Buscar

CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS - Aula 04

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
AULA 4 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Espero de vocês animação e força de vontade nos estudos! Sei que não é fácil 
conciliar a vida cotidiana com a gama de matérias que se tem que estudar para um 
concurso. No final este sacrifício seu e de todos que estão a seu redor será muito 
recompensador. Todos nós já somos privilegiados simplesmente porque sabemos ler 
e porque temos objetivos na vida. E, por meio do estudo de cada aula, estamos 
subindo mais um degrau para alcançá-los. 
 
“Estou agradecido. 
Primeiro porque nunca fui roubado antes. 
Segundo porque, apesar de terem levado minha carteira, eles não me tiraram a vida. 
Terceiro, porque, apesar de terem levado tudo, não perdi muita coisa. 
E, quarto, porque não fui eu quem roubei”. 
(Matthew Henr - enviado por uma aluna do nosso curso) 
 
Nesta aula falaremos da história, natureza jurídica e objetivos do Orçamento 
Público. Trataremos da intervenção do Estado na economia na visão orçamentária, 
com as funções clássicas do orçamento. Destacaremos os tipos de orçamento: 
programa, tradicional, base-zero, de desempenho e também o orçamento 
participativo. Na última parte da aula, para maior fixação, resolveremos questões 
envolvendo simultaneamente instrumentos de planejamento e ciclo orçamentário. 
 
Antes, vamos falar das carreiras de Analista Administrativo das diversas 
Agências Reguladoras: 
 
A criação de agências reguladoras é resultado direto do processo de retirada do 
Estado da economia. Estas foram criadas com o escopo de normatizar os setores dos 
serviços públicos delegados e de buscar equilíbrio e harmonia entre o Estado, 
usuários e delegatários. Apesar de as agências atuarem dentro de um espectro de 
dimensões grandes, seus poderes são delimitados por lei. O âmbito de atuação passa 
por diversas áreas, sendo as mais importantes as de fiscalização, regulamentação, 
regulação e por vezes, arbitragem e mediação. Vale lembrar que para possuir estes 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
2 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
poderes, quando concebidas, as agências reguladoras foram dotadas de 
personalidade jurídica de direito público. 
 
Possuem a carreira de Analista Administrativo as seguintes agências, todas com 
natureza de autarquia especial: ANA - ANAC - ANEEL - ANSS - ANATEL - 
ANTAQ - ANTT - ANVISA - ANCINE – ANP. 
 
O Analista Administrativo de formação superior em qualquer área tem funções 
variadas, entre elas a de exercer as atribuições voltadas para o exercício de 
atividades administrativas e logísticas relativas ao exercício das competências 
institucionais e legais a cargo das agências, fazendo uso de todos os equipamentos e 
recursos disponíveis para a consecução dessas atividades. 
 
A remuneração do Analista Administrativo é composta de uma parte fixa e outra 
variável, seguindo a tabela abaixo: 
 
Cargo Inicial Final 
Analista Administrativo 
das Agências Reguladoras 
Entre 8.389,60 e 10.892,00 Entre 12.060,00 e 14.740,00
 
Como exemplo, vejamos a parte de AFO que, em geral, foi cobrada nos últimos 
editais das Agências, como ANTAQ/CESPE/09, ANA/ESAF/09 e 
ANAC/CESPE/09 para Analista Administrativo: 
 
• Orçamento público: elaboração, acompanhamento e fiscalização; 
• Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e suplementares; 
• Plano plurianual; 
• Projeto de Lei Orçamentária Anual: elaboração, acompanhamento e 
aprovação; 
• Princípios orçamentários; 
• Diretrizes orçamentárias; 
• Processo orçamentário; 
• Métodos, técnicas e instrumentos do Orçamento Público; 
• Normas legais aplicáveis; 
• SIDOR, SIAFI; 
• Receita pública: categorias, fontes, estágios; dívida ativa; 
• Despesa pública: categorias, estágios; 
• Suprimento de fundos; 
• Restos a Pagar; 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
3 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
• Despesas de exercícios anteriores; 
• A conta única do Tesouro. 
 
E vamos às nossas questões sobre Orçamento Público: 
 
1) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A adoção do orçamento moderno 
está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes do final do século 
XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, própria do laissez-
faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeições do 
mercado e promover o desenvolvimento econômico. 
 
 
HISTÓRICO DO ORÇAMEN TO 
 
Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do Século XIII pelo Rei João 
Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu Artigo 12: 
“N enhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho 
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito 
cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis em seu 
montante”. 
 
Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a primeira 
tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a atualidade, do 
Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce com exceções! Veja 
que a idéia permanece a mesma do nosso conceito atual! O orçamento é elaborado 
pelo Executivo e aprovado previamente pelo Legislativo, sendo que hoje também há 
exceções. Por exemplo, temos os créditos extraordinários, os quais são os destinados 
a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como casos de guerra ou calamidade 
pública, e por isso são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder 
Legislativo. Neste tipo de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita 
imediatamente após a abertura do crédito. 
 
No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público passa a 
ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época, tem-se o 
desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em oposição a 
quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o crescimento das despesas 
públicas. Nesta visão de orçamento tradicional, típica do liberalismo, as finanças 
públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio financeiro impunha-se naturalmente 
pelo próprio mercado. Para o estudante relacionar com outras matérias, esse 
posicionamento vem ao encontro do conceito de “mão invisível” de Adam Smith, 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
4 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
para descrever que numa economia de mercado a interação dos indivíduos resulta 
numa determinada ordem, sem a necessidade de intervenção do Estado (laissez-
faire). Assim, o aspecto econômico do Orçamento tinha posição secundária, 
privilegiando o aspecto controle. 
 
Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o Orçamento elaborado com 
base na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado. Desenvolveu-se a 
tese de um Orçamento moderno, o qual deveria ser um instrumento de 
administração. 
 
Nossa questão segue corretamente tal raciocínio, espelhada em Giacomoni, que 
afirma: “ainda antes do final do século XIX, o Estado começou rapidamente a 
abandonar a neutralidade que o caracterizou nas fases do laissez-faire, passando a 
intervir como corretor de distorções do sistema econômico e como propulsor de 
programas de desenvolvimento”. 
Resposta: Correta. 
 
2) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Com a Constituição de 1891, que se 
seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária passou a 
ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida para o Congresso 
Nacional somente na Constituição de 1934. 
 
Vamos falar agora resumidamentedo Orçamento em nossas Constituições: 
 
A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para elaboração de 
orçamentos formais. A competência da proposta era do Executivo e da aprovação do 
Legislativo (assembléia geral composta pelos deputados e senadores). 
Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento tornou-se 
privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados. 
Na Constituição outorgada de 1934, no governo de Getúlio Vargas, o orçamento 
passa a ter destaque, com capítulo próprio. Ao Presidente da República cabia a 
elaboração da proposta orçamentária e, ao Legislativo, a votação. No entanto, havia 
participação conjunta dos poderes, já que a Constituição não trazia limitações ao 
poder de emendas do Legislativo. 
Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado por 
um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara e pelo 
Conselho Federal que contava com membros nomeados pelo Presidente. Na prática, 
era elaborado e decretado pelo Executivo. 
Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo 
Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
5 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Na Constituição de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e 
cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a possibilidade de emendas. 
E chegamos à nossa Constituição atual de 1988. A competência para elaboração do 
Orçamento é do Executivo e, ao Legislativo, cabe a votação e a proposição de 
emendas. Têm-se ainda novidades como a LDO e o PPA. 
 
Vamos à nossa questão: na Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da 
República, a elaboração da proposta orçamentária passou a ser privativa do 
Congresso N acional e não do Poder Executivo. E, ainda, a competência foi 
transferida para o Presidente da República somente na Constituição de 1934. 
Resposta: Errada. 
 
3) (ESAF – APO/SP - 2009) A Constituição da República confere ao orçamento a 
natureza jurídica de: 
a) lei abstrata. 
b) lei material. 
c) lei formal e material. 
d) lei extraordinária. 
e) lei de efeito concreto. 
 
 
N ATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMEN TO: 
 
Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento, vamos entender uma 
importante diferença entre lei em sentido formal e lei em sentido material. Lei em 
sentido formal representa todo o ato normativo emanado de um órgão com 
competência legislativa, sendo o conteúdo irrelevante. Já lei em sentido material 
corresponde a todo o ato normativo, emanado por órgão do Estado, mesmo que não 
incumbido da função legislativa. O importante agora é o conteúdo, que define 
qualquer conjunto de normas dotadas de abstração e generalidade, ou seja, com 
aplicação a um número indeterminado de situações futuras. 
 
Assim, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são simultaneamente 
formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais, mas não em sentido 
material. São estas as denominadas leis de efeitos concretos (ou leis individuais), 
pois seu conteúdo assemelha-se a atos administrativos individuais ou concretos. 
 
Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento é uma lei formal, pois 
apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos. O orçamento não modifica as 
leis financeiras e tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. Assim, 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
6 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
judicialmente, não se pode exigir que determinada despesa prevista no orçamento 
seja realizada. 
 
São as seguintes características da lei orçamentária: 
 
• Lei formal: a lei orçamentária não obriga o administrador público a realizar 
determinada despesa, apenas autoriza os gastos. É considerada uma lei de 
efeitos concretos. 
• Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano. 
• Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e os créditos 
suplementares e especiais são leis ordinárias. 
• Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como vimos ao estudar 
o ciclo orçamentário, e trata de matéria específica. 
 
A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os 
meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e entidades 
que integram a administração pública. 
 
Na nossa questão, a única opção correta é a que confere ao orçamento a natureza 
jurídica de lei de efeitos concretos. A alternativa “C” está incorreta porque a lei 
orçamentária não é uma lei material, sendo apenas uma lei em sentido formal. 
Resposta: Letra E. 
 
4) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2008) As 
peculiaridades do processo de elaboração e execução orçamentária no Brasil 
incluem o(a): 
A) seu caráter impositivo. 
B) insignificante proporção de créditos adicionais aprovados e abertos durante o 
exercício. 
C) contingenciamento das dotações orçamentárias. 
D) liberação de recursos uniformemente ao longo do exercício. 
 
Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de natureza 
impositiva e de natureza autorizativa: 
 
• Orçamento impositivo: é aquele em que uma vez consignada uma despesa 
no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta visão, o 
orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente cumprido. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
7 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
• Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das 
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem a 
discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do que deve 
ou não ser executado. O STF entende que em nosso país o orçamento não é 
impositivo, mas sim, autorizativo. 
 
a) Errada. O orçamento brasileiro tem natureza autorizativa. 
b) Errada. É frequente a solicitação de abertura de créditos adicionais, com 
significante proporção de créditos aprovados e abertos durante o exercício. 
c) Correta. Frequentemente são determinados contingenciamentos durante a 
programação financeira, principalmente visando à obtenção das metas de superávit 
primário previstas e à adequação da execução financeira à arrecadação das receitas. 
d) Errada. Com o contingenciamento, ocorrem liberações de recursos sem 
uniformidade ao longo do exercício, predominando uma retenção no início do 
exercício financeiro e uma liberação de recursos muito maior nos últimos meses do 
ano. 
Resposta: Letra C. 
 
5) (CESPE – Analista Ambiental – Administração e Planejamento - MMA –2008) O 
Ministério do Meio Ambiente pode consignar, em seu orçamento, dotação 
específica, a título de ajuda financeira, a empresas privadas com projetos de 
conservação do meio ambiente, com base no caráter de lei especial de que se reveste 
o orçamento público. 
 
O Orçamento é uma lei especial porque possui processo legislativo diferenciado e 
trata de matéria específica. Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, 
direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou 
em seus créditos adicionais. Assim, o Ministério do Meio ambiente não pode 
consignar em seu orçamento ajuda financeira com base apenas no caráter de lei 
especial de que se reveste essa lei. 
Resposta: Errada. 
 
6) (ESAF – AFC/CGU - 2008) O Orçamento é um dos principais instrumentos da 
política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos objetivos das 
políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que não se enquadra nosobjetivos da 
política orçamentária ou nas funções clássicas do orçamento: 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
8 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre os quais 
aqueles relacionados com o cumprimento das funções elementares do Estado, como 
justiça e segurança. 
b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e serviços 
produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último principalmente nas 
situações em que os bens não são providos pelo setor privado. 
c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico. 
d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus 
efeitos. 
e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
 
 
FUN ÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMEN TO: 
 
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave, as quais se 
tornaram clássicas. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais. 
Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do 
Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias funções 
do Orçamento: 
 
• Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. 
Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária 
eficiência de infra-estrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens 
meritórios. Investimentos na infra-estrutura econômica são fundamentais para 
o desenvolvimento, porém os altos investimentos necessários com retornos 
demorados desestimulam a iniciativa do setor privado nessa área. Quanto aos 
bens públicos e meritórios, suas demandas possuem características peculiares 
que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema de mercado. Bens 
públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e de uma forma 
indivisível, independentemente do particular querer ou não usufruir desse 
bem. Já os bens meritórios podem ser explorados pelo setor privado, no 
entanto podem e devem também ser produzidos pelo Estado, em virtude de 
sua importância para a sociedade, como a educação e a saúde. 
 
• Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de 
renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, 
inerentes ao sistema capitalista. Cita-se como exemplo de medida distributiva 
o imposto de renda progressivo, realocando as receitas para programas de 
alimentação, transporte e moradia populares. Outro exemplo é a concessão de 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
9 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
subsídios aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes 
sobre os bens consumidos pelas classes de rendas mais altas. 
 
• Função estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica. O campo de 
atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado nível de 
emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do 
equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento 
econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação sobre a 
demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços que a 
totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por determinado 
preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora age na 
demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la. 
 
Na nossa questão: 
a) Correta. Refere-se à função alocativa, pois trata de assegurar a disponibilização 
para a sociedade dos bens públicos. 
b) Correta. Refere-se à função alocativa, pois trata da universalização do acesso aos 
bens e serviços não providos pelo setor privado. 
c) Correta. Refere-se à função estabilizadora, pois trata do crescimento econômico. 
d) Correta. Refere-se à função distributiva, pois trata da correção das imperfeições 
do mercado. 
e) Errada. N ão é uma função clássica do orçamento, porém tem previsão na LRF, 
visando evitar o endividamento público. Por exemplo, segundo o art. 9º da LRF, a 
LDO disporá sobre critérios e formas de limitação de empenho, caso a realização da 
receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou 
nominal previstas. 
Resposta: Letra E. 
 
7) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Após a Segunda 
Guerra Mundial, os deficits públicos excessivamente altos e a crise econômica 
mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do Banco 
Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas 
circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas públicas devia ser 
com a função alocativa dos governos. 
 
As palavras-chave dessa questão são “deficits públicos excessivamente altos e crise 
econômica mundial”. São termos que nos remetem à função estabilizadora, pois em 
um cenário como esse o objetivo é a estabilidade econômica. A função alocativa 
visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. A função estabilizadora é 
a que tem como campo de atuação principalmente a manutenção de elevado nível de 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
10 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do 
equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico. 
Resposta: Errada. 
 
8) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Entre 
as funções essenciais do governo está a chamada função distributiva, ou seja, a 
capacidade de intervir no mercado por meio da variação dos gastos públicos ou da 
arrecadação de impostos, de forma a equilibrar os excessos ou insuficiências da 
demanda agregada. 
 
É a função estabilizadora que visa manter a estabilidade econômica. O mecanismo 
básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada, que representa a 
quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está 
disposta a adquirir por determinado preço e em determinado período. Assim, a 
função estabilizadora age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou 
diminuí-la, por exemplo, por meio da variação dos gastos públicos ou da 
arrecadação de impostos. 
Resposta: Errada. 
 
9) (CESPE – Analista Ambiental - Administração e Planejamento – MMA - 2008) O 
orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as 
decisões são voltadas para a maximização da eficiência na alocação dos recursos 
públicos. Adota-se, como procedimento básico, o questionamento de todos os 
programas em execução, sua continuidade e possíveis alterações, em confronto com 
novos programas pretendidos. 
 
 
TIPOS DE ORÇAMEN TO 
 
ORÇAMEN TO DE BASE ZERO OU POR ESTRATÉGIA 
 
O Orçamento de Base Zero consiste basicamente em uma análise crítica de todos os 
recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem, na fase 
de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais 
necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante 
inicial de dotação. 
O processo do Orçamento de Base Zero requer que cada administrador justifique seu 
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta. Este procedimento requer 
ainda que todas as atividades e operações sejam identificadas e classificadas em 
ordem de importância através de uma análise sistemática. São confrontados os novos 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
11 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
programas pretendidos com os programas em execução, sua continuidade e suas 
alterações. 
Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fasede elaboração da 
sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior 
como valor inicial mínimo. 
 
Assim, o Orçamento de Base Zero é o tipo orçamentário que determina o 
detalhamento justificado de todas as despesas públicas a cada ano, como se cada 
item da despesa fosse uma nova iniciativa do governo. Caracteriza-se como um 
modelo do tipo racional, em que as decisões são voltadas para a maximização da 
eficiência na alocação dos recursos públicos, não existindo incrementalismo, pois 
não há vínculo entre a verba destinada para uma atividade específica de um ano para 
outro. 
Resposta: Correta. 
 
10) (ESAF – AFC/STN - 2008) Leia as afirmações I, II e III e depois assinale a 
afirmação correta. 
I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica a idéia de 
planejamento plurianual. 
II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as finanças públicas, 
mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos do governo com o plano de 
trabalho do governo, suas políticas e estratégias. 
III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento tradicional ao 
buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos diversos gastos e assim 
possibilita medir o desempenho organizacional. 
a) I e III estão corretas. 
b) II e III estão corretas. 
c) I, II e III estão corretas. 
d) Apenas II está correta. 
e) Apenas III está correta. 
 
 
ORÇAMEN TO DE DESEMPEN HO OU POR REALIZAÇÕES 
 
O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos gastos e 
não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho organizacional. 
Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de gasto (secundário) e 
um programa de trabalho contendo as ações desenvolvidas. 
Neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os benefícios dos 
diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da evolução em relação ao 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
12 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
orçamento clássico (tradicional), o orçamento de desempenho ainda se encontra 
desvinculado de um planejamento central das ações do governo, ou seja, nesse 
modelo orçamentário inexiste um instrumento central de planejamento das ações do 
governo vinculado à peça orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a 
desvinculação entre planejamento e orçamento. 
 
Vamos aos nossos itens: 
I) Errado. O elemento chave do Plano Plurianual é o programa, logo o orçamento-
programa é a base sobre a qual se aplica a idéia de planejamento plurianual. 
II) Errado. Veremos que o orçamento-programa é um instrumento de planejamento 
da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, 
projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados e previsão dos custos relacionados. Ele alinha as despesas dos 
diferentes órgãos com o plano de trabalho do governo, suas políticas e estratégias. 
III) Correto. O orçamento de desempenho é uma evolução em relação ao orçamento 
clássico. A ênfase reside no desempenho organizacional e no resultado dos gastos, e 
não apenas no gasto em si. 
Logo, apenas a alternativa III está correta. 
Resposta: Letra E 
 
11) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) O orçamento-programa, como 
atualmente concebido, é instrumento do planejamento e, desse modo, tem de se 
integrar aos planos e programas governamentais. A esse propósito, uma das 
condições para a aprovação de emendas aos projetos de lei do orçamento anual e de 
suas alterações é a de que sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
 
 
ORÇAMEN TO-PROGRAMA 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula 
um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum 
preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução 
de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da 
sociedade. 
Assim, o orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do 
governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e 
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e 
previsão dos custos relacionados. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
13 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. 
Em termos de estruturação o plano termina no programa e o orçamento começa no 
programa, o que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O 
programa, como módulo integrador, e as ações, como instrumentos de realização dos 
programas. Logo, por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de 
objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de programas 
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a 
existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. É o tipo 
de orçamento utilizado no Brasil. 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar 
maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade 
dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a 
transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto, o orçamento-programa 
procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro 
do contribuinte, destinando os recursos públicos a programas e projetos de maior 
necessidade. 
 
Nossa questão afirma que o orçamento-programa, como atualmente concebido, é 
instrumento do planejamento e, desse modo, tem de se integrar aos planos e 
programas governamentais. E, segundo o art. 166 de nossa Constituição, uma das 
condições para aprovação de emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos 
projetos que o modifiquem é que sejam compatíveis com o PPA e a LDO. 
Resposta: Correta. 
 
12) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) O elemento básico da estrutura do orçamento-
programa é o programa, que pode ser conceituado como o campo em que se 
desenvolvem ações homogêneas que visam ao mesmo fim. Contudo, a Lei nº 
4.320/1964 não criou condições formais e metodológicas necessárias à implantação 
do orçamento programa no Brasil. 
 
Já adianto que esta questão foi anulada, porém traz a tona um tema importante. O 
orçamento-programa tem previsão legal na Lei 4320/64 e foi reforçado pelo 
Decreto-Lei 200/67. Para outros doutrinadores o Decreto-lei 200/67 teria sido, na 
verdade, a norma introdutora do orçamento-programa na esfera federal. 
 
Assim, a doutrina diverge sobre a afirmação que a Lei 4.320/64 não criou condições 
formais e metodológicas necessárias à implantação do orçamento programa no 
Brasil. A banca havia considerado a questão correta, pois, segundo Giacomoni, “a 
Lei 4320/64, apesar de referir-se a programas de trabalho em diversos de seus 
dispositivos, não criou as condições formais e metodológicas necessárias à 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
14 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
implantação do Orçamento-programa no Brasil”. Realmente o orçamento-programa 
não foi implementado com tal Lei. Porém, a divergência é que para outros autores, a 
Lei criou as condições necessárias e que não houve a implementação por outros 
motivos, como falta de conveniência e de oportunidade. 
Resposta: Anulada em decorrência de divergência doutrinária acerca do tema 
exposto na assertiva. 
 
13) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Considere as afirmações com relação à 
nova classificação orçamentária adotada no Brasil, a partir de 2000. 
I. Esse novo enfoque funcional-programático permitiu uma visão mais precisa do 
“que o governo compra”,o que tem significado bastante diferente do critério 
anterior que visualizava o “que o governo faz”. 
II. A partir do orçamento do ano 2000, diversas modificações foram estabelecidas na 
classificação vigente, procurando-se privilegiar o aspecto contábil do orçamento, 
com adoção de práticas de sistematização e controle prévio dos gastos públicos no 
âmbito federal. 
III. O eixo principal dessas modificações foi a interligação entre o Planejamento 
(Plano Plurianual – PPA) e o Orçamento, por intermédio da criação de Programas 
para todas as ações de governo, com um gerente responsável por metas e resultados 
concretos para a sociedade. 
IV. De acordo com a nova metodologia, uma vez definido o programa e suas 
respectivas ações, classifica-se a despesa de acordo com a especificidade de seu 
conteúdo e produto, em uma subfunção, independente de sua relação institucional, 
ou seja, independente de qual Ministério esteja localizada aquela ação. 
V. A adoção da classificação funcional-programática representou um grande avanço 
na técnica de apresentação orçamentária, permitindo a vinculação das dotações 
orçamentárias a objetivos de governo que, por sua vez, eram viabilizados pelos 
programas de governo. 
São verdadeiras APENAS as afirmações 
(A) II e IV. 
(B) III, IV e V. 
(C) III. 
(D) I, II, IV e V. 
(E) I, II e V. 
 
I) Errado. Esse enfoque funcional-programático permitiu uma visão do "que o 
governo faz", o que tinha significado bastante diferente do critério anterior que 
visualizava o "que o governo comprava". 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
15 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
II) Errado. A partir do orçamento do ano 2000, diversas modificações foram 
estabelecidas na classificação vigente, procurando-se privilegiar o aspecto gerencial 
do orçamento, com a adoção de práticas simplificadoras e descentralizadoras. 
III) Correto. Toda ação do Governo está estruturada em programas, cujos gerentes 
são os responsáveis por metas e resultados concretos para a sociedade. O programa é 
a interligação entre o planejamento e o orçamento 
IV) Correto. A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à 
função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da 
agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza 
básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser 
combinadas com funções diferentes daquelas às quais possuem relação institucional. 
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área 
específica. Aprofundaremos no assunto na aula sobre classificações da despesa 
pública. 
V) Correto. A classificação funcional-programática permitiu a vinculação das 
dotações orçamentárias a objetivos de governo que, por sua vez, eram viabilizados 
pelos programas de governo. Desta forma, representou um grande avanço na técnica 
de apresentação orçamentária. 
Logo, os itens III, IV e V estão corretos. 
Resposta: Letra B 
 
14) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) No planejamento do orçamento-programa, a 
estimativa da receita baseia-se na: 
(A) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior. 
(B) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflação projetada para o ano 
seguinte. 
(C) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperado para a 
economia. 
(D) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio das receitas 
próprias. 
(E) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível. 
 
Segundo o art.12 da LRF, as previsões de receita observarão as normas técnicas e 
legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de 
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de 
cálculo e premissas utilizadas. 
Resposta: Letra C. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
16 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
15) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Um dos desafios do orçamento-programa é a 
definição dos produtos finais de um programa de trabalho. Certas atividades têm 
resultados intangíveis e que, particularmente na administração pública, não se 
prestam à medição, em termos quantitativos. 
 
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar 
maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade 
dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a 
transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto, o orçamento-programa 
procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro 
do contribuinte, destinando os recursos públicos a programas e projetos de maior 
necessidade. 
 
No entanto, certas atividades também adicionam valores intangíveis, em 
complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do servidor. O número de 
servidores qualificados é um resultado tangível, porém a capacidade de inovação, a 
melhora do processo de trabalho, a retenção de talentos no serviço público e a 
satisfação do cidadão atendido pelo servidor são metas bem mais subjetivas. É 
difícil para os sistemas contábeis mensurarem esse tipo de valor e particularmente, 
na administração pública, não se prestam à medição, em termos quantitativos. 
Resposta: Certa. 
 
16) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) O orçamento-programa constitui 
modalidade de orçamento em que a previsão dos recursos financeiros e sua 
destinação decorrem da elaboração de um plano completo. Para autores como João 
Angélico, o orçamento-programa distingue-se do orçamento comum, tradicional, 
porque este inicia-se com a previsão de recursos para a execução de atividades 
instituídas, enquanto, no orçamento-programa, a previsão da receita é a etapa final 
do planejamento. 
 
 
ORÇAMEN TO TRADICION AL OU CLÁSSICO 
 
Seguindo uma cronologia, o orçamento tradicional deveria ser o primeiro a ser 
abordado. No entanto, como o que interessa é a forma que este tipo de orçamento é 
cobrado nas provas, observa-se que ele quase sempre aparece em contraponto a 
outro tipo de orçamento, normalmente com o orçamento-programa, por isso vamos 
estudá-lo agora. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
17 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais características 
do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento contábil e baseia-se 
no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos passados. Demonstra uma 
despreocupação do gestor público com o atendimento das necessidades da 
população, pois considera apenas as necessidades financeiras das unidades 
organizacionais. Assim, neste tipo de orçamento não há preocupação com a 
realização dos programas de trabalho do governo, importando-se apenas com as 
necessidades dos órgãos públicos para realização das suas tarefas, sem 
questionamentos sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. 
 
É uma peça meramente contábil – financeira, sem nenhuma espécie de planejamento 
das ações do governo. Portanto, somente um documento de previsão de receita e de 
autorização de despesas. 
 
Para autores como João Angélico, o orçamento tradicional inicia-se com a previsão 
de recursos para a execução de atividades instituídas. Já no orçamento-programa, a 
previsão da receita é a etapa final do planejamento, o que já evidencia uma grande 
diferença entre os dois tipos de orçamento. 
Resposta: Correta. 
 
17) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Com base nas características e aspectos do 
orçamento tradicional e do orçamento-programa, assinalea única opção incorreta. 
a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das despesas com o 
objetivo de atender às necessidades coletivas definidas no Programa de Ação do 
Governo. 
b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista 
as necessidades das unidades organizacionais. 
c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios classificatórios são 
as unidades administrativas e elementos. 
d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e medição do 
trabalho, assim como dos resultados. 
e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para execução 
dos planos de longo, médio e curto prazo. 
 
Vamos às diferenças entre o orçamento tradicional e o orçamento-programa: 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
18 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
QUADRO ORÇAMEN TO TRADICION AL X ORÇAMEN TO-PROGRAMA 
TRADICION AL PROGRAMA 
Dissociação entre planejamento e 
orçamento 
Integração entre planejamento e orçamento 
Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas 
Consideram-se as necessidades 
financeiras das unidades 
Consideram-se as análises das alternativas 
disponíveis e todos os custos 
Ênfase nos aspectos contábeis 
Ênfase nos aspectos administrativos e de 
planejamento. 
Classificação principal por unidades 
administrativas e elementos 
Classificação principal: funcional 
programática 
Acompanhamento e aferição de resultados 
praticamente inexistentes 
Utilização sistemática de indicadores para 
acompanhamento e aferição dos resultados 
Controle da legalidade e honestidade do 
gestor público 
Controle visa a eficiência, eficácia e 
efetividade 
 
a) Correta. A previsão das receitas e fixação das despesas no orçamento-programa 
tem por finalidade atender às necessidades da população definidas no Programa de 
Ação do Governo. 
b) Correta. No orçamento clássico ou tradicional, consideram-se as necessidades 
financeiras das unidades organizacionais para a tomada de decisão. Já no orçamento-
programa, consideram-se as análises das alternativas disponíveis e todos os custos, 
inclusive os que extrapolam o exercício financeiro. 
c) É a incorreta. Na elaboração do orçamento tradicional, os principais critérios 
classificatórios são as unidades administrativas e elementos. No orçamento-
programa o principal critério classificatório é o funcional-programático. 
d) Correta. No orçamento tradicional o acompanhamento, a medição do trabalho e a 
aferição de resultados são praticamente inexistentes. 
e) Correta. A elaboração de um orçamento-programa efetivo pressupõe 
planejamento de longo, médio e curto prazo. 
Resposta: Letra C. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
19 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
18) (CESPE – ACE – TCE/TO - 2008) Orçamento programa: 
A) é aquele que estima e autoriza as despesas pelos produtos finais a obter ou as 
tarefas a realizar. 
B) tem como característica a não existência de direitos adquiridos em relação aos 
recursos autorizados no orçamento anterior, devendo ser justificadas todas as 
atividades a serem desenvolvidas no exercício corrente. 
C) possui medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações, os 
esforços despendidos na execução do orçamento e a responsabilidade pela sua 
execução. 
D) é o orçamento clássico, confeccionado com base no orçamento do ano anterior e 
acrescido da projeção de inflação. 
E) apresenta duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e as ações 
desenvolvidas. 
 
a) Errada. É o orçamento tradicional que privilegia o objeto do gasto e os meios para 
sua execução. Ademais, as despesas são fixadas e não estimadas. As receitas é que 
são estimadas. 
b) Errada. A justificativa de todas as ações que serão desenvolvidas no exercício é 
característica do orçamento de base-zero. 
c) Correta. O orçamento-programa possui utilização sistemática de indicadores para 
medir o desempenho e os resultados. 
d) Errada. O orçamento clássico é o tradicional e é este tipo de orçamento que adota 
o incrementalismo, baseando-se no orçamento anterior acrescido da inflação 
projetada. 
e) Errada. Cuidado: é o orçamento tradicional que enfatiza o objeto do gasto. O 
orçamento-programa enfatiza o objetivo do gasto. Esse trocadilho é muito cobrado 
pelas bancas. 
Resposta: Letra C 
 
19) (ESAF – AFC/CGU - 2008) À medida que as técnicas de planejamento e 
orçamento foram evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram experimentados, 
cada um com características específicas. Com relação a esse assunto, marque a 
opção incorreta. 
a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem preocupação 
com os objetivos da ação governamental. 
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento incremental, e tem 
como característica principal a inexistência de direitos adquiridos sobre as dotações 
aprovadas no orçamento anterior. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
20 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-programa é 
que o orçamento de desempenho não se relaciona com um sistema de planejamento 
das políticas públicas. 
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo, com a 
indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus montantes. 
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do orçamento 
incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas de governo e 
de cada ação integrada ao planejamento. 
 
a) Correta. O orçamento tradicional enfatiza o objeto do gasto e o orçamento-
programa enfatiza o objetivo do gasto. 
b) Correta. O orçamento de base-zero se contrapõe ao incrementalismo. Tem como 
característica a justificativa de todas as ações que serão desenvolvidas no exercício, 
o que acarreta na inexistência de direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no 
orçamento anterior. 
c) Correta. Importante: o orçamento de desempenho e o orçamento-programa 
diferem principalmente porque o orçamento de desempenho não se relaciona com 
um sistema de planejamento das políticas públicas. 
d) Correta. O elemento essencial do orçamento-programa é o programa, o qual é 
divido em ações a serem realizadas. 
e) É a incorreta. Apesar da evolução em relação ao orçamento incremental, o 
orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento 
central das ações do governo. 
Resposta: Letra E 
 
20) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) Entre as maiores restrições apontadas em 
relação ao chamado orçamento participativo, destacam-se a pouca legitimidade, haja 
vista a perda de participação do Poder Legislativo, e a maior flexibilidade na 
programação dos investimentos. 
 
 
ORÇAMEN TO PARTICIPATIVO 
 
O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade, trata-se 
de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional e colocar o 
cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a participação real da 
população e a alocação dos recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as 
demandas sociais. Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e Sociedade. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
21 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
O processo de Orçamento Participativo tem a necessidade de um contínuo ajuste 
crítico, baseado em um princípio de auto-regulação, com o intuito de aperfeiçoar os 
seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a sua não-estagnação. 
 
Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são diferentes 
de acordo com o tamanho dos municípios, principaisimplementadores do processo. 
Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na experiência 
brasileira o Orçamento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como 
uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No nosso país, destaca-se a 
experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 
 
Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. Há 
um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. No 
orçamento participativo, a comunidade é considerada a parceira do Executivo no 
processo orçamentário. O que ocorre é que muitas vezes desigualdades 
socioeconômicas tendem a criar obstáculos à participação dos grupos sociais 
desfavorecidos. 
No entanto, há sim uma perda da flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na 
programação dos investimentos, pois se tem uma decisão compartilhada com a 
comunidade, ao contrário da decisão monopolizada pelo Executivo no processo 
tradicional. 
 
A nossa questão traz vários erros, pois não há pouca legitimidade, tampouco 
prejuízo na participação do Poder Legislativo. Além disso, ocorre maior rigidez na 
programação dos investimentos. 
Resposta: Errada. 
 
21) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) A experiência brasileira em 
Orçamento Participativo, acumulada nas últimas décadas, caracteriza-se por: 
a) ainda ser afetada negativamente nos casos em que desigualdades socioeconômicas 
tendem a criar obstáculos à participação de certos grupos sociais. 
b) tornar o orçamento impositivo, e não meramente autorizativo, no que se refere às 
decisões tomadas pelos Conselhos de Participantes. 
c) possuir metodologia única, de aplicação obrigatória no âmbito dos Municípios. 
d) possuir metodologia única, de aplicação obrigatória no âmbito da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
e) permitir ao cidadão comum o acesso direto ao processo decisório em matéria 
orçamentária nos níveis local, regional e nacional. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
22 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
a) Correta. As desigualdades socioeconômicas tendem a criar obstáculos à 
participação dos grupos sociais desfavorecidos. 
b) Errada. O orçamento permanece autorizativo, portanto não há imposição legal das 
decisões tomadas pelos conselhos. 
c) d) Erradas. Não há metodologia única, tampouco aplicação obrigatória em 
qualquer um dos entes. 
e) Errada. Na experiência brasileira, o Orçamento Part icipativo foi concebido e 
praticado inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. 
Resposta: Letra A 
 
 
QUESTÕES EN VOLVEN DO IN STRUMEN TOS 
DE PLAN EJAMEN TO E CICLO ORÇAMEN TÁRIO 
 
Conforme previsto no programa de nosso curso, vamos nesta parte de nossa aula 
apresentar questões envolvendo ao mesmo tempo o ciclo orçamentário e seus 
instrumentos de planejamento. Algumas tratam inclusive de princípios 
orçamentários e da Lei Complementar não editada sobre instrumentos de 
planejamento e gestão financeira. O in tuito é fazer uma consolidação destes 
assuntos, os quais são sempre exigidos em provas e, concomitantemente, possibilitar 
ao estudante uma revisão desses temas. Vamos às questões: 
 
22) (CESPE – ACE – TCE/TO - 2008) Segundo a Constituição Federal de 1988 
(CF), leis de iniciativa do Poder Executivo devem estabelecer os seguintes 
instrumentos legais de planejamento: Plano Plurianual (PPA); Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO); e Lei de Orçamento Anual (LOA). A respeito das leis 
orçamentárias, assinale a opção correta. 
A) A LOA compreenderá o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social. 
B) É vedado o início de programas ou projetos não incluídos no PPA. 
C) O projeto de LDO será encaminhado ao Congresso Nacional até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro. 
D) O projeto do PPA, com vigência até o final do mandato presidencial, será 
encaminhado ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do 
exercício financeiro. 
E) As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando forem 
incompatíveis com o PPA. 
 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
23 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
a) Errada. Na verdade está incompleta. Como a questão é de múltipla escolha, temos 
que nos habituar a procurar a “mais certa”. A LOA compreenderá o orçamento 
fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. 
b) Errada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim, o projeto de lei 
orçamentária não poderá consignar dotação para investimento com duração superior 
a um exercício financeiro que não esteja previsto no PPA ou em lei que autorize a 
sua inclusão. Se não ultrapassa o exercício financeiro, não há vedação, pois não 
necessita estar no PPA. No entanto, é vedado o início de programas ou projetos não 
incluídos na LOA. 
c) Errada. O projeto da LDO deve ser encaminhado ao Congresso N acional até 8 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15/04) e devolvido 
para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17/07). 
d) Errada. O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é 
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir 
daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
e) Correta. As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o PPA. 
Resposta: Letra E 
 
23) (FGV – Consultor Orçamentário - Senado - 2008) A respeito da disciplina 
constitucional da elaboração do orçamento público, assinale a alternativa incorreta. 
(A) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e 
à fixação de despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação da receita, nos termos da lei. 
(B) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
(C) Cabe a lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
(D) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, será obrigatoriamente incluído na lei orçamentária anual. 
(E) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes 
da União, excluídas as entidades de administração indireta que possuam autonomia 
econômica e financeira. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
24 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
a) Correta. É a definição constitucional do princípio da exclusividade. 
b) Correta. É a definição constitucional da LDO. 
c) Correta. Cabe à lei complementar prevista no §9 do art. 165 da CF, e ainda não 
editada, dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do PPA, LDO E LOA. E, ainda, estabelecer normas de gestão 
financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições 
para a instituição e funcionamento de fundos. 
d) Correta. Importante relembrar que do orçamento da seguridade social, o qual 
compõe obrigatoriamente a LOA, participam todos os órgãos que possuem receitas e 
despesas públicasrelacionadas à previdência, assistência e saúde, e não apenas 
aqueles que prestam serviços de seguridade social. 
e) É a incorreta. Segundo o art. 5º da CF/88, compõe a LOA o orçamento fiscal 
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. N ão 
há exclusão das entidades de administração indireta que possuam autonomia 
econômica e financeira. 
Resposta: Letra E 
 
24) (FGV – Consultor Orçamentário - Senado - 2008) Analise as afirmativas a 
seguir: 
I. A lei que instituir as Diretrizes Orçamentárias estabelecerá de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para 
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as despesas relativas aos 
programas de natureza continuada. 
II. A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal, o orçamento da 
seguridade social e o orçamento de investimentos das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direto a voto. 
III. A Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá sobre o equilíbrio entre receitas e 
despesas, critérios e forma de limitação de empenho, normas relativas ao controle de 
custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos. 
IV. Integrará o projeto de lei orçamentária anual o anexo de Metas Fiscais, em que 
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e o montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
V. A vigência do plano plurianual estende-se por 4 (quatro) anos com início no 
segundo ano de mandato do Chefe do Poder Executivo até o término do primeiro 
ano do mandato seguinte. 
Assinale: 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
25 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
(A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas. 
 
I) Errado. A lei que instituir o Plano Plurianual é que estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
 
II) Correto. Conforme o § 5° do art. 165 da Constituição Federal. 
 
III) Correto. Segundo o art. 4º da LRF, a LDO disporá sobre: 
• Equilíbrio entre receitas e despesas; 
• Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa 
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
previstas: 
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; e 
• Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
 
IV) Errado. Segundo o art. 4º da LRF, integrará o projeto da LDO o anexo de 
Metas Fiscais, que conterá: 
• As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, 
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o 
exercício a que se referirem e para os dois seguintes; 
• A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
• Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas 
com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
• Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
• Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência 
social e próprio dos servidores públicos e do FAT; e dos demais fundos 
públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
26 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
• Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
V) Correto. O PPA tem vigência de quatro anos, porém não se confunde com o 
mandato do chefe do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e 
entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do 
primeiro ano do mandato seguinte. 
 
Logo, os itens II, III e V estão corretos. 
Resposta: Letra B 
 
25) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Considere as afirmações em relação ao 
Orçamento Público no Brasil. 
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social. 
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos 
orçamentos anuais de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública, estabelecidos no plano plurianual. 
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do qual procura-se 
ordenar as ações do governo que levem à realização dos objetivos e metas fixadas 
para um período de cinco anos. 
IV. A Lei dos Orçamentos Anuais é o instrumento utilizado para a consequente 
materialização do conjunto de ações e objetivos que foram planejados visando ao 
atendimento e bem-estar da coletividade. 
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública. 
São verdadeiras APENAS as afirmações 
(A) II e IV. 
(B) I, II, IV e V. 
(C) II e III. 
(D) I, IV e V. 
(E) I, II e III. 
 
I) Correto. Segundo o §5º do art. 165 da CF, a LOA compreenderá: 
• O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
• O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
27 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
• O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
II) Correto. A LDO é o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual. 
 
III) Errado. Segundo o MTO/2010, o Plano Plurianual - PPA é o instrumento de 
planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para 
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. No entanto, sua vigência é de 4 anos. 
 
IV) Correto. A Lei dos Orçamentos Anuais é o orçamento propriamente dito, logo a 
LOA é a materialização por meio de ações dos programas que foram previstos no 
PPA, visando ao atendimento e bem-estar da coletividade. 
 
V) Correto. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
Logo, as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.Resposta: Letra B 
 
26) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo. 
I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado 
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I, II e III. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
28 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) II e III, apenas. 
 
I) Correto. É a definição do princípio da exclusividade do § 8º do art. 165 da CF/88. 
II) Correto. É o § 6º do art. 165 da CF/88, o qual determina que o projeto de lei 
orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
III) Correto. É a previsão da LDO no § 2º do art. 165 da CF/88. 
Logo, os itens I, II e III estão corretos. 
Resposta: Letra B 
 
27) (CESPE – Procurador – PGE/AL – 2008) Os objetivos da LRF não incluem: 
A) o estabelecimento de normas para a elaboração e controle dos orçamentos 
públicos. 
B) o estabelecimento de normas de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. 
C) o estabelecimento de uma ação planejada e transparente na gestão dos recursos 
públicos. 
D) a prevenção de riscos e a correção de desvios que afetem o equilíbrio das contas 
públicas. 
E) a garantia do equilíbrio das contas públicas, por meio de metas de resultados 
entre receitas e despesas. 
 
Segundo o caput e o § 1º do art. 1º da LRF, seus objetivos incluem: 
• O estabelecimento de normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal; 
• Ação planejada e transparente; 
• A prevenção de riscos e a correção de desvios que afetem o equilíbrio das 
contas públicas; 
• O cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas; 
• A obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, 
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas 
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 
 
Cabe à lei complementar prevista no §9º do art. 165 da CF e ainda não editada 
dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do PPA, LDO e LOA e também estabelecer normas de gestão 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
29 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições 
para a instituição e funcionamento de fundos. 
A LRF não é a essa Lei Complementar do §9 do art. 165. Logo, entre os objetivos 
da LRF, não se inclui o estabelecimento de normas para a elaboração e controle dos 
orçamentos públicos. 
Resposta: Letra A 
 
28) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Assinale a alternativa correta. 
(A) A lei de diretrizes orçamentárias é plano de médio prazo e subsidia a elaboração 
do plano plurianual. 
(B) O plano plurianual, aprovado mediante decreto executivo, antevê quadro trienal 
de receitas e despesas de capital. 
(C) A lei orçamentária anual prevê critérios de limitação de empenho toda vez que a 
receita evoluir abaixo do esperado. 
(D) A lei de diretrizes orçamentárias prescreve condições para a Administração 
transferir recursos a entidades privadas. 
(E) Os anexos de metas e riscos fiscais compõem a lei orçamentária anual. 
 
a) Errada. O PPA é o plano de médio prazo e ele subsidia a elaboração da LDO. 
b) Errada. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais 
serão apreciados pelas duas Casas do Congresso N acional, na forma do 
regimento comum. Além disso, o PPA tem vigência de 4 anos. 
c) Errada. A LDO disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho, caso a 
realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado 
primário ou nominal previstas. 
d) Correta. Segundo o art. 4º da LRF, a LDO disporá sobre as demais condições e 
exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
e) Errada. Os anexos de metas e riscos fiscais integram a LDO. 
Resposta: Letra D. 
 
29) (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) Sobre as finanças públicas disciplinadas na 
Constituição Federal, considere: 
I. A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um instrumento intermediário entre o Plano 
Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
II. As diretrizes, objetivos e metas da administração pública para investimentos que 
ultrapassem um ano devem ser estabelecidos no PPA. 
III. As metas e as prioridades da administração pública para um período de um ano 
devem ser estabelecidas na LOA. 
IV. A política econômico-financeira e o plano de trabalho do governo para um 
período de um ano devem ser estabelecidos na LDO. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
30 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) II. 
(D) II, III e IV. 
(E) III e IV. 
 
I) Errado. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento 
intermediário entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
A LDO é o elo entre o PPA e a LOA. 
II) Correto. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. E, como sabemos, 
o PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública. 
III) Errado. Segundo o § 2º do art. 165 da CF, a LDO compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal. 
IV) Errado. O orçamento anual é um plano de trabalho governamental expresso em 
termos monetários e que evidencia a política econômico-financeira do Governo. 
Logo, apenas a afirmativa II está correta. 
Resposta: Letra C 
 
30) (FGV – APO/PE - 2008) O trecho a seguir está contido em uma Norma Legal do 
Estado de Pernambuco, em atendimento a dispositivo de Lei Federal: 
“A _____ para o exercício de 2009 conterá a Reserva de Contingência no montante 
correspondente a 0,5% (zero vírgula cinco por cento) da Receita Corrente Líquida, 
(...) destinada a atender a passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos”. 
Assinale a alternativa que complete a lacuna e apresente as respectivas normas 
Estadual e Federal. 
(A) Lei de Diretrizes Orçamentárias / Lei Orçamentária Anual / Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
(B) Lei do Plano Plurianual / Lei de Diretrizes Orçamentárias / Lei 4320/64. 
(C) Lei Orçamentária Anual / Lei do Plano Plurianual / Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
(D) Lei Orçamentária Anual / Lei de Diretrizes Orçamentárias / Lei 4320/64. 
(E) Lei Orçamentária Anual/Lei de Diretrizes Orçamentárias/Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
 
A questão fala de leis estaduais e de uma lei federal. No entanto, o raciocínio não se 
altera. Este artigo da LRF que responderá a questão: 
CURSO ON-LINE - CURSOREGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
31 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Art. 5º: O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o 
plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei 
Complementar: 
(..) 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido 
com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias (...) 
 
Assim, a LOA conterá reserva de contingência, logo “Lei Orçamentária Anual” 
completa a lacuna. O trecho está contido em uma Norma Legal do Estado de 
Pernambuco. Essa norma é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois é ela 
que determinará o montante da reserva de contingência, exatamente o que faz o 
trecho citado pela questão. O examinador afirma ainda que essa norma, que já vimos 
que está na LDO, atende a dispositivo de Lei Federal. Essa Lei Federal é a Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF) e o dispositivo é o já citado inciso III do Art. 5º. 
 
O examinador pede, nesta ordem: 
• a alternativa que complete a lacuna: LOA 
• e apresente as respectivas normas: - Estadual: LDO 
 - e Federal: LRF 
 
Logo, temos a seguinte ordem: Lei Orçamentária Anual/Lei de Diretrizes 
Orçamentárias/Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Resposta: Letra E 
 
E aqui terminamos nossa aula 4. 
Na aula 5 falaremos dos créditos adicionais: suplementares, especiais e 
extraordinários. Também trataremos das vedações constitucionais em matéria 
orçamentária. 
 
Forte abraço! 
 
Sérgio Mendes 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
32 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
MEMENTO AULA 4 
ORÇAMEN TO N AS CON STITUIÇÕES BRASILEIRAS 
AN O Elaboração e apreciação da proposta orçamentária 
1824 
A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo (assembléia 
geral composta pelos deputados e senadores). 
1891 Elaboração privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados. 
1934 Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas. 
1937 
Elaborado por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara 
e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo Presidente. 
1946 Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
1967 
Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a 
possibilidade de emendas. 
1988 Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a votação e a proposição de emendas. 
N ATUREZA JURÍDICA 
Lei de meios e lei formal (de efeitos concretos), temporária, ordinária e especial. 
CLASSIFICAÇÕES: 
Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser necessariamente executadas. 
Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no 
orçamento público. É o adotado no Brasil. 
FUN ÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMEN TO 
Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor privado não há 
a necessária eficiência de infra-estrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da 
necessidade de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
33 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção de elevado 
nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no 
balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico 
TIPOS DE ORÇAMEN TO: 
Orçamento Tradicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira, sem nenhuma 
espécie de planejamento das ações do governo, baseando-se no orçamento anterior. Portanto, somente 
um documento de previsão de receita e de autorização de despesas. 
Orçamento de Base Zero: determina o detalhamento justificado de todas as despesas públicas a cada 
ano, como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do governo. 
Orçamento de desempenho ou por realizações: ênfase reside no desempenho organizacional, porém 
há desvinculação entre planejamento e orçamento. 
Orçamento-programa: instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação 
dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a 
serem implementados e previsão dos custos relacionados. Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de 
resultados. 
Orçamento participativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos recursos 
públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe ao orçamento-
programa e não possui uma metodologia única. No entanto, há perda da flexibilidade e maior rigidez 
na programação dos investimentos. Experiência brasileira ocorreu nos municípios. 
ORÇAMEN TO TRADICION AL X ORÇAMEN TO-PROGRAMA 
TRADICION AL PROGRAMA 
Dissociação entre planejamento e orçamento Integração entre planejamento e orçamento 
Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas 
Consideram-se as necessidades financeiras das 
unidades 
Consideram-se as análises das alternativas 
disponíveis e todos os custos 
Ênfase nos aspectos contábeis Ênfase nos aspectos administrativos e de 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
34 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
planejamento. 
Classificação principal por unidades 
administrativas e elementos 
Classificação principal: funcional programática 
Acompanhamento e aferição de resultados 
praticamente inexistentes 
Utilização sistemática de indicadores para 
acompanhamento e aferição dos resultados 
Controle da legalidade e honestidade do gestor 
público 
Controle visa a eficiência, eficácia e efetividade 
 
 
QUESTÕES COMEN TADAS N ESTA AULA: 
 
1) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A adoção do orçamento moderno 
está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes do final do século 
XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, própria do laissez-
faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeições do 
mercado e promover o desenvolvimento econômico. 
 
2) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Com a Constituição de 1891, que se 
seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária passou a 
ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida para o Congresso 
Nacional somente na Constituição de 1934. 
 
3) (ESAF – APO/SP - 2009) A Constituição da República confere ao orçamento a 
natureza jurídica de: 
a) lei abstrata. 
b) lei material. 
c) lei formal e material. 
d) lei extraordinária. 
e) lei de efeito concreto. 
 
4) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2008) As 
peculiaridades do processo de elaboração e execução orçamentária no Brasil 
incluem o(a): 
A) seu caráter impositivo. 
CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
35 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
B) insignificante proporção de créditos adicionais aprovados e abertos durante o 
exercício. 
C) contingenciamento das dotações orçamentárias. 
D) liberação de recursos uniformemente ao longo do exercício. 
 
5) (CESPE – Analista Ambiental – Administração e Planejamento - MMA –2008) O 
Ministério do Meio Ambiente pode consignar, em seu orçamento, dotação 
específica,

Continue navegando