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Administração Financeira e Orçamentária 
Curso Regular 2018 
Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 03 
 
Prof. Dr. Giovanni Pacelli www.3dconcursos.com.br 1 de 276 
AULA 03: PPA, LDO, LOA e Créditos Adicionais. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2.PPA 2 
2.1. PPA na CF/1988 2 
2.2. PPA no âmbito federal 12 
2.3. Mensagem Presidencial do PPA federal 25 
2.4. Comparação do PPA federal atual com os anteriores 33 
3. LDO 40 
3.1. Atribuições Principais da LDO na CF/1988 e na LRF 41 
3.2. Outras atribuições da LDO na CF/1988, na LRF e na 
própria LDO 
48 
3.3. Anexos da LDO 54 
4. LOA 66 
4.1. Estrutura 69 
4.2. Orçamento de Investimento 73 
4.3. Orçamento da Seguridade Social 77 
4.4. Integração para combater a desigualdade inter-
regional 
84 
5. Prazos dos instrumentos de planejamento 86 
6. Créditos Adicionais 92 
6.1. Finalidades e formas de abertura 93 
6.2. Fontes de Créditos Adicionais 95 
7. Lista das questões apresentadas 103 
8. Lista das questões comentadas 177 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
Hoje nós entraremos nos detalhes dos 3 (três) instrumentos de 
planejamento: PPA, LDO e LOA. Além disso, trataremos dos conceitos e 
finalidades dos créditos adicionais, bem como das suas respectivas fontes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 03 
 
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2. PLANO PLURIANUAL 
 A título de esquenta segue questão discursiva cobrada sobre PPA. 
 
MPOG/2010/APO/ESAF 
 
 
2.1. PPA na CF/1988 
 A CF/1988 estabelece que: 
Art. 165. 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
 
Administração Financeira e Orçamentária 
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 A partir do conceito anterior surgem os seguintes 
questionamentos: 
1 – O que é essa regionalização? Ela é obrigatória? 
2 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “diretrizes, objetivos e 
metas”? 
3 – O PPA é apenas para União, ou para todos os entes? 
4 – As despesas de capital estão no PPA? Todas de capital? E das 
despesas correntes? Todas as despesas correntes também constam no 
PPA? 
 
1 – O que é essa regionalização? Ela é obrigatória? 
 A regionalização é a localização espacial de gasto e é obrigatória. A 
regionalização pode ser dar: pelas cinco regiões administrativas, por 
estados, por municípios, por biomas (Caatinga, Amazônia Ocidental, 
Amazônia Oriental) e outros critérios espaciais. 
 
 
2 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “diretrizes, 
objetivos e metas”? 
 Normalmente as bancas trocam DOM (“diretrizes, objetivos e 
metas”) por MP (metas e prioridades), termos típicos da LDO. Caso 
isso ocorra considere um erro. 
 
 
 
 
 
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3 – O PPA é apenas para União, ou para todos os entes? 
 Apesar de o conceito mencionar administração pública federal, 
todos os entes da federação devem ter PPA, LDO e LOA. Assim, se 
consideramos 5500 municípios temos: 1 PPA da União, 27 PPA´s dos 
Estados e DF e 5500 PPA´s dos Municípios. 
 
4 – As despesas de capital estão no PPA? Todas de capital? E das 
despesas correntes? Todas as despesas correntes também 
constam no PPA? 
 Essa pergunta é complexa e necessita de um conhecimento 
adjacente: classificação da despesa orçamentária. Inicialmente devo lhe 
informar que existem 9 classificações da despesa orçamentária. Essas 9 
(nove) classificações vem apenas na LOA. Pelo menos duas dessas 
classificações também podem vir no PPA: classificação quanto à natureza 
e classificação programática. Vejamos a Figura 1 a seguir. 
 
 
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Figura 1: Despesas que constam na LOA 
Classificação quanto à natureza: 
R$ 1000
Classificação programática: 
R$ 1000
Corrente: R$ 600
Capital: R$ 400
Despesas Orçamentárias na 
LOA: Exemplo R$ 1000
Gestão, Manutenção 
e Serviços: R$ 300
Temático: R$ 400
Operações Especiais: 
R$ 300 
Pessoal, Juros, Aluguel
Obras, Amortização da Dívida
Área Fim: mobilidade urbana, 
Bolsa-Família
Área Meio: Pessoal, Aluguel, 
Reforma de Sede
Juros, Amortização da Dívida, 
Transferências Constitucionais
 
 Independente da classificação na LOA, se o valor da LOA é de R$ 1.000, ele é R$ 1.000 em qualquer 
classificação da despesa orçamentária. Porém, já adianto que diferentemente da LOA, não constam no PPA as 
despesas dos programas de operações especiais. 
 Assim, pelo conceito da CF/1988, as despesas com capital devem constar no PPA, porém não todas 
(amortização da dívida fica fora). As despesas correntes “decorrentes”/ “derivadas”/”consequentes” das despesas 
de capital também devem constar no PPA, porém não todas (juros e transferências constitucionais ficam fora do 
PPA). 
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É importate você saber que nem todas as despesas orçamentárias 
constam no PPA. 
Os exemplos dados das despesas correntes e de capital, e dos programas 
são os mais usuais em prova. 
 
 
Instrumentos de Planejamento na CF/88: Lacunas Jurídicas 
A CF/1988 determina que deveria haver lei complementar que dispusesse 
sobre exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do PPA. 
Art. 165. § 9º, I: 
“Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, 
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual”. 
Ocorre que não existe a referida lei até hoje. Isso gera algumas 
consequências: 
1 – Recepção da lei 4320/1964 como lei complementar por resolver no que 
tange à LOA parte dos assuntos tratados no Art. 165. § 9º, I; 
2 – Adoção dos prazos dos instrumentos previstos do A.D.C.T. da CF/1988 
até hoje; 
3 – Possibilidade dos Estados exercerem a completência plena nestes 
assuntos haja vista a omissão da União; 
4 – Temas que deveriam estar de forma perene nessa lei complementar 
acabam sendo direcionados para a LDO, desvituando suas atribuições. 
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Em termos de planejamento estratégico, tático e operacional; o 
PPA é um plano estratégico e tático. Porém, é importante saber sua 
classificação quanto ao prazo. 
Desse modo, o Governo ordena suas ações com a finalidade de 
atingir objetivos e metas por meio do PPA, um plano de médio prazo 
elaborado no primeiro ano de mandato do presidente eleito, para 
execuçãonos quatro anos seguintes. 
 
Relação com outros Planos 
A CF/1988 prevê a existência de outros planos de iniciativa do presidente 
da República, quais sejam: nacionais, regionais e setoriais. 
 
Art. 165. [...] 
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano 
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Assim, fica claro que todos os planos nacionais, regionais e setoriais 
devem estar de acordo com o PPA e não o contrário. 
Isso pode gerar casos grotescos como o fato de um Plano Decenal de 
determinado tema (plano de longo prazo) ser compatível com o PPA que é 
um plano de médio prazo. 
 
 
 
 
 
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(Cespe/IPEA/2008) Quanto às normas orçamentárias da CF, julgue os 
itens seguintes. 
1. Entre os instrumentos de planejamento da atividade financeira do 
Estado previstos pela CF, o nível mais abstrato para a formulação do 
plano de trabalho do governo é constituído pelo Plano Plurianual (PPA). 
 
2. (Cespe/TCU/2008) A lei que institui o plano plurianual (PPA) deve 
estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
para outras delas decorrentes. Contudo, não existe um modelo 
legalmente instituído para organização, metodologia e conteúdo dos 
PPAs. 
 
3. (ABIN/2010/Administração) Se, em consonância com as normas do 
PPA, o governo federal instituir um plano de combate a calamidades 
públicas ocorridas em certa região do país, não haverá necessidade de 
submeter esse plano ao Congresso Nacional. 
 
4. (Cespe/CNJ/2013) A elaboração do orçamento compreende o 
estabelecimento de plano de médio prazo (quatro anos) ou PPA; lei 
orientadora ou lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e orçamento 
propriamente dito ou LOA. 
 
 
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5. (Cespe/ANTT/2013) Apesar de ser um guia para a elaboração da LDO 
e para a LOA, o PPA não condiciona outros planos constitucionais que 
tenham duração superior ao período de quatro anos, tais como o plano 
decenal da educação. 
 
6. (Cespe/MPU/2013) O PPA estabelece as diretrizes e os objetivos da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as despesas relativas aos programas de educação 
continuada. 
 
7.(Cespe/2015/PGE-PI/Procurador) Não existe, atualmente, dispositivo 
de lei complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos, 
elaboração e organização dos PPAs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES 
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(Cespe/IPEA/2008) Quanto às normas orçamentárias da CF, julgue os 
itens seguintes. 
1. Entre os instrumentos de planejamento da atividade financeira do 
Estado previstos pela CF, o nível mais abstrato para a formulação do 
plano de trabalho do governo é constituído pelo Plano Plurianual (PPA). 
CERTO, o nível mais abstrato é o PPA e o mais concreto a LOA. 
 
2. (Cespe/TCU/2008) A lei que institui o plano plurianual (PPA) deve 
estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
para outras delas decorrentes. Contudo, não existe um modelo 
legalmente instituído para organização, metodologia e conteúdo dos 
PPAs. 
CERTO, até a presente data não existe a lei complementar de que 
trata o art. 165 Art. 165. § 9º, I. 
 
 
3. (ABIN/2010/Administração) Se, em consonância com as normas do 
PPA, o governo federal instituir um plano de combate a calamidades 
públicas ocorridas em certa região do país, não haverá necessidade de 
submeter esse plano ao Congresso Nacional. 
ERRADO, trata-se de plano regional, logo deve ser compatível 
com o PPA e deve passar pela análise do Congresso Nacional. 
 
4. (Cespe/CNJ/2013) A elaboração do orçamento compreende o 
estabelecimento de plano de médio prazo (quatro anos) ou PPA; lei 
orientadora ou lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e orçamento 
propriamente dito ou LOA. 
CERTO, o PPA é de médio prazo e os demais itens estão corretos. 
 
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5. (Cespe/ANTT/2013) Apesar de ser um guia para a elaboração da LDO 
e para a LOA, o PPA não condiciona outros planos constitucionais 
que tenham duração superior ao período de quatro anos, tais como o 
plano decenal da educação. 
ERRADO, os planos nacionais, regionais e setoriais inclusive de 
longo prazo devem ser compatíveis com o PPA. 
 
6. (Cespe/MPU/2013) O PPA estabelece as diretrizes e os objetivos da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as despesas relativas aos programas de 
educação continuada. 
ERRADO, para as despesas relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
7.(Cespe/2015/PGE-PI/Procurador) Não existe, atualmente, dispositivo 
de lei complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos, 
elaboração e organização dos PPAs. 
CERTO, até a presente data não existe a lei complementar de que 
trata o art. 165 Art. 165. § 9º, I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2. PPA no âmbito federal 
 Atualmente a Lei nº 13.249, de 13 de janeiro de 2016, corresponde 
ao PPA da União 2016-2019. 
Art. 1o Esta Lei institui o Plano Plurianual da União para o 
período de 2016 a 2019 - PPA 2016-2019, em cumprimento ao 
disposto no § 1o do art. 165 da Constituição Federal. 
Art. 2o O PPA 2016-2019 é instrumento de planejamento 
governamental que define diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada, com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão 
das políticas públicas. 
 
Prioridades no PPA da União? Mas isso não era na LDO? 
A lei do PPA 2016-2019 traz as prioridades da administração pública 
federal: 
Art. 3o São prioridades da administração pública federal para o período 
2016- 2019: 
I - as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei no 13.005, de 25 
de junho de 2014); 
II - o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, identificado nas leis 
orçamentárias anuais por meio de atributo específico; e 
III - o Plano Brasil sem Miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias 
anuais por meio de atributo específico. 
Parágrafo único. No prazo de noventa dias a contar da publicação desta Lei, 
o Poder Executivo informará ao Congresso Nacional o montante de recursos 
a ser destinado, no quadriênio 2016-2019, ao Programa de Aceleração do 
Crescimento- PAC e ao Programa de Investimentos em Logística - PIL. 
 
Assim, muito cuidado, pois só deve deve dizer que as prioridades 
constam no PPA se a questão de forma explícita mencionar o PPA 
federal. 
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 O PPA 2016-2019 possui as seguintes diretrizes: 
Art. 4º Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes: 
I - O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social; 
II - A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos; 
III - A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades 
sociais, regionais, étnico-raciais, geracionais e de gênero; 
IV - O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e 
inovação e competitividade; 
V - A participação social como direito do cidadão; 
VI- A valorização e o respeito à diversidade cultural; 
VII - O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na 
eficiência do gasto público, na transparência, e no enfrentamento à 
corrupção; e 
VIII - A garantia do equilíbrio das contas públicas. 
 
Quais programas temos no PPA 2016-2019? E quais não temos? 
Existem 3 tipos de programas: temáticos; gestão, manutenção e serviço; 
e operações especiais. Constam no PPA apenas os programas temáticos 
e de gestão, manutenção e serviço. 
Art. 5º O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e organiza a atuação 
governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção 
e Serviços ao Estado, assim definidos: 
I - Programa Temático: que expressa e orienta a ação governamental 
para a entrega de bens e serviços à sociedade; e 
II - Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: que 
expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção 
da atuação governamental. 
Parágrafo único. Não integram o PPA 2016-2019 os programas 
destinados exclusivamente a operações especiais. 
 
 
A seguir consta figura que mostra a estrutura do PPA federal e integração 
do com a LOA. 
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Figura 2: Mosaico da estrutura do PPA federal e sua integração do com a LOA 
Ações dos Programas Temáticos
Plano Plurianual LOA
Nível estratégico Nível tático
Ações dos Programas de Gestão
Programas de Operações 
Especiais e suas ações
Nível Operacional
Visão de Futuro
4 Eixos Estratégicos
28 Diretrizes Estratégicas
54 Programas Temáticos
Programa de Gestão, 
Manutenção e Serviço
Objetivos
Indicadores
Valor Global
Valor de Referência
Iniciativas
Metas
Vinculação
Vinculação
 
 
 
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Relações Funcionais no PPA 2016-2019 
 
1. No PPA só existem programas temáticos e de gestão. Não constam no 
PPA os programas de operações especiais. 
2. As ações são discriminadas exclusivamente na LOA. 
3. Cada programa temático possui dois ou mais objetivos. 
4. Os programas de gestão não possuem objetivos, nem indicadores. 
5. Para cada objetivo existe um único órgão responsável;. 
6. Cada programa objetivo possui duas ou mais metas; e duas ou mais 
iniciativas 
7. Para cada meta existe um único órgão responsável 
8. Não existe órgão responsável por programa. 
9. O elemento de ligação dos programas temáticos do PPA com as ações 
da LOA são os objetivos. No caso dos porgramas de gestão, a ligação é 
direta. Assim, cada ação orçamentária da LOA estará vinculada a um 
único Objetivo, exceto as ações padronizadas que podem se vincular a 
mais de um objetivo. 
 
 O quadro 1 a seguir traz os conceitos dos elementos centrais do 
PPA. 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 1: Atributos dos Programas Temáticos 
Atributos Descrição 
Objetivos 
Expressa as escolhas de 
políticas públicas para o 
alcance dos resultados 
almejados pela intervenção 
governamental. O que deve 
ser feito? 
Órgão Responsável: órgão 
cujas atribuições mais 
contribuem para a 
implementação do Objetivo 
ou da Meta. 
Meta: medida do alcance do 
Objetivo, podendo ser de 
natureza quantitativa ou 
qualitativa. 
Iniciativa: declaração dos 
meios e mecanismos de 
gestão que viabilizam os 
Objetivos e suas Metas, 
explicitando a lógica da 
intervenção. 
Indicadores 
É uma referência que permite identificar e aferir, 
periodicamente, aspectos relacionados a um Programa, 
auxiliando a avaliação dos seus resultados. 
Valor Global 
É a estimativa dos recursos orçamentários e 
extraorçamentários previstos para a consecução dos Objetivos, 
sendo os orçamentários segregados nas esferas Fiscal e da 
Seguridade Social e na esfera de Investimento das Empresas 
Estatais, com as respectivas categorias econômicas. 
Valor de 
Referência 
É o parâmetro financeiro utilizado para fins de individualização 
de empreendimento como iniciativa no Anexo III (se o valor do 
empreendimento for maior ou igual de referência), 
estabelecido por Programa Temático e especificado para as 
esferas Fiscal e da Seguridade Social e para a esfera de 
Investimento das Empresas Estatais. 
 
 
 
 
 
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O que seriam ações padronizadas? 
Inicialmente devemos saber que a classificação programática atualmente 
vigente está suoportada pelas portarias MOG 42/1999, STN e SOF 
163/2001, e Manual Técnico do Orçamento conforme abaixo. 
 
 
 Programa 
Assim, observa-se que a ação é o 2º nível da classificação programática. 
Estas ações podem ser padronizadas. 
Tipo Característica Exemplo 
Setorial 
São implementadas por mais de uma 
UO do mesmo órgão. 
Funcionamento dos Hospitais de 
Ensino; Promoção da Assistência 
Técnica e Extensão Rural - ATER; 
Administração das Hidrovias 
Multis-
setorial 
São executadas por mais de um órgão 
ou por UOs de órgãos diferentes, 
considerando a temática 
desenvolvida pelo setor à qual está 
vinculada. 
Elevação da Escolaridade e 
Qualificação Profissional - 
ProJovem Urbano e Campo 
(realizada no MEC, MTE e 
Presidência). 
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União 
Operações que perpassam diversos 
órgãos e/ ou UOs sem contemplar as 
especificidades do setor ao qual estão 
vinculadas. Caracterizam-se por 
apresentar base legal, finalidade, 
descrição e produto padrão, aplicável a 
qualquer órgão e, ainda, pela gestão 
orçamentária realizada de forma 
centralizada pela SOF. 
Pagamento de Aposentadorias e 
Pensões; Contribuição da União, 
de suas Autarquias e Fundações 
para o Custeio do Regime de 
Previdência dos Servidores 
PúblicosFederais; e Auxílio-
Alimentação aos Servidores e 
Empregados. 
 
 
 Por fim, apresento elementos que compõem o programa de 
mobilidade urbana do PPA 2016-2019. 
 
Figura 3: Indicadores 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 4: Valor Global e Valor de Referência 
 
 
Figura 5: Objetivo e Metas 
 
 
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Figura 6: Iniciativas 
 
 
Figura 7: Integração com a LOA – Parte 1 
 
Observação: o conceito de iniciativa acima que consta no MTO não está 
alinhado ao conceito constante no PPA 2016-2019. 
 
 
 
 
 
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Figura 8: Integração com a LOA – Parte 2 
 
 
 
O PPA possui fases? 
Sim, pode-se admitir que o PPA possui 4 fases: implementação, 
monitoramento, avaliação e revisão. 
 
Art. 12. A gestão do PPA 2016-2019 observará os princípios da 
publicidade, eficiência, impessoalidade, economicidade e efetividade e 
compreenderá a implementação, o monitoramento, a avaliação e a 
revisão do Plano. 
§ 1o Caberá ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão definir os 
prazos, as diretrizes e as orientações técnicas complementares para a 
gestão do PPA 2016-2019. 
§ 2o O Poder Executivo manterá sistema informatizado de apoio à 
gestão do Plano, cujas informações deverão ser atualizadas com 
periodicidade definida nos termos do §1o. 
§ 3o O Poder Executivo adotará, em conjunto com representantes da 
sociedade civil, mecanismos de participação social nas etapas do ciclo 
de gestão do PPA 2016-2019. 
 
 
 
 
 
 
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Quanto às fases do PPA: 
 
Art. 13. O Poder Executivo: 
I - publicará em portal eletrônico dados estruturados e informações sobre a 
implementação e o acompanhamento do PPA 2016-2019; e 
II - encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de Avaliação 
do Plano, que conterá: 
a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que 
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões 
das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e realizados; 
b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos e 
Metas, informando as medidas corretivas a serem adotadas quando houver 
indicativo de que metas estabelecidas não serão atingidas até o término do 
Plano; e 
c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos 
Programas Temáticos. 
 
O Decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, estabelece que o 
monitoramento e a avaliação do PPA 2016-2019 são atividades 
estruturadas a partir da implementação de cada Programa, orientada para 
o alcance das metas da administração pública federal. 
O monitoramento incidirá sobre os Programas Temáticos e seus 
respectivos Indicadores, Objetivos, Metas e Iniciativas. 
Pelo decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, o relatório de avaliação 
deve ser enviado até 31 de maio do ano subsequente ao avaliado, e 
adotará as providências necessárias para a sua ampla divulgação. 
 
 
 
 
 
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É possível alterar o PPA por Decreto? 
Existem alterações que necessariamente são por Lei? 
 
Sim, a lei do PPA 2016-2019 define situações em que o PPA pode ser 
alterado por ato próprio do Executivo (decreto por exemplo). Porém, 
certas alterações do PPA necessitam projeto de Lei: inclusão ou 
exclusão de programas temáticos, objetivos ou metas. 
Art. 15. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, por ato próprio, 
alterações no PPA 2016-2019 para: 
I - compatibilizar as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais 
e pelas leis de crédito adicional, podendo, para tanto: 
a) alterar o Valor Global do Programa; 
b) adequar as vinculações entre ações orçamentárias e objetivos; e 
c) revisar ou atualizar Metas. 
II - alterar Metas qualitativas; e 
III - incluir, excluir ou alterar os seguintes atributos: 
a) Indicador; 
b) Órgão Responsável por Objetivo e Meta; 
c) Iniciativa; e 
d) Valor Global do Programa, em razão de alteração de fontes de 
financiamento com recursos extraorçamentários. 
Parágrafo único. Quaisquer modificações realizadas com fulcro na 
autorização prevista no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e 
publicadas em portal eletrônico do governo federal. 
 
 
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Pelo decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, A revisão do Plano 
consiste na atualização de Programas com vistas a proporcionar aderência 
à realidade de implementação das políticas públicas e, nos termos do art. 
15 da Lei nº 13.249, de 2016, poderá ser realizada pelo Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, por ato próprio e a qualquer tempo. 
Ou seja, houve uma delegação do Presidente ao Ministro do 
Planejamento, respeitado os casos que necessitam de lei: 
 
Decreto 8.759/2016 
Art. 10. Para a revisão do Plano que resulte em inclusão ou exclusão de 
Programa Temático, Objetivo ou Meta deverá ser encaminhado Projeto de 
Lei ao Congresso Nacional, contendo os respectivos atributos e observando 
a não superposição com a programação já existente no PPA 2016-2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3. Mensagem Presidencial do PPA federal 
O Projeto de Lei do PPA 2016-2019 foi resultado de um processo de 
construção coletiva entre órgãos do governo e representações da 
sociedade, que envolveu mais de 4 mil pessoas, sendo realizadas 120 
oficinas governamentais para a formulação dos programas temáticos, dois 
Fórum Interconselhos, seis fóruns regionais, quatro setoriais e amplo 
debate no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Planejamento 
(Conseplan). 
 
 
 
O novo PPA reforça a opção por um modelo de desenvolvimento 
com inclusão social e redução das desigualdades, com foco na qualidade 
dos serviços públicos e no equilíbrio da economia, e está organizado em 
duas partes: dimensão estratégica, composta pela visão de futuro, 
por quatro eixos estratégicos e pelas 28 diretrizes estratégicas, e a 
dimensão tática, que apresenta os 54 programas temáticos e os 
programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado. 
 
 
 
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Na dimensão tática, cada programa temático é integrado por 
objetivos, metas e iniciativas, entre outros atributos que detalham o 
planejamento para cada área de atuação governamental. Os objetivos 
orientam a atuação do governo para o que deve ser feito e apresentam 
o que será entregue à sociedade. As metas detalham essas entregas, 
resultando na medida do alcance do objetivo, podendo ser de natureza 
quantitativa ou qualitativa. As iniciativas apresentam os meios e 
mecanismos de gestão que serão efetivados pelo Estado para viabilizar 
os objetivos e suas metas. Ao todo, são 303 objetivos e 1.118 metas, 
além de 2.860 iniciativas que compõem o arranjo das políticas públicas 
para os próximos quatro anos. 
O PPA 2016-2019 em relação ao PPA 2011-2015 não trouxe 
alterações significativas quanto a sua estrutura e conceitos. As mudanças 
concentraram-se em dois pontos. 
O primeiro foi reforçar o caráter estratégico do Plano, 
estruturando-o em uma Dimensão Estratégica, contendo uma Visão de 
Futuro e um conjunto de Eixos e Diretrizes Estratégicas. O debate para a 
elaboração do PPA foi iniciado a partir das Diretrizes Estratégicas, 
previamente à elaboração dos Programas, tanto no âmbito interno do 
governo como com a sociedade civil. Buscou-se evidenciar o projeto 
estratégico de governo, que orienta a construção dos Programas 
Temáticos, expressando os cursos de ação propostos para o alcance dos 
resultados esperados para o Plano. Estabelece-se, assim, uma conexão 
lógica que permite visualizar como a estratégia geral do governo, 
anunciada na Dimensão Estratégica, orienta as escolhas das políticas 
públicas materializadas em Objetivos e Metas expostos na Dimensão 
Programática. 
 
 
 
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O segundo ponto teve como foco qualificar o conteúdo dos 
Programas Temáticos, que passam a expressar com maior clareza as 
escolhas estratégicas para cada área por meio de seus Objetivo e 
respectivas Metas, que por sua vez destacam de forma concisa as 
entregas mais relevantes e estruturantes para a implementação das 
políticas públicas. 
 
2.3.1 Elementos Estratégicos 
O PPA 2016-2019 assume como Visão de Futuro um Brasil que se 
reconheça e seja reconhecido como: 
• uma sociedade inclusiva, democrática e mais igualitária, com educação 
de qualidade, respeito e valorização da diversidade e que tenha superado 
a extrema pobreza; 
• uma economia sólida, dinâmica e sustentável, capaz de expandir e 
renovar competitivamente sua estrutura produtiva com geração de 
empregos de qualidade e com respeito ao meio ambiente. 
 
Visão de Futuro 
 
 
 
 
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Os Eixos Estratégicos mantêm o foco da ação governamental na 
melhoria das condições de vida da população que, após anos de 
crescimento econômico com redução das desigualdades, viu sua renda, 
assim como suas possibilidades de acesso a bens e serviços, aumentar 
fortemente. 
 
 
 
Para a superação dos desafios compreendidos em cada Eixo 
Estratégico, é proposto um conjunto de Diretrizes que norteiam as 
principais agendas para os próximos quatro anos, nos quais o PPA 2016-
2019 propõe sustentar o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil 
por meio da retomada do crescimento econômico e da distribuição dos 
ganhos de produtividade na sociedade. O vínculo entre as Diretrizes e 
os Eixos Estratégicos não é rígido, podendo uma mesma Diretriz 
Estratégica colaborar para mais de um Eixo Estratégico. A seguir as 
diretrizes: 
 
 
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1. Combate à pobreza e redução das desigualdades, promovendo o acesso 
equitativo aos serviços públicos e ampliando as oportunidades econômicas no 
campo e na cidade. 
2. Promoção da qualidade e ampliação do acesso à educação com equidade, 
articulando os diferentes níveis, modalidades e sistemas, garantindo condições 
de permanência e aprendizado e valorizando a diversidade. 
3. Promoção do emprego e do trabalho decente, com garantia de direitos 
trabalhistas, qualificação profissional e o fortalecimento do sistema público de 
emprego. 
4. Garantia de acesso universal aos serviços de atenção básica e especializada 
em saúde, com foco na integralidade e qualidade do atendimento e no 
fortalecimento do Sistema Único de Saúde - SUS. 
5. Garantia de acesso da população ao sistema previdenciário, com qualidade e 
equidade no atendimento e melhoria da gestão, contribuindo para a 
sustentabilidade do sistema. 
6. Garantia de acesso com qualidade aos serviços de assistência social, por 
meio da consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. 
7. Garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável, com 
promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional. 
8. Fortalecimento da cidadania e dos direitos fundamentais, promovendo a 
participação social, o acesso à justiça, os direitos da pessoa idosa, dos jovens, 
da pessoa com deficiência, o respeito à população LGBT e o enfrentamento a 
todas as formas de violência. 
9. Promoção da igualdade de gênero e étnico-racial e superação do racismo, 
respeitando a diversidade das relações humanas. 
10. Promoção do desenvolvimento rural sustentável, visando a ampliação da 
produção e da produtividade agropecuária, com geração de emprego, renda, 
divisas e o acesso da população rural aos bens e serviços públicos. 
11. Fortalecimento da governança fundiária e promoção da reforma agrária e da 
proteção dos direitos dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e 
quilombolas. 
12. Promoção do direito à comunicação e à inclusão digital, ampliando o acesso 
à Internet banda larga e expandindo a oferta de serviços e conteúdos de 
telecomunicações. 
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13. Fortalecimento da segurança pública e redução de homicídios, com 
integração de políticas públicas entre os entes federados, controle de fronteiras 
e promoção de uma cultura de paz. 
14. Promoção do desenvolvimento urbano integrado e sustentável, ampliando e 
melhorando as condições de moradia, saneamento, acessibilidade, mobilidade 
urbana e trânsito, com qualidade ambiental. 
15. Promoção da segurança hídrica, com investimentos em infraestrutura e 
aprimoramento da gestão compartilhada e da conservação da água. 
16. Promoção da conservação, da recuperação e do uso sustentável dos recursos 
naturais. 
17. Ampliação das capacidades de prevenção, gestão de riscos e resposta a 
desastres e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 
18. Redução das desigualdades regionais e intrarregionais e promoção do 
desenvolvimento territorial sustentável, respeitando as identidades e a 
diversidade cultural. 
19. Promoção do desenvolvimento cultural e artístico e acesso à cultura, com 
valorizaçãoda diversidade e fortalecimento da economia da cultura. 
20. Promoção da democratização do acesso ao esporte, da formação esportiva e 
da preparação de atletas, com foco na elevação da qualidade de vida da 
população. 
21. Promoção da ciência, da tecnologia e da inovação e estímulo ao 
desenvolvimento produtivo, com ampliação da produtividade, da competitividade 
e da sustentabilidade da economia. 
22. Promoção do desenvolvimento econômico, melhoria do ambiente de 
negócios e da concorrência, com justiça fiscal e equilíbrio das contas públicas. 
23. Fortalecimento das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores 
individuais, e promoção do trabalho associado, da cooperação, da autogestão e 
dos empreendimentos solidários. 
24. Ampliação da atuação do Brasil no comércio internacional de bens e serviços, 
agregando valor, conteúdo tecnológico, e diversificando a pauta e o destino das 
exportações brasileiras. 
 
 
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25. Investimentos na melhoria do transporte de passageiros e de carga, 
buscando a integração modal, a eficiência da rede de transporte, a 
competitividade do país, o desenvolvimento sustentável e a integração regional, 
nacional e sul-americana. 
26. Promoção de investimentos para ampliação da oferta de energia e da 
produção de combustíveis, com ênfase em fontes renováveis. 
27. Garantia da defesa nacional e da integridade territorial, e promoção da paz, 
dos direitos humanos e da cooperação entre as nações. 
28. Fortalecimento da capacidade de gestão do Estado, com foco no aumento da 
qualidade dos serviços prestados ao cidadão, na qualidade do gasto, na 
transparência, na comunicação e participação social, bem como da prevenção e 
do combate à corrupção. 
 
2.3.2 Elementos Táticos 
 
 
 
 
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2.4. Comparação do PPA federal atual com os anteriores 
PPA PPA 2008-2011 PPA 2012-2015 2016-2019 
Níveis de 
Planejamento dentro 
do PPA 
Estratégico, Tático e 
Operacional. 
Estratégico (visão, valores e 
macrodesafios) e Tático (programas, 
objetivos e iniciativas). 
Estratégico (visão, 
eixos e diretrizes) e 
Tático (programas, 
objetivos e 
iniciativas). 
Elementos 
constitutivos 
Programas e Ações 
Programas, Objetivos, Metas e 
Iniciativas. 
Programas, 
Objetivos, Metas e 
Iniciativas. 
Responsabilidade 
pelos programas 
Existem órgãos 
responsáveis por 
programas. Cada Programa 
possui um gerente e cada 
Ação um Coordenador. 
Não há órgão responsável por 
programa. Há apenas órgão 
responsável por objetivo. 
Não há órgão 
responsável por 
programa. Há apenas 
órgão responsável 
por objetivo e por 
meta. 
Vinculação dos 
programas com as 
ações da LOA 
Não havia necessidade, 
pois as ações já estavam 
no PPA. 
As iniciativas fazem as vinculações 
das ações constantes na LOA. 
As metas fazem as 
vinculações das ações 
constantes na LOA. 
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Programas de 
Operações Especiais 
Não constam no PPA Não constam no PPA Não constam no PPA 
Discriminação das 
Ações 
No PPA e na LOA Apenas na LOA Apenas na LOA 
Sistema Utilizado SIGPLAN SIOP SIOP 
Análise Crítica Geral 
Esta sobreposição 
confundia o PPA com o 
Orçamento à medida que 
mantinha níveis idênticos 
de agregação entre os 
instrumentos. 
 
Delimitação dos Programas 
Temáticos conferindo novo 
significado à dimensão tática no 
Plano e qualificou a comunicação 
dentro do governo e deste com a 
sociedade. 
Aproximação dos os Programas 
Temáticos dos temas de políticas 
públicas possibilitando a definição de 
indicadores dotados de maior 
capacidade de revelar aspectos das 
políticas e contribuir com a gestão 
Reforço do caráter 
estratégico do Plano e 
qualificação maior 
dos programas 
temáticos. 
 
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8.(IPAJM/2010/Técnico Superior/Adaptada) O Poder Executivo pode 
proceder a alteração do órgão responsável pela execução de determinado 
objetivo incluído no PPA, sem necessidade de se utilizar projeto de lei. 
 
9. (Cespe/2013/ANTT) O plano plurianual deve ser elaborado com vistas 
ao fortalecimento da unidade federativa, sendo, portanto, vedada 
qualquer forma de regionalização de objetivos ou de diretrizes 
governamentais. 
 
(Cespe/2013/BACEN) Com relação aos instrumentos de planejamento, 
orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue o 
seguinte item. 
10. O programa temático, orientando a ação governamental, desdobra-se 
em objetivos e iniciativas e deve retratar, no âmbito do plano plurianual, 
a agenda de governo organizada pelos temas das políticas públicas. 
 
11. (Cespe/TCE-RO/2013) No contexto de elaboração do Plano Plurianual 
(PPA), o conceito de iniciativa é definido como a declaração dos meios e 
mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas, 
explicitando a lógica da intervenção. 
 
 
 
 
 
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12.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Os empreendimentos 
plurianuais cujo valor global estimado seja igual ou superior ao valor de 
referência são caracterizados de grande porte e deverão ser expressos no 
PPA 2012-2015, como iniciativas. Logo, são obrigatoriamente 
individualizados no PPA, os empreendimentos de grande porte 
financiados com recursos provenientes de transferências da União a 
estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
 
13.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Anualmente, o Poder 
Executivo encaminhará ao Congresso Nacional relatório anual de 
avaliação do PPA, que conterá, entre outras informações, a avaliação do 
comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a 
elaboração do PPA, explicitando, se for o caso, as razões das 
discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os realizados. 
 
14.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Além de programas 
destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as 
políticas públicas e organiza a atuação governamental, por meio de 
programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado. 
 
15. (Cespe/TJ-CE/2014/Analista) No âmbito do plano plurianual, um 
programa temático é composto por uma série de atributos, entre os 
quais está indicador que consiste no instrumento que permite identificar 
e aferir aspectos relacionados ao programa, auxiliando o monitoramento 
da evolução de uma determinada realidade e gerando subsídiospara a 
sua avaliação. 
 
16.(Cespe/DPF/2014/Administrador) A contextualização do programa 
temático no âmbito do plano plurianual deve incluir a interpretação 
completa e objetiva da temática tratada, as oportunidades e os desafios 
associados, os contornos regionais que a política pública deverá assumir 
e as transformações que se deseja realizar. 
 
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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES 
8.(IPAJM/2010/Técnico Superior/Adaptada) O Poder Executivo pode 
proceder a alteração do órgão responsável pela execução de determinado 
objetivo incluído no PPA, sem necessidade de se utilizar projeto de lei. 
CERTO, de acordo como novo PPA faz-se necessário projeto de lei 
apenas nos casos de inclusão ou exclusão de programas, 
objetivos e metas. 
 
9. (Cespe/2013/ANTT) O plano plurianual deve ser elaborado com vistas 
ao fortalecimento da unidade federativa, sendo, portanto, vedada 
qualquer forma de regionalização de objetivos ou de diretrizes 
governamentais. 
ERRADO, a regionalização da diretrizes, objetivos e metas é 
obrigatória. 
 
(Cespe/2013/BACEN) Com relação aos instrumentos de planejamento, 
orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue o 
seguinte item. 
10. O programa temático, orientando a ação governamental, desdobra-se 
em objetivos e iniciativas e deve retratar, no âmbito do plano plurianual, 
a agenda de governo organizada pelos temas das políticas públicas. 
CERTO, apenas o programa temático possui objetivos e 
iniciativas. 
 
 
11. (Cespe/TCE-RO/2013) No contexto de elaboração do Plano Plurianual 
(PPA), o conceito de iniciativa é definido como a declaração dos meios e 
mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas, 
explicitando a lógica da intervenção. 
CERTO, é exatamente o conceito do novo PPA 2016-2019. 
 
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12.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Os empreendimentos 
plurianuais cujo valor global estimado seja igual ou superior ao valor de 
referência são caracterizados de grande porte e deverão ser expressos no 
PPA 2016-2019, como iniciativas. Logo, são obrigatoriamente 
individualizados no PPA, os empreendimentos de grande porte 
financiados com recursos provenientes de transferências da 
União a estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
ERRADO. As transferências do FPE e do FPM são operações 
especiais e constam apenas nos programas de operações 
especiais. Logo não constam no PPA. 
 
13.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Anualmente, o Poder 
Executivo encaminhará ao Congresso Nacional relatório anual de 
avaliação do PPA, que conterá, entre outras informações, a avaliação do 
comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a 
elaboração do PPA, explicitando, se for o caso, as razões das 
discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os realizados. 
CERTO, até 31 de maio de cada exercício, o Executivo 
encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de 
Avaliação do Plano, que conterá: 
a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que 
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões 
das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e realizados; 
b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos 
e Metas, informando as medidas corretivas a serem adotadas quando 
houver indicativo de que metas estabelecidas não serão atingidas até o 
término do Plano; e 
c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos 
Programas Temáticos. 
 
 
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14.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Além de programas 
destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as 
políticas públicas e organiza a atuação governamental, por meio de 
programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado. 
ERRADO, os programas de operações especiais não constam no 
PPA. 
 
15. (Cespe/TJ-CE/2014/Analista) No âmbito do plano plurianual, um 
programa temático é composto por uma série de atributos, entre os 
quais está indicador que consiste no instrumento que permite identificar 
e aferir aspectos relacionados ao programa, auxiliando o monitoramento 
da evolução de uma determinada realidade e gerando subsídios para a 
sua avaliação. 
CERTO, é exatamente o conceito da lei 13.249/2016. 
 
16.(Cespe/DPF/2014/Administrador) A contextualização do programa 
temático no âmbito do plano plurianual deve incluir a interpretação 
completa e objetiva da temática tratada, as oportunidades e os desafios 
associados, os contornos regionais que a política pública deverá assumir 
e as transformações que se deseja realizar. 
CERTO, é uma questão genérica. Não tem nenhum aspecto mais 
técnico que a desabone. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 Antes de começar, vamos ao nosso tradicional esquenta de 
questões discursivas. 
 
MPU/2011/Técnico em CI/Cespe 
As mudanças no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 
2011 sugeridas pelo relator do projeto melhoram alguns pontos da 
proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional em abril. 
Segundo uma das novas regras que o relator impõe para a execução 
orçamentária no próximo ano, os investimentos públicos devem crescer 
mais que as despesas com a manutenção da máquina administrativa. 
Se isso de fato ocorrer em 2011, poderá ser o início de importante 
mudança na tendência da política fiscal, marcada pelo crescimento 
contínuo dos gastos com custeio e pela contínua redução proporcional dos 
investimentos, embora estes sejam essenciais para a expansão e a 
melhoria dos serviços públicos e da infraestrutura econômica. O Estado de 
S. Paulo, 27/6/2010 (com adaptações). 
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. 
 
A IMPORTÂNCIA DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA O 
PLANEJAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
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3.1.Atribuições Principais na CF/1988 e na LRF 
 
A CF/1988 estabelece que: 
Art. 165. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
 
 
 A partir do conceito anterior surgem os seguintes 
questionamentos: 
1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “metas e prioridades”? 
2 – A LDO é apenas para União, ou para todos os entes?3 – Qual o cuidado que deve ter com o termo “orientará a elaboração da 
LOA”? Qual a relação dessa atribuição com o ciclo orçamentário da LOA? 
4 – Quais tipos de alterações na legislação tributária são tratadas na 
LDO? 
5 – Quais as agências financeiras oficiais de fomento? 
 
 
 
 
 
 
 
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1 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “metas e 
prioridades”? 
 Normalmente as bancas trocam MP (“metas e prioridades”), 
termos típicos da LDO, por DOM (diretrizes, objetivos e metas), 
termos típicos do PPA. Caso isso ocorra considere um erro. 
 
2 – A LDO é apenas para União, ou para todos os entes? 
 Apesar do conceito mencionar administração pública federal, todos 
os entes da federação devem ter PPA, LDO e LOA. Assim, se 
consideramos 5500 municípios temos: 1 LDO da União, 27 LDO´s dos 
Estados e DF e 5500 LDO´s dos Municípios. 
 
3 – Qual o cuidado que deve ter com o termo “orientará a 
elaboração da LOA”? Qual a relação dessa atribuição com o ciclo 
orçamentário da LOA? 
Se todo ano temos uma LOA, então todo ano devemos ter uma LDO 
que oriente a LOA na fase de ELABORAÇÃO da LOA. Essa atribuição da 
LDO deixa claro que no momento de elaboração da LOA, já deve existir 
uma LDO publicada e válida para que haja a orientação. 
 
4 – Quais tipos de alterações na legislação tributária são tratadas 
na LDO? 
 A CF/1988 reserva para lei complementar criação de novos 
impostos no âmbito da União1 e outros temas de legislação tributária2. 
 
1 Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
2 Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos 
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 
13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
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 Assim, sabendo que a LDO é lei ordinária e não pode tratar de 
temas relacionados à lei complementar, o que vem sendo tratado no 
âmbito na União? Resposta: Renúncia de Receita. 
 
5 – Quais as agências financeiras oficiais de fomento? 
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia S/A, 
Banco do Nordeste do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social. 
 
A LRF estabelece que: 
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 
2º do art. 165 da Constituição e: 
I - disporá também sobre: 
a)equilíbrio entre receitas e despesas; 
b)critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas 
hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º 
e no inciso II do § 1º do art. 31; 
e)normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; 
f)demais condições e exigências para transferências de recursos a 
entidades públicas e privadas. 
 
 
 
 
 
 
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 A partir do conceito anterior surgem os seguintes 
questionamentos: 
1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “equilíbrio entre 
receitas e despesas”? 
 
2 – Qual situação gera limitação empenho pela LRF? Qual a relação dessa 
atribuição com o ciclo orçamentário da LOA? 
 
3 – Qual a relação da atribuição “normas relativas ao controle de custos 
e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos” com o ciclo orçamentário da LOA? 
 
4 – Qual a relação da atribuição “demais condições e exigências para 
transferências de recursos a entidades públicas e privadas” com o ciclo 
orçamentário da LOA? 
 
1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “equilíbrio 
entre receitas e despesas”? 
 Algumas questões questionam se o equilíbrio orçamentário está 
restrito à regra de ouro na CF/1988 (operações de crédito não podem 
superar as despesas de capital). Essa atribuição deixa claro que o tema 
equilíbrio é tratado na LRF e deve ser tratado da LDO. 
 
 
 
 
 
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2 – Qual situação gera limitação empenho pela LRF? Qual a 
relação dessa atribuição com o ciclo orçamentário da LOA? 
 Pela LRF ocorre limitação de empenho quando não se alcança a 
meta bimestral de arrecadação da receita (receita arrecadada é menor 
que a receita prevista). Nesse caso, a LDO estabelece despesas que 
mesmo nesse caso de frustração da receita não podem sofrer limitação. 
 Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 3ª etapa 
da LOA – Execução Orçamentária e Financeira. 
 
3 – Qual a relação da atribuição “normas relativas ao controle de 
custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados 
com recursos dos orçamentos” com o ciclo orçamentário da LOA? 
 Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 4ª etapa 
da LOA – Controle e Avaliação, na medida em que trata da avaliação de 
programas. 
 
4 – Qual a relação da atribuição “demais condições e exigências 
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas” 
com o ciclo orçamentário da LOA? 
 Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 3ª etapa 
da LOA – Execução Orçamentária e Financeira, na medida em que trata 
outros critérios para transferências voluntárias. Dica: a LRF trata de 
critérios de transferências voluntárias: Da União para Estados, Da União 
para Municípios, e Dos Estados para Municípios. Assim, critérios para 
convênios com ONG, ou outros tipos de pessoas jurídicas constam na LDO 
e na legislação infralegal. 
 
 
 
 
 
 
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17. (ESAF/CGU/2012) Assinale a opção que indica matéria que, segundo 
dispõe a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias - LDO. 
a)Diretrizes para a elaboração dos orçamentos.b)Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de 
fomento. 
c) Regras para alteração da legislação tributária. 
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros. 
e) Prioridades da Administração Pública Federal. 
 
18. (Cespe/2013/ANTT) Ao realizar-se a integração entre o sistema de 
planejamento e o orçamento federal, o instrumento legal que explicita as 
metas e prioridades para cada ano, além das alterações na legislação 
tributária, é a lei orçamentária anual. 
 
19. (Cespe/2014/DPF/Administrador) A LDO orienta a elaboração da LOA 
e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA. 
 
 
 
 
 
 
 
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17. (ESAF/CGU/2012) Assinale a opção que indica matéria que, segundo 
dispõe a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias - LDO. 
a)Diretrizes para a elaboração dos orçamentos. 
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988. 
b)Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de 
fomento. 
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988. 
c) Regras para alteração da legislação tributária. 
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988. 
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros. 
CERTO, é uma atribuição e consta na LRF. 
e) Prioridades da Administração Pública Federal. 
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988. 
 
18. (Cespe/2013/ANTT) Ao realizar-se a integração entre o sistema de 
planejamento e o orçamento federal, o instrumento legal que explicita as 
metas e prioridades para cada ano, além das alterações na legislação 
tributária, é a lei orçamentária anual. 
ERRADO, é a LDO. 
 
19. (Cespe/2014/DPF/Administrador) A LDO orienta a elaboração da LOA 
e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA. 
CERTO, a LDO integra o PPA com a LDO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2. Outras atribuições da LDO na CF, na LRF e na própria LDO 
 
3.2.1. Papel da LDO na relação entre os Poderes quando da elaboração da 
LOA 
 Sabemos que o PLOA 2017 deve ser enviado pelo Executivo ao 
Congresso Nacional até 31/08/2016. Porém, antes dessa data, os demais 
Poderes, MPU e DPU devem enviar suas propostas até 15/08/2016 para 
consolidação do Executivo3. 
 A seguir apresento uma série de artigos da CF/1988 que 
determinam que a proposta orçamentária dos poderes, do MPU deve ser 
compatível com a LDO. 
 
 Poder Legislativo: 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
[...] IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de 
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
[...] XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de 
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias 
 
 
 
 
 
3 Lei 13.473/2017 
Art. 24. Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública 
da União encaminharão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão, por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP, até 15 de agosto de 2017, suas 
respectivas propostas orçamentárias, para fins de consolidação do Projeto de Lei Orçamentária de 2018, 
observadas as disposições desta Lei. 
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Poder Judiciário: 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa 
e financeira. 
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes 
na lei de diretrizes orçamentárias. 
[...] 
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem 
encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 
1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
 
Ministério Público: 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
[...] 
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo 
com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for 
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na 
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes 
necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
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Defensoria Pública: 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e 
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação 
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os 
graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de 
forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV 
do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 80, de 2014) 
[...] 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 
2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da 
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 74, de 2013) 
 
O que ocorre se a proposta de um dos demais Poderes estiver em 
desacordo com a LDO? 
O Executivo devolve, OU ajusta e incorpora no PLOA? 
 
A CF/1988 determina que o Poder Executivo deva proceder aos ajustes 
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
 
 
 
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3.2.2. Papel da LDO no aumento das despesas com Pessoal 
Para se aumentar a despesas com pessoal para 2018, por exemplo, 
a CF/1988 estabelece dois requisitos gerais: (i) dotação na LOA 2018; (ii) 
prévia autorização na LDO que tramitou no Congresso em 2017 e que 
orientou o PLOA 2018 quando da sua elaboração. Vejamos o texto 
constitucional: 
 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites 
estabelecidos em lei complementar. 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de 
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração 
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de 
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração 
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender 
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista. 
 
As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que 
constam no Orçamento de Investimento precisam dessa 
autorização? 
Não. As únicas despesas que constam no orçamento de investimento são 
as despesas de capital de investimentos. As despesas com pessoal 
dessas empresas estão fora da LOA. 
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3.2.3. Outros papeis 
A seguir trago atribuições que são pouco cobradas em prova, mas 
foram cobradas. 
LRF 
Art. 5º. [...] 
§ 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada 
não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de 
diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. 
Art.7º [...] 
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco 
Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em 
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União. 
 
Lei 13.473/2017 
Art. 1o São estabelecidas, em cumprimento ao disposto no § 2o do art. 
165 da Constituição Federal, e na Lei Complementar no 101, de 4 de maio 
de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, as diretrizes orçamentárias da 
União para 2018, compreendendo: 
I - as metas e prioridades da administração pública federal; 
II - a estrutura e organização dos orçamentos; 
III - as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União; 
IV - as disposições para as transferências; 
V - as disposições relativas à dívida pública federal; 
VI - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e 
benefícios aos servidores, empregados e seus dependentes; 
VII - a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais 
de fomento; 
VIII - as disposições sobre alterações na legislação e sua adequação 
orçamentária; 
IX - as disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo e 
sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades 
graves; 
X - as disposições sobre transparência; e 
XI - as disposições finais. 
 
 
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20. (Cespe/IPEA/2008) Se o Banco do Brasil S.A. pretende conceder, em 
2009, aumento salarial para seus empregados, então tal elevação 
somente poderá ser efetivada se prevista na LDO que tramitou no 
Congresso Nacional em 2008. 
 
21. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Na LDO, constam os 
limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Ministério 
Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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20. (Cespe/IPEA/2008) Se o Banco do Brasil S.A. pretende conceder, em 
2009, aumento salarial para seus empregados, então tal elevação 
somente poderá ser efetivada se prevista na LDO que tramitou no 
Congresso Nacional em 2008. 
ERRADO, o Banco do Brasil é uma Sociedade de Economia Mista, 
logo não se aplica a disposição para que o aumento das despesas 
com pessoal de seus empregados conste na LDO. 
 
21. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Na LDO, constam os 
limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Ministério 
Público. 
CERTO, e caso esses limites sejam desrespeitados pelo MPU 
quando do envio da proposta ao Executivo, este efetua os ajustes 
e consolida e envia o PLOA no prazo. 
 
3.3. Anexos da LDO 
 A CF/1988 não previa e não prevê anexos à LDO. Estes passaram a 
existir a partir da LRF. 
Quadro 2: Observância dos Anexos da LDO pelos entes 
Anexo Observância 
Anexo de Metas Fiscais Por todos os entes da Federação 
Anexo de Riscos Fiscais Por todos os entes da Federação 
Anexo Específico da União Apenas pela União 
 
3.3.1 Anexo de Metas Fiscais - AMF 
 Inicialmente vamos ao nosso esquenta para você refletir o que já 
caiu em provas discursivas sobre este tema. 
 
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TCM-RJ/2008/Auditor/FGV 
Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, ela deve conter o Anexo 
de Metas Fiscais. Esclareça, de forma sucinta, sua finalidade e conteúdo. 
 
 Em primeiro lugar devemos ter a clareza de quais são as 5 metas 
fiscais dispostas na LRF e em segundo saber que o AMF não trata apenas 
de projeções para o futuro, mas trata de avaliações do passado. 
 A LRF estabelece as seguintes metas fiscais: 
Art.4º [...] 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de 
Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o 
exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 
 Deixando de forma clara: 1-Receitas, 2-Despesas, 3-Resultado 
Primário, 4-Resultado Nominal, 5-Dívida Consolidada. Inicialmente a 
Figura 9 mostra a relação entre as três últimas metas. 
 
Figura 9: Relação entre Resultado Primário, Resultado Nominal e Dívida Consolidada 
Receitas Primárias – Despesas PrimáriasResultado Primário
Resultado Nominal
Resultado Primário – Juros Pagos + Juros 
Recebidos
Caso positivo, mostra que o país consegue 
pagar os juros.
Caso positivo, mostra que o país consegue 
reduzir a Dívida Consolidada.
 
 Observamos que as fórmulas acima são simples, porém necessitam 
que você diferencie receitas e despesas primárias e financeiras. A Figura 
10 auxilia nessa tarefa. 
 
 
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Figura 10: Receitas e despesas primárias e financeiras 
Despesas Financeiras 
Despesas Primárias

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