 
chuva ácida. 
 
 
4.5 O CICLO HIDROLÓGICO 
 Os fenômenos básicos do ciclo hidrológico são a evaporação e a 
precipitação; 
 A evaporação ocorre da água liquida presente na Terra, da transpiração 
das plantas, que retiram água do solo, e dos seres vivos. A máxima 
capacidade de armazenamento de vapor de água na atmosfera é 
proporcional à temperatura do ar; 
 Define-se umidade relativa como: 
r = 100*(ρv/ρs) 
onde ρv indica a densidade de vapor de água presente a uma dada 
temperatura e ρs a densidade de saturação de vapor de água a essa 
mesma temperatura; 
 Quando r chega a 100% dá-se a condensação do vapor de água. As 
pequenas partículas condensadas se unem, aumentam de tamanho e de 
massa, até que ocorre a precipitação; 
 A precipitação não interceptada pelas plantas atinge a superfície do 
terreno e parte dela se infiltra. O restante escoa na superfície até 
encontrar um rio, desaguando no oceano e recomeçando o ciclo; 
 Também neste ciclo, pode-se verificar a presença do homem por meio 
do desmatamento e da impermeabilização via pavimentação do solo. 
Isso acelera a evaporação e reduz a recarga dos aquíferos 
subterrâneos, gerando enchentes nos centros urbanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5: A DINÂMICA DA POPULAÇÃO 
 
5.1 CONCEITOS BÁSICO 
Define-se como população o conjunto de indivíduos da mesma espécie que 
dividem o mesmo habitat. As populações são entidades estruturadas que não 
podem ser confundidas com simples agrupamentos de indivíduos 
independentes entre si. 
O conjunto de populações agrupadas em uma certa área/habitat é definido 
como comunidade. 
As principais características das populações são: 
 Densidade populacional: é o número de indivíduos por unidade de área 
ou volume. 
 Natalidade: é a tendência de crescimento de uma população. 
 Mortalidade: é a antítese da natalidade. 
Numa população isolada, onde não ocorra emigração\imigração, a diferença 
entre as taxas brutas de natalidade e mortalidade indica a taxa de crescimento 
vegetativo desta população. 
Através das barras de distribuição etária (base = pré-reprodutivos; meio = 
reprodutivos; topo = pós-reprodutivos) é possível prever tendência de 
crescimento da população: 
 Base larga: grande número de indivíduos na fase pré-reprodutiva, logo 
gerarão mais descendentes e a população tende a aumentar. 
 Base e meio iguais: mesmo número de indivíduos nas fases pré-
reprodutiva e reprodutiva, logo a população está estabilizada. 
 Base estreita: menor número de indivíduos na fase pré-reprodutiva, logo 
a população está em fase de declínio ou senilidade. 
É interessante notar a relação que se apresenta entre a forma da pirâmide de 
estrutura etária de um país e seu grau de desenvolvimento: quanto mais larga 
a base, menor o grau de desenvolvimento. 
Fator limitante é qualquer fator ecológico, biótico ou abiótico que condiciona as 
possibilidades de sucesso de um organismo ou ambiente, impedindo que a 
população cresça acima de certos limites. No meio terrestre os principais 
fatores limitantes do crescimento da população são fósforo, luz, temperatura e 
água, enquanto no meio aquático são oxigênio, fósforo, luz, temperatura e 
salinidade. 
 
5.2 COMUNIDADE 
A comunidade é uma estrutura organizada de espécies que interagem por meio 
de laços de interdependência. 
A importância de uma espécie em uma comunidade é verificada basicamente 
em sua participação na cadeia alimentar e no ciclo de energia. 
Quanto maior a diversidade de espécies em uma comunidade, mais longa 
tornam-se as cadeias alimentares e mais eficientes os mecanismos de auto 
regulação e realimentação da comunidade. Por sua vez, quanto maior o 
número de espécies, menor o número de indivíduos por espécie. 
Ecótone é a zona de interseção de dois ou mais ecossistemas. 
 
 
5.3 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS 
 
Duas ou mais espécies que convivem em um mesmo hábitat podem 
desenvolver relações mútuas de: 
 Neutralismo: as espécies são independentes, uma não influi na outra 
 Comensalismo: é uma associação positiva, onde uma espécie se 
beneficia e a outra, a hospedeira, não sofre influência da relação. 
 Cooperação: é uma associação positiva, onde as duas espécies se 
beneficiam, porém a associação não é vital para nenhuma das espécies. 
 Mutualismo: é uma união positiva na qual os indivíduos são intimamente 
ligados, a associação é vital para ambos. 
 Amensalismo: é uma associação negativa, a espécie amensal sofre 
inibição em seu crescimento ou reprodução pela espécie inibidora, que 
não sofre nada. 
 Predação: é uma associação negativa, em que a espécie predadora 
ataca e devora a espécie-presa. 
 Parasitismo: é uma associação negativa, em que a espécie parasita 
inibe o crescimento, reprodução ou metabolismo da espécie hospedeira, 
podendo ou não acarretar sua morte. 
 Competição: é uma associação negativa, na qual as espécies 
apresentam o mesmo nicho ecológico e, portanto, disputam alimentos, 
abrigo e outros recursos comuns as duas espécies, causando prejuízo a 
ambas. 
 
5.4 CRESCIMENTO POPULACIONAL 
 
Equação de crescimento da população: 
Nt = N0*e^(r*t) 
Onde: Nt é a população no tempo t, r é o potencial biótico e N0 é a 
população no instante inicial. 
O crescimento real é bem menor que o potencial devido aos fatores 
limitantes, denominado resistência ambiental. 
 
5.5 BIODIVERSIDADE 
 
 A poluição é uma das grandes causadoras da perda da biodiversidade. 
A biodiversidade pode ser mantida, através de ações diversas que incluem 
o desenvolvimento de áreas protegidas, a recuperação de ecossistemas 
degradados, a implementação de leis e tratados e pela conscientização 
individual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6: BASES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Premissas do Desenvolvimento Sustentável: 
 Dependência do suprimento externo contínuo de energia (Sol). 
 Uso racional da energia e da matéria com ênfase a conservação, em 
contraposição ao desperdício. 
 Promoção da reciclagem e do reuso dos materiais. 
 Controle da poluição, gerando menos resíduos para serem 
absorvidos pelo ambiente. 
 Controle do crescimento populacional em níveis aceitáveis, com 
perspectiva de estabilização da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 7: A ENERGIA E O MEIO AMBIENTE 
 
A crise ambiental envolve três aspectos básicos: crescimento populacional, 
demanda de energia e de materiais e geração de resíduos (poluição). 
 
7.1 – FONTES DE ENERGIA NA ECOSFERA: 
 
As radiações provenientes do Sol constituem a principal fonte de energia da 
Terra. Cerca de 99% da energia térmica utilizada nos ecossistemas provem
desse enorme ‘gerador’. O restante da energia consumida pela ecosfera é 
obtida a partir de outras fontes, as chamadas fontes primárias de energia. 
Os recursos energéticos ditos primários são classificados em renováveis e não-
renováveis. 
As fontes renováveis provêm direta ou indiretamente da energia solar. Já o 
emprego de fontes renováveis ditas indiretas é limitado pela quantidade de 
energia disponível no tempo. 
 
FONTES RENOVÁVEIS 
 
 Energia das marés: é a energia que pode ser obtida da variação do nível 
de água dos oceanos (energia potencial) para obtenção de energia 
mecânica; 
 Energia geotérmica: é a energia obtida do calor gerado a partir dos 
elementos radioativos presentes em depósitos subterrâneos e do 
magma existente no interior do planeta; 
 Energia solar: é a energia radiante do Sol; 
 Biogás: é a energia que pode ser obtida do gás natural resultante da 
decomposição anaeróbica de compostos orgânicos; 
 Biocombustível líquido: material obtido pela fermentação e 
decomposição anaeróbica de vários tipos de biomassa; 
 Gás hidrogênio: combustível gasoso produzido por processos 
eletroquímicos. 
 
FONTES NÃO-RENOVÁVEIS 
 
 Combustíveis fósseis: são depósitos naturais de petróleo, gás natural e 
carvão, que nada mais são que a própria energia solar armazenada na 
forma de energia química, em depósitos formados a partir da 
decomposição de vegetais e animais e submetidos a altas temperaturas 
e pressões na crosta terrestre; 
 Derivados de combustíveis fósseis: são os produtos obtidos do 
fracionamento dos combustíveis fósseis; 
 Derivados sintéticos: óleo cru sintético e gás natural sintético produzidos 
por liquefação ou gaseificação de carvão; 
 Óleos pesados não-convencionais: são depósitos subterrâneos de 
consistência asfáltica que podem ser extraídos de depósitos de petróleo 
bruto convencionais por métodos de recuperação forçada; 
 Gás natural não-convencional: é o gás presente nos depósitos 
subterrâneos profundos encontrados em camadas arenosas, dissolvido 
em depósitos profundos de água salgada, a altas temperaturas e 
pressão (zonas geopressurizadas); 
 Combustíveis nucleares: encontrados em depósitos naturais, que podem 
sofrer fissão nuclear ou serem transformados em materiais físseis; 
 Fusão nuclear: é o processo no qual dois átomos de elementos leves se 
unem, dando origem a um elemento mais pesado; 
 Depósitos geotérmicos confinados: constitui-se em calor de baixa 
temperatura depositado em zonas subterrâneas de vapor seco, água 
quente ou numa mistura de vapor e água quente. 
 
7.2 – HISTÓRICO DA CRISE ENERGETICA: 
 
O homem vem, ao longo dos anos, modificando seu padrão de vida, utilizando 
a tecnologia para viver mais e melhor. 
Pelos dados apresentados, verifica-se que os elementos não-renováveis são 
os principais combustíveis utilizados pela sociedade, o que agrava, ainda mais, 
a condição futura de disponibilidade de energia, dado que são produtos finitos. 
Além do problema da disponibilidade, a questão energética vem se agravando 
por fatos políticos marcantes, que envolvem principalmente os países 
produtores de petróleo. 
Desse modo, conclui-se que o modelo energético atual e o modelo futuro são 
extremamente vulneráveis. Um dos maiores desafios da humanidade no futuro 
próximo será, sem dúvida, alterar o quadro da crescente demanda energética 
associada ao emprego de fontes finitas e sujeitas a instabilidades políticas. 
 
7.3 – A EFICIÊNCIA DO APROVEITAMENTO ENERGETICO: 
 
Além da questão do gerenciamento e do controle do consumo, outro desafio 
técnico é a eficiência do aproveitamento das fontes de energia. O parâmetro 
que avalia o grau de eficiência é a razão de energia líquida (REL). 
Percebemos que o petróleo possui uma alta razão líquida, pois as reservas 
disponíveis hoje são ricas e muito acessíveis. À medida que essas fontes forem 
se esgotando, a razão líquida de verá decrescer, porque a energia útil gasta na 
sua obtenção deverá aumentar. 
Uma saída para a crise energética é a conservação. Isso significa desenvolver 
meios de utilizar mais eficientemente as fontes hoje disponíveis. 
Existem hoje, no mundo, duas correntes que defendem estratégias opostas 
para enfrentar a crise energética do futuro. Uma delas segue a linha de 
conduta mais tradicional, a chamada ‘trajetória severa’ ou ‘modelo do mundo 
em crescimento’. Os membros desta linha enfatizam de imediato a 
necessidade de medidas de incentivo para que as companhias de energia 
aumentem seus suprimentos de combustíveis não-renováveis. 
A outra é a chamada de ‘trajetória branda’ ou ‘modelo de crescimento 
sustentável’. Esta linha argumenta que o caminho, mais rápido, eficiente e 
barato, para prover a energia necessária para o futuro é uma combinação das 
seguintes medidas: aumentar a eficiência no uso de energia; diminuir o 
emprego de óleo, carvão e gás natural não-renováveis; eliminar as usinas 
nucleares; aumentar o emprego de recursos energéticos solares diretos e 
indiretos. 
 
7.4 – A QUESTÃO ENEGERTICA NO FUTURO: 
 
A experiência mostra que são necessários aproximadamente 50 anos para 
desenvolver e implementar novas tecnologias de aproveitamento energético. 
Portanto, esse planejamento deve ser feito considerando diferentes períodos 
de tempo: curto (até 10 anos), médio (de 10 a 20 anos) e longo prazo (acima 
de 20 anos). 
Ao analisar a possibilidade de atender a essas necessidades, a mínimo custo e 
menor impacto ambiental, devemos responder às seguintes perguntas: 
 
• Qual o potencial de aproveitamento da fonte, a curto, médio e longo prazo? 
• Qual o rendimento esperado? 
• Qual o custo de desenvolvimento, construção e operação? 
• Quais os impactos ambientais, sociais, de segurança e como podem ser 
reduzidos? 
 
As respostas a essas questões são fundamentais para estabelecer a 
viabilidade ou não de um aproveitamento energético. 
 
7.5 – PERSPECTIVAS FUTURAS: FONTES NÃO-RENOVÁVEIS E FONTES 
RENOVÁVEIS: 
 
FONTES NÃO-RENOVÁVEIS 
 
 Petróleo: o petróleo mais valioso, conhecido como leve, contém poucas 
impurezas de enxofre e grande quantidade de compostos orgânicos 
facilmente refináveis em gasolina. Quanto menor for a quantidade de 
enxofre, menor a quantidade de dióxido de enxofre lançado na 
atmosfera. Quanto à distribuição espacial da produção de petróleo, o 
quadro atual é o seguinte: aproximadamente 2/3 do petróleo mundial 
estão estocados em cinco países: Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e 
Emirados Árabes. 
 Xisto betuminoso: são rochas sedimentares que contêm quantidades 
variáveis de uma mistura de compostos orgânicos em estado sólido ou 
em forma pastosa chamada querogênio. O grande problema provocado 
pelo aproveitamento do xisto é o impacto ambiental. Seu processamento 
requer grandes quantidades de água. Além disso, a produção de 
querogênio gera grande quantidade de CO2, óxidos de nitrogênio, SO2 e 
sais cancerígenos, afetando o ar e a água da região. 
 Alcatrão: é obtido em depósitos arenosos. As maiores reservas estão 
localizadas no Canadá. Do ponto de vista de eficiência, o 
aproveitamento do betume a partir da areia possui rendimento muito 
baixo. Outros problemas são os impactos ambientais produzidos na 
água, no ar e no solo. 
 Gás natural: no aproveitamento do gás natural, os gases propano e 
butano são liquefeitos, gerando o gás liquefeito de petróleo (GLP). O gás 
natural pode ser liquefeito a baixas temperaturas para transporte em 
navios. O maior produtor é a Rússia (40%) e, em seguida, vêm os 
paises do Oriente Médio e alguns países africanos. Estima-se que, 
mantidas as taxas de consumo atual, o suprimento mundial é suficiente 
para os próximos 60 anos. O gás natural gera menos poluentes
atmosféricos quando comparados com outros combustíveis fósseis. O 
custo de aproveitamento do gás é baixo quando comparado com outras 
fontes, e seu rendimento é bastante alto. 
 Carvão: boa parte do carvão mundial é queimada em termoelétricas; o 
restante é convertido em coque para fabricação de aço e queimado em 
caldeiras para produzir vapor em diversos processos industriais. O 
impacto ambiental produzido pela exploração de carvão é extremamente 
alto, pois ela destrói a vegetação e o hábitat de várias espécies. O 
carvão é a grande fonte de óxidos de enxofre e nitrogênio. Essas 
emissões são responsáveis pelo ‘smog industrial’ e pela chuva ácida. 
Além disso, o carvão produz grande quantidade de CO2 por unidade de 
energia. Portanto, é um dos maiores contribuintes do chamado efeito 
estufa. 
 Energia geotérmica: essa energia está contida em alguns depósitos em 
forma de vapor seco, vapor úmido e água quente. A energia térmica 
produzida pode ser utilizada para aquecimento ambiental, produção 
industrial e geração de eletricidade. As maiores vantagens desse tipo de 
fonte de energia são a eficiência no seu uso e a não-emissão de CO2. 
Como desvantagens, podemos citar poucas fontes de energia, emissão 
de amônia, gás sulfídrico e materiais radioativos, lançamento de 
compostos tóxicos em rios, além da produção de cheiro e ruído nos 
locais de exploração. 
 Energia nuclear: produzida por reação de fissão nuclear. A diferença 
básica entre os diversos tipos de usinas nucleares está no reator e na 
forma como o vapor é gerado para a movimentação das turbinas que 
irão acionar o gerador elétrico. O mais utilizado atualmente é o RALP 
(reator de água leve pressurizado). Este possui eficiência de 30%, 
menor que a usina térmica (40%) e muito menor que a usina hidrelétrica 
(96%). O combustível (composto de material físsil e fértil) é produzido 
com elevado grau de pureza e precisão para não prejudicar o 
desempenho nem encarecer o processo. Ele não deixa resíduos, não 
solta fumaça ou fuligem nem deixa cinzas como os combustíveis 
tradicionais. Entretanto, existe um ciclo desse combustível no meio 
ambiente que gera impactos ambientais. Os combustíveis irradiados são 
depositados em piscinas de estocagem para que seja removido o calor 
residual liberado durante o decaimento radioativo. O grande problema é 
encontrar um local seguro para armazenar os combustíveis irradiados 
que apresentam elevados níveis de radioatividade. Os métodos 
propostos são enterrar a uma grande profundidade, lançar no espaço 
em direção ao Sol, transformar em isótopos menos perigosos ou menos 
danosos e usar os elementos presentes em pequenas baterias para 
alimentar pequenos geradores domésticos de energia. 
 Fissão nuclear Breeder e Fusão nuclear: a grande vantagem é a 
economia de material radioativo; custos altos de desenvolvimento, 
operação e construção; não estão comercialmente disponíveis. 
 
FONTES RENOVÁVEIS 
 
 Hidroeletricidade: esse tipo de aproveitamento é um dos mais eficientes 
e consiste em aproveitar a energia potencial ou cinética da água, 
transformando-a em energia mecânica, pela turbina, e finalmente em 
eletricidade pelo gerador. A grande vantagem da hidroelétrica é seu 
altíssimo rendimento, além disso, é um dos sistemas mais baratos de 
produção de eletricidade. Entretanto, o reservatório provoca impactos 
ambientais tanto na fase de construção como na fase de operação. 
 Energia solar direta: existem poucas usinas para aproveitamento da 
energia solar direta. São sistemas ineficientes e caros, porém com a 
vantagem de produzir poucos impactos no meio ambiente. 
 Energia das marés: uma das formas de aproveitamento da energia das 
águas dos oceanos é por meio das usinas maré-motrizes, as quais 
utilizam os desníveis criados pelas marés. Os projetos hoje existentes 
são quase experimentais e se mostraram anti-econômicos. 
 Eólica: a experiência tem mostrado que essas turbinas podem produzir 
energia a custos razoáveis em áreas onde a velocidade do vento varia 
de 25 km/h a 50 km/h. A grande desvantagem desse tipo de energia é 
que os centros de demanda necessitam de sistemas alternativos de 
produção para os períodos de calmaria. Em termos de meio ambiente, 
as turbinas eólicas podem interferir na migração de pássaros, na 
transmissão de sinais de rádios e TV e na paisagem. 
 Biomassa: é a matéria vegetal produzida pelo Sol por meio da 
fotossíntese. Ela pode ser queimada no estado sólido ou ser convertida 
para outros estados. A biomassa supre 15% da energia mundial, 
principalmente pela queima de madeira e estrume para aquecer prédios 
e fornos de cozinha. Ambientalmente, as grandes desvantagens do 
emprego da biomassa relacionam-se com o conflito do uso da terra para 
agricultura, o aumento da erosão, a poluição do solo e da água e a 
destruição do habitat. 
 Biogás e biolíquido: são produzidos pela conversão da biomassa sólida 
em gás e líquido. Os combustíveis são utilizados para aquecimento e 
cozimento, e os resíduos são empregados como adubo. O gás metano 
também é obtido pela decomposição da matéria orgânica (digestão 
anaeróbia) em aterros sanitários e também pode ser produzido em 
estações de tratamento de esgoto. Os impactos ambientais são todos 
aqueles característicos da agricultura. Entretanto, se forem utilizadas 
terras improdutivas para produzir o Biocombustível, essa solução poderá 
contribuir positivamente para a crise energética. 
 Gás hidrogênio: esse gás não está disponível em grande quantidade na 
natureza, mas pode ser produzido por processos químicos que utilizam 
carvão não-renovável, ou gás natural, calor e eletricidade. O grande 
problema para o emprego desse elemento é o alto custo de produção do 
gás. Portanto, essa fonte só será viável á medida que for possível 
produzir em grande escala. Outro problema é o fato que o gás ser 
altamente explosivo. Quanto à poluição do ar, o impacto depende do 
combustível a ser empregado para a produção de H2. 
 Aumento da eficiência no uso da energia: uma das maneiras de 
aumentar a energia disponível é utilizá-la de modo mais eficiente. Isso 
pode ser implementado a partir das seguintes ações: mudança de 
hábitos; aumentar eficiência no consumo usando menos energia para 
realizar a mesma quantidade de trabalho; empregar menos energia para 
realizar mais trabalho, desenvolvendo equipamentos de baixo consumo. 
 
 
7.6 – O CASO BRASILEIRO: 
 
Verifica-se que há necessidade de identificar programas que otimizem o 
aproveitamento dos recursos mais intensamente utilizados, com o objetivo de 
prolongar a duração desses, e intensifiquem o aproveitamento de fontes pouco 
exploradas, como o caso do carvão mineral e o urânio, ou, então, para 
desenvolver fontes alternativas de energia. 
Considerando-se a geração de energia elétrica, o Brasil e o país que possui a 
maior reserva mundial de hidroenergia. Dada a imensa quantidade de rios que 
cobre o país, esse é o recurso mais utilizados para a geração de energia 
elétrica. 
O Brasil consome atualmente 100% da energia hidrelétrica que produz. 
Por outro lado, em relação ao petróleo, a demanda total ainda é maior que a 
quantidade produzida, mas nossa vulnerabilidade é menor. 
Um problema relevante associados ao potencial hidráulico disponível refere-se 
à questão ambiental. A inclusão de variáveis ambientais, notadamente na 
Amazônia, poderá alterar os valores estimados de energia potencial. 
O álcool foi uma alternativa economicamente viável para combustíveis 
desenvolvida no Brasil. Com a introdução dos novos modelos de carros que 
podem utilizar tanto o álcool quanto a gasolina, poderá haver uma maior 
demanda pelo álcool e, consequentemente, um aumento de produção. 
O gás natural participa com cerda de 7,5% do consumo total de energia 
primária no Brasil. 
As recentes
descobertas da Petrobrás, na Bacia de Santos, elevaram a 
projeção de reservas totais de gás natural. Com essa descoberta, eleva-se o 
potencial de utilização de gás natural para suprir as necessidades energéticas 
do país. 
No caso do carvão mineral, o Brasil é o maior importador de carvão metalúrgico 
para a indústria de aço, pois o carvão aqui produzido não é adequado para 
esse uso. 
Em relação às fontes alternativas de energia, especialmente renováveis, o 
Brasil tem estudado, além da biomassa, o aproveitamento da energia eólica, 
sendo que os levantamentos elaborados até o presente momento demonstram 
a existência de um grande potencial. 
A situação atual do Brasil mostra que o país avançou muito em relação à 
questão energética, reduzindo a sua dependência externa de energia por meio 
de uma melhor avaliação dos recursos energéticos disponíveis, descobertas de 
novas reservas, tecnologias de prospecção e desenvolvimento de alternativas. 
Por outro lado, uma questão que ainda desperta preocupação diz respeito à 
implantação de novos empreendimentos para geração de energia, 
especificamente pela falta de capacidade de investimento do setor público e 
pelas novas exigências relacionadas ao licenciamento ambiental de novas 
usinas. 
 
 
CAPÍTULO 8: O Meio Aquático 
 
8.1- A água na natureza 
 
 A água cobre 70% da superfície do planeta,e é um recurso natural 
renovável através do ciclo hidrológico. É necessário que os recursos 
hídricos apresentem condições físicas e químicas adequadas para sua 
utilização pelos organismos. Disponibilidade de água está relacionada 
com quantidade e qualidade. Apenas 0,003% da água serve para a 
utilização direta. 
 
A QUALIDADE DA ÁGUA 
A alteração da qualidade da água agrava o problema da escassez.Cerca 
de 70% da população rural e 25% da urbana não dispõem de 
abastecimento adequado. 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA 
Apresenta densidade relativamente alta, o que permite uma interface 
bem definida entre ar e água. O calor específico da água é alto o que a 
permite absorver/liberar grande quantidade de calor as custas de 
pequena variação de temperatura, por isso onde existe bastante água as 
variações de temperatura são pequenas. Com aumento da temperatura, 
a viscosidade diminui, diminui o atrito entre a água e o fitoplâncton e 
esses se afastam da zona iluminada. A água possui uma película 
(tensão superficial) que serve de habitat para muitos organismos. 
Detergentes enfraquecem essa película. 
 
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA 
A água é o solvente universal. Sua solubilidade aumenta com a pressão 
e diminui com a temperatura e com a concentração de substâncias. 
Aumento excessivo de alguns sais na água pode gerar proliferação 
exagerada de algas (eutrofização). Água pura possui ph 7, e para que os 
organismos não tenham grandes danos o ph da água deve estar entre 
6,5 e 8,5. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 
Possui cadeia alimentar formada por produtores, consumidores e 
decompositores. Organismos servem de alimento, recuperação da 
qualidade, podem causar doenças, etc. 
 
8.2 - USOS DA ÁGUA E REQUISISTOS DE QUALIDADE 
 
 Água deve estar presente em quantidade e qualidade adequadas. Os 
principais usos da água são: abastecimento humano, abastecimento 
industrial, irrigação, geração de energia elétrica, navegação, diluição de 
despejos, preservação da fauna e flora, aquicultura e recreação. 
 
 
 
8.3 - ALTERAÇÕES DA QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 Poluição da água é a alteração de suas características por quaiquer 
ações o interferências, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem. 
Essas alterações podem produzir impactos estéticos, fisiológicos ou 
ecológicos. Contaminação refere-se a tranmissão de substâncias ou 
microrganismos nocivos a saúde pelaágua (não implica 
necessariamente em desequilíbrio ecológico). Os poluentes podem ser 
introduzidos no meio aquático de forma pontual(lançamentos 
individualizados; ex: esgoto) ou difusa (não tem ponto de lançamento 
específico; ex: pesticidas numa plantação). Cargas pontuais são mais 
facilmente controladas. 
 
PRINCIPAIS POLUENTES AQUATICOS 
 
 Poluentes são classificados de acordo com sua natureza e com os 
impactos causados. São eles: -poluentes orgânicos biodegradáveis: 
causa diminuição de oxigênio (O2 é usado pelos decompositores) -
poluentes orgânicos recalcitrantes ou refratários: não são 
biodegradáveis e podem ser tóxicos. Ex: defensivos agrícolas, 
detergentes sintéticos, petróleo. Ocorre biocumulação. -metais: podem 
ser tóxicos, e tem potencial cancerígeno, mutagênico e taratogênico. 
Ocorre biocumulação. -nutrientes: o excesso causa proliferação 
demasiada de certos organismos. Ex: sais de nitrogênio e fósforo. -
organismos patogênicos: transmissão de doenças. Ex: bactérias, vírus, 
protozoários, helmintos. -sólidos em suspensão: diminuem a 
transparência, reduzindo taxa de fotossíntese e prejudicando a procura 
de alimentos para algumas espécies, reprodução, etc. -calor: afeta 
propriedades químicas, físicas e biológicas. Quanto maior a temperatura 
menor a solubilidade e consequentemente a concentração de oxigênio. -
radioatividade: causa morete e danos à saúde. Penetra na cadeia 
alimentar, podendo ser biocumulativa. 
 
COMPORTAMENTO DOS POLUENTES NO MEIO AQUATICO 
Os poluentes, ao atingirem a água sofre ação de mecanismos físicos, 
químicos e biológicos que alteram seu comportamento e concentração 
 
MECANISMOS FÍSICOS 
 Diluição: reduz a concentração 
 Ação hidrodinâmica: movimento dos corpos de água fazem variar 
a concentração no espaço e no tempo (adveccção). A 
concentração tbm é função dos processos difusivos, que pode ser 
difusão molecular ou difusão turbulenta. Dispersão = difusão + 
advecção. 
 Gravidade: pode alterar a qualidade da água por meio de 
sedimentação de poluente mais densos que a água. 
 Luz: a luz necessária para a existência de algas (alimento e 
oxigênio).A fotossíntese ocorre basicamente na superfície. 
Quanto maior turbidez menor a transparência e portanto a 
penetração de luz. 
 Temperatura: altera a solubilidade dos gases e cinética das 
reações químicas. 
 
MECANISMOS BIOQUÍMICOS 
 
Materiais biodegradáveis ao serem despejados no corpo de água 
causam aumento de organismos decompositores que consomem 
oxigênio diminuindo a concentração deste gás, e fazendo com que os 
seres que necessitam de mais oxigênio morram. A concentração de 
oxigênio é o mais usado indicador de qualidade da água. A recuperação 
de um corpo de água poluído por material biodegradável autodepuração. 
A autodepuração é dividida em 2 etapas. A primeira é a da 
decomposição. A quantidade de oxigênio dissolvido na água necessária 
para a decomposição da matéra orgânica é chamada de demanda 
bioquímica de oxigênio (DBO). Quando os decompositores terminam 
sua tarefa, dizemos que a matéria orgânica foi estabilizada ou 
mineralizada. A segunda etapa é a da recuperação do oxigênio 
dissolvido ou reaeração. É feita através da atmosfera e da fotossíntese. 
Quando não há oxigênio a decomposição é feita por decompositores 
anaeróbios que vão produzir odore bastante desagradáveis. Podemos 
observar 5 regiões existentes: 
1) Região anterior ao lançamento de matéria orgânica: água limpa, com 
bastante oxigênio e vida aquática superior. 
2) Região de degradação: a jusante do lançamento do poluente; 
diminuição do oxigênio; ainda existem peixes e existe grande 
quantidade de bactérias e fungos e poucas algas. 
3) Zona de decomposição ativa: menor valor de oxigênio; diminui 
quantidade de fungos e bactérias
e organismos aeróbios. 
4) Zona de recuperação: aumento do oxigênio; melhora do aspecto, 
aumento de peixes e diminuição de bactérias e fungos 
5) Zona de águas limpas: a água volta ao normal 
 
MECANISMOS QUÍMICOS 
Existem reações químicas na água que podem ser afetadas por: ph, 
temperatura, radiação solar, etc. 
 
MECANISMOS BIOLÓGICOS 
A diversos fatores que influenciam na quantidade e tipo de organismos 
existentes na água, e esses por sua vez influenciam na qualidade da 
água. 
 
8.4 - O COMPORTAMENTO AMBIENTAL DOS LAGOS 
 
-A ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA 
É a clara distinção entre temperatura e densidade das camadas 
superficiais e das profundas. A camada superior é mais quentes e 
menos densa, e a inferior é mais fria e mais densa. A estratificação pode 
ter outras origens, como química, onde é a concentração de sais que 
gera a diferença de densidade. A estratificação não dura o ano todo. A 
mistura das camadas é influenciada por transferência de calor pela 
interface a água, movimentação das vazões de entrada e saída e 
ventos. A estratificação dificulta a passagem de calor e de oxigênio da 
superfície (epilímio) para o fundo (hipolímio). A qualidade da água 
depende da altura das tomadas de água. 
 
O PROCESSO DE EUTROFIZAÇAÕ 
É o enriquecimento das águas com nutrientes. É um processo natural 
onde o ecossistema lacustre tende a se transformar em terrestre. O 
problema é a aceleração desse processo devido ao homem. A causa da 
eutrofização acelerada é principalmente o aporte de fósforo que provém 
de esgotos domésticos e industriais e de fertilizantes agrícolas. A 
temperatura e radiação solar também influem na eutrofização. Excesso 
de nutrientes → aumento de biomassa vegetal → diminuição da aeração 
superficial → mortes de organismos sensíveis à redução de oxigênio → 
aumento da DBO → condições anaeróbias no hipolímio → predomínio 
de bactérias anaeróbias e facultativas no fundo do lago e ocorrência de 
uma estreita camada superficial de algas macrófitas. 
O controle da eutrofização pode ser feito através de medidas 
preventivas, atuando tanto nas fontes pontuais como difusas, visando 
diminuir a carga de nutrientes, e através de medidas corretivas, atuando 
no processo de circulação de nutrientes. 
 
8.5 PARÂMETROS INDICADORES DA QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 Não existe água pura pois a água é ótimo solvente e há coisas 
dissolvidas nela, 
Indicadores físicos: Cor, Turbidez (capacidade de desviar raios 
luminosos pelo material em suspensão) e Sabor e Odor. 
Indicadores Biológicos : Algas trazem problemas como formação de 
massa orgânica levando a produção excessiva de Iodo e liberação de 
componentes orgânicos, produzindo sabor e odor. Ficam em superfícies 
de reservatórios, reduzem o oxigênio do meio e corroem estruturas de 
ferro e concreto. Microorganismos patogênicos (bactérias, vírus e 
protozoários) são introduzidos junto com matéria fecal de esgotos 
sanitários e podem alcançar o ser humano por meio de ingestão. Para 
detectálos existem os indicadores padrão, como as bactérias coliformes 
fecais (a mais usada Escherichia coli) que embora não sejam 
patogênicas, a presença delas indica que a água recebeu matéria fecal 
e pode estar contaminada. Estes, foram escolhidos como indicador pois 
não existem em nenhum outro tipo de matéria orgânica, algumas só são 
encontrados na água, tem resistência ao meio e sua caracterização é 
feita de um modo simples. 
 
Índice de qualidade de água : O IQA é uma média harmônica ponderada 
de um conjunto de indicadores específicos. IQA = ∏ onde N é o número 
de parâmetros, qi é o valor do parâmetro em uma escala de 0-100 e wi o 
peso atribuído ao parâmetro. = N i wiqi 1 
 
8.6 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
Para o abastecimento é definido um Padrão de Potabilidade que são 
conjunto de valores máximos permissíveis (VMP) características de 
qualidade destinada ao consumo humano. Seus valores limites devem 
ser mantidos em constante revisão. Fazem parte de um sistema de 
abastecimento: manancial (fonte), captação, adução (tubulações sem 
derivação que liga a captação ao tratamento ou ao reservatório), 
tratamento, reservatório de distribuição e rede de distribuição. Não é 
necessário que a água do manancial respeite a Padrão de Qualidade. 
Para atendê-lo é feito o tratamento que pode ter fins higiênicos, estéticos 
e econômicos. 
8.7 
 A escassez da água pode ocorrer em regiões onde os recursos hídricos 
são abundantes, mas insuficientes para atender a demanda excessiva. 
Essa escassez tem levado à busca por recursos hídricos de bacias 
adjacentes, aumentando o custo da utilização da água. Nessa condição, 
o conceito de ‘substituição de fontes’ torna-se uma boa solução, uma 
vez que ela determina a qualidade da água a ser utilizada como sendo 
dependente de sua finalidade. 
1) Formas Potenciais de Reuso 
A presença de organismos patogênicos e de compostos orgânicos 
sintéticos na grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso faz 
com que sua recuperação com o objetivo de se obter água potável 
seja inviável. Para implementar o reuso urbano para fins potáveis, é 
necessário obedecer os seguintes critérios: - não utilizar conexão 
direta com efluentes de uma estação de tratamento de esgotos a 
uma de tratamento de águas; - deve-se fazer um reuso indireto, que 
consiste na diluição dos esgotos, após tratamento, em um corpo 
hídrico (lago ou reservatório) não poluído, no qual após tempos de 
detenção longos, é efetuada a captação, seguida de tratamento e 
posterior distribuição; - o reuso só pode ser praticado tendo como 
matéria prima básica esgotos exclusivamente domésticos. Para usos 
urbanos não potáveis, os riscos envolvidos com o reuso são 
menores. Eles podem ser utilizados para: irrigação de parques e 
jardins; reserva de proteção contra incêndios; descarga sanitária de 
banheiros público e de edifícios comerciais; etc. Os problemas 
associados ao reuso urbano para fins não potáveis são os custos 
elevados de sistemas duplos de distribuição, dificuldades 
operacionais e riscos de conexões cruzadas. Os custos elevados da 
água para as indústrias têm as levado a avaliar possibilidades 
internas de reuso e a compra de efluentes tratados a um preço 
inferior ao da água potável. Nas indústrias, o potencial de 
aproveitamento do reuso está em: torres de resfriamento; caldeiras; 
construção civil; processos industriais; etc. Diante das grandes 
vazões envolvidas, deve-se dar grande atenção ao reuso para fins 
agrícolas. O uso de esgotos para irrigação aumentou devido a: 
dificuldade de se encontrar fontes alternativas de água; custo 
elevado dos fertilizantes (as águas de reuso contém materiais 
orgânicos e nutrientes que chegam a eliminar a necessidade da 
aplicação de fertilizantes nesses solos); a segurança de que os 
riscos à saúde e impactos sobre o solo são mínimos; etc. Porém, há 
alguns efeitos negativos na utilização de esgotos para a irrigação, 
como: poluição, principalmente por nitratos, de aqüíferos 
subterrâneos; acúmulo de contaminantes no solo; dependendo das 
características do esgoto, acumulo de compostos tóxicos, orgânicos 
e inorgânicos e ao aumento da salinidade do solo, em prática por 
períodos longos; etc 
2) Recarga de Aqüíferos 
Os aqüíferos subterrâneos são continuamente realimentados por 
zonas ou áreas de recarga ou por irrigação ou precipitações, o que, 
eventualmente, pode resultar em poluição de suas águas. A recarga 
de aqüíferos com efluentes tratados tem por objetivo: prevenir a 
intrusão de cunha salina em aqüíferos costeiros, proporcionar 
tratamentos adicional de efluentes
para uso futuro, aumentar a 
disponibilidade de água em aqüíferos potáveis ou não potáveis, etc 
 
8.8 – TRATAMENTO DE ESGOTOS 
O esgoto é classificado em: 
Esgoto sanitário: despejos líquidos constituídos de esgotos domésticos e 
industriais lançadas na rede pública e águas de infiltração. Possuem 
características bem definidas; 
Resíduo líquido industrial: esgoto resultante dos processos industriais. 
Possui características específicas, dependendo do tipo de indústria – 
requer tratamento e disposição isoladas. 
1) Partes constituintes dos sistemas de esgotos sanitários - Coletores: 
predial – canalização que conduz os esgotos sanitários dos edifícios; 
secundário ou de esgotos – recebe efluentes dos coletores prediais – e 
tronco – canalização principal, que recebe vários efluentes dos coletores 
secundários, conduzindo-os a um interceptor. - Interceptores: 
canalizações de grande porte que interceptam o fluxo dos coletores com 
a finalidade de proteger cursos de água, lagos, praia, etc, evitando 
descargas diretas. 
2) Os esgotos sanitários e o meio ambiente É importante conhecer o 
esgoto tanto quantitativa quanto qualitativamente, pois essas 
características dependem de dados bastante importantes de uma 
comunidade, como: hábitos e condições socioeconômicas; existência ou 
não de ligações clandestinas; custo e medição da água distribuída; 
estado de conservação dos aparelhos sanitários e vazamentos; etc. É 
de suma importância o tratamento adequado do esgoto, pois ele elimina 
a presença de agentes patogênicos, tais como vírus, bactérias, vermes, 
etc, que podem causar diversas doenças relacionadas à alimentação e a 
infecções nos seres humanos, principalmente em regiões mais pobres, 
onde a rede pública de esgotos não é amplamente desenvolvida. 
3) Processos e grau de tratamento de esgotos - Remoção ou 
transformação das características dos esgotos: - sólidos grosseiros em 
suspensão: por crivos, grades e desintegradores. - sólidos grosseiros 
sedimentáveis: por caixa de areia e centrifugadores. - óleos, graxa e 
substâncias flutuantes análogas: por tanques de retenção de gorduras, 
tanques de flotação e decantadores com removedores de escuma. - 
material miúdo em suspensão: por tanques de flotação, tanques de 
precipitação química e filtros de areia. - substâncias orgânicas 
dissolvidas, semidissolvidas e finamente divididas: por irrigação de 
grandes superfícies, filtros biológicos, lagoas de estabilização, tanques 
de lodos ativados, tanques sépticos e valos de oxidação. - odores e 
controle de doenças transmissíveis: por cloração, reagentes químicos e 
instalações biológicas. 
4) Processos de tratamento em função da eficiência das unidades - 
Tratamento preliminar - remoção de sólidos grosseiros, remoção de 
gorduras, remoção de areia. - Tratamento primário - decantação, 
flotação, digestão do lodo e secagem do lodo. - Tratamento secundário - 
filtragem biológica, processos de lodos ativados, decantação 
intermediária ou final e lagoas de estabilização. - Tratamento avançado - 
remoção de nutrientes e remoção de complexos orgânicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 9: O MEIO TERRESTRE 
 
9.1 – INTRODUÇÃO: 
 
O solo pode ser estudado por suas características físicas, químicas e biológicas, 
com o objetivo de conhecermos suas propriedades e utilizá-lo no atendimento 
das necessidades humanas sem degradar o ambiente. 
 
9.2 – CONCEITO, COMPOSIÇÃO E FORMAÇÃO DOS SOLOS: 
 
CONCEITO DE SOLO 
O conceito de solo pode ser diferente de acordo com o objetivo mais imediato de 
sua utilização. Para o agricultor e agrônomo, esse conceito destacará suas 
características de suporte da produção agrícola. Para o engenheiro civil, o solo 
é importante por sua capacidade de suportar cargas ou de se transformar em 
material de construção. Para o engenheiro de minas, o solo é importante como 
jazida mineral ou como material solto que cobre e dificulta a exploração dessa 
jazida. Para o economista, o solo é um fator de produção. Já o ecologista vê o 
solo como o componente da biosfera no qual se dão os processos de produção 
e decomposição que reciclam a matéria, mantendo o ecossistema em equilíbrio. 
 
COMPOSIÇÃO DO SOLO 
Em termos médios de ordem de grandeza, os componentes podem ser 
encontrados na seguinte proporção: 
 
 45% de elementos minerais 
 25% de ar 
 25% de água 
 5% de matéria orgânica 
 
A desagregação das rochas se dá por ações físicas, químicas e, em menor 
proporção, biológicas, as quais constituem o que se denomina de intemperismo. 
As ações químicas mais comuns ocorrem sobre as rochas calcárias atacadas 
pelas águas que contenham gás carbônico dissolvido e, em situações 
específicas de poluição atmosférica, que contenham também outros íons ácidos 
(chuvas ácidas). 
A parte líquida é fundamentalmente constituída por água proveniente de 
precipitações. A parte gasosa é proveniente do ar existente na superfície e, em 
proporções variáveis, dos gases de biodegradação de matéria orgânica. A parte 
orgânica é proveniente da queda de folhas, frutos, galhos e ramos, além de 
restos de animais, excrementos e outros resíduos, em diferentes estágios de 
decomposição, em fase sólida ou líquida. É da biodegradação dessa matéria 
orgânica que resulta o húmus do solo, responsável, em boa parte, pelas suas 
características agrícolas e várias de suas propriedades físicas. 
 
A FORMAÇÃO DO SOLO – HORIZONTES DE UM SOLO 
Como parte integrante de um ecossistema, é possível, em uma escala de tempo 
geológico, identificar em um solo o que se denomina de ‘sucessão’, ou seja, o 
conjunto de estágios de equilíbrio pelos quais passa esse ecossistema até atingir 
o ‘clímax’. 
A formação dos solos é resultante da ação combinada de cinco fatores: clima, 
natureza dos organismos, material de origem, relevo e idade. 
Os quatro primeiros fatores imprimem, ao longo do tempo (idade), características 
que definem os estágios de sucessão por meio de sua profundidade, composição 
e propriedades e do que se denomina ‘horizontes do solo’. No solo formado à 
superfície, começam a se estabelecer os vegetais e os microorganismos. A 
lixiviação (transporte por meio da água que infiltra e percola no solo) faz a 
translocação das frações mais finas do solo e a remoção de sais minerais. As 
frações mais grossas permanecem na parte superior. Em conseqüência, 
formam-se estratos com aparência diferente, constituindo os horizontes. 
Quando o solo atinge seu clímax, é que esses horizontes se apresentam de 
forma mais evidente e são identificáveis em maior número. Observamos que os 
poros do solo são um grande reservatório de água doce, capazes de assegurar 
muitas vezes sua disponibilidade, mesmo durante longos períodos de estiagem. 
Por outro lado, a ausência desse reservatório nas regiões áridas de solos rasos 
agrava a escassez de água nas estiagens, sendo, ainda, uma das causas das 
grandes amplitudes do regime hídrico: grandes secas podem ser sucedidas por 
grandes enchentes e inundações. 
Os climas equatoriais e tropicais, por causa da temperatura, umidade e 
pluviosidade que os caracterizam, favorecem não só o intemperismo acelerado, 
mas também intensificam a fotossíntese. Em comparação com as áreas de maior 
latitude e clima temperado, as regiões equatoriais têm uma densidade total de 
matéria orgânica similar. A diferença reside na sua distribuição, pois, enquanto 
nas regiões equatoriais a vegetação luxuriante contém boa parte da matéria 
orgânica, nas temperadas, grande parte da matéria orgânica está no solo. 
Consequentemente, é mais provável que os horizontes orgânicos sejam mais 
espessos em climas temperados.
9.3 – CARACTERIZAÇÃO ECOLOGICAMENTEIMPORTANTE DOS SOLOS: 
 
Dentre as principais dessas características, estão cor, textura (ou granulometria), 
estrutura, consistência e espessura dos horizontes. Além delas são também 
importantes o grau de acidez, a composição e a capacidade de trocas de íons. 
A cor é utilizada popularmente e mesmo em classificações científicas para 
denominar e identificar os solos, sendo a ‘terra roxa’ e a ‘terra preta’ os dois 
exemplos mais conhecidos. Os solos escuros, tendendo para o marrom, por 
exemplo, quase sempre podem ser associados à presença de matéria orgânica 
em decomposição em teor elevado; a cor vermelha é indicativa da presença de 
óxidos de ferro e de solos bem drenados; as tonalidades acinzentadas, mais 
comumente encontradas junto às baixadas, são indício de solos frequentemente 
encharcados. 
A textura ou granulometria descreve a proporção de partículas de dimensões 
distintas componentes do solo. A textura ou granulometria é a base de 
classificação mais conhecida dos solos e explica, também, algumas das 
principais propriedades físicas e químicas dos solos. 
A estrutura é o modo pelo qual as partículas se arranjam em agregados ou 
torrões. Produtos da decomposição de matéria orgânica, juntamente com alguns 
componentes minerais, como o óxido de ferro e frações argilosas, promovem a 
agregação das partículas. S estrutura de um solo explica, em boa parte, seu 
comportamento mecânico, conferindo-lhe o que se denomina consistência, ou 
seja, a capacidade de resistir a um esforço destinado a rompê-lo. 
A porção orgânica é importante por dar origem ao húmus. Além disso, a matéria 
orgânica pode ter um efeito atenuador da nocividade de alguns elementos 
minerais sobre as plantas por vezes presentes em teores indesejáveis nos solos 
tropicais. 
As partículas de menores dimensões presentes na fração argilosa dos solos 
podem apresentar cargas elétricas. Essas cargas elétricas desempenham 
importante papel nas trocas químicas entre as partículas sólidas e a solução 
aquosa que as envolve, repelindo ou absorvendo íons e radicais, configurando 
o que se denomina capacidade de troca iônica do solo. 
Solos de zonas de alta pluviosidade tendem a apresentar valores mais baixos de 
pH em consequência do processo de lixiviação das bases dos horizontes 
superiores, pela infiltração e percolação das águas. Há, ainda, outras causas de 
acidez progressiva, como o cultivo intensivo com retirada, sem reposição de 
nutrientes essenciais, a erosão que remove as camadas superficiais que contêm 
maiores teores de bases e a adubação com compostos de amônio. É comum a 
pratica de calagem (adição de calcário para elevar o pH a um valor adequado). 
 
 
9.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS: 
 
Dentre as muitas classificações existentes para os solos, destacam-se aqui duas 
com base, respectivamente, na granulometria e na pedologia (origem e 
evolução). 
 
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA OU TEXTURAL 
A classificação granulométrica mais conhecida e internacionalmente aceita 
estabelece as frações para os componentes minerais dos solos. 
 
Fração Diâmetro (mm) 
Pedra Maior que 20 
Cascalho Entre 20 e 2 
Areia Entre 2 e 0,02 
Silte (limo) Entre 0,02 e 0,002 
 
Raramente um solo ou um horizonte é constituído de uma só das frações 
definidas, mas sim de uma combinação com diferentes proporções. 
Definida a granulometria de um solo, ele pode ser classificado em argiloso, 
quando possui mais do que 35% de argila; arenoso, quando possui mais do que 
65% de areia e menos do que 15% de argila; siltoso (ou limoso), quando possui 
mais do que 60% de silte (limo) e menos do que 20% de argila; e barrento, 
quando não estiver enquadrado em nenhum dos anteriores, tendo, portanto, uma 
composição mais equilibrada. 
Na linguagem técnica corrente, é comum encontrarmos as referências ‘solos 
finos ou pesados’ para indicar solos argilosos; ‘solos grosseiros’ para solos 
arenosos; e ‘solos médios’ para solos barrentos. 
 
9.5 – EROSÃO: 
 
OCORRÊNCIA 
Além da erosão urbana e rural, que se diferenciam tanto pelas causas como 
pelos efeitos, é comum distinguir-se a erosão geológica ou lenta da acelerada. 
A primeira processa-se de modo inexorável sob a ação dos agentes naturais; a 
segunda ocorre como uma consequência da ação do homem sobre o solo. 
A monocultura sem a reposição de nutrientes esgota o solo, reduzindo sua 
produtividade primária e a cobertura vegetal protetora, e modifica suas 
propriedades físicas de resistência à erosão. 
Em todos os casos, a consequência é a perda progressiva da fertilidade e da 
produtividade primária do solo, podendo-se chegar à sua total e rápida 
esterilização e eventual desertificação, caso não sejam tomadas precauções 
adequadas em tempo oportuno. 
No Brasil e em outros solos tropicais, há um outro problema que, algumas vezes, 
assume maior importância que a erosão, mas que, no entanto, é menos 
considerado: a lixiviação. Por esse processo, as porções de solo mais finas, onde 
estão os componentes que lhe dão fertilidade, são removidas e carregadas pela 
água em seu movimento descendente de infiltração. Em terrenos planos de solos 
muito profundos e permeáveis o material fértil da superfície é solubilizado pelas 
chuvas e arrastado para regiões inacessíveis às raízes. 
 
PREVENÇÃO, CONTROLE E CORREÇÃO 
Quando a erosão restringe-se à laminar ou pequenos sulcos, de tal modo que a 
camada de solo removido ainda é delgada, permanecendo à superfície os 
horizontes superiores, pode-se recorrer ao plantio de vegetação e à correção da 
drenagem que deu início à formação de sulcos para que o ecossistema alcance 
um novo equilíbrio, repondo a fertilidade e a produtividade primária do solo. Nos 
demais casos, quando se manifesta a erosão regressiva (boçorocas ou 
voçorocas), os investimentos corretivos necessários só são justificáveis quando 
se destinam a recuperar terras produtivas altamente valorizadas e de pequena 
extensão ou a proteger áreas ameaçadas de ser destruídas pela erosão. 
De um modo geral, as intervenções constituem-se fundamentalmente de obras 
de interceptação e desvio das águas pluviais da voçoroca por meio de 
tubulações que as devolvem à rede de drenagem natural após prévia dissipação 
de sua energia erosiva. 
Nas áreas rurais, as medidas preventivas resumem-se à utilização de ‘práticas 
conservacionistas’. As mais utilizadas são o preparo do solo para plantio em 
curvas de nível; terraceamento; estruturas para desvio que terminem em poços 
para infiltração das águas; controle das voçorocas; preservação da vegetação 
nativa nas áreas de grade declive e nas margens de cursos de água. 
Essas práticas podem ser ainda de caráter edáfico (que dizem respeito ao solo 
como meio de cultivo) e ‘mecânico e vegetativo’ e destinam-se essencialmente 
a evitar a concentração da energia erosiva-hídrica e eólica sobre o solo. 
As práticas vegetativas ocorrem com o aumento da cobertura vegetal do solo, 
tais como o reflorestamento, o cultivo em faixas e vegetação em nível, o plantio 
de gramas em taludes, o controle de capinagem, o alcochoamento ou cobertura 
do solo com palha e folhagem. 
As práticas de caráter edáfico buscam preservar ou melhorar a fertilidade do solo 
e compreendem basicamente, o cultivo ajustado à sua capacidade de uso 
tecnicamente avaliada; adição de fertilizantes e correção do pH; rotação de 
culturas e eliminação ou controle de queimadas. 
 
9.6 – POLUIÇÃO DO SOLO RURAL – OCORRÊNCIA E CONTROLE: 
 
O emprego de fertilizantes sintéticos e defensivos é um fato relativamente novo, 
cujo uso cresceu rapidamente e que se estende, hoje, por praticamente todas as 
terras cultiváveis,

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