Refugiados venezuelanos- do medo ao sonho

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA
GRE METROPOLITANA NORTE
EREM BRASILINO JOSÉ DE CARVALHO
DEYSE MARIA
DIEGO INÁCIO
ELIABE TIMÓTEO
ESTER FRANCISCA
EUNATTAN LUCAS
REFUGIADOS VENEZUELANOS: DO MEDO AO SONHO
IGARASSU, PE.
2019
 
DEYSE MARIA
DIEGO INÁCIO
ELIABE TIMÓTEO
ESTER FRANCISCA
EUNATTAN LUCAS
REFUGIADOS VENEZUELANOS: DO MEDO AO SONHO
Trabalho apresentado pelos alunos como requisito parcial à obtenção de certificado de conclusão do Ensino Médio, na Escola de Referência em Ensino Médio Brasilino José de Carvalho.
Prof. Orientadores: Fabiana Alves e Arthur de Araújo Lopes.
IGARASSU, PE.
2019
 
TERMO DE APROVAÇÃO
REFUGIADOS VENEZUELANOS: DO MEDO AO SONHO
Por
DEYSE MARIA
DIEGO INÁCIO
ELIABE TIMÓTEO
ESTER FRANCISCA
EUNATTAN LUCAS
Este trabalho foi apresentado em ____ de _______________ de 2019 como requisito parcial à obtenção do certificado de conclusão do ensino médio. Os candidatos foram ouvidos pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar pontos cruciais relacionados, direta ou indiretamente, com os refugiados venezuelanos, seus desejos e pretensões, durante a fuga de uma crise política e opressora que assola o seu país de origem, e a constante busca por uma melhor oportunidade de vida, tomando como base os refúgios ocorridos no Brasil. Os tópicos foram organizados em ordem de acontecimentos, considerando o caminho habitual que se percorre em um processo de refúgio. Foram realizadas diversas pesquisas nas mais diferentes fontes de conteúdo, para que se possa obter informações o mais concretas e verídicas possível, com o intuito de obter resultados satisfatórios ao que se almeja. Assuntos considerados como chave em se tratando de refugiados, como: a contextualização do processo de refúgio, assim como suas causas e como ele acontece; os países que acolhem os refugiados, um pouco da receptividade do Brasil e alguns itens relacionados com a violência e preconceito cometidos contra os refugiados; mostram a necessidade de se abordar um tema tão atual; para finalizar, foi explicitado a respeito da legislação para refúgios e como funciona a regularização dos refugiados no Brasil. 
Palavras-chave: Refugiados; Venezuela; Crise; Receptividade; Violência; Legislação.
ABSTRACT
The present work aims to analyze crucial points related, directly or indirectly, with the Venezuelan refugees, their desires and pretensions, during the escape of an oppressive political crisis that is plaguing their country of origin, and the constant search for a better opportunity of life, based on the refuges that occurred in Brazil. The topics were organized in order of events, considering the usual path taken in a process of refuge. Several researches were carried out in the most different content sources, so as to obtain as concrete and truthful information as possible, in order to obtain satisfactory results to what is intended. Issues considered as key when it comes to refugees, such as: the contextualization of the refuge process, its causes and how it happens; the host countries, some of Brazil's receptiveness, and some items related to violence and prejudice committed against refugees; show the need to address such a current topic; Finally, it was explained about refugee legislation and how refugee regularization works in Brazil.
Keywords: Refugees; Venezuela; Crisis; Receptivity; Violence; Legislation.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 06
2 PROCESSO DE REFÚGIO ............................................................................................. 07
2.1 CAUSAS DA BUSCA PELO REFÚGIO ........................................................................ 07
2.2 COMO ACONTECE O PROCESSO DE REFÚGIO ....................................................... 07
3 PAÍSES ACOLHEDORES ............................................................................................... 08
3.1 RECEPTIVIDADE NO BRASIL ..................................................................................... 09
3.2 VIOLÊNCIA, PRECONCEITO E ASSÉDIO CONTRA AS MÃES ............................... 10
3.2.1 Indígenas Warao ............................................................................................................ 11
3.2.2 Ataques em Paracaima dividem venezuelanos e moradores .......................................... 11
4 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................. 11
4.1 LEGISLAÇÃO PARA REFÚGIOS ................................................................................. 12
4.2 REGULARIZAÇÃO DOS REFUGIADOS NO BRASIL ................................................ 13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 14
6 ANEXOS ............................................................................................................................ 15
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 16
1 INTRODUÇÃO
O refúgio é uma proteção legal às pessoas que estejam sofrendo perseguição em seu país por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, “levando o indivíduo a abandonar o seu país de origem, a sua casa e a sua família na busca de asilo em um outro país, tem-se a figura do refugiado” (SOARES, 2012, p. 36). Podendo também ser solicitado a quem esteja sujeito a graves violações de Direitos Humanos. 
Todo refugiado tem direito à proteção internacional e os Estados têm o dever jurídico de respeitar a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1951, sendo que muitos dos direitos relevantes à proteção dos refugiados são direitos fundamentais assegurados pela Declaração Universal (PIOVESAN, 2015, p. 132).
O Refúgio Venezuelano para o Brasil foi motivado por um cenário de crise política, econômica e humanitária somando os constantes desastres naturais. A crise vivida pelos Venezuelanos é noticiada pelos principais jornais do mundo, que apontam os problemas políticos e econômicos enfrentados pelo governo da Venezuela. O País é governado atualmente pelo presidente Nicolas Maduro, que enfrenta um forte descontentamento da população em relação a sua gestão. Maduro assumiu o governo do país com o propósito de dar continuidade às políticas de seu antecessor Hugo Chávez, contudo a Venezuela vivia tempos difíceis. No ano de 2013, quando Maduro tomou posse como presidente, com uma infração que ultrapassava 800℅ ao ano e barris de petróleo apresentando altas em seu preço, o país viu-se imerso a um colapso econômico, que resultou em uma dramática crise humanitária. Faltando no país os insumos básicos para a sobrevivência, os supermercados não atendiam a população, faltavam alimentos e medicação por causa dessa triste realidade. Com isso, milhares de Venezuelanos decidiram se refugiar para outros países a procura de trabalho e melhores condições de vida. 
Um dos principais destinos dos Venezuelanos é o Brasil. Atualmente, o território brasileiro recebe milhares de pessoas que buscam oportunidades de inserção no mercado de trabalho e melhor qualidade de vida. Porém, esse intenso fluxo desencadeou diversos problemas em território nacional, principalmente porque a maioria dos refugiados concentraram-se em um único estado, Roraima.
2 PROCESSO DE REFÚGIO 
O processo de refúgio acontecequando pessoas, ou populações, abandonam o seu país nativo para viver temporariamente em outro, em consequência de ocorrências de situações adversas que ameacem, direta ou indiretamente, a vida destas pessoas. O refúgio pode ser entendido como “instituição de caráter humanitário que visa à proteção da pessoa humana vítima de perseguição” (SOARES, 2012, p. 39).
2.1 CAUSAS DA BUSCA PELO REFÚGIO
As causas que obrigam refugiados a obterem este título podem ser diversas. Normalmente, a violação dos direitos humanos juntamente com crises de cunho político e opressor, iniciada pelo próprio governo, parte em disparada no quesito causa deste tipo de situação.
Desde 2013, com a ascensão política do atual presidente Nicolás Maduro, taxado constantemente pela população como ditador, o cenário político, econômico e humanitário da Venezuela entrou, e permanece, em uma situação catastrófica.
Determinadas organizações consideram que, os refugiados foram forçados a deixar seu país de origem devido à violência e insegurança somados a incapacidade do Estado da Venezuela de atender necessidades diárias de subsistência. Conforme o Relatório 2017/2018 da Anistia Internacional, em dezembro de 2017, a cesta básica para uma família de cinco pessoas custava 60 vezes mais do que o salário mínimo (ANISTIA INTERNACIONAL, 2018, p.252). Diante destas situações, a população tem tentado confrontar o governo e sua política ditatorial, que, ao invés de tentar apaziguar os ânimos, tem tomado atitudes violentas e perigosas, aumentando a insegurança para os que ali habitam.
2.2 COMO ACONTECE O PROCESSO DE REFÚGIO
O processo de refúgio acontece através do atravessamento de fronteiras com os países vizinhos ao país em caos.
A maioria dos venezuelanos entra no Brasil pela fronteira dos estados de Roraima e Amazonas. De acordo com a Polícia Federal de Roraima, somente em 2017 mais de 30 mil venezuelanos se deslocaram para a cidade de Boa Vista, capital do estado (UOL, 2018). Um número similar estaria em Manaus (AM). Essa população já representa o maior fluxo migratório na região amazônica desde a chegada dos haitianos em 2011.
Na fuga da fome, o fluxo é desordenado e a imigração ocorre até a pé. Há venezuelanos que, sem dinheiro algum para custear passagens de vinda para o Brasil, decidem no auge do desespero caminhar e contar com a sorte de conseguir carona para percorrer os 218 km da BR-174 que separam Pacaraima e Boa Vista. (GLOBO, 2018)
3 PAÍSES ACOLHEDORES
Um estudo da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), concluiu que mais de 50 mil venezuelanos solicitaram refúgio em outros países em 2017. Os principais destinos são os Estados Unidos, Brasil, Argentina, Espanha, Uruguai e México.
De acordo com dados das autoridades nacionais de imigrantes e outras fontes, os países da América latina e do caribe abrigam cerca de 2,7 milhões de venezuelanos.
Em média, durante 2018 cerca de 5 mil pessoas deixaram a Venezuela todos os dias em busca de proteção ou de uma vida melhor. A Colômbia abriga o maior número de refugiados e imigrantes da Venezuela, com mais de 1,1 milhão.
O país é seguido por Peru, com 506 mil, Chile ,288 mil, Equador 221 mil, Argentina 130 mil e Brasil 96 mil. México e países da América central e do Caribe também recebem um número significativo de refugiados e imigrantes venezuelanos.
Os Países da região demonstram uma tremenda solidariedade aos refugiados e imigrantes da Venezuela e implementaram soluções engenhosas para ajudá-los. Mas, esses números ressaltam a pressão sobre comunidades anfitriãs e a necessidade contínua de apoio da comunidade Internacional, em um momento em que a atenção mundial está voltada para os acontecimentos políticos dentro da Venezuela.
Os países latino-americanos concederam cerca de 1,3 milhão de permissão de residência e outras formas de status regular aos venezuelanos, e reforçam seus sistemas de refúgio para precedentes de pedidos. Desde de 2014, mais de 390 mil pedidos de refúgio foram apresentados por venezuelanos. Mais de 232 mil, só em 2018.
Com números crescentes, as necessidades de refugiados e imigrantes da Venezuela e das comunidades que abrigam continuam aumentando.
Os governos da região fortaleceram sua resposta nacional e estão cooperando através do processo Quito, para melhorar a assistência e a proteção dos cidadãos venezuelanos e facilitar sua inclusão legal, social e econômica.
Dados de Novembro de 2018.
Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/11/09/maior-pais-da-regiao-brasil-e-um-dos-que-menos-recebe-venezuelanos-diz-onu.htm 
	
3.1 RECEPTIVIDADE NO BRASIL
No Brasil, os venezuelanos já representam o maior número de pedidos de refúgio por país de origem. O número de solicitações cresceu a partir dos últimos dois anos. De acordo com dados do Ministério da Justiça, em 2015, foram 829 pedidos de venezuelanos. Em 2017, o número chegou a 16 mil. 
Diante dessa realidade, o Conselho Nacional de Imigração (CNig) aprovou novas regras para facilitar a concessão de residência temporária a cidadãos de países fronteiriços que não fazem parte do acordo de residência do MERCOSUL - caso da Venezuela.
A chegada em massa dos imigrantes pressiona o sistema de assistência social, de saúde e de educação das cidades brasileiras na Região Norte. Para apoiar os venezuelanos recém-chegados, o governo brasileiro criou abrigos temporários e uma estrutura de atendimento.
A cidade de Pacaraima, em Roraima, é a principal porta de entrada da Venezuela para o Brasil. O município tem 12 mil habitantes, mas os serviços públicos atendem a cinco vezes mais pessoas do que a população inteira do município. O governo criou abrigos que oferecem moradia, alimentação e a emissão de documentos.
Em Boa Vista, a rede pública de ensino já conta com quase mil alunos venezuelanos. Para atender aos novos alunos, a prefeitura está contratando professores de espanhol. Outra medida é o aluguel social. O governo vai pagar até seis meses de aluguel para estrangeiros que estão vivendo em ruas em praças.
Algumas medidas da prefeitura de Boa Vista viraram polêmica na cidade. Para parte da população, o município não faz um tratamento igualitário entre brasileiros de baixa renda e estrangeiros. Em nota, a prefeitura destaca que “a crise é humanitária, mas precisa ser tratada como algo maior. São pessoas que estão em Boa Vista, não por desejo próprio, mas sim pela falta de liberdade na Venezuela".
Apesar das políticas de acolhimento, muitas famílias recém-chegadas vivem em situações precárias. Para a ONU, alguns dos maiores desafios para lidar com o fluxo de venezuelanos incluem questões relacionadas à segurança física, a falta de documentação, a violência sexual e de gênero, abusos e a falta de acesso a direitos e serviços básicos.
3.2 VIOLÊNCIA, PRECONCEITO E ASSÉDIO CONTRA AS MÃES
As agências da ONU estão preocupadas com a violência contra os imigrantes e refugiados venezuelanos no Brasil, além das tensões no Peru, Colômbia e em outras partes da américa do sul. Visando melhorar a ordem em relação ao acolhimento dos refugiados, o Governo do Estado de Roraima moveu uma ação civil como recurso à xenofobia, a ação pede que a união seja obrigada a:
[...] adotar uma atuação efetiva na área de fronteira Brasil-Venezuela, a fim de impedir que o fluxo imigratório desordenado produza efeitos mais devastadores à sociedade brasileira, em específico no Estado de Roraima, obrigando a União a promover medidas administrativas na área de controle policial, saúde, e vigilância sanitária, sob a pena de se manter o abalo indesejado do Pacto Federativo e um estado crítico de coisas inconstitucional, violando sistematicamente, por inação na área de sua competência, direitos humanos relacionados a segurança, saúde e vigilância sanitária [...] (RORAIMA, 2018, p.36).
3.2.1 Indígenas Warao
Desde o final de 2016, vários indígenas dessa etnia têm se deslocado até Manaus, Boa Vista e Pacaraima, se estabelecendo em acampamentos nas ruas, em hotéis e casas alugadasno centro da cidade e em outros bairros.
Os Warao enfrentam rejeição de parte da população pela prática de pedir ajuda e doações nas ruas. Na capital de Roraima, a Polícia Federal promoveu centenas de deportações dos índios venezuelanos. Organizações civis denunciam que a falta de acolhimento aos indígenas Warao pelas autoridades brasileiras é uma violação aos direitos humanos.
O governo federal recomenda que as prefeituras e estados realizem o auxílio social, humanitário e de saúde aos migrantes.
3.2.2 Ataques em Paracaima dividem venezuelanos e moradores
Uma semana depois da explosão de violência em Pacaraima, em Roraima a perspectiva de moradores e imigrantes venezuelanos acirra a divisões na fronteira com a Venezuela. 
Para os moradores, os confrontos foram uma "tragédia anunciada " ocasionada pela falta de ajuda, para lidar com o êxodo do país vizinho e pelo aumento de crimes na cidade. Muitos negam que tenha havido violência no sábado, dizendo ter se tratado de uma "manifestaçãozinha simples " uma "confusão ".
Já venezuelanos ouvidos pela reportagem, estão desolados por ter perdido seus pertences nos ataques, e com medo de permanecer na cidade. Muitos voltaram para o seu país, alguns seguiram para Boa Vista e outros vem dormindo na zona neutra no meio da fronteira para evitar represálias em Pacaraima. 
4 LEGISLAÇÃO 
Os principais países acolhedores dos refugiados venezuelanos, estão mudando suas políticas migratórias com intuito de facilitar e fornecer melhor receptividades para os migrantes.
4.1 LEGISLAÇÃO PARA REFÚGIOS
BRASIL. Decreto-Lei nº 13.445/2017
Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre os direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante. 
§ 1o para os fins desta Lei, considera-se: 
I - (VETADO); 
II - Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou definitivamente no Brasil; 
III - emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior; 
IV - Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de país vizinho; 
V - Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional; 
VI - Apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.
Características da lei:
- Proteção de direitos humanos na temática das migrações, como decorrência da proteção constitucional da dignidade humana; 
-Ao migrante é garantida, assim como aos nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, assegurando-lhe também os direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos (artigo 4º, caput e inciso I).
 -Regularização migratória passa a ser a regra.
 -Previsão da autorização de residência (requerida em território nacional sem ter que sair para se regularizar);
 -Integrantes de grupos vulneráveis e indivíduos em condição de hipossuficiência econômica são isentos do pagamento de taxas e emolumentos consulares para concessão de vistos ou para a obtenção de documentos para regularização migratória.
 -Assegura-se o acesso igualitário e livre dos migrantes a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social (artigo 3º, XI).
 Informações importantes:
Prazo de Registro de vistos temporários será de até 90 dias;
Prazo de registro de autorização de residências será de até 30 dias da divulgação de deferimento no sitio oficial da PF, MJ ou MTb, sendo imediato nos casos de alçada da PF;
Todos os prazos de RNM (Registro Nacional Migratório) de residência: 30 dias, salvo quando o deferimento for concomitante ao pedido de residência/registro, caso que registro será imediato.
4.2 REGULARIZAÇÃO DOS REFUGIADOS NO BRASIL
Apesar de uma política aberta ao fluxo migratório, o governo federal também anunciou em 2017, o primeiro Plano de Contingência na fronteira do Brasil com a Venezuela. O estrangeiro que entrou no país por via terrestre poderá permanecer no Brasil por até dois anos. Neste período, o solicitante não pode ser deportado ou enviado de volta para sua nação de origem.
Além disso, o estrangeiro é reconhecido pelo governo e fica amparado pelas leis nacionais e internacionais, podendo ter direitos como viajar livremente pelo país, ter uma carteira de identidade e um registro profissional de trabalho. No ano passado, quase três mil carteiras de trabalho foram entregues a cidadãos venezuelanos na cidade de Boa Vista.
A solicitação de documentação deverá ser feita junto às unidades da Polícia Federal. Outra medida foi o cancelamento da taxa de imigração. Até o início do ano, os venezuelanos que buscavam imigrar legalmente para o Brasil, tinham que pagar taxas que, juntas, chegavam a quatrocentos e setenta reais — valor muito alto para famílias de baixa renda.
Para o Conselho Nacional de Imigração, as novas regras buscam estabelecer políticas migratórias que garantam o respeito integral aos direitos humanos dos migrantes e seu pleno acesso à moradia, justiça, à educação e à saúde.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A crise humanitária em que a Venezuela chegou parece o fim para muitos, porém, como esperar dias melhores se cada cidadão, seja brasileiro ou venezuelano, não participar da mudança? É dever de todos lutar pela democracia e pela liberdade, mostrar empatia pelos que fogem de situações de miséria e perseguição, pois tudo que está acontecendo na Venezuela é a causa da usurpação do poder por parte de governos que mais se importaram com suas ideologias do que com o seu povo.
O governo do Brasil tem tomado as medidas emergenciais para a maior crise humanitária da história da América do Sul. Entretanto, cabe também à sociedade civil mostrar solidariedade aos que foram forçados a fugir de sua pátria rumo a um mundo desconhecido em outro país, distantes de suas raízes.
É verdade que muitas questões devem ser levadas em consideração. Os principais questionamentos dos brasileiros no tocante a crise da Venezuela sempre é relacionada a um possível aumento da criminalidade no Brasil, e também ao aumento da concorrência das vagas de emprego, entretanto, cada cidadão deve tomar consciência sobre a situação enfrentada por essas pessoas e se colocar no lugar do próximo. 
A crise política da Venezuela deve ser resolvida o mais rápido possível, para que a partir disso a economia volte a crescer, e a população possa voltar a viver com dignidade. O governo de Nicolás Maduro é ilegítimo, pois foi eleito por uma assembleia constituinte paralela a oficial, composta por maioria chavista, indicada pelo próprio ditador, que recebe apoio de grandes potências mundiais, como China e Rússia. Sendo assim, o presidente da verdadeira assembleia nacional constituinte Juan Guaidó, líder da oposição nas ruas e no parlamento, autoproclamado presidente interino da Venezuela, deve assumir o comando do país até a convocação de novas eleições presidenciais, de forma democrática.
Se a crise política da Venezuela não for resolvida, a economia não voltará a crescer e a crise humanitária não terá fim, fazendo mais pessoas fugir de seu país, buscando abrigo no Brasil e em outros países, o que fará o governo brasileiro dificultar a entrada de imigrantes no país, a fim de evitar problemas internos.
6 ANEXOS
 
 
 
	
 
	
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7 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
FUGA DA FOME, COMO A CHEGADA DE 40 MIL VENEZUELANOS TRANSFORMOU BOA VISTA. GLOBO. Disponível em: <https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/fuga-da-fome-como-a-chegada-de-40-mil-venezuelanos-transformou-boa-vista.ghtml>.
CRISE MIGRATÓRIA - CRESCE FLUXO DE MIGRANTES E REFUGIADOS VENEZUELANOS NO BRASIL. UOL. Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/crise-migratoria-cresce-fluxo-de-migrantes-e-refugiados-venezuelanos-no-brasil.htm>.
CRISE VENEZUELANA. GOOGLE IMAGENS. Disponível em: <https://www.google.com/search?q=crise+venezuelana&rlz=1C1GCEB_pt-BRBR833BR833&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjOvv_Ch5_kAhXfIbkGHThfD5kQ_AUIEygD&biw=1366&bih=576&safe=active&ssui=on>.
IMIGRAÇÃO VENEZUELANA PARA O BRASIL. UOL. Disponível em: <https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/brasil/imigracao-venezuelana-para-brasil.htm>.
OS REFUGIADOS. YOUTUBE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LorzkzCB4FY&feature=youtu.be>.
ENTENDA A CRISE POLÍTICA NA VENEZUELA. YOUTUBE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Cu-ussN8szs&feature=youtu.be>.
VENEZUELA: UMA TRAGÉDIA DO SÉCULO XXI. YOUTUBE. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w0LuZFE_BRE>.
MILESI – Rosita - Migração Venezuelana ao Brasil: discurso político e xenofobia no contexto
Atual – 2018 - https://seer.ufrgs.br/aedos/article/viewFile/83376/49791. 
SANTOS – Júlio – Refugiados no Brasil: estamos preparados para a proteção humanitária daquelas pessoas? - 2017.