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Tipos de Vistos para Entrada no Brasil

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Concedido ao imigrante que venha ao País com 
o intuito de estabelecer residência por tempo 
determinado e que tenha uma das seguintes 
finalidades: pesquisa, ensino ou extensão 
acadêmica; tratamento de saúde; acolhida 
humanitária; estudo; trabalho; férias-trabalho; 
prática de atividade religiosa; serviço voluntário; 
realização de investimento; atividades com 
relevância econômica, social, científica, 
tecnológica ou cultural; reunião familiar; ou 
atividades artísticas ou desportivas com 
contrato por prazo determinado; o imigrante seja 
beneficiário de tratado em matéria de vistos; ou o 
atendimento de interesses da política migratória 
nacional (arts. 33 a 50, decreto 9.199/17). Prazo 
máximo de 01 ano (art. 16, decreto 9.199/17).
Visto
TEMPORÁRIO
VIST
O • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO
 • V
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• V
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O •
 
Visto de 
VISITA
VIST
O • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO
 • V
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O 
• V
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O •
 
Concedido ao visitante que venha ao Brasil 
para estada de curta duração, sem intenção de 
estabelecer residência, para fins de turismo, 
negócios, trânsito, atividades artísticas ou 
desportivas e outras hipóteses definidas 
em regulamento. Ressalta-se ser vedado ao 
beneficiário deste visto a prerrogativa de exercer 
atividade remunerada (arts. 29 a 32, decreto 
9.199/17). Prazo máximo de 180 dias (art. 20, 
decreto 9.199/17).
Concedido aos diplomatas e funcionários de
status diplomático e aos chefes de escritórios
de organismos internacionais, bem como aos
seus dependentes (arts. 51 a 56, decreto 9.199/17). 
Prazo máximo de 03 anos (art. 18, decreto 9.199/17).
Visto 
DIPLOMÁTICO
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O • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO
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• V
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O •
 
Concedido nos seguintes casos: às personalidades e às 
autoridades estrangeiras em viagem não oficial ao País; 
aos companheiros, aos dependentes e aos familiares em 
linha direta que não sejam beneficiários do visto de que 
trata o § 2° do art. 53; aos empregados particulares de 
beneficiário de visto diplomático, oficial ou de cortesia; 
aos trabalhadores domésticos de missão estrangeira 
sediada no País; aos artistas e aos desportistas 
estrangeiros que venham ao País para evento gratuito, 
de caráter eminentemente cultural, sem percepção de 
honorários no território brasileiro, sob requisição formal 
de missão diplomática estrangeira ou de organização 
internacional de que o País seja parte; excepcionalmente, 
a critério do Ministério das Relações Exteriores, a outras 
pessoas não elencadas nas demais hipóteses previstas 
neste artigo (art. 57, decreto 9.199/17). Prazo máximo 
de 03 anos (art. 18, decreto 9.199/17).
Visto de 
CORTESIA
VIST
O • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO
 • V
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O 
• V
IST
O •
 
Concedido aos funcionários de organismos 
internacionais em missão oficial e funcionários
de embaixadas e consulados, não diplomatas, bem 
como aos dependentes (arts. 51 a 56, decreto 
9.199/17). Prazo máximo de 03 anos (art. 18, 
decreto 9.199/17).
Visto 
OFICIAL
VIST
O • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO • VISTO
 • V
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O 
• V
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O •
 
* De OLHO 
na PROVA
 A condição jurídica do imigrante no Brasil constitui ponto 
relevante de estudo para as provas da OAB, principalmente 
tendo em vista a recente entrada em vigor da Lei de Migração 
(13.445/17). Com ela houve a revogação do tradicional 
Estatuto do Estrangeiro (2.815/80), o qual já não conseguia 
mais corresponder às necessidades migratórias atualmente 
enfrentadas em nosso país, como podemos verificar pelas ondas de refugiados que 
chegam ao Brasil proveniente do Haiti, Síria e Venezuela, por exemplo. Trata-se, 
portanto, de assunto atual que pode despertar a atenção dos examinadores..
§ REVISA
Diferentemente do Estatuto do Estrangeiro, o qual privilegiava as questões relativas à segurança na-
cional, a Lei de Migração tem seus objetivos e razão de ser enraizados nos direitos humanos. Com efeito, o 
migrante é sujeito de direitos, sendo-lhe reconhecidos direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econô-
micos, inclusive o direito à propriedade (art. 4°, lei 13.445/17) - antes objeto de severas restrições em nosso 
ordenamento, com limitações do acesso do imigrante à propriedade mobiliária no Brasil, por exemplo.
ENTRADA E PERMANÊNCIA EM TERRITÓRIO NACIONAL
O ingresso do estrangeiro ocorre por meio do Visto (ato administrativo discricionário), que pode 
ser dos seguintes tipos: 
DIREITO INTERNACIONAL 
Condição Jurídica do Imigrante no Brasil
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Atualmente, segundo o decreto 9.199/17, não há prazos di-
ferenciados de duração do visto temporário segundo o objetivo 
da permanência. O art. 16 esclarece ser de até um ano, salvo de-
terminação em contrário do Ministério das Relações Exteriores.
ASILO POLÍTICO 
Instituição jurídica que tem por objetivo proteger qual-
quer cidadão estrangeiro perseguido em seu país por crimes 
políticos, convicções religiosas ou situações raciais. Seu pro-
cedimento: inicia-se com requerimento ao Departamento de 
Polícia Federal que encaminha ao MRE para manifestação e, 
posteriormente, pelo Presidente da República, consultado o 
Ministro das Relações Exteriores (art. 112, decreto 9.199/17. A 
diferença entre Asilo Territorial e Asilo Diplomático reside no 
fato de que o primeiro consiste no recebimento do estrangei-
ro no território nacional para evitar punição ou perseguição 
baseada em crime de natureza política ou ideológica, en-
quanto o segundo consiste na concessão, dentro do próprio 
Estado em que o indivíduo é perseguido, por um terceiro Es-
tado, por meio de embaixadas, representações diplomáticas, 
navios de guerra, acampamentos, aeronaves militares.
SAÍDA COMPULSÓRIA DO 
TERRITÓRIO NACIONAL
Banimento – espécie de pena há muito tempo extinta 
do nosso ordenamento. Sua proibição é garantida no art. 5o, 
XLVII, d, da Constituição Federal. Atualmente temos outras 
formas, a saber:
DEPORTAÇÃO
Motivo Entrada no Brasil de forma clan-destina ou permanência irregular.
Retorno ao 
Brasil
Poderá retornar desde que pague 
as despesas de sua deportação e 
multa.
Destino
 O deportando poderá optar pelo
país de sua nacionalidade, ou
procedência, ou para outro que
consinta em recebê-lo (art. 47 da 
Lei de Migração).
Impedimentos Quando equivaler a uma extradi-ção inadmitida .
Procedimento
Basta comprovação do fato para 
que a Polícia Federal tome provi-
dências.
EXPULSÃO
Motivo 
A condenação com sentença 
transitada em julgado poderá 
ensejar a expulsão nos seguintes 
casos: crime de genocídio, crime 
contra a humanidade, crime de 
guerra ou crime de agressão, nos 
termos definidos pelo Estatuto 
de Roma do Tribunal Penal Inter-
nacional, de 1998; crime comum 
doloso passível de pena privativa 
de liberdade, consideradas a 
gravidade e as possibilidades de 
ressocialização em território na-
cional (art. 191, decreto 9.199/17).
Retorno ao 
Brasil
Não poderá retornar, salvo se 
revogado o decreto de expulsão. 
Caso retorne, responderá pelo 
crime de reingresso (art. 338, CP).
Impedimentos
I - quando a medida configurar 
extradição inadmitida pela 
legislação brasileira; II - ou 
quando o expulsando: a) tiver 
filho brasileiro que esteja sob 
sua guarda ou dependência 
econômica ou socioafetiva 
ou tiver pessoa brasileira sob 
sua tutela; b) tiver cônjuge ou 
companheiroresidente no Brasil, 
sem discriminação alguma, 
reconhecido judicial ou legal-
mente; c) tiver ingressado no 
Brasil até os 12 anos de idade, 
residindo desde então no País; d) 
for pessoa com mais de 70 anos 
que resida no País há mais de 10 
anos, considerados a gravidade e 
o fundamento da expulsão (art. 
55, Lei da Migração).
Procedimento
A instauração do inquérito de 
expulsão cabe à Polícia Federal, 
de ofício, ou à pedido do Mi-
nistro da Justiça, de requisição 
ou requerimento fundamen-
tado em sentença (art. 195, §1°, 
decreto 9.199/17).
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EXTRADIÇÃO
Motivo 
Cooperação Jurídica Internacional: 
visa à entrega, para julgamento ou 
execução de pena. 
Impedi-
mentos
art. 5°, II, CF: por crime político ou de
opinião e conforme o art. 82 da Lei de 
Migração, quando: a) o indivíduo cuja 
extradição seja solicitada ao País for 
brasileiro nato; b) o fato que motivar 
o pedido não for considerado crime 
no País ou no Estado requerente; c) o 
País for competente, segundo as suas 
leis, para julgar o crime imputado ao 
extraditando; d) a lei brasileira impu-
ser ao crime pena de prisão inferior 
a dois anos; e) o extraditando estiver 
respondendo a processo ou já houver 
sido condenado ou absolvido no País 
pelo mesmo fato em que se fundar 
o pedido; f) a punibilidade estiver 
extinta pela prescrição, segundo a lei 
brasileira ou a do Estado requerente;
g) o fato constituir crime político ou de 
opinião; h) o extraditando tiver de res-
ponder, no Estado requerente, perante 
tribunal ou juízo de exceção; ou
i) o extraditando for beneficiário de 
refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 
1997, ou de asilo territorial.
Princípios
Especialidade: o envio do estrangeiro 
só permite julgamento ou execução 
de pena relativos ao crime indicado no 
pedido. Identidade: comanda que o 
delito seja tipificado na legislação de 
ambos os Estados.
Processo
O pedido de extradição originário de 
Estado estrangeiro será recebido pelo 
Ministério da Justiça e, após o exame 
da presença dos pressupostos formais 
de admissibilidade exigidos na Lei n° 
13.445, de 2017, ou em tratado de que 
o País seja parte, será encaminhado 
ao Supremo Tribunal Federal (art. 269, 
decreto 9.199/17).Julgada procedente 
a extradição pelo Supremo Tribunal 
Federal, o Ministério da Justiça avaliará 
se o estrangeiro cumpre os requisitos 
para ser extraditado (art. 271, caput, 
decreto 9.199/17).
» Cai na PROVA
O Brasil é signatário dos principais tratados inter-
nacionais de direitos humanos e é parte da Convenção 
das Nações Unidas de 1951 sobre o Estatuto dos Refu-
giados e do seu Protocolo de 1967. O país promulgou, 
em julho de 1997, a sua lei de refúgio (n. 9.474/97), 
contemplando os principais instrumentos regionais e 
internacionais sobre o tema. A lei adota a definição 
ampliada de refugiado estabelecida na Declaração de 
Cartagena de 1984, que considera a “violação genera-
lizada de direitos humanos” como uma das causas de 
reconhecimento da condição de refugiado. Em maio de 
2002, o país ratificou a Convenção das Nações Unidas 
de 1954 sobre o Estatuto dos Apátridas e, em outubro 
de 2007, iniciou seu processo de adesão à Convenção 
da ONU de 1961 para Redução dos Casos de Apatridia. A 
nova Lei de Migração conferiu especial proteção para 
os refugiados e para os apátridas, sendo que ambos 
fazem jus a um processo mais simplificado naturaliza-
ção e, desde logo, têm autorização provisória de resi-
dência até a obtenção de resposta ao seu pedido de 
residência (arts. 26 e 30, §4°, Lei de Migração). (Dispo-
nível em: <http://www.acnur.org/portugues/recursos/ 
estatisticas/dados-sobre-refugio-no-brasil/>. Acesso 
em: 22 ago. 2016.)
/Referências BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Edgar Carlos. Direito Internacional Privado. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
GODINHO, Thiago José Zanini. Elementos de Direito Internacional Público e Privado. São Paulo: Atlas, 2010.
LENZA, Pedro [et al.].OAB Esquematizado: primeira fase. 3.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (coleção 
Esquematizado ®). Vol. único.

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