Abuso do Direito

@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Abuso do Direito

Introdução

Justiça é a responsável por julgar casos de abuso de direito

Primeiramente, temos, por definição, que o abuso do direito seria uma determinada violação a limites que não estão sendo colocados na existência de terceiros, mas está em elementos que são típicos e emanados do próprio direito.

Historicamente, o abuso de direito tem relação direta com a época do Direito Medieval, tendo sido observados em atos considerados emulativos, em que esses atos são entendidos como sendo atos praticados pelos indivíduos, possuindo uma intenção deliberada, que pode causar algum tipo de prejuízo a terceiro.

A emulação, dentro desse contexto, apresenta-se como o exercício de um direito que teria um fim de prejudicar outro indivíduo, ou seja, em vez de se ter o fim de retirar para si algum benefício, tal autor visa prejudicar outra pessoa. Desse os períodos mais antigos, podemos observar que brigas do cotidiano da sociedade, como as brigas de vizinhos, brigas de corporações, dentre outros, sempre foram elementos essenciais e característicos da época medieval.

O que seria o abuso de direito?

Temos que a caracterização do que seria o abuso de direito é proveniente de uma vontade do titular de um direito como condutor absoluto de seu exercício. Dessa maneira, nos estudos realizados na atualidade, é perceptível que há a intenção da demonstração da funcionalização da cadeia de direitos, como é o caso dos contratos e da propriedade.

Por conseguinte, temos que a conceituação que se é dada para o abuso de direito pela doutrina, é bastante ampla, porém pode ser definida como sendo o exercício do direito de forma a contradizer o valor que o mesmo busca obter. Diante disso, existiria uma violação a limites que ainda não estão sendo colocados na existência pertencentes a terceiros, mas está sendo inserido em elementos que são típicos e emanados do próprio direito, que possui como exemplificação o seu valor ou até mesmo sua função.

Dessa forma, todo o fundamento que se é encontrado na teoria, tem por base os preceitos éticos e morais que o direito não pode ignorar, justificado pelo fato de que haja dentro das relações entre os pares equilíbrio que o interesse coletivo venha a se sobressair ao interesse individual, objetivando sempre estabelecer que o abuso significa excesso, o que afronta os direitos de terceiros.

Importância do Código de Processo Civil de 2002

Originalmente, dentro do Código de Processo Civil brasileiro não existia nenhum tipo de dispositivo que tivesse a intenção de legitimar toda a aplicação prática da teoria para os casos que inferisse em abuso de direito de ação ou abuso na defesa que é realizada em processo.

Com isso, no Código Civil de 2002 houve uma inovação do instituo do abuso de direito, visto que foi trazido a tutela do abuso de direito como forma de tratamento da matéria que existia em um dispositivo autônomo, que estava presente no art.187. Esse artigo tinha por finalidade afirmar que um titular de direito poderia cometer ato ilícito quando excedesse os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, sendo considerado também a boa-fé ou ainda os bons costumes.

Abuso de direito no Código Civil de 2002

Como foi citado, anteriormente, o art. 187 do Novo Código Civil possuiu sua redação inspirada em um Direito Civil que era proveniente de Portugal, que tinha como preceito, no seu artigo 334, que seria ilegítimo todo o exercício de um direito quando o titular do mesmo excedesse, manifestadamente, os limites impostos pela boa-fé ou bons costumes.

Diante disso, toda a tese do abuso do direito, no ordenamento brasileiro, é expressa no título dos atos ilícitos, no qual esse ato é considerado uma conduta voluntária, negligente ou até mesmo imprudente, violando os direitos e causando prejuízos a terceiros. Logo, o que se pode observar de imediato é que o abuso de direito está equiparado ao ato ilícito.

Porém, de acordo com o teórico Carpena, apesar do abuso de direito se encontrar consagrado no capítulo dos atos ilícitos, não se equipara a estes, pelos fundamentos de que o abuso de direito é constituído a partir de um exercício que é regular, mas desrespeita a finalidade do direito, quando no ato ilícito já existe um vício na estrutura formal de um direito.

Como ocorre o abuso de direito no cotidiano

Cobranças são realizadas por vários meios de comunicação e podem ser abusivas

Nas relações ocorridas no cotidiano, o abuso de direito, apresenta-se nas mais diversas relações de consumo e de vizinhança, assim com as que estão presentes na internet.

Com isso, nas relações que ocorrem o consumo, um dos mais visíveis exemplos de abuso de direito pode ser encontrado por ocasião das cobranças de débitos. Nesses casos, os fornecedores buscam, no exercício do direito de crédito, ultrapassar os seus limites de cobrança, o que proporciona aos devedores muitos constrangimentos, podendo chegar a expor ao ridículo.

Abuso do Direito

Direito Administrativo I

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