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Orientações para Constituição de empresas

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CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 
 CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Orientações para Constituição de empresas
Tipificação Societária
Enquadramento Social
Contrato Social
Receita Federal Do Brasil
Prefeitura Municipal
Secretaria Estadual da Fazenda 
 Rio de Janeiro – RJ
 2018.1
SUMÁRIO
1-Introdução	6
2-Tipificação Societária	7
2.1.1 Enquadramentos de Porte e Tipos Societários – As escolhas de uma empresa.	7
2.1.2 Abertura	9
2.1.3 ME – Benefícios para crescer e aparecer	9
2.1.4 EPP – Estou crescendo mas ainda preciso de ajuda	10
2.1.5 Escolhido o porte da empresa, vamos aos Tipos Societários:	11
2.1.6 EI – A forma mais simples de empreender sozinho	11
2.1.7 EIRELI – Sozinho sim, mas com responsabilidade limitada ao Capital	12
2.1.8 Sociedade – O papel da Limitada e da S.A.	13
2.1.9 Sociedade Limitada – LTDA	13
2.1.10 Sociedade Anônima – AS	14
2.1.11 Observação	14
3-Enquadramento Fiscal	15
3.1 Simples Nacional	15
3.2 Lucro Real	16
3.3 Lucro Presumido	17
4. Contrato social	19
4.1 O que é um Contrato Social?	20
4.1.1 Quais são as cláusulas obrigatórias do Contrato Social?	21
4.1.2 Denominação da empresa	21
4.1.3 Tipo da empresa	21
4.1.4 Qualificação dos sócios	21
4.1.5 Prazo de duração da sociedade	21
4.1.6 Objeto social	21
4.1.7 Sede	22
4.1.8 Capital Social	22
4.1.9 Administração da sociedade	22
4.1.10 Direito e obrigações dos sócios	23
4.1.11 Participação dos sócios em perdas e lucros da empresa	23
4.1.12 O Contrato Social deve ser abrangente e completo	23
4.1.13 Assessoria jurídica é necessária	24
4.1.14 Aspectos gerais	24
4.1.17 Corpo do contrato social	25
4.1.18 Cláusula de regência supletiva pelas normas da sociedade anônima	28
4.1.19 Reunião por teleconferência	28
4.1.20 Fecho do contrato social	29
4.1.21 Capacidade para ser sócio	30
4.1.22 Impedimentos para ser sócio	31
4.1.23 Procurações	31
4.1.24 Direitos e obrigações dos sócios	32
5. Receita Federal Do Brasil	33
5.1 Principais funções	34
5.2 Organização funcional	36
5.2.1Auditores-Fiscais	36
5.2.2 Analistas-Tributários	37
5.3 Estrutura	37
5.4 Contas públicas	39
5.4.1 Arrecadação	39
5.5 Conceito e finalidades quanto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)	39
5.6 Relação de documentos e procedimentos para o registro	40
5.6.1 São documentos do CNPJ:	42
5.6.2 Unidades Cadastradoras	43
6.Prefeitura Municipal- Conceito e finalidade quanto à inscrição municipal	44
6.1 Relação de documentos e procedimentos para o registro	44
7. Secretaria Estadual da Fazenda (SEF)- Conceito e finalidade quanto à inscrição estadual	45
7.1 Relação de documentos e procedimentos para o registro	46
1-Introdução
Caracteriza-se empresa a pessoa jurídica, constituída de um ou mais empresários, sócios ou acionistas, visando o lucro.
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (artigo 966 do Código Civil).
Os sócios ou acionistas podem ser tanto empresários (pessoa física), quanto outras empresas (pessoa jurídica).A constituição de uma empresa obriga que seus atos constitutivos sejam registrados no Registro do Comércio ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Quando dois ou mais empresários ou sócios constituem uma empresa, esta denomina-se "sociedade". Quanto somente um empresário a constitui, denomina-se "empresa individual".
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada para o exercício de empresa
2-Tipificação Societária
A legislação civil empresarial do país tem se modernizado bastante, e vem oferecendo cada vez mais ótimas possibilidades para a formalização de negócios e incentivos para os empreendedores.
Para os gestores que querem lançar novas idéias no mercado, empresariado e profissionais de contabilidade, é essencial entender as diferenças entre cada enquadramento empresarial.
Isso porque há vantagens e regras bem diferentes para cada tipo de pessoa jurídica, e só será possível aproveitá-las ao máximo a partir da adequada compreensão das características e da idéia por trás de cada espécie empresarial.
Com intenção de facilitar o uso diário dos tipos empresariais, existem algumas siglas, entre elas MEI, EI, ME, EPP, EIRELI, LTDA e S.A.
2.1.1 Enquadramentos de Porte e Tipos Societários – As escolhas de uma empresa.
A primeira coisa que precisa ficar claro ao empreendedor é que cada empresa tem um conjunto de escolhas, é necessário escolher um Tipo Societário + Enquadramento de Porte + Enquadramento Tributário.
Falaremos sobre Enquadramentos de Porte, ou seja, MEI, ME e EPP, e os Tipos Societários, ou seja, EI, EIRELI, LTDA e S.A.
Desde a publicação do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que criou o Simples Nacional, temos os Enquadramentos de Porte. Eles classificam as micros e pequenas empresas para poder beneficiar os empreendedores. Por isso é comum confundir o ME e EPP com o Simples Nacional, pois essa classificação permite escolher o enquadramento, mas é possível ser ME e EPP e optar pelo Lucro Presumido, por exemplo.
Já os Tipos Societários ou Natureza Jurídica determinam como é organizada a Empresa em torno de seus sócios e a responsabilidades deles com o Negócio. Neste ponto temos o EI, EIRELI, LTDA e S.A. (que são os mais comuns).
Destas siglas todas, a única que você escolhe direto todas as opções é o MEI, pois ele classifica o porte, determina a forma de tributos e ainda só é possível no Tipo Societário EI (Empresário Individual).
Esta é a sigla para o Microempreendedor Individual. Trata-se de uma empresa individual, voltada para a formalização das pessoas que trabalham por conta própria.
Essa é uma excelente forma de iniciar um negócio, enfrentar pouca burocracia inicial, e ganhar tempo para crescer e se organizar, pois a vida de empresário é difícil.
O tipo foi criado pela Lei Complementar nº 123/2006, devendo ter faturamento anual de até R$60 mil, sendo que esse limite será de R$ 81 Mil em 2018. Esse limite é proporcional ao número de meses de atividade, portanto se você abrir, por exemplo, a empresa no meio do ano, o limite será de apenas R$ 30 mil.
O empresário que adotar o MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Em contrapartida, pode ter um empregado que receba salário-mínimo ou o piso da categoria.
2.1.2 Abertura
A abertura da empresa e o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) são efetuados rapidamente — tudo pela internet. Há diversas vantagens tributárias, com pagamentos mensais fixos e baixos, além de acesso a específicos benefícios previdenciários.
Um pergunta comum é: “Quanto de imposto se paga no MEI?” Como medida de redução da burocracia, o MEI paga uma Guia de Valor Fixo Mensal, sendo:
MEI de Comércio: R$ 47,85,
MEI de Serviço: R$ 51,85 e,
MEI de Comércio e Serviço na mesma empresa paga o valor de: R$ 52,85.
O MEI é uma excelente forma de iniciar a sua empresa se o faturamento for inferior ao limite.
Além disso é importante mencionar que o MEI é um Empresário Individual (EI), portanto, quando ele desenquadra desta classificação e passa a ser um ME ele continua com o Tipo Jurídico EI.
2.1.3 ME – Benefícios para crescer e aparecer
ME é a sigla para Microempresa, ou seja, empreendimentos que visam o lucro e que apresentam um faturamento anual de até R$360 mil.
Sua formalização deve ser feita na Junta Comercial. O primeiro benefício e o mais visível é poder optar pelo enquadramento tributário do Simples Nacional. Mas é importante fazer o Planejamento Tributário, pois podeser que no Lucro Real ou Lucro Presumido a empresa, mesmo sendo ME, pague menos impostos.
A legislação brasileira assinala como requisito ao enquadramento como ME (e também como EPP) simplesmente o faturamento da empresa.
Nesse sentido, apesar de em geral, ter menos funcionários do que uma corporação de grande porte, não é a quantidade de empregados ou o capital social, por exemplo, que vai ditar se o tipo empresarial será ME ou EPP. Essa é uma dúvida muito comum, inclusive.
Somente como reforço, os únicos tipos de empresas que podem se enquadrar no Simples Nacional são as MEs e EPPs. Mas uma ME EPP pode escolher Lucro Presumido ou Real.
Você sabe a diferença entre os enquadramentos tributários Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real? Conheça aqui.
2.1.4 EPP – Estou crescendo mas ainda preciso de ajuda
As empresas que tenham faturamento anual no limite de R$3,6 milhões podem ser registradas como Empresas de Pequeno Porte, cuja sigla comum é EPP. Em 2018 esse limite será alterado para R$ 4,8 Milhões.
A formalização e o enquadramento tributário seguem as mesmas indicações da Microempresa. Sua legislação é a Lei Complementar nº 139/2011, a mesma do ME.
Cada uma destas siglas confere a sua empresa um tratamento perante o fisco e a legislação. Para se ter um exemplo as empresas ME e EPP são dispensadas da contratação de Jovem Aprendiz e podem ser beneficiadas em licitações públicas.
Caso sua empresa não esteja enquadrada como ME e EPP e fature dentro dos limites previstos, basta regularizar a situação na Junta Comercial do seu Estado. Portanto, na hora de realizar o melhor enquadramento da empresa e garantir o seu investimento é importante contar com ajuda especializada de um Contador.
2.1.5 Escolhido o porte da empresa, vamos aos Tipos Societários:
Pronto, já vimos os portes da empresa, como o MEI, o ME e o EPP. Escolhido este ponto vamos ao Tipo Societário.
2.1.6 EI – A forma mais simples de empreender sozinho
O Empresário Individual, abreviado frequentemente como EI, se diferencia pelo fato de não ter sócios. Antes de surgir o EIRELI era a única forma de empreender sem estar em uma sociedade empresarial.
Esse é um Tipo Societário em que a pessoa física se coloca como titular da empresa e responde de forma ilimitada pelos débitos do negócio, de maneira que os patrimônios de empresa e empresário se misturam.
Assim, se por um problema a empresa ficar devendo na praça, o sócio poderá ser acionado com os bens pessoais para pagar a dívida.
O EI também é o Tipo Societário que mais enquadramentos de Porte pode ter, ele poderá se MEI, ME, EPP ou ainda sem enquadramento.
Um ponto de atenção importante é que o Empresário Individual e que opte pelo Simples Nacional não pode ter como atividade a seção de mão de obra sobre o risco de ser desenquadrado. Isso é para evitar a PEJOTIZAÇÃO.
2.1.7 EIRELI – Sozinho sim, mas com responsabilidade limitada ao Capital
Assim como o EI, o EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) é um tipo Societário. Mas ao contrário do Empresário Individual, a Eireli responde somente sobre o valor do capital social da Empresa. Ou seja, de forma limitada o que confere uma autonomia patrimonial da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica.
Embora tenha vantagens comparado ao EI, o principal entrave é ser necessário um capital social mínimo de 100 vezes o salário mínimo vigente.
É possível o EIRELI se enquadrar como ME e EPP e solicitar o enquadramento no Simples Nacional. Isso além de poder escolher os outros enquadramentos tributários.
O EIRELI, embora seja individual possui um Contrato Social para a Empresa assim como é a LTDA, e pode definir uma Razão Social que não seja igual ao nome do proprietário.
Mas atenção! Por ser vantajoso para o empresário abrir uma empresa individual com a responsabilidade limitada, muitos estão fazendo sem a integralização de todo o Capital necessário, assim, descumprindo esta regra o empresário, no caso de débitos, poderá ter descaracterizada o tipo Societário e assim responder com seus pessoais e deixar de fazer sentido a escolha pelo EIRELI.
2.1.8 Sociedade – O papel da Limitada e da S.A.
Mais antiga que as formas de empreender sem sócios estão as Sociedades Limitada (LTDA) e a Sociedade Anônima.
2.1.9 Sociedade Limitada – LTDA
A Sociedade Limitada é a empresa formada por dois ou mais sócios que atuam de forma limitada ao Capital Social da empresa. Seja para isso no seu bônus, ou seja a distribuição dos lucros, seja no ônus, no pagamento de dívidas e débitos.
O Capital Social da empresa deve ser totalmente integralizado, por isso, todos os sócios são responsáveis. A empresa é divida em quotas de acordo com o volume de recursos que os sócios colocaram na empresa e essa participação que define o “tamanho” da responsabilidade. Os acordos desta relação societária estão dispostos no Contrato Social que é registrado na Junta Comercial.
2.1.10 Sociedade Anônima – AS
Já em uma Sociedade Anônima, que costuma ter custo de registros e obrigações maiores que o Limitada. A empresa é divida em ações ao invés de quotas e o documento que estabelece ela é um Estatuto. Esse tipo societário é muito escolhido quando se quer facilitar a troca dos sócios de forma mais ágil, como em startups quando conseguem investimento de Capital de Risco.
2.1.11 Observação
O ideal sempre é conversar com o seu contador para definir todos os enquadramentos da empresa, ele poderá te orientar sobre os caminhos mais vantajosos para o seu negócio.
É importante lembrar que são várias escolhas, com um Tipo Societário, um Enquadramento de Porte e um Enquadramento Tributário, portanto o contador poderá orienta-lo melhor.
Mas, para facilitar, abaixo segue um quadro resumo com os tipos societários e enquadramentos tributários para a empresa.
3-Enquadramento Fiscal
3.1 Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime de impostos criado em 2006 como o objetivo de simplificar o pagamento de tributos por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) além de dar o tratamento diferenciado para essas empresas.
Ele reúne todos os tributos de uma empresa em uma única guia denominada Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), nela estão o IRPJ, o CSLL, o PIS, o COFINS, o IPI, o CPP, o ISS e o ICMS.
Podem adotar esse sistema empresas com Receita Bruta de até R$ 3,6 milhões. Além do benefício de recolher através da Guia Única – DAS, as empresas enquadradas como ME ou EPP possuem outros benefícios como preferência desta modalidade em desempate de licitações e não ter a obrigatoriedade de contrata Jovem Aprendiz, sendo este último facultativo.
A tributação é determinada de acordo com a Atividade Econômica e o anexo de enquadramento no Simples, são 6 anexos que possuem alíquotas de 4,5% à 16,93%, por isso ter um contador pode ser muito importante na abertura e entendimento da tributação. Se sua empresa possui receita bruta superior a R$ 3,6 milhões, ela não poderá ser enquadrada no Simples Nacional. Você precisará, então, optar pelo Lucro Presumido ou Lucro Real.
Não é regra, mas normalmente o Simples Nacional possui favorabilidade para as empresas de comércio com venda direta ao consumidor.
O atividade de comércio atacadista ou a indústria no Simples Nacional normalmente é prejudicada pela transferência limitada de crédito de imposto.
Abaixo segue um perfil de empresa com vantagens nos Simples Nacional:
Empresas com margens de lucros médias e altas;
Com custos operacionais baixos;
Ter uma boa participação das despesas com folha salarial;
Transacionar mercadorias não beneficiadas por redução da base de cálculo do ICMS
Não ter mercadorias no regime de Substituição Tributária
Seus consumidores serem clientes finais.
3.2 Lucro Real
Algumas empresas são obrigadas a optar pelo regime de Lucro Real por causa da atividade que exercem (como instituições financeiras, por exemplo) ou por possuírem receita bruta superior a R$ 78 milhões.
Empresas que adotam o Lucro Real devem calcular o PIS e a COFINS de 9,25% sobre o faturamento,no chamado regime não cumulativo.
Desse valor, a empresa pode descontar créditos calculados com base em diversos fatores, como consumo de energia elétrica.
A tributação do IRPJ e do CSLL são determinadas pela apuração do Lucro Líquido da Empresa de forma periódica, sendo assim o valor de apuração pode variar de acordo com os resultados da empresa, podendo até a empresa ficar sem ter apuração a pagar para o Governo, se ela apurar um prejuízo no exercício.
É importante mencionar que no Lucro Real as empresas possuem alguns custos adicionais de operação, pois precisam manter um controle contábil financeiro adequado e possuem mais informações a transmitir ao fisco.
O Lucro Real normalmente é vantajoso para empresas com reduzidas margens de lucro ou com prejuízo, tais como, grandes indústrias ou empresas que possuem muitas despesas como matéria prima, energia elétrica e alugueis, pois estas recebem crédito de PIS/COFINS no regime não cumulativo, além de calcular o IRPJ e CSLL sobre a baixa margem de lucro. Normalmente o perfil destas empresas é:
Margens de lucro baixa ou prejuízo;
Custos de operação alto com alugueis, fretes, matéria prima e energia elétrica;
Transacionar com mercadorias com redução da base de cálculo (incentivo fiscal);
Possuir mercadorias no regime de Substituição Tributária;
Ter faturamento acima de R$ 78 Milhões.
3.3 Lucro Presumido
Para as empresas que adotarem o regime do Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) têm por base uma margem de lucro pré-fixada pela lei.
Essa foi uma forma de simplificar a apuração destes dois impostos.
Desta forma, mesmo que a empresa tenha obtido uma margem de lucro maior, a tributação recairá apenas sobre a margem pré-fixada.
Mas, atenção: se a margem de lucro efetiva for inferior à pré-fixada, os impostos serão calculados sobre a margem presumida.
As margens de lucro presumidas são basicamente 8% para atividades industriais e de comércio, e 32% para atividades de serviços, existem algumas exceções, por isso é muito importante consultar um contador.
Há com relação ao PIS e COFINS eles são calculados de forma cumulativas, ou seja, as compras da empresa não geram
abatimentos destes impostos e a alíquota somada é de 3,65% sobre o faturamento.
O Lucro Presumido pode ser vantajoso para empresas que possuam Margens de Lucro superiores as da presunção, que tenham poucos custos operacionais, e que tenham uma folha salarial baixa, ainda assim é necessário verificar se o Simples Nacional não oferece maior vantagem comparado a este enquadramento.
Abaixo um perfil médio das empresas do Lucro Presumido.
Margens de lucro acima dos limites de presunção;
Poucos custos operacionais;
Pouca participação nas despesas de folha salarial
Transacionar com mercadorias com redução da base de cálculo (incentivo fiscal);
Possuir mercadorias no regime de Substituição Tributária;
Ter o faturamento até R$ 78 Milhões.
Uma decisão precipitada do empreendedor sem o devido planejamento pode acarretar a recolhimentos de impostos desnecessários.
4. Contrato social
O Contrato Social tem a finalidade de registrar legalmente o funcionamento de uma empresa. é muito importante para qualquer empresa.Sabemos que, para abrir uma empresa, é preciso passar por diversas etapas obrigatórias. E o Contrato Social é a primeira delas. Este documento é essencial e pode ser a fonte de muitos problemas, caso não seja realizado.
No Contrato Social, é importante que sejam definidos o objetivo e o ramo da empresa, além dos aspectos societários e das informações do Capital Social.
É um processo burocrático e um pouco trabalhoso, porém garante segurança ao empreendedor. Mas você sabe o que é o Contrato Social e quais são suas principais cláusulas?
4.1 O que é um Contrato Social?
Para chegar nesse atual sistema burocrático de validação empresarial, Contrato Social foi um conceito desenvolvido por
diversos autores, mas principalmente no livro homônimo de Jean-Jacques Rousseau, filósofo e teólogo político suíço.
Assim como ele, outros escritores como Thomas Hobbes e John Locke desenvolveram teorias com o intuito de explicar o que levou a sociedade a formar regras e manter a ordem social.
O Contrato Social está para uma empresa como a Constituição está para um país, ou uma certidão de nascimento está para um cidadão. Ele é o documento constitutivo que dá origem à empresa e diz como ela vai funcionar. É um documento que possui informações da pessoa jurídica.
Também diz qual é o tipo de estrutura societária, como será distribuído e utilizado seu patrimônio, quem são seus sócios, entre outras informações essenciais para o cotidiano do negócio.
É a partir dele, também, que a pessoa jurídica poderá ser cadastrada no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e iniciar suas atividades de forma legalizada.
4.1.1 Quais são as cláusulas obrigatórias do Contrato Social?
O Código Civil nacional determina as cláusulas obrigatórias para todos os contratos sociais. São elas:
4.1.2 Denominação da empresa
É a sua razão social. É importante diferenciar a razão social, que é o nome que a empresa adota em relação ao CNPJ e a todas as atividades fiscais e jurídicas que realiza, do nome fantasia, que é o nome através do qual a empresa é apresentada aos consumidores.
 4.1.3 Tipo da empresa
Deve-se especificar se ela é um destes tipos: limitada, anônima, optante pelo Simples Nacional, MEI, Eireli e empresário individual.
4.1.4 Qualificação dos sócios
É preciso que a qualificação dos sócios da empresa esteja completa. Ela deve conter nome, nacionalidade, estado civil, profissão, número da carteira de identidade, número do CPF, data de nascimento e endereço residencial.
4.1.5 Prazo de duração da sociedade
Prazo ao longo do qual a empresa atuará, mas nada impede que seja prorrogado.
4.1.6 Objeto social
É a descrição das atividades que serão exercidas pela empresa. Esta cláusula é muito importante, pois definirá a atividade da
pessoa jurídica, de modo que não poderá atuar além do que prevê seu Contrato Social. Lembrando que, para cada atividade realizada pela empresa, será necessária a obtenção da sua respectiva licença perante os órgãos públicos.
 4.1.7 Sede
É o endereço da empresa. Caso haja filiais, essas também deverão ser incluídas neste item.
4.1.8 Capital Social
É o valor base para execução de todos os atos da empresa. Esse valor é integralizado pelos seus sócios, na proporção de suas quotas. A integralização e a divisão de quotas entre os sócios da empresa também deverão constar no contrato social.
4.1.9 Administração da sociedade
Toda empresa deve nomear um administrador. Ele pode ser um de seus sócios ou um administrador designado especificamente para essa função.
Nessa cláusula, também deverão ser apresentadas todas as obrigações e deveres do administrador, incluindo a limitação de seus poderes para representar a empresa em suas atividades.
4.1.10 Direito e obrigações dos sócios
É um item essencial e de interesse dos sócios. Através dele, serão formalizadas as regras que irão reger a sua relação dentro da sociedade.
4.1.11 Participação dos sócios em perdas e lucros da empresa
Nesse item também poderá ser feita a determinação do pró-labore dos sócios, que é uma espécie de remuneração por sua participação.
Além das cláusulas obrigatórias, é recomendado que as empresas incluam no Contrato Social, outras disposições que asseguram direitos e deveres dentro da sociedade:
Possibilidade de cessão de quotas dos sócios e quais são as regras para a sua realização;
Procedimentos para falecimento dos sócios;
Quórum mínimo para votações;
Foro ou arbitragem.
4.1.12 O Contrato Social deve ser abrangente e completo
Um Contrato Social que esteja completo e abrangente possui menos chances de haver dúvidas de interpretação, disputas judiciais, desentendimento entre sócios e má administração da empresa.
Além disso, fica mais fácil compreender o papel de cada pessoa em relação à empresa,bem como impedir eventuais controvérsias, já que o Contrato Social estabelece a estrutura da empresa e contém todos os seus objetivos.
4.1.13 Assessoria jurídica é necessária
É sempre bom contar com uma Assessoria Jurídica ou Contábil para auxiliar na elaboração do Contrato Social. Se você ainda tem dúvidas de como fazer esse documento, evite pegar um modelo qualquer para seguir.
É importante entender o que deve constar no documento, dando total atenção a ele. Todas as cláusulas devem estar de acordo com o ordenamento jurídico em vigor e o documento final deve ser assinado por um advogado.
Portanto, se você deseja empreender ou já está empreendendo, mas sua empresa ainda não está formalizada, procure um advogado especializado e elabore um bom contrato social que estabeleça regras, limites e que garanta a proteção da sua empresa e dos sócios
 4.1.14 Aspectos gerais
Na elaboração do contrato social devem ser observadas ainda as disposições relativas a:
denominação social (Sisorf 6.1.30.30);
objeto social (Sisorf 6.1.30.40);
capital social (Sisorf 6.1.30.80);
órgãos contratuais (Sisorf 6.1.30.120);
aspectos formais das sociedades limitadas.
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem 
-           endereço (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP, se no Brasil);
b)    sócio pessoa jurídica com sede no Brasil:
-           nome empresarial;
-           qualificação do titular ou representante conforme alínea “a”;
-           endereço da sede (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP);
-           Número de identificação do Registro de Empresa – NIRE ou número de inscrição no cartório competente;
-           CNPJ;
sócio pessoa jurídica com sede no exterior
d)    quanto à participação de estrangeiros residentes e domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior, devem ser observado o contido na Instrução Normativa DREI nº 34, de 2017;
e)    no caso de condomínio de quotas, deve ser qualificado o representante do condomínio e indicada a sua qualidade de representante dos condôminos (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.10.3).
4.1.17 Corpo do contrato social
O corpo do contrato social deve contemplar, obrigatoriamente, o seguinte (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.4):
a)    nome empresarial;
b)    capital da sociedade, expresso em moeda corrente, quota de cada sócio, forma e prazo de sua integralização (Sisorf 6.1.30.80);
c)    endereço da sede, bem como endereço completo das filiais, quando houver;
d)    objeto social, observadas as disposições do Sisorf 6.1.30.40;
e)    prazo de duração da sociedade;
f)    data de encerramento do exercício social;
g)    identificação das pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, seus poderes e suas atribuições, quando estas
forem nomeadas no contrato. Caso não haja nomeação dos administradores no contrato, deverá constar neste que os administradores serão nomeados em ato separado, observado que:
I -        não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa: condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, o sistema financeiro, as normas de defesa da concorrência, as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.8, “c”);
II -      devem ser observadas as normas próprias para administradores, destacando-se o seguinte:
-     a administração da sociedade deve ser exercida por uma ou mais pessoas designadas no contrato ou em ato separado. Quando o administrador for nomeado em ato separado, este deverá conter seus poderes e suas atribuições. (IN 38/2017, do
DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, itens 1.2.13.1 e 1.2.13.2);
-       a pessoa jurídica não pode ser administradora (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.8, “b”);
-       o administrador estrangeiro deverá ter visto permanente e não estar enquadrado em caso de impedimento para o exercício da administração (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.13.4);
-       é facultada a criação de conselho de administração na sociedade empresária limitada (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.13.5);
-       não poderão ser atribuídos poderes de administração à pessoa menor de dezesseis anos e à relativamente incapaz  (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.8, “a” e “b”);
h)    qualificação do administrador não sócio, designado no contrato (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.4, “h”);
i)     participação de cada sócio nos lucros e nas perdas, não sendo permitida a exclusão de sócio na repartição (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, itens 1.2.4, “i”, e 1.2.14);
j)     foro ou cláusula arbitral: indicar o foro para o exercício e o cumprimento dos direitos e das obrigações resultantes do contrato – artigo 53, inciso III, alínea “e”, do Decreto nº 1.800, de 1996 – ou indicar a eleição do juízo arbitral para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis (Lei 9.307/1996, art. 1º; Código Civil, art. 853).
4.1.18 Cláusula de regência supletiva pelas normas da sociedade anônima
Além dos aspectos apontados no item anterior, a instituição que adotar a forma de sociedade limitada deve fazer uso da possibilidade prevista no artigo 1.053 do Código Civil, fazendo constar no seu contrato social disposição estabelecendo a regência supletiva da sociedade pelas normas da sociedade anônima, tendo em conta ser conveniente ao interesse público que os institutos do controle societário e do acordo de acionistas sejam aplicados às sociedades limitadas, nos moldes traçados pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.795/2008, art. 7º, I).
4.1.19 Reunião por teleconferência
É admissível a inclusão, no contrato social, de dispositivo permitindo a realização de reuniões do conselho de administração e/ou diretoria por teleconferência, conference call, videoconferência ou outros meios similares de comunicação.
4.1.20 Fecho do contrato social
 Do fecho do contrato social devem constar (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.5):
local e data do contrato;
nomes dos signatários, por extenso, e respectivas assinaturas, observado que:
I -        todos os sócios, ou seus representantes, devem assinar o contrato. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida fundada de autenticidade (Decreto 9.094/2017, art. 9º; Lei 9.784/1999, art. 22, § 2º; IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.16);
II -      se o sócio for analfabeto, o contrato social, se por instrumento particular, deverá ser assinado por procurador, nomeado através de procuração passada por instrumento público, contendo poderes específicos para assinar o contrato social (Código Civil, art. 215, § 2º; IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.16.1);
III -    não há necessidade de assinaturas de testemunhas (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.5);
visto de advogado, com a indicação do nome e do número de inscrição na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei 8.906/1994, art. 1º, § 2º; IN 38/2017, do DREI, AnexoII – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.17).
Os documentos relativos à constituição e alteração de sociedades empresárias deverão estar assinados na forma da lei, sendo as demais folhas rubricadas (IN 40/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, art. 4º).
4.1.21 Capacidade para ser sócio
 Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.6):
o maior de dezoito anos, brasileiro ou estrangeiro, que estiver em pleno gozo da capacidade civil;
o menor emancipado;
o relativamente incapaz a certos atos ou à maneira de exercê-los, desde que assistidos;
o menor de dezesseis anos (absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil), desde que representado;
a pessoa jurídica nacional ou estrangeira.
 Conforme art. 1.690 do Código Civil compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os sócios menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade. É desnecessário, para fins do registro, esclarecimento quanto ao motivo da falta (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.6).
4.1.22 Impedimentos para ser sócio
Não podem ser sócios de sociedade limitada, entre si ou com terceiros, os cônjuges casados no regime da comunhão universal
 de bens, ou no da separação obrigatória. Essa restrição ao regime de casamento não se aplica às sociedades entre cônjuges constituídas antes de 11 de janeiro de 2003, data da entrada em vigor do Código Civil (Código Civil, art. 977).
4.1.23 Procurações
 A pessoa física, brasileira ou estrangeira, residente no exterior e a pessoa jurídica com sede no exterior, que participe de empresa, sociedade ou cooperativa, poderá arquivar na Junta Comercial, desde que em processo autônomo, procuração outorgada ao seu representante no Brasil, observada a legislação que rege o respectivo tipo societário, destacando-se que se presume por prazo indeterminado a procuração quando não seja indicada sua validade (IN 34/2017, do DREI, com a redação dada pela IN 40/2017).
 Quando adotado o conselho de administração, o administrador poderá ser estrangeiro ou residente no exterior, devendo, contudo, apresentar procuração outorgando poderes específicos a residente no Brasil para receber citação judicial em seu nome, nos termos do artigo 146, § 2º, da Lei nº 6.404, de 1976 (IN 38/2017, do DREI, Anexo II – Manual de Registro de Sociedade Limitada, item 1.2.13.5).
 Havendo sócio analfabeto, o contrato deve ser assinado por seu procurador, nomeado por meio de procuração passada por
instrumento público, contendo poderes específicos para assinar o contrato (Código Civil, art. 215, § 2º).
4.1.24 Direitos e obrigações dos sócios
As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais (Código Civil, art. 1.001).
A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade (Código Civil, art. 1.003).
Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas (Código Civil, arts. 1.007 e 1.008).
Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantias se distribuírem com prejuízo do capital (Código Civil, art. 1.059).
5. RECEITA FEDERAL DO BRASIL
 A Receita Federal, ou Secretaria da Receita Federal é um órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, que tem como responsabilidade a administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar no combate à elisão e evasão fiscal (sonegação), contrabando, descaminho, pirataria e tráfico de drogas e animais
A Secretaria da Receita Federal (SRF) foi criada pelo decreto nº 63.659, de 20 de novembro de 1968, substituindo a Diretoria-Geral da Fazenda Nacional, criada por Getúlio Vargas, em 1934.
Com a lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, ocorreu a extinção da Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), sendo criada a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Na ocasião o novo órgão foi apelidado pela imprensa de "Super Receita".
5.1 Principais funções
As principais funções da RFB relacionam-se com a administração tributária e aduaneira da União. Segundo o art. 15, Anexo I, do decreto 6.764, de 10 de fevereiro de 2009, compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil:
Planejar, coordenar, supervisionar, executar, controlar e avaliar as atividades de administração tributária federal, inclusive as relativas às contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social e às contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, na forma da legislação em vigor;
Propor medidas de aperfeiçoamento e regulamentação e a consolidação da legislação tributária federal;
Interpretar e aplicar a legislação tributária, aduaneira, de custeio previdenciário e correlata, editando os atos normativos e as instruções necessárias à sua execução;
Estabelecer obrigações tributárias acessórias, inclusive disciplinar a entrega de declarações;
Preparar e julgar, em primeira instância, processos administrativos de determinação e exigência de créditos tributários e de reconhecimento de direitos creditórios, relativos aos tributos por ela administrados;
Acompanhar a execução das políticas tributária e aduaneira e estudar seus efeitos na economia do País;
Dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar os serviços de fiscalização, lançamento, cobrança, arrecadação e controle dos tributos e demais receitas da União, sob sua administração;
Realizar a previsão, o acompanhamento, a análise e o controle das receitas sob sua administração, bem como coordenar e consolidar as previsões das demais receitas federais, para subsidiar a elaboração da proposta orçamentária da União;
Propor medidas destinadas a compatibilizar a receita a ser arrecadada com os valores previstos na programação financeira federal;
Estimar e quantificar a renúncia de receitas administradas e avaliar os efeitos das reduções de alíquotas, das isenções tributárias e dos incentivos ou estímulos fiscais, ressalvada a competência de outros órgãos que também tratam da matéria;
Promover atividades de cooperação e integração entre as administrações tributárias do país, entre o fisco e o contribuinte, e de educação fiscal, bem assim preparar, orientar e divulgar informações tributárias e aduaneiras;
Realizar estudos para subsidiar a formulação da política tributária e estabelecer política de informações econômico-fiscais e implementar sistemática de coleta, tratamento e divulgação dessas informações;
Celebrar convênios com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, bem como entidades de direito público ou privado, para permuta de informações, racionalização de atividades e realização de operações conjuntas;
Gerir o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF;
Negociar e participar de implementação de acordos, tratados e convênios internacionais pertinentes à matéria tributária e aduaneira;
Dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiros, inclusive no que diz respeito a alfandegamento de áreas e recintos;
Dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar o controle do valor aduaneiro e de preços de transferência de mercadorias importadas ouexportadas, ressalvadas as competências do Comitê Brasileiro de Nomenclatura;
Dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar as atividades relacionadas com nomenclatura, classificação fiscal e origem de mercadorias, inclusive representando o país em reuniões internacionais sobre a matéria;
Participar, observada a competência específica de outros órgãos, das atividades de repressão ao contrabando, ao descaminho e ao tráfico ilícito de entorpecentes e de drogas afins, e à lavagem de dinheiro;
Administrar, controlar, avaliar e normatizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, ressalvadas as competências de outros órgãos;
Articular-se com entidades e organismos internacionais e estrangeiros com atuação no campo econômico-tributário e econômico-previdenciário, para realização de estudos, conferências técnicas, congressos e eventos semelhantes;
Elaborar proposta de atualização do plano de custeio da seguridade social, em articulação com os demais órgãos envolvidos;
Orientar, supervisionar e coordenar as atividades de produção e disseminação de informações estratégicas na área de sua competência, destinadas ao gerenciamento de riscos ou à utilização por órgãos e entidades participantes de operações conjuntas, visando à prevenção e ao combate às fraudes e práticas delituosas, no âmbito da administração tributária federal e aduaneira.
5.2 Organização funcional
Funcionalmente, compõem a estrutura da Secretaria da Receita Federal do Brasil e integram a Carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal, os seguintes cargos de nível superior, segundo a Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil; e
Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.
5.2.1 Auditores-Fiscais
As atribuições dos Auditores-Fiscais, na qualidade de autoridades tributárias e aduaneiras da União, são:
Constituir, mediante lançamento, o crédito tributário e de contribuições;
Elaborar e proferir decisões ou delas participar em processo administrativo-fiscal, bem como em processos de consulta, restituição ou compensação de tributos e contribuições e de reconhecimento de benefícios fiscais;
Executar procedimentos de fiscalização, praticando os atos definidos na legislação específica, inclusive os relacionados com o controle aduaneiro, apreensão de mercadorias, livros, documentos, materiais, equipamentos e assemelhados;
Examinar a contabilidade de sociedades empresariais, empresários, órgãos, entidades, fundos e demais contribuintes, não se lhes aplicando as restrições previstas nos arts. 1.190 a 1.192 do Código Civil e observado o disposto no art. 1.193 do mesmo diploma legal;
Proceder à orientação do sujeito passivo no tocante à interpretação da legislação tributária;
Supervisionar as demais atividades de orientação ao contribuinte; e
Proceder com a execução, em caráter geral e concorrente, das demais atividades inerentes às competências da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
5.2.2 Analistas-Tributários
As atribuições dos Analistas-Tributários são:
Exercer atividades de natureza técnica, acessórias ou preparatórias ao exercício das atribuições privativas dos Auditores-Fiscais;
Atuar no exame de matérias e processos administrativos, ressalvada a competência privativa dos Auditores-Fiscais; e
Exercer, em caráter geral e concorrente, as demais atividades inerentes às competências da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
5.3 Estrutura
Dirigida por um secretário, a Receita Federal do Brasil é composta por unidades centrais e unidades descentralizadas. A nomeação de dirigentes em unidades descentralizadas (Delegacias, Inspetorias e Alfândegas) privativamente recai sobre auditores-fiscais enquanto unidades de atendimento ao contribuinte (Agências e Centros de Atendimento) usualmente, mas não exclusivamente, são chefiadas por analistas-tributários[8]. Historicamente, os cargos da cúpula da instituição (secretário, subsecretário, coordenador-geral e superintendente) também são sempre ocupados por auditores-fiscais.
O atual dirigente máximo do órgão, desde 9 de janeiro de 2015, é o auditor-fiscal Jorge Antônio Deher Rachid, que ocupou a mesma função no período de janeiro de 2003 a julho de 2008[10].
As unidades centrais, localizadas majoritariamente em Brasília, compreendem]:
Gabinete da Secretaria da Receita Federal do Brasil (GABIN);
Assessoria Especial da Secretaria da Receita Federal do Brasil (ASESP);
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM);
Coordenadação-Geral de Auditoria Interna (AUDIT);
Coordenadação-Geral de Planejamento, Organização e Avaliação Institucional (COPAV);
Coordenadação-Geral de Pesquisa e Investigação (COPEI);
Coordenadação-Geral de Cooperação e Integração Fiscal (COCIF);
Corregedoria da Secretaria da Receita Federal do Brasil (COGER);
Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros (CETAD);
Subsecretaria de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal (SUARA);
Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal (SUARI);
Subsecretaria de Fiscalização da Receita Federal (SUFIS);
Subsecretaria de Tributação e Contencioso da Receita Federal (SUTRI); e
Subsecretaria de Gestão Corporativa da Receita Federal (SUCOR).
As unidades descentralizadas, distribuídas por todo o território nacional, compreendem;
Superintendências Regionais da Receita Federal (SRRF) - 10;
Delegacias da Receita Federal (DRF) - 97;
Delegacias Especiais da Receita Federal de Maiores Contribuintes (DEMAC) - 03;
Delegacia Especial da Receita Federal de Administração Tributária (DERAT) - 01;
Delegacia Especial da Receita Federal de Pessoas Físicas (DERPF) - 01;
Delegacia Especial da Receita Federal de Fiscalização (DEFIS) - 01;
Delegacia Especial da Receita Federal de Fiscalização de Comércio Exterior (DELEX) - 01;
Delegacia Especial da Receita Federal de Instituições Financeiras (DEINF) - 01;
Delegacias de Julgamento da Receita Federal (DRJ) - 14;
Alfândegas da Receita Federal (ALF) - 26;
Inspetorias da Receita Federal (IRF) - 55; e
Agências da Receita Federal (ARF) - 351.
5.4 Contas públicas
5.4.1 Arrecadação
A arrecadação de tributos administrados pela RFB, como CPMF (extinta) e IOF, é realizada de forma centralizada. Desta forma, não há registro de arrecadação em Estados onde não há matriz de instituição financeira.
5.5 Conceito e finalidades quanto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
CNPJ é a sigla de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. É um cadastro onde todas as pessoas jurídicas e as equiparadas (pessoas físicas que exploram em nome individual atividades com intuito de lucro) são obrigadas a se inscrever antes de iniciar as suas atividades.
Para a pessoa jurídica, o CNPJ tem a mesma função do CPF (Cadastro Pessoa Física) para o cidadão (pessoa física), ou seja, uma identificação perante a Receita Federal do Brasil, que é o órgão responsável por administrar os cadastros de Pessoa Física e Pessoa Jurídica.
O CNPJ possui diversas informações, como o nome da entidade, endereço, data de abertura, descrição da atividade econômica, natureza jurídica, verificação da situação cadastral na Receita Federal, entre outros dados que são de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Em julho de 1999, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica substituiu o antigo CGC - Cadastro Geral de Contribuintes, com o objetivo de unificar os procedimentos cadastrais das empresas.
5.6 Relação de documentos e procedimentos para o registro
1º passo: Realizar a Pesquisa Prévia de Viabilidade
O processo de abertura de um estabelecimento, seja matriz ou filial,  é iniciado pela Pesquisa Prévia de Viabilidade, que é uma pesquisa eletrônica antecipada que verifica: 
a) A possibilidade de execício da(s) atividade(s) econômica(s) a ser(em) desenvolvida(s) pela Pessoa Jurídica no endereço escolhido, além de informar os critérios para concessão do Alvará de Funcionamento. Essa pesquisa é feita no banco de dados da Prefeitura do Município onde a pessoa jurídica seráinstalada.
b) A existência de pessoas jurídicas constituídas com nomes idênticos ou semelhantes ao nome pesquisado. Esta pesquisa é feita nos bancos de dados dos Órgãos de Registro (Juntas Comerciais, Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou OAB). 
Observação:  a aprovação do endereço da pessoa jurídica é condição essencial para obtenção do Alvará de Funcionamento. Assim, não se deve comprar ou alugar o imóvel destinado à atividade da Pessoa Jurídica antes de obter a aprovação da Pesquisa Prévia de Viabilidade
A resposta positiva autorizará a continuidade do processo e informará sobre as exigências e documentos necessários. A resposta negativa conterá orientações para adequação do pedido.
2º passo: Prestar informações no Coletor Nacional de Dados (CNPJ) e Gerar o Documento Básico de Entrada (DBE)
Para realizar este cadastro, deverá ser preenchido o formulário eletrônico do Aplicativo Coletor Nacional de Dados da Receita Federal do Brasil para o CNPJ.
O Coletor Nacional contém todas as instruções de Preenchimento e Navegação.
Após a finalização do preenchimento, os dados devem ser transmitidos e o recibo da solicitação deverá ser impresso.
3º passo: Apresentar a documentação no Órgão de Registro ou na Receita Federal
Após coletar os dados nacionais deverá ser entregue documentação para conferência.
Caso o ato ainda não esteja registrado, acesse o site do Integrador Estadual e verifique quais documentos deverão ser apresentados para registro. Poderá ser requerido outras informações necessárias à formalização e pagamento de taxas.
Imprima o Documento Básico de Entrada - DBE e anexe o mesmo aos documentos que serão levados a registro. Neste caso, o próprio órgão de registro realizará a emissão do CNPJ, caso  esteja integrado.
Todas as Juntas Comerciais estão integradas. Consulte a relação dos Cartórios de Pessoa Jurídica e OAB integrados.
Se o ato já estiver registrado, emita o DBE e o entregue diretamente à unidade de atendimento da Receita Federal do Brasil, no endereço constante do documento Básico de Entrada (DBE), juntamente com os demais documentos necessários para análise e deferimento do pedido.
4o. passo:  Registros e Inscrições - Conferência documental
Nesta etapa será realizada a conferência documental, confrontando a documentação com as informações eletrônicas apresentadas. É muito importante que os documentos estejam de acordo com as informações prestadas. O acompanhamento deste processo será realizado também eletronicamente.
Caso a conferência esteja sendo feita pelo órgão de registro, acesse o site do Integrador Estadual e verifique se já foi analisada a documentação e seus registros já estão disponíveis. Esta análise tende a ser muito rápida. Poderá, em situações de divergência da documentação, ser exigida retificação de informações ou alterações no documento levado à registro. Acompanhe se há alguma exigência no seu processo.
5º passo: Licenciamento
A etapa de licenciamento está ligada à classificação de risco da atividade econômica a ser executada pela Pessoa Jurídica, fundamentada nos códigos da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE e no preenchimento das informações prestadas nas etapas anteriores.
O grau de risco é definido como o nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física e à saúde humana, em meio ambiente ou ao patrimônio em decorrência de exercício de atividade econômica.
Cabe aos órgãos e entidades responsáveis pelo licenciamento definir atividades cujo grau de risco seja considerado baixo ou alto em função de seu potencial de infringir requisitos de segurança sanitária, controle ambiental, prevenção contra incêndio e pânico, bem como outros requisitos previstos na legislação.
Duas situações poderão ocorrer para o licenciamento de sua atividade:
A primeira situação é se as atividades econômicas a serem praticadas foram consideradas de baixo risco pelos órgãos e entidades responsáveis pelo licenciamento. Nesta hipótese serão emitidos Alvarás de Funcionamento Provisório, sem a necessidade de comparecimento presencial aos órgãos licenciadores. Permite também, o início de operação do estabelecimento sem a necessidade da realização de vistoria que comprovem previamente o cumprimento de exigências.
A segunda situação se dará com alguma atividade econômica ser considerada de alto risco por algum órgão responsável pelo licenciamento. Neste caso serão exigidos outros documentos e vistoria prévia por parte dos órgãos e das entidades responsáveis pela emissão de licenças e autorizações, antes do início de funcionamento da pessoa jurídica.
5.6.1 São documentos do CNPJ:
a) FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica), que deverá ser preenchida por meio do Aplicativo de  Coletor Nacional diretamente no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), http://www.receita.fazenda.gov.br. A FCPJ deverá ser acompanhada do QSA, no caso de sociedades;
b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA);
c) Ficha Especifica, de interesse do órgão convenente;
d) Ficha de Beneficiários Finais - para os CNPJ de Natureza Jurídica 321-2 ou do grupo 200 (exceto 201-1, 219-4 e 227-5), quando estes informarem a existência/inexistência de beneficiários finais; e
e) Documento Básico de Entrada do CNPJ (DBE) ou Protocolo de Transmissão, conforme modelos constantes dos Anexos I E II da IN RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.
5.6.2 Unidades Cadastradoras
Unidades cadastradoras perante o CNPJ são aquelas competentes para analisar as informações contidas na documentação apresentada pela entidade.
São unidades cadastradoras:
I - no âmbito da RFB:
a) Delegacias da Receita Federal do Brasil (DRF);
b) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat);
c) Delegacia Especial da Receita federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf);
d) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes (Demac) Rio de Janeiro;
e) Inspetorias da Receita Federal do Brasil (IRF);
f) Alfândegas da Receita Federal do Brasil (ALF); e
g) Agências da Receita Federal do Brasil (ARF);
II - no âmbito dos órgãos convenentes, as unidades designadas no convênio firmado com a RFB.
Prefeitura Municipal- Conceito e finalidade quanto à inscrição municipal
No Brasil, a Inscrição Municipal (IM) é o número de identificação do contribuinte no Cadastro Tributário Municipal. A inscrição municipal está no alvará que deve ficar, em local visível a todos, na sede da empresa.
No que se refere ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN), a inscrição municipal tem por objetivos:
Informar que a empresa está inscrita na prefeitura como prestador de serviços;
Permitir à empresa pagar os seus impostos municipais (ISSQN); é através da inscrição que a prefeitura controla o pagamento dos impostos;
Impedir a sonegação de impostos;
Permitir à empresa solicitar notas fiscais de serviços;
Permitir à empresa informar que sua atividade está em situação regular do ponto de vista da legislação tributária municipal;
Permitir à empresa solicitar certidões negativas que a habilitem a participar de concorrências.
É pela inscrição do ISS que a prefeitura controla o alvará de localização, funcionamento e suas atividades de prestação de serviços da empresa.
6.1 Relação de documentos e procedimentos para o registro
Requerimento para autorização de abertura da empresa;
Declaração Cadastral Municipal (DECA);
Comprovante de propriedade ou locação da empresa;
CNPJ;
Cópia da Ata, Estatuto Social ou Contrato Social;
Planta e Habite-se do imóvel;
Documentação pessoal dos sócios (CPF e RG), bem como os comprovantes residenciais de todos os sócios; e
Quando microempresário ou empresa de pequeno porte, apresentação de declaração de enquadramento.
Em alguns casos, dependendo do ramo de atividade do negócio, serão solicitados alguns documentos adicionais, como alvará de vigilância sanitária (para empresas de ramo alimentício e saúde), laudo de vistoria do corpo de bombeiros, cópia de licença ou dispensa de meioambiente, entre outros.
Secretaria Estadual da Fazenda (SEF)- Conceito e finalidade quanto à inscrição estadual
No Brasil, a Inscrição Estadual (IE) é o registro do contribuinte no cadastro do ICMS mantido pela Receita Estadual. Com a inscrição, o contribuinte do ICMS passa a ter o registro formal do seu negócio, junto à Receita estadual do estado onde está estabelecido.
Em alguns estados, o registro é solicitado com o preenchimento da Ficha Cadastral - FC. Essa ficha deve ser preenchida toda vez que o contribuinte fizer qualquer alteração cadastral.
Em outros estados, as fichas de Inscrição Estadual podem possuir outro nome, como no Paraná, que se chama DUC - Documento Único de Cadastro.
Em 2012, a maioria dos estados brasileiros já estão integrados com o Cadastro Sincronizado da Receita Federal Brasileira, onde podem ser realizadas inúmeras operações relacionadas com CNPJ e a Inscrição Estadual, não sendo mais necessário o preenchimento de FC ou DUC.
Empresas não contribuintes do ICMS, estão desobrigadas de possuir inscrição Estadual, sendo o caso, por exemplo, dos bancos, hospitais, laboratórios, e de todas as outras empresas prestadoras de serviços sujeitos ao ISSQN.
7.1 Relação de documentos e procedimentos para o registro
O pedido de Certidão deverá ser apresentado acompanhado dos seguintes documentos:
a) cópia do comprovante de inscrição da pessoa física ou jurídica requerente no CPF ou CNPJ, conforme o caso (vide obs. 1);
b) cópia do documento de identidade do signatário do pedido (vide obs. 2 e 3);
c) cópia de documento que comprove a habilitação do signatário do pedido em postular pelo requerente (vide obs. 2 e 3);
d) original do comprovante de recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais (vide obs. 5);
e) cópia de documentação que comprove estar o requerente isento da Taxa de Serviços Estaduais , caso se enquadre em alguma das condições de isenção previstas no parágrafo único, do artigo 106, do Código Tributário Estadual (vide obs. 3 e 6);
f) na hipótese de existência de débito com exigibilidade suspensa em virtude de medida judicial ou de depósito de seu montante integral, cópia de documentação comprobatória de tal condição (vide obs. 3).
Obs. 1) A cópia do comprovante de inscrição no CPF ou CNPJ poderá ser do documento de inscrição original ou do emitido pela página da Secretaria da Receita Federal na Internet.
Obs. 2) Quando houver dúvida sobre a autenticidade de assinatura do requerente, seu procurador ou representante legal, consignada no pedido, em procuração conferida por instrumento particular ou em outro documento apresentado para comprovação da habilitação, a repartição fiscal poderá exigir o reconhecimento da respectiva firma.
Obs. 3) No ato de protocolização do pedido, o requerente deverá exibir os originais das cópias mencionadas nos itens "b", "c", "e" e "f", para conferência e autenticação pela repartição fiscal, ficando dispensada a exibição caso as cópias sejam apresentadas já autenticadas por serventia judicial ou extrajudicial (cartório).
Obs. 4) Não há necessidade de o requerente contribuinte do ICMS apresentar, para o pedido de Certidão de Regularidade Fiscal, quaisquer livros fiscais ou comprovantes de pagamento do imposto. Porém, no caso de débito com exigibilidade suspensa em virtude de depósito de montante integral, o comprovante desse depósito deverá ser apresentado.
Obs 5) O pagamento da taxa deve observar as seguintes condições:
a) a taxa relativa ao pedido de certidão de regularidade fiscal somente é devida pelo estabelecimento requerente (Lei nº 5.147/07 - artigo 6º);
b) no caso de contribuinte do ICMS que comprove ser optante pelo Simples Nacional, a taxa é devida com 70% de desconto (Lei nº 5.147/07 - artigo 5º, “caput”)
Obs 6) Em virtude de dispositivos legais, os requerentes que se encontrem nos casos abaixo estão isentos do pagamento da taxa de serviços estaduais. Porém devem comprovar fazer jus ao benefício mediante apresentação dos seguintes documentos (Resolução SER nº 310/06 – parágrafo único do artigo 6º):
a) Autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Estado do Rio de Janeiro = ato de constituição do órgão ou entidade, demonstrando sua instituição e manutenção pelo Poder Público do Estado do Rio de Janeiro;
b) União, demais Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias e fundações (desde que, em suas legislações, dispensem ao Estado do Rio de Janeiro e suas autarquias e fundações o mesmo tratamento tributário) = ato de constituição do órgão ou entidade, demonstrando sua instituição e manutenção pelo outro ente federado, acompanhado de cópia da publicação oficial da legislação garantidora da reciprocidade tributária;
c) Partidos políticos e instituições de educação e de assistência social (observado quanto a estas entidades, os requisitos estatutários fixados no § 4º, do artigo 3º , do Decreto-lei nº 5/75) = estatuto da entidade, demonstrando o atendimento aos requisitos estabelecidos, podendo ser apresentado, em sua substituição, certificado expedido por órgão da Secretaria de Estado da Fazenda atestando isenção ou imunidade de tributo com base nos mesmos requisitos do § 4º, do artigo 3º, do Decreto-lei nº 5/75.
A pessoa física somente está isenta caso se trate de contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS, fato que poderá ser comprovado pelo Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral.
Referências
http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/constituicao-de-empresa.htm
https://capitalsocial.cnt.br/qual-a-diferenca-entre-mei-ei-me-e-epp/#enquadramentos-de-porte-e-tipos-societarios-8211-as-escolhas-de-uma-empresa
https://capitalsocial.cnt.br/simples-nacional-lucro-presumido-lucro-real/
http://gamademedeiros.com.br/o-que-e-um-contrato-social/
https://www3.bcb.gov.br/sisorf_externo/manual/06-01-030-100.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_Federal_do_Brasil
http://www.redesimples.gov.br/orientacoes/inscricao
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inscri%C3%A7%C3%A3o_municipal
https://blog.sage.com.br/entenda-o-que-e-inscricao-municipal-e-para-que-serve/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inscri%C3%A7%C3%A3o_estadual
http://www.rj.gov.br/web/sefaz/exibeConteudo?article-id=214227

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