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�� �� �� ATIVIDADE individual Matriz de atividade individual Disciplina: Gestão de Capital de Giro Módulo: 4 Aluno: Suzane Rojas Barata Turma: 24_08072019_3 Tarefa: Atividade Individual – Analise financeira da Calçados ABC Introdução Com a melhora da renda das classes C e D a empresa Calçados ABC, resolveu implantar um amplo projeto de expansão com a abertura de novos pontos e a implantação do sistema de crediário próprio. Com esses esforçor consolidados houve um forte crescimento das vendas e do lucro, porem afetou a situação financeira da empresa. Neto et al.afirma que (2012, p.1) “Uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para a formação de uma situação de insolvência. ” Etapa 1 – Diagnóstico da situação financeira Capital de Giro Liquido (CCL) Neto e Silva, diz que O capital de giro (circulante) líquido – CCL – é mais diretamente obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Reflete a folga financeira da empresa e, dentro de um conceito mais rigoroso, o CCL representa o volume de recursos de longo prazo (exigibilidades e patrimônio líquido) que se encontra financiando os ativos correntes (de curto prazo). ( 2012, p. Formula: CCL = AC – PC Ano 0 CCL = 5.550 - 2.952 2.598 Ano 1 CCL= 11.521 - 7.929 3.592 Ano 2 CCL = 23.547 - 17.433 6.114 Necessidade de Capital de giro (NCG) Segundo Matias, A NCG aumenta quando ocorre aumento nos esto- ques, nas contas a receber (elementos do ativo opera- cional), ou com a diminuição dos fornecedores, contas a pagar (elementos do passivo operacional). Por outro lado, ocorre diminuição na NCG quando as contas a receber e os estoques diminuem (elementos do ativo operacional) e quando os fornecedores e as contas a pagar aumentam (elementos do passivo operacional). Ter necessidade de capital de giro não representa nada negativo para a organização, desde que ela tenha como financiar essa necessidade e gere valor com ela. (2012, p. 32) Formula: NCG = ACO – PCO Ano 0 NCG = 4.000 – 1.802 2.198 Ano 1 NCG = 9.000 - 2.699 6.301 Ano 2 NCG = 20.666 - 3.333 17.333 3 - Saldo de Tesouraria (ST) Segundo Guimarães (2012, p. 19), [...] O saldo de tesouraria positivo indica que a empresa tem uma folga financeira, o que reduz seu risco de insolvência se comparado com a situação de saldo de tesouraria negativo. [...] Formula: ST = CCL - NCG Ano 0 ST = 2.598 – 2.198 400 Ano 1 ST = 3.592 – 6.301 (2.709) Ano 2 ST = 6.114 – 17.333 (11.219) 4 – Indice de Liquidez Guimarães afirma que, Índice é a relação entre contas, ou grupo de contas, das demonstrações financeiras que visa evidenciar determinado aspecto da situação patrimonial, econômica ou financeira de uma empresa. Os índices de liquidez, por exemplo, mostram a base da situação financeira da instituição. Uma empresa com bons índices de liquidez tem, aparentemente, boas condições de honrar seus compromissos de curto prazo. (2012,p. 23) 4.1 - Liquidez Corrente (LC) Esse índice indica o quanto a empresa mantém em seu ativo circulante para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. Formula: LC = AC/PC Ano 0 LC =5.500/2.952 1,88 Ano 1 LC=11.521/7.929 1,45 Ano 2 LC=23.547/17.433 1,35 4.2 – Liquidez Imediata (LI) Este índice indica se a empresa é capaz de saldar suas dívidas de curto prazo imediatamente com a sua disponibilidade de caixa Formula: LI=Caixa /PC Ano 0 LI= 1.550/2.952 0,53 Ano 1 LI=2.521/7.929 0,32 Ano 2 LI=2.881/17.422 0,17 4.3 –Liquidez Seca (LS) Este índice verifica se a empresa é capaz de saldar suas dívidas de curto prazo, de acordo com o seu ativo menos o estoque. Formula: LS = (AC – Estoque) /PC Ano 0 LS= (5.550-2.500) /2.952 1,03 Ano 1 LS= (11.521-6000) /7.929 0,70 Ano 2 LS= (23.547-14.000) /17.433 0,55 5 – Prazo Médio Guimarães afirma que (2012, p. 26) “também conhecida como análise dinâmica por combinar contas e grupos de contas de patrimônio (BP) e de resultado (DRE), a análise de prazos médios revela os tempos médios de giro dos ativos (ACO) e passivos (PCO) circulantes operacionais. ” 5.1 – Prazo médio de estoque (PME) Este prazo vai indicar em média o número de dias que o estoque leva para ser renovado. Formula: PME = Estoque médio/Custo ao ano x 360 dias Ano 0 PME= 2.500/15.000 x 360 60 Ano 1 PME= 6.000/19.000 x 360 114 Ano 2 PME= 14.000/24.000 x 360 210 5.2 – Prazo médio de recebimento (PMR) Este prazo indica em médiao tempo em que as vendas levam para ser transformadas em dinheiro, em outras palavras os prazos de pagamaneto concedidos aos clientes Formula: PMR = Contas a receber médio /Receita bruta ao ano x 360 dias Ano 0 PMR= 1.500/20.500 x 360 26 Ano 1 PMR= 3.000/ 32.200 x 360 134 Ano 2 PMR=6.666/40.000 x 360 60 5.3 – Prazo médio de compras (PMC) Este prazo indica o tempo que a empresa tem de seus fornecedores para o pagamento da compra de material. Formula: PMC = Fornecedor médio/Compras ao ano x 360dias Ano 0 PMC = 1.802/15.000 x 360 43 Ano 1 PMC= 2.699/19.000 x 360 51 Ano 2 PMC = 3.333/24.000 x 360 50 6 – Ciclos 6.1 – Clico Operacional (CO) Este ciclo indica o tempo que passa a partir do momento em que a empresa compra a mercadoria e o tempo em que recebe o dinheiro das suas vendas aos clientes. Formula: CO = PME + PMR Ano 0 CO = 60 + 26 86 Ano 1 CO= 114 + 34 148 Ano 2 CO= 210 + 60 270 6.2 – Ciclo Financeiro (CF) Este ciclo indica o tempo decorrido do momento em que a emprega pagou suas dividas aos fornecedores e o tempo que levou para receber pelas vendas das mercadorias. Formula: CF= PME + PMR - PMC Ano 0 CF = 60 + 26 - 43 43 Ano 1 CF= 114 + 34 - 51 97 Ano 2 CF= 210 + 60- 50 220 Analisando os cálculos da Calçados ABC nos 3 ultimos anos, podemos ver que a empresa apresenta um saldo positivo de capital circulante líquido, pois o volume que foi investido no ativo circulante foi maior, foi maior que os empréstimos e financiamentos realizados no passivo circulante, tendo assim um baixo risco de insolvência. A Calçados ABC, necessita suprir seus investimentos em capital de giro a fim de atingir seus objetivos. Fazendo uma analise da NCG podemos ver que nos 3 anos o seu Ativo Circulante Operacional e maior que o seu passivo circulante operacional, o que indica que precisará recorrer a empréstimos ou financiamento de sócios para manter suas atividades. Analisando o Saldo de Tesouraria podemos ver que no ano X0 a empresa teve um saldo posivito, porem nos dois anos seguintes, esse saldo foi negativo, o que mostra que o crescimento da NCG foi maior que o crescimento do capital de giro, o que causa o desequilíbrio financeiro que a empresa vem enfrentando, causando um risco de insolvência por seu saldode tesouria negativo. Com os indicadores financeiros podemos ver que o índice de Liquidez Corrente apresentado pela Calçados ABC, nos 3 anos foi de R$ 1,88 em X0; R$ 1,45 em X1 e R$ 1,35 em X2 para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, o que mostra que a empresa possui capacidade de solvência. Já na Liquidez imediata o seu índice diminui de um ano para o outro, o que mostra que apesar dela possuir recursos, possui pouca eficiência na gestão de caixa pela manutenção destes recursos. A Liquides Seca apresenta somente no primeiro ano apresentado liquidez de caixa suficiente para cobrir suas dívidas a cada R$ 1,00 de curto prazo. Analisando os Prazos e os Ciclos, a Calçados ABC apresentou um aumento grandede um ano para o outro no seu prazo médio de estoque, o que interfere na liquidez da empresa. Em realação ao prazo médio de recebimento, nos dois primeiros anos a empresa apresentava um tempo razoável, porem no terceiro ano, ouve um aumento para 60 dias, o que também interfere em sua liquidez, e no prazo médio de compras ou pagamento, a empresa sofreu um aumento do primeiro para o segundo ano no prazo de pagamento aosfornecedores caindo novamente esse prazo no terceiro ano. Podemos ver que no primeiro ano a empresa financiava seu ciclo em ate 43 dias, aumentando nos anos seguintes para 97 e 220 dias. Conclui-se então que a Calçados ABC apresenta problemas em suas entradas e sáidas de caixa, o que vem aumentando a necessidade de investimento afim de manter a liquidez da empresa. Etapa 2 – Projeção dos resultados econômicos e financeiros (i) Orçamento de caixa 20X3 saldo caixa (t=0) 2.881, (+) receita bruta 40.000 (-) deduções (4.000) receita líquida 36.000 (-) cmv (24.000) lucro bruto 12.000 (-) despesas comerciais e administrativas (3.200) (-) depreciação (700) (-) despesas financeiras líquidas (3.000) lucro antes de imposto de renda e contribuição social 5.100 (-) impostos de renda e contribuição social (1.500) (=) lucro líquido 3.600 (+) depreciação 700 (-) desembolso de capital (700) (-) variação da ncg (12.333) (-) contas a receber (1.666) (-) estoque (10.000) (+) fornecedor 667 (-+) amortização/captação de dívida 14.100 fluxo de caixa 1.833 (-) distribuição de dividendo 1.833 Fluxo de caixa após dividendos 0 saldo caixa (T=1) 2.881 (ii) Balanço patrimonial 20X3 20X3 ATIVO PASSIVO ativo circulante passivo circulante caixa e bancos 2.881 empréstimos e financiamentos 0 clientes 5.000 fornecedores 4.000 estoques 4.000 TOTAL 4.000 TOTAL 11.881 exigível a longo prazo empréstimos e financiamentos 7.500 TOTAL 7.500 ativo não circulante patrimônio líquido imobilizado 7.470 capital social 5.129 TOTAL 7.470 lucros acumulados 2.722 TOTAL 7.851 ATIVO TOTAL 19.351 PASSIVO TOTAL 19.351 Etapa 3 – Análise financeira Capital de Giro Liquido (CCL) Formula: CCL = AC – PC Ano 3 CCL = 11.881 – 4.000 7.881 Necessidade de Capital de giro (NCG) Formula: NCG = ACO – PCO Ano 3 NCG = 9.000 – 4.000 5.000 3 - Saldo de Tesouraria (ST) Formula: ST = CCL - NCG Ano 3 ST = 7.881 – 5.000 2.881 4 – Indice de Liquidez 4.1 - Liquidez Corrente (LC) Formula: LC = AC/PC Ano 3 LC = 11.881/4.000 2,97 4.2 – Liquidez Imediata (LI) Formula: LI=Caixa /PC Ano 3 LI= 2.881/4.000 0,72 4.3 –Liquidez Seca (LS) Formula: LS = (AC – Estoque) /PC Ano 3 LS= (11.881-4.000) /4.000 1,97 5 – Prazo Médio 5.1 – Prazo médio de estoque (PME) Formula: PME = Estoque médio/Custo ao ano x 360 dias Ano 3 PME = 4.000/24.000 X 360 60 5.2 – Prazo médio de recebimento (PMR) Formula: PMR = Contas a receber médio /Receita bruta ao ano x 360 dias Ano 3 PMR= 5.000/40.000 X 360 45 5.3 – Prazo médio de compras (PMC) Formula: PMC = Fornecedor médio/Compras ao ano x 360dias Ano 3 PMC = 4.000/24.000 X 360 60 6 – Ciclos 6.1 – Clico Operacional (CO) Formula: CO = PME + PMR Ano 3 CO = 60 + 45 105 6.2 – Ciclo Financeiro (CF). Formula: CF= PME + PMR – PMC Ano 3 CF = 60 + 45 - 60 45 No quadro abaixo podemos fazer uma análise comparando os anos X2 e X3. Ano CCL NCG ST LC LI LS PME PMR PMC CO CF X2 6.114 17.333 (11.219) 1,35 0,17 0,55 210 60 50 270 220 X3 7.881 5.000 2.881 2,97 0,72 1,97 60 45 60 105 45 A Calçados ABC nos anos anteriores vinha apresentando alto risco de insolvência, com as novas estratégias implementadas para a redução dos investimentos em necessidade de capital de giro, podemos ver que a empresa conseguiu se recuperar no ano X3. No ano anterior a empresa apresentava problemas nas entradas e saidas de caixa, o que fez com que aumentasse a necessidade do capital de giro, e com as novas extrategeias que foram implementadas a empresa conseguiu equilibrar suas entradas e saídas, diminuendo essa necessidade de capital de giro para que pudesse conseguir manter a sua liquidez. Podemos comprovar que essas ações ajudaram a Calçados ABC a sair do alto risco de insolvênia em que se encontrava. Se fizermos os calculos do IAF( Indice de auto financiamento) podemos ver que no ano X2 a empresa apresentava indice menor do que 1 e no ano X3 para maior que 1, com esse índice podemos verificar a capacidade da empresa em financiar a sua necessidade de capital de giro, com seus recursos de longo prazo. Calculo IAF = CCL/ NCG Ano 2 IAF= 6.114/17.333 0,35 Ano 3 IAF= 7.881/5.000 1,58 Podemos ver também que o Saldo de tesouraria que antes era negativo no ano X3 voltou a ser positivo. Comparando os índices de liquidez nos anos X2 e X3 melhoraram consideraavelmente, para cada R$ 1,00 de divida a Calçados ABC possui em seu ativo R$ 2,97 em seu ativo circulante. Vemos que a empresa é capaz de honrar com suas dívidas de curto e longo prazo, e sem corer risco de insolvência novamente. Através dos prazos médios podemos ver que a empresa conseguiu reduzir o seu ativo circulante e aumentar o seu passivo circulante operacional, diminuindo consideravelmente a necessidade do investimento em capital de giro que passou de R$ 17.333,00 para R$ 5.000,00. A empresa conseguiu financiar seu ciclo financeiro de 220 dias para 45 dias. Diante dessas analises, podemos afirmar que a Calçados ABC melhorou o seu risco de insolvência, sua capacidade de liquidez e a sua capacidade de pagamento que nos anos anteriores vinha sendo comprometida. Referências bibliográficas ABNT, Associação Brasileira de normas Técnicas. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/>. Acesso, 06 de agosto de 2019 GUIMARÃES, José O.; OZORIO, Diego. Gestão de Capital de giro. Editora: FGV. 1ªedição – 2018. Rio de Janeiro. MATIAS, Alberto Borges. Finanças corporativas de curto prazo, A gestão do valor do capital de giro. Editora Atlas. 2º edição – Volume 1. 2014 – São Paulo. NETO, A.A; SILVA, C.A.T. Adiministração do Capital de giro. Editora Atlas. 4º edição – 2012 – São Paulo ��PAGE \* MERGEFORMAT�1��� �PAGE \* MERGEFORMAT�6� ��� ��PAGE \* MERGEFORMAT�5���
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