Buscar

CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 - By West Gave

Prévia do material em texto

West Gave dos Santos Página 1 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO 
REVISÃO PARA AV1 (2019) 
BY 
WEST GAVE 
 
 
1. Considerando o caso a seguir, classifique a declaração de 
inconstitucionalidade apresentada. Lembre-se que nem todas as 
classificações se aplicam a todas as inconstitucionalidades e que a resposta 
deve ser fundamentada. 
Situação hipotética – O presidente Michel Temer veta lei ordinária criada pelo 
Congresso Nacional para regulamentar o parágrafo único do art. 22 da CRFB, uma 
vez que a matéria deveria ser tratada em lei complementar – de aprovação mais 
rigorosa do que a ordinária, conforme o art. 69 da CRFB. 
a) Trata-se de um Controle de Constitucionalidade preventivo ou repressivo? 
Fundamente. 
 
Resposta: Quando se discute se o controle é preventivo ou repressivo, o que está 
em jogo é o momento em que o controle é feito – se antes da inconstitucionalidade 
existir (a prevenindo), ou depois da inconstitucionalidade existir (a reprimindo). Na 
situação analisada, o presidente da república veta uma lei inconstitucional, 
impedindo assim a inconstitucionalidade de existir o que torna o controle um 
controle preventivo. 
 
b) Trata-se de uma inconstitucionalidade material ou formal? Fundamente. 
 
Resposta: No presente caso, a inconstitucionalidade apresentada se refere ao 
quórum de votação da lei complementar – que não foi alcançado, violando o art. 69 
da CRFB/88. Com isso, podemos identificar a inconstitucionalidade como uma 
inconstitucionalidade formal, uma vez que a violação da constituição se deu por 
uma falha que ocorreu no procedimento de criação da lei – especificamente é uma 
inconstitucionalidade formal objetiva, por não se tratar de um vício de iniciativa 
(que caracteriza a inconstitucionalidade formal subjetiva) nem de um vício de órgão 
(que caracteriza a inconstitucionalidade formal orgânica). Ao contrário de outras 
classificações correlacionadas com o controle de constitucionalidade, as 
inconstitucionalidades formal e material não são contraditórias entre si, podendo 
coexistir juntas. Contudo, o caso em questão não nos fornece nenhuma informação 
no caso sobre o conteúdo da lei, que é essencial para a analise da 
inconstitucionalidade material (que ocorre quanto uma lei viola direitos previstos na 
West Gave dos Santos Página 2 
 
constituição). Logo, não é possível analisar se há uma inconstitucionalidade 
material ou não na situação hipotética. 
 
 
c) Trata-se de um Controle de Constitucionalidade Concentrado ou Difuso? 
Fundamente. 
 
Resposta: Nenhum dos dois. O controle concentrado e difuso pressupõem a 
jurisdição – é a capacidade de julgar processos que pode ser concentrada em 
apenas um órgão do judiciário ou difundida por todos eles – e a jurisdição só se 
encontra no controle jurídico. No caso concreto, o controle foi feito pelo presidente 
da república, sendo portanto um controle político. Dessa forma a classificação não 
se aplica. 
 
 
2. Considerando o caso a seguir, classifique a declaração de 
inconstitucionalidade apresentada. Lembre-se que nem todas as 
classificações se aplicam a todas as inconstitucionalidades e que a resposta 
deve ser fundamentada. 
EREsp 437760 / DF, julgados pelo STJ em 11/05/2009. Ementa: 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTOS 
SUJEITOS. A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. 
LC 118/2005. INCONSTITUCIONALIDADE DA APLICAÇÃO RETROATIVA. 
1. Sobre a prescrição da ação de repetição de indébito tributário de tributos sujeitos 
a lançamento por homologação, a jurisprudência do STJ (1ª Seção) assentou o 
entendimento de que, no regime anterior ao do art. 3º da LC 118/05, o prazo de 
cinco anos, previsto no art. 168 do CTN, tem início, não na data do recolhimento do 
tributo indevido, e sim na data da homologação ? expressa ou tácita - do 
lançamento. Assim, não havendo homologação expressa, o prazo para a repetição 
do indébito acaba sendo de dez anos a contar do fato gerador. 
2. A norma do art. 3º da LC 118/05, que estabelece como termo inicial do prazo 
prescricional, nesses casos, a data do pagamento indevido, não tem eficácia 
retroativa. É que a Corte Especial, ao apreciar Incidente de Inconstitucionalidade 
nos EREsp 644.736/PE, sessão de 06/06/2007, DJ 27.08.2007, declarou 
inconstitucional a expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, 
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional", constante 
do art. 4º, segunda parte, da referida Lei Complementar. 
3. Embargos de divergência a que se nega provimento. 
 
a) Trata-se de um Controle de Constitucionalidade Concentrado ou Difuso? 
Fundamente. 
 
Resposta: Por ser um Recurso Especial, trata-se de Controle Difuso. Pois 
para o Controle Concentrado existem ações especificas para esse tipo de controle, 
que são, ADI, ADC e ADPF, portanto, como não se trata dessas ações o Controle 
é Difuso. 
West Gave dos Santos Página 3 
 
Ou seja para ser Controle Concentrado, é preciso ser feito com ação própria que é 
a ADI, ADC ou ADPF. O Controle Difuso pode ser feito em qualquer tipo de ação, 
nesse caso concreto, não é ADI, ADC e ADPF, logo, o Controle é Difuso. 
 
b)Trata-se de um Controle de Constitucionalidade preventivo ou repressivo? 
Fundamente. 
 
Resposta: Tem uma lei que já está em vigor, portanto, o Controle é Repressivo. O 
Controle de Constitucionalidade Preventivo ou Repressivo discute se está sendo 
feito antes(preventivo) ou depois(repressivo) da lei estar em vigor, nesse caso 
concreto está discutindo uma lei, e ela já está em vigor, logo o Controle é 
Repressivo. 
 
c) Trata-se de uma Inconstitucionalidade Material ou Formal? Fundamente. 
 
Resposta: Trata-se de uma Inconstitucionalidade Material porque está sendo 
discutido o conteúdo da lei e não o rito de produção da lei. 
 
 
3. Considerando o caso a seguir, classifique a declaração de 
inconstitucionalidade apresentada. Lembre-se que nem todas as 
classificações se aplicam a todas as inconstitucionalidades e que a resposta 
deve ser fundamentada. 
ADI 0003616-57.2018.8.08.0000, julgada pelo TJES, 01/11/2018. EMENTA: 
REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE LEI MUNICIPAL Nº 
3.709/2017 INSTITUIÇÃO DA SEMANA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA 
DEPRESSÃO INFANTOJUVENIL CRIAÇAO DE ÔNUS PARA O PODER 
EXECUTIVO NECESSIDADE DE INICIATIVA DE LEI DO CHEFE DO PODER 
EXECUTIVO PROJETO DE LEI ORIUNDO DO PODER LEGISLATIVO VÍCIO 
FORMAL RECONHECIDO REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
JULGADA PROCEDENTE. 
1. As hipóteses previstas na Carta Magna para a deflagração do processo 
legislativo pelo Presidente da República são normas de reprodução obrigatória nas 
Constituições Estaduais, por força dos princípios da simetria e da separação dos 
Poderes, e devem ser observadas pelas Leis Orgânicas Distrital e Municipais, sob 
pena de se configurar inconstitucionalidade formal subjetiva. 
2. A criação da Semana Municipal de Conscientização sobre a Depressão infanto-
juvenil feriu as normas de regência (Constituições Federal e Estadual e Lei 
Orgânica Municipal), na medida em que impôs atribuições aos Órgãos do Poder 
Executivo (Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Educação) 
sem que a Lei n. 3.709/2017 tenha sido deflagrada por iniciativa do Prefeito. 
3. A propósito, nem mesmo a ausência de veto em relação aos demais artigos da 
Lei n. 3.709/2017 seria suficiente para convalidar o vício nomodinâmico, porquanto 
a usurpação da prerrogativa de iniciar o processo legislativo qualifica-se como ato 
destituído de qualquer eficácia jurídica, contaminando, por efeito de repercussão 
causal prospectiva, a própria validade constitucional da norma que dele resulte. 
Precedentes. Doutrina. Nem mesmo a ulterior aquiescência do Chefe do Poder 
West Gave dos Santos Página 4 
 
Executivo mediante sanção do projeto de lei, aindaquando dele seja a prerrogativa 
usurpada, tem o condão de sanar esse defeito jurídico radical. Insubsistência da 
Súmula nº 5/STF, motivada pela superveniente promulgação da Constituição 
Federal de 1988 (STF, ADI 1809, Relator: Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, 
julgado em 29/06/2017, Acórdão Eletrônico DJe-176 Divulg 09-08-2017 Public 10-
08-2017). 
4. A manutenção dos efeitos da Lei impugnada obrigará o Município de Linhares a 
organizar e promover o evento criado já no mês de outubro do ano corrente, o que 
importará em gasto público sem orçamento previamente destinado para tanto, 
mormente em razão da falta de previsibilidade por parte do Executivo local. 
5. Representação de inconstitucionalidade julgada procedente para declarar 
inconstitucional a Lei n. 3.709/2017 do Município de Linhares. 
 
a) Trata-se de um Controle de Constitucionalidade Concentrado ou Difuso? 
Fundamente. 
 
Resposta: A características do Controle Concentrado é que se trata de ações 
especificas (ADI, ADE e ADPD), logo, nesse caso concreto o Controle é 
Concentrado, pois foi utilizada uma ADI. 
 
b)Trata-se de um Controle de Constitucionalidade preventivo ou repressivo? 
Fundamente. 
 
Resposta: Tem lei, então o Controle é Repressivo. Ou seja, já tem uma lei em 
vigor e, portanto, o controle cabível é o repressivo. 
 
c) Trata-se de uma Inconstitucionalidade Material ou Formal? Fundamente. 
 
Resposta: Trata-se de Inconstitucionalidade Formal, pois está citado 
expressamente na ementa o vício formal. 
 
4. Aponte e explique 3 diferenças entre o controle de constitucionalidade que 
segue o modelo americano e o controle de constitucionalidade que segue o modelo 
austríaco. 
 
Resposta: O modelo de controle de constitucionalidade difuso – também 
conhecido como americano – e o modelo de controle de constitucionalidade 
concentrado – também conhecido como austríaco – são bem diferentes entre si. 
A primeira diferença clara entre os dois é relacionada com os legitimados para 
proporem a ação: dentro do controle concentrado, essa legitimidade é restrita a 
algumas autoridades especificas (elencadas no art. 103 da CRFB/88), já o controle 
difuso pode ser proposto por qualquer pessoa que faça parte do processo original. 
A segunda grande diferença é a competência para julgar as ações: apesar de 
ambos os controles serem controles feitos pelo judiciário, a competência para 
julgar é concentrada no controle concentrado, ficando limitada a apenas um órgão 
(o STF no caso de controles de constitucionalidade a nível federal no Brasil), já no 
controle difuso apresenta essa competência para julgar difundida, se 
West Gave dos Santos Página 5 
 
materializando na figura do juiz natural responsável pelo processo, em todas as 
suas fases. É justamente sobre a divisão da competência para julgar que os nomes 
dos controles se materializam. 
A terceira diferença se relaciona com a forma como o controle de 
constitucionalidade é feito, especificamente relacionado com as ações utilizadas 
nesses processo: o controle concentrado possui ações especificas para ser feito 
(no Brasil, elas são ADI, ADC e ADPF), já o controle difuso pode se materializar 
em qualquer outro processo judicial, não importando o tipo de ação. 
Por fim, a última grande diferença é que o controle concentrado é feito em um 
processo objetivo – ou seja, sem lides ou partes e que, justamente por isso, tem 
o controle de constitucionalidade como pedido principal e uma decisão com 
eficácia erga omnes; por outro lado, o controle difuso aparece em um processo 
comum, que possui partes e um conflito de interesses que é seu problema 
principal, não relacionado com o controle de constitucionalidade, nesse contexto o 
pedido de controle de constitucionalidade aparece como secundário e a decisão 
tem eficácia apenas intra partes. 
 
 
5. O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o 
estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os 
condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação 
brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da 
possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser 
submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a 
consulta? 
 
Resposta: Há possibilidade de questionar o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto, antes mesmo que venha a ser submetido 
a votação no Congresso. Estamos diante de caráter preventivo, ocorre antes do 
processo legislativo. Logo, pode o membro do Congresso impetrar MANDADO DE 
SEGURANÇA, e, necessariamente deverá ser julgado antes do projeto ser 
convertido em lei. 
 
6.O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto 
de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o 
centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido 
que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital 
federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida 
provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em 
resposta, a Advocacia -Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, 
já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de 
vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a 
situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a 
seguir. 
a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas 
normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? 
West Gave dos Santos Página 6 
 
Resposta: As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu 
conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do 
Estado, àseparação dos poderes e aos direitos e garantias fundamentais. 
Enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais 
porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas 
constitucionais. 
 
b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está 
correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida 
provisória? 
 
Resposta: O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa 
está incorreto, pois, todo dispositivo constitucional só poderá ser alterado pelo 
processo legislativo das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da 
CRFB/88. 
 
 
 
 
 1 - CESPE - 2012 - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça - De acordo 
com os dispositivos constitucionais, assinale a opção correta. 
 
a) Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos estados, ao DF e aos municípios exigir ou aumentar tributo sem 
decisão judicial que o estabeleça. 
b) As sedes do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal de Contas da União 
poderão ser fixadas em qualquer localidade do DF. 
c) A Advocacia-Geral da União é chefiada pelo advogado-geral da União, cargo 
cujo preenchimento é de livre escolha e nomeação pelo presidente da República 
entre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
idoneidade moral. 
d) No controle abstrato de constitucionalidade, mediante ação direta de 
inconstitucionalidade, o MP atua de forma vinculada, devendo formular seu parecer 
final pela procedência da ação, no caso de ação iniciada pelo procurador-geral da 
República. 
e) No Brasil, coexistem os controles concreto e concentrado de 
constitucionalidade. A ação direta de inconstitucionalidade, a ação 
declaratória de constitucionalidade, a ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão e a arguição de descumprimento de preceito fundamentalsão 
espécies de controle concentrado de constitucionalidade. (X) 
 
2 - TRT 3R - 2007 - TRT - 3ª Região (MG) - Juiz do Trabalho - Com relação à 
argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), analise as 
proposições abaixo: 
West Gave dos Santos Página 7 
 
 
I – a argüição (ADPF) será proposta perante o Supremo Tribunal Federal. 
II – dentre outros, são legitimados para propor a argüição (ADPF) o Presidente da 
República, o Ministro da Justiça, o Presidente do Senado Federal, os 
Governadores de Estados ou do Distrito Federal e o Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil. 
III - a decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de 
descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível. 
IV – a decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de 
descumprimento de preceito fundamental poderá ser objeto de ação rescisória. 
V – é possível o deferimento de pedido de medida liminar na argüição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
Agora, assinale a alternativa correta: 
a) Apenas os itens I, III e V estão corretos. (X) 
b) Apenas os itens I, II e V estão corretos. 
c) Apenas os itens I, IV e V estão corretos. 
d) Apenas os itens III e IV estão corretos. 
e) Apenas os itens II e III estão corretos. 
 
3 - CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal - Em relação ao controle de 
constitucionalidade das leis e dos atos normativos, assinale a opção correta. 
 
a) É cabível a oposição de embargos de declaração para fins de modulação 
dos efeitos de decisão proferida em ação direta de constitucionalidade. (X) 
b) Inexiste inconstitucionalidade por vício formal subjetivo em lei resultante de 
iniciativa parlamentar que disponha sobre a criação de cargos na administração 
direta. 
c) Conforme a jurisprudência do STF, é permitido ao amicus curiae interpor recurso 
das decisões proferidas nos processos objetivos de controle de 
constitucionalidade. 
d) O controle incidental de constitucionalidade de uma lei somente pode ser 
realizado em face da Constituição vigente, e não de Constituição anterior, já 
revogada. 
e) O veto jurídico é exemplo de controle prévio de constitucionalidade, realizado 
pelo chefe do Poder Executivo quando entende ser o projeto de lei contrário ao 
interesse público. 
 
4 - CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal - Ainda com relação ao 
controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos, assinale a opção 
correta. 
 
a) O STF admite a declaração de inconstitucionalidade por arrastamento, 
também denominada por atração, de decreto regulamentar de lei que tenha 
sido objeto de ADI julgada procedente. (X) 
b) As associações que congregam exclusivamente pessoas jurídicas, as 
denominadas associações de associações, não têm legitimidade, segundo a 
jurisprudência do STF, para propor a ADI perante o tribunal. 
West Gave dos Santos Página 8 
 
c) É cabível a proposição de ação rescisória à decisão que julga procedente o 
pedido em arguição de descumprimento de preceito fundamental, não sendo 
possível sua proposição quando o pedido for julgado improcedente. 
d) Segundo a jurisprudência do STF, não se admite o controle preventivo de 
constitucionalidade em relação a projeto de lei ou de emenda constitucional. 
e) O advogado-geral da União será sempre citado para a defesa de ato impugnado 
em ADI, ainda que o STF já tenha se manifestado pela inconstitucionalidade em 
caso semelhante. 
 
5 - FUNCAB - 2013 - PC-ES - Delegado de Polícia - Acerca do controle da 
constitucionalidade, é correto o que se afirma em: 
 
a) O controle de constitucionalidade concentrado encontra obstáculo na norma 
constitucional de eficácia contida. 
b) Uma medida provisória editada por umMinistro de Estado constituiria 
inconstitucionalidade formal orgânica. (X) 
c) Os decretos do Poder Executivo não estão sujeitos ao controle de 
constitucionalidade. 
d) Para haver reforma da Constituição de 1988, foi necessário o plebiscito. Se este 
não tivesse ocorrido ou se houvesse fora dos parâmetros constitucionais, haveria 
inconstitucionalidade por víciomaterial. 
e) Os vícios formais dizem respeito ao próprio conteúdo do ato, originando-se de 
um conflito com os princípios estabelecidos na Constituição. E, evidentemente, a 
inconstitucionalidade formal envolve não só o contraste direto do ato legislativo 
com o parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do 
excesso de poder legislativo. 
 
6 - FMP-RS - 2013 - MPE-AC - Analista - Processual – Direito - Quanto ao controle 
de constitucionalidade exercido pelo Supremo Tribunal Federal, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) A modulação dos efeitos da decisão que declarar a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo é permitida na ação direta de inconstitucionalidade, mas não na 
arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
b) No caso de omissão parcial, poderá ser concedida medida cautelar em ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão, suspendendo-se a aplicação da lei ou 
do ato normativo questionado. 
c) Não possuem legitimação para propor arguição de descumprimento de preceito 
fundamental o Governador de Estado, o Governador do Distrito Federal, a Mesa de 
Assembleia Legislativa, a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal e 
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
d) Caberá ao ministro(a) relator(a) a decisão sobre o deferimento de 
intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. 
(X) 
e) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, é vedada, em qualquer 
hipótese, a manifestação do Advogado- Geral da União, porque nesse caso, não 
há lei ou ato normativo impugnado a ser defendido. 
West Gave dos Santos Página 9 
 
 
7 - CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo – Direito - Em relação ao 
controle da constitucionalidade, assinale a opção correta. 
 
a) A CF veda instituição, perante os tribunais de justiça, de representação de 
inconstitucionalidade de leis estaduais em relação à constituição estadual. 
b) Compete ao Senado Federal suspender a execução de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do STF, no âmbito do controle de 
constitucionalidade incidental. (X) 
c) Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei estadual em face da CF. 
d) Não cabe ao STF realizar o controle concentrado de constitucionalidade de leis 
municipais em relação à CF. 
e) Para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, o governador 
não precisa demonstrar o requisito da pertinência temática. 
 
8 - CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo – Direito - Em relação ao 
controle da constitucionalidade, assinale a opção correta. 
 
a) A CF veda instituição, perante os tribunais de justiça, de representação de 
inconstitucionalidade de leis estaduais em relação à constituição estadual. 
b) Compete ao Senado Federal suspender a execução de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do STF, no âmbito do controle de 
constitucionalidade incidental. (X) 
c) Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei estadual em face da CF. 
d) Não cabe ao STF realizar o controle concentrado de constitucionalidade de leis 
municipais em relação à CF. 
e) Para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, o governador 
não precisa demonstrar o requisito da pertinência temática. 
 
9 - FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem – Por meio de ação direta de 
inconstitucionalidade e de ação declaratória de constitucionalidade, processadas 
junto ao Supremo Tribunal Federal, poderão ser questionadas 
 
a) as Emendas à Constituição Federal e as leis federais, estaduais e municipais. 
b) as leis federais, estaduais e municipais. 
c) as leis federais eestaduais. 
d) as leis federais. (X) 
 
10 - TRT 2R (SP) - 2012 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho - Quanto ao 
controle de constitucionalidade das leis é correto afirmar que: 
 
a) Há quanto ao órgão um controle político, um controle jurisdicional, um controle 
legislativo e um controle administrativo. 
West Gave dos Santos Página 10 
 
b) O veto oposto pelo Executivo a projeto de lei, com fundamento em 
inconstitucionalidade da proposta legislativa, configura típico exemplo de controle 
de constitucionalidade misto. 
c) O veto parcial somente abrangerá texto parcial de artigo, de parágrafo, de inciso 
ou de alínea. 
d) O sistema brasileiro admite o controle judicial preventivo, nos casos de 
mandado de segurança impetrado por parlamentar com objetivo de impedir a 
tramitação de projeto de emenda constitucional lesiva às cláusulas pétreas. 
(X) 
e) Há controle de constitucionalidade político quando a atividade de controle é 
exercida pelo órgão jurisdicional. 
 
11 - TRT 15R - 2008 - TRT - 15ª Região - Juiz do Trabalho - Em relação à 
declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, efetuada no 
processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, é correto 
afirmar que: 
 
a) o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista razòes de excepcional 
interesse social, poderá restringir os efeitos daquela declaração ou decidir 
que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro 
momento que venha a ser fixado; (X) 
b) por se tratar de declaração de inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal 
deverá reconhecer seus efeitos "ex tunc"; 
c) embora tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, a 
decisão do Supremo Tribunal Federal, em respeito à segurança jurídica e ao direito 
adquirido, produzirá efeitos apenas para o futuro; 
d) o relator não poderà conceder liminar, uma vez que essa competência é 
privativa do plenário do STF; 
e) a argüição de descumprimento de preceito fundamental é regra de eficácia 
contida, uma vez que ainda não foi regulamentada por norma infraconstitucional. 
 
12 - TRT 15R - 2008 - TRT - 15ª Região - Juiz do Trabalho – Em relação ao 
controle da constitucionalidade, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) a inconstitucionalidade pode ser por ação ou por omissão; 
b) os regimentos internos dos tribunais não estão sujeitos ao controle 
concentrado de constitucionalidade; (X) 
c) os tribunais somente poderão declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou 
dos membros do respectivo órgão especial; 
d) a decisão definitiva de mérito, proferida pelo STF na ação declaratória de 
constitucionalidade, terá eficácia "erga omnes" e vinculante para os demais órgãos 
do Poder Judiciário e para a Administração Pública, inclusive para as entidades da 
administração indireta; 
e) a inconstitucionalidade pode ser formal ou material, preventiva ou repressiva. 
 
West Gave dos Santos Página 11 
 
13 - TRT 15R - 2008 - TRT - 15ª Região - Juiz do Trabalho - Em relação ao 
controle da constitucionalidade é correto afirmar: 
 
a) a sistemática fixada pela Constituição Federal de 1988 estabelece o 
controle preventivo e também o controle repressivo da inconstitucionalidade; 
(X) 
b) nosso ordenamento constitucional prevê apenas o controle concentrado da 
constitucionalidade; 
c) cabe exclusivamente ao Poder Judiciário o controle preventivo da 
constitucionalidade; 
d) o controle repressivo da constitucionalidade cabe exclusivamente ao Poder 
Judiciário; 
e) nenhuma das anteriores. 
 
14 - ISAE - 2011 - AL-AM – Procurador - Com relação ao tema do controle de 
constitucionalidade, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva 
norma constitucional, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, não é 
necessário dar ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias, cabendo ao Tribunal que declarou a inconstitucionalidade definir os 
meios de suprir a omissão. 
II. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, Artigo 97) a decisão de órgão 
fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua 
incidência, no todo ou em parte. 
III. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante 
decisão majoritária dos seus membros, considerado o quorum mínimo de 9 (nove) 
ministros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula 
que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua 
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. (X) 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
15 - CESPE - 2012 - TJ-BA – Juiz - Com relação ao controle de 
constitucionalidade, assinale a opção correta. 
 
a) No processo objetivo do controle de constitucionalidade, a intervenção do 
amicus curiae equivale à intervenção de terceiros, o que lhe garante a prerrogativa 
de interpor recurso para discutir a matéria objeto de análise na ação em que atua. 
West Gave dos Santos Página 12 
 
b) Contra lei estadual que desrespeitar princípios sensíveis da CF pode o 
procurador-geral da República impetrar, no STF, ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva, que, acolhida, implicará a nulificação do ato 
impugnado e, ao mesmo tempo, determinará que o presidente da República 
decrete a intervenção no estado respectivo. 
c) Todos os tribunais judiciários, com exceção do STF, estão obrigados a seguir a 
cláusula de reserva de plenário, que prevê que somente pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros, ou dos membros do respectivo órgão especial, poderá 
ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público. 
d) Embora lei municipal que contrarie a CF não possa ser objeto de ação 
direta de inconstitucionalidade perante o STF, cabe o controle difuso de 
constitucionalidade, ou mesmo o controle concentrado, dessa lei, por meio 
de arguição de descumprimento de preceito fundamental. (X) 
e) No âmbito do Poder Legislativo — federal e estadual —, são legitimados para 
propor, no STF, a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade as mesas do Congresso Nacional, do Senado Federal e da 
Câmara dos Deputados e as mesas de assembleia legislativa e da Câmara 
Legislativa do DF. 
 
16 - TRT 24R (MS) - 2012 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) – Juiz - Quanto ao controle 
de constitucionalidade das leis, assinale a única alternativa CORRETA: 
 
a) Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva 
norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das 
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo 
em noventa dias; 
b) Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, 
de norma legal o ato normativo, citará, previamente, o Procurador-Geral da 
República, que defenderá o ato ou texto impugnado; 
c) Dentre os legitimados para propor a ação direta de inconstitucionalidade e a 
ação declaratória de constitucionalidade inclui-se o Presidente da República, o 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, confederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito nacional e o Advogado-Geral da União; 
d) As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal 
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidadee nas ações declaratórias 
de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração 
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal; (artigo 
102, § 2º, da Constituição Federal); (X) 
e) O Procurador-Geral da República poderá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo 
Tribunal Federal; 
 
17 - VUNESP - 2012 - TJ-RJ – Juiz - Considerando o sistema de controle de 
constitucionalidade brasileiro, é correto afirmar que 
 
West Gave dos Santos Página 13 
 
a) embora exista a possibilidade de modulação dos efeitos da decisão do STF em 
controle abstrato de inconstitucionalidade, não se admite a declaração de 
inconstitucionalidade pro futuro. 
b) o STF entende que a declaração de inconstitucionalidade impede o legislador de 
promulgar lei de conteúdo idêntico ao do texto anteriormente julgado e tido como 
inconstitucional. 
c) no recurso extraordinário, a decisão que entende não haver repercussão 
geral é irrecorrível, valendo para todos os recursos que versem sobre 
questão idêntica, salvo revisão de tese. (X) 
d) a arguição de descumprimento de preceito fundamental admite a concessão de 
liminar em medida cautelar, mas exige a audiência obrigatória da autoridade 
responsável pela edição do ato antes da eventual concessão da liminar. 
 
18 - FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho - O controle de 
constitucionalidade das leis no direito brasileiro 
 
a) tem na súmula com efeito vinculante a única forma de atribuir eficácia contra 
todas as decisões tomadas em sede de controle difuso. 
b) pode ser levado a efeito por juízes que ainda não tenham adquirido 
vitaliciedade ou que estejam no exercício da judicatura em juizado especial. 
(X) 
c) confia o controle concentrado da constitucionalidade das leis por meio de ações 
diretas, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal. 
d) permite o juízo de inconstitucionalidade a todo e qualquer juiz, em toda e 
qualquer ação ou recurso, ressalvado o recurso especial, que é dedicado 
especificamente a questões de legalidade. 
e) prevê o efeito vinculante como sucedâneo de caráter normativo ao stare decisis 
do Direito norte-americano, inclusive relativamente ao Supremo Tribunal Federal. 
 
19 - CESPE - 2012 - DPE-AC - Defensor Público - Considerando o entendimento 
jurisprudencial do STF no que se refere ao sistema brasileiro de controle de 
constitucionalidade, assinale a opção correta. 
 
a) A aplicação direta de norma constitucional que implique juízo de 
desconsideração de preceito infraconstitucional dispensa a observância da 
cláusula de reserva de plenário. 
b) Lei ou norma de caráter ou efeito concreto já exaurido pode ser objeto de 
controle abstrato de constitucionalidade, em ação direta de inconstitucionalidade. 
c) É lícito conhecer de ação direta de inconstitucionalidade como arguição de 
descumprimento de preceito fundamental, quando coexistentes todos os 
requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade daquela. 
(X) 
d) A não aplicação, por órgão fracionário de tribunal, de determinada norma 
jurídica ao caso sob seu exame caracteriza violação da cláusula de reserva de 
plenário, mesmo que o julgamento não se fundamente na incompatibilidade entre a 
norma legal tomada como base dos argumentos expostos na ação e a CF. 
West Gave dos Santos Página 14 
 
e) A cláusula constitucional de reserva de plenário, fundada na presunção de 
constitucionalidade das leis, impede que os órgãos fracionários dos tribunais 
rejeitem a arguição de invalidade dos atos normativos. 
 
20 - FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho - Em relação à 
arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), considerada a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que 
a) apenas as confederações, na esfera das entidades sindicais, estão 
legitimadas para sua propositura, assim como para a das ações direta de 
inconstitucionalidade e declaratória de constitucionalidade. (X) 
b) a arguição que tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental 
resultante de ato do Poder Público possui natureza de remédio constitucional e, 
portanto, pode ser impetrada por indivíduo que demonstre violação a direito 
próprio. 
c) não pode ser conhecida como ação direta de inconstitucionalidade, ainda que 
satisfeitos os requisitos para a propositura desta, tendo em vista o caráter 
subsidiário da ADPF, fator que impede a aplicação do princípio da fungibilidade. 
d) a lei que regula seu processo e julgamento pode determinar que a ADPF seja 
instrumento de controle de constitucionalidade concentrado em âmbito estadual, de 
competência dos Tribunais de Justiça. 
e) não se admite a figura do amicus curiae em seu julgamento, na medida em que 
não há previsão expressa deste instituto jurídico na lei que dispõe sobre o 
processo e julgamento da ADPF. 
 
21 - Considere as seguintes alternativas e marque V para as Verdadeiras e F para 
as Falsas 
 
A – A suspensão da eficácia de lei editada pelo governo do Distrito Federal que 
afronte determinado dispositivo da CF poderá ser pleiteada mediante ação direta 
de inconstitucionalidade ajuizada no STF (CESPE - 2013 - SERPRO - Analista – 
Advocacia). (F) 
B – Prefeito municipal é parte legítima para ingressar com arguição de 
descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal 
(STF) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia). (F) 
C – Normas infraconstitucionais anteriores à Constituição Federal de 1988 não 
podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade (CESPE - 2008 - 
SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal). (V) 
D – O prefeito de determinado município promulgou lei tida como inconstitucional 
por Fábio, que é procurador da fundação estadual de saúde do respectivo estado 
da federação. Nessa situação, em face da aludida condição de procurador, Fábio é 
legitimado para propor ação direta de 
inconstitucionalidade perante STF em face da mencionada lei (CESPE - 2009 - 
SEAD-SE (FPH) - Procurador). (F) 
E – O STF só pode determinar a modulação dos efeitos da decisão que declara a 
inconstitucionalidade de norma em ação direta de inconstitucionalidade (CESPE - 
2007 - DPU - Defensor Público). (F) 
West Gave dos Santos Página 15 
 
F – A OAB não está submetida ao requisito da pertinência temática em ação direta 
de inconstitucionalidade (CESPE - 2007 - DPU - Defensor Público). (V) 
G – Apesar de uma norma ser considerada constitucional, admite-se que ela 
possa, depois, ser declarada inconstitucional (CESPE - 2007 - DPU - Defensor 
Público). (V) 
H – Qualquer prejudicado poderá, por meio da reclamação, atacar decisão judicial 
não transitada em julgado que contrarie acórdão sobre a constitucionalidade de 
norma em ação declaratória de constitucionalidade (CESPE - 2007 - DPU - 
Defensor Público). (V) 
 
22 - É possível o controle de constitucionalidade sobre atos materiais? (TRF 2ª 
Região – X Concurso para Juiz Federal) 
 
Resposta: Sim, mas não pela via das ações diretas de inconstitucionalidade(ADI) 
ou da declaratória de constitucionalidade (ADC), tendo em vista que tais ações são 
restritas aos atos normativos. Como, porém, a própria Constituição diz que a lei 
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, caso 
estes tenham sido praticados por meio de atos materiais, em violação à 
Constituição, caberá o controle pela via da exceção ou, se esta não for possível 
por qualquer razão, por meio da argüição de descumprimento de preceito 
fundamental(ADPF). 
 
23 - Qual o entendimento do Supremo Tribunal Federal quanto à possibilidade de 
controle direto de constitucionalidade com relação a leis anteriores à Constituição 
vigente? (TRF da 2ª Região – IX Concursopara Juiz Federal) 
 
Resposta: O controle de constitucionalidade, nesses casos, só é possível pelo 
meio direito, com a utilização da argüição de descumprimento de preceito 
fundamental (ADPF). 
LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999. 
Art. 1º A argüição prevista no §1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta 
perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a 
preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou 
ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; 
 
24 - Comente, de forma sumária: presunção de constitucionalidade das leis e 
princípio da interpretação conforme à Constituição. (TRF da 2ª Região – IX 
Concurso para Juiz Federal) 
 
Resposta: O princípio da interpretação conforme à Constituição visa prestigiar a 
presunção de constitucionalidade das leis, ou seja, tem-se que o legislador não 
quis e não editou uma lei que afronte a constituição. Por conta disso, o STF busca, 
se possível, ao invés de declarar a lei completamente inconstitucional, encontrar 
West Gave dos Santos Página 16 
 
uma interpretação que a torne compatível com a Carta Magna, prestigiando, assim, 
a presunção de sua constitucionalidade. 
 
25 - O sistema de controle de constitucionalidade brasileiro admite a declaração de 
inconstitucionalidade sem pronúncia da nulidade? (TRF da 2ª Região – IX 
Concurso para Juiz Federal) 
 
Resposta: Respondendo a questão abaixo. 
Segundo Gilmar Mendes, 
"uma pura declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia da nulidade 
(suspensão da aplicação da lei e suspensão dos processos em curso). Poderá ser 
o caso de determinadas lesões ao princípio da isonomia (exclusão de benefício 
incompatível com o princípio da igualdade). Nessas situações, muitas vezes não 
pode o Tribunal eliminar a lei do ordenamento jurídico, sob pena de suprimir uma 
vantagem ou avanço considerável. A preservação dessa situação sem qualquer 
ressalva poderá importar, outrossim, o agravamento do quadro de desigualdade 
verificado. Assim, um juízo rigoroso de proporcionalidade poderá recomendar que 
se declare a inconstitucionalidade sem nulidade, congelando a situação jurídica 
existente até o pronunciamento do legislador destinado a superar a situação 
inconstitucional". 
 
26 - Aponte três aspectos distintivos relevantes entre o controle de 
constitucionalidade por via incidental e o controle mediante ação direta de 
inconstitucionalidade. (TRF da 2ª Região – VIII Concurso para Juiz Federal – 1ª 
prova) 
 
Resposta: 
 
Controle Incidental: eficácia entre as partes; legitimidade ativa geral para todos 
os cidadãos; sem efeito vinculante, exceto quando o Senado expede Resolução. 
Controle Direto: eficácia erga omnes; legitimidade ativa somente de determinadas 
pessoas (de acordo com a Constituição); efeito vinculante. 
 
27 - Trace, com brevidade, a distinção entre: a) inconstitucionalidade formal e 
material; b) inconstitucionalidade por ação e por omissão. (TRF da 2ª Região – VIII 
Concurso para Juiz Federal – 1ª prova) 
 
Resposta: A inconstitucionalidade formal está ligada ao processo legislativo, 
inclusive à iniciativa para começá-lo. Já a inconstitucionalidade material está ligada 
ao próprio conteúdo da norma analisada, que não guarda consonância com as 
disposições da Constituição Federal. 
A inconstitucionalidade por ação ocorre quando o Estado, ao criar normas legais 
ou atos administrativos, fere a Constituição. A inconstitucionalidade por omissão 
também decorre de um ferimento à Constituição, mas não por uma conduta 
comissiva do Estado, mas por uma conduta omissiva. 
West Gave dos Santos Página 17 
 
 
 
 
AV1 / 2019.1 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1- (0,5) TRT – 15º Região (SP) – 2018 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 
No sistema de controle de constitucionalidade das leis e atos normativos 
acolhido pelo direito brasileiro, à luz da interpretação que lhe dá a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
A (X) é inadmissível ação direta de inconstitucionalidade contra ato 
normativo que ofenda o texto constitucional apenas de forma indireta e 
reflexa. 
B ( ) as decisões proferidas pelos Tribunais de Contas que reconhecem a 
inconstitucionalidade de lei produzem eficácia contra todos e efeito vinculante, 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
C ( ) é cabível o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade contra 
súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal. 
D ( ) cabe ao Congresso Nacional, por maioria absoluta dos votos de seus 
membros, suspender, no todo ou em parte, lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal proferida em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
E ( ) é inadmissível o exercício do controle incidental de inconstitucionalidade pelo 
Superior Tribunal de Justiça, ainda que realizado nas causas de sua competência 
originária. 
2 – (0,5) COSEAC – 2018 – Prefeitura de Maricá – RJ – Procurador do Município - 
Instrumento de controle concentrado de constitucionalidade adequado para a 
impugnação de norma municipal em face da Constituição Federal de 1988: 
A ( ) ação direta de inconstitucionalidade. 
B ( ) ação declaratória de constitucionalidade. 
C (X) arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
D ( ) representação interventiva 
West Gave dos Santos Página 18 
 
E ( ) representação de inconstitucionalidade. 
3 – (0,5) VUNESP – 2018 – Prefeitura de São Bernardo do Campo – SP – 
Procurador - A Lei X do Estado de São Paulo é objeto de controle concentrado 
perante o Tribunal de Justiça e, simultaneamente, é objeto também de ADI (Ação 
Direta de Inconstitucionalidade) perante o Supremo Tribunal Federal (STF). 
Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta. 
A ( ) Em face da hierarquia que detém o STF, a representação de 
inconstitucionalidade ajuizada perante o Tribunal de Justiça deve ser extinta, por 
prejudicialidade do objeto. 
B (X) Se o STF declarar constitucional a Lei X perante a Constituição Federal, 
o Tribunal de Justiça poderá continuar o julgamento da representação, 
utilizando como parâmetro a Constituição Estadual. 
C ( ) O fenômeno do simultaneus processus não é admitido no ordenamento 
jurídico brasileiro, pois as leis estaduais não se sujeitam a uma dupla fiscalização. 
D ( ) Caso o STF declare inconstitucional a Lei X perante a Constituição Federal, a 
representação de inconstitucionalidade será suspensa até que o autor da ação 
diga se há interesse em prosseguir com o julgamento no âmbito estadual. 
E ( ) Se o STF declarar constitucional a Lei X perante a Constituição Federal, o 
Tribunal de Justiça deverá extinguir a representação, em face da perda 
superveniente do objeto. 
 
4 – (0,5) FUNRIO – 2018 – AL-RR- Procurador - Uma lei complementar, ainda 
enquanto projeto, foi votada e aprovada por maioria de votos do plenário do 
Senado Federal, que funcionou como casa revisora, e, posteriormente, foi 
sancionada pelo Presidente da República. 
À luz do controle de constitucionalidade, será uma norma 
A ( ) materialmente inconstitucional, já que o quórum de aprovação de uma lei 
complementar é de maioria absoluta. 
B (X) formalmente inconstitucional, já que o quórum de aprovação de uma lei 
complementar é de maioria absoluta. 
C ( ) formalmente constitucional, porque a norma não contraria nenhum princípio 
ou dispositivo constitucional institutivo. 
West Gave dos Santos Página 19D ( ) materialmente constitucional, porque, salvo disposição constitucional em 
contrário, o quórum de aprovação de uma lei complementar será de maioria de 
votos. 
5 – (0,5) INAZ do Pará – 2018 – CORE-MS – Assistente Jurídico - O Controle de 
constitucionalidade é uma averiguação da compatibilidade de uma lei ou ato 
normativo, tendo como parâmetro a Constituição Federal, já que é a Carta Magna 
que fundamenta todo o ordenamento jurídico, não podendo, portanto, ser 
contrariada por norma inferior. 
Dentre os tipos de controle existentes, há as chamadas ação direta de 
constitucionalidade e ação indireta de constitucionalidade, que guardam poucas 
diferenças entre si, como as normas que podem ser objeto de verificação de 
compatibilidade com a Constituição. 
Sobre a perspectiva espacial destas duas ações específicas de controle, pode-se 
afirmar quanto ao objeto: 
A ( ) A ação direta de inconstitucionalidade possui como objeto apenas lei ou ato 
normativo federal. 
B ( ) A ação direta de constitucionalidade possui como objeto lei ou ato normativo 
federal e estadual. 
C (X) A ação direta de constitucionalidade possui como objeto apenas lei ou 
ato normativo federal. 
D ( ) A ação direta de constitucionalidade pode ter como objeto lei do Distrito 
Federal. 
6 – (0,5) CESPE – 2019 – SEFAZ-RS- Auditor Fiscal da Receita Estadual - Julgue 
os itens a seguir, acerca da supremacia da Constituição Federal de 1988 (CF) e do 
controle de constitucionalidade. 
I - O sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil é o misto: as leis 
federais, além de realizar exame sobre a inconstitucionalidade tanto material 
quanto formal das normas, ficam sob o controle político do Congresso Nacional, e 
as estaduais e municipais, sob o controle jurisdicional. 
 
II - O controle de constitucionalidade está ligado à supremacia da CF sobre todas 
as leis e normas jurídicas. 
West Gave dos Santos Página 20 
 
III - A supremacia material deriva do fato de a CF organizar e distribuir as formas 
de competências, hierarquizando-as. Já a supremacia formal apoia-se na ideia da 
rigidez constitucional. 
IV - Sob o prisma constitucional, o governo federal, os governos dos estados da 
Federação, os dos municípios e o do Distrito Federal são soberanos, pois estão 
investidos de poderes e competências governamentais absolutas. 
Estão certos apenas os itens 
A ( ) I e II. 
B ( ) I e IV. 
C (X) II e III. 
D ( ) I, III e IV. 
E ( ) II, III e IV. 
QUESTÕES DISCURSIVAS (Explique e justifique sua resposta). 
7 – (2,0) O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei 
prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos 
forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos 
pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) 
acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser 
submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a 
consulta? 
 
Resposta: Há possibilidade de questionar o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto, antes mesmo que venha a ser 
submetido a votação no Congresso. Estamos diante de caráter preventivo, 
ocorre antes do processo legislativo. Logo, pode o membro do Congresso 
impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, e, necessariamente deverá ser julgado 
antes do projeto ser convertido em lei. 
 
Resposta 2: Orientaria o deputado Silmar Correa a impetrar um Mandato de 
Segurança perante o STF, afim de que seja assegurado o seu direito liquido e 
certo em participar de um processo legislativo probo, ou seja, compatível com a 
Constituição Federal. 
Isso porque o projeto de lei apresentado pelo deputado federal Alfredo 
Rodrigues viola diretamente um direito assegurado na CF/88, posto que a 
mesma possui expressa vedação a pena de caráter perpétuo e o trabalho 
forçado, não podendo nem mesmo haver norma tendente a abolir, eis que se 
trata de cláusula pétrea. 
Dessa forma, por meio de um Controle de Constitucionalidade Preventivo, o 
projeto seria declarado inconstitucional, impedindo a inconstitucionalidade de 
existir no Ordenamento Jurídico. 
 
West Gave dos Santos Página 21 
 
8 – (2,0) Considerando o caso a seguir, classifique a declaração de 
inconstitucionalidade apresentada. Lembre-se que nem todas as 
classificações se aplicam a todas as inconstitucionalidades e que a resposta 
deve ser fundamentada. 
 
EREsp 437760 / DF, julgados pelo STJ em 11/05/2009. Ementa: 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTOS 
SUJEITOS. A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. 
LC 118/2005. INCONSTITUCIONALIDADE DA APLICAÇÃO RETROATIVA. 
1. Sobre a prescrição da ação de repetição de indébito tributário de tributos sujeitos 
a lançamento por homologação, a jurisprudência do STJ (1ª Seção) assentou o 
entendimento de que, no regime anterior ao do art. 3º da LC 118/05, o prazo de 
cinco anos, previsto no art. 168 do CTN, tem início, não na data do recolhimento do 
tributo indevido, e sim na data da homologação ? expressa ou tácita - do 
lançamento. Assim, não havendo homologação expressa, o prazo para a repetição 
do indébito acaba sendo de dez anos a contar do fato gerador. 
2. A norma do art. 3º da LC 118/05, que estabelece como termo inicial do prazo 
prescricional, nesses casos, a data do pagamento indevido, não tem eficácia 
retroativa. É que a Corte Especial, ao apreciar Incidente de Inconstitucionalidade 
nos EREsp 644.736/PE, sessão de 06/06/2007, DJ 27.08.2007, declarou 
inconstitucional a expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, 
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional", constante 
do art. 4º, segunda parte, da referida Lei Complementar. 
3. Embargos de divergência a que se nega provimento. 
 
a) Trata-se de um Controle de Constitucionalidade Concentrado ou Difuso? 
Fundamente. 
 
Resposta: Por ser um Recurso Especial, trata-se de Controle Difuso. Pois 
para o Controle Concentrado existem ações especificas para esse tipo de controle, 
que são, ADI, ADC e ADPF, portanto, como não se trata dessas ações o Controle 
é Difuso. 
Ou seja para ser Controle Concentrado, é preciso ser feito com ação própria que é 
a ADI, ADC ou ADPF. O Controle Difuso pode ser feito em qualquer tipo de ação, 
nesse caso concreto, não é ADI, ADC e ADPF, logo, o Controle é Difuso. 
 
b)Trata-se de um Controle de Constitucionalidade preventivo ou repressivo? 
Fundamente. 
 
Resposta: Tem uma lei que já está em vigor, portanto, o Controle é Repressivo. O 
Controle de Constitucionalidade Preventivo ou Repressivo discute se está sendo 
feito antes(preventivo) ou depois(repressivo) da lei estar em vigor, nesse caso 
concreto está discutindo uma lei, e ela já está em vigor, logo o Controle é 
Repressivo. 
 
c) Trata-se de uma Inconstitucionalidade Material ou Formal? Fundamente. 
 
West Gave dos Santos Página 22 
 
Resposta: Trata-se de uma Inconstitucionalidade Material porque está sendo 
discutido o conteúdo da lei e não o rito de produção da lei. 
 
d) O Efeito da declaração de inconstitucionalidade teve eficácia EX Tunc, Ex Nunc 
ou Pro Futuro? Fundamente. 
 
Resposta: Ex Tunc – Visa acabar com efeito retroativo da lei inconstitucional. 
A expressão de origem latina “ex tunc", significa que seus efeitos são retroativos à 
época da origem dos fatos a ele relacionados. 
 
9 – (2,0) Aponte e explique 4 diferenças entre o controle de constitucionalidade que 
segue o modelo americano e o controle de constitucionalidade que segue o modelo 
austríaco. 
 
Resposta: O modelo de controle de constitucionalidade difuso – também 
conhecido como americano – e o modelode controle de constitucionalidade 
concentrado – também conhecido como austríaco – são bem diferentes entre si. 
 
A primeira diferença clara entre os dois é relacionada com os legitimados para 
proporem a ação: dentro do controle concentrado, essa legitimidade é restrita a 
algumas autoridades especificas (elencadas no art. 103 da CRFB/88), já o controle 
difuso pode ser proposto por qualquer pessoa que faça parte do processo original. 
 
A segunda grande diferença é a competência para julgar as ações: apesar de 
ambos os controles serem controles feitos pelo judiciário, a competência para 
julgar é concentrada no controle concentrado, ficando limitada a apenas um órgão 
(o STF no caso de controles de constitucionalidade a nível federal no Brasil), já no 
controle difuso apresenta essa competência para julgar difundida, se 
materializando na figura do juiz natural responsável pelo processo, em todas as 
suas fases. É justamente sobre a divisão da competência para julgar que os nomes 
dos controles se materializam. 
 
A terceira diferença se relaciona com a forma como o controle de 
constitucionalidade é feito, especificamente relacionado com as ações utilizadas 
nesses processo: o controle concentrado possui ações especificas para ser feito 
(no Brasil, elas são ADI, ADC e ADPF), já o controle difuso pode se materializar 
em qualquer outro processo judicial, não importando o tipo de ação. 
 
Por fim, a última grande diferença é que o controle concentrado é feito em um 
processo objetivo – ou seja, sem lides ou partes e que, justamente por isso, tem 
o controle de constitucionalidade como pedido principal e uma decisão com 
eficácia erga omnes; por outro lado, o controle difuso aparece em um processo 
comum, que possui partes e um conflito de interesses que é seu problema 
principal, não relacionado com o controle de constitucionalidade, nesse contexto o 
pedido de controle de constitucionalidade aparece como secundário e a decisão 
tem eficácia apenas intra partes. 
West Gave dos Santos Página 23 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 1 
 
Descrição 
Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente 
inconstitucional? 
 
a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. 
 
b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o 
processo de sua elaboração. 
 
c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da 
Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. (X) 
 
d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da 
Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos 
humanos. 
 
Questão discursiva: (OAB ? XX Exame Unificado) 
 
O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino 
para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio 
Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na 
cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram 
veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando 
contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União 
sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da 
Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado 
por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de 
forma fundamentada, aos itens a seguir. 
 
a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas 
materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? 
West Gave dos Santos Página 24 
 
 
Resposta: As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, 
pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à 
separação dos poderes e aos direitos e garantias fundamentais. Enquanto as normas em 
sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o 
uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. 
 
b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, 
sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? 
 
Resposta: O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está 
incorreto, pois, todo dispositivo constitucional só poderá ser alterado pelo processo 
legislativo das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 2 
 
Descrição 
Questão discursiva: 
 
O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o 
estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados 
pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, 
Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o 
Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes 
mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá 
ser respondida a consulta? 
 
Resposta: Há possibilidade de questionar o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto, antes mesmo que venha a ser submetido a 
votação no Congresso. Estamos diante de caráter preventivo, ocorre antes do processo 
legislativo. Logo, pode o membro do Congresso impetrar MANDADO DE 
SEGURANÇA, e, necessariamente deverá ser julgado antes do projeto ser convertido em 
lei. 
 
Questão objetiva 
 
(OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei 
visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda 
West Gave dos Santos Página 25 
 
a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia 
transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que 
os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em 
razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, 
igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de 
saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi 
encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
 
a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de 
inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao 
interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. 
 
b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por 
vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto 
presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado 
pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. 
 
c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade 
material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que 
acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da 
República. 
 
d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade 
formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que 
a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto 
ser exercido no prazo de quinze dias úteis.(X) 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 3 
 
Descrição 
Questão objetiva: (OAB - XXI Exame Unificado) 
 
A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau 
de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu 
entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de 
Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à 
recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato 
normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá 
provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato 
West Gave dos Santos Página 26 
 
normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o 
sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. 
 
a) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução 
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato 
normativo inconstitucional. 
 
b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, 
a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo 
juízo a quo. 
 
c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar 
para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. 
 
d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não 
tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. (X) 
 
Questão discursiva: 
 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando 
obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base 
nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em 
repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 
3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não 
seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua 
utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, 
da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? 
 
Resposta: A Ação Civil Pública é instrumento adequado, tendo em vista os direitos 
homogêneos do indivíduo. O Ministério Público tem legitimidade para tal. Devemos 
observar ainda que, o INSS não pode se respaldar em DECRETO para não atender o pedido, 
pois o DECRETO está hieraquicamente abaixo da Constituição Federal, ou seja, desta 
maneira o INSS não atende o procedimento correto. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 4 
 
Descrição 
West Gave dos Santos Página 27 
 
Questão objetiva: 
 
Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando 
 
a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, 
acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
 
b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
 
c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental
 de inconstitucionalidade. (X) 
 
d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte 
Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. 
 
e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe 
argüição de inconstitucionalidade. 
 
Questão discursiva: 
 
O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de 
um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em 
inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” 
ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no 
entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da 
decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. 
Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: Não. Não vincula por ser controle difuso. Estamos diante de uma lide, a 
decisão é intra partes, logo, o controle é difuso. Observa-se no caso que é Juiz de 
primeiro grau, não sendo competente para realizar o controle concentrado. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 5 
 
Descrição 
Questão discursiva 1: 
 
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao 
Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo 
em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal 
projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder 
Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador 
West Gave dos Santos Página 28 
 
José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o 
Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do 
exposto, responda aos itens a seguir. 
 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
 
Resposta: Sim. A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter 
sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, 
da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei 
municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da 
separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em 
relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo 
com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto 
constitucional. 
 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
 
Resposta: Não está correta. A norma municipal não pode ser objeto de ADI 
perante o STF, conforme estabelece o Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88. Ou 
seja, ADI não faz controle de norma municipal (art.102, I, “a”, CF/88). O vereador 
para ter seu interesse analisado pelo STF, deverá procurar um PARTIDO 
POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL, observando 
o artigo 103, VIII, CF/88. Lembrando que o vereador não é legitimado. 
Questão discursiva 2: 
 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor 
sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em cargo ou 
emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo 
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada 
pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), 
uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, 
assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. 
Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos 
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual 
(art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração 
de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
 
 
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade 
West Gave dos Santos Página 29 
 
de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado juntoao Tribunal de Justiça 
(nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada 
pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, 
tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
 
Resposta: Coexistência de jurisdição Estadual e Federal. Propositura simultânea 
de Ação Direito de Inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o 
Tribunal de Justiça. SUSPENSÃO do processo no âmbito Estadual, até o trânsito 
em julgado na outra CORTE. Observa-se ainda, a perda do objeto no âmbito 
Estadual. 
 
Resposta 2: O caso versa sobre a propositura simultânea de ADI por 
Governador de Estado perante o Tribunal de Justiça, bem como pelo Conselho 
Federal da OAB perante o STF, sobre a mesma controvérsia. Nesse sentido, a 
ADI proposta perante o Tribunal de Justiça ficaria suspensa até o julgamento da 
ação direta de inconstitucionalidade proposta no Supremo Tribunal Federal, 
para que não haja decisões conflitantes e cause insegurança jurídica, com 
vistas a manutenção da rigidez do sistema normativo. Ao final, se declarada a 
inconstitucionalidade do ato normativo impugnado, a retirada da norma estadual 
do sistema ocasionará a perda de objeto da ação no plano estadual. Acaso, 
ao revés, for a norma declarada constitucional, a ação proposta perante o 
Tribunal de Justiça prosseguirá, já que nada impede que a norma estadual seja 
declarada inconstitucional. 
 
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto 
ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. 
 
Resposta: Sim. O Presidente é legitimado universal para ajuizamento de ADI, e os 
dispositivos de Constituições Estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em 
caso de conflito com a Constituição Federal. 
 
Resposta 2: Sim. O Presidente da República é um dos legitimados universais 
para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Vale ainda pontuar 
que uma emenda estadual, como qualquer espécie legislativa, necessita estar 
em harmonia com as disposições da Constituição Federal, não podendo 
com ela conflitar, notadamente em relação àquelas normas de observância 
obrigatória. Assim, todo e qualquer norma estadual que se mostrar em 
descompasso com a Constituição Federal poderá ser objeto de ADI a ser 
proposta pelo Presidente da República, com fulcro no art. 103, I, da Carta Magna. 
West Gave dos Santos Página 30 
 
Questão objetiva: 
 
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação 
anterior revogada pela norma impugnada. 
 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para 
os órgãos do Poder Judiciário. 
 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, 
possui caráter retroativo. (X) ex tunc 
 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações 
diretas de inconstitucionalidade. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 6 
 
Descrição 
Questão discursiva 1: 
 
(OAB ? XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de 
iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de 
diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto 
encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação 
e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em 
sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu 
ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
 
a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse 
caso? 
 
Resposta: Não caberia a ADC, pois não há relevante controvérsia judicial, tendo 
em vista o pouco tempo de vigência do ato normativo, conforme exigido pelo Art. 
14, III, da Lei nº 9868/99 (Lei da Ação Direta de Inconstitucionalidade). 
 
b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura 
West Gave dos Santos Página 31 
 
de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da 
decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? 
Resposta: Sim, decisão por maioria absoluta, há previsão legal para tal. 
Buscando a suspensão do julgamento dos processos que envolvam a aplicação 
da lei ou do ato normativo objeto da ação até o julgamento final de mérito da 
ADC, com fundamento no Art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. 
Os efeitos da medida cautelar são vinculantes e, em regra, erga omnes e ex 
nunc. Ocorre a Suspensão nos processos até o STF julgar definitivo o mérito ou 
até 180 dias. 
 
Questão discursiva 2: 
 
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à 
mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que 
está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, 
criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de 
tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei 
Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens 
a seguir. 
a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? 
 
Resposta: Sim, vício de Iniciativa. Somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder 
Executivo pode criar órgão de apoio a estrutura. Ou seja, a referida lei estadual apresenta 
vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe 
do Poder Executivo pode criar órgãos de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o 
Art. 61, § 1º, inciso II, “e”, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados. 
 
b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
 
Resposta: Não é cabível. O STF é firme no sentido do Processo Objetivo da ADPF. 
Tratando-se de Lei Estadual, ADPF é carater suplementar, ou seja, só utiliza-se ADPF 
quando não é possível ADI/ADC. Ou seja, não é cabível em razão da inobservância do 
princípio da subsidiariedade ou em razão do cabimento de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. 
 
Questão objetiva: 
 
(TRT 20 região 2016 ? Analista Judiciário ? Administrativa) Considere: 
 
I. Governador do Estado de Sergipe. 
 
II. Confederação Sindical. 
West Gave dos Santos Página 32 
 
 
III. Procurador-Geral da República. 
 
IV. Mesa da Câmara dos Deputados. 
 
V. Prefeito da cidade de Lagarto. 
 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor 
ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: 
 
a) I, II e III. 
 
b) I, II, III e IV. (X) Art. 103, CF. 
 
c) I, III, IV e V. 
 
d) III, IV e V. 
 
e) I, III e IV 
 
 
West Gave dos Santos Página 33 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135 
Título 
Caso Concreto 7 
 
Descrição 
Questão discursiva: 
 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias 
e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que 
o DF teria usurpado competência

Continue navegando