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INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMINIO ECONOMICO - Formulário - Resenha Crítica de Caso

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Resenha Crítica de Caso
Waldilson Ferreira Moura
Trabalho da disciplina INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
 		 Tutor: Prof. xxxxxxxxx
Belém - PA
2019
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ESTUDO DE CASO – CHINA CONSTRUINDO UM CAPITALISMO COM CARACTERÍSTICAS SOCIALISTAS
Referências: FONTE: SPAR, D.; OI, J. China: Construindo um “Capitalismo com Características Socialistas”. Boston: Havard Business School Publishing. 2006.
	A China, que surgiu em torno de 2200 a.C no vale do rio Amarelo, tendo seu crescimento rápido, baseado na agricultura. O clã das famílias eram o núcleo, havia grupamento de ideias que eram quase autossuficientes por volta de 1220 a.C a dinastia Zhou, de sacerdotes guerreiros dominou a região, e foi flexível, cobrando impostos e produzindo arte, literatura e filosofia, a exemplo de Confúcio. A partir de 403 a. C iniciou-se uma crise que se entendeu e nesse período haviam guerras entre clãs para a decisão de poder. Qin Shi Huang governou por 11 anos, criou um sistema que ligava suas ideias a província, empreendeu, matou estudiosos e dividiu terras, era um sistema que objetivava estabilidade, e conseguiu durante milênios, era um povo totalmente fechado, em que não se haviam ideias a serem compartilhadas com o mundo e não havia interesse em exploração do mesmo. Contudo, em 1280 foram invadidos pelos Mongóis e pelos Manchus em 1664, mas seguiram sem muitas alterações até o século XIX, onde a cultura era preservada, quando os britânicos guerrilhariam por Ópio, até que em 1842 império chinês cedeu deixando Hong Kong para eles, vide que a intenção era diminuir o deficit comercial , que culminou com a aberturo de mais cinco portos para o comercio, nomeado de Tratados Injustos.
As potencias ocidentais vieram em seguida e repartiram a China em esferas de influência. Após tentativas de mudanças e repartição da China, que culminaram com o golpe do Imperador Guang Xi, que não funcionou por conta da intervenção da imperatriz Dowager Ci Xi, porém, causaram muitos conflitos entre reacionários e reformistas até a sua morte em 1908. A partir disto a China foi governada pelo partido revolucionário KMT (Kuo min tang), que mantia seu poder por conta do carisma de seus líderes e envolvimento com o campo, que passava pela reforma agraria. Em 1937 a China foi atacada pelo Japão e o KMT foi enfraquecido, abrindo espaço para os camponeses guerrilharem e saíssem vencedores em 1945, sendo assim o PCC (partido Comunista Chines) toma o controle. Em 1949 uma importante peça da China veio a tona, Mao Zedong proclama o país e trona Beijing sua capital, Mao reorganizou o país em cinco anos e trouxe estruturação nunca vista para este país, dando um grande salto adiante. Em 1960, contudo, as produções desaceleraram e o país entrava em uma crise, levando o PCC a uma busca de incentivos para reorganizar a produção. 
	Mao tentou uma Reforma Cultural a partir de 1966, ordenando a destruição de antigos pensamentos e costumes, levando o comunismo como dominante sem lembrar do passado, usou até alunos e transformando-os em guardas vermelhos, que percorriam todo o país levando essa mentalidade e disseminando o que Mao pregou, isto incluía agressão física e verbal principalmente a intelectuais que tinham opiniões opostas e pregavam a liberdade de expressão e conservação dos costumes adquiridos durante toda a história do país, contudo, com o passar do tempo os guardas vermelhos foram perdendo autonomia e foco, inclusive geraram conflitos entre sí, e foi então que o exército foi convocado. Deixados de lado, os guardas vermelhos ficaram conhecidos como uma geração perdida já que tudo o que pregavam ficou para trás e tornaram-se apenas rebeldes sem perspectivas. 
	Na década de 80 as transformações no mercado chinês foram marcantes, por conta da inclusão do mercado estrangeiro e seus investimentos e negociações começarem a participar no país, houve dificuldades por conta da inflação, e por medo do aumento do desemprego as empresas se direcionavam para regiões periféricas fugindo dos grandes centros. Deng Xiaopi que outrora participou ativamente das atividades políticas mas foi expurgado por Mao por ser a favor do capitalismo foi trazido de volta a Beijing, e foi importante peça para diminuir os quadros de fome e miséria contidos no país, e a China foi se abrindo para o mercado estrangeiro, inicialmente de forma tímida, contudo na década de 90 já se notava um grande investimento estrangeiro no país. Em 1999 o governo tomou medidas grandes, emprestou 1,4 bilhões do RBM do PBOC e dos bancos comerciais estatais para adquirir a mesma quantia de empréstimos vencidos dos mesmos bancos estatais, e em 2004 retirou 60 bilhões de dólares das reservas cambiais da China e injetou direto nos bancos para dar baixa nas quantias de empréstimos vencidos e transformar os bancos em empresas cotadas na bolsa de valores e receber investimentos estrangeiros. Estes investimentos direcionavam a China para o capitalismo, levando a uma crise ideológica do pensamento Maoista, e Zemin sucessor de Deng continuou a impulsionar este pensamento capitalista. Mas o PCC era dominante e tinha controle das ações, e entre 2001 a 2004 a China se tornou o terceiro maior exportador do mundo, fato não necessário para tornar-se um país desenvolvido. 
Uma das grandes falhas do socialismo na China foi a desigualdade social que se tornava mais evidente, que contrastava com esta ideologia socialista, o PCC lutava para que os níveis de corrupção não aumentassem, e isto infringia diretamente no padrão de vida da população, que era desigual, onde os ricos estavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, em 2005 programas que asseguravam direitos para os desempregados, pensões visando a revitalização do país foram criados, contudo, o país não pretendia desacelerar seu crescimento em detrimento da diminuição desta desigualdade, logo, a efetividade das medidas era colocada em cheque, com isso, viu-se revoltas em pontos específicos do pais sendo criadas geralmente acompanhadas de violência. Discute-se veementemente se o sistema comunista pode se manter em um país onde a população cada vez mais requer direitos e tenta fazer valer sua voz perante os governantes, levando a possíveis instabilidades políticas, ou deve-se instaurar por uma necessidade global o regime democrático, para que o mercado avance, assim como outras premissas que por tempos vivem estagnadas. 
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