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FREUD E A PSICANÁLISE
A psicanálise foi criada pelo famoso médico neurologista austríaco Sigmund Freud, e tem por objetivo compreender, tratar e investigar a psique humana. A psicanálise tem sua origem na medicina, o que significa que ela trabalha de maneira completamente independente da psicologia e não deve, de modo algum, ser confundida com esta.
Na tentativa de constituir a psicologia como ciência, que tem como objeto de experimento as observações empíricas e o inconsciente humano Sigmund Freud apresenta por volta do século XIX uma teoria chamada "psicanálise" que tinha como objetivo buscar explicações razoáveis para as atitudes do complexo mundo intelectual que o homem vive consigo mesmo.
Porém, como a "psicanálise" dá ênfase à sexualidade humana, ele enfrenta preconceitos por parte da burguesia de Viena, que considerava seus conceitos como sendo impróprios e ofensivos para a época.
Mas, ao refletirmos sobre a psicanálise percebemos que esta abordagem vai muito além da sexologia humana, trabalhando com conjecturas, interpretações do inconsciente dos indivíduos, talvez, a psicanálise não incomodava a burguesia de Viena por enfatizar explicitamente o sexo, mas sim, por tentar fazer com que o indivíduo reflita e busque suas reais necessidades e interesses, o que de certa forma não se adequava à época, já que aquelas pessoas, aliás, como ainda hoje, são superficiais, vivem de aparência, procurando esconder até de si mesmo seu verdadeiro eu, suas emoções e fraquezas.
Um claro resumo da psicanálise pode ser visto através do método proposto por Sigmund Freud para compreender e analisar o inconsciente humano, o qual se baseia nas seguintes premissas:
Um método eficaz para a explorar a pisque e seu funcionamento;
Um sistema teórico que versa sobre a vida e o comportamento do ser humano;
Um método clínico de tratamento que se baseia na aplicação da técnica da Associação Livre.
De acordo com seus fundamentos, a psicanálise é uma teoria geral da personalidade humana e um método de psicoterapia, que tem influenciado diversas outras correntes de pensamento das ciências humanas e, com isso, criou um forte
embasamento teórico para uma nova maneira de compreender a ética, a moral e a cultura como um todo.
Um resumo da psicanálise foi dado por Sigmund Freud em um conjunto de três definições, sendo estas:
1. A psicanálise é um método para a investigação dos processos mentais que são praticamente inalcançáveis por qualquer outro método;
2. A psicanálise é um método que, através da investigação minuciosa dos processos mentais humanos, se destina a tratar toda sorte de distúrbios mentais;
3. A psicanálise é um conjunto de informações psicológicas que se formou a partir de diversas investigações preliminares empreendidas pela psicologia e outras ciências humanas, tendo posteriormente se tornado uma disciplina científica independente das outras.
De acordo com Sigmund Freud, a psicanálise floresceu em um campo extremamente restrito. Tendo no início um único objetivo, que era o de compreender a causa do que na época se chamava de doenças nervosas funcionais, com vistas ao tratamento de tais problemas em detrimento ao tratamento clínico de então, que era completamente sem eficácia.
Na opinião de Freud, os médicos neurologistas de seu tempo tinham uma elevada tendência a se aterem somente a fatos químico-físicos, além de patológico-anatômicos, e ignoravam o fator o psíquico na compreensão do todo.
A origem da psicanálise data do ano de 1882 quando Sigmund Freud, um médico ainda recém-formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert. Três anos depois Freud teve contato com o renomado médico francês Jean-Martin Charcot, que mais tarde viria a se tornar, ao lado de Freud, um dos homens considerados os pais da psicanálise.
Nesta mesma época Sigmund Freud era um médico obcecado em descobrir as causas das doenças de seus pacientes de quadros neuróticos e histéricos. Ao lidar com tais pacientes, Freud passou a acreditar que seus problemas se originavam na dificuldade de aceitação cultural; em outras palavras, Freud acreditava que os problemas de seus pacientes se deviam a desejos reprimidos e não à fisioquímica de seus organismos ou a desvios patógicos-anatômicos, como antes se supunha. Para Freud, a maior parte destes desejos reprimidos se tratava de fantasias de natureza sexual.
Freud chegou a essas conclusões através do chamado método de Associação Livre, que consistia em deixar o paciente o mais relaxado possível, para que este se sentisse à vontade para falar tudo o que lhe viesse à cabeça. Neste método, o grande interesse do psicanalista são os devaneios de seu paciente, ou seja: nos seus desejos, suas angústias, seus sonhos e fantasias. As experiências do paciente, em sua vida diária e sua história, também são analisados e levados em consideração. Ao escutar o paciente, o psicanalista – no método de Associação Livre –, procura sempre manter uma postura de total imparcialidade, como se não fizesse parte do ambiente onde o analisado está sendo escutado; em suma, como se não estivesse lá.
Uma outra contribuição fundamental de Freud para a psicanálise foi a chamada descoberta do inconsciente, que já havia sido estudado anteriormente, em outro sentido, por Hegel e Leibniz. A partir desta descoberta, Freud iniciou sua jornada, a qual resultaria num completo desbravar do inconsciente humano.
Esse conjunto de descobertas e técnicas empregadas por Freud é um resumo da psicanálise em seus primórdios.
Ao longo do Século XX diversas correntes dissidentes do pensamento freudiano surgiram.
As mais importantes discordâncias da abordagem freudiana partiram de C. G. Young e Alfred Adler, que foram dois grandes expoentes da psicanálise no início do Século XX. Acrescente-se que Young foi o primeiro presidente do Instituto Internacional de Psicanálise.
Alguns outros importantes psicanalistas também que se opunham à linha freudiana, tais como Otto Rank, Whilhelm Reich e Erich Fromm. No entanto, a teoria psicanalítica de Freud foi o alicerce de toda uma tradição de investigações científicas envolvendo o campo da psicoterapia, o inconsciente e o refinamento da prática clínica.
A partir do pensamento, obra e prática destes nomes, podemos obter um resumo da psicanálise ao longo dos anos.
Referências Consultadas
FRENKEL-BRUNSWIK, E. (1954). Significado dos conceitos psicanalíticos e confirmação das teorias psicanalíticas. Scientific Monthly, 79.
JONES, E. (1953). Vida e obra de Sigmund Freud (vol. 1). Nova York: Livros Básicos.
SKINNER, B. F. (1953). Ciência e comportamento humano. Nova York: Macmillan.
SKINNER, B. F. (1956). Uma crítica dos conceitos e teorias psicanalíticas. Em H. Feigl & M. Scriven (Eds.). Os fundamentos da ciência e os conceitos de psicologia e psicanálise (pp. 77-87). Minneapolis (MN): Universidade de Minnesota Press, Col. Minnesota Estudos na Filosofia da Ciência, vol. 1. (Trabalho original publicado em 1954)

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