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Sequência Didática: Conto Popular Objetivos: Compreender as características gerais de um conto popular; Reconhecer a função social de vários gêneros literários; Fazer a reescrita de um conto popular; Aprofundar estudos sobre elementos coesivos, ortográficos e estruturais em um texto; Etapa 1: Apresentação da situação inicial: O professor irá selecionar textos de diferentes gêneros já vistos pelos alunos no 4º ano e nos anos anteriores. (Convite, Carta, Verbete, Bilhete, Poema, Notícia, Lenda, Diário, Parlenda, Receita) Anexo 1 e juntamente com estes gêneros adicionar um Conto popular para que os alunos façam uma atividade de diferenciá-los pelas suas características. Durante esta atividade o professor irá discorrer sobre as semelhanças entre os gêneros, contexto de produção e lugares de circulação para que assim os alunos consigam compreender as características mais evidentes do conto popular. Etapa 2: Aumentar o repertório dos alunos sobre o gênero a ser estudado Com o objetivo de repertoriar os alunos para a produção inicial, o professor irá trazer contos populares (Anexo 2). O professor irá fazer a leitura desses contos e ao final os alunos escolherão qual eles irão preferir para fazer uma reescrita prestando atenção aos detalhes da narrativa e o desenvolvimento do enredo. Etapa 3: Produção inicial Após as apresentações dos contos para a turma, será iniciada a reescrita. Esta atividade será utilizada como produção inicial, e a partir dessas produções é que o professor irá redirecionar o tipo de análise linguística necessária para a sua turma no decorrer da sequência. Após a produção inicial cada professor irá analisar quais as necessidades prioritárias de sua turma no que diz respeito à análise linguística e estrutural dos textos. As demais etapas da Sequência didática serão elaboradas após a correção das produções iniciais feitas pelo professor. No semanário da próxima semana irão constar os tipos de atividades a serem elaboradas. Anexo 1: textos para atividade de apresentação da situação inicial paz Significado de Paz substantivo femininoCalma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.Sossego; em que há silêncio e descanso.Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.[Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.[Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis. Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles... Cães, gatos, peixes, passarinhos: gasto médio com pets no Brasil vai de R$ 17 a R$ 425 por mês, aponta estudo Levantamento do Instituto Pet Brasil considera custos de alimentação, vacinas, vermifugações, consultas veterinárias, acessórios, entre outros. Zelador da Zona Leste de São Paulo conta que já gastou R$ 1 mil por mês com passarinhos. Por Clara Velasco, G1 29/09/2019 06h00 Atualizado há 5 horas Está pensando em adotar um bichinho? É melhor começar a se planejar. Levantamento do Instituto Pet Brasil mostra que os gastos médios mensais com os pets podem variar de R$ 17,38 a R$ 425,24 a depender do animal escolhido no Brasil. O levantamento, obtido pelo G1, considera os gastos com alimentação básica (calorias diárias ingeridas com ração considerada "standard", ou seja, com uma classificação mediana no mercado), vacinação, antipulgas, vermifugação, consultas periódicas no veterinário, banho, tosa e, em alguns casos, viveiros e aquários. O gasto médio para cães é de R$ 342,20, mas esse valor pode subir para R$ 425,24 se o animal for de grande porte (ou seja, tiver mais de 26 kg) ou cair para R$ 274,37 se for de pequeno porte (até 10 kg). Já para os gatos o custo médio é de R$ 205,94. INGREDIENTES Massa: 3 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de Chocolate em Pó NESTLÉ DOIS FRADES 1 colher (chá) de fermento em pó 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio 1 xícara (chá) de óleo 2 ovos Calda: 6 colheres (sopa) de açúcar 2 colheres (sopa) de Chocolate em Pó NESTLÉ DOIS FRADES 1 colher (chá) de raspas da casca de laranja 1 colher (chá) de manteiga MODO DE PREPARO Massa: 1 Em um recipiente, misture a farinha de trigo, o açúcar, o Chocolate em Pó DOIS FRADES, o fermento e o bicarbonato peneirados. 2 Junte o óleo, os ovos e 2 xícaras (chá) de água fervente, misturando bem. 3 Despeje a massa em uma assadeira retangular (22 cm x 33 cm), untada com óleo, e asse em forno médio-alto (200°C), preaquecido, por cerca de 25 minutos ou até que um palito, depois de espetado na massa, saia limpo. Reserve. Calda: 4 Em uma panela pequena, misture todos os ingredientes com meia xícara (chá) de água e leve ao fogo baixo, deixando ferver até obter uma calda grossa. 5 Retire do fogo e espalhe sobre o bolo ainda quente. 6 Deixe-o esfriar, corte em quadrados e sirva. A moura torta Uma vez havia um pai que tinha três filhos, e, não tendo outra coisa que lhes dar, deu a cada um uma melancia, quando eles quiseram sair de casa para ganhar a sua vida. O pai lhes tinha recomendado que não abrissem as frutas senão em lugar onde houvesse água. O mais velho dos moços quando foi ver o que dava a sua sina, estando ainda perto da casa, não se conteve e abriu a sua melancia. Pulou de dentro uma moça muito bonita dizendo: “Dai-me água, ou dai-me leite.” O rapaz não achava nem uma coisa nem outra, a moça cahiu para trás e morreu. O irmão do meio, quando chegou a sua vez, se achando não muito longe de casa, abriu também a sua melancia, e saiu de dentro uma moça ainda mais bonita do que a outra; pediu água ou leite, e o rapaz não achando nem uma coisa nem outra, ela cahiu para trás e morreu. Quando o caçula partiu para ganhar a sua vida foi mais esperto e só abriu a sua melancia perto de uma fonte. No abri-la pulou de dentro uma moça ainda mais bonita do que as duas primeiras, e foi dizendo: “Quero água ou leite.” O moço foi à fonte, trouxe água e ela bebeu a se fartar. Mas a moça eslava núa, e então o rapaz disse a ela que subisse num pé de árvore que havia ali perto da fonte, em quanto ele ia buscar a roupa para ela. A moça subiu e se escondeu nas ramagens. Veio uma moura torta buscar água, e, vendo na água o retrato de uma moça tão bonita, pensou que fosse o seu e pôs-se a dizer: “Que desaforo! pois eu sendo uma moça tão bonita, andar carregando água!…” Atirou com o pote no chão e arrebentou-o. Chegando em casa sem água e nem pote levou um repellão muito forte, e a senhora mandou-a buscar água outra vez; mas na fonte fez o mesmo, e quebrou o outro pote. Terceira vez fez o mesmo, e a moça não se podendo conter deu uma gargalhada. A moura torta, espantada, olhou para cima e disse: “Ah! é você, minha netinha!… Deixe eu lhe catar um piolho.” E foi logo trepando pela árvore arriba, e foi catar a cabeça da moça. Infincou-lhe um alfinete, e a moça virou numa pombinha e avoou! A moura torta então ficou no lugar dela. O moço, quando chegou, achou aquela mudança tamanha e estranhou; mas a moura torta lhe disse: “O que quer? foi o sol que me queimou!… Você custou tanto a vir me buscar!” Partiram para o palácio, aonde se casou. A pombinha então costumava a voar por perto do palácio, e se punha no jardim a dizer: “Jardineiro, jardineiro, como vai rei, meu senhor, com a sua moura torta?” E fugia. Até que o jardineiro contou ao rei, que, meio desconfiado, mandou armar um laço de diamante para prendê-la, mas a pombinha não cahiu. Mandou armarum de ouro, e nada; um de prata, e nada; afinal um de visco, e ela cahiu. Foram levá-la que muito a apreciou. Passados tempos, a moura torta fingiu-se pejada e pôs matos abaixo para comer a pombinha. No dia em que deviam botá-la na panella, o rei, com pena, se pôs a catá-la, e encontrou-lhe aquele carocinho na cabecinha, e pensando ser uma pulga, foi puxando e saiu o alfinete e pulou lá aquela moça linda como os amores. O rei conheceu a sua bela princesa. Casaram-se, e a moura torta morreu amarrada nos rabos de dois burros bravos, lascada pelo meio. Anexo 2 ( Contos para serem lidos e feito a reescrita) Toco Preto e Melancia, um conto novelesco Era uma vez um homem que vivia com a mulher e as filhas. Uma de suas filhas se apaixonou por um rapaz que morava nas redondezas. Pelo fato de o moço ser tropeiro, o pai dela não permitia o casamento, alegando que ele viajava muito e não parava em casa. Ela respondeu que ele viajava para ganhar a vida, mas que se tratava de um bom rapaz: — Quem vai casar com ele sou eu, e não o senhor, meu pai! Como não adiantava reclamar, a moça e o rapaz começaram a namorar escondido. Um dia, combinaram um encontro na roça de mandioca do pai dela, onde tinha um toco preto no lugar de uma árvore queimada. Ele disse: — Nós vamos nos encontrar toda semana no dia tal. E assim foi feito: eles se encontravam para conversar sem o pai da moça saber. De noite, ela dizia que ia à casa da vizinha e, desviando do caminho, ia ao encontro dele. O namorado, então, fez essa proposta: — Vamos nos tratar com outros nomes: você me chama de Toco Preto e eu a chamo de Melancia. Assim ninguém vai desconfiar. O casal continuava a se encontrar nos dias marcados. Mas, depois do último encontro, ele ficou um ano sem vir, viajando com sua tropa. Nesse espaço de tempo, apareceu um moço chamado Antônio de Zé Moreira que queria casar com Melancia. A moça disse aos pais: — Ele é muito bom, mas não para casar comigo. — Mas, depois de pensar que já fazia um ano sem ver o seu amado, resolveu aceitar o casório. O casamento foi marcado no mesmo dia em que se davam os encontros entre Toco Preto e Melancia. Quando Toco Preto retornou da viagem, ficou sabendo do casamento de sua amada. Então ele disse: — Não tem nada, não. — E chamou um empregado, dizendo: — Vai na casa da moça que está se casando e faça tudo o que eu mandar. — E passou todas as informações para o empregado. A festa rolava solta com os noivos no salão. Naquilo, chegou um homem e começou a jogar uns versos que diziam: Lá na serra da Taquara Desceu hoje um cachorrinho Tomando sol pela testa E vento pelos ouvidos. Lá no toco preto, ingrata, Eu deixei o seu gemido. E o homem continuou dançando e cantando: — Samba pra trás, rapaziada! Samba pra trás, rapaziada! — enquanto jogava os versos. Mas Melancia só ouvia, sem desconfiar do que se tratava: Oh! que moça tão bonita Tão custosa a desconfiar. Minhas avistas, Melancia. Toco Preto está no lugar! Bastou ele cantar estes versos para ela entender tudo. Pediu licença à madrinha, dizendo que ia se deitar um pouquinho para descansar. Em casa, chamou uma empregada que lavava a louça, e disse: — Ana, pegue uma lata, coloque uma galinha cheia e um lombo com farofa, feche-a e ponha numa sacola e traga para mim, rápido! As outras empregadas pensaram que era presente para alguém na festa. Com toda cautela, Melancia saiu pelos fundos com a empregada Ana. Na estrada para a roça, tinha uma porteira. Ana segurou-lhe o vestido para não se sujar e as duas seguiram viagem. Quando chegaram na roça de mandioca, no toco onde se davam os encontros, o rapaz que jogou os versos já as esperava. Toco Preto ordenou, então, ao empregado que pegasse os cavalos, que estavam arreados. Montaram rapidamente e tocaram viagem para a terra de Toco Preto.Na festa, quando deram por falta da noiva, a mãe perguntou à madrinha: — Cadê Ana? — Está na cozinha lavando louça! — E minha fi lha? — Ah, ela foi se deitar um pouco porque estava cansada, mas já faz um bocadinho. A mãe resolveu, então, ir ao quarto procurar a fi lha, mas não a encontrou. Na cozinha, soube que ela e Ana saíram com uma sacola, e que já fazia um tempinho. Desta forma, Melancia saiu para encontrar-se com seu Toco Preto e deixou noivo, festa e todos para trás. A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO ________________________________________ Histórias de Pedro Malasarte Vendo-se apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono da pensão, Malasarte saiu, naquela manhã, bem cedo, para ganhar a vida. Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a cera que arranjara. Não demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas. Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se curioso, perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou: — Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra terra e tô pensando em levar a árvore, apesar de todo o trabalho que vai me dar. — Não me diga isto, sô! — É o que eu lhe digo, patrão! — Diacho! Se lhe vai dar tanto trabalho... E o boiadeiro propôs comprar a árvore encantada. Malasarte, depois de muitas negaças, fechou negócio trocando a árvore pelos boizinhos; em seguida, bateu pé na estrada, vendendo-os na vila por um bom preço. O boiadeiro mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daqueles anos até hoje, está esperando ela dar moedas de vinténs.