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ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ORÇAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA DICA 01: “Uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto Custo reveste-se de especial importância.” 1. NORMA TÉCNICA - NBR - 12721 2. INTRODUÇÃO - CONCEITOS - ORÇAMENTO É a completa determinação dos custos de um empreendimento antes de sua realização. - ORÇAMENTAÇÃO O processo de determinação dos custos - CUSTO Significa a importância necessária para que se obtenha um certo bem ou serviço. - PREÇO É o valor a ser pago para se obter um bem ou serviço. -VALOR Está associado à utilidade ou ao benefício resultante de um bem ou serviço. 2. FORMAS DE CONTRATAÇÃO - NEGOCIAÇÃO DIRETA - LICITAÇÃO PÚBLICA - COTAÇÃO DE PREÇOS Esta disciplina englobará eminentemente assuntos relacionados desde a cotação de preços até o fechamento do preço de uma obra. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3. REGIMES DE CONTRATAÇÃO - PREÇO GLOBAL Requer análise cuidadosa dos documentos para maior precisão dos custos; Exige pleno conhecimento do escopo dos serviços; Permite maior precisão do preço final do serviço; Tem a desvantagem de com o aumento de contingências alterar os custos e quando ocorre necessidade de modificações gera normalmente conflitos entre cliente e empresa; - PREÇO UNITÁRIO Aplicável quando se consegue definir a qualidade e o tipo do serviço, mas sem precisar a quantidade; Fácil tabulação; Tem como desvantagem o controle mais detalhado de medições, inflexibilidade do preço final. - ADMINISTRAÇÃO Pagamento dos custos diretos de produção pelo cliente, a remuneração percentual deverá cobrir os gastos indiretos, as despesas financeiras e o lucro da empresa; Permite o início dos serviços sem que haja a completa definição destes, diminui o custo da obra para a contratante. Tem a desvantagens de não assegurar ao cliente valor preciso sobre o preço total final dos serviços. - REEMBOLSO DOS CUSTOS MAIS UMA QUANTIA FIXA Utilizado quando não há uma definição completa dos serviços; Estimula a redução dos prazos de execução, favorece a contratação de fornecedores comprometidos com o sistema racionalizado; Tem a desvantagem de reduzir a qualidade Se o orçamento não tiver sido cuidadoso e realista; - PREÇO MÁXIMO GARANTIDO Pagamentos dos custos mais um “ fee” percentual até o teto; Fixa limites homens-hora; Prevê penalidades para a contratante caso o teto for ultrapassado; Define com precisão o custo máximo do projeto; - CONTRATO COM INCENTIVO ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Se a empresa não atingir o teto de homens-hora, recebe como prêmio uma parcela de “ fee” proporcional ao volume de homens-hora não consumidos; Se o teto for ultrapassado, o prejuízo é partilhado com o cliente até um limite do contrato. Favorece o término dos serviços de forma mais rápida e a custos mais baixos, por meio de soluções de engenharia. Tem a desvantagem quanto ao cálculo dos custos, preços e prazos devem ser bem detalhados e definidos. DICA 02: “A orçamentação por fixar o custo de um projeto, torna-se uma das mais importantes áreas no negócio da construção civil.” 4. O PROFISSIONAL ORÇAMENTISTA Um dos principais requisitos para um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do que vai ser feito e como será feito; A interpretação dos desenhos, planos e especificações devem ser tarefas rotineiras do orçamentista; 5. O ORÇAMENTO NO SEVIÇO PÚBLICO LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 – Trata sobre licitações e contratos na administração pública. Licitação – É um procedimento administrativo anterior a contratação pela qual a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa, e tem como princípio a isonomia e impessoalidade. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Modalidades para obras: - Convite até R$ 150.000,00; 5 dias - Tomada de Preço de R$ 150.000 á 1.500.000,00; 15 e 30 dias - Dispensa de licitação até R$ 15.000,00; 45 dias Normalmente são pro regime de preço global. O profissional que irá elaborar o orçamento deve observar atentamente os elementos descritivos do edital : Especificações técnicas, memorial descritivo e caderno de encargos. Especificações Técnicas As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa, completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de execução a serem adotados na construção. Por exemplo, a forma de execução da cerâmica de piso: tipo de cerâmica, marca, tamanho, cor, forma de assentamento, traço da argamassa e junta. Têm como finalidade complementar a parte gráfica do projeto. São muito importantes, pois a quantidade de informações a serem gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca confusão, esquecimento ou modificação de critérios, ainda mais se existem vários profissionais envolvidos. A definição clara da qualidade, tipo dos materiais é fundamental, assim como a forma de execução dos serviços. As partes que compõem as ET são: generalidades(objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto e classificação dos serviços), materiais de construção (insumos utilizados) e discriminação dos serviços (baseado em Faillace, 1988): Tipos - existem variações nas ET, conforme a finalidade. O texto pode ser mais ou menos detalhado, conforme seja destinado a obras de empreitada, por administração ou executadas pelo próprio dono. Alguns organismos possuem especificações padronizadas, tais como o Banco do Brasil ou grandes empresas do ramo industrial. Consistem de um texto completo e geral, que descreve a maioria dos serviços possíveis, sendo complementados por serviços ou materiais específicos da obra em questão. Redação das ET - existem alguns princípios de redação, visando a clareza e objetividade. Naturalmente,o texto deve ser bem escrito, em língua portuguesa correta, papel de tamanho normalizado (A4), formatado e sem rasuras. Eventualmente poderá ser necessária a tradução para outra língua (inglês, espanhol), o que deve ser feito com muito cuidado, por causa do vocabulário técnico. A numeração e classificação dos serviços e materiais deve ser clara e bem determinada, para não provocar confusões. As exigências são as normais para qualquer texto técnico. Partes das ET - generalidades, materiais de construção, discriminação de serviços. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA a) generalidades - incluem o objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto, classificação dos serviços (ordenamento adotado na terceira parte das ET). Havendo caderno de encargos, este englobará quase todos estes aspectos. b) especificação dos materiais - pode ser escrito de duas formas: genérica (aplicável a qualquer obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a serem usados na obraem questão). Com o uso de sistemas informatizados, não há dificuldade em usar um ou outro método, pois o sistema pode emitir o relatório completo ou apenas dos materiais que aparecem na lista gerada no orçamento. c) discriminação dos serviços - especifica como devem ser executados os serviços, indicando traços de argamassa, método de assentamento, forma de corte de peças, etc. Também podem ser compilados de forma completa ou específica. Caderno de encargos O Caderno de Encargos (CE) é o conjunto de especificações técnicas, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante para a contratação, execução, fiscalização e controle dos serviços e obras. O texto é semelhante ao das Especificações Técnicas, mas normalmente o CE é mais geral, servindo para todas as obras,enquanto que as ET são particulares. Estando associado ao software de orçamentos, permite a emissão de relatório apenas das composições em uso para determinada obra, agilizando a comunicação técnica com a obra (ou com eventuais fiscais). Memorial descritivo O memorial descritivo é outro tipo de resumo das especificações técnicas. Há memoriais descritivos para finalidades específicas, tais como venda, propaganda, registro de imóveis ou aprovação de projetos na municipalidade. Deve ser ajustado ao orçamento, seguindo a mesma ordem deste (ordenamento e nome dos serviços ou atividades). 6. TÉCNICA ORÇAMENTÁRIA Basicamente a orçamentação engloba três etapas de trabalho ( estudo das condicionantes – condições de contorno, Composições de custos e determinação do preço; – Identificação; – Descrição; ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA – Quantificação; – Valorização dos serviços. • REQUISITO BÁSICO – Conhecimento detalhado dos serviços. ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO Esclarecê-las CONDIÇÕES DE CONTORNO 1. Leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas; 2. Leitura e interpretação do edital; 3. Visita técnica; COMPOSIÇÃO DE CUSTOS 4. Identificação dos serviços; 5. Levantamento de quantitativos; 6. Discriminação dos custos diretos; 7. Discriminação dos custos indiretos; 8. Cotação de preços; 9. Definição de encargos sociais e trabalhistas; FECHAMENTO DO ORÇAMENTO 10. Definição da lucratividade; 11. Cálculo do B.D.I. 12. Desbalanceamento da planilha. GRAU DE DETALHE • ESTIMATIVA DE CUSTO; • ORÇAMENTO ANALÍTICO. Estimativa de custos • C.U.B. (Custo Unitário Básico) – NBR 12.721 da A.B.N.T.; – Custo por m2 de construção; – Área de construção equivalente de custo padrão; – Projeto-padrão; ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA – Lotes básicos de insumos; – Sinduscon: pesquisa, cálculo e divulgação mensal ; • ORÇAMENTO – Quadro III -Avaliação do Custo Global e Unitário da Construção (Vide Quadro 1). DICA 03: “Em um orçamento estão incluídos os custos diretos, indiretos e o lucro, quer dizer estão incluídos materiais, mão de obra, ferramentaria, encargos sociais, impostos, transporte, refeição e lucro.”Adiante veremos mais detalhado. CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO (NBR 12.721:2006 - CUB 2006) MÊS: FEVEREIRO ANO: 2009 Os valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de FEVEREIRO DE 2009. "Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2009". "Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador." ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Tabela 1: PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAIS R (Residência Unifamiliar ); PP ( Prédio Popular ) e PIS (Projeto De Interesse Social ) PADRÃO BAIXO PADRÃO NORMAL PADRÃO ALTO R-1 754,47 R-1 875,58 R-1 1.139,70 PP-4 687,24 PP-4 826,60 R-8 919,75 R-8 662,08 R-8 728,60 R-16 985,71 PIS 469,31 R-16 710,95 Tabela 2: PROJETOS - PADRÃO COMERCIAIS CAL (Comercial Andares Livres) e CSL (Comercial Salas e Lojas) Tabela 3: PROJETOS – PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (GI) E RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q) PROJETO PROJETO RP1Q 702,27 GI 418,61 PADRÃO NORMAL CAL – 8 913,84 CSL – 8 739,14 CSL – 16 989,26 PADRÃO ALTO CAL - 8 1.021,63 CSL - 8 826,49 CSL - 16 1.103,22 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Quadro1 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA • POR ETAPA DE OBRA – Decomposição da estimativa inicial; – Tabela de faixas percentuais fruto de obras similares; – Não inclui obras atípicas: TABELA 01 Tabela1Fonte: Revista Construção Mercado Editora Pini ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Entendendo o CUB/AL O CUB/AL é apurado por pesquisa direta de preços entre as Construtoras e lojas de materiais de construção que atuam no Estado de Alagoas. Os itens que compõem o CUB (materiais e mão-de-obra) constituem-se em parâmetros que levam ao cálculo do metro quadrado de construção de obras de edificações. Os pesos desses itens constam da NBR 12.721:2006 da ABNT. O sistema de cálculo é concedido pela CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção. A evolução do CUB tem sido utilizada também como indicador da evolução do custo da construção. Como indicador de inflação setorial, destaque-se que o CUB pode apresentar distorções de curto prazo na sua evolução com relação aosindicadores gerais da inflação (IGP, IPCA, etc.), uma vez que alguns insumos que o compõem são altamente sazonais. No entanto, a longo prazo, as comparações são perfeitamente possíveis. Considere-se ainda que alguns custos relevantes nas obras de edificações não entram na composição do CUB; destarte este indicador não retrata exatamente o custo do metro quadrado de uma edificação, sendo apenas um parâmetro para isso. A Tabela Análise Comparativa de Preços por Padrão/Pavimento onde estão especificados todos os custos apurados pelo sistema , relaciona no seu cabeçalho os itens que não fazem parte do cálculo do CUB. O CUB/AL, por decisão da Diretoria do Sindicato da Indústria da Construção do estado de Alagoas, tem como parâmetro de análise de sua evolução o Padrão R-8 PADRÃO NORMAL (prédio residencial de 8 andares, com três quartos e acabamento normal). O Relatório do CUB/AL é informativo e também analítico, conforme pode ser observado no seu conteúdo. Na Tabela CUB RESIDENCIAL compara-se o CUB atual com os respectivos CUB’s do mês anterior, do ano e de doze meses e suas variações percentuais. Em seguida encontra-se também o gráfico de evolução do CUB. As Tabelas da Análise Comparativa de Preços por Padrão/Pavimento, demonstram os custos apurados nas categorias: Residencial, Comercial Andares Livres (CAL), Comercial Salas e Lojas (CSL), Galpão Industrial (GI) e Residência Popular (RP1Q). Na Tabela de Índices são comparadas as variações (%) do CUB com os índices que compõem o IGP-M/FGV (IGP, IPA,IPC e INCC). Nessa mesma página são comentadas as variações de preços e outras distorções observadas no mês em análise. Na Tabela seguinte comparam-se os preços medianos coletados dos materiais entre o mês atual e o mês imediatamente anterior, com objetivo de avaliação do comportamento dos preços. Finalmente a última tabela demonstra a composição analítica do CUB item por item, a partir do preço mediano coletado por cada item. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA DICAS DO DIA A DIA DE UM ENGENHEIRO Exemplo Prático de como estimar o custo de uma obra: - Seja um edifício comercial de 03 pavimentos composto de salas e lojas de padrão normal em Maceió com área de 900m2. PASSO 01: CÁLCULO DO VALOR GLOBAL Tabela Sinduscon-AL Fevereiro de 2009. Tabela 2: PROJETOS - PADRÃO COMERCIAIS CAL (Comercial Andares Livres) e CSL (Comercial Salas e Lojas) Custo Total = 900m2xR$ 739,14 = R$ 665.226,00 Fundações especiais ( estaqueamento) = R$ 5.000,00 Projetos – 7.000,00 Lucro – 6.000,00 Mov. Terra – 7.000,00 Custo Final = R$ 690.226,00 Custo unitário final = 690.226,00/ 900 = R$/m2 766,91 PADRÃO NORMAL CAL – 8 913,84 CSL – 8 739,14 CSL – 16 989,26 O orçamento estimativo ou comparativo é um macete que o engenheiro aprende no dia a dia que o auxilia em dar uma informação ao cliente ou a direção da empresa para a viabilidade de um futuro empreendimento. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA PASSO 02: ESTIMATIVA DE CUSTO POR ETAPA ORÇAMENTO POR ESTIMATIVA DE CUSTO SERVIÇOS PRELIMINARES 0,5 0,7 0,9 MOVIMENTO DE TERRA 0 0,5 1 FUNDAÇÕES 3 3,5 4 INFRA-ESTRUTURA 4,4 4,9 5,3 SUPERESTRUTURA 22,5 24,7 26,9 4,3 5,6 6,8 ESQUADRIAS 7,9 11,3 14,6 COBERTURA 0 0,0 0 INST. HIDROSANITÁRIAS 7,4 7,9 8,4 INST. ELÉTRICAS 3,8 4,3 4,7 REVESTIMENTOS 15,9 17,6 19,2 IMPERMEABILIZAÇÃO 6,4 7,1 7,8 1,5 2,2 2,9 6 6,9 7,7 0 3,1 6,2 100 PINTURA ETAPA DA OBRA FAIXA PERCENTUAL VEDAÇÕES VIDROS VALOR MÉDIO COMPLEMENTARES 4832 3451 24158 33476 170486 38308 77650 0 54528 47280 21397 690226 29335 121135 49006 15185 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Orçamento Analítico Constitui a maneira mais detalhada e precisa de se prever o custo da obra. Vale-se de uma composição de custos unitários para cada serviço. • LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS • COMPOSIÇÕES DE CUSTOS UNITÁRIOS – Material; – Equipamento; – Mão de obra. • CUSTOS INDIRETOS – Manutenção do canteiro de obras; – Equipes técnica, administrativa e de suporte; – Taxas e emolumentos, etc. Planilha Orçamentária SINTÉTICA 01. SERVIÇOS INICIAIS 02. MOVIMENTO DE TERRA 03. INFRA ESTRUTURA 04. SUPER ESTRUTURA 05. FECHAMENTOS 06. COBERTURAS 07. IMPERMEABILZAÇÕES 08. INSTALAÇÕES 09. REVESTIMENTOS 10. PISOS 11. ESQUADRIAS 12. VIDROS 13. PINTURAS 14. DIVERSOS ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Planilha Orçamentária ANALÍTICA 01. SERVIÇOS INICIAIS 01.01 Serviços Técnicos 01.02 Taxas 01.03 Administração da obra 01.04 Limpeza do terreno 01.05 Instalações Provisórias 01.06 Locação da obra 02. MOVIMENTO DE TERRA 02.01 Escavação mecanizada com bota fora 02.02 Escavação manual 02.03 Reaterro compactado 02.04 Aterro compactado 03. INFRA ESTRUTURA 03.01 Contenções laterais para subsolos 03.02 Estacas 03.03 Formas 03.04 Armaduras 03.05 Concreto 03.06 Lastro de concreto 04. SUPER ESTRUTURA 04.01 Formas 04.02 Armaduras 04.03 Concreto ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 05. FECHAMENTOS 05.01 Alvenaria de 1 vez 05.02 Alvenaria de ½ vez 05.03 Elementos vazados 05.04 Divisórias 06. COBERTURAS 06.01 Madeiramento 06.02 Telhamento 06.03 Rufos 06.04 Calhas 07. IMPERMEABILIZAÇÕES 07.01 Calhas e rufos 07.02 Banheiros 07.03 Lajes 08. INSTALAÇÕES 08.01 Hidro-sanitárias 08.02 Combate à incêndio 08.03 Gás 08.04 Elétricas 08.05 Telefônicas 08.06 Lógica 08.07 Antena 09. REVESTIMENTOS 09.01 Chapisco 09.02 Reboco 09.03 Azulejos 09.04 Cerâmica ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 10. PISOS 10.01 Granito 10.02 Cerâmica 10.03 Cimentado 10.04 Rodapés 10.05 Soleiras 11. ESQUADRIAS 11.01 Madeira 11.02 Alumínio 11.03 Ferro 12. VIDROS 12.01 Comum 12.02 Temperado 13. PINTURA 13.01 Tinta PVA sobre massa corrida 13.02 Textura acrílica 13.03 Tinta esmalte sintético 14. DIVERSOS 14.01 Elevadores 14.02 Ajardinamento 14.03 Ligações de serviços públicos 14.04 Regulamentações do condomínio 14.05 Limpeza final ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 2. QUANTITATIVOS INTRODUÇÃO • ATENÇÃO – Demanda leitura de projetos, medições, cálculos de áreas e volumes, consulta a tabelas, etc. • ESPECIFICIDADE – Obedecer as especificações, considerando dimensões e características técnicas. • MEMÓRIA DE CÁLCULO – Utilizar formulários padronizados para fácil conferência e alterações devido a mudanças nas especificações. DIMENSÃO • LINEAR – Tubulação, meio fio, rodapé; • ÁREA – Forma, alvenaria, forro, reboco, pintura; • VOLUME – Concreto, escavação, aterro; • PESO – Armação; • ADIMENSIONAIS– Postes, placas de sinalização. 3 METODOLOGIA DE CÁLCULO DE QUANTITATIVOS SEGUNDO A NBR-12721 DICAS DO DIA A DIA DE UM ENGENHEIRO Todo quantitativo deve ser realizado com anotações em um memorial de cálculo que servirá de parâmetro para posteriores dúvidas quanto aos levantamentos. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3.1 DEMOLIÇÃO • O volume cresce porque o arranjo da massa se desfaz e aumenta de volume. Esse “inchamento”, semelhante ao empolamento, varia de material para material, e de acordo com o método de demolição. Demolição de alvenaria = volume da alvenaria x 2 Memória de cálculo – Demolição de paredes – M3 3.2 LIMPEZA DO TERRENO E REGULARIZAÇÃO – M2 • A limpeza é calculada por M² quando compreende apenas remoção de vegetação e detritos; • Remoção de entulho é calculado por viagem de entulho (7 m³) ou por volume; Volume de remoção de entulho = volume de demolição x 2 • A regularização quando a altura do aterro ou corte não passar de 30 cm, pode ser calculada por M²; • Regularizações que exijam movimentações maiores devem ser consideradas como serviços de terraplenagem (corte, aterro e transporte); 3.3 ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS – M3 • Os volumes das valas são calculados a partir das dimensões: largura, profundidade e comprimento. • Exemplo – Volume de escavação da sapata quadrada abaixo: ELEMENTO PERIMETRO VOLUME M M espessura M³ P1 4,00 2,80 0,15 1,68 P2 2,00 22,80 0,15 6,84 P3 3,30 2,80 0,15 1,386 P4 1,00 1,20 0,15 0,18 TOTAL 10,086 ALTURA MÉDIA Observações ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA V = LxCxH ------------------- 3,00m x 3,00m x 3,00m = 27,00m3 3.4 ESTRUTURA • FORMA – São consideradas as áreas de contato entre o concreto e a forma; • ARMADURA – As quantidades e bitolas de aço estão relacionadas nos projetos estruturais; • CONCRETO – Deve-se decompor o volume do concreto em partes (sapatas, blocos, pilares, vigas, lajes,reservatórios). 3.5 ALVENARIA • Calcula-se as áreas das paredes para cada tipo e/ou espessura; • Considera-se o perímetro das paredes em planta e multiplica-se pelo pé-direito, deduzindo-se os vãos de portas e janelas individualmente acima de 2 m²; ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Ex. Parede de 4m de comprimento e pé direito de 2,80m com uma janela de 2x1,5m. A parede = 4,00m x 2,80m = 11,20m2 A Janela = 2,00m x 1,50m = 3,00m2 A planilha = 11,20m2 – ( 3,00m2 – 2,00m2) = 10,20m2 Só desconta-se 1,00m2 que foi o valor excedente a 2,00m2. Isto se dá para compensar o tempo que o pedreiro gasta com a colocação da verga, contra-verga e arestamento, não estando produzindo alvenaria. Cálculo do volume de argamassa e da quantidade de blocos por m2 EX: Calcular a quantidade de insumos de uma parede de meia vez utilizando-se blocos cerâmicos de dimensões : b1 = 19cm ; b2 = 14cm ; b3 = 9cm, espessura de juntas de 1,5cm. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Número de blocos N = 1 1 _______________________ = ______________________ = 32unid/m2 (b1+ eh) + (b2+ev) 0,032 N = 1 1 _______________________ = ______________________ = 32unid/m2 (0,19+ 0,015) + ( 0,14+0,015) 0,032 Volume de argamassa V = 1 - N x ( b1 x b2 x b3) V = 1 – 32 x( 0,19 x 0,14 x) 0,09 = 0,0133m3/m2 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3.6 CHAPISCO E REBOCO • Devido ao trabalho adicional de requadramento e revestimento dos vãos (capeaços), só se descontam dos vãos a área que exceder 2,50 m². Como na alvenaria, regra imperfeita porque faz uma compensação de homem-hora por material. Calcula-se a área de reboco que normalmente no caso de edificações é a área real de alvenaria x 2, subtraindo-se o que exceder a 2m2 nos vãos de esuqdrias. No caso de reboco no fundo de laje é igual a área de piso, porém vigas e pilares são levantadas separadamente. 3.7 PISOS • Calculados a partir das dimensões internas, levando em conta a existência ou não de soleiras. As soleiras quando são de material nobre ( Granito, mármore) são calculadas separadamente por metro linear ou m2. No caso dos revestimentos cerâmicos, azulejos, granitos, a área deve ser a real, apenas leva-se em conta a regra do desconto quando existir capeaço. 3.8 ESQUADRIAS • Para portas e janelas padronizadas, quantificar por unidades; • Esquadrias de madeira e metálicas, calcula-se por área, isto é, os vãos livres. Descriminação Perímetro Área Descontos Área total Observações m m² m² m² Paredes BWC 7,14 19,992 19,992 CER 10X1O Paredes BWC fem 5,2 14,56 14,56 CER 10X1O Paredes BWC masc 5,2 14,56 14,56 CER 10X1O Pilares - frontal 2 5,6 5,6 CASQUILHO Parede fundo atend 14,7 2,8 41,16 0,5 40,66 reboco Total revestimento 95,87 Altura m 2,8 2,8 2,8 2,8 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3.9 COBERTURA • A cobertura desdobra-se em madeiramento e telhamento; • Deve-se levar em consideração a inclinação de cada água do telhado FATOR PARA CÁLCULO DE ÁREA 0,005 1,011 1,02 1,031 1,044 1,059 1,077 1,097 Graus 0 2,86 5,71 8,53 11,31 14,04 16,7 19,29 21,8 24,23 Incl DICAS DO DIA A DIA DE UM ENGENHEIRO inação 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% x α = 30% 1,00m tg Ө = tg 0,3 Arctg 0,30 = 16,69 o 1 Cos Ө = ___________ x Inclinação 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% Graus 0 2,86 5,71 8,53 11,31 14,04 16,7 19,29 21,8 24,23 Fator 1 1,001 1,005 1,011 1,02 1,031 1,044 1,059 1,077 1,097 Vamos explicar matematicamente. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 1 X = ___________ Cos Ө 1 X = ___________ = 1,044 ( FATOR DE CÁLCULO) 0,957 Exemplo: Calcular a área de cobertura do telhado abaixo; ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIAParâmetros para quantificação de madeiras e telhas: Espaçamento máximo de caibros – 0,50m Espaçamento de ripa – 0,20 ou 0,40m Espaçamento máximo de terças – 2,50m Recobrimento de telhas: Telhas padrão colonial – 0,02m na lateral e 0,05m longitudinal. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3.10 INSTALAÇÕES • Dispondo dos projetos, levantar a lista de materiais (tubulações, conexões, caixas, etc); • Não dispondo dos projetos, quantificar por pontos; • Louças, metais e bancadas; luminárias, tomadas, interruptores e quadros; abrigos para mangueiras e extintores; equipamentos em geral; quantificar por unidades. • Lembrar de detalhes como: caixas de medição, registros, sifão, caixa sinfonada, acessórios elétricos e sanitários, peças sanitárias, todos quantificados por unidade. 3.11 PINTURA Leva-se em conta a área real tomando por base o perímetro e a altura das peças subtraindo-se os vão de portas e janelas de acordo com os parâmetros abaixo: • Caiação ou epóxi não descontar vãos até 4 m²; • Látex em paredes, não descontar vãos até 2 m²; • Elementos vazados, multiplicar o vão por 4; • Esquadrias de madeira, multiplicar o vão por: - 3 para portas e janelas com caixa; - 2 para portas e janelas sem caixa; - 5 para janelas tipo veneziana com caixa; • Esquadrias de ferro, multiplicar o vão por 2, exceto se for venerziana; • Estruturas metálicas planas, multiplicar a projeção horizontal por 2; em arco, por 2,6; • Terças, caibros e ripas, multiplicar a projeção horizontal por 2. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3. CUSTO DE INSUMOS 3.1Custo da Mão de Obra ENCARGOS SOCIAIS TRABALHISTAS • HORISTAS – São os operários remunerados com base na quantidade de horas trabalhadas; – Para fins de orçamento, integram a mão de obra nas composições de custos unitários dos serviços diretos; – Ex: servente, pedreiro, carpinteiro, armador, encanador, eletricista, etc. • MENSALISTAS – São os funcionários remunerados numa base mensal; – Normalmente são integrantes das equipes técnica, administrativa e de suporte da obra, figurando no custo indireto da obra; – Ex: engenheiro, mestre, encarregado, almoxarife, vigia, secretária, motorista, etc. Encargos Sociais Trabalhistas - HORISTAS • GRUPO A -Encargos sociais básicos • GRUPO B -Encargos trabalhistas • GRUPO C -Encargos indenizatórios • GRUPO D -Reincidências • GRUPO E -Diversos ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ANO PRODUTIVO • DIAS CORRIDOS NO ANO 2008 ......................... 365 • DIAS NÃO TRABALHADOS: – FERIADOS ( 13 – 4 que coincidem com domingo) = -9 dias – FERIADOS ......................................................... -9 – FÉRIAS............................................. -30 – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO • Domingos ( 52 -4 dias das férias)............. -48 – AUX. ENFERMIDADE • 15 d x 17,65 % ................................ -2,65 » São 15 dias assumidos pelo empregador. Utilizou-se percentual de beneficiários que recorreram ao auxílio (fonte: IBGE) – ACIDENTES DE TRABALHO • 15 d x 13,31% (IBGE) .................. - 2 » São 15 dias assumidos pelo empregador. Adotou-se a frequência de acidentes na construção (fonte: Ministério do Trabalho) – LICENÇA PATERNIDADE • 5 d x 3% x 95% (IBGE) ........................ -0,14 » São 5 dias de licença. Adotou-se que 95% dos trabalhadores são homens e 3% a taxa de fecundidade (homens que tem filhos durante um ano) – FALTAS JUSTIFICADAS.......................... - 3 » Faltas abonadas pelo empregador, por motivos definidos na convenção coletiva de trabalho: morte do cônjuge, ascendente ou descendente, registro de nascimento de filho, casamento, doação de sangue, alistamento eleitoral, exigências do serviço militar. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ANO PRODUTIVO • DIAS CORRIDOS NO ANO .................................... 365 • DIAS NÃO TRABALHADOS: – FERIADOS....................................................... - 9 – FÉRIAS............................................................ -30 – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO.......... -48 – AUX. ENFERMIDADE...................................... -2,65 – ACID. DE TRABALHO...................................... - 2 – LICENÇA PATERNIDADE ............................... -0,14 – FALTAS JUSTIFICADAS ................................ -3 – IMPEDIMENTO POR DIAS DE CHUVA • Ich = [(128/365) x (270,21] x 20% x 20% Ich = 3,79 » Dias de chuva por ano: 128 » Chuvas durante o dia: 20% » Serviços que necessitam de bom tempo: 20% » Dias trabalhados até agora: 365 – 94,79 = 270,21 dias » (fonte: Inst. Nac. de Meteorologia) ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ANO PRODUTIVO • DIAS CORRIDOS NO ANO 2008 ....................................... 365 • DIAS NÃO TRABALHADOS: – FERIADOS ............................................................................ – 9,00 – FÉRIAS.................................................................................. -30 – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO................................ -48 – AUX. ENFERMIDADE............................................................ -2,65 – ACID. DE TRABALHO............................................................ -2,00 – LICENÇA PATERNIDADE...................................................... -0,14 – FALTAS JUSTIFICADAS ...................................................... – 3,00 – IMPEDIMENTO POR DIAS DE CHUVA ............................... -3,79 TOTAL DE DIAS NÃO TRABALHADOS................................ 98,54 • DIAS TRABALHADOS NO ANO 2008 ............. 266,42 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA GRUPO Encargos Sociais Básicos Tal contribuição é fixada por lei e seu recolhimento é feito sobre a folha de pagamento. • A1 -PREVIDÊNCIA SOCIAL (Lei n0 7787 de 30.06.89 com vigência a partir de 01.09.89) .......................................................... 20,0% • A2 – F.G.T.S (Lei n0 5107 de 13.09.66 e Regulamento (Decreto n0 59820 de 20.12.66), instituiu 8% sobre a remuneração, inclusive 130 salário. Lei complementar n0 110 de 29.06.01, adicional de 0,5% para uma conta especial para repor os expurgos dos Planos Verão (02.89) e Collor 1 (03.90) .... 8,0% • A3 -SALÁRIO EDUCAÇÃO (Decreto n0 87043 de 22.03.82) ......... 2,5% • A4 – SESI (Lei n0 5107 de 13.09.66) ............................................... 1,5% • A5 – SENAI (Decreto n0 6246 de 05.02.44) ..................................... 1,0% • A6 – SEBRAE (Medida Provisória n0 151/1990 e Leis n0 8029 de 12.04.90 e n0 8154 de 28.12.90) ....................................................... 0,6% • A7 – INCRA (Lei n0 2613/55, Decreto-lei n0 1110/70 e Decreto-lei n0 1146 de 31.12.70) ........................................................................... 0,2% • A8 -SEGURO CONTRA RISCOS DE ACIDENTES DO TRABALHO (Portaria n0 3002 de 02.01.92) ................................... 3,0%TOTAL ........................................................ 36,8% GRUPO B EncargosTrabalhistas Pagos na folha, embora não haja efetivamente prestação de serviço. • B1 –FERIADOS 9 / 266,42 = 3,38 % • B2 – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO 48 / 266,42 = 18,00 % • B3 – AUXÍLIO ENFERMIDADE 2,65 / 266,42 = 0,99 % • B4 – ACIDENTE DE TRABALHO ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 2/266,462= 0,75% • B5 – LICENÇA PATERNIDADE 0,14/ 266,42 = 0,05% • B6 – FALTAS JUSTIFICADAS 3/266,42 = 1,12% • B7 – IMPEDIMENTO POR DIAS DE CHUVA 3,79/266,42 = 1,42 % • B8 – 130 SALÁRIO 30/266,42 = 11,26% • TOTAL ....................................... 36,22% GRUPOC EncargosIndenizatórios Ocorrem por ocasião das rescisões de contrato de trabalho . • C1 – FÉRIAS – Conforme Decreto n0 90.817, de 17.01.1985 e Leis n0 8.212 e 8.213/91, alterada pela Lei n0 9.528 de 10.12.1997, não incide contribuição previdenciária nos casos de férias indenizadas (integrais ou proporcionais) não gozadas, mas pagas; – Artigo 70, inciso XVII, dos direitos sociais da Constituição Federal, dispõe que devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do salário; • C2 – AVISO PRÉVIO – Duas situações: » Indenizado (§10, art. 487, da CLT) ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA » Trabalhado com horário reduzido de duas horas diárias (art. 488 da CLT) – Conforme Leis n0 8.212 e 8.213/91, alterada pela Lei n0 9.528 de 10.12.1997, não incide contribuição previdenciária nos casos de aviso prévio indenizado; – Rotatividade na construção civil é de 9,67 meses (fonte: Ministério do Trabalho) • C3 – MULTA POR RESCISÃO – Quando a demissão é sem justa causa, a empresa deve pagar uma multa de 40% sobre o saldo da conta do FGTS para o empregado; – A Lei complementar n0 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição social adicional de 10% sobre o mesmo saldo do FGTS, referente à reposição dos expurgos ocorridos nos Plano Verão e Collor 1 sobre os depósitos do FGTS. • C4 – INDENIZAÇÃO ADICIONAL – Se a demissão se der no período de 30 dias antes da data- base da categoria (dissídio), o trabalhador tem direito a um salário adicional; – Adotou-se a rotatividade citada anteriormente e a média histórica de demissões nessa época de 5%. TOTAL .................................... 35,05% ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA GRUPO D Reincidências Neste grupo computam-se as reincidências entre os grupos A, B e C. • D1 – REINCIDÊNCIA DE “A” SOBRE “B” – Calculado a incidência do Grupo A sobre o Grupo B: GRUPODReincidênciasNeste grupo computam-se as reincidências entre os grupos • D2 – REINCIDÊNCIA DE “A2” SOBRE “C2” – Calculado a incidência do FGTS sobre o Aviso Prévio: TOTAL .............................................. 14,67% GRUPO E DIVERSOS • Encargos intersindicais – Vale transporte; – Refeição; • Equipamentos de proteção individual (EPI); • Outros. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA • E1 – VALE TRANSPORTE – Conforme o Decreto N0 95.247/87, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de transportes, para o que exceder a 6% do salário do trabalhador. Onde: • E2 – REFEIÇÃO – Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de refeição até 50% do seu valor. Onde: – Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho, período Maio/07 a Abril/08, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de refeição até 50% do seu valor. Onde: ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA • E3 – EPI – De acordo com o Art. 166 da CLT, a NR-18 da Lei N0 6.514/77, a empresa está obrigada a fornecer EPI aos trabalhadores. • UNIFORME - De acordo com o Acordo Coletivo de Trabalho, período Maio/07 a Abril/08, a empresa está obrigada a fornecer uniforme aos trabalhadores. • Ferramentas - De acordo com o Acordo Coletivo de Trabalho, período Maio/07 a Abril/08, a empresa está obrigada a fornecer ferramentas aos trabalhadores. » Como no caso do EPI, tratar as ferramentas como encargo é complexo, porque o consumo médio varia com o ofício do trabalhador e do tipo de obra; ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA » Pode ser incluído no orçamento como custo direto da obra em item específico ou custo indireto no BDI. TOTAL .............................................. 19,41% TOTAL GERAL DE ENCARGOS PARA HORISTAS – 142,77% No caso dos mensalistas os encargos são menores, pois alguns encargos já estão embutidos no salário mensal, como: Feriados, descanso semanal,auxílio enfermidade, acidente de trabalho,licença paternidade, dias de chuva, faltas). BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS É uma taxa cobrada do cliente incluindo os custos indiretos e a sua remuneração pela realização de um empreendimento. • Depende: – Tipo de obra; – Valor do contrato; – Prazo de execução; – Volume de faturamento da empresa; – Local de execução da obra. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL ( a ) • O escritório central é apenas um gerador de despesas. • As obras rateiam os custos da sede e remetem mensalmente uma cota proporcional ao porte de cada contrato. • RATEIO – Parcela de despesa da Administração Central,segundo critérios estabelecidos pela direção da empresa. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA RISCO DO EMPREENDIMENTO • Taxa para cobrir eventuais incertezas decorrentes de: – Omissão de serviços, – Quantitativos irrealistas ou insuficientes, – Projetos malfeitos ou indefinidos, – Especificações deficientes, – Inexistência de sondagem do terreno, etc. CUSTO FINANCEIRO • Compreende uma parte da perda monetária decorrente da defasagem entre a data do centro de gravidade das despesas e a data da receita correspondente, e a outra parte de juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo executor. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA • Ao incluir no orçamento, não se está dando um benefício ao construtor, senão apenas recompondo o poder de compra do dinheiro com o qual ele financia a execução da obra. • Exemplo: – Considerando o orçamento de uma obra pública cujo órgão contratante leva 1mês para pagar a medição mensal e taxa de juros é de 1 % a.m. TRIBUTOS • Tributo municipal • ISS – Imposto sobre Serviços – Base de cálculo: preço do serviço prestado – Alíquota: 5 % » Em Maceió, está acordado em 50% de mão de obra nas construções; portanto, a taxa sobre o “faturamento” é de: Alíquota variável de município para município. ISS5%50%2,5% • Tributos federais • COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – Base de cálculo: faturamento – Alíquota: 3 % » Destina-se a financiar as atividades ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA implementadas pelo Sistema 5S (SESC, SESI, SENAC, SENAI, SENAR e SEBRAE). Segundo maior tributo em termos arrecadação no Brasil, atrás somente do Imposto de Renda. • Tributos federais • IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – Base de cálculo: lucro real ou lucro presumido – Alíquota: variável pela base de cálculo – A legislação tributária estabelece as seguintes formas de apuração do lucro: » Lucro Real » Lucro Presumido » Lucro Arbitrado » Simples • FORMAS DE APURAÇÃO DO LUCRO: – LUCRO REAL • O imposto é calculado com base no lucro líquido do período de apuração; • Se o lucro for nulo ou negativo, a empresa “não” precisa pagar o imposto. – LUCRO PRESUMIDO • O imposto é calculado com base num percentual definido na lei; • Se o lucro for nulo ou negativo, a empresa ainda assim precisa pagar o imposto. – LUCRO ARBITRADO • Aplicável pela autoridade tributária quando a empresa deixar de cumprir as obrigações relativas à determinação do lucro. – SIMPLES - Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte • A lei estabelece um regime único de recolhimento de impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, alterando alíquotas e base de cálculos dos impostos. • REGIME DE LUCRO REAL – IRPJ • Alíquota: 15% sobre o lucro real até R$20.000,00 por mês. – Adicional de 10% sobre o lucro que exceder a R$20.000,00 por mês, ou seja, 25%. – CSLL • Alíquota: 9% sobre o lucro real ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA O pagamento do IRPJ e CSLL é trimestral, acompanhando os trimestres do ano civil. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA PREÇO DE VENDA • É o resultado da aplicação de uma margem denominada BDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de orçamento. PV CD1BDI Onde: PV = preço de venda CD = custo direto BDI = bonificação e despesas indiretas 3.2 Custo de Material ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA COTAÇÃO DE PREÇOS • ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS – Descrição qualitativa com informações de dimensões,peso, cor e quaisquer outros parâmetros; • QUANTIDADE – Em geral o preço unitário é inversamente proporcional à quantidade que se adquire dele; • PRAZO DE ENTREGA – É importante quando se trata de um produto que não é encontrado facilmente nas lojas, tipo: elevadores, esquadrias, cerâmicas, granitos, importados, etc; • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO – A comparação dos preços devem obedecer as mesmas condições, pois uma compra pode ser à vista ou a prazo, com ou sem entrada, com ou sem desconto. • VALIDADE DA PROPOSTA – É importante verificar se a época provável de compra são atendidos pelo prazo da proposta; • LOCAL E CONDIÇÕES DE ENTREGA – As cotações devem indicar o local de entrega; – FRETE FOB (free on board = livre a bordo) • Mercadoria disponibilizada no local de fabricação ou armazenamento; – FRETE CIF (cost, insurance and freight = custo, seguro e frete) • Mercadoria entregue na obra. • DIFERENÇA DE ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – Produto adquirido em outro Estado, há de se recolher a diferença de ICMS entre os dois Estados. Compara- se a alíquota interestadual com a interna e paga-se a diferença. REGIÃO DE DESTINO ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA REGIÃO DE ORIGEM COTAÇÃO DE PREÇOS • COMPARAÇÃO DE COTAÇÕES – Quando os valores não estão numa mesma base de informações é preciso orçar a parcela que falta na proposta incompleta. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 4.COMPOSIÇÃO DE CUSTOSUNITÁRIOS • Processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por insumo. • Envolve tipicamente: – Mão de obra – Material – Equipamento. • Tabela constituída: – INSUMO • Cada um dos itens de material, mão de obra e equipamento. – UNIDADE • Unidade de medida de cada insumo. – ÍNDICE • Incidência de cada insumo na execução de uma unidade do serviço. – CUSTO UNITÁRIO • Custo de aquisição ou emprego de uma unidade do insumo. EXEMPLO 01: LOCAÇÃO DA OBRA: execução de gabarito 1 m² Leis Sociais 124,46% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Carpinteiro h 0,13 0,13 3,34 0,434 Servente h 0,13 0,13 2,2 0,286 Arame galvanizado (bitola: 16 BWG) kg 0,02 0,02 6,00 0,120 Prego (tipo de prego: 18x27) kg 0,012 0,012 4,00 0,048 Pontalete 3a. construção (seção transversal: 3x3 " / tipo de madeira: cedro)m 0,04 0,04 2,20 0,088 Ripa 1x 3cm m 0,09 0,09 2,20 0,198 TOTAL 1,174 E.S 0,896 Valor BDI 0,621 TOTAL C/ BDI 2,69 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA IMPORTANTE: - OS ENCARGOS SOCIAIS SÃO INCIDIDOS SOBRE O SOMATÓRIO DE MÃO DE OBRA. - O B.D.I É INCIDIDO SOBRE O SOMATÓRIO DE MATERIAL, MÃO DE OBRA E ENCARGOS SOCIAIS. ENCARGOS SOCIAIS: 124,46% X ( 0,355 +0,191) = R$ 0,546 B.D.I : 30,00% X ( 0,355+ 0,191+ 0,120+0,0480,088+0,198+0,680) =R$ 0,68 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA EXEMPLOS: ESCAVAÇÃO MANUAL de vala em solo de 1ª categoria, profundidade até 1,5 m 1 m³ Leis Sociais 124,46% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Servente h 3 3 2,2 6,6 TOTAL 6,6 E.S 8,21436 Valor BDI 4,444308 TOTAL C/ BDI19,25867 ATERRO compactado manualmente* 1 m³ Leis Sociais 124,46% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Servente h 6,2 6,2 2,2 13,64 TOTAL 13,64 E.S 16,97634 Valor BDI 9,184903 TOTAL C/ BDI39,80125 ALVENARIA DE EMBASAMENTO com pedra rachão, empregando argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:4 1 m³ Leis Sociais 124,46% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Pedreiroh 6 6 3,34 20,04 Servente h 6 6 2,2 13,2 Pedra de mão (rachão) m³ 1,1 1,1 45,00 49,5 Areaia média m³ 0,363 30 120 3600 Cimento Kg 109,5 0,4 120 48 TOTAL 3730,74 E.S 41,3705 Valor BDI 1131,633 TOTAL C/ BDI4903,744 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA ALVENARIA DE EMBASAMENTO com tijolo cerâmico, empregando argamassa mista de cimento, e areia sem peneirar traço 1:8 1 m² Leis Sociais 50,00% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Pedreiro h 2 2 3,34 6,68 Servente h 2 2 2,20 4,4 Areia fina m³ 0,08712 0,08712 20 1,7424 Cimento Kg 12,384 12,384 0,4 4,9536 Tijolo cerâmico 9 x 11 x 19 (comprimento: 190,00 mm / largura: 90,00 mm / altura: 111,00 mm)un 70 70 0,25 17,5 TOTAL 35,276 E.S. 5,54 Valor BDI 12,2448 TOTAL C/ BDI53,0608 ARMADURA de aço para estruturas em geral, CA-50 Ø 8 mm, corte e dobra na obra 1 kg Leis Sociais 50,00% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Ajudante de armador h 0,08 0,08 3,34 0,2672 Armador h 0,08 0,08 2,20 0,176 Barra de aço CA-50 5/16" (bitola: 8,00 mm / massa linear: 0,395 kg/m)kg 1,15 1,15 5,00 5,75 Arame recozido (diâmetro do fio: 1,25 mm / bitola: 18 BWG)kg 0,02 0,02 7,00 0,14 TOTAL 6,3332 E.S 0,2216 Valor BDI 1,96644 TOTAL C/ BDI8,52124 FÔRMA de chapa compensada para estruturas em geral, resinada, e=12 mm, 3 reaproveitamentos 1 m² Leis Sociais 50,00% BDI 30,00% Componente Unid. Coef. Consumo Custo Unit.(R$)Total Ajudante de carpinteiro h 1,35 1,35 2,20 2,97 Carpinteiro h 1,35 1,35 3,34 4,509 Chapa compensada resinada (espessura: 12,00 mm)m² 0,43 0,43 27,00 11,61 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,1 0,1 1,00 0,1 Prego (tipo de prego: 18x27) kg 0,25 0,25 7,00 1,75 Pontalete 3a. construção (seção transversal: 3x3 " / tipo de madeira: cedro)m 2 2 3,50 7 Sarrafo 3a. construção (seção transversal: 1x4 " / tipo de madeira: cedro)m 1,53 1,53 3,00 4,59 Tábua 3a. construção (seção transversal: 1x12 " / tipo de madeira: cedrinho)m 1,6 1,6 3,00 4,8 TOTAL 37,329 E.S 3,7395 Valor BDI 12,32055 TOTAL C/ BDI53,38905 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA PERDAS • É necessário levar em consideração no orçamento; • Há perdas que podem ser evitadas (desperdício) e outras que são inerentes à atividade. • Exemplos: – Armação cortada na obra: sobras dos vergalhões; – Forma de madeira: sobras de corte e montagem; – Concretagem: extravasão, deformação das formas, resíduos na betoneira, excesso de fabricação, material para corpos de prova, diferença dimensional entre projeto e campo (laje no projeto 10 cm e no campo 10,5 cm, significa 5% a mais de concreto). PERDAS • Algumas causas de desperdício: – Carga e descarga malfeitas; – Armazenamento impróprio; – Manuseio e transporte impróprio; – Roubo. As perdas devem ser consideradas na composição de custos unitários e nunca, no quantitativo. REAPROVEITAMENTO • Materiais não permanentes, quanto mais reutilizado, menor será o custo da obra com aquele insumo; • Depende: – Qualidade da mão de obra; – Qualidade do material; – Cuidado no manuseio; – Padronização do projeto. • Na composição de custos, quando o material pode ser reaproveitado “n” vezes, seu índice de utilização deve ser dividido por “n”. Na composição de custos, quando o material pode ser reaproveitado “n” vezes, seu índice de utilização deve ser dividido por “n”. • Exemplo: – Para folhas de compensado usadas 5 vezes, este insumo deve aparecer com incidência de apenas 0,20 m2 por m2 de forma. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 22 /20 ,05 1 1.0 Planejamento O planejamento da construção consiste na organização para a execução, e inclui o orçamento e a programação da obra. O orçamento contribui para a compreensão das questões econômicas e a programação é relacionada com a distribuição das atividades no tempo. Em função da variabilidade do setor, é importante realizar o planejamento do empreendimento em níveis de detalhamento diferentes, considerando horizontes de longo, médio e curto prazos. O planejamento de longo prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento, considerando as grandes definições, tais como emprego de mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, organização do canteiro de obra, prazo de entrega, forma de contratação (preço de custo ou empreitada), e relacionamento com o cliente. O plano inicial tem pequeno nível de detalhamento, em geral indicando macro-itens, tais como “fundações”, “estrutura”, “alvenaria” e assim por diante. Em uma obra de dois a três anos, o plano da obra é definido em semestres, por exemplo. Esse nível é utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões de nível organizacional (gerência da empresa). No nível de planejamento de médio prazo trabalha-se com atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada para a remoção de empecilhos à produção, através da identificação com antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros (“lookahead planning”). O planejamento de curto prazo visa à execução propriamente dita. Esse planejamento desenvolve uma programação para um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as atividades a serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de materiais e mão de obra, bem como o conhecimento do ritmo normal da obra. Esta disciplina englobará diversos assuntos relacionados ao dia a dia do técnico em atividades de escritório e campo no tocante ao planejar, gerenciar e controlar obras de edificações. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Adota-se a idéia de produção protegida contra os efeitos da incerteza (“shielding production”), ou seja, as atividades programadas têm grande chance de ocorrerem. É comum medir a qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas. Desta forma o planejamento das próximas atividades poderá ser aprimorado. . 2.0 - GERENCIAMENTO Segundo o Engenheiro Aldo Dórea Mattos (2003), as obras de engenharia necessitam de um alto nível de controle devido ao alto consumo de dinheiro. Um gerenciamento eficiente das atividades de campo é imprescindível. Historicamente, o gerenciamento de obras nasceu em função de três grandes fontes de pressão: 1) Expansão do Conhecimento Humano – as disciplinas envolvidas em um projeto são muito, difíceis de serem controladas por um só individuo; 2) Demanda Contínua por Produtos e Bens mais Sofisticados – acarreta a necessidade de perfeita integração entre todas as partes produtivas; 3) Evolução da Competição - prazo, custo e qualidade são critérios básicos de sobrevivência, que só podem ser atingidos com o gerenciamento. 2.1 - GERENCIAMENTO DE PROJETOS 2.1.1 – PROJETO Define-se Projeto, segundo o Engenheiro Aldo Dórea Mattos (2003), como “um empreendimento singular que tenha um conjunto bem definido de objetivos, a ser materializado segundo um plano pré-estabelecido e dentro de condições de prazo, custo, qualidade e risco desejados”. Duas característicasimportantes do projeto são: A temporariedade e individualidade. A temporariedade significa a existência de um início e um fim, isto é, tem uma duração finita. A individualidade mostra que o produto de cada projeto é único e, portanto suas características precisam ser garantidas durante todo o processo. O gerenciamento de projetos é a utilização de um conjunto de ferramentas que permitam que a empresa desenvolva habilidades para conquistar o sucesso técnico e organizacional. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 2.1.2 - OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO Os objetivos fundamentais do gerenciamento de um projeto segundo o Engenheiro Aldo Dórea Mattos são: Qualidade requerida, Prazo estipulado, Custo previsto. 2.1.3 - PROJETO DE CONSTRUÇÃO De acordo com o Engenheiro Aldo Dórea Mattos (2003), projeto de construção são empreendimentos intrincados, que consomem muito tempo e recursos, geralmente consistindo de várias fases e ampla gama de serviços especializados. Há a participação e interferência de organizações tão variadas quanto projetistas, empreiteiros, subempreiteiros, fiscais etc. 2.2 – TIPOS DE PLANEJAMENTO É um processo de previsão de decisões, que envolve o estabelecimento de metas e a definição de recursos necessários para atingi-las. 2.2.1 - PLANEJAMENTO TÉCNICO A linha do planejamento técnico é a do “que fazer” e “quando fazer”. Nele definem-se a seqüência de construção, a metodologia, os equipamentos e as principais datas-marco do projeto. A abordagem clássica recomenda pensar nos seguintes aspectos: - Conhecer a situação; Levantar os dados sobre o projeto, juntar toda a documentação, realizar visitas de campo, conhecer obras próximas etc. - Definir objetivos; Dividir o projeto em blocos de concentração de atenção, definir escopos de trabalho, atribuir responsabilidades, definir datas-marco e objetivos físicos. - Fixar estratégias; Estabelecer metodologia geral ou plano básico de condução do projeto. - Identificar atividades; subsidiar os pacotes de trabalho em atividades possíveis de serem delegadas e mensuradas, geralmente produto da estruturação analítica do projeto. - Sequenciar atividades; determinar as relações de precedência e o conseqüente encadeamento das atividades. - Identificar recursos; Definir o tipo de recurso necessário (mão-de-obra, material, equipamentos), sua quantificação, prazo de utilização. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA - Estabelecer durações; definir quanto tempo dura cada atividade em função dos recursos a serem empregados. - Fixar datas-marco; estabelecer calendário de trabalho, regimes de turno, prazos contratuais de entrega dos serviços, etc. 2.2.2 - PLANEJAMENTO GERENCIAL A linha do planejamento gerencial é a do “como fazer”. Procura-se concentrar nas seguintes etapas: - Fazer articulação política; o gerente precisa ter credibilidade e obter consenso quanto à linha de ação proposta. - Selecionar os membros-chaves da equipe; como o gerente não pode ser onipresente, pessoas com conhecimento técnico e experiência são de vital importância. - Estabelecer sistema de comunicação; fixar filosofia de comunicação. - Promover entrosamento; identificar as falhas no relacionamento interno pode ajudar a desenvolver a interação entre as equipes e os indivíduos. - Executar treinamento; desenvolvimento profissional é uma ferramenta de aumento de produtividade. - Tomar medidas corretivas; corrigir as disfunções observadas na auditoria gerencial. 2.3 - NÍVEIS DE PLANEJAMENTO O nível de detalhamento de um planejamento, independentemente de ele ser técnico ou gerencial, caracteriza outra classificação de acordo com o Engenheiro Aldo Dórea Mattos: estratégico, tático ou operacional. 2.3.1 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É aquele mais genérico, definidor de diretrizes e linhas gerais. É normalmente elaborado na fase inicial de estudo. Se tomarmos como exemplo a construção de uma casa, a partir do projeto de engenharia, podem ser identificados os sistemas principais: iluminação, instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, ar condicionado etc. Ainda neste planejamento são listados os requerimentos técnicos e especificações. Numa barragem este planejamento definiria as áreas de empréstimo, o tipo de exploração etc. 2.3.2 - PLANEJAMENTO TÁTICO ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Desce um degrau de detalhe maior que o estratégico e já procura antever as condições de campo, as interferências etc. Pode-se dizer que o planejamento tático é um refinamento do estratégico. Um cronograma mestre é um dos produtos deste planejamento. No mesmo exemplo da construção de uma casa, os sistemas construtivos são agora destrinchados em seus componentes, datas de entrega dos materiais, programação de compras, data de início etc. No caso do exemplo de uma barragem, no planejamento tático seria dimensionada o laboratório de solos, seriam traçadas as rotas de acessos e a seqüência de exploração da jazida, dimensionamento dos equipamentos, etc. 2.3.3 - PLANEJAMENTO OPERACIONAL É o mais detalhado de todos e presta-se para a execução final da obra. Os pacotes de serviço definidos nos planejamentos anteriores são agora subdivididos em atividades mais palpáveis que serão delegadas a equipes e indivíduos para execução. Este planejamento deve levar em conta sugestões e comentários dos executores das atividades. Quanto maior o envolvimento da equipe, mais realista será o planejamento. No exemplo da construção de uma casa, o planejamento operacional incluiria as atividades de execução, instalações dos elementos elétricos, os testes, o recebimento de materiais, etc. No caso da barragem, contemplaria entre outras tarefas a limpeza e desmatamento da área de empréstimo, os volumes mensais a serem produzidos. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 3.0 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE OBRAS A programação da obra está mais diretamente relacionada com o nível de planejamento de curto prazo. A programaçãode curto prazo (detalhada) é necessária por dois motivos: técnico e financeiro. É importante ordenar corretamente as atividades, para que seja possível adquirir, contratar ou alugar os materiais, a mão-de-obra e os equipamentos necessários no momento adequado. Realizar estas atividades depois do momento significa atrasar a obra. Realizar antes significa desperdiçar materiais (perdas no armazenamento), pagar mão-de-obra ou equipamentos ociosos ou ainda empregar recursos que geralmente não estão disponíveis ou que poderiam ser melhor aplicados. Atualmente, em uma conjuntura nacional de juros elevados, torna-se fundamental (talvez seja a principal parte de todo o processo) o gerenciamento financeiro do empreendimento, para compatibilizar os ingressos (receitas) com as despesas, garantindo a viabilidade financeira da obra. Veja que a empresa não conta, geralmente, com recursos suficientes para executar a obra, dependendo primordialmente das contribuições do(s) proprietário(s). Se houver uma defasagem muito grande (chamada de "dique financeiro"), o empreendimento será inviável, porque o custo dos empréstimos bancários é muito superior ao lucro que pode ser obtido, de regra. Ou seja, determinada obra "poderia ser um bom negócio", mas a empresa não tem condições de realizá-lo, na prática, pela falta de capital próprio. A programação de obras carece de um tratamento tão ou mais cuidadoso que o orçamento,pois são necessários conhecimentos profundos sobre o projeto, recursos financeiros disponíveis, prazos de compra e entrega de materiais, situação do mercado (fornecedores, macroeconomia do país), disponibilidade de mão-de-obra (para as diversas atividades e na quantidade necessária), prazo global para o fim da obra e muitas outras informações. É preciso conhecer Desempenho Custo Prazo (previsto) Data limite Desempenho requerido Limite do orçamento Meta ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA o fluxo de caixa global da empresa, sua programação futura e seu crédito junto aos fornecedores e instituições financeiras. A execução de uma programação criteriosa é importante, pois apenas o orçamento não garante a possibilidade de execução em um determinado prazo ou momento econômico. O ideal é que o processo seja iterativo com o orçamento, ou, ao menos, com o pessoal envolvido na orçamentação, pois muitas informações deste são necessárias e muitas conclusões podem ser retiradas do planejamento, alterando os orçamentos. Se o planejamento for executado apenas depois da contratação da obra, não possibilitará correções e aprimoramento do orçamento, e eventuais falhas serão traduzidas em prejuízos. Por exemplo, o prazo de execução pode ser inviável diante das soluções técnicas adotadas, ou exigir dispêndios não previstos (grande quantidade de mão-de-obra, equipamentos especiais, pagamento de taxas para encomenda de materiais fora dos prazos normais dos fornecedores, etc.). O trabalho de programação de obras deve ser realizado inicialmente com base nos dados decorrentes do orçamento discriminado. Busca-se uma distribuição de recursos humanos e financeiros otimizada, além da seqüência técnica necessária para a execução da obra. Geralmente os softwares de orçamentação não realizam os cálculos necessários para a programação. Existem basicamente dois métodos para a programação de obras: PERT-CPM e Gantt. Para seu emprego, deve-se saber as quantidades totais de cada serviço a ser executado e suas durações (baseadas principalmente no consumo de mão-de-obra). 3.1. ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS - São processos técnicos gerenciais que visam obter o objetivo desejado, dentro do prazo planejado, do custo compatível e da qualidade requerida. QUALIDADE CUSTO PRAZO PARA SE ADMINISTRAR UMA OBRA É PRECISO CONHECER BEM O SISTEMA CONHECIDO COMO BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES 1 - PROJETO 2 – ESPECIFICAÇÕES 3 – QUANTITADES 4 – CUSTOS 5 – FORMAS DE MEDIÇOES 6 – CONTRATO OBRA OBRA BRANCA DE NEVE ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA 7 – PRAZO FOCO DA GESTÃO EM CANTEIRO DE OBRAS - GESTÃO DE CONTRATOS; ( Suprimentos, terceiros ) - GESTÃO DE PRODUÇÃO; ( Execução) - GESTÃO AMBIENTAL; ( PGRCC ) - GESTÃO DE QUALIDADE; ( Certificação ) - GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO; ( Proteção ao trabalhador e atendimentos as NRs do M.T.E) Dimensionamento de equipe indireta da obra: Por se tratar de obra de médio porte e de ser uma obra isolada, teremos: 01 engenheriro civil; 01 Técnico em edificações; 01 Enc. Admnistrativo/ pessoal; 01 Técnico em segurançado trabalho ( pró- ativo); 01 Almoxarife; 01 Mestre de obras; 01 Enc. Pedreiro; 01 Enc. Carpintaria; 01 Enc. Armação; 01 Estagiário; Documentos necessários para início da obra: - Alvará de construção( PREFEITURA); - Licença ambiental; - PCMAT; pcmso - PGRCC; - LICENÇA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA; - SOLICITAÇÃO A CASAL – LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE ÁGUA; - SOLICITAÇÃO A CEAL – LIGAÇÃO PROVISÓRIA DE ENERGIA; - ART – CREA; - COMUNICAÇÃO PRÉVIA (DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO); 3.2 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO O layout do canteiro; Atender a NR 18 Conceito de Layout ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Disposição física de homens, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem e, de um modo geral, a disposição racional de diversos serviços. Princípios de Layout Princípios básicos que integram o conceito de layout: - Economia de movimentos - Fluxo progressivo - Integração - Uso do espaço cúbico - Satisfação e segurança Canteiro de Obras Estudo Preliminar do Canteiro de Obras No estudo preliminar do Canteiro de Obras, ainda na fase de planejamento, diversos itens de vital importância devem ser considerados. Entre eles: 1) Ligações de água, energia elétrica, esgoto e telefone, devendo ser solicitadas, junto às respectivas Concessionárias, as informações necessárias. 2) Localização e dimensionamento, em função do volume da Obra, de áreas para armazenamento de materiais a granel (areia, brita, etc.). 3) Localização e dimensionamento, em função do efeito máximo previsto para a Obra, das Áreas de Vivência, com as seguintes instalações: · Sanitários. · Vestiários. · Alojamento. ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA · Local de Refeições. · Cozinha (quando for previsto o preparo de refeições). · Lavanderia. · Área de Lazer. · Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores. 4) Localização e dimensionamento das centrais de: · Massa (betoneira). · Minicentral de concreto, quando houver. · Armação de Ferro. · Serra Circular. · Armação de forma. · Pré-montagem de Instalações. · Soldagem e Corte a Quente. · Outras. 5) Localização e dimensionamento dos Equipamentos de Transporte de Materiais e Pessoas: · Grua. · Elevador de Transporte de Materiais (Prancha). · Elevador de Passageiros (Gaiola). 6) tapumes ou barreiras para impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços; 7) Acessos de pessoas e materiais; 3.2.1 DIMENSIONAMENTO DE CANTEIRO OBS: DEVE-SE LEVAR EM CONTA SEMPRE O MÊS DE MAIOR CONSUMO DE MATERIAS. PRIMEIRO PASSO: - Descobrir o mês de maior consumo de acordo co o cronograma calculando os insumos; Planilha de quantidades; Chapisco 1:3 em paredes – m2 – 900 Reboco 1:6 e=20mm – m2 – 900 Lastro em concreto – m2 - 400 - De acordo com a composição de preço unitário, calcule os insumos totais. Chapisco: Cimento - 900m2 x 2,19Kg/m2 = 1971kg Areia - 900m2 x 0,0073 m3/m3 = 6,57m3 ORÇAMENTO DE OBRAS DE ENGENHARIA Reboco: Cimento - 900m2 x 4,86Kg/m2 = 4374kg Areia - 900m2 x 0,024 m3/m3 = 21,60m3 Lastro: Cimento - 400m2 x 11,20Kg/m2 = 4480kg Areia - 400m2 x 0,045 m3/m3 = 18m3 Brita – 400m2 x 0,045m3/m3 = 18m3
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