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CAPACITAÇÃO DE POLICIAIS MILITARES NO CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS

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POLÍCIA MILITA R DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
DIRETORIA GERAL DE ENSINO E INSTRUÇÃO 
ESCOLA SUPERIOR DE POLÍCIA MILITAR 
 
CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA MILITAR 
 
 
 
CAPACITAÇÃO DE POLICIAIS MILITARES 
NO CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEN CEL PM RG 57368 ANDRÉ LUIS GUSTAVO CAETANO GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
01/2018 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................03 
2 OBJETIVOS....................................................................................................05 
3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................06 
4 REVISÃO TEÓRICA.......................................................................................07 
5 METODOLOGIA.............................................................................................11 
6 CRONOGRAMA.............................................................................................11 
7 REFERÊNCIAS..............................................................................................12 
8 ANEXOS........................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nos dias atuais é comum todos os dias, lermos nos jornais notícias como estas: 
“O Brasil amanhece com manifestações contra as reformas do governo”, “Grupo de 
manifestantes bloqueiam acesso no centro do Rio” ou “Dia de manifestações em 
quase todas as cidades do Brasil” as notícias são inúmeras, desde corrupção nas 
principais empresas do Brasil, escândalos financeiros, corrupção ativa e/ou ativa, 
dentre outras tão pessimista para um País que tinha um povo esperançoso. 
Conforme Santos e Ambra (2015) desde junho do ano de 2013 o país tem 
assistido o desenrolar de diversas manifestações políticas em suas ruas. Estas 
manifestações têm ocupado o lugar de objeto principal de matérias jornalísticas nos 
mais diversos meios. 
A cada dia cresce o número de manifestações em todo o Brasil, pelos mais 
variados motivos. No ano de 2017 tivemos no Brasil os protestos contra as reformas 
da Previdência e trabalhista propostas pelo Governo Michel Temer – que provocaram 
paralisações nos transportes públicos e em bancos, enquanto manifestações e 
marchas, de variados tamanhos, convocadas por sindicatos e grupos de esquerda 
tomaram conta do país (Mendonça, 2017). 
Em 2016, o Brasil viveu uma onda de protestos em prol do impeachment de 
Dilma Rousseff, com cerca de aproximadamente 3 milhões de pessoas nas ruas 
(Martín, 2016). Na Copa do Mundo em 2014, iniciaram-se manifestações que 
começaram no ano de 2013 e se arrastaram até o ano de 2014 (período de realização 
da Copa do Mundo), espalhadas por todo país e principalmente nas capitais onde 
houve jogos da FIFA pela copa do mundo em protesto contra o gasto nas construções 
de estádio e estruturas (Wikipédia, 2014). Em todos esses casos, se faz necessária a 
presença da polícia para se garantir a ordem nos locais de manifestações. 
Estes manifestantes estão cada vez mais organizados, utilizando táticas de 
guerra contra a polícia, seus membros também estão apagando informações pessoais 
da internet e aprendendo a usar softwares que codificam mensagens enviadas pela 
rede, dificultando sua interceptação. Eles também teriam estudado a forma de 
organização de unidades de contenção de multidões da PM, com o objetivo de 
aprender sobre quais são as reações da polícia a cada tipo de ação dos manifestantes. 
Para atacar os policiais, adotam como tática de confronto o uso de bombas 
4 
 
incendiárias, como coquetéis molotov e também estilingues – que usam para disparar 
bolas de gude contra forças de segurança. Os alvos dos estilingues seriam 
preferencialmente os policiais do patrulhamento regular (e não as unidades de 
choque), que não possuem capacetes de proteção (Kawaguti, 2013). 
Esse trabalho tem como tema Black Blocs e como delimitação do tema a 
capacitação dos policiais militares no controle de Distúrbios. O interesse pelo tema 
surgiu da experiência obtida com as manifestações realizadas no centro do rio, como 
subcomandante em 2016 e como comandante em junho de 2017, pude presenciar e 
acompanhar o início das manifestações na Alerj em novembro de 2016, forma 9 
meses de manifestações violentas e atos de vandalismo. 
A necessidade de capacitação é bastante latente, pois quando a força policial 
tem que atuar para dispersar a multidão, os grupos de Black Blocs enfrentam a polícia 
usando tática de guerrilha, máscaras de gás, com rostos cobertos, para poder resistir 
aso efeitos do gás e arrancam da rua o que tem disponível para fazer de escudo para 
se defender e atacam a tropa com muita violência. Por diversas vezes recebo a tropa 
convencional e a mesma não é treinada, capacitada e nem tem equipamento, 
colocando a tropa para recuar, dominando o território. O policial não pode usar de 
arma de fogo para se defender, então recuam pois não trem domínio de técnicas que 
auxiliem no combate, pois não tem equipamentos, só a tropa especializada de 
grandes eventos ou a tropa de choque que consegue se defender minimamente deles. 
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2014 na 
Copa do Mundo (CASTRO, 2014) revelou como as próprias forças de segurança se 
sentem despreparadas para agir diante dos grandes atos. Ao todo, 64% dos policiais 
militares e civis entrevistados admitiram não ter recebido orientação e treinamento 
adequado para lidar com as manifestações e os black blocs. 
Portanto, o tema se torna relevante, pois o objeto de estudo é a capacitação de 
policiais militares. Através de uma capacitação e treinamento específico, podemos 
estar preparados para combater esses distúrbios, sendo um modelo de referência 
para OPM e PMERJ como um todo, podendo se estender para toda a instituição da 
Polícia Militar em todo Brasil. 
 
 
. 
5 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
O presente trabalho tem como objetivo geral, desenvolver um curso de 
capacitação de aperfeiçoamento no controle de distúrbios (perturbação da ordem) em 
especial os Black Blocks, que provocam vandalismo e destruição nas ruas do Rio de 
Janeiro. 
 
2.2 Objetivos Específicos: 
 
 Revisar a literatura acerca do tema abordado; 
 Reciclar os conhecimentos sobre os Distúrbios Civis, trazendo as técnicas 
utilizadas de outros Países 
 Ampliar conhecimentos sobre as técnicas utilizadas pelos Black Blocs; 
 Identificar os tipos de Black Blocs e seu perfil; 
 Detectar situações que poderão ser encontrados nas manifestações; 
 Identificar o tipo de treinamento a ser abordado; 
 Realizar um cronograma com o curso a ser ministrado 
 Escolher os instrutores que irão ministrar esses cursos; 
 Criar um pelotão especializado em artes marciais 
 Treinar e capacitar os policiais militares em técnicas de imobilização e projeção ao 
solo do Jiu-Jitsu, golpes de imobilização entre outras técnicas a serem utilizadas; 
 Adquirir equipamentos para os dias de confronto como capacete, colete, 
ombreiras, joelheiras e protetores nas pernas e nos braços; 
 Reforçar o uso em que situação os policias irão atuar com armas de baixa 
letalidade, como bombas de gás lacrimogêneo, granadas de luz e som, disparos 
de bala de borracha e pistolas Taser 
 Adotar técnica de policiamento a distância; 
 Monitorar redes sociais; 
 Disponibilizar helicóptero com uma câmera de alta capacidade de alcance ligadas 
a centrais de monitoramento. Preservar a integridade física de manifestantes e policiais 
 
6 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
 O motivo de escolher essa pesquisa, se dá pelo fato da importância de treinar 
a polícia militar para este tipo específico de situação, e em caso de violência como 
nos atos do black blocs, verificar com antecedência qual a melhor forma de agir. 
 Nos dias atuais, o treinamento é importante em qualquer organização, 
principalmente nas instituições públicas, onde a sociedade é a maior beneficiada e 
existe uma carência na área de capacitação profissional. 
O estudo pode trazer por meio do desenvolvimento e do treinamento, 
capacitação aos policiais militares, onde irá assimilar novas informações, aprender 
habilidades novas, desenvolver atitudes e comportamentos diferentes dos que são 
utilizados, além de se especializar no assunto, estando apto a identificar e preservar 
atos de vandalismos. 
Tratando-se do estado atual do nível de insegurança que se presencia nas 
manifestações no Rio de Janeiro, nunca é demais ter um conhecimento a mais sobre 
novas técnicas de artes marciais. Através dessa pesquisa poderemos encontrar 
resultados satisfatórios tanto a nível físico dos policias como a nível psíquico, 
elevando a autoestima dos policiais que além de desenvolver um conjunto de 
habilidades que antes não possuía, irá melhorar o seu aspecto físico, tendo 
consequentemente um melhor resultado no combate a esses distúrbios civis, 
garantindo maior segura para a população. 
Portanto, o projeto se torna relevante, respondendo a problemática que é o 
despreparo de policiais militares contra os grupos Black Blocs. O tema trata de 
soluções para a nossa instituição sendo de fácil aplicabilidade na PMERJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 REVISÃO TEÓRICA 
 
Inevitavelmente a violência muitas vezes vem acompanhada nestas 
manifestações, conforme descrito por Quero (2013), eventos de massa, seja a entrada 
e saída de estádios, grandes shows, uma grande passeata são oportunidades para 
ações oportunistas de depredação, vandalismo, roubo que causam um alto grau de 
visibilidade política e social. E em situações de massas, os indivíduos acabam por 
tomar atitudes que não teriam se estivessem sozinhos ou em pequenos grupos. 
Muitas destas manifestações têm se agrupado em redes sociais – 
principalmente o Facebook (G1, 2013). Muitos grupos organizados pretendem fazer 
manifestações pacíficas para aquilo que defendem ser certo ao Brasil, mas existe o 
outro lado, os que pretendem fazer manifestações com badernas e destruição do 
patrimônio público e privado. Um destes grupos de manifestantes, que veio à tona no 
Brasil, principalmente em 2013 em São Paulo, são denominados de black blocs, 
identificados por usarem máscaras, camisa no rosto e geralmente roupas pretas, para 
dificultarem sua identificação junto à polícia (Oliveira, 2016). 
A origem do black bloc como tática de enfrentamento ocorreu no início da 
década de 1980. O termo Schwarzer Block (bloco negro, em alemão) foi criado 
inicialmente na então Alemanha Ocidental, em 1980, pela imprensa. Ele fazia 
referência a um grupo de ativistas autonomistas (distinto dos grupos anarquistas) que 
lutava contra a construção de usinas nucleares, constituindo alguns acampamentos, 
e também ocupava casas e prédios abandonados (as chamadas squats, ou 
ocupações). 
Com a forte repressão da polícia alemã, os Schwarzer Block desenvolveram 
táticas de guerrilha urbana para enfrentar as forças policiais e resistir contra suas 
investidas, mas também para enfrentar o ataque de grupos neonazistas do país. 
Algumas ações dos black blocs foram verificadas nas décadas de 80 e 90 na 
Alemanha, Estados Unidos e alguns outros países europeus. Estas táticas passaram 
a ser adotadas também por pessoas ligadas a correntes anarquistas. 
A notoriedade maior dos black blocs, entretanto, ocorreu a partir de 1999, 
quando surgiram manifestações do que se convencionou chamar de movimento 
antiglobalização. 
 
8 
 
Essas manifestações ocorreram nos locais em que organizações 
representantes do capitalismo internacional, como Fundo Monetário Internacional 
(FMI), Organização Mundial do Comércio (OMC), G-8, realizavam suas reuniões 
(Pinto, 2013). 
No Brasil, as primeiras ações próximas à tática black blocs ocorreram em 2000 
e 2001, durante os Dias de Ação Global, organizadas pela Ação Global dos Povos, 
consistindo em manifestações em vários locais do mundo durante a reunião das 
instituições internacionais de gestão do capitalismo. Depois desse momento, os black 
blocs voltaram a ocupar as ruas do país após as manifestações de 2013, gerando um 
intenso debate nacional. 
Os mais variados tipos de manifestantes, sejam eles black blocs, os pacíficos 
e os que não pertencem a nenhuma organização política, devem ser distinguidos afim 
de ter uma ação policial mais eficiente. 
Com tudo isso, uma série de repressões exacerbadas e ineficientes nas 
manifestações de ruas, levou a uma deslegitimação dos órgãos públicos de 
segurança. O déficit tanto de treinamento, quanto de preparo das instâncias estatais 
para lidar com essa nova realidade, se reflete na dificuldade dos policiais em agir nas 
situações apresentadas nas manifestações públicas. A utilização, principalmente da 
violência por parte da polícia, ainda que por vezes se faça necessária, deve ser 
aprimorada com maior treinamento e inteligência, evitando ou reduzindo a repressão 
sem afetar o direito de manifestação. O papel da polícia é inegável na garantia da 
ordem pública, mas essa polícia deve ser especializada e capacitada para atender 
essas novas formas de manifestações. (Silva Júnior, 2015). 
Conforme pesquisa realizada Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 26 de 
novembro de 2013 e 14 de janeiro 2014, com 5.304 entrevistados, sendo 4.499 
policiais militares e 805 policiais civis de todas as regiões do país, realizado pela 
internet, a partir de um cadastro que reúne nomes desses profissionais de todo o 
Brasil, mostrou que 64% dos policiais militares e civis entrevistados admitiram não ter 
recebido orientação e treinamento adequado para lidar com as manifestações e os 
black blocs (Castro, 2014). Ou seja, por muitas vezes é utilizado o uso desproporcional 
da força e autoridade, muito por causa da desorganização tática policial, falta de 
treinamento e informações. Em muitos destes casos um enfrentamento com menor 
impacto poderia ter sido aplicado, reduzindo o número de vítimas. 
 
9 
 
Segundo Depuis-Déri (2014), o que distingue a tática Black-bloc das demais 
formas “violentas” de protesto não é o recurso à força, tampouco o uso de 
equipamentos defensivos e ofensivos em passeatas e manifestações – ainda mais 
porque muitos Black Blocs já protestaram pacificamente sem qualquer equipamento. 
Para o autor, o que diferencia essa tática de outras unidades de choque é 
sobretudo sua caracterização visual - a roupa inteiramente preta tradição anarcopunck 
- e suas raízes históricas e políticas nos Autonomen, o movimento “autonomista” em 
Berlim Ocidental, onde a tática Black bloc foi empregada pela primeira vez no início 
dos anos 1980 (Depuis-Déri 2014, p. 40). 
 
Desta forma, observa-se que é necessário um melhor treinamento por parte da 
polícia militar para este tipo específico de situação, e em caso de violência como nos 
atos do black blocs, verificar com antecedência qual a melhor forma de agir. A atuação 
policial deveria ser realizada tanto antes, durante e após as manifestações (Silva 
Júnior,2015). 
A criação de unidades especializadas seria também uma forma de solução 
(Faustino, 2013), mas que iria demandar um maior aporte de dinheiro por partedo 
Estado, algo não viável para os dias atuais de crise financeira e política do Brasil. Um 
maior monitoramento das redes sociais – onde quase sempre são organizadas as 
manifestações (Portinari, 2017) seria uma forma de coletar informações, como 
quantidade de pessoas, locais de protestos, motivações, entre outros, que poderiam 
ajudar a controlar para que a violência não acontecesse ou que fosse rapidamente 
dispersada a fim de proteger a vida e os bens ao redor. 
Podemos tirar por base alguns países como Canadá e Reino Unido. Em 
situações de manifestação, o site da Polícia Militar de Vancouver tem um 
departamento especializado em manifestações públicas. Eles dão parâmetros de 
como deve ser realizado o tratamento das polícias com relação aos manifestantes. 
São eles: papel de proteger o direito de se expressar, prioridade é a proteção das 
pessoas e do patrimônio público, realizar a proteção dos policiais, utilizar força de 
acordo com a ameaça recebida, comunicação com a liderança do evento, mostrar 
profissionalismo, assumir o papel de uma força de paz e se tiver que intervir, 
intervenha com outros órgãos. 
Em um guia de estudantes do Reino Unido constam informações sobre como 
devem ser realizadas as manifestações e as penalidades para cada transgressão 
10 
 
cometida (Faustino, 2013). Desta forma com o maior acesso às informações, maiores 
são as chances de que os movimentos ocorram sem maiores transtornos, e evitando 
principalmente a ação dos black blocs em manifestações legítimas. 
De acordo com Pacheco (2005, p. 18) [...] treinamento profissional diz respeito 
à preparação do indivíduo, com a assimilação de novos hábitos, conhecimento, 
técnicas e práticas voltadas para a satisfação de demandas no exercício da profissão. 
 Conforme Chiavenato (2004, p.340 - 342), existem algumas etapas 
fundamentais para que o treinamento atinja seu objetivo central e agregue valor à 
empresa. Entre eles podemos identificar: 
 
 Diagnóstico (é o levantamento de necessidades de treinamento) 
 Desenho (é a elaboração do programa de treinamento) 
 Implementação (é a aplicação e condução do programa de treinamento) 
 Avaliação (é a verificação dos resultados obrigados com o treinamento) 
 
Hoje as organizações têm que estar atualizadas no mercado e para isso um 
dos pontos principais é a capacitação de seu funcionário, a qualidade que o 
funcionário tem em exercer suas funções, e nessas horas que um treinamento é 
importante, ele aumenta o conhecimento, melhora a habilidade, muda as atitudes 
negativas e tem um bom relacionamento com os clientes internos e externos. 
(CHIAVENATO, 2004, p.340). 
O objetivo do desenvolvimento desses policiais é para combater essas ações 
dos Black Blocs, pensando no coletivo, na segurança da população e também na 
segurança do policial militar, que muitas vezes é atingido e termina prejudicando sua 
atividade policial. Investir no desenvolvimento deles significa investir na qualidade de 
seus serviços à população. 
 O art. 144, § 5º, da C.F, preceitua que, “Às policias militares cabem a polícia 
ostensiva e a preservação da ordem pública” evidenciado que a polícia militar exerce 
a função de polícia administrativa, sendo responsável pelo policiamento ostensivo e 
preventivo, e pela manutenção da ordem pública nos diversos Estados da Federação. 
Pretende-se alcançar com êxito através da pesquisa que será realizada, 
resolvendo a problemática em questão, comprovando que a falta de treinamento e 
desenvolvimento acarreta diminuição de rendimento e desmotivação do policial militar 
em serviço. 
11 
 
5 METODOLOGIA 
Para que os objetivos propostos possam ser alcançados faz-se necessário 
pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com os policias militares. Será realizado 
também uma pesquisa descritiva, pesquisando também os principais conceitos acerca 
do assunto e a importância de treinar a tropa. 
Os critérios de inclusão para esse estudo são: revisão bibliográfica, dados da 
PMERJ, leis, jornais, revistas, capítulos de livros, legislação, artigos de periódicos, 
pesquisa de campo, entrevistas. O presente estudo envolverá a coleta de dados 
através de aplicação de questionários, que produzirá as informações para análise e 
transcrição de resultados. 
 
6 CRONOGRAMA 
2018 
MÊS/ ETAPAS 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV 
Escolha do 
tema 
X 
 
 
Levantamento 
bibliográfico 
 X X X 
 
 
Elaboração 
do 
anteprojeto 
X 
 
 
Entrega do 
projeto de 
pesquisa 
X 
 
 
Coleta de 
dados 
 X X X X 
 
 
Análise dos 
dados 
 X X X 
 
 
Organização 
do 
roteiro/partes 
 X X X X X 
 
 
Redação do 
trabalho 
 X X X 
 
 
Revisão e 
redação 
final 
 X X X 
Entrega 
da 
monografia 
 X 
Defesa da 
monografia 
 
 
 X 
 
 
12 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, LEIS, DECRETOS. Constituição da República Federativa do Brasil. 05 
de outubro de 1988. 35. ed. Brasília: Edições Câmara, 2012. 
 
CASTRO, Juliana. O Globo: Em pesquisa, 64% dos policiais assumem não ter 
treinamento adequado para lidar com protestos, 2014. Disponível em 
<https://oglobo.globo.com/brasil/em-pesquisa-64-dos-policiais-assumem-nao-ter-
treinamento-adequado-para-lidar-com-protestos-11476813>. Acesso em 13 jan 2018. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas e o novo papel dos recursos 
humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
DEPUIS-DERI, Francis. Black Blocs. Tradução de Guilherme Miranda. São Paulo: 
Veneta, 2014. 284-p. 
 
FAUSTINO, Fernanda. Atuação da polícia revela despreparo, 2013. Disponível 
em:<https://jornalggn.com.br/blog/atuacao-da-policia-nas-manifestacoes-revela-
despreparo>. Acesso em: 14 jan. 2018. 
 
KAWAGUTI, Luis. Black blocs e polícia vivem guerra de táticas, 2013. Disponível 
em:<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/10/131014_black_bloc_taticas_lk
>. Acesso em: 12 jan. 2018. 
 
G1, Conheça a estratégia ‘Black Bloc’, que influencia protestos no Brasil, 2013. 
Disponível em <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/conheca-estrategia-black-
bloc-que-influencia-protestos-no-brasil.html>. Acesso em 13 de janeiro de 2018. 
 
MARTÍN, María. Maior manifestação da democracia brasileira joga Dilma contra 
as cordas, 2016. Disponível em 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/13/politica/1457906776_440577.html>. 
Acesso em: 12 jan. 2018. 
 
MEDONÇA, Heloísa. As ruas do Brasil voltam a se agitar, agora contra a reforma 
da Previdência, 2017. Disponível em 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/15/politica/1489610399_470699.html >. 
Acesso em: 12 jan. 2018. 
 
OLIVEIRA, André Azevedo de. Black bloc: a tática fugidia que desnorteia e assusta 
SP,2016. Disponível em: 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/10/politica/1473461724_961425.html>. 
Acesso em: 14 jan. 2018. 
 
PACHECO, Luiza. Capacitação e desenvolvimento de pessoas. Luiza Pacheco, 
Anna Cherubina Scofano, Mara Beckert, Valéria de Souza. Rio de Janeiro: Editora 
FGV, 2005. 
 
13 
 
PINTO, Tales dos Santos. Black Bloc: movimento ou tática?, 2013. Disponível em: 
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/black-bloc-movimento-ou-
tatica.htm >. Acesso em:12 jan. 2018. 
 
PORTINARI, Natália. Planalto usa dados de agência para monitorar política em 
redes sociais, 2017. 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1874399-planalto-usa-
dados-de-agencia-de-sp-para-monitorar-redes-sociais.shtml>. Acesso em: 11 jan. 
2018. 
 
QUERO, Caio. Por que há confrontos em manifestações que começam 
pacíficas?2013.Disponívelem:<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/06/13
0620_manifestacoes_confrontos_pacificos_cq>.Acesso em: 11 jan. 2018. 
 
SILVA JÚNIOR, Júlio Gonçalves da. Black bloc nas manifestações populares no 
Brasil: uma análise sobre a atuação do poder público como responsável pela 
ordem pública e pela liberdade de expressão nas manifestações de junho de 
2013, 2015. Disponível em:< http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/handle/ri/19728>. 
Acesso em: 11 jan. 2018. 
 
SANTOS, Hugo Leonardo Lana dos; AMBRA, Pedro Eduardo Silva. VIOLÊNCIA E 
INTERPRETAÇÃO: uma leitura psicanalítica da violência e de sua interpretação 
nas manifestações políticas de junho de 2013, 2015. Disponível em 
<http://www.academia.edu/download/37522011/VIOLENCIA_E_INTERPRETACAO_
FINAL-3.docx>. Acesso em: 12 jan. 2018. 
 
WIKIPÉDIA, Protestos no Brasil contra a Copa do Mundo de 2014, 2014. 
Disponível em < 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_no_Brasil_contra_a_Copa_do_Mundo_de_201
4>. Acesso em: 14 jan. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Revista Veja - Edição 2335 - 21 de agosto de 2013

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