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AULA 2 - Estrutura da Célula Bacteriana

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Estrutura da 
Célula 
Bacteriana
Alessandra Furtado
Bactérias : Tamanho 
 Variam de 0,2 a 5 micrometro.
 Mycoplasma : menores bactérias
Mesmo tamanho dos maiores vírus ( poxvírus)
São os menores organismos capazes de viver 
independente de um hospedeiro.
As bactérias compridas, em 
forma de bastonete ( 7 
micrômetro) : tamanho das 
hemácias humanas
Bactérias
 Classificação quanto a forma:
 Cocos - redondos
 Bacilos - bastões
 Espiroquetas – espiral
 É determinada pela presença da parede 
celular rígida.
 Pleomórficas – forma variável(muitas formas)
Organização
 Certos cocos ocorrem:
 Aos pares : diplococos
 Em cadeias : estreptococos
 Em cachos de uva: estafilococos 
 Organização é determinada pela 
orientação e pelo grau de ligação da 
bactéria no momento da divisão celular. 
Além da forma x organização 
 APARÊNCIA AO MICROSCÓPIO: CRITÉRIO 
PARA IDENTIFICAÇÃO
 Staphylococcus – em grupos ( cachos )
 Streptococcus – em cadeia
 Streptococcus pneumoniae – pares com 
extremidades pontiagudas
Bastonetes
 Bacillus : extremidades quadradas
 Salmonella : extremidades arredondadas
 Corynebacterium: forma de trevo
 Fusobacterium : em forma fusiforme
 Vibrio : em forma de vírgula
Espiroquetas
 Borrelia : relaxados
 Treponema : firmemente espiralados
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Morfologia bacteriana
As bactérias podem apresentar diferentes morfologias. 
Formas morfológicas bacterianas:
• Cocos (e arranjos);
• Bacilos (e arranjos);
• Vibriões;
• Espirilos;
• Espiroquetas.
http://www.biologianet.com/upload/conteudo/images/2014/09/bacterias.jpg
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Estruturas bacterianas
Bactérias possuem membrana celular e citoplasma como as demais
células.
Apresentam estruturas obrigatórias, presentes em todos os
gêneros e estruturas facultativas, presentes em algumas espécies
bacterianas.
OBRIGATÓRIAS FACULTATIVAS
Parede celular
Ribossomos
Plasmídeos
ADN cromossômico
Flagelo
Fímbrias e pili
Endósporo
Cápsula https://gl.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_procari%C3%B3tica#/media/File:Average_p
rokaryote_cell-gl.svg
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Estruturas obrigatórias bacterianas
As estruturas presentes em todos os gêneros bacterianos do Domínio Eubactéria são: 
PAREDE CELULAR
ADN 
CROMOSSÔMICO
PLASMÍDEO
RIBOSSOMOS
ADN cromossômico (genômico), contendo informações 
morfológicas e vitais para a célula. 
ADN extra cromossomial, onde se encontram fatores de 
resistência e de virulência.
Estrutura externa à membrana celular. Pode ser de constituição 
diferente, de tipo Gram positiva ou Gram negativa. 
Organela citoplasmática, onde ocorre a síntese de proteínas.
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Estruturas facultativas bacterianas
Algumas bactérias possuem estruturas que, em geral, conferem vantagens.
Estrutura de 
locomoção 
bacteriana.
Pode ser único 
ou múltiplo.
Estrutura 
externa à 
parede celular, 
que confere 
vantagens à 
bactéria.
Forma 
preservada que 
se forma em 
situações de 
carência de água 
e nutrientes.
São filamentos 
fino e curtos, de 
função variável.
FLAGELO FÍMBRIAS/PILI ENDÓSPORO CÁPSULA
Parede Celular
 Estrutura comum a todas 
 Exceção: Mycoplasma são circundados 
apenas por membrana celular
 Algumas bactérias apresentam 
componente mais externo que a parede 
celular:
 cápsula,
 o flagelo e
 os pili. ( estruturas menos comum).
Parede Celular
 Estrutura com camadas múltiplas
 Localizadas externamente à membrana 
citoplasmática
 Composta por uma camada interna de 
Peptideoglicano -suporte estrutural e 
mantém a forma característica da bactéria
 Envolta por uma membrana externa ( varia 
em espessura e em composição química 
dependendo do tipo de bactéria).
Peptideoglicano
 É derivado dos peptídeos e dos 
açucares(glican) que compõe a 
molécula.
 Complexa rede entrelaçada que 
envolve a célula.
 Somente encontrada na parede celular 
bacteriana.
Peptideoglicano :função 
 Fornecer suporte rígido para a célula
 Manutenção da forma característica da 
célula
 Permite que a célula resista a meios de 
baixa pressão osmótica, como a água.
Peptideoglicano
 Está presente nas bactérias mas NÃO em 
células humanas.
 Torna-se alvo para ação de drogas 
antibacterianas.
 Várias drogas: penicilinas e cefalosporinas
– inibem a síntese do peptideoglicano .
Gram - Positiva
Enzima LISOZIMA
 Presente na lágrima humana e no muco 
 ROMPE O ESQUELETO DO 
PEPTIDEOGLICANO
 Contribuição para uma resistência 
natural do hospedeiro a infecções 
microbianas.
Lipopolissacarídeos - LPS
 O LPS da camada externa da parede celular 
de bactérias Gram- negativas é a 
ENDOTOXINA – parte integral da parede 
celular.
 São geralmente tóxicos ao nosso organismo.
 Quando há invasão destas bactérias causam febre e possíveis 
complicações.
 Responsável por muitos dos sintomas das doenças, como febre, choque e 
hipotensão.
 Ao contrário, AS EXOTOXINAS são secretadas pela bactéria gram positivas.
Parede Celular – Gram 
NEGATIVA
Composição LPS
 LIPÍDEO A : um fosfolipídeo responsável pelos 
efeitos tóxicos;
 Um polissacarídeo central composto por 
cinco açucares ligados por meio de 
cetodeoxioctulonato (KDO) ao lipídeo A.
 Um polissacarídeo externo consistindo de até 
25 unidades repetidas de 3 a 5 açúcares.
 É o antígeno de várias bactérias Gram-
negativas.
 Utilizado para identificação em laboratório.
Ácido Teicóico
Polímero de glicerolfosfato ou 
ribitolfosfato estão localizados na 
camada externa da parede celular 
de Bactérias Gram- positivas e 
estendem-se pela parede.
 São antigênicos e induzem a formação de 
anticorpos espécie- específicos.
 Em estafilococos, os ácidos teicóicos
promovem aderência do organismo às 
células da mucosa.
Parede celular em bactérias 
Gram positivas e negativas
 A estrutura, a composição química e a 
espessura da parede celular se 
diferenciam 
 A camada de peptideoglicano é mais 
espessa nas bactérias gram positivas que 
nas gram negativas.
Estrutura, composição 
química e espessura da 
parede celular
Gram positivas
 Camada de 
peptideoglicano mais 
espessa
 Algumas bactérias 
possuem uma 
camada de ácido 
teicóico que se projeta 
para o exterior do 
peptideoglicano.( 
Principal antígeno de 
superfície)
Gram negativas
 Menos espessa
 Possuem camada externa 
complexa( lipopolissacarídeos
+ lipoproteínas + fosfolipídeos )
 Entre a membrana 
citoplasmática e o 
peptideoglicano há espaço 
periplasmático. Localizam-se 
as enzimas B-lactamases que 
degradam as penicilinas.
 As Gram -negativas não 
possuem a camada de ácido 
teicóico.
Bactérias x Penicilina
 As bactérias Gram-positivas são mais 
sensíveis à ação da penicilina porque 
esse antibiótico atua exatamente na 
produção de peptideoglicanos pela 
bactéria.
 A penicilina praticamente não tem efeito 
sobre Gram-negativas porque a 
membrana lipoprotéica presente na 
parede dessas bactérias impede a 
absorção desse antibiótico.
Outras propriedades da 
parede celular
 Nos gram negativos, contém endotoxinas
que são lipossacarídeos
 Seus polissacarídeos e suas proteínas são 
antígenos usados em laboratórios para 
identificação.
 Suas proteínas do tipo porinas tem função 
importante na regulação do transporte de 
pequenas moléculas hidrofílicas para o 
interior da célula.
 HIDROFILICAS: ATRAÇÃO POR ÁGUAPorinas
 As porinas da membrana externa atuam 
como um canal que permite a entrada 
de substâncias essenciais, como 
açucares,aminoácidos, vitaminas e 
metais e também de muitas drogas 
antimicrobianas, como as penicilinas.
Parede Celular – Gram 
NEGATIVA
Toxinas x bactérias
 Vários tipos de bactérias contêm como 
componentes de sua estrutura, ou 
liberam para o meio de cultura, 
substâncias tóxicas, que recebem o 
nome de ENDOTOXINAS e EXOTOXINAS 
BACTERIANAS.
 TOXINAS - São responsáveis pelos danos 
causados pelas bactérias aos organismos 
por ele atacados. 
Exotoxinas
 Duas mais potentes são:
 Clostridium Tetani e Clostridium 
Botulinum
 Outro exemplo de exotoxina é a 
secretada pelo Vibrio Cholerae.
 Fonte : Junqueira Carneiro .
Microbiologia
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
Parede celular
GRAM POSITIVAS → Apresentam extensa camada de peptideoglicano, com ácidos teicoicos e
lipoteicoicos inseridos nessa.
GRAM NEGATIVAS → Apresentam espaço periplásmico, fina camada de peptideoglicano e outra
membrana celular externa.
http://www.microbiologybook.org/Portuguese/bact-mem-port.jpg
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bacterias/imagens/bacterias3g.jpg
Técnica de coloração de 
Gram- 1884
 Desenvolvida pelo Médico Dinamarques
Christian Gram
 Técnica mais importante em 
microbiologia
 Separa a maioria das bactérias em dois 
grupos:
 GRAM- POSITIVAS: se coram de azul.
 GRAM- NEGATIVAS: se coram de 
vermelho.
Técnica de Coloração Gram -
ETAPAS
 1- O corante de cristal violeta cora todas as 
bactérias de azul-violáceo.
 2- A solução de iodo é adicionada para 
formar o complexo cristal violeta-iodo –
TODAS AS CÉLULAS CONTINUAM AZUIS.
 3-O solvente orgânico, como acetona ou 
etanol, extrai o complexo formado das 
bactérias Gram-negativas, de parede celular 
fina e ricas em lipídeos, que das bactérias 
Gram- positivas de parede espessa.
OS ORGANISMOS GRAM-NEGATIVOS SE 
TORNAM INCOLORES
OS GRAM-POSITIVOS PERMANECEM AZUIS.
Coloração do Gram
 O corante vermelho , safranina, cora as 
células Gram- negativas descoloridas de 
vermelho.
 As bactérias Gram-positivas permanecem 
azuis.
Utilidade da coloração de 
Gram
 Identificação de muitas bactérias.
 Influência na escolha do antibiótico: de 
modo geral as Gram-positivas são mais 
suscetíveis à penicilina G que as bactérias 
Gram- negativas.
Algumas bactérias que não 
podem ser vistas pela técnica 
do Gram
 Mycobacteria inclui M. Tuberculosis –
parede celular muito rica em lipídeos, 
corante não pode penetrar. Coloração 
àlcool- ácida.
 Treponema pallidum – muito fina para ser 
visualizado.
 Mycoplasma pneumoniae – muito 
pequeno, não possui parede celular. 
Microbiologia
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
Método de coloração de Gram
http://biomedicinaparatodos.blogspot.com.br/2015/06/coloracao-de-gram-sabe-o-que-e-entenda.html
TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM
O Método de coloração de Gram é a técnica aplicada para a identificação da parede celular
bacteriana.
Reagentes utilizados:
• Violeta de genciana (Cristal 
de violeta) 
• Lugol (Iodo)
• Solução álcool-acetona
• Fucsina
Os micoplasmas e as
micobactérias não se coram
pelo Método de Gram.
Bactérias álcool-ácido 
resistentes
 Resistem a descoloração com álcool-
ácido .
 Propriedade tem relação com alta 
concentração de lipídeos na parede 
celular .
 Ex: Micobactérias como Micobacterium
tuberculosis.
Microbiologia
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
Método Ziehl Neelsen
As bactérias do gênero Mycobacterium (micobactérias) não se coram pelo Método de coloração de
Gram.
São bacilos-álcool-ácido-resistentes (BAAR) e possuem, externamente à parede celular, uma camada
composta por ácidos micólicos.
Os BAAR são corados pelo Método de Ziehl Neelsen.
http://image.slidesharecdn.com/micatip2008alessandram-141101183410-conversion-gate01/95/micobactrias-atpicas-de-crescimento-
rpido-no-tuberculosa-3-638.jpg?cb=1414866986http://www.scielo.br/img/revistas/abmvz/v60n5/09f1.jpg
Mycobacterium Tuberculosis-
BAAR : BACILO ÁLCOOL-
ÁCIDO RESISTENTE
Parede celular pouco usual: 
incapacidade de ser corada pelo 
Gram
Técnica de Ziehl-Neelsen
 Há bactérias que são resistentes à coloração, mas 
que uma vez coradas vão resistir fortemente à 
descoloração, mesmo por ácidos fortes diluídos e 
álcool absoluto.
 Às bactérias que possuem esta propriedade 
dizemos que são ácido-álcool resistentes, (BAAR) 
(géneros Mycobacterium e Nocardia).
 Esta característica é devida ao elevado teor de 
lípidos estruturais (ex. ácido micólico) na parede 
celular destas bactérias, que provoca uma grande 
hidrofobicidade, dificultando a ação dos mordentes 
e diferenciadores de corantes aquosos.
 Mordente: auxilia a fixação da cor
 Hidrofobicidade: repele água
Técnica de Ziehl-Neelsen
 A técnica de Ziehl-Neelsen evidencia esta ácido-álcool resistência. 
Segue o seguinte protocolo:
 1.Confeccionar o esfregaço seguindo as técnicas atuais de 
biossegurança;
 2.Cobrir a lâmina com fucsina fenicada (o mordente é o ácido 
fénico);
 3.Aquecer a lâmina até à emissão de vapores (é importante não 
deixar ferver);
 4.Aguardar 5 a 8 minutos;
 5.Lavar com água corrente;
 6.Cobrir a lâmina com álcool-ácido 3% até descorar totalmente o 
esfregaço;
 7.Lavar com água corrente;
 8.Cobrir a lâmina com azul de metileno durante 1 minuto;
 9.Lavar com água corrente;
 10.Secar;
 11.Observar.
 A fucsinaaa fenicada, atuando a quente, vai 
corar de VERMELHO todas as células 
bacterianas e outras estruturas presentes (o 
calor vai derreter os lípidos de membrana, 
tornando-a permeável). 
 O ácido diluído em álcool aplicados vão 
descorar todas as bactérias exceto as ácido-
álcool resistentes, que permanecem coradas 
de vermelho pela fucsina.
 Assim, ao serem observadas após coloração 
e contraste, com azul de metileno, 
encontraremos as bactérias:
 Ácido-álcool resistentes: coradas de 
vermelho.
 Não ácido-álcool resistentes: coradas de 
azul.
Membrana Citoplasmática
 Localização: Internamente e logo 
após a camada de peptideoglicano
da parede celular.
Composta de fosfolipídeos
organizados de forma similar à 
membrana de células eucarióticas.
 São quimicamente semelhantes, entretanto, as 
membranas eucarióticas contêm esteróis .
 Já nos procariontes os esteróis estão geralmente 
ausentes. Exceção: mycoplasma.
Citoplasma: Matriz amorfa 
e nucleóide
Mesossomo
 Invaginação presente na membrana 
citoplasmática.
 Importante durante a divisão celular: 
divide a célula ao meio 
 É sítio para a ligação do DNA que será o 
material genético de cada uma das 
células- filhas.
Citoplasma - Ribossomos
 São o sítio para a síntese de proteínas 
assim como os ribossomos dos 
eucariontes.
 Diferem-se em tamanho e composição 
química.
 Ribossomos bacterianos – tamanho – 70S.
 Contém duas subunidades: 50S e 30 S.
 Ribossomos eucariontes – tamanho- 80S.
 Contém duas subunidades: 60S e 40S.
Citoplasma - Ribossomos
 RIBOSSOMOS: partículas composta de 
RNA ribossomal e proteínas ribossomais
que, associada ao RNA mensageiro 
catalisa a síntese de proteína.
 As diferenças , tanto nos RNAs quanto nas 
proteínas ribossomais, constituem a base 
da ação seletiva de vários antibióticos, 
que inibem a síntese protéica em 
bactérias, mas não em seres humanos.
Antibioticoterapia
Tetraciclina e neomicina 
atuam nos ribossomos 
bacterianos impedindo a 
síntese de proteínas.
Citoplasma - Grânulos
-O citoplasma contém diferentes grânulos.
-Funcionam comosítio de armazenamento 
para nutrientes.
Citoplasma - Nucleóide
 Região do citoplasma em que se localiza o DNA.
 DNA de procarióticos é uma longa molécula 
circular única- contém cerca de 2 mil genes –
CONSTITUI O CROMOSSOMO BACTERIANO.
 As suas extremidades dessa molécula estão 
unidas – FORMA CIRCULAR.
 Não apresenta membrana nuclear.
 Não apresenta aparelho mitótico.
 Pouca semelhança com o núcleo eucariótico.
Citoplasma - Plasmídeos
 São moléculas de DNA de dupla fita 
circular.
 Extracromossomais PORÉM PODEM 
INTEGRAR-SE A ESTES.
 Capazes de replicar independentemente 
do cromossomo bacteriano.
 Presentes em células Gram positivas e 
negativas.
 Vários tipos de plasmídeos podem 
coexistir em uma mesma célula.
(
 Plasmídeos
As informações veiculadas pelos 
plasmídios respondem, por 
características úteis à bactéria, como :
a capacidade de conjugar (plasmídeo 
F), 
 resistir à antibióticos (plasmídeos R)
 metabolizar diferentes substratos 
(plasmídeos degradativos) e 
conferir patogenicidade à bactéria 
hospedeira (plasmídeos de virulência). 
Dessa forma, a molécula de DNA 
presente no nucleoide não é único 
depósito de genes nas bactérias.
 Os plasmídeos podem ser transferidos 
naturalmente de uma cepa bacteriana 
para outra, permitindo que a célula 
receptora adquira um conjunto de 
informações genéticas que não recebera 
ao “nascer”.
 Podem, ainda, ser transmitidos, 
juntamente como o restante do genoma 
bacteriano, durante a divisão celular, 
conservando uma ou mais cópias em 
cada célula-filha .
Célula procariótica -
Plasmídeos 
 Pode conter pequenas moléculas 
CIRCULARES de DNA – possuem 
informações para a produção de certas 
substâncias importantes para bactéria.
 Ex: Enzimas que degradam antibióticos e 
permitem resistir á essas drogas. 
PLASMÍDEOS transportam genes com as 
seguintes funções e importância médica:
 1- Resistência a antibióticos, mediada por 
uma variedade de enzimas.
 2 -Resistência a metais pesados ( 
mercúrio- componente ativo de alguns 
anti-sépticos).
 3- Resistência à luz ultravioleta, mediada 
pelas enzimas de reparo de DNA.
 4-Pili (fímbrias)- promovem a aderência a 
células epiteliais.
Citoplasma - Transposons
 São moléculas de DNA que se movem de 
um sítio para outro no DNA celular 
 OU
 Entre o DNA de bactérias , plasmídeos e 
bacteriófagos.
 GENES SALTADORES: capacidade 
incomum de se moverem.
 ELEMENTO TRANSPOSÁVEL
 São apêndices longos
 Formato de chicote
 Movem as bactérias na direção de 
nutrientes e outros atrativos – PROCESSO 
DENOMINADA QUIMIOTAXIA.
 Filamento longo que propicia a 
propulsão : composto por muitas 
subunidades da proteína flagelina-
organizadas em várias cadeias 
entrelaçadas.
 Movem as bactérias na direção de nutrientes 
e outros atrativos – PROCESSO DENOMINADA 
QUIMIOTAXIA.
As bactérias móveis possuem receptores em 
várias localizações , como dentro ou logo 
abaixo d aparede celular .
Esses receptores captam os estímulos químicos , 
como oxigênio, aribose e galactose.
Em resposta ao estímulo, a informação é 
passada aos flagelos.
Sinal positivo: resposta atraente
Sinal negativo: resposta repelente
 FORÇA MOTORA : energia para o 
movimento = proporcionada pela ATP 
( TRIFOSFATO DE ADENOSINA).
 As bactérias possuem um número e uma 
localização característicos de flagelos:
 Algumas bactérias possuem apenas um
 Outras apresentam vários
 Algumas os flagelos estão em uma das 
extremidades
 Em outras estão ao redor de toda 
superfície externa 
Muitos bastonetes possuem 
Maioria dos cocos não possuem – IMÓVEIS
Espiroquetas se movem por meio do 
FILAMENTO AXIAL – estrutura semelhante 
ao flagelo. MOVIMENTO SACA-ROLHAS
Recobre a célula , em forma de espiral, 
produzindo um movimento ondulado 
através dos tecidos. 
Flagelos x importância 
médica
 Bactérias móveis : Escherichia Coli e 
Proteus – causas comuns de ITU.
 Flagelos propelem a bactéria da uretra 
até a bexiga.
 EX; SALMONELLA é identificada por 
presença de anticorpos específicos 
contra proteínas flagelares.
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Flagelos
As bactérias flageladas podem ser classificadas quanto à localização e a quantidade de flagelos.
A = MONÓTRICAS, com um único flagelo
B = LOFÓTRICAS, com vários flagelos em um ponto
C = ANFÍTRICAS, com flagelos em extremidades opostas
D = PERÍTRICAS, com flagelos em toda a superfície do corpo
 Filamentos com espessura de um fio de 
cabelo.
 Estendem a partir da superfície da célula.
 Menores e mais resistentes que os flagelos.
 Compostos por: subunidades de uma 
proteína , a pilina, dispostos em forma 
helicoidal.
 Encontrados PRINCIPALMENTE em Gram-
negativos 
 Permitem a ligação da bactéria a 
receptores específicos na superfície da 
célula humana – passo inicial para 
infecção por alguns microrganismos.
 Um tipo especializado de pillus , o pillus
sexual, forma a ligação entre o macho ( 
DOADOR) e a fêmea( RECEPTORA) 
durante a conjugação.
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Fímbrias / Pili
As fímbrias ou pili (pilus) são estruturas finas e curtas, proteicas, que recobrem algumas bactérias
Gram negativas.
Apresentam diversas funções, como a facilitar a fixação em superfícies e formar “pili sexual”.
Através do “pili sexual” bactérias trocam material genético.
http://photos1.blogger.com/blogger/4566/894/1600/conjugation-pili-pg.jpg
https://lh5.googleusercontent.com/-
m7hCEqemx8k/TW2Pl2Io7eI/AAAAAAAAABU/jWyz3MzYqTY/s1600/fig
0408.jpg
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/conjugacaobacteriana2.jpg
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Cápsula bacteriana
Estruturas polissacarídicas e/ou polipeptídicas que estão externamente aderidas à parede celular
bacteriana.
Impedem a fagocitose, armazenam nutrientes e favorecem adesão à superfícies.
http://revistaavances.com/wp-
content/uploads/2014/01/Cresa-Haemophilus-parasuis.jpg
CÁPSULA
 Camada gelatinosa que envolve toda a 
bactéria.
 Composta por polissacarídeos ( açucares 
componentes do polissacarídeos variam de 
uma espécie de bactéria para outra) e
 Determinam o tipo sorológico dentro de uma 
espécie.
 EX: EXISTEM 84 TIPOS SOROLÓGICOS DE 
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE, distinguíveis 
por diferenças antigênicas dos açucares 
presentes na cápsula polissacarídica.
Importância da Cápsula
 1- É um determinante de virulência de 
muitas bactérias – limita a capacidade 
dos fagócitos de fagocitar as bactérias.
 2- A identificação específica de um 
organismo pode ser feita utilizando-se um 
anticorpo dirigido contra o 
polissacarídeo capsular.
 Na presença de um anticorpo homólogo 
a cápsula se torna intumescida –
fenômeno chamado REAÇÃO DE 
QUELLUNG .Utilizado em laboratórios.
Importância da Cápsula
 3- Os polissacarídeos capsulares são 
utilizados como antígenos em 
determinadas vacinas.
 4- A cápsula pode ter uma função na 
aderência da bactéria aos tecidos 
humanos - PASSO INICIAL PARA A 
INFECÇÃO.
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Endósporos bacteriano
Formadas por bactérias dos gêneros Clostridium e Bacillus, principalmente, em condições de
carência de nutrientes e água.
Podem permanecer por muitos anos de forma latente e, ao entrarem no organismo vivo, voltam à
forma viva (vegetativa).
http://ccgb.fiocruz.br/imgs/ccgb01.jpg
Endósporo
CÉLULA VEGETATIVA
• Úmida
• Metabolismo ativo
• Pouco resistente
ENDÓSPORO
• Seco
• Metabolismo inerte
• Resistente
 Estruturas altamente resistentes Formadas em resposta a condições 
adversas 
 (Por 2 gêneros de bastonetes Gram-
positivos:Baccilus – Antraz e Clostridium : 
inclui os agentes causais do tétano e 
botulismo.
 Formado no interior da célula
 Contém DNA bacteriano + pequena 
porção de citoplasma +peptideoglicano
+ muita pouca água+ capa espessa de 
uma subst. similar à ceratina
RESPONSÁVEL PELA:
 – resistência do esporo ao calor, 
desidratação, radiação e subst. Químicas
 Resistência devida ao ÁCIDO 
DIPICOLÍNICO- encontrado somente nos 
esporos.
 Uma vez formado
 Não apresenta atividade metabólica
 Pode permanecer dormente por muitos anos
 Alta resistência ao calor –esterilização não 
pode ser obtida por fervura ( ebulição – 100 
graus).
 Materiais de uso médico :
 Necessário vapor sob pressão de 121 graus 
Celsius : AUTO- CLAVAÇÃO por 30 minutos.
ESPOROS
 Altamente resistentes a muitos agentes 
químicos, incluindo a maioria dos 
desinfetantes.
 Subst. esporicidas matam.
 Podem sobreviver por muitos anos, 
especialmente no solo.
 Causar doenças como Tétano.
 Não exibem atividade metabólica -
antibióticos são ineficientes contra esporos –
pois agem inibindo certas vias metabólicas 
das bactérias.
ESPOROS
Revestimento dos 
esporos é impermeável 
aos antibióticos.
ESPOROS
Formam-se 
quando os 
nutrientes 
são 
insuficientes
Mas podem 
germinar para 
formar 
bactéria 
quando os 
nutrientes 
tornam-se 
disponíveis.
ESPOROS
Não se encontram 
esporos em sítios de 
infecções pois não 
há limitação de 
nutrientes no local
Tétano
O tétano é uma doença infecciosa grave que 
frequentemente pode levar à morte.
É causada pela neurotoxina tetanospasmina
que é produzida pela bactéria anaeróbica
Clostridium tetani.
 O tétano caracteriza-se pelos espasmos 
musculares e suas complicações. 
 São provocados por pequenos impulsos, 
como barulhos e luzes, e continuam 
durante períodos prolongados.
 O primeiro sinal de tétano é o trismus, ou 
seja, contração dos músculos 
mandibulares, não permitindo a abertura 
da boca
 Seguido pela rigidez do pescoço, costas, 
risus sardonicus (riso causado pelo 
espasmo dos músculos em volta da 
boca), dificuldade de deglutição, rigidez 
muscular do abdômen.
 Opstotóno: é um outro sinal que é uma 
forma de espasmo tetânico em que se 
recurvam para trás a cabeça e os 
calcanhares, arqueando-se para diante 
o resto do corpo
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Tétano - opstótono
Mal dos Sete dias – tétano 
neonatal
Botulismo -
 Bacteria Clostridium Botulinum
 Presente no solo e em alimentos 
contaminados e mal conservados
 Forma de intoxicação alimentar rara 
causada por uma toxina dessa bactéria
Antraz: doença que assusta o 
mundo !!
 Doença causada pelo bacillus Anthracis
 Infecção : um dos primeiros acidentes de trabalho 
em separadores de lã.
 Comum em regiões agrícolas e afeta animais.
 Pode atingir:
 sistema gastrodigestivo, 
 Via cutãnea
 Via respiratória
Antraz
Antraz -
Microbiologia
AULA 6: BACTERIOLOGIA I
Endósporos bacteriano
Estudo Dirigido 2 
 1- Explique a técnica de coloração do Gram 
classificando quanto à coloração adquirida.
 2- Cite 5 componentes essenciais da estrutura 
bacteriana.
 3- Diferencie a estrutura da parede celular de 
bactérias Gram- negativas e Gram- positivas.
 4- Porque a penicilina não deve ser indicada para 
infecções por bactérias Gram negativas ? Explique.
 5- Classifique as bactérias quanto á forma e 
organização.
 6- Cite a função do peptideoglicano, LPS e porinas.
Estudo Dirigido 
 7- Cite os componentes facultativos (não-essenciais) da 
célula bacteriana. Comente de uma forma breve sobre as 
suas funções.
 8- Qual a participação dos plasmídeos na resistência 
bacteriana ?
 9- Qual a contribuição do plasmídeo F e plasmídeo R para 
a bactéria?
 10-Cite e caracterize uma doença causada por 
esporo.Caracterize citando os principais sinais e sintomas.
 11-Cite o mecanismo de formação do esporo.
 12- Porque o esporo é altamente resistente?
Bom Estudo !!

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