Buscar

Crise do pensamento ocidental

Prévia do material em texto

Crise do pensamento ocidental 
]
Nome: Juliana Gonçalves Rodrigues de Barros
O mundo é um sistema vivo que está em constante mutação, a totalidade do pensamento complexo nunca é necessariamente a soma das partes. Durante a Idade Média a igreja católica detinha o monopólio da verdade, todos que contrariasse os dogmas da igreja era excomungado e morto em praça publica, até o século XVI acreditava-se que o sol girava em torno da terra, quando as descobertas de Copérnico e Galileu balançaram as verdades incontestáveis da Igreja, o modelo de Copérnico dizia que a terra girava ao redor do sol assim como todos os demais planetas, apesar da repressão, os esforços para entender a Humanidade e sua relação com o mundo sempre esteve presente na história da humanidade. A partir do Renascentismo o pensamento religioso foi aos poucos dando lugar ao pensamento racional, no século XVII Descartes com o “Discurso do método para bem conduzir a razão” vai inaugurar a racionalidade ocidental, o sujeito normal é o sujeito que faz o uso da razão, para nos distinguir dos outros seres- com alma inanimadas, nutritiva e sensitiva .Vai criar-se um padrão de normalidade: Cogito (penso, duvido) logo sou. 
A ideia de homem normal é uma construção abstrata, Edgar Morin vai criar uma definição de homem bastante diferenciada do homo sapiens sapiens para homo sapiens demens. O homem não é apenas razão, é mito, é espirito ou alguma coisa ligada ao cosmos. Todos os seres vivos passa pelo que Morin vai chamar de Tetragrama organizacional complexo: 
1-Ordem 
2- Desordem 
3- Interação 
4- Reorganização 
Todo e qualquer ser vivo passa por esse tetragrama , vivendo de morte e morrendo de vida.
A expansão do cristianismo com suas “justificativas ideológicas para estabelecer a relação entre diferença, alteridade e exotismo” colocou o outro como anormal. O Processo de mundialização e globalização tiveram como foco principal a questão econômica, atualmente a racionalidade ocidental fragmentada, com suas ciências especificas e racionais voltadas não para o ser humano mas para o capital e as relações de mercado não consegue ver a totalidade das coisas, nem todo o progresso é a verdadeira expressão de melhoria .”O alargamento do mercado mundial corresponde de fato à mundialização do liberalismo. As deslocações das empresas e a liberdade especulativa dos capitais no planeta implicam uma degradação efetiva do poder de controle dos estados....” (Morin). A respeito do desenvolvimento tecnológico o Presidente da Soka Gakkai Internacional, Daisaku Ikeda, na “Carta da Soka Gakkai Internacional” nos fala que “em nenhuma outra época da história, a humanidade testemunhou tamanha justaposição de guerra e paz, discriminação e igualdade, pobreza e fartura, como no século 20. O desenvolvimento tecnológico militar cada vez mais sofisticada e exemplificada pelas armas nucleares, criou uma situação em que a própria sobrevivência da espécie humana foi posta em risco.” A produção do homem na era da tecnologia e das ciências biológicas nos leva a questão da domesticação do homem pelo homem, o homem produzido por sua própria técnica. A inovação técnica traz duas faces, uma otimista, que promete trazer melhoras e bem estar para a condição humana, e outra pessimista, com um poderio para guerras e desastres naturais, e com frequência os que usufruem das melhorias não serão os mesmo a sofrer com as calamidades, expostos aos riscos tecnológicos.
Pra entender a realidade é preciso entender o movimento, que permite esse alternância de código que faz com que você repense a sua visão de mundo, é preciso romper com a fragmentação, articular o diálogo, evitar falar dos outros a partir de nossas categorias e sistemas de verdades. Somente o conflito e a tensão não torna o diálogo impossível. O que ergue barreiras entre nós é a disposição de permanecer ignorantes em relação aos outros, por isso o diálogo é decisivo, tudo começa com ele. O empobrecimento da compreensão da realidade numa sociedade voltada para as relações de troca de mercadorias, onde até mesmo o tempo livre é, em boa medida, um tempo também subordinada aos valores do sistema produtor de mercadorias e das suas necessidades em que o capital contemporâneo, ao mesmo tempo em que pode, pelo avanço tecnológico e informacional, potencializar as capacidades humanas, faz expandir o fenômeno social do estranhamento. Procuramos a todo o custo preencher o que Morin vai chamar de Brecha Antropológica, esse vazio que faz parte do Ser Humano, um ser biológico/social/antropológico/cósmico. A Ciência racional e ocidental não da mais conta de entender a realidade pois ela não pode ser enquadrada, dividida, quantificada e chegar a uma Verdade, as teorias gerais não dão mais conta de explicar a realidade e a ciência é a falsa medida do homem, é preciso questionar a racionalidade pela própria racionalidade, uma vez que somos sujeitos da modernidade, é preciso romper com a fragmentação e repensar o sujeito, para além do capital, do trabalho e das relações modernas. Em “O contorno. Poder e modernidade” Balandier vai falar que “A modernidade não pode ser nem um estandarte para os que cultivam a originalidade a qualquer preço (obcecados do new look ou da new wave), nem um álibi que mascara as mediocridades, nem um refugio para quem procura abrigo nas instituições repintadas na cor do dia”

Continue navegando