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SER e DEVER SER simplificada

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INTERAÇÃO SOCIAL 
A interação social é o processo de mútua influência, de relações interindividuais e intergrupais que se formam sob a força de interesses diversos 
Se apresenta sob três formas 
Cooperação 
Competição 
Conflito
Os fatos que ocupam nosso espírito e que se incluem no conceito da ciência são, habitualmente, separados em dois grupos: 
1. CIÊNCIAS NATURAIS 
2. CIÊNCIAS HUMANAS ou ou CIÊNCIAS NOOLÓGICAS ou “CIÊNCIAS do ESPÍRITO” (“Geistewissenschaft”)
NECESSÁRIO DISTINGUIR AS CIÊNCIAS DA NATUREZA DAS CIÊNCIAS DA SOCIEDADE. 
As CIÊNCIAS DA NATUREZA constituem o estudo de eventos que se sucedem de forma sistêmica, sendo passíveis de serem isolados e reproduzidos em situações laboratoriais. 
Trata de eventos que se repetem inúmeras vezes podendo atender às condições requeridas por seus observadores. Desta forma, testes de determinada teoria podem ser realizado por dois observadores, mesmo que não estejam no mesmo local e não partilharem das mesmas perspectivas, conduzindo a uma objetividade característica das ciências naturais. 
No campo das CIÊNCIAS NATURAIS existe uma separação muito clara entre o sujeito e o objeto. 
O exemplo do estudo de baleias é bastante revelador, pois é impossível conhecer o mundo interior das baleias. 
Nesse mesmo sentido, o conhecimento sobre as baleias jamais será utilizado pelas próprias baleias para alterar seus comportamentos. 
As CIÊNCIAS SOCIAIS estudam eventos complexos, cujas causas e as motivações são múltiplas. 
A principal característica das CIÊNCIAS SOCIAIS é estudar eventos inerentes aos acontecimentos humanos. 
Seu estudo se dirige a fenômenos de difícil determinação, podendo mudar de sentido de acordo com o ambiente, sujeitos, relações circunstanciais do momento. 
Nesse sentido, nas ciências sociais o investigador (sujeito) e o investigado (objeto) situam-se em um mesmo plano, e compartilham de uma mesma natureza humana, diferenciando-se apenas em seus modos de viver, organização social e realidade.
Este limiar tênue entre sujeito e objeto é muito diferente das ciências naturais. Por exemplo, a relação entre um cientista natural e um vírus estudado por ele pode de fato ser caracterizada em termos de sujeito e objeto de estudo: não há diálogo possível entre eles. 
No caso do cientista social, ele faz parte do universo humano, reinterpretando eventos sociais e se realimentando dos pontos de vista dos atores envolvidos nos fenômenos sociais estudados. 
O Direito como ciência
CURIOSIDADE:
A palavra “direito” deriva da palavra directum, que apareceu na língua latina no século IV. Directum deriva de diregere, que é particípio do verbo “dirigir”. 
Essa análise leva à ideia de que o direito é UMA ORDEM que dirige a sociedade, que estabelece regras para a sociedade se desenvolver. 
AS DIFICULDADES DE CONCEITUAÇÃO DO DIREITO 
UMA ORDEM NECESSÁRIA: 
o Direito é uma exigência da vida em comunidade, onde existe sociedade necessariamente existe o Direito 
Regra de conduta: o direito é uma norma, que se encontra num plano que é chamado de “plano do dever ser/plano normativo. 
A norma prescreve o comportamento ideal. O plano do “dever ser” funciona de forma distinta do plano “ser”.
Miguel Reale faz a seguinte reflexão: “... O Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. Assim sendo, quem age de conformidade com essas regras comporta-se direito; quem não o faz, age torto.”
AS DIFICULDADES DE CONCEITUAÇÃO DO DIREITO 
Leis Naturais ou Leis da Natureza ou Leis do Universo ou Leis Universais são as leis segundo as quais o Universo funciona:
Leis da gravitação de Newton
Leis de Mendel (genética)
Leis de Arquimedes (princípio da impulsão)
Leis de Kepler (movimento planetário)
Lei da Oferta e da Procura
Lei da causalidade
Lei da probabilidade 
Ser Ou dever ser ?
Uma Lei da Natureza é uma descrição da realidade; é a descrição de como a natureza se comporta.
O âmbito do SER seria o mundo natural, explicado pelas ciências naturais com base nas premissas de verdadeiro/falso. 
Este domínio obedeceria ao princípio da causalidade, segundo o qual uma causa conduz a um efeito (quando A é, B será...), sendo que o número de elos de uma série causal seria ilimitado.
As leis naturais predizem eventos futuros e podem ser confirmadas ou não. Em não sendo aplicáveis, são falsas e devem ser substituídas.
Ser Ou dever ser ?
O mundo do SER é o das leis naturais. As leis naturais decorrem da natureza e, de nada vale a vontade do homem na tentativa de modificá-las mediante a formulação de leis racionais. 
No mundo da natureza as coisas se passam mecanicamente. A um antecedente liga-se indistintamente dado consequente. Um corpo solto no espaço (antecedente) cai (consequente). Se chover (antecedente) a terra ficará molhada (consequente).
É PRECISO FAZER DISTINÇÃO ENTRE O MUNDO DO SER E O DO DEVER-SER
No mundo do DEVER-SER as coisas se passam segundo a vontade racional do homem. 
As CIÊNCIAS SOCIAIS pertencem a esse mundo do DEVER-SER. 
A Moral, a Ética, o DIREITO, dele fazem parte.
Ser Ou dever ser ?
As ciências sociais pertencem ao mundo do DEVER SER 
Este domínio obedeceria ao PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO. 
As leis jurídicas prescrevem, autorizam ou permitem condutas e admitem um certo grau de não aplicação, ou ineficácia, que não conduz à sua anulação.
https://www.youtube.com/watch?v=2bpf8RIYd_0
O DEVER SER diria respeito às normas, enquanto atos de vontade que se dirigem intencionalmente a uma conduta considerada obrigatória tanto pelos indivíduos que põe as regras quanto do ponto de vista de um terceiro, interessado, e que vinculam seus destinatários.
O DEVER SER se insere no domínio das ciências sociais e se explica não com base nas premissas de verdadeiro/falso, mas de válido/inválido.
Ser Ou dever ser ?
No mundo do dever ser os acontecimentos se passam segundo a vontade racional do homem. 
No âmbito do DEVER SER nos referimos às normas enquanto atos de vontade que se dirigem intencionalmente a uma conduta considerada obrigatória tanto pelos indivíduos que impõe as regras quanto para seus destinatários (TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO). 
O DEVER SER se insere no domínio das CIÊNCIAS SOCIAIS e se explica não com base nas premissas de verdadeiro/falso, mas de VÁLIDO/INVÁLIDO
Ser Ou dever ser ?
Ser Ou dever ser ?
Hans Kelsen, notável jurista, nasceu em praga no ano de 1881 e faleceu em 1973 nos Estados Unidos. 
Foi o Principal idealizador da Constituição da Áustria de 1919 e o principal defensor da sistemática do controle concentrado de constitucionalidade, atualmente em voga em boa parte do mundo
Sua principal obra é, certamente, a Teoria Pura do Direito, publicada em 1934 (influenciada também pela utilização de algumas teses kantianas do filósofo alemão - Immanuel Kant (1724- 1804), cuja relevância foi alcançada ao propor o estudo do Direito de maneira “pura” ou “científica”, nos moldes do cientificismo da época.
Segundo Kelsen, nas ciências sociais, não se pode conceber a descrição da conduta humana frente a outros indivíduos meramente como aplicação do PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE, mas a partir de outro princípio para o qual até então não haveria designação geralmente aceita pela ciência. 
Assim, para que seja possível considerar a sociedade como uma ordem diferente da natureza, faz-se necessário a presença de um princípio diferente do da causalidade, aplicado por ciências que têm por objeto a conduta entre os homens enquanto determinada por normas: PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO.
Ser Ou dever ser ?
Exemplo:
Matar alguém (antecedente) - poderá se ligar a consequentes diversos: 
será crime, importando sanção, se praticado por outrem sem norma que o autorize; 
será execução determinada pelo Estado se este abrigar a pena de morte. 
Observa-se que a razão humana é que confere consequências diversas ao mesmo antecedente.
Ser Ou dever ser ?
Qual a importânciada distinção entre SER e DEVER SER:
1ª - a distinção serve para diferenciar entre duas modalidades de estudo do direito: o direito como ele é do direito como ele deve ser;
2ª - a distinção serve para diferenciar entre o reino dos fatos, relacionado ao ser, e o reino das normas, relacionado ao dever ser.
Ser Ou dever ser ?
DIREITO COMO NORMA
Considerado como um fenômeno de origem natural, está diretamente associado ao relacionamento de seres vivos com interesses conflitantes. 
 O Direito surgiu na Pré-História, a partir do momento em que o homem começou a viver em sociedade......
Povos da Antiguidade
Código de Hamurabi
Leis de Clístenes
Babilônios – séc. XVIII a.C.
Gregos Atenienses – séc. VI a.C.
O poder do Estado
Instituições democráticas
Ideais de liberdade e de proteção dos direitos dos cidadãos.
Romanos - 451 a.C. 
A Lei das Doze Tábuas
EVOLUÇÃO DO DIREITO NO TEMPO
O Direito surgiu na Pré-História, a partir do momento que o homem começa a viver em sociedade. 
Nas sociedades primitivas, o Direito se confunde com a religião e com a política. 
Essas sociedades não tinham órgãos específicos para emanar normas nem legisladores. As leis nem sempre foram as principais fontes reveladoras do direito. Eram resultados da opinião popular e com o largo uso se tornavam obrigatórias.
Na Antiguidade (Pré-história) os estudos dos fenômenos sociais eram fragmentários, baseavam-se em reflexões que os pensadores tomavam como objeto, um fator isolado de conhecimento, ou seja, uma parte da vida social, como a política ou a moral, com perspectiva normativa e finalista.
*Os nômades foram as primeiras formas de organização social - não permitiam o crescimento da população, pois faltariam recursos naturais e, portanto cresceriam as dificuldades de sobrevivência em função dos deslocamentos em busca desses recursos
Após o fim da Era Glacial, que terminou há 13.000 anos, os grupos nômades* começaram a construir suas habitações (cabanas) junto a rios e lagos, onde aprenderam o ofício da pesca. Também se abasteciam de água, mas ainda continuavam a caçar e coletar cereais silvestres e frutas.
Na Pré-história, para garantir sua sobrevivência, o homem teve de APRENDER A COOPERAR E A SE ORGANIZAR SOCIALMENTE. Da eficiência dessa cooperação dependia sua sobrevivência. 
Com o início das aglomerações humanas, na Pré-história, o homem iniciou, ainda que, embrionariamente, uma ORGANIZAÇÃO SOCIAL. Descobriram suas diferenças individuais e notaram ser impossível fundar sobre essas diferenças suas normas de conduta. 
Desta forma, descobriram a necessidade de buscar um princípio que ficasse acima dessas diferenças. 
A noção de JUSTIÇA surgiu da necessidade de instaurar normas capazes não apenas de fixar os limites do uso da força e do exercício do poder, como também de restabelecer o equilíbrio nas relações entre pessoas.
Portanto a história do direito tem início com o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C. Não se sabe ao certo quando e onde a escrita surgiu. Mas é quase certo que os primeiros registros escritos ocorreram praticamente na mesma época no Egito e na Mesopotâmia. O surgimento da escrita atendia a necessidade de melhor organizar as sociedades recém-criadas. 
O surgimento da escrita marca, em termos de periodização, o início do Mundo Antigo ou Antiguidade que terá seu fim com a desagregação do Império Romano do Ocidente em 476 da Era Cristã.
Na Idade Média* os pensadores prendiam-se à discussões metafísicas que justificavam a fé cristã. Os dogmas da Igreja Católica impediam o desenvolvimento da investigação científica. A filosofia nesse período compreendia-se à fonte de preparação da salvação da alma
*Entende-se por Idade Média o período de tempo compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., e a tomada de Constantinopla pelos turcos, que ocorreu em 1453, com a queda do Império Bizantino.
Com o advento da Idade Média ou Idade das Trevas, quando o último imperador romano do Ocidente foi destituído pelos povos germânicos, no ano de 476, inicia-se um período histórico conhecido pelo feudalismo.
Neste período, a concepção de justiça é influenciada pela Igreja, fazendo os filósofos da época crerem que a lei dos homens devia obedecer à lei de Deus (Lei Natural), materializada na Bíblia, pelos Dez Mandamentos, por ser a mais sublime representação da justiça. 
Portanto, neste período, a ideia do justo e do injusto estava condicionada a crença da Igreja, pelo forte poder que esta exercia na época. Assim, se a Lei dos homens era incompatível com a lei divina, esta prevalecia, como se seguisse, hodiernamente, uma hierarquia entre a Constituição Federal e as demais leis.
SURGE O RENASCIMENTO – maneira moderna de ver o mundo 
(período compreendido entre os séculos XV e XVIII ). 
O homem substitui valores da Idade Média, voltando-se a novos princípios ditados pelo capitalismo, como o Humanismo, Racionalismo e o Individualismo. 
O humanismo, o individualismo e o racionalismo foram princípios do Movimento Renascentista. 
Todos eles se relacionavam pela ideia de que, o homem é o centro e tudo gira ao redor de sua pessoa. 
Humanismo – colocava o ser humano como o principal centro das preocupações e indagações dos pensadores, considerando-o a “obra suprema de |Deus”.
Individualismo – Valorizava a capacidade do ser humano de fazer escolhas livremente, sem apelar para o sobrenatural 
Racionalismo – Enfatizava a razão humana como principal instrumento para compreender o universo e a natureza 
Durante o Renascimento a influência teológica perde seu lugar para uma perspectiva que abre a livre discussão para a INVESTIGAÇÃO RACIONAL. 
O novo conhecimento caracterizava-se por objetividade e realismo que definiram a separação nítida do pensamento do passado. 
Os fenômenos da natureza eram investigados pelo MÉTODO DA EXPERIMENTAÇÃO, e a ciência substitui a filosofia, e o mesmo método científico que investigava a natureza também se volta para o mundo da natureza humana e suas relações sociais. 
Idade Moderna (período compreendido entre os séculos XV e XVIII )
Com a decadência do feudalismo, em meados do século XV, deixamos a Idade Média para adentrarmos na Idade Moderna. 
Era a economia feudal dando lugar ao comércio de âmbito mundial. Inicia-se um período marcado pelo absolutismo monárquico, que, posteriormente, será conhecido como Antigo Regime, no qual o Estado intervém na economia e ninguém limita o poder do Rei porque ele viria de Deus.
O Antigo Regime mostra-se um período de mudanças políticas e culturais em que se inicia a centralização política e a formação de sociedades nacionais. 
Na Idade Moderna com a criação da sociedade capitalista, os pensadores esforçaram-se em aplicar o método científico para explicar as transformações que ocorreram nessa sociedade, transformações essas que geraram uma crise social na época.
Os fatores intelectuais se explicam pela nova forma de pensar da sociedade, pelo método da razão em substituição a teologia. Pensadores como Maquiavel contribuíram com essa nova forma de pensamento. 
Nascem assim, as teorias modernas da justiça, na qual a racionalidade deve imperar, repelindo a justificativa do poder do rei em Deus, considerando a igualdade como intrínseca aos seres, sem justificar em intuições sem comprovações.
A Idade Contemporânea e os Novos Paradigmas
Desde os seus primórdios, a Idade Contemporânea é marcado pelo ILUMINISMO, corrente filosófica que defende o primado da razão e o desenvolvimento da ciência como garantia de progresso civilizatório para a humanidade.
Os ideais iluministas chegam aos Estados Modernos perante a noção dos contratos sociais realizados pelos homens, a fim de estabelecer uma ordem social maior, com direitos e deveres recíprocos, na busca do bem social. 
No início do século XIX, com o surgimento da codificação e as mudanças do pensamento jus-racionalista, que não mais conseguia retratar as necessidades de alteração da sociedade que o homem buscava realizar por intermédiodo Direito, evoluiu-se para o sistema jurídico denominado Positivismo Jurídico.
O Positivismo marcou uma era de ligação entre a ciência e o direito, foi seguida por uma série de doutrinadores, em especial, Hans Kelsen, em sua Teoria Pura do Direito.
Pela forma como a sociedade havia se organizado, dá-se um impulso histórico pela legislação, onde a lei vem a tornar-se fonte exclusiva ou absolutamente prevalente, do Direito, o que culmina na Codificação.
A Idade Contemporânea e os Novos Paradigmas
O Positivismo Jurídico
A expressão "positivismo" possui vários significados, englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do século XIX, quanto outras do século XX. 
Denomina-se "POSITIVISMO JURÍDICO“ corrente filosófica que defende não haver outro direito senão aquele estabelecido e reconhecido diretamente pelo poder político.
DIREITO POSITIVO 
E
 DIREITO NATURAL
https://www.youtube.com/watch?v=1GSQfkzMAD0
FONTES DO DIREITO
FONTES FORMAIS
FONTES MATERIAIS
DIREITO NATURAL
 O raciocínio que nos leva à ideia do Direito Natural parte do pressuposto de que TODO SER É DOTADO DE UMA NATUREZA E DE UM FIM 
O adjetivo Natural, agregado à palavra Direito, indica que a ordem de princípios não é criada pelo homem e sim que é a expressão de algo espontâneo, revelado pela própria natureza
O DIREITO NATURAL se apresenta em dois níveis: 
o ontológico → admite o Direito Natural como ser do Direito, como o legítimo Direito;
o deontológico → representa esse Direito apenas como um conjunto de valores imutáveis e universais identificado com a Ética
DIREITO NATURAL
“O Direito Natural existiria, mesmo que Deus não existisse ou, existindo, não cuidasse dos assuntos humanos.” (Hugo Grócio)
Tinha a convicção do Direito ideal, não no sentido utópico, e sim um ideal alcançável; 
DIREITO NATURAL
A origem do Direito Natural se localiza no próprio homem, em sua dimensão social, e o seu conhecimento se faz pela conjugação da experiência com a razão 
O Direito Natural → pesquisa a natureza humana e dela extrai os princípios modelares do Direito Positivo 
Jusnaturalismo - corrente de pensamento que reunia todas as ideias que surgiram em torno do Direito Natural, sob diferentes orientações 
DIREITO NATURAL – Conclusões
É um direito essencialmente moral; em sentido estrito, reduz-se aos primeiros princípios de moralidade.
Representa uma ordem superior à existente cujo fundamento está além do homem (apreendido através da fé e do intelecto) e que foi entendido de forma diferente durante a história:
a) Na Antiguidade – através da observação da natureza
b) Na Idade Média – através de Deus, sob a mediação da Igreja Católica
c) Modernidade (Renascimento e Iluminismo) – atingir ideais de moral e justiça respeitando a natureza racional do homem. análise da natureza humana através da razão
É universal e imutável – seus princípios são válidos em todo tempo e lugar posto que se relacionavam à natureza
Trabalha com noções de legitimidade e justiça (e não de segurança e certeza)
Seus preceitos prevalecem - Havendo contradição entre o Direito Positivo e o Natural, prevalecerão os preceitos do Direito Natural 
DIREITO NATURAL – Conclusões
Caracteres → ser eterno, imutável e universal
As críticas ao Direito Natural são:
Falta de clareza do termo (muitos significados face à subjetividade)
A dos que se opõem ao substantivo “Direito” → visa contestar a concepção do Direito Natural ontológico, segundo a qual esta ordem NÃO expressa o ser do Direito – lhe faltam os elementos essenciais ao direito: COAÇÃO – SUPORTE ESTATAL
O ideal de justiça do Direito Natural é “relativo” posto que varia de país para país, lugar para lugar
DIREITO NATURAL
O JUSNATURALISMO ATUAL concebe o Direito Natural apenas como um conjunto de amplos princípios (direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à união entre os seres para a criação da prole, à igualdade de oportunidades...), a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica.
DIREITO POSITIVO 
O positivismo surgiu como uma forma prática e realista à abstração e ao idealismo do Direito Natural (supostamente imutável e eterno), expressando-se por meio das normas válidas de um determinado espaço e tempo. 
Para uma revisão conceitual, é relevante a perspectiva histórica, daí o desmembramento em três períodos principais.
Comte definiu a palavra “positivo” na sua obra “Apelo Aos Conservadores” de 1855 com sete significados: REAL, CERTO, ÚTIL, RELATIVO, PRECISO, SIMPÁTICO e ORGÂNICO. 
Pode-se dizer que a ideia-chave do Positivismo de Comte era a Lei dos Três Estados, uma classificação da história da humanidade em ordem cronológica, que afirmava que o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, sendo elas:
Teológico: Afirmava que o homem explicava a realidade por meio de entidades sobrenaturais buscando responder questões como “de onde viemos?” e “para onde vamos?”. Fora isso, buscava-se o absoluto. É o estágio que a imaginação se sobrepunha à razão.
Metafísico ou Abstrato: Pode ser considerado como um meio-termo entra a teologia e a positividade. Continua-se a procura de respostas para as mesmas questões do Teológico, sempre buscando o absoluto através da busca da razão e do destino das coisas.
Positivo: Última e definitiva etapa. Não já se buscava mais o porquê das coisas, porém o como as coisas aconteciam. A imaginação virá subordinada à observação e busca-se somente o visível e concreto.
Auguste Comte foi quem deu o ponto de partida para esse novo conceito e muitos de seus ensinamentos ainda prevalecem válidos até o presente tempo.
Assim como qualquer mudança revolucionária nos séculos mais antigos, o Positivismo sofreu com a falta de apoio da sociedade, principalmente por pregar que a teologia e a metafísica deveriam ser afastadas da vida humana.
Os autores positivistas defendiam cientificamente que era importante que o direito se bastasse. Validade e procedimento são as preocupações centrais.
A autonomia, mediante processo autônomo, evitaria a influência de elementos externos, capazes de fragilizar os limites do direito.
CRÍTICAS 
Em pleno século XXI, será que há uma única ciência que se esgota em si mesma? 
A autonomia de uma disciplina só se concebe quando esta tiver métodos próprios e não sofrer influências das demais áreas do conhecimento?
Em termos de operacionalidade da ordem jurídica, naquilo que diz respeito ao seu dinamismo (eficácia da lei no tempo, envolvendo as questões da validade e da vigência das normas), a teoria kelsiana ainda é bastante apropriada, bem como o controle de constitucionalidade. 
Sua falha está no apego exacerbado à letra da lei validamente posta, sem nenhum método crítico-valorativo.
Pensar que o Direito é um fim em si mesmo é um retrocesso para o pensamento jurídico. O Direito é um instrumento para resolver os conflitos de forma mais justa possível. 
Caso seja o contrário, não encontrará legitimidade na atual sociedade, pois na contemporaneidade não se pensa mais só na segurança e no formalismo, mas em um valor supremo, que é justiça.
POSITIVISMO
Realismo 
O "realismo literário" é um estilo de escrita que toma a realidade como princípio orientador de criação artística por meio da palavra. 
Neste sentido, o realismo pode ser percebido em texto de qualquer época, desde as primeiras manifestações da humanidade até hoje; mas, como movimento relativamente organizado, começou na segunda metade do século XIX, na França, difundindo-se por todos os países da Europa.
No mundo da cultura antes do Realismo, os temas se limitavam a fatos do mundo moderno; os artistas conseguiram reproduzir perfeitamente o que viam, mas sempre à forma da idealização e teatralidade. Agora, se preocupavam em fazer uma imitação precisa de percepções visuais sem alterações. 
O REALISMO JURÍDICO, como a própria terminologia já sugere, preconiza a realidade em detrimento das concepções jusfilosóficas. 
REALISMO JURÍDICO é um conjunto de correntes doutrinárias da filosofiado direito que entendem o sistema jurídico como fato, não podendo ser entendido como pura forma e, para o seu exato conhecimento é necessário considerar, além das normas individuais, o fato ou relação social regulados pela lei. Seus preceitos distanciam-se da metafísica e de visões mais idealistas sobre o direito. 
Ao se dizer que o realismo lida com os fatos, que o objeto para os realistas é o fato, não se refere ao fato cotidiano, nem ao fato social. O fato que vai ser a referência para o realismo é a decisão judicial, pois, para esse conjunto de correntes doutrinárias, o direito é aquilo que os tribunais fazem e não o que se espera que ele faça ou o que as fontes do direito indiquem que ele faça.
Seus críticos sustentam que ele é falho por não levar em conta o estudo das normas jurídicas. Conforme eles, esta Escola do Pensamento Jurídico alheia-se da realidade porque os juristas não podem agir sem fundamento naquelas.
Geralmente, os teóricos do Realismo costumam entender a decisão judicial como a verdadeira forma de determinação do direito. O realismo jurídico prescinde de toda e qualquer teoria metafísica ou imaginária, o direito legítimo e efetivo é aquele que o magistrado anuncia no momento da concretização judicial. O direito efetivo não reside nas normas abstratas, mas depende da formação axiológica do juiz. São, portanto, relativistas, sempre voltados para o aspecto social. 
ESCOLA DA EXEGESE
A Escola da Exegese surgiu no início do século XIX em meio ao caos político e social da França revolucionária. Surge na França, o Código Civil Francês, conhecido como Código de Napoleão. Em princípio, a ideia era criar um corpo sistemático capaz de uniformizar o direito, suprimindo a obscuridade, a ambiguidade, a incompatibilidade e a redundância. 
A Escola da Exegese também pregava o Estado com a única fonte do Direito, pois todo o ordenamento jurídico seria originado da lei e, esta, por ser proveniente do legislador, teria como origem o Estado, ou seja, das fontes formais do direito atualmente aceitas pelo ordenamento jurídico brasileiro, somente a lei era admitida como fonte do Direito.
MOMENTO HISTÓRICO: a França estava se desvencilhando do Antigo Regime, marcado pelo absolutismo, que, em síntese, refletia a autoridade do rei e o privilégio do clero e da nobreza que possuíam normas distintas do restante do povo.
 
IDEIA CENTRAL DA ESCOLA: o desejo de um tratamento igualitário a todos, indistintamente da classe social, influenciado pelo "nascimento" do Estado de Direito. Em nome da igualdade, o objetivo era criar um método próprio para interpretar as leis: o método gramatical e, no máximo, sistemático. 
CONSEQUÊNCIA: Com este pensamento, fecharam o direito para a influência de outras ciências, como a filosofia, pois para este movimento, o Direito seria o que estava escrito no Código. Proclamava a onipotência jurídica do legislador
ESCOLA DA EXEGESE
Historicismo
É uma concepção da filosofia desenvolvida entre o fim do século XIX e início do século XX pelo filósofo alemão Wilhelm Dilthey (1833 - 1911).
Na concepção historicista, o Direito não emana do Estado, ou seja, não é representado pela lei ou jurisprudência, mas advém do povo, que o concebe espontaneamente, na forma de costume. Aqui, o costume é visto como a manifestação genuína do povo, para qual o direito é direcionado. Nesse viés, o Direito reduz-se ao direito consuetudinário.. 
Concebendo o Direito sob o aspecto histórico e cultural, a experiência jurídica se reduziria ao valor e soberania de cada época, sem prescindir do estudo do direito de outros povos (Direito Comparado). 
Escola Histórica do Direito
A Escola Histórica do Direito surgiu em oposição à Escola da Exegese, pregando que a interpretação da lei deve evoluir de forma a adaptar-se às condições do meio social na época em que fosse aplicada, propiciando uma nova interpretação de seu aplicador, enaltecendo, assim, a interpretação histórica.
Com os alemães Gustavo Hugo, Puchta e, especialmente, Savigny, no início do século XIX, iniciou-se este novo método de entendimento, compreensão e aplicação do direito. 
Tercio Sampaio Ferraz Júnior (2003, p. 76), salienta que "a afirmação da historicidade do direito (como objeto e como uma ciência) foi uma resposta à perplexidade gerada pela positivação".
Seu principal representante, Savigny, apregoava uma oposição a qualquer forma de codificação do direito, pois o direito é manifestação natural do espírito popular. Desse modo, o legislador não cria o direito, mas só traduz sob a forma de lei escrita um direito já latente na história do povo. 
O direito, pois, é fruto da consciência popular de um determinado espaço e tempo, na forma de costume, que é manifestação popular por excelência.
É criticado por não sugerir a “integração do direito”. 
Esta escola tem como principal característica considerar o homem na sua individualidade e em todas as variedades que tal individualidade comporta, em contraposição ao racionalismo.
Escola Histórica do Direito
Escola do Direito Livre
A Escola do Direito Livre foi iniciada por Hermann Kantorowicz (com o pseudônimo de Gnaeus Flavius). Para os adeptos desta corrente, o ordenamento jurídico não deve estar vinculado apenas ao Estado, mas ser livre em sua realização e constituir-se de convicções numa relação de tempo e espaço, ou seja, o Direito Positivo não deve ser apenas imposto pelo Estado, mas também legitimado pela sociedade em razão de suas necessidades.
Este movimento procurou, portanto, resolver o problema provocado pelo distanciamento entre o direito estanque e a sociedade em movimento, atitude e anseios típicos da sociedade da época, haja vista que a lei torna-se retrógrada, por não acompanhar as transformações vividas pela sociedade, acabando por gerar instabilidade e injustiça em lugar de segurança.
No Brasil, a Lei de Introdução ao Código Civil parece inclinar para a Escola do Direito Livre Moderada, quando em seu art. 4º, prescreve que "quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito", pois concede ao julgador uma certa discricionariedade, no julgamento do feito.
Os opositores da Escola do Direito Livre entendem que na interpretação da norma o que deve prevalecer é a vontade da sociedade, pela lei e, de forma nenhuma, a vontade individual do Juiz.
Contra a Escola Livre ergueram-se estudiosos vários, apontando-lhe o grave defeito de comprometer a segurança jurídica, gerando perigoso estado de anarquia.
Os Tribunais devem obediência à Lei, logo a jurisprudência não pode mudar ao sabor das tendências do dia e das classes e partidos políticos.
Os partidários da Escola do Direito Livre, todavia, centravam suas críticas na excessiva abstração do método tradicional que ficava agrilhoado aos conceitos lógicos e formais, afastando-se da realidade da vida, da natureza das relações em jogo, do fim do Direito. · 
Os opositores da Escola do Direito Livre – Críticas à escola 
A Nova Problemática do Direito Contemporâneo
Diferentemente da noção de justiça advinda de Deus extraída de Tomás de Aquino (Idade Média), da visão positivista capitaneado pela Escola da Exegese (justiça se confundia com o constante na Lei) e do Movimento do Direito Livre despreocupado com o formalismo, a problemática da Teoria do Direito Contemporâneo é outra. 
Não obstante, a discussão atual confirmar a importância da segurança jurídica e da ordem, por ser, segundo esta tendência, princípio do Estado de Direito e a não-arbitrariedade das decisões, o que se discute é a racionalidade, trabalhando, por vezes, com valores. Como exemplo, podemos tomar por base a Teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale.
Teoria Tridimensional do Direito
Toda NORMA contêm em sua descrição um FATO SOCIAL que nada mais é que um acontecimento, algo recorrente na sociedade, que o Direito busca codificar para regular e conter os efeitos que tal conduta, porventura possa gerar.
Por último, temos o ASPECTO VALORATIVO,que atribui ao Direito a condição de protetor de determinado bem jurídico de grande valor para o contexto social.
CONCLUSÃO
Nota-se que em momentos distintos na história do Direito houve juízos e concepções diversas, influenciados, por vezes, por crenças e valores, ou mesmo ideais, demonstrando, assim, mais uma vez, que NÃO EXISTE VERDADE ABSOLUTA; paradigmas são para ser rompidos e reavaliados, caso queiramos evoluir. 
Dessa forma, podemos olhar o passado, rever o presente e refletir sobre o futuro, pois a Ciência Jurídica não é estática nem imutável. 
Por isso, é interessante compreendermos o passado para avaliarmos os valores presentes para fazermos justiça com base nas crenças e valores comuns partilhados.
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DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
Não são duas realidades distintas, mas dois lados de um mesmo objetivo; 
São dois ângulos diferentes de se analisar o Direito.
É a partir do Direito Objetivo que deduzimos os Direitos Subjetivos de cada parte, dentro de uma relação jurídica.
1- Direito Objetivo: 
É o conjunto de regras impostas a todos os homens pelas necessidades da manutenção da ordem social, emanadas dos órgãos competentes e tornadas obrigatórias mediante a coação: “Jus est norma agendi.”
2- Direito Subjetivo:
São as possibilidades ou poderes de agir, que a ordem jurídica garante a alguém: “Jus est facultas agendi.”
É a permissão dada a alguém, por meio de uma norma jurídica válida, para fazer ou não fazer alguma coisa.
"O direito subjetivamente considerado é um poder de ação assegurado pela ordem jurídica.” (Clóvis Beviláqua)
RELAÇÃO ENTRE DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
Direito Objetivo e Subjetivo
1. Teoria da Vontade - Bernhard Windscheid
 “é o poder ou senhorio da vontade reconhecido pela ordem jurídica”.
2. Teoria do Interesse – Rudolf  von Ihering 
 “o interesse juridicamente protegido”
 OBS.: O interesse, tomado não como “o meu” ou “o seu” interesse, mas tendo em vista os valores gerais da sociedade
3. Teoria Eclética – Georg Jellinek
 O direito subjetivo seria “o bem ou interesse protegido pelo reconhecimento do poder da vontade”.
A Natureza jurídica do Direito Subjetivo é explicada pelas teorias:
TEORIAS QUE NEGAM A EXISTÊNCIA DO DIREITO SUBJETIVO
A dicotomia entre DIREITO OBJETIVO e DIREITO SUBJETIVO é construção dos tempos modernos, não é do direito romano, embora houvesse no Jus romano algo que não se confundia com a Lex. 
Tanto Leon Duguit como Hans Kelsen negam a existência do direito subjetivo, porém seus argumentos diferem:
Leon Duguit, CONTRA esta bipartição, defende a tese de que somente existe o direito objetivo, negando, portanto, a existência do direito subjetivo. 
Para ele, o indivíduo NÃO DETÉM um poder de comando sobre outro indivíduo ou sobre membros do grupo social, ou seja, SOMENTE O DIREITO OBJETIVO poderá dirigir o comportamento dos membros de uma sociedade. 
Duguit substitui o conceito de direito subjetivo pelo de "Situação Jurídica Subjetiva".
De acordo com a teoria Kelseniana o direito subjetivo é o poder jurídico eventualmente (não necessariamente) concedido pelo direito objetivo, mediante uma ação, para que o Estado (por meio do poder judiciário) aplique a sanção (determinada pelo próprio direito objetivo), àquele que não cumpriu um determinado dever imposto pela norma.
O direito subjetivo não se distingue, em essência, do Direito objetivo, para ele o direito subjetivo é apenas um simples reflexo de um dever jurídico estampado no direito objetivo.
``Dia chegará em que nosso único direito será o direito de cumprir o nosso dever ... A idéia do Direito Subjetivo desaparecerá``.
(Leon Duguit)
“O Direito Subjetivo seria o próprio Direito Objetivo. ``A norma impõe o dever. E só em seguida declara o poder de agir``. 
(Hans Kelsen)
 DIREITO PÚBLICO 
e 
DIREITO PRIVADO
RAMOS DO DIREITO
DIREITO:
“o conjunto de normas e princípios que regem a atividade do Estado, a relação deste com os particulares, e o atuar recíproco dos cidadãos”
A partir da definição do direito como um conjunto de normas que disciplinará as relações sociais em um determinado grupo, parte-se para a divisão do próprio direito em uma árvore que se dividiria em inúmeros e distintos galhos ou ramos.
 DIREITO PÚBLICO 
e DIREITO PRIVADO
	
O direito público é aquele que regula relações em que o Estado é parte, regendo e organizando a atividade do Estado, quando procede em razão do seu poder soberano e atua na tutela do bem coletivo. 
O direito privado é o que disciplina relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse de ordem privada.
FUNDAMENTOS DA DIVISÃO
O Direito Público regula a organização e a atividade do estado considerado:
em si mesmo;
em suas relações com os particulares;
em suas relações com outros Estados.
O Direito Privado regula as relações:
dos particulares entre si;
dos indivíduos, também chamados pessoas físicas ou naturais;
das instituições ou entidades particulares
do próprio Estado sem o seu “poder de império”
O DIREITO como norma
Critérios mais difundido para diferenciar regras de direito público e de direito privado:
CRITÉRIO DO INTERESSE: predominância do interesse público ou do interesse privado;
CRITÉRIO DA QUALIDADE dos sujeitos: intervenção do Estado ou de outros entes públicos na relação jurídica; e
CRITÉRIO DA POSIÇÃO DOS SUJEITOS: se o Estado age como ente soberano, com ius imperii, ou se age de igual para igual com os demais sujeitos da relação jurídica.
Vídeos: Direito Natural/Positivo/Objetivo/Subjetivo
https://www.youtube.com/watch?v=Pin7UWPCXek
https://www.youtube.com/watch?v=rz8CGCqQMf0
(Antígona)
https://www.youtube.com/watch?v=1GSQfkzMAD0 
(Direito Natural e Dreito Positivo)
https://www.youtube.com/watch?v=1GSQfkzMAD0
(Direito Objetivo e Direito Subjetivo)
https://www.paginasdedireito.com.br/index.php/artigos/341-artigos-set-2016/7760-principais-escolas-da-interpretacao-juridica-com-enfoque-no-sistema-moderno-de-investigacao-e-sua-utilizacao-na-justica-do-trabalho
JUSNATURALISMO – ESCOLA DA EXEGESE – ESCOLA HISTÓRICA – ESCOLA TELEOLÓGICA E OS SISTEMAS MODERNOS DE INVESTIGAÇÃO 
PRINCIPAIS ESCOLAS DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
	DIREITO OBJETIVO
	DIREITO SUBJETIVO
	Norma Agendi.
	Facultas Agendi.
	Impõe-se coercitivamente a todos os homens.
	A norma é tomada em relação ao indivíduo.
	Caracteres que o tipificam: 
generalidade, bilateralidade, imperatividade, coercibilidade.
	Só existe em função do Direito Objetivo.

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