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110663-Apostila_Contab_Intl(1)

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CONTABILIDADE INTERNACIONAL 
(MATERIAL DE APOIO) 
 
 
2012.2 
 
 
 
PROF. LAURIMAR VELOSO LIMA E MARCELO RABELO HENRIQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1
Capítulo 1 
1.1 A importância da contabilidade internacional para o mercado globalizado 2 
1.2 O objetivo da conversão de demonstrações contábeis 3 
1.3 Contabilidade em moeda estrangeira e conversão de demonstrações contábeis 5 
1.4 Definição de conversão e paridade entre moedas 6 
1.5 Padronização, Harmonização, Uniformidade e Convergência de normas 
contábeis 
6 
 Exercícios 7 
 
Capítulo 2 
2.1 Princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e internacionais 11 
2.2 Os organismos internacionais responsáveis pelas normas contábeis: aspectos 
introdutórios 
12 
2.2.1 Orgãos reguladores: USA 13 
2.2.2 Orgãos reguladores: os organismos internacionais responsáveis pela 
harmonização contábil 
14 
2.2.3 A harmonização da contabilidade nos moldes do IRFS no mundo 17 
2.3 Orgãos reguladores: Brasil 18 
2.4 Tipos de moedas 22 
2.5 Taxas de conversão 23 
 
Capítulo 3 
3.1 Método Monetário e Não Monetário 25 
3.2 Ganhos e perdas na conversão – TGL: Translation Gain or Loss 28 
3.3 Exemplo de conversão Método Monetário e Não Monetário 29 
 Exercícios 30 
 
Capítulo 4 
4.1 Método do Câmbio de Fechamento 41 
4.2 Exemplo de conversão pelo Método do Câmbio de Fechamento 41 
 
 
Capítulo 5 
5.1 Método Temporal 46 
 
Capítulo 6 
6.1 Emprétimos e financiamentos em moeda estrangeira 47 
6.2 Diferença entre variação cambial e variação monetária 48 
 Exercícios 48 
 
Capítulo 7 
7.1 Lei Sarbanes-Oxley 51 
 Exercícios 52 
 
 
 
 
 
 
 
 2
Capítulo 1: 
1.1. A importância da contabilidade internacional para o mercado globalizado 
 
Nos últimos tempos, o mundo e a sua economia vivenciou e continua 
vivenciando um processo de mudança irreversível, denominado “globalização”. 
Essa transformação tem sido tão grande e se mostra tão relevante, que provocou 
alterações em diversos segmentos da sociedade mundial, tal como empregabilidade, 
educação, esportes, divisão de renda, e desta forma, redefinindo completamente o 
conceito de propriedade e riqueza, provocando desta forma a alteração do ranking 
de prosperidade que existia anteriormente. 
 
A tentativa de integração dos países membros dos blocos econômicos, hoje 
existentes no mundo, a exemplo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL e União 
Européia - UE, bem como a expectativa de criação da ALCA, pode ser vista e 
entendida do ponto de vista econômico como a ampliação da atuação das empresas 
e dos mercados onde estas atuam, e conseqüentemente a necessidade de bem 
informar os usuários nacionais e internacionais da informação contábil. 
 
O ambiente internacional vem se alterando em diversos aspectos e se 
tornando mais competitivo e exigente. As organizações em resposta às novas 
exigências ambientais e de certificação, estão passando por mudanças profundas 
em sua cultura, em seus processos e muitas vezes em sua forma de atuação, 
provocando assim mudanças nas economias nacionais e nelas próprias em 
especial. Nesse contexto, o movimento de mudanças, o processo de gestão 
empresarial e própria Contabilidade passam por novos desafios e os seus 
responsáveis passam a trabalhar com novos modelos de decisão, tomando a 
Contabilidade como base principal das ferramentas de gestão empresarial. 
 
Há que se ressaltar também o grande impacto gerado pelos escândalos 
contábeis envolvendo fraudes em empresas de grande influência no mercado de 
capitais como a Enron, a Xerox e a empresa de auditoria Arthur Andersen, fazendo 
com que os legisladores e órgãos normativos passassem a estabelecer mudanças 
na evidenciação contábil, bem como no grau de exigência de transparência na 
postura dos dirigentes. 
A expansão das fronteiras internacionais levou a necessidade da prática de 
uma nova linguagem, tanto idiomática (representada por expressões como 
disclusore, cash-flow, controller) como a distinta desta, que é a linguagem das 
 
 
 3
moedas entre os diversos países. 
Como conseqüência das disparidades que as economias (sobretudo as 
inflacionárias) podem gerar nestes relatórios, são apresentados aspectos relativos à 
busca pelos diversos órgãos normativos para uma melhor prática contábil que 
atenda as necessidades da empresa bem como os princípios que orientam estas 
práticas, que, ao longo do tempo, fizeram com que a contabilidade venha buscando 
formas de melhor espelhar o verdadeiro valor patrimonial das empresas. 
Na época de alta inflação algumas regras práticas eram sugeridas aos 
consumidores de modo a não permitir que a moeda perdesse tanto o seu valor. 
Assim sendo recomendava-se não manter dinheiro em espécie, a não ser para 
coisas indispensáveis como o cafezinho, a condução ou alguns trocados para 
gorjetas. Analogamente às empresas buscavam formas de minimizar os efeitos 
nocivos da inflação em seus resultados. 
Economias com alta inflação geram o inconveniente de não ter um padrão de 
preços e sua conseqüente incomparabilidade de valores. Devido a volatilidade dos 
preços praticados, não há memória prática para avaliar a relatividade entre os 
valores dos diversos bens negociados. Na época de alta inflação no Brasil, para se 
analisar valores ao longo do tempo recorria-se a índices econômicos que 
representassem alguma forma de comparabilidade. 
De forma análoga, outra face da moeda que precisa ser analisada é quando 
se fala, na área de negócios, da apresentação de relatórios financeiros de empresas 
para o exterior. Nestes casos, têm-se unidades monetárias distintas, com taxas de 
correção cambial não necessariamente dependentes o que leva a necessidade de 
um instrumento que seja o reflexo mais fiel dos negócios na outra moeda e que 
atenue as disfunções características que possam aparecer entre estas. 
 
1.2. O objetivo da conversão de demonstrações contábeis 
 
Os profissionais contadores, administradores, das entidades de classes e 
órgãos reguladores nacionais e internacionais, têm procurado encontrar soluções e 
paliativos para eliminar os efeitos que a inflação acarreta para as demonstrações 
financeiras. 
Do ponto de vista das nações que têm investimentos em países com 
problemas de inflação, seja para consolidação das demonstrações ou para 
simplesmente avaliar desempenhos, também se tem procurado uma solução neste 
 
 
 4
sentido. 
Há um interesse e necessidade de se tratar contabilmente as demonstrações 
financeiras preparadas no exterior. O problema com que se depara, é o da 
necessidade de converter essas demonstrações para outra moeda e segundo 
critérios contábeis que guardem uniformidade com aqueles praticados pelo país de 
origem dos investimentos 
 Pode-se destacar entre os principais objetivos para conversão das 
demonstrações contábeis: 
 
� Obter demonstrações contábeis em moeda forte, não sujeita aos efeitos da 
inflação 
 Durante décadas, conviveu-se com um sistema econômico altamente 
inflacionário que, mesmo com o reconhecimento da correção monetária, acarretava 
relevantes distorções nas demonstrações contábeis em moeda nacional, 
prejudicando qualquer tentativa de análise comparativa. Assim sendo, diversas 
empresas nacionais mantinham, para fins gerenciais, sistema de contabilidade em 
moeda estrangeira considerada moeda forte. 
 Com o sucesso do Plano real, convive-se com inflação extraordinariamente 
baixa para nossos padrões (abaixo de 10% ªª). Entretanto, com o término da 
correção monetária, ao longo do tempo, essa inflação acabará acumulando-se, 
provocando relevantes distorções nas demonstrações contábeis. Por esse motivo, 
empresas que mantinham sistema de contabilidade em moeda estrangeira optaram 
pelamanutenção do sistema e outras que não possuíam estão empenhadas em 
implanta-lo. 
 
� Permitir ao investidor estrangeiro melhor acompanhamento de seu 
investimento, já que as demonstrações convertidas estarão expressas na 
moeda corrente de seu próprio país. 
 Mais do que nunca verifica-se a entrada de capitais estrangeiros no país e 
empresas nacionais preparando-se para parcerias com investidores estrangeiros , 
ou tentando a captação de recursos no exterior através da obtenção de empréstimos 
ou da colocação de títulos mobiliários nas bolsas de valores do exterior. Assim 
sendo, para que os investidores possam avaliar o desempenho da empresa e a 
evolução de seu investimento, é necessário apresentar demonstrações contábeis 
elaboradas na moeda de origem, e de acordo com os critérios contábeis a que esses 
investidores estão acostumados. 
 
� Possibilitar a aplicação do método da equivalência patrimonial sobre 
investimentos efetuados em diversos países. 
 
 
 5
 As empresas americanas, européias e outras nacionalidades que possuem 
investimentos em outras empresas devem avalia-los de acordo com o método da 
equivalência patrimonial . Para tanto, é necessário apurar o valor do patrimônio 
líquido contábil dessas empresas em moeda estrangeira, e de acordo com os 
critérios contábeis americanos. 
 
� Possibilitar a consolidação e combinação de demonstrações contábeis de 
empresas situadas em diversos países. 
 
1.3. Contabilidade em moeda forte e a diferença entre conversão de 
demonstrações contábeis e contabilidade em moeda estrangeira 
A essência da contabilidade em moeda forte é que todos os valores das 
demonstrações financeiras devem ser divulgados em moeda de poder de compra da 
data de encerramento do último exercício social. 
As demonstrações são preparadas a usuários externos por muitas empresas 
no mundo inteiro. Embora tais demonstrações contábeis possam parecer 
semelhantes de um país para outro, existem diferenças que foram provavelmente 
resultante de uma variedade de circunstâncias sociais, econômicas e legais e de, 
diferentes países adotarem normas contábeis que atendam as suas necessidades, 
segundo o entendimento de cada um. 
Muitas vezes confunde-se os termos convesão de demostrações financeiras e 
contabilidade em meoda estrangeira. Apesar dos nomes parecidos, os termos 
identificam situações diferentes. 
Na contabilidade em moeda estrangeira todas as operações, na medida em 
que são feitas, são convertidas e lançadas no sistema contábil próprio, e ao final do 
período, as demonstrações contábeis apresentadas já estão em moeda estrangeira. 
Na conversão de demonstrações contábeis para moeda estrangeira, a 
contabilidade é em moeda local. Somente após apuradas as demonstrações 
contábeis é que elas são convertidas. 
Contabilidade em moeda estrangeira pressupõe a existência de um sistema contábil 
em moeda estrangeira, onde as operações, á medida em que são feitas, já estão 
em moeda estrangeira. 
Conversão de demostrações financeiras pressupõe a existência de uma 
contabilidade em moeda nacional, no Brasil o Real, que servirá de base para a 
conversão dos demonstrativos financeiros para outra moeda. 
 
 
 6
1.4. Definição de conversão e paridade entre moedas 
 
“Conversão é o processo através do qual quantias 
determinadas em uma moeda são expressas em termos 
de outra moeda”. (FIPECAFI, 1991:599) 
 
“Paridade é o preço de uma unidade de moeda 
estrangeira medido em unidades ou frações de outra 
moeda estrangeira” 
 
A determinação da taxa de câmbio a ser utilizada no processo de conversão e 
o tratamento a ser dispensado aos ganhos ou perdas surgidos do processo 
destacam-se como problemas principais no tocante à conversão de demonstrações 
financeiras. 
 
1.5. Padronização, harmonização, uniformidade e convergência de normas 
contábeis 
 
São termos utilizados frequentemente em artigos relacionados ao processo 
de globalização das normas contábeis: Padronização, harmonização, uniformidade e 
convergência. A seguir, como interpretar cada termo para melhor entendimento do 
processo: 
 
Padronização Consiste na adoção de regras mais rígidas, sem flexibilização. O padrão escolhido como referência para a harmonização mundial das demonstrações contábeis são as normas IAS/IFRS publicadas 
pelo IASB. 
Harmonização Busca amenizar as diferenças internacionais. Os pronuncionamentos internacionais são traduzidos e adaptados às características de cada país sem, entretanto, perder as características básicas de 
cada pronunciamento. 
Uniformidade Com a harmonização mundial das normas contábeis as demonstrações contábeis de vários países serão comparáveis porque estarão uniformizadas de acordo com o padrão internacional, porém 
respeitando as características de cada país. 
Covergência Processo de implementação das normas internacionais em cada país. No brasil, o processo foi iniciado oficialmente em 1º de janeiro de 2008 com a Lei 11.638/07 e deverá estar concluído no final 
de 2010. 
Fonte: PEREZ JÚNIOR, J.H. (2009, p. 4), adaptado 
 
 
 
 
 
 
 7
EXERCÍCIOS 
 
1) Considere as seguintes cotações (data de 10/02/2010): 
 
Dólar dos Estados Unidos (USD): R$ 1,84830 
Peso Chileno (CLP) : R$ 0,0034607 
Peso Argentino (ARS): R$ 0,481065 
 
A partir das seguintes considerações, efetue as conversões: 
 
a) O ingresso mais barato para o show da banda Coldplay em Santiago 
é CLP $ 40.000,00. Um brasileiro em férias no Chile tem intenção de 
ir. Quantos reais desembolsará? O salário mínimo no Chile é CLP é 
135.000,00 e uma garrafa de agua mineral custa CLP 400,00. 
Quanto corresponde, respectivamente, em reais? 
 
 
 
 
b) O salário mínimo na Argentina é ARS 630,00. Qual o 
correspondente em reais? Neste mesmo país, alugar um 
apartamento de dois quartos em Buenos Aires sai por US$ 400, uma 
passagem de ônibus custa US$ 0,80 e um refrigerante vale US$ 2. 
Quanto corresponde em reais? 
 
 
 
 
 
2) Considere as seguintes cotações em Reais em 15/08/2011: 
Dólar dos Estados Unidos (US$) 1,5956 
Euro (Euro) 2,3058 
Franco Suíço (CHF) 2,0451 
Libra Esterlina (GBP) 2,6146 
Iene do Japão (JPY) 0,0208 
 
 
 
 8
Converta R$ 3.155.637,77 para: 
a) Dólar 
 
 
b) Euro 
 
 
c) Franco Suíço 
 
 
d) Libra Esterlina 
 
 
e) Iene do Japão 
 
 
 
Uma máquina fotográfica NIKON Sd 2000 custa JPY $ 6.000,00. Um brasileiro 
que trabalha lá deseja comprar. Quantos reais gastará? 
 
 
O total das disponibilidades constantes no balanço da empresa Tower S/A é de 
R$ 1.220.342,21. Ao se converter para moeda da matriz (EUA) qual valor 
corresponderá? 
 
 
Uma viagem de seis dias a Madrid custa Euro 6.600,00 (1.100,00 por dia) no 
Hotel Valladolid. Em reais, qual o valor correspondente? 
 
 
Calcule a paridade das moedas em relação ao Dólar em 15/08/2011: 
Moeda Cotação Paridade em relação ao Dólar 
 
 
 
 
 
Calcule a paridade das moedas em relação ao Euro em 15/08/2011: 
Moeda Cotação Paridade em relação ao Euro 
 
 
 
 
 
 
 
 9
Utilizando a paridade entre as moedas converta os valores em US$ para as 
moedas solicitadas: 
ATIVO US$ PASSIVO US$ 
Circulante Circulante 
Caixa 1.000,00 Fornecedores 5.000,00 
Mercadorias 7.605,00 Impostos a Recolher 3.000,00 
Contas a Receber 7.000,00 Outras Contas a Pagar 2.500,00 
PCLD -105,00 
Não Circulante Patrimônio Líquido 
Veículos 15.000,00 Capital Social 21.000,00 
Móveis e Utensílios 10.000,00 Reservas de Lucros 2.000,00 
Depreciação -7000,00 
Total Ativo 33.500,00 Total Passivo 33.500,00 
ATIVO CHF Euro GBP 
Circulante 
Caixa 
Mercadorias 
Contas a Receber 
PCLD 
Não Circulante 
Veículos 
Móveis e Utensílios 
Depreciação 
TotalAtivo 
PASSIVO CHF Euro GBP 
Circulante 
Fornecedores 
Impostos a Recolher 
Outras Contas a Pagar 
 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Lucros 
 
Total do Passivo 
 
 
 
 
 10
 3) Responda: 
 
3.1) A Lei 11.638/07 derivou da necessidade de ter o Brasil inserido nas normas 
internacionais de contabilidade. 
 
 
Verdadeiro 
 
Falso 
 
 
3.2) As muitas mudanças envolvendo a contabilidade no cenário internacional não têm 
afetado de forma positiva, a classe contábil no contexto brasileiro. 
 
 
Verdadeiro 
 
Falso 
 
 
3.3) A Lei nº 11.638/07 introduziu no Brasil? 
 
A os princípios de IFRS - International Financial Reporting Standards; 
B os princípios da SEC ? Securities and Exchange Commission; 
C o modelo americano de contabilidade; 
D as NBCs ? Normas Brasileiras de Contabilidade; 
E todas as respostas estão corretas; 
 
3.4) Com relação à harmonização das normas contábeis é correto afirmar: 
 
A 
a harmonização das normas contábeis é um processo de extrema relevância 
e altamente necessário para as companhias que operam em diversos países 
e que precisam apresentar informações as suas controladoras sediadas no 
exterior ou aos seus usuários internacionais (clientes, fornecedores, bancos, 
etc); 
B 
no Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é órgão 
responsável pela elaboração e harmonização das normas contábeis que está 
ligado ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC); 
C o CPC tem por objetivo principal alinhar o Brasil ao que há de melhor em práticas contábeis em nível internacional; 
D todas as respostas estão corretas; 
E todas as respostas estão incorretas; 
 
 
 
 11
Capítulo 2: 
 
2.1. Princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e internacionais 
 
Em função do processo de harmonização de práticas contábeis, os princípios 
contábeis geralmente aceitos no Brasil já foram reformulados e, portanto, estão 
harmonizados com os princípios internacionais de contabilidade. 
 Isto decorre pois o Pronunciamento Conceitiual Básico emitido pelo CPC – 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis sob o título Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis foi elaborado com base 
no Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements, emitido 
pelo IASB – International Accounting Standards Boards e foi aprovado pela 
Resolução CFC 1.121/08, que o transformou na Norma Brasileira de Contabilidade – 
NBC T 1. 
 Em duas categorias classificam-se os princípios contábeis: 
 
Primeira Categoria - Pressupostos Básicos: 
Regime de Competência 
Continuidade 
 
Segunda Categoria – Características Qualitativas das Demonstrações 
Contábeis: 
Compreensibilidade ou Clareza 
Relevância 
Confiabilidade 
Comparabilidade 
Resumo dos princípios contábeis: 
 
 
 
 
 
 
 12
 
Regime de Competência 
Exige a apropriação das receitas e das despesas, com suas mutações nos 
ativos e passivos e, consequentemente, no patrimônio líquido, com 
fundamento em que seus fatos geradores contábeis ocorrem, e não apenas 
quando de seus reflexos no caixa. Exige também a confronmtação das 
despesas com a receitas realizadas a que se relacionam. 
Continuidade As demonstrações contábeis são preparadas sob o pressuposto da Continuidade das atividades da entidade, se esse pressuposto não estiver 
presente, os conceitos básicos estipulados para avaliação dos ativos e 
passivos precisam ser modificados e a devida divulgação precisa ser dada. 
 
Clareza Se fundamenta no pronto entendimento por parte de usuários que tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e 
contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável 
diligência. 
Relevância Diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar ar 
decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de 
eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as 
suas avaliações anteriores. A Relevância depende da natureza e também 
da materialidade (tamanho) do item em discussão. 
 
Confiabilidade 
Exige que a informação seja apresentada da forma mais adequada 
possível, retratando apropriadamente o que se pretende evidenciar. Para a 
Contabilidade estar presente é fundamental que seja sempre respeitada a 
Primazia da Essência Sobre a Forma, ou seja, que as transações e 
eventos devem ser contabilizados e apresentados de acordo com a sua 
realidade econômica e não meramente em sua forma legal. É necessário 
também que se observe a Neutralidade (Impacialidade), a Prudência e a 
Integridade. 
Comparabilidade Permite comparar informações contábeis de certa entidade ao longo do tempo. Trata-se da caracteística que permite a melhor visão da evolução 
da entidade medida sob os mesmos critérios e princípios ao longo do 
tempo (consistência), mas sem que isso leve à não evolução das práticas 
contábeis; e a comparabilidade também se aplica à adoção das mesmas 
práticas por empresas semelhantes. 
Fonte: PEREZ JÚNIOR, J.H. (2009, p. 10), adaptado 
 
2.2. Os Organismos internacionais responsáveis pelas normas internacionais: 
aspectos Introdutórios 
 
A Globalização gera uma série de implicações no mundo dos negócios; uma 
das mais importantes é a concorrência acirrada entre as empresas, o que resulta em 
uma busca de melhorias constantes. Essa busca traduz-se na diversificação dos 
negócios, bem como na ampliação dos mercados consumidores. 
 Exemplos claros de tais melhorias são fusões, cisões, incorporações, 
aquisições e joint ventures (companhias com controle compartilhado). Essas 
operações, denominadas genericamente Business Combination (combinações de 
negócios), têm crescido rapidamente. 
 Nesse contexto, surgem problemas relacionados ao tratamento contábil 
 
 
 13
aplicável a essas concentrações de empresas, sendo necessário identificar as 
principais semelhanças e diferenças no tratamento contábil, a fim de harmonizar as 
práticas contábeis adotadas pelos mais diversos países que estão participando 
ativamente do atual mundo dos negócios, os quais podem ser compostos por grupos 
de empresas que atuam nas mais diversas partes do globo, bem como por 
companhias que angariam fundos nos mais distintos mercados de capitais. 
 A harmonização das normas contábeis abre o mercado brasileiro aos 
investidores internacionais, além de tornar o mercado de capitais e o sistema 
financeiro brasileiro mais transparentes e reduzindo o risco país. 
 
2.2.1. Orgãos reguladores - USA 
 
2.2.1.1 SEC - Securities Exchange Comission 
 
Nos Estados Unidos da América, o formato e o conteúdo das demonstrações 
financeiras das companhias abertas são regulados pela SEC, que é a comissão de 
valores mobiliários norte-americana, de forma similar à CVM brasileira. Não obstante 
o fato de que a SEC tenha delegado muitas de suas responsabilidades ao FASB, ela 
freqüentemente acrescenta outras solicitações. 
 Uma vez que a SEC reconhece os pronunciamentos do FASB como sendo de 
uso obrigatório, da mesma forma como eram reconhecidas as opiniões do APB 
antes de 1973, ele constitui-se na principal entidade responsável pela emissão de 
padrões para a preparação das demonstrações financeiras e pela determinação dos 
USGAAP nos Estados Unidos. 
 
2.2.1.2 FASB - Financial Accounting Standards Board 
 
O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB), criado em 1973, 
caracteriza-se por ser uma entidade independente, cujos membros componentes 
devem ser totalmente desvinculados do mercado de capitais. Todavia, 
historicamente a maioria dos membros do conselho foi anteriormente auditores, 
funcionários de grandes corporaçõesmundiais, servidores governamentais e 
membros da academia, porque, para o desempenho dessa função, é exigido 
conhecimento. 
 Antes de emitir um novo pronunciamento (SFAS), o FASB freqüentemente 
trabalha, com uma força-tarefa composta de contadores públicos (CPAs) 
representativos da indústria, acadêmicos e usuários das demonstrações financeiras 
para desenvolver um memorando de discussão. Após receber os comentários 
 
 
 14
públicos e ouvir suas opiniões, essa assessoria prepara uma proposta de padrões 
de contabilidade e a disponibiliza para comentários públicos. Esse instrumento 
confere ao público uma oportunidade para comentar sobre o projeto antes de ser 
finalizado e emitido como um pronunciamento do FASB. A base conceitual para os 
USGAAP está incluída nos pronunciamentos conceituais do FASB, denominados 
SFAS, que criaram uma espécie de estrutura conceitual básica usada pelo conselho 
para o estabelecimento de padrões de contabilidade. 
 
2.2.1.3. AICPA - American lnstitute of Certified Public Accountants 
 
O instituto americano dos contadores públicos certificados (AICPA) possui um 
comitê técnico sênior denominado Comitê Executivo de Padrões da Contabilidade 
(AcSEC). Esse comitê é composto de 15 membros voluntários, com representantes 
da indústria, da academia, analistas, e empresas de contadores públicos nacionais e 
regionais. Além disso, todos os membros do AcSEC são contadores certificados 
(CPAs) e membros do AICPA. 
 O AcSEC está autorizado a formular padrões de contabilidade, bem como a 
representar o AICPA em matérias da contabilidade. Esses padrões de contabilidade 
são elaborados através do trabalho de comitês do AICPA e de forças-tarefa. O 
comitê emite pronunciamentos de posição (SOPs), guias de auditoria e de 
contabilidade, os quais são revisados e cancelados pelo FASB. 
 
2.2.2. Orgãos reguladores – Os Organismos internacionais responsáveis pela 
harmonização contábil 
 
2.2.2.1. IASB – International Accounting Standards Board 
 
Em nível internacional, o Quadro de Padrões Internacionais de Contabilidade 
(IASB), órgão que emite pronunciamentos denominados International Accounting 
Standards (IAS), utilizados como referência em diversos países. Seus 
pronunciamentos são aceitos como ferramenta de publicação em quase todas as 
bolsas de valores do mundo, para as empresas que nelas desejem ser cotadas, 
auxiliando dessa forma o acesso aos mercados de capitais mundiais e tornando as 
empresas que utilizam tais padrões capazes de ser ativamente participantes da atual 
economia globalizada. 
 Para se ter uma noção da importância do IASB, um fato marcante ocorreu no 
ano de 2002. A Comunidade Européia (CE) aprovou uma regulamentação que toma 
 
 
 15
obrigatória, a partir de 2005, a elaboração de demonstrações financeiras 
consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo IASB para todas as 
companhias abertas de seus países-membros. 
 Essa resolução da CE representa um marco histórico no processo de 
harmonização contábil das práticas contábeis mundiais, uma vez que esse grande 
bloco econômico passará a divulgar, aos seus usuários externos, informações 
consolidadas passíveis de comparação. Esse procedimento possivelmente 
impulsionará outras iniciativas nesse sentido, haja vista a grande redução de custos 
provocada por esse evento, especialmente no que tange à conversão das 
demonstrações contábeis de acordo com os princípios de contabilidade geralmente 
aceitos de um país para o outro. Prova disso é que a Austrália também passará a 
adotar os pronunciamentos emitidos pelo IASB a partir de 2005. 
 Os Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS – International 
Financial Report Standards) e os Padrões Internacionais de Contabilidade (IAS - 
International Accounting Standards) foram criados pelo Conselho Consultivo de 
Normas de Contabilidade (IASB - International Accounting Standards Board) para 
assegurar que as empresas desenvolvam relatórios financeiros compatíveis. Com 
isto, aproximadamente 7.000 empresas que constam da relação da União Européia 
preparem seus balanços financeiros consolidados de acordo com os padrões 
IFRS/IAS. 
Com isto empresas de capital aberto terão que aderir ao IFRS, além de estar 
em conformidade com suas próprias regulamentações locais de impostos, 
dividendos, etc., o que acaba por demandar ao menos dois conjuntos de relatórios 
financeiros. 
 As subsidiárias brasileiras de empresas européias também deverão 
apresentar suas demonstrações com base nos IAS (KPMG, 2002). 
 Nesse contexto também se insere o processo de consolidação das 
demonstrações financeiras, pois a necessidade de elaboração e divulgação de 
demonstrações financeiras consolidadas vem aumentando cada vez mais em função 
do crescente volume de transações de aquisições de empresas que ocorrem 
freqüentemente em todo o mundo. 
 
2.2.2.2. IASC - International Accounting Standards Committee 
 
O IASC - Comitê de Padrões de Contabilidade Internacional foi constituído no 
ano de 1973 através de um acordo feito entre organismos profissionais de 
Contabilidade da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países 
Baixos, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos. 
 
 
 16
� Entre 1983 e 2001, os membros do IASC incluíram todas as entidades de 
profissionais contábeis que são membros da Federação Internacional de 
Contadores - IFAC. Em maio de 2000, uma nova constituição, em termos de 
estrutura organizacional, foi aprovada; nela o IASC foi estabelecido como 
uma entidade independente, comandada por 19 curadores. 
 
2.2.2.3. SAC - Standards Advisory Council (SAC) 
 
O Conselho Consultivo de padrões é o organismo internacional através do 
qual grupos e indivíduos que advêm de outras áreas geográficas - onde não estão 
estabelecidos os curadores do IASB - fazem recomendações ou aconselham o 
IASB. Esse conselho deve reunir-se, no mínimo, três vezes por ano. Além disso, o 
IASB deve consultá-lo sobre todos os principais projetos. As assembléias do SAC 
devem ser públicas. 
 O SAC é composto de aproximadamente 30 membros, todos eles 
pertencentes a regiões geográficas distintas, com especialização técnica que 
possibilite contribuir para a formulação de normas contábeis. 
 
2.2.2.4. SIC Standing Interpretation Committee (SIC) 
 
O Comitê Permanente de Interpretações foi criado em 1997, tendo em vista a 
necessidade de considerar algumas questões contábeis que possam receber 
tratamento contábil divergente ou inaceitável, devido à falta de orientação oficial no 
local. Essas considerações fazem parte do contexto das normas internacionais e da 
estrutura conceitual do IASB. Para o desenvolvimento de suas atividades, o SIC 
consulta entidades similares em todo o globo. 
 O SIC trata de questões abrangentes, não daquelas que se referem a 
exceções. As interpretações abrangem assuntos relacionados: 
� pronunciamentos já emitidos (áreas nas quais a prática contábil é 
insatisfatória em relação às normas internacionais); 
� pronunciamentos não emitidos, (tópicos novos, que não existiam quando a 
norma foi desenvolvida). 
 O SIC conta com um grupo de até 12 membros votantes, incluindo 
profissionais de contabilidade, elaboradores e usuários das demonstrações 
financeiras, originários de vários países. 
 
 
 
 
 17
2.2.3. A harmonização da contabilidade nos moldes do IFRS no mundo 
 As Normas Internacionais de Contabilidade (Internacional Accounting 
Stardard – IAS), atualmente conhecidas como normas IFRS (Intenational Financial 
Reporting Standard) – Padrão Internacional de Relatórios Financeiros são um 
conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados 
pelo IASB – International Accounting Standards Board. 
 As normas IFRS foram adotados pelos países da União Européia a partir de 
31 de Dezembro de 2005com o objetivo de harmonizar as demonstrações 
financeiras consolidadas publicadas pelas empresas abertas européias. A iniciativa 
foi internacionalmente acolhida pela comunidade financeira. 
 Atualmente, aproximadamente 110 países já aderiram ou estão em processo 
de convergência às normas internacionais de contabilidade. 
Histórico de Criação das Normas IAS/IFRS: 
1972 A criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais foi 
sugerida durante o 10º. Congresso Mundial de Contadores. 
1973 Criado o IASC International Accounting Standards Committee – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis Internacionais. 
2001 Criado o IASB para a emissão do IFRS. 
2005 Os países da União Européia – UE adotam as normas do IFRS. 
2006 FASB e IASB fazem acordo para convergência entre o IFRS e USGAAP. A 
China adota o IRFS. 
2007 Brasil, Canadá, Chile, Índia, Japão e Coréia estabelecem datas para adotar o 
IFRS. 
2007 Ângela Merkel (UE) e George W. Bush (USA) assinam acordo de 
harmonização das normas contábeis confirmando o trabalho desenvolvido pelo 
FASB e IASB no sentido de criar um modelo de contabilidade universal. 
2007 SEC anuncia que a partir de 2009 aceitará de empresas estrangeiras listadas 
na Bolsa de Valores dos EUA a publicação de demonstrações contábeis de 
acordo com o IFRS sem necessidade de reconciliação com o USGAAP. 
2007 Lei 11.638/07, aprovado pelo congresso nacional brasileiro, com o objetivo de 
harmonizar as práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de 
contabilidade IFRS. 
 
 
 
 18
2.3. Orgãos reguladores - Brasil 
 
2.3.1. CVM - Comissão de valores Mobiliários 
 
A Comissão de Valores Mobiliários foi criada em 1976, através da Lei n°. 
6.385/76. Trata-se de uma entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda, 
que, entre suas atribuições previstas na referida lei, tem competência para 
regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário 
Nacional, as matérias previstas nesta lei e na Lei das Sociedades por Ações. A partir 
de então, a CVM, por delegação legal expressa, também passou a emitir pareceres, 
instruções e deliberações, regulamentando a matéria contábil para as sociedades 
anônimas de capital aberto. 
 Além disso, juntamente com a Lei das Sociedades por Ações, disciplina o 
funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação das companhias 
abertas, dos intermediários financeiros e dos investidores, além de outros cuja 
atividade é relacionada a esse mercado. 
 A CVM tem poderes para: 
� Disciplinar; 
� Normatizar; e 
� fiscalizar a atuação dos diversos agentes integrantes do mercado. 
 
 Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de 
valores mobiliários, que incluem: 
� registro de companhias abertas; 
� credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras 
de valores mobiliários; 
� organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; 
� negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
� suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor 
mobiliário ou decretação de recesso de bolsa de valores. 
 
2.3.2. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
 
Origem: O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união 
de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: 
 
� ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas 
� APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento 
 
 
 19
do Mercado de Capitais 
� BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo 
� CFC – Conselho Federal de Contabilidade 
� FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
� IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
 
Em função das necessidades de: 
- convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de 
relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo 
de capital); 
- centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o 
fazem); 
- representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores 
da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo). 
 
Criação e Objetivo: 
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo 
e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a 
divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela 
entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo 
de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos 
padrões internacionais". 
 
Características Básicas: 
- O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de 
seus membros; 
- O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;
- As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas 
futuramente; 
- Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferem 
remuneração. 
 
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos 
seguintes órgãos: 
- Banco Central do Brasil; 
- Comissão de Valores Mobiliários; 
- Secretaria da Receita Federal; 
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
 
 
 20
 
Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas 
Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos. 
 
Produtos do CPC: 
- Pronunciamentos Técnicos; 
- Orientações; 
- Interpretações. 
 
Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. 
As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo. 
 
Estrutura: 
Assembléia dos Presidentes das Entidades: 
- elegem os membros do CPC (representantes das seis entidades), com mandatos de 
quatro anos (exceto metade dos primeiros membros, com dois anos); 
- podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros do CPC;
- podem alterar o Regimento Interno do CPC. 
 
Quatro Coordenadorias: 
- de Operações; 
- de Relações Institucionais; 
- de Relações Internacionais; 
- Técnica. 
 
Pronunciamentos CPC/IFRS: 
 
Os Contadores de qualquer tipo societário de empresa devem cumprir as exigências da 
Lei nº. 11.638/07, a fim de executar a contabilidade das empresas. Para isto devem: 
- Tomar ciência da Lei 11.638/07, Resoluções do CFC, Pronunciamentos do CPC; 
- Ter a habilidade no reconhecimento do fato contábil conforme a legislação atual; 
- Interpretar os Pronunciamentos CPC/IFRS, os quais versam sobre princípios e não 
regras contábeis; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21
Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Ativo: 
• CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis; 
• CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos; 
• CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis; 
• CPC 04 - Ativos Intangíveis; 
• CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil; 
• CPC 12 - Ajuste a Valor Presente; 
• CPC 15 - Combinação de Negócios; 
• CPC 16 - Estoques; 
• CPC 18 - Investimento em Coligada e em Controlada; 
• CPC 19 - Investimento em Empreendimento Conjunto (Joint Venture); 
• CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; 
• CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; 
• CPC 27 - Ativo Imobilizado; 
• CPC 28 - Propriedade para Investimento; 
• CPC 31 - Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada; 
• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade; 
• CPC 38, 39 e 40 - Reconhecimento, Mensuração, Apresentação e Evidenciação de 
Instrumentos Financeiros; 
• CPC 43 - Adoção Inicialdos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40. 
 
Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Passivo: 
• CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis; 
• CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis; 
• CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil; 
• CPC 11 - Contratos de Seguro; 
• CPC 12 - Ajuste a Valor Presente; 
• CPC 15 - Combinação de Negócios; 
• CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; 
• CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; 
• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade; 
• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40; 
 
Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Resultado: 
• CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis; 
• CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos; 
• CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis; 
• CPC 07 - Subvenções e Assistências Governamentais; 
• CPC 08 - Custos de Transações e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários; 
• CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações; 
• CPC 15 - Combinação de Negócios; 
• CPC 20 - Custos de Empréstimos; 
• CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; 
• CPC 30 - Receitas; 
• CPC 32 - Tributos sobre o Lucro; 
• CPC 33 - Benefícios a Empregados; 
• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade; 
• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40. 
 
 
 
 22
Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem a elaboração das Demonstrações Contábeis 
e Relatórios: 
• CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis; 
• CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa; 
• CPC 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas; 
• CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado; 
• CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/2007; 
• CPC 15 - Combinação de Negócios; 
• CPC 21 - Demonstrações Intermediárias; 
• CPC 22 - Informações por Segmento; 
• CPC 24 - Evento Subseqüente; 
• CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis; 
• CPC 35 - Demonstrações Separadas; 
• CPC 36 - Demonstrações Consolidadas; 
• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade; 
• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40. 
 
 
2.4. Tipos de moeda 
 
A existência de várias economias associadas aos valores monetários ao 
longo do tempo geraram os seguintes conceitos para a moeda: 
• Moeda Local: Moeda do país em que a subsidiária está situada. Em nosso 
caso, a moeda local é o Real. 
• Moeda Funcional: Moeda do principal sistema econômico em que a entidade 
opera, gera e despende fundos. A moeda funcional pode ser a Moeda Local, ou a 
Moeda da Matriz/Controladora ou uma moeda estrangeira. 
• Moeda estrangeira: Moeda diferente da moeda local e da funcional. Por 
exemplo: uma subsidiária brasileira obtém empréstimos de um banco inglês e tem o 
Euro como moeda da operação. Neste caso, o Euro será a moeda estrangeira. 
• Moeda da matriz/controladora: Moeda do país em que a matriz está 
instalada. Quando se trata de FASB, a matriz estará instalada nos EUA cuja moeda 
é o Dólar . 
• Moeda de relatório: Moeda em que as demonstrações contábeis serão 
apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 23
Além de definir a moeda, também e necessário classificar a economia do país 
como segue: 
 
Economia estável: Economia de países com inflação acumulada de até 
100% em um período de 3 anos; 
 
 Economia inflacionária: Economia de países com inflação acumulada 
superior a 100% em um período de 3 anos. 
 
2.5. Taxas de conversão 
 
Para convertermos um saldo contábil ou uma operação em moeda local para 
a moeda estrangeira é necessária a determinação de uma taxa de câmbio. 
 Dependendo da metodologia de conversão, poderão ser adotadas as 
seguintes taxas: 
 
Taxa histórica: é aquela taxa vigente na época da ocorrência do fato. Por exemplo 
o custo de aquisição de um imóvel em 16 de setembro de 20X0 seria convertido 
para a moeda estrangeira pela taxa de cambio vigente nesta mesma data e mantido 
na contabilidade em moeda estrangeira por esse valor. 
 
Taxa corrente:é aquela taxa vigente no dia em que determinada operação está 
sendo realizada ou em que o exercício social está sendo encerrado (neste caso, 
também é chamada de taxa de câmbio de fechamento). Por exemplo:quando a 
empresa mantém contabilidade em moeda estrangeira, as operações de 
pagamentos e recebimentos serão convertidas pela taxa de câmbio vigente na data 
de cada uma dessas operações. 
 
Taxa de fechamento: taxa de câmbio vigente na data de encerramento das 
demonstrações contábeis. Na data de encerramento das demonstrações contábeis, 
as taxas de fechamento e corrente serão iguais. 
 
Taxa média: média aritmética das taxas de câmbio vigentes durante determinado 
período, normalmente um mês, apurada por média aritmética simples, de forma que 
melhor represente a evolução das taxas de câmbio durante o período. 
 
Taxa média ponderada: média aritmética ponderada das taxas de câmbio vigentes 
durante determinado período, normalmente um mês, de forma que melhor 
represente a evolução das taxas de câmbio durante o período. 
 
 
 24
Taxa Projetada ou prevista: Apesar de não estar previsto no FAS 52, algumas 
empresas estão utilizando taxas projetadas para datas futuras, principalmente em 
economias inflacionárias. 
 
Basicamente existem três métodos de conversão: 
a) Método monetário e não monetário; 
b) Câmbio de fechamento; e 
c) Método temporal. 
 
A escolha do método a ser aplicado dependerá dos objetivos e dos critérios a 
que a empresa esteja submissa. O funcionamento de cada um deles será visto a 
seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
Capítulo 3: 
 
 
3.1. Método Monetário e Não Monetário 
 
Por este método, os itens patrimoniais e de resultado são classificados nas 
seguintes categorias: 
 
Itens monetários expostos; 
 Itens monetários protegidos; 
 Itens não monetários 
 
� Monetários expostos: Ativos (disponibilidades reais e direitos) ou passivos 
(obrigações) que serão realizados ou exigidos em dinheiro. 
 
Exemplo de ativos monetários expostos: Caixa, Bancos, Duplicatas a receber, 
Duplicatas descontadas, Provisão para devedores duvidosos, Contas a receber, 
Aplicações Financeiras, Depósitos compulsórios,empréstimos, etc. 
 
Exemplo de passivos monetários expostos: duplicatas a pagar, impostos a 
recolher,salários a pagar, encargos sociais a recolher, empréstimos e 
financiamentos em reais. 
 
Os itens monetários expostos geram ganhos e perdas de conversão em moeda 
estrangeira devido a flutuação nas taxas de câmbio. 
 
Monetários protegidos: Ativos (disponibilidades em moeda estrangeira e 
direitos) ou passivos (obrigações) que serão realizados ou exigidos em moeda 
estrangeira: 
 
Exemplo de ativos monetários protegidos: faturas a receber de clientes 
estrangeiros 
 
Exemplo de passivos monetários protegidos: faturas a pagar a fornecedores 
estrangeiros, empréstimos obtidos em moeda estrangeira. 
 
 
 26
Os itens monetários protegidos geram receitas ou despesas de variação cambial 
em reais devido a flutuação nas taxas de câmbio. 
 
� Não Monetários: Ativos (bens realizáveis ou permanentes e direitos) ou 
passivos (obrigações) que serão realizados ou exigidos em bens e serviços e 
patrimônio líquido. 
 
Exemplo de ativos não monetários: Estoques em geral, Despesas pagas 
antecipadamente, Adiantamento a fornecedores, Participações societárias 
realizáveis ou permanentes, Ativo Imobilizado, Ativo Diferido, e intagível. 
 
Exemplode passivos não monetários: Adiantamentos de clientes, Receitas 
diferidas e Patrimônio Líquido. 
 
Os itens não monetários não geram ganhos ou perdas de conversão em 
moeda estrangeira ou variação cambial em reais, pois são geralmente convertidos 
pela taxa histórica. 
 
As receitas e despesas também são classificadas em monetárias e não 
monetárias. 
 
Receitas e despesas monetárias expostas: são aquelas que têm como contrapartida 
ativos ou passivos monetários expostos e geram ingressos imediatos ou futuros de 
caixa em moeda nacional. 
 
Receitas e despesas monetária protegidas: são aquelas que têm como contrapartida 
ativos ou passivos monetários protegidos e geram ingressos imediatos ou futuros de 
caixa em moeda estrangeira. 
 
Receitas e despesas não monetárias: são aquelas que têm como contrapartida 
ativos ou passivos não monetários e não geram ingressos imediatos ou futuros de 
caixa. 
 
 
 
 
 
 
 27
De acorco com o (IBRACON, 1997:84): 
 
Ativos e passivos monetários são aqueles cujos valores são fixados em 
forma de unidade monetária (caixa e bancos, duplicatas a receber, fornecedores, 
contas a pagar, impostos a recolher, etc.) 
 
Ativos e passivos não monetários são todos aqueles que possuem um valor 
intrínseco ou econômico, tais como: estoque, despesas antecipadas, adiantamento a 
fornecedores para aquisição de estoque e imobilizado, ativo permanente 
(investimento, imobilizado e intagível) adiantamentos recebidos de clientes, 
resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido (capital social e lucros 
acumulados)”. 
 
Pelo Método Monetário/Não Monetário, os saldos contábeis serão convertidos 
pelas seguintes taxas: 
 
Contas patrimoniais Taxa de Conversão 
Ativos e passivos monetários expostos Câmbio de fechamento 
Ativos e passivos monetários protegidos Câmbio de fechamento 
Ativos e passivos não monetários Histórica de aquisição ou formação 
Patrimônio Líqudo Histórica de formação 
Contas de Resultado 
Receitas e despeas monetárias expostas ou protegidas Histórica da data de realização da receita ou da ocorrência das 
despesas ou média simples ou 
ponderada do período 
Receitas e despesas não monetárias Histórica de aquisição ou formação 
 
Os ganhos e perdas decorrentes da variação ocorrida na taxa cambial ao 
longo do período serão apropriados ao resultado do exercício, numa conta 
específica denominada Translation Gain or Loss, que pode ser traduzida por Ganhos 
ou Perdas na Tradução ou Conversão (GPC). 
 
 As receitas e despesas de variação cambial em reais não serão convertidas 
para moeda estrangeira, pois em moeda estrangeira não ocorreu variação nos 
saldos contábies e, consequentemente não há receitas ou despesas em moeda 
estrangeira. 
 
 
 
 28
Exemplo: 
Conta 
Patrimonial 
Item R$ Taxa US$1,00= 
R$ 
US$ 
Caixa Monetário 12.530,00 Corrente 3,115 4.022,47 
Clientes Monetário 8.150,00 Corrente 3,125 2.608,00 
Empréstimos Monetário 15.550,00 Corrente 3,205 4.851,79 
Estoque Não Monetário 6.130,00 Histórica 3,105 1.974,24 
Máquinas Não Monetário 9.235,00 Histórica 3,105 2.974,24 
 
 Cabe observar que os saldos de Caixa e Empréstimos estão avaliados em R$ 
pelo valor presente de liquidação, assim sendo, caso fossem liquidados e 
transformados em US$ nesta data, efetivamente equivaleriam aos valores obtidos 
em US$. 
Entretanto, o saldo a receber de Clientes está avaliado em R$ pelo valor 
nominal, ou seja, pelo valor futuro de realização. 
 
Como estaremos considerando que haverá variação na taxa de câmbio até a 
data de liquidação, nessa data, o valor realizado em R$ será o mesmo, mas o valor 
em US$ será menor, pois, provavelmente, a taxa de câmbio será maior. 
Quanto menor for a variação da taxa de cambio, logicamente, menor será a 
variação entre os valores em US$ da data do Balanço e da data de liquidação. 
 
 
3.2. Ganhos e Perdas na Conversão (TGL - Translation Gain or Loss) 
 
Em regimes inflacionários e especulativos, geralmente os ativos monetários 
geram perdas na conversão e os passivos geram ganhos. 
 Os ganhos e perdas das variações das taxas cambiais ao longo do tempo 
serão apropriadas ao resultado do exercício numa conta específica: 
TGL – Trnaslation Gain or Loss ou Ganho ou Perda na Conversão (GPC). 
 Este procedimento está de acordo com as normas dos Estados Unidos da 
América (USGAAP). 
O Método Monetário e Não Monetário chega a ser considerado o melhor 
método de conversão das demonstrações financeiras em moeda estrangeira porque 
procura respeitar ao máximo os valores em dólares obtidos pela conversão nas 
datas dos eventos econômicos. 
 
 
 
 
 
 29
Exemplo: 
Duplicatas a receber- Clientes. 
 Data 
Valor em R$ 
Taxa – US$ Valor em US$ 
Emissão 12.7.X 15.500,00 3,05 5.081,97 
Vencimento 12.8.X 15.500,00 3,155 4.912,84 
 
 Perda: 169,13 
Ocorre a perda porque o valor recebido em US$ na data de vencimento é 
menor que o valor que seria recebido na data de emissão. 
Caso fossem Duplicatas a pagar, haveria ganho , pois o valor pago seria 
menor, e quem perderia seria o credor. 
 
3.3 Exemplo: Método de Conversão Monetário e Não Monetário 
 
Exemplo ilustrativo: 
Cia. XYZ- Mês 9 
Balanço Patrimonial Item R$ Taxa US$ 
Ativo 
Disponibilidades Monetário 4.000 3,05 1.311,48 
Aplicações Financeiras Monetário 24.500 3,05 8.032,79 
Clientes Monetário 64.000 3,05 20.983,61 
Produtos acabados Não monetário 23.000 3,125 7.360,00 
Matéria-prima Não monetário 10.000 3,125 3.200,00 
Imobilizado Não monetário 80.000 3,125 25600,00 
Depreciação Não monetário (11.000) 3,125 -3.520,00 
Total do ativo 194.500 62.967,88 
 
Passivo e PL 
Fornecedores Monetário 13.500 3,05 4.426,23 
Impostos a recolher Monetário 5.000 3,05 1.639,34 
Provisão férias/13o. Monetário 17.000 3,05 5.573,77 
Empréstimos Monetário 60.000 3,05 19.672,13 
Capital Não monetário 92.000 3,125 29.440,00 
Reserva legal Não monetário 7.000 3,125 2.240,00 
Resultados 
acumulados- TGL 
 -23,59 
Total Passivo e Pl 194.500 62.967,88 
Ativo= 62.967,88- 
Passivo e Pl= 
62.991,47= 
-23,59=TGL 
 
 
 30
Exercício: 
1) Empresa ABC Mês 1 Mês 2 
Clientes R$ Taxa US$ R$ Taxa US$ 
Saldo Inicial 74.000,00 3,155 105.000,00 3,165 
Vendas dia 10 95.000,00 3,155 115.500,00 3,185 
Recebimento dia 10 (64.000,00) 3,155 (75.500,00) 3,185 
Subtotal 105.000,00 145.000,00 
Perda na conversão 
 
 
Saldo final 105.000,00 3,165 145.000,00 3,215 
 
 
Ativo monetário - as operações são convertidas pela taxa corrente da respectiva 
data. 
O saldo é convertido pela taxa corrente do dia de encerramento do período. 
 
2) Empresa ABC Mês 1 Mês 2 
Fornecedores R$ Taxa US$ R$ Taxa US$ 
Saldo Inicial 13.500,00 3,155 26.000,00 3,165 
Compras dia 20 26.000,00 3,165 23.700,00 3,185 
Pagamentos-dia 20 -13.500,00 3,165 -25.200,00 3,185 
Subtotal 26.000,00 24.500,00 
Ganhos na conversão 
 
 
Saldo final 26.000,00 3,165 24.500,00 3,215 
 
Passivo monetário - as operações são convertidas pela taxa corrente da respectiva 
data. 
O saldo é convertido pela taxa corrente do dia de encerramento do período. 
 
 
 
 
 
 
 31
3) Empresa XYZ 
 
4) Empresa XYZ Mês 1 Mês 2 
Fornecedores R$ Taxa US$ R$ Taxa US$ 
Saldo Inicial 60.750,00 3,175 117.000,00 3,195 
Compras dia 23 117.000,00 3,185 106.650,00 3,215 
Pagamentos-dia 
23 
-60.750,00 3,185 -
113.400,00 
3,215 
Subtotal 117.000,00 110.250,00 
Ganhos na 
conversão 
 
 
Saldo final 117.000,00 3,195 110.250,00 3,235 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ClientesR$ Taxa US$ R$ Taxa US$ 
Saldo Inicial 333.000,00 3,175 472.500,00 3,195 
Vendas dia 15 427.500,00 3,185 519.750,00 3,215 
Recebimento 
dia 15 
-
288.000,00 
3,185 -
339.750,00 
3,215 
Subtotal 472.500,00 652.500,00 
Perda na 
conversão 
 
 
Saldo final 472.500,00 3,195 652.500,00 3,235 
 
 
 
 32
5) Balanço Patrimonial – Empresa: CI Ltda. 
Ativo Item 31/12/X5 Taxa USD 31/12/X6 Taxa USD 
 Circulante 45.000,00 53.880,00 
Disponibilidades 2.000,00 2.580,00 
Clientes 30.000,00 32.000,00 
Estoques 10.000,00 15.300,00 
Imposatos a Recuperar 3.000,00 4.000,00 
 Não Circulante 38.000,00 48.000,00 
 Clientes a Longo Prazo 5.000,00 15.000,00 
 Participações Societárias 3.000,00 3.000,00 
 Imobilizado 25.000,00 25.000,00 
 Intangível 5.000,00 5.000,00 
TOTAL DO ATIVO 83.000,00 101.880,00 
Passivo 
 Circulante 37.000,00 44.880,00 
 Fornecedores 12.000,00 12.000,00 
 Contas a Pagar 6.000,00 7.880,00 
 Empréstimos 15.000,00 20.000,00 
 Impostos a Recolher 4.000,00 5.000,00 
 Não Circulante 16.000,00 24.880,00 
 Financiamentos 16.000,00 24.880,00 
 Patrimônio Líquido 30.000,00 32.120,00 
 Capital Social 24.000,00 24.000,00 
 Reserva Legal 6.000,00 8.120,00 
 
 
 33
Resultados Acumulados – 
TGL 
 
TOTAL DO PASSIVO 83.000,00 101.880,00 
X5: Taxa vigente na data de encerramento do balanço patrimonial R$ 3,05; Taxa vigente na aquisição dos itens não 
monetários R$ 3,125; 
X6: Taxa vigente na data de encerramento do balanço patrimonial R$ 3,20; Taxa vigente na aquisição dos itens não 
monetários R$ 3,125; 
 
Resultado da TGL em X5: ( ) NULO ( )GANHO ( )PERDA Resultado da TGL em X6: ( ) NULO ( 
)GANHO ( )PERDA 
 
 
 34
6) Cia. ABC -Ago/11 
Método Monetário e Não 
Monetário 
Balanço Patrimonial 
 
Ativo Classificação do Item R$ Taxa US$ 
 
Disponiblidades 24.590,00 
Aplicações Financeiras 12.325,00 
Clientes 38.000,00 
Produtos Acabados 15.230,00 
Matéria-Prima 6.200,00 
Imobilizado 73.400,00 
Depreciação -5.850,00 
Total Ativo 163.895,00 
 
Passivo e PL 
 
Fornecedores 18.700,00 
Impostos a recolher 2.760,00 
Provisão Férias/13°. 11.945,00 
Empréstimos 45.760,00 
Capital 80.230,00 
Reserva legal 4.500,00 
 
Resultados GPC ou TGL 
Total do Passivo e PL 163.895,00 
 
TGL = (Translation Gain or Loss) 
Monetário = Taxa Corrente = 
 
2,075 
Não Monetário = Histórica = 
 
2,050 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
EXERCÍCIOS 
 
1) Considere as seguintes cotações em 10/02/2010: 
Euro (EUR): R$ 2,54132 
Dólar dos Estados Unidos (USD): R$ 1,84830 
Peso Chileno (CLP) : R$ 0,0034607 
Peso argentino (ARS): R$ 0,481065 
Iene do Japão (JPY): R$ 0,0252537 
 Calcule a paridade das moedas em relação ao Euro 10/02/2010: 
 
Moeda Cotação em 10/02/2010 Paridade em Relação ao 
Euro 
 
 
 
 
 
 
 2) Com as contas abaixo, classifique de acordo com as normas 
internacionais, em itens monetários e não monetários, em seguida 
estruture o Balanço Patrimonial em moeda local e estrangeira 
determinando também o TGL (Translation Gain or Loss): 
 
Contas Reais Contas Reais 
• Bancos C/C 
151.200,00 
• Adiantamento a Fornecedores 
82.725,00 
• Capital Social 
620.000,00 
• Caixa 
26.550,00 
• Fornecedores 
76.200,00 
• Depreciação Acumulada 
120.000,00 
• Adiantamento de Clientes 
79.250,00 
• Despesas com Energia Elétrica 
970,00 
• Mercadorias – Revenda 
105.000,00 
• Aplicações Financeiras – LI 
95.000,00 
• Veículos 
210.000,00 
• Despesas com Honorários Cont 
525,00 
• Clientes 
360.000,00 
• Receita de Juros 
1.520,00 
• Empréstimos a Pagar 
135.000,00 
 
 
 
 
Taxas: Corrente = 1,825 
 
Histórica = 1,815 Média = 1,820 
 
 
 
 
 36
3) O que leva uma empresa a converter suas demonstrações contábeis para outra 
moeda? 
De forma clara e precisa cite dois dos objetivos da conversão de demonstrações 
contábeis. 
 
 
 
 
 
4) Diferencie conversão de demonstrações contábeis de contabilidade em moeda 
estrangeira. 
 
 
 
 
 
 
 
5) Com referência as taxas de conversão, relacione a coluna da direita com a coluna 
da esquerda: 
Tipo de Taxa Utilidade 
(A) Histórica ( ) Utilizada em economias com hiperinflação. 
Converte itens de vencimento futuro. 
(B) Corrente ( ) Média das taxas vigentes em determinado período. 
(C) Fechamento ( ) Taxa vigente na data de encerramento das 
demonstrações contábeis. 
(D) Média ( ) Utilizada no dia em que uma operação está sendo 
realizada. 
(E) Projetada ( ) Utilizada no momento da ocorrência do fato. 
 
6) O que significa, em português, a sigla FASB? 
 
 
 
 
 
 
 
 37
7) Classifique os itens abaixo em monetário (M) e não monetários (NM): 
a) Empréstimos ( ); b) Aplicações Financeiras ( ); c) Patrimônio Liquido ( ); 
d) Resultado de Exercícios Futuros ( ); e) Imobilizado ( ); f) Depreciação ( 
); g) Caixa ( ); h) Duplicata Descontadas ( ); j) Estoques ( ); k) 
Participações Societárias ( ); l) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – 
PCLD ( ); m) Contas a Receber ( ); n) Adiantamento a Fornecedores ( ); o) 
Despesas Pagas Antecipadamente ( ) p) Adiantamento de Clientes ( ). 
 
8) Calcule a paridade entre as moedas, com base na cotação de 30/03/10: 
Moeda Símbolo Código Cotação em 
R$ 
Paridade em Relação 
ao Euro 
Euro – C Européia Euro 978 2,40689 
Dólar dos EUA U$$ 220 1,78130 
Franco Suíço CHF 425 1,68653 
Libra Esterlina GBP 540 2,68032 
Rande – África do 
Sul 
ZAR 785 0,243497 
 
 
 9) Converta o balanço para as moedas indicadas utilizando a paridades obtidas no 
item 9: 
 
ATIVO EURO U$$ CHF GBP 
Total Ativo 33.500,00 
PASSIVO 
Total Passivo 33.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
10) Converta o Balanço Patrimonial, cujos valores estão expressos em Reais, para Dólar dos EUA. 
Para itens não-monetários utilize a taxa de R$ 1,825 e para itens monetários a cotação da tabela do 
item 9. Indique o resultado da TGL. 
 
Taxa 31/12/2008 U$$ 31/12/2008 U$$ 
ATIVO 
 
364.535,00 
 
PASSIVO 
 
364.535,00 
CIRCULANTE 
 
321.535,00 
 
CIRCULANTE 
 
142.940,10 
Caixa 
 
2.800,00 
 
Fornecedores 
 
12.000,00 
Banco 
 
262.600,00 
 
Salários a Pagar 
 
25.000,00 
Estoque 
 
6.150,00 
 
Aluguel a pagar 
 
1.340,00 
Duplicata a receber 
 
54.485,00 
 Duplicatas a 
Pagar 
 
19.390,00 
PCLD 
 
(4.500,00) 
 
ICMS a Recolher 
 
4.157,10 
 
 
 
 
PIS a Recolher 
 
2.450,00 
 
 
 
 Cofins a 
Recolher 
 
1.103,00 
 
 
 
 
IRPJ a Recolher 
 
4.450,00 
 
 
 
 
CSLL a Recolher 
 
1.150,00 
 
 
 
 Financiamento 
CP 
 
71.900,00 
Não Circulante43.000,00 
 
 
Investimentos 
 
 
 
Não Circulante 
 
21.900,00 
Participações 
Societárias 
Permanentes 
 
28.000,00 
 
Financiamento 
LP 
 
21.900,00 
Outros Investimentos 
Terrenos 
Imobilizado 
 
 
 Patrimônio 
Liquido 
 
199.694,90 
Veículos 
 
22.000,00 
 
Capital Social 
 
178.000,00 
(-) Depreciação 
 
(7.000,00) 
 Reserva de 
Capital 
 
21.694,90 
Intangível 
 
 
 
 TGL ou GPC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado da TGL ou GPC: ( ) Nulo; ( ) Ganho; ( ) Perda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39
Atividade 
1) O que significa harmonizar práticas contábeis? 
 
2) O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado através da Resolução 
1055/05 do CFC. Cite, excetuando o CFC, três entidades que compõem o CPC de 
forma permanente. De quais Coordenadorias o CPC é composto? 
 
 
3) Qual o objetivo da criação do CPC? Quais são os seus “produtos”? 
 
4) A adoção de normas internacionais de contabilidade representa nova oportunidade 
para os futuros Contadores? Justifique sua resposta. 
 
 
5) Quais fatores podem inibir a adoção das normas internacionais pelas pequenas e 
médias empresas? 
 
6) A adoção de normas no Brasil aos padrões internacionais de contabilidade 
contribuirá para a transparência, confiabilidade e comparabilidade das 
demonstrações contábeis? Justifique sua resposta. 
 
 
7) Qual órgão, semelhante à CVM no Brasil, regulamenta o mercado americano de 
capitais assegurando aos investidores, principalmente os minoritários, acesso a 
informações corretas e completas necessárias à tomada de decisão? 
 
8) Empresas estrangeiras, atualmente, listadas nas bolsas de valores dos EUA devem 
elaborar, obrigatoriamente, reconciliação das demonstrações contábeis preparadas 
em IFRS para FASB(USGAAP). 
( ) Falso ( ) Verdadeiro 
Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40
 
1) A SEC – Securities and Exchange Commission tem a função de regular o formato e o conteúdo das demonstrações 
financeiras das companhias de capital aberto nos EUA. Qual é o nome completo da entidade com objetivos similares no 
Brasil? 
 
2) Cite duas das características qualitativas das demonstrações contábeis em IFRS – International Financial Report Standards 
(Padrão Internacional de Relatórios Financeiros): 
 
 
3) Os princípios contábeis no Brasil já foram reformulados e, portanto, estão harmonizados com os princípios internacionais de 
contabilidade. São divididos em duas categorias: 1) Pressupostos Básicos e 2) Características Qualitativas das Demonstrações 
Contábeis. Quais são os dois pressupostos básicos da contabilidade? 
 
Considere a seguinte tabela de moedas e cotações em Reais: 
Data Dólar 
U$$ 
Euro 
Euro 
Franco Suíço 
CHF 
Libra Esterlina 
GBP 
01/03/2010 1,80000 2,44156 1,66846 2,69964 
10/03/2010 1,77160 2,42063 1,65663 2,65327 
22/03/2010 1,80300 2,44361 1,70459 2,72235 
31/03/2010 1,78100 2,40760 1,69909 2,70430 
 
Taxa Histórica 1,35 1,80 1,25 2,05 
 
4) Com base na tabela acima calcule a taxa média de cada moeda para o mês de Março/2010, utilizando média aritmética 
simples: 
 
Taxa Média 
 
 
 
5) Calcule, com base na tabela de cotações, a paridade entre o Euro e as demais moedas: 
Moeda Símbolo Código Cotação em R$ 
31/03/2010 
Paridade em Relação ao Euro 
31/03/2010 
Euro – C Européia Euro 978 
 
Dólar dos EUA USD 220 
 
Franco Suíço CHF 425 
 
Libra Esterlina GBP 540 
 
 
6) Movimentação das Contas de Resultado em Março de 2010 da Cia. Rio Negro Ltda.: 
 Receita Bruta Impostos 
s/Vendas 
Despesas de 
Vendas 
Despesas 
Administrativas 
Despesas Financeiras 
Mar 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00 
Total 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00 
 
Pede-se: Conversão das Receitas e Despesas para EURO utilizando o Método Monetário e Não Monetário 
 Receita Bruta Impostos 
s/Vendas 
Despesas de 
Vendas 
Despesas 
Administrativas 
Despesas Financeiras 
Total 
 
 
7) Considere os seguintes saldos de contas extraídos da contabilidade de uma livraria em 31/03/2010: 
Capital Realizado 190.978 Disponibilidades 65.991 
PCLD 28.492 Reservas de Capital 233.435 
Estoques 355.930 Adiantamento a 
Fornecedores 
80.191 
Intangível 104.888 Clientes 313.400 
Financiamentos de 
Longo Prazo 
207.425 Participações 
Societárias MEP 
124.731 
 Financiamentos de 
Curto Prazo 
96.254 
Adiantamento de 
Clientes 
95.309 
Fornecedores 279.076 Clientes Longo Prazo 85.838 
 
 
Estruture o balanço patrimonial da Livraria e utilizando o Método Monetário e Não Monetário converta-o para 
EURO utilizando as taxas fornecidas anteriormente. 
 
 
 
 41
Capítulo 4: 
 
 4.1. Método do Câmbio de Fechamento 
 
 Nesse método, os procedimentos são os seguintes: 
 
a) Conversão de todos os ativos e passivos exígiveis pelas taxas de câmbio 
de fechamento; 
b) Conversão de receitas e despesas pelas taxas mèdias mensais; 
c) Movimentação do estoque em dólar para apuração do CMV; 
d) Conversão do capital social pelas taxas históricas; 
e) Apurar o valor histórico de lucros acumulados; 
f) Elaboração do demonstrativo dos ajustes acumulados de conversão. 
 
4.2 Conversão de Demonstrações Contábeis para Moeda Estrangeira – 
Resolução pelo Método do Câmbio de Fechamento 
 
Taxas de Câmbio a Utilizar: 
Data Taxa Data Taxa Data Taxa 
08/04/X0 0,90 20/03/X1 1,72 31/08/X1 – Proj 1,66 
10/05/X0 0,95 31/03/X1 1,75 Média X0 1,00 
31/12/X0 1,20 28/04/X1 1,70 Média Jan X1 1,19 
15/01/X1 1,22 30/04/X1 1,72 Média FevX1 1,25 
31/01/X1 1,18 31/05/X1 1,64 Média MarX1 1,75 
25/02/X1 1,44 20/06/X1 1,62 Média AbrX1 1,73 
28/02/X1 1,53 30/06/X1 1,60 Média MaiX1 1,72 
14/03/X1 1,69 31/07/X1 – Proj 1,68 Média JunX1 1,70 
 
1) Movimentação das Contas de Resultado em X1: 
 Receita Bruta Impostos 
s/Vendas 
Despesas de 
Vendas 
Despesas 
Administrativas 
Despesas 
Financeiras 
Jan 4.000,00 40.000,00 6.000,00 
Fev 300.000,00 51.000,00 8.000,00 30.000,00 6.500,00 
Mar 12.000,00 37.000,00 5.200,00 
Abr 120.000,00 20.000,00 15.000,00 42.000,00 
Mai 13.600,00 55.000,00 12.300,00 
Jun 400.000,00 65.000,00 13.300,00 47.000,00 9.800,00 
Total 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00 
 
 
 42
Conversão das Receitas e Despesas para Dólar – Taxas Médias Mensais: 
 Receita 
Bruta 
Impostos 
s/Vendas 
Despesas 
de Vendas 
Despesas 
Administrativas 
Despesas 
Financeiras 
Jan 
Fev 
Mar 
Abr 
Mai 
Jun 
Total 
2) Movimentação de Estoques - Reais 
Data Descrição QT Unitário Total QT Unitário Saldo 
15/01/X1 Aquisição 1.800 120,00 216.000 1.800 120,00 216.000 
25/02/X1 Venda (900) 120,00 (108.000) 900 120,00 108.000 
20/03/X1 Aquisição 2.000 130,00 260.000 2.900 126,90 368.000 
28/04/X1 Venda (400) 126,90 (50.756) 2.500 126,90 317.244 
20/06/X1 Venda (1.100) 126,90 (139.579) 1.400 126,90 177.665 
 
Elaborar Movimentação em Dólar para Apuração do CMV: 
 
Data Descrição QT Unitário Total QT Unitário Saldo 
15/01/X1 Aquisição 1.800 1.800 
25/02/X1 Venda (900) 900 
20/03/X1 Aquisição 2.000 2.900 
28/04/X1 Venda (400) 2.500 
20/06/X1 Venda (1.100) 1.400 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43
 
ABC S/A 
Balanço Patrimonial em 31/12/X0 e 30/06/X1 – Reais 
ATIVO 30/06/X1 31/12/X0 PASSIVO 30/06/X1 31/12/X0 
Circulante 936.614 870.749 Circulante 238.000 140.000Disponibilidades 252.049 233.149 Fornecedores 230.000 140.000 
Aplicações 
Financeiras 
100.000 637.600 Provisão IRPJ 8.000 
Duplicatas a 
Receber 
410.000 
(-) PCLD (3.100) 
Estoques 177.665 
Não Circulante 604.683 438.155 Patrimônio 
Líquido 
1.303.297 1.168.904 
Imobilizado 669.451 469.451 Capital Social 1.088.904 938.904 
(-) Depreciação 
Acumulada 
(64.768) (31.296) Lucros 
Acumulados 
214.393 230.000 
Total do Ativo 1.541.297 1.308.904 Total do 
Passivo 
1.541.297 1.308.904 
 
3) Conversão de Ativos e Passivos Exigíveis: 
ABC S/A 
Balanço Patrimonial em 31/12/X0 e 30/06/X1 – U$$ 
ATIVO 30/06/X1 31/12/X0 PASSIVO 30/06/X1 31/12/X0 
Circulante Circulante 
Disponibilidades Fornecedores 
Aplicações 
Financeiras 
 Provisão IRPJ 
Duplicatas a Receber 
(-) PCLD 
Estoques Patrimônio 
Líquido 
 
Não Circulante Capital Social 
Imobilizado Ajuste acumulado 
de Conversão 
 
(-) Depreciação 
Acumulada 
 Lucros 
Acumulados 
 
Total do Ativo Total do Passivo 
 
 
 44
4) Movimentação e Conversão do Capital Social: 
Data Descrição Valor Taxa Valor U$$ 
08/04/X0 Integralização 938.904 
31/12/X0 Saldo em 31/12/X0 938.904 
30/06/X1 Integralização 150.000 
30/06/X1 Saldo em 30/06/X1 1.088.904 
 
5) Demonstração do Resultado do Exercício em Dólar 
ABC S/A 
Demonstração do Resultado em 30/06/X1 Reais U$$ 
Receita Bruta de Vendas e Serviços 820.000,00 
(-)Impostos Incidentes s/Vendas (136.000,00) 
(=) Receita Líquida de Vendas e Serviços 684.000,00 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (298.335,00) 
(=) Lucro Bruto (385.665,00) 
(-) Despesas Operacionais 
De Vendas (65.900,00) 
Provisão para Créditos de Liquidação 
Duvidosa 
(3.100,00) 
Administrativas (251.000,00) 
Depreciação (33.472,00) 
Despesas Financeiras (39.800,00) 
(=) Lucro Operacional (7.607,00) 
(-) Provisão para Imposto de Renda (8.000,00) 
(=) Resultado Líquido do Exercício (15.607,00) 
 
6) Composição de Lucros Acumulados (Reserva de Lucros): 
Converter Lucros Acumulados em 31/12/X0 pela taxa média de X0, uma vez que 
não há indicação da (conversão) composição anterior. Caso houvesse utilizariamos 
o valor de lucros acumulados anterormente em moeda estrangeira. 
 
 R$ Taxa Equivalente em U$$ 
Lucros Acumulados em X0 
Resultado de X1 
Lucros Acumulados em X1 
 
 
 
 
 
 45
7) Demonstração do Ajuste Acumulado de Conversão em X0 e em X1 ou CTA – 
Cumulative Translation Adjustment; 
 
7.1) Capital Social 31/12/X0 31/12/X1 
Convertido a taxa de fechamento 
À taxa histórica 
(=) Ajuste no Capital Social 
 
7.2) Lucros Acumulados 31/12/X0 31/12/X1 
Convertido a taxa de fechamento 
À taxa histórica 
(=) Ajuste no Capital Social 
 
(=) Ajuste Total 
 
 
 
Obervações: 
a) os ganhos e perdas da variação ocorrida na taxa cambial serão apropriadas ao 
patrimônio numa conta específica: CTA – Cumulative Translation Adjustment ou 
Ajustes Acumulados de Conversão 
b) este método so é aplicavél em países de economia estável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46
Capítulo 5: 
 
5.1 Método Temporal 
 
É uma combinação do método monetário/não monetário e câmbio de fechamento; 
Por este método, os itens patrimoniais são classificados de acordo com a base de 
valor adotada para avaliação, que pode ser: valor passado; valor presente ou 
valor futuro; 
>>>> Pode ser aplicável em quesiques circuntância de economia ou princípios 
contábeis. 
Para conversão pelo método temporal, é necessário seguir os seguintes 
procedimentos: 
 
a) Classificação dos saldos das contas e definição das taxas de conversão a 
serem utilizadas. Basicamente, o processo consiste em separar os 
componentes patrimoniais entre itens monetários e não monetários; 
b) Conversão dos itens monetários do ativo e passivo pela taxa de câmbio 
corrente, que nesse caso é a taxa de câmbio da data das demonstrações 
financeiras; 
c) Conversão dos itens não-monetários do ativo e passivo pelas taxas históricas; 
d) Conversão das contas de resultado pelas taxas históricas; 
e) Apuração dos ganhos e perdas de conversão 
Outra possibilidade de se usar o método temporal de conversão é pela utilização de 
taxas projetas de câmbio para os itens monetários pré-fixados (contas a receber e a 
pagar) do ativo e do passivo em vez das taxas correntes. Nesse caso, esses itens 
monetários pré-fixados são apresentados no balanço patrimonial em moeda 
estrangeira convertidos por uma taxa projetada de câmbio para a sua data de 
recebimento ou pagamento. 
Assim, é necessário projetar taxas de câmbio para essas datas para efetuar a 
conversão. 
O valor em moeda local convertido para o dia do recebimento/pagamento do item é 
que aparecerá no balanço patrimonial convertido para moeda estrangeira. 
 
>>>> A utilização do Método Temporal em economias estáveis gera resultados 
muito próximos do método de cãmbio de fechamento, tendo em vista que os itens 
patrimoniais estarão próximo do valor presente e serão convertido pela taxa 
corrente. 
 
 
 
 
 47
Capítulo 6: 
 
6.1. Empréstimos e Financiamentos em Moeda Estrangeira 
 
Neste tipo de empréstimo o contrato de financiamento especifica todos os 
valores em moeda estrangeira, na qual o financiamento está sendo contratado. 
A empresa financiada recebe o valor em moeda do país por meio de 
operações de câmbio efetuadas por estabelecimentos bancários autorizados. 
O valor do principal e os encargos são devidos em moeda estrangeira, 
estando sujeitos às variações cambiais, visto que à época do pagamento, a empresa 
entregará o valor convertido ao estabelecimento bancário escolhido, o qual se 
encarregará de efetuar o pagamento na moeda na qual o financiamento foi 
contratado, pela operação de câmbio e a taxa oficial em vigor na ocasião. 
 
Exemplo: 
 
Data de obtenção do financiamento: 30/06/x1 – Valor do financiamento USD 
200.000,00 – Taxa de câmbio em 30/06/x1 – R$ 1,70 – Valor recebido em reais R$ 
340.000,00. 
 
Supondo que em 30/08/x1 a taxa de câmbio oficial passe para R$ 1,80 o valor da 
diferença de câmbio será: 
 
Valor contabilizado: (200.000,00 x 1,70) = 340.000,00 
Valor atualizado: (200.000,00 x 1,80) = 360.000,00 
Variação cambial: R$ 20.000,00 
 
Principais registros contábeis referentes a financiamentos em moeda 
estrageira 
1) Pelo recebimento do empréstimo: 
D – Banco Conta Movimento 
C – Financiamentos Bancários Estrangeiros 
 
2) Pela variação da taxa de câmbio: 
D – Variações Cambiais 
C – Financiamentos Bancários Estrangeiros 
 
 
 
 
 48
3) Pelo provisionamento dos juros e comissões: 
D – Juros e Comissões Sobre Financiamentos 
C – Encargos Financeiros a Pagar 
 
4) Pelo pagamento dos juros: 
D – Encargos Financeiros a Pagar 
C – Banco Conta Movimento 
 
5) Pelo pagamento do principal: 
D – Financiamentos Bancários Estrangeiros 
C – Banco Conta Movimento 
 
Taxa de Fechamento Ptax = Média Aritimética das taxas de compra e das taxas de 
venda do boletins do dia, conforme Circulares 3506 de 23/09/10 e 3537 de 25/05/11 
do BANCO Central do Brasil - BACEN 
Taxa de compra >>>>>>> utilizada para conversão de ativos 
Taxa de venda >>>>>>>> utilizada para conversão de passivos 
 
Taxa negociada >>>>>>> taxa do momento da transação; do fechamento do câmbio 
 
Exportação de Mercadorias: Taxa para Emissão da Nota Fiscal >>>> Ptax de 
compra do dia anterior a emissão da NF. 
 
Importação de Mercadorias: Taxa para emissão da DI – Declaração de 
Importação e pagamento dos tributos>>>>> Ptax de venda de dois dias úteis 
anteriores a data do pagamento. 
 
6.2. Diferença entre Variação Cambial e Variação Monetária 
 
Embora

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