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AULA 10

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AULA 10
A Profissionalização das ONGS e o seu Papel de Parceira do Desenvolvimento Sustentável
O papel do Estado tem sido repensado. Ao mesmo tempo, verificam-se a crescente participação das empresas privadas no total das riquezas mundiais e o progresso alcançado pela humanidade, que contrastam com a pobreza e a exclusão social.
O Início da Gestão Social
Percebida no Brasil como um fenômeno recente, a Gestão Social surgiu a partir das mudanças econômicas e administrativas ocorridas na década de 1990. 
Essas mudanças alteraram o papel das ONGs, deslocando-as da posição basicamente política e de interlocutoras da sociedade, para a de “parceiras do Estado” na execução das políticas públicas. 
Neste cenário, o caráter político dá lugar ao técnico/burocrático, jurídico, econômico e administrativo, exigindo uma práxis próxima da gestão corporativa e do modelo gerencialista proposto na reforma do Estado, com o desafio da eficiência sem a perda do caráter político.
Um dos maiores desafios enfrentados pelas ONGs é o da gestão sem recursos, em decorrência do não domínio das receitas para desenvolver projetos e para sua manutenção. 
Elas são (com raras exceções) dependentes de fontes externos, o que as deixa vulneráveis quanto à sua sustentabilidade, exigindo habilidade na captação de recursos.
Neste contexto, a institucionalização do Terceiro Setor é fundamental no cenário social, político e econômico atual, no qual os dois primeiros setores – o público e o privado – cresceram em desarmonia com os anseios da sociedade. 
O recente enfraquecimento do setor público, com a proposta em curso do “Estado mínimo”, demanda da sociedade civil ações na busca do equilíbrio social. Porém, ao passo que as ONGs ganham importância, suas necessidades financeiras se ampliam, e os recursos a elas disponibilizados se tornam escassos.
Atualmente a responsabilidade social é encarada como um fenômeno mundial, resultante de mudanças políticas e econômicas que proporcionaram o avanço do neoliberalismo, e também pela evolução normal da conscientização das sociedades. Dentro desse contexto de conscientização, sobressai também o novo papel que os consumidores têm desempenhado, sendo mais seletivos, pois sabem que o consumo tem reflexos. Assim, buscam assumir também a sua responsabilidade, por meio de um consumo responsável, baseado em julgamentos de atitudes do ponto de vista ético e do desenvolvimento sustentável. Com isso, acabam pressionando as empresas, que para conquistarem o consumidor precisam comprovar que adotam uma postura social e ambientalmente correta.

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