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1 UNIVALI - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI CAMPUS DE ITAJAI CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E JURIDICAS – CEJURPS CURSO: DIREITO DESCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL I PROFESSOR: GUILHERME AUGUSTO CORREA REHDER ACADÊMICO: ANDERSON DE SENA RESENHA – A TEORIA DOS JOGOS APLICADA AO PROCESSO PENAL ITAJAI, 02 DE OUTUBRO DE 2019 2 Capitulo 1 – processo penal a partir da teoria dos jogos e da guerra INTRODUÇAO: A teoria dos jogos e uma teoria matemática criada para modelar e inovar o sistema processual tem por objetivo exemplificar o processo penal como se fosse um jogo, onde têm os jogadores e o julgador, em defesa dessa teoria o autor denomina o processo penal com as regras de um jogo de xadrez trazendo os exemplos mais tradicionais da historia do direito processual. O objetivo deste trabalho é mostrar como o conjunto processual penal tem como estratégia mostrar situações onde os jogadores escolhem diferentes ações, a teoria dos jogos veio para comparar a resolução dos conflitos sociais com um jogo sendo simples a sua resolução. A partir de jogo simples, e os conceitos de soma – zero estratégia econômicas, matriz de ganhos, tendo por sua base o equilíbrio de NASH, o jogo é dinâmico com possibilidades de mudanças. A Teoria dos Jogos está atualmente bem visível no dia a dia da sociedade, principalmente nos noticiários relacionados à política, como, por exemplo, na grande operação Lava Jato. Em razão disso, o processo penal vem apresentando 3 grandes mudanças em sua aplicação. Cada doutrinador, baseado nas regras, normas e nos princípios, desenvolve seu entendimento diverso, afetando diretamente no desenvolvimento do jogo. A Teoria dos Jogos Tudo começou quando o matemático John Von Neumann, que entre outras coisas é responsável pela criação da arquitetura básica do computador moderno, sentiu-se frustrado com a grande imprevisão das ciências sociais. As tentativas anteriores em trazer a matemática a essa área eram baseadas no sucesso de outras disciplinas tradicionais, como a física e o cálculo. O problema, logo se percebeu, eram as pessoas. O ser humano desafiava as leis da racionalidade ao competir, cooperar, fazer coligações e até agir contra seu próprio interesse na certeza de estar fazendo a coisa certa, reagindo uns aos outros, aos seus ambientes e a informações que podem ou não estar corretas. No mundo físico, equações, estruturas e objetos são calculáveis, observáveis e planejáveis. 4 É verdade que existem grandes desafios também nessa área, mas um átomo não age movido por conceitos como lucro, ganância, vingança e amor. Era preciso algo diferente para estudar esse objeto tão complexo. A partir de um artigo publicado em 1928, Von Neumann estabeleceu os primeiros esboços de uma teoria científica especializada em lidar com o conflito humano matematicamente. O livro “Theory of Games and Economic Behavior” de 1944, que escreveu com o economista Oskar Morgenstein, é considerado o trabalho que estabeleceu a Teoria dos Jogos como campo de estudo. A teoria proposta, de modo surpreendentemente simples, trabalhava o mundo social a partir de modelos baseados em jogos de estratégia. Era criada uma ferramenta que permitia analisar esse mundo mediante conceitos precisos e elegantes. Na evolução humana o jogo sempre esteve presente desde o primórdio, nas primeiras civilizações, mas precisamente em 1920, surge a idéia de trazer como se fosse um jogo para solucionar as questões sociais, 5 trazendo então para um raciocínio lógico, como também nos jogos assim era a idéia de comparar os conflitos sociais como se fosse um , podendo assim ter uma solução mais preciso e equiparada, tanto como na filosofia como nos pensamentos lógicos. Na teoria dos jogos, temos uma comparação clássica, de como o direito processual penal nada mais é do que um jogo processual. Como todo jogo, por exemplo, o futebol, vôlei , xadrez, etc.. Existe nas suas estruturas e regras de conhecimento, sendo que não importa onde, quando e o lugar do jogo, os jogadores precisam conhecer as regras desse jogo e seus objetivos. Pensando de como seria seu adversário e qual será as suas estratégia naquela partida é preciso ter certo conhecimento do jogo, por exemplo, o de futebol os jogadores precisam saber de como os seus adversários jogam. Quando inicia uma partida de futebol, sempre vamos ter a parte (A) e a parte (B) , e para que esse jogo seja de ordem e bem sucedido precisa ter também um juiz que esse lembrará as regras do jogo para os jogadores sempre que esses cometeram alguma falta e assim ele 6 segue com o critério de que o poder que ele exerce naquele momento do jogo é absoluto e imparcial, pois no caso do jogo pro juiz não importa o time que ganha e sim a qualidade da partida, cuidando sempre de que os jogadores sigam as regras do jogo. Os dois times tem o mesmo objetivo de ganhar aquela partida, independente de como e o que precisaram fazer para conseguir chegar ao resultado , a vitoria. A função do juiz aqui é de, sempre que os jogadores cometerem alguma falta, ele os lembrará , não que os jogadores não sabem das regras , mas lembrando de que eles farão de tudo pra chegar a vitoria. Assim como n jogo de futebol que é comparado a teoria dos jogos processuais, temos também a parte (A) e a parte (B) . as partes que ira ganhar não se sabe, mas o verdadeiro jogador que se dedica pode presumir de quem será a vitoria. No processo penal também temos as mesmas complexibilidade de como no inicio de um jogo de futebol, ali os jogadores não sabem que irá vencer, mas podem presumir a vitoria,nunca terão a real certeza de quem será a vitoria .N No inicio do processo, temos a fase do conhecimento , onde os jogadores do processo ira se reinteirar sobre os fatos, tanto como os jogadores 7 e julgadores conhecem as regras do jogo , e eles começam o jogo, o juiz entra em campo com os jogadores, pois é ele que cuidara para que não haja trapaça durante o jogo processual, as provas juntadas pelos jogadores aqui o juiz é quem vai alisá-las se são licitas ou ilícitas, pois neste jogo processual não importa o porte físico do jogador como no futebol , e sim o porte da capacidade intelectual e o empenho técnico de cada um deles , esse empenho de cada um será determinante para a vitoria,um precisa da absolvição já o outro a condenação o importante para cada jogador é a vitoria, mesmo jogando de lados diferente e sabendo que a decisão será proferida de acordo com a capacidade daquele que jogou melhor. como a metáfora teoria dos jogos no processo penal, nesta nova dinâmica na questão do resultado final não depende de total eficiência dos jogadores, e sim do que são capazes de prova durante o processo para o julgador, pois no período durante as jogadas, existe a figura do juiz que analisa as provas tanto documental,e também nas provas testemunhal e nas provas periciais . assim entra nos sistema processual as declarações e as decisões, que segunda o livro a teoria dos jogos denominade subjogos. 8 Os subjogos , são aquelas jogadas que determinam algumas decisões proferidas pelo julgador, mas não da fim ao processo, são meramente decisões, que durante o processo tem que ser tomada, tipo como no jogo de futebol quando o juiz expulsa um jogador de campo, ou da um cartão amarelo assim o advertindo, mas o jogo continua e não pode parar sem o apto final , nas declarações do julgador o processo continua pois são decisoes que não tem finalidade de sentenciar , e sim ditar aqueles regras que durante o jogo o juiz lembra aos jogadores que precisam tomar cuidado se não um dos deles podem ser vencido em um momento de descuido. Conforme a descrita das teorias dos jogos,mesmo os jogadores tendo visão diferente do processo, pois o defensor busca a liberdade de seu cliente , e ministério publico na figura do promotor de justiça busca a condenação do réu , durante essa guerra dos processos será de suma importância a coerência e as atitudes do jogadores ,sendo que uma boa partida e dentro das regras processuais. A decisão se Dara com a aplicação de um equilíbrio , como na teoria de NASh, uma vez que o jogadores racionais fariam a melhor opção pessoal, entretanto essa situação é confrontado por todos pelo dilema do 9 prisioneiro já que não seria um ótimo pareto , a saber a melhor racionalidade individual significa resultado prejudicial para ambos. Cooter e Ulem , afirmam “ o direito freqüentemente se defrontam em situações em que a poucos tomadores de decisões e em que a ação ótimo a ser executada por uma pessoa depende do outro agente econômico escolher. Essas situaçõe são como o jogo, pois as pessoas precisam decidir por uma estratégia , uma estratégia e um plano de ação que responde as reações de outras pessoas. A teoria do jogo lida com qualquer situação em que as estratégia será o mais importante” “Desenvolvida pelo matemático suíço John Von Neumann no início do século XX, a “Teoria dos Jogos” analisa a forma como agentes econômicos ou sociais definem sua atuação no mercado, considerando as possíveis ações e estratégias dos demais agentes econômicos. Esta teoria analisa as características dos agentes da economia, as estratégias de cada um deles e os possíveis resultados, diante de cada estratégia, para avaliar as prováveis decisões que esses agentes tomarão. Todavia, a “Teoria dos Jogos” ganhou nova dimensão, 10 assumindo papel de suma importância, inclusive no campo jurídico, a partir da teoria de doutoramento desenvolvida por Nash, que aprofundou os estudos de equilíbrio entre os agentes econômicos, mormente em relação à aplicação desta teoria em ambientes não cooperativos. A teoria de Nash se trata da solução para determinado mercado competitivo, no qual nenhum agente pode maximizar seus resultados, diante da estratégia do outros agentes. A análise combinada das estratégias de mercado a serem escolhidas levará, segundo Nash, a um resultado do qual nenhum dos agentes individualmente experimentará prejuízo, em vista da estratégia de mercado de outros agentes, garantindo o êxito da atividade econômica e a salutar manutenção do mercado. “ 11 Capitulo 2 – sistemas e devido processo legal substancial os princípios estaria situado em uma estrutura do processo penal e divide - de , historicamente em dois sistema de , o sistema de inquisição ( o inquisitório ) e o acusatório . refere-se essa estrutura de mista , pois os dois princípios são aplicado dentro do mesmo processo. A origem : “A origem do sistema acusatório remonta ao Direito grego, o qual se desenvolve referendado pela participação direta do povo no exercício da acusação e como julgador. Vigorava o sistema de ação popular para os delitos graves (qualquer pessoa podia acusar) e acusação privada para os delitos menos graves, em 12 armonia com os princípios do Direito Civil” (LOPES JÚNIOR, 2012, p. 124). SISTEMA INQUISITÓRIO O sistema inquisitório remonta à Inquisição, como a própria nomenclatura indica. A Inquisição não tinha relação qualquer com o fenômeno criminoso, não objetivava enfrentar altos índices de criminalidade da época. O seu principal foco era o desvio em relação aos dogmas estabelecidos pela Igreja Católica Apostólica Romana, que alegava estar ameaçada pela proliferação das novas crenças heréticas, no contexto da reforma religiosa do século XVI. A estrutura repressiva inquisitorial apresentava características peculiares, tendo como fundamentação uma série de verdades absolutas que giravam em torno do arcabouço ideológico oferecido pelo dogmatismo religioso da época (KHALED JÚNIOR, 2010, p.295). Diante das regras segundo a teoria dos jogos. Assim o sistema inquisitório o principio inquisitivo marca uma cadeia de significantes , e o sistema acusatório é o principio que traz a informação , seguindo as regras de suas atuações , quando o inquisitório ao acusatório, eles não são praticado pelos mesmos . na teoria dos princípios o inquisitório surgiu para desenvolver e atender os interesses da igreja , que tinha o poder sobre a sociedade e ela era quem fazia a “justiça” entendendo como se fosse um juiz julgador , ela tinha um poder sobre as investigações, onde cobra 13 do magistrado uma atitude em que reprimia o acusado a confessar o crime, não importante com as reações , fazendo assim de tudo para exprimir a verdade real do acusado, sendo ele através da tortura e outros meias maquiavélicos para que ouves se o culpado para determinado crime , sem que o torturado tivesse o direito do contraditório, publicidade, ou ate mesmo em um devido processo legal, tendo assim uma postura não tão humana para a extração da prova , longe do fair play . - Dilema do prisioneiro: O prisioneiro fica praticamente sem saída, pois se dois criminosos forem presos , esse serão interrogados separadamente, onde um é posto contra o outro indiretamente , nas seguintes formas; são colocados em uma sala separadamente e interrogados ,se ambos assumirem a culpa são condenados, mas se um delatar o outro este ficara livre alem de ganhar a liberdade também ganha uma quantia em dinheiro , mas se os dois permaneceram calados esses ganharam a liberdade; Entretanto, se agissem irracionalmente, poderiam obter um resultado melhor, pagando uma pena de um só ano 14 de prisão. Este é um jogo não cooperativo, ou seja, os jogadores não estão preocupados em obter o melhor resultado em conjunto, mas sim o melhor ganho individual que puderem. O mercado dos lucros : Embora o sistema capitalista tenha sido um recurso da criminologia no final do século XIX , no decorrer do século XX uma nova ideologia de sistema aparece para modificar o mercado do sistema processual ,em suas mudanças dos paradigmas , depois do neoliberalismo temos um estado não mais em sua função de partida para atuar em beneficio ao individuo, mas sim um estado que se reporta agora com a função de que o individuo não é assegurado mais pelo estado , pois o estado esta em função de que é dentro do sistema dos lucros que o importa , e não mais preocupado com a coletividade e vontade do cidadão , mas a preocupação do estado é sim um processo o questionado quanto ao custo que gera. Com uma novo idealismo não mais com o caráter de garantias individuais. Agora surge um estado garantidor nãos mias dasrelações sujeito / estado , com uma única função do novo mercado de cuidar do sistema como um todo em suas atividades econômicas , para que o sistema se mantenha ainda 15 meio que ineficiente , pois o estado busca a nova econômia como o objeto do sistema processual. No inicio do século XXI é difuso , pois não a mais uma preocupação em estado interessado nas relações dos indivíduos , pois agora o cidadão não visto mais como meio de o estado intervir sem que seja provocado, e sim o crime tendo como se fosse um produto do mercado, o interesse do coletivo em que o estado era pra ter em relação a sociedade para resolver seus conflitos, o esta do não tem mais uma relação dentro da sociedade como garantidor dos direitos individuais , o crime para ele se transformou em um produto, em que se tem um valor econômico a dispor para a intervenção na sociedade. Como o produto a decorrer dos séculos , dentre os mais economicamente positivo entra com toda força no inicio do século, O estado então deixa de ser o garantidor com a relação de gratuidade, passa como se fosse um movimento de marcado para o sujeito privado, então o individuo não procura o estado para um a defesa de gratuidade, mas agora com o produto do crime vendido pelo estado , o sujeito procura empresas privadas para a sua defesa, assim o estado consegue segurar uma sistema processual , pois as empresas privadas tendo como produto o crime, podem e consegue movimentar economicamente o sistema , sendo não mais assegurado 16 estado. Os lucros obtidos pelo novo sistema tem a eficiência de garantir um para o individuo uma melhor “condenação” o individuo crime, agora pode estar mais a vontade, pois o o produto/empresas tem uma melhor condição financeira para colocar uma valor em uma condenação ou em uma absolvição , é esse valor de marcado do crime que movimenta todo o sistema processual penal , tendo um ate o direito de estar nas bolsas de valores e tão importante e chegar a ter participações como se fosse ações vendidas em mercado de valores. Como define Luigi ferrajoli é preciso ao dizer que: “ Infelizmente” , a ilusão panjudicialista ressurgiu em nossos tempos por meio da concepção do direito e do processo penal como remédios ao mesmo tempo exclusivos e exaustivos para toda infração da ordem social, desde a grande criminalidade ligada na degeneração endêmicas e estruturais do tecido civil e do sistema político ate as transgressões mais minúsculas das inumeráveis leis que são cada vez mais freqüentemente sancionadas penalmente, por causa da conhecida efetividade dos controles e das sanções penais. Resulta disso um papel de suplência geral da função judicial em relação a todas outras funções de Estado – das funções políticas e de governo às administrativas e disciplinas – e um aumento 17 completamente anormal da qualidade dos assuntos penais” Capitulo 3 – a decisão favorável como meta do jogo processual. Presunção de inocência e como narrar historias : A Decisão : A meta do jogo processual busca os mesmo objetivos em tripartida, ambos fazem jus a propositura da vitoria, mas com objetivos distintos , em quanto aos jogadores de um lado existe a figura do acusador que o objetivo é uma, buscar a condenação dentro de uma verdade 18 mostrada tão somente em meros relatos ou diligências que muitas das vezes arbitraria mas o que importa para esse jogador é a condenação, para que o jogador acusador consiga mostra para o estado o seu poder de conhecimento sobre a propositura pleiteada, uma vez que nem sempre busca o interesse do coletivo mas o interesse propriamente dita. Tendo o poder de mostrar para a sociedade , a satisfação de que o estado esta presente para resolver e ou resguardar as garantias do indivíduos que fazem parte da de uma parcela da sociedade que buscam oprimir aqueles que estão as “margens da lei” para eles o estado se tem como um garantidor dos direitos daqueles que seguem uma paradigma do politicamente correto. Do lado oposto existe a figura o defensor publico, o advogado que dentro do mercado processual, já privatizado, em busca do crime defendido para que seja ele o ganhador do jogo processual, esse sim estar inserido dentro da divisão social pois a busca incansável é a absolvição do individuo que anda em cima da lei, ou melhor por cima da lei, essa parte da sociedade tem por objetivo a busca de uma estrutura processual em qual faz “jus” a absolvição dos que estão inseridos nas margens da questão social, fazendo com que o estado seja o inimigo do cidadão que estão dentro dos 19 paradigmas ditas pelo estado , em busca da relação não acusatória e sim absolutória de absolvição busca tão somente em que esse individuo acusado pelo estado que seu representante o quer restringir de liberdade , o que esta na defesa só quer garantir a “liberdade” porque se pensarmos nos jogadores do processo as vezes se portam tão sucessivos quanto ao ramo do conhecimento e cegamente querem persuadir o julgador a sua verdade não importando com os impactos sociais ,mas buscando mais uma modelo econômico rentável do que a própria aplicação da lei no curso do processo, e querendo que o julgador prolate a sentença , condenatória ou a absoluta absolvição. Sabendo que o interesse do julgador é uma decisão dentro da verdade real. Cardozo , juiz da corte suprema americana, escrito de 1960, já alertava “O trabalho de decidir causas se faz diariamente em Centena de tribunais de todo o planeta. Seria de imaginar que qualquer juiz descrevesse com finalidade procedimentos que já aplicou mais de milhares de vezes. Nada poderia ser mais longe da verdade. Durante o longo do séculos vimos a figura do julgador dentro do campo e do jogo processual , em busca da verdade real, a dedicação de mostrar as suas capacidades de ser um juiz e de poder decidir o futuro da sociedade que estão as margens da lei, busca a certeza e 20 usa de convencimento próprio dentro das regras do jogo, a decisão em que menos ira atormentá-lo, na incerteza de uma decisão em que as provas “reais” são aqueles verdadeiras e que ele acredita traz em sua mente uma culpa de fazer ou não fazer a coisa certa, o absolutismo da ignorância muitas vezes se sobre saem aquela decisão condenatória que proferida em um momento mostra a sua felicidade do dever cumprido, mas na verdade ao longo dos anos traz a experiência de que , aquela condenação foi equivoca, ou a absolvição que parecia ser a mais correta, foi o que contribuiu para chamada de “equivoco processual” os julgadores dentro da área de conhecimento nem sempre o conhecimento busca a melhor sentença, muitos acreditam tanto na verdade real que se fosse um sentimento da incerteza ficam esperando uma resposta do alem, para aqueles cujo paradigma esta relativamente ligados a religião , esses buscam as vezes uma resposta tão divina que parecem que ouvem vozes dentro das faculdades mentais , na existência metafísica dos processos penais. A divindade como resposta ? para aqueles julgadores que buscam algo mais para fundamentar as suas decisões , dizem ter uma resposta divina sobre aquela caso concreto,. Dita de outra forma as características os documentos acolhidas dentro dos 21 argumentos variam de acordo com o órgão julgador ,para obter uma resposta mais concreta sobres as decisões dos julgadores , baseados em uma relaçãoprocessual mostrado para o juiz dentro da teoria argumentativa que lhe cabe tomar a melhor decisão,mas que ela seja diferida de modo pelo qual estabeleça da parte do julgador o principio da imparcialidade, se for ele “justo” com a sustentação mais razoável do equilíbrio do jogo processual, sustendo que a inautenticidade se faz presente dentro do conhecimento do julgador, saber como funciona o sistema usado no convencimento daquele julgador assim mostrando o entendimento em que seja incapaz de visualizar dentro da partida. 22 Capitulo 4 – jogo processual estrutura e funcionamento Regras estruturais do funcionamento Dando inicio ao jogo processual, existem em sua estrutura as posições de cada um dos jogadores , como na teria dos jogos tendo como exemplo o jogo de futebol que também tem comprometimento com regras , assim no jogo processual temos regras quanto as cadeiras de cada jogador , as regras estruturais definirão quem são os seus jogadores e julgadores, assim os intervenientes, determinando a cada um a sua competências, determinando assim o lugar e qual órgão julgador será competente para em fim dar inicia a uma partida respeitando de acordo com o jogo processual as suas regras. Tendo em vista em que o jogo se inicia, entretanto todos os jogadores já sabem a determinação das jogados serão importante durante as jogadas, mas esse jogo como todo jogo também tem inicio, meio e terá um final. Durante a partida deverão ser respeitadas as regras, tais como o limite do tempo , a prescrição, duração razoável do processo, os limites dos prazos a serem respeitados , cada jogador sabem e entendem sobre o jogo então cada um ocupa o seu lugar para atuar 23 dentro do campo processual, respeitando os atos e procedimentos proferidos pela parte competente, ambos assumem o risco de sofrer penalidades durante o jogo. Se todos os jogadores e julgadores envolvidos agir e ou atuar respeitando as regras na esfera ética e intelectual do jogo, assim terá o seu final dentro das possibilidades uma decisão mais razoável para os que buscam respeitar as estruturas e regras do jogo. As características conclusiva, podem ser alteradas de acordo com a publicidade dos fatos, o fator mídia, podem trazer um resultado diferente . se determinado crime vier a repercutir em cadeia nacional através das mídias e meios de comunicação este terá uma decisão não tanto agradável para uma das partes , considerando que aquele crime que venha ao conhecimento público, esta já terá uma condenação pela sociedade. O crime comercializado como um produto quando mais bárbaro for melhor, a sociedade terá uma participação em comum neste jogo , pois cada individuo já tem a sua sentença quando em sua maioria já determina ate como essa pena pode ser aplicada, muitos que praticam o crime na concepção social tem que pagar pelo mal que fez , a sociedade já logo aplica a pena quase sempre de modo sanguinário dependendo do 24 crime , ainda mias se ele for o tal chamado de crime bárbaro neste sentido a sociedade retroagem aos primórdios e agem com as mesmas atitudes praticadas pelas primeiras civilizações, quando os crimes eram sentenciados com penas de morte, ou apedrejamento, apedrejar em peça publicas e por ai vai... devido a publicidade do crime o individuo já fica condenado instantaneamente por uma massa de indivíduos e repudia tais crimes.Conforme sustenta sloterdijk: “ Durante a época do império (Romano), a provisão de fascínios bestializadores para as massas romanas havia se tronado uma técnica de dominação indispensável, rotineiramente aprimorada, e que, graças a formula “pão e circo” de Juvenal , persiste ate hoje nas memórias”. 25 Capitulo 5 - decisões o resultado do jogo A decisão e o resultado no processo penal segundo a teoria dos jogos,não é um ato de conhecimento e sim de compreensão , na teoria o jogador que tem o papel de acusar, sendo um horizonte as sentenças dentro de um evento semântico , o jogador acusador precisar estar sempre na contramão , apresentando provas e conclusões claras para que a sentença esteja em conformidade com a regras do jogo , a verdade real processual em decisão é um mecanismo quem em Frances é definida diretamente em um sistema de mecanismo de “ bricolage singular” mesmo que o resultado não seja perfeito, o que vale dizer sobre a verdadeira fase processual é nem sempre a verdade real é verdadeira , mas como a responsabilidade de o dever de dar uma resposta a sociedade e dentro da estrutura do campo das regras do jogo tem muitas das vezes em que e verdade parece como se fosse uma coisa fictícia , ela precisa aparecer não importando com e como os fatos e ou os procedimentos, a questão é proferir uma decisão mais próximo da realidade da verdade real. O julgador é uma pessoa física, com residência fixa e com documentos aqueles que todo cidadão tem , identificando que ele antes de ser um julgador também é 26 um pai de família, um esposo, um cidadão da sociedade comum tem suas preferências ideológicas, sociais, criminológicas, processuais, etc,. Para que os jogadores tenham êxito em seus argumentos , ele precisa saber onde esta pisando, conhecer o julgador em que o processo esta é um processo demorado e exige dos jogadores uma atenção precisa, para que fazem as suas defesas dentro dos princípios que aquele julgador acredita assim ficara mais fácil obter o resultado pretendido. Dentro das questão cientifica , em relação ao direito as decisões , as interposições e seus recursos dentro do processo precisa de uma atividade cerebral de altíssimo nível, a nossa capacidade de tentar interpretar as coisas, vem através daquilo que vimos e acreditamos, os mecanismos cerebrais que definira a capacidade de compreensão das coisas, somos a todo momento sujeitos a ser influenciados pela complexibilidade cerebral , damos destaques as decisões proferidas em um tribunal por um colegiado, são sempre complexas pois a todo o momento pela persuasão dos colegas a mudar de opinião 27 Conclusão: Com uma breve leitura à obra de Alexandre Morais da Rosa, único doutrinador que trouxe ao Brasil a referida teoria baseado no Processo Penal, é possível perceber que a Teoria dos Jogos está presente em praticamente todos os atos praticados dentro do processo penal, sem ao menos perceber. Fez-se necessário, inicialmente, entender o que é e como acontece o processo penal. O Direito Processual Penal é uma das tantas divisões do Direito Público e tem por finalidade a regulamentação das funcionalidades do Estado no processo. O Estado dispõe do direito de punir a partir da violação do Direito Penal, entretanto, antes de instituir uma pena, deve sempre oportunizar o contraditório a defesa. Apresentada a contestação, acontecerá a fase probatória onde serão produzidas todas as provas necessárias para que o juiz possa averiguar as circunstâncias dos fatos, para, ao final, declarar a culpabilidade do réu, imputando lhe a pena cabível. Existe, portanto, o que se chama de conflito de interesses. De um lado, o Estado pretendendo punir o agente e, de outro, a pessoa apontada como infratora, exercendo seu direito de defesa constitucionalmente garantido, a fim de garantir 28 sua liberdade.O processo penal passou por diversas modificações ao longo dos anos até chegar à forma em que se encontra hoje. Mudanças essas que foram causadas pela sociedade, provocando a implementação dos sistemas processuais penais, momento em que o Estado trouxe para si a aplicação do direito, com o objetivo de proteger a coletividade. Durante essas mudanças, o processo penal passou a ser visto de diversas formas, sendo criado, então, mais de um sistema processual que são denominados de sistema acusatório, sistema inquisitório e sistema misto. Contudo, não se pode atrelar os sistemas processuais penais a uma evolução histórica, eis que surgiram da necessidade e, desde então, não obtiveram significativas alterações. O sistema acusatório foi criado com o objetivo de equiparar a hipossuficiência da defesa com a plenitude organizacional do Estado, promovendo, portanto, a justiça. No sistema inquisitório do Processo Penal o juiz tinha o poder de julgar, acusar e defender, podendo, portanto, solicitar as provas a serem produzidas, sendo passível ainda a tortura e falso testemunho, para, em seguida, julgar o processo por sua livre convicção. Na fase probatória, o juiz tinha liberdade para colher as provas que entendia pertinentes. Diferente do sistema acusatório, aqui, o acusado 29 permanecia preso durante todo o processo, sendo, na maioria das vezes, torturado até a confissão. O réu era tratado como objeto, não lhe sendo proporcionado o direito ao contraditório. Diante disso, o sistema inquisitório começou a perder forças, passando a mesclar-se com o sistema acusatório. Assim, surgiu o sistema misto, com a finalidade de defender o sistema acusatório, o qual, na maioria das vezes, era acionado somente por vingança, sendo pouco procurado pelos ofendidos devido à falta de recursos ou desinteresse. Nesse sistema, o Ministério Público apresentava a acusação e o Juiz as investigava. Com o surgimento do sistema misto, aumentou as garantias do réu, assegurando a ele o direito de defesa no curso da instrução probatória. Atualmente, segundo os doutrinadores, utilizamos o sistema acusatório, porém não puro. Os doutrinadores usam o termo não puro, pois o juiz, apesar de não produzir provas, pode solicitá-las de ofício para elucidar os fatos. Outra influência, para que seja considerado não puro, é a presença do inquérito policial no processo penal, onde as provas acostadas nos autos do inquérito policial, que foram utilizadas para proceder a denúncia, são também analisadas no momento do julgamento. No desenvolvimento das teorias, ao explicar o conceito de teoria, que não é 30 unívoco, e quais são os requisitos exigidos para que ela se desenvolva em uma disciplina, a fim de entender sua finalidade. Teorias são idéias não comprovadas, baseadas em fatos verdadeiros e, se certificadas, ganham autoridade legal. Fatos e teorias são inter- relacionados, tanto que não existe teoria sem ser baseada em fatos. São indispensáveis a abordagens científicas, consistindo em instrumento científico apropriado para explicação dos fatos. Tem a função de resumir através das generalizações empíricas e das inter- relações de afirmações comprovadas, o que já se sabe acerca do assunto em desenvolvimento. Um novo fato ou uma nova descoberta podem provocar o início de uma nova teoria. As teorias podem ser rejeitadas e reformuladas, pois estão em constantes alterações, sendo simultaneamente observados novos fatos, dado que surgem dúvidas em seu conceito antigo, não se enquadrando mais em sua nova visão. Ocorre, também, a redefinição e o esclarecimento das teorias, destarte o foco de interesse da teoria. Acontece que dada teoria se formou baseada sobre aspectos gerais, contudo, surgiram hipóteses específicas, que, conseqüentemente, exigiram sua explicação a renovação e a redefinição. É necessário, ainda, perceber que as teorias podem ter seus conceitos clareados, pois uma das exigências 31 fundamentais da pesquisa é a de que os conceitos sejam definidos como suficientes. Assim, é possível concluir que a teoria serve para explicar fatos que acontecem em determinado momento, sem que possam entender, mas depois de um estudo aprofundado será possível vê-la com outros olhos. No entanto, será possível perceber que apesar de não ser conhecida e pouco estudada, a Teoria dos Jogos é aplicada ao Processo Penal, de forma imperceptível, pois são as ações tomadas por cada jogador que caracterizam a Teoria dos Jogos. A Teoria dos Jogos enxerga o Processo Penal como um jogo, onde acontecem interações entre jogadores, regulamentadas pelo Estado que impõe as regras do jogo, quem serão os jogadores e qual a função de cada um. Para se chegar ao resultado pretendido, faz-se necessário, primeiramente, elaborar a estratégia que deseja alcançar, após, deverá ficar atento a todas as jogadas lançadas pelos demais jogadores e elaborar uma análise para escolher a melhor tática a ser jogada naquele momento processual. O mais importante no momento de escolher a estratégia é encontrar o Equilíbrio de Nash. Ao iniciar o jogo processual, analisa-se primeiramente a organização do jogo em dois momentos, primeiro articulam-se os sentidos em face da normatividade abstrata e, segundo, mapeia os jogadores, analisando sua expectativa de 32 jogada, seu modo de compreender e operar as decisões, observar as recompensas que almeja, a fim de antecipar seu comportamento. Considerando que o referencial teórico da Teoria dos Jogos deveria ser formal, não responde como tal, visto que os afetos e sentimentos humanos podem gerar variáveis. Além da atuação racional, existe a vontade de ganhar. Conhecer o adversário não significa prever todas suas jogadas, confiar cegamente no adversário pode trazer prejuízo ao jogo. Os interesses, recompensas e jogos ocultos ultrapassam a perspectiva abstrata em nome do resultado. No jogo processual penal as regras são jogar limpo, aplicar o fair play e evitar comportamentos contraditórios, pois, quando menos se espera, o jogador é pego pelo doping, que estraçalha sua reputação, denigre sua imagem perante outros jogadores e julgadores, prejudicando sua atuação em outros jogos, passando-se por antiético. A exploração das regras do jogo é um forte mecanismo de pressão como blefes, truques, trunfos e ameaças, que são formas de comunicação durante a aplicação das táticas. Elas podem ser usadas em debates orais ou escritas. Ressalta-se a importância de saber quando aplicar cada ação, pois, entre jogar com profissionais ou jogar com amadores, existe uma grande diferença. Diante do exposto, pode-se 33 concluir que o resultado do jogo depende da interação humana, bem como das táticas e estratégias aplicadas pelos jogadores no processo, sendo que podem ser táticas, estratégias, dominantes,dominadas. Assim, aplicou-se um questionário a fim de averiguar a aplicabilidade da Teoria dos Jogos no Processo Penal. A bricolage é uma forma de decisão, onde o julgador permite que as partes produzam todas as provas que desejarem, trazendo ao processo o maior número de informações possíveis, para, no momento da decisão, o julgador organizar as informações apresentadas pelas partes e julgar o processo. Aplicada à Teoria dos Jogos, além da organização das informações, que podem seguir diversas linhas de entendimento, tem a influência das concepções já definidas, assentadas como efeitos da política, ideologia e pré-conceitos pessoais (in) conscientes. Através do levantamentode dados, feito com operadores do Direito, através da elaboração de um questionário com treze questões elaboradas de forma direta e indireta, foi possível concluir que a Teoria dos Jogos é aplicada no Processo Penal, porém, poucos dos operadores conhecem essa teoria. Na análise dos questionários aplicados aos Defensores Públicos de ambas as Comarcas, é possível perceber que apesar de terem pouco conhecimento, responderam as questões 34 diretas e indiretas com base na Teoria dos Jogos, comprovando que a teoria existe e é diariamente aplicada nos processos penais das Comarcas estudadas. Já na análise dos demais questionários, que foram aplicados aos Magistrados e Promotores, foi possível verificar que não possuem conhecimento acerca da Teoria dos Jogos, pois, em ambas a questão, direta e indireta, mesmo respondendo com coerência as perguntas, é nitidamente visíveis que não possuem conhecimento, ressaltando que em alguns casos deixaram de responder as perguntas diretas, frustradas por falta de conhecimento acerca da Teoria dos Jogos. Percebeu-se maior interesse pela Teoria dos Jogos entre os Defensores, os quais, além de possuir uma restrição legal e administrativa menor em relação aos Magistrados e Promotores, possuem uma necessidade de se equivaler de medidas adversas por lidar com a parte de maior hipossuficiência. 35 Bibliografia: ROSA, Alexandre Morais da. A teoria dos jogos aplicada ao Processo penal. 2ª . Edição, são Paulo . 2015,empório do direito/ editora rei dos livros
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