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Bens e Negócios jurídicos - resumo

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Validade do Fato ou negócio jurídico
1°)Plano de existência do ato ou negócio jurídico – Art 104: são só pressupostos mínimos pro neg jurídico existir. Não se cogita a invalidade ou eficácia do fato jurídica, só importa a realidade da existência.
O neg jurídico só irá existir se possuir todos os elementos estruturais da existência, como:
1-Tiver Sujeito ou partes: é quem manifesta a vontade e que pode ser PJ ou PF.
-Manifestação da vontade: Seja expressa (verbal, escrito, gestos, de forma direta) ou Tácita (conduta compatível com a de quem deseja determinado resultado), é a declaração da vontade intencionando produzir determinados efeitos.
2-Objeto jurídico: é aquilo sobre o qual incide a manifestação de vontade 
3-Fato jurídico: acontecimento que repercuta na esfera jurídica, é a FORMA da qual se manifesta a declaração da vontade, pois sem uma forma, o neg jurídico inexiste, é o meio pelo qual a declaração se exterioriza. 
2°)Plano da validade: art 104 CC: P/ serem válidos, os neg jurídicos devem conte alguns requisitos quanto à sua própria formação, tendo a falta de um deles ocasionando a Teoria das Nulidades e Anulabilidades do NJ.
1-Capacidade civil do agente: é a aptidão para intervir no NJ como declarante ou declaratário, a capacidade p/ uma pessoa exercer, por si só, os atos da vida civil. Os NJ firmados por absolutamente incapazes são nulos, enquanto os por relativamente incapazes são anuláveis. Ou seja, os anuláveis admitem confirmação e se convalidam com o passar do tempo, enquanto os nulos são irremediáveis. Obs: a incapacidade superveniente não invalida o negócio. Obs: caso o incapaz seja representado, o representante deve atuar em nome dele, respeitando e agindo dentro dos interesses do representado. Obs; capacidade x legitimidade:
Capacidade é um pressuposto do neg jurídico, mas a doutrina moderna também pede legitimidade para celebrar o negócio jurídic. Ex: Um homem é casado em comunhão parcial, ele tem legitimidade p realizar negocio jurídico, mas não legitimidade para, sozinho, vender a casa sem autorização de sua esposa.
2-Objeto: lícito, passível, determinado ou determinável: 
Só será válido o neg jurídico que tenha como conteúdo um obj lícito (nos termos impostos pela lei), pois se for ilícito, nulo será o negócio jurídico (167, II, CC). 
O objeto deve ser possível no plano fático, pois se por exemplo, tiver prestações IMPOSSÍVEIS, será declarado nulo. Pode ser por impossibilidade física ou jurídica: A 1a O negócio deve ser passível de ser realizado, materialmente falando, exemplo: Ir numa construtora que alega construir seu prédio em 1 dia, isso é um objeto impossível materialmente, e essa propaganda esbarra na validade; ela emana de leis físicas ou naturais; outro ex: colocar toda a água dos oceanos num copo. Juridicamente, a impossibilidade do objeto ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe expressamente, negócios a respeito de determinado bem, como a herança de pessoa viva. Em objeto impossível, o negócio jurídico é nulo.
Determinado ou determinável: Todo objeto deve ter elementos mínimos que o individualizem e caracterizem seus elementos (Ex: venda de uma safra de cereais). No determinável, é aquele que depende de uma condição futura e incerta, como o plano de saúde.
3-Forma prescrita ou não defesa em lei – art 107 e 108:
A lei pode estabelecer as formas der manifestação de vontade, como por exemplo, exigir escritura pública na venda de algo superior a 30 salários mínimos.
Essa manifestação de vontade ou declaração não pode conter vícios ou defeitos jurídicos para que seja válido negócio jurídico.
O CC estabeleceu os vícios dos NJ, colocando o fato por ele nulo e anulável:
Será nulo o NJ (Art 166): Feito por absolutamente incapaz; feito com objeto ilícito; Objeto impossível (não tem como ser realizado); Obj indeterminável (não se sabe o que é, não é determinado e não é estabelecido algo para o efeito de sua compra e venda); não revestir a forma prescrita em lei.
O Ato ou neg jurídico nulo possui um vício insanável (Art 169), pois jamais será convalidade, já que trata-se de um vício absoluto e de proibição total da prática do ato. O reconhecimento dessa nulidade dependerá da propositura de uma ação judicial (Ação declaratória de Nulidade, art 168). O juiz pode, de ofício, apontar a nulidade independente de provocação (haja vista o interesse público que envolve o tema). A sentença que reconhece a nulidade tem natureza DECLARATÓRIA (declara o vício insanável) na nulidade e produz efeitos ex tunc, retroativos à data do ato.
Simulação: art 167: É uma mentira, farsa, o agente declara um acontecimento falso, enganoso da vontade com objetivo de provocar uma ilusão no público, seja por não existir negócio de fato, seja por existir um negócio diferente àquele que aparenta. É necessária uma declaração sobre esse fato mentiroso para que haja a nulidade.
Será anulável: 171 CC: Os feitos por relativamente incapazes (salvo se devidamente representados); os vícios de consentimento (os menos graves); os vícios resultantes de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores.
Possui um vício sanável (art 172 a 175 ), sendo vício esse, Relativo, já que poderá ser validado e produzirá efeitos pois a sua proibição é apenas parcial. O reconhecimento da anulação dependerá da propositura de uma ação judicial, sendo titular somente aos interessados da ação, pois envolve interesse privado. A Sentença que reconhece a anulação é de natureza DESCONSTITUTIVA negativa, ou seja, vai desfazer o NJ que seria válido se não fosse a propositura da ação de anulação.
Ex: Art 1560 (anulação do casamento). Produz efeitos EX NUNC (a partir da data da sentença). Deverá ser proposta dentro do prazo previsto em lei (Decadência é de 4 anos p/ pleitear anulação do NJ, contado: no caso de coação, no dia em que ela cessar; no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o nj; no de atos de incapazes no dia em que cessar a incapacidade(relativamente incapazes).
3° Plano da Eficácia: É aquele capaz de produzir efeitos jurídicos válidos, ou seja, impor deveres e atribuir direitos. Todo negócio jur válido é eficaz, o nulo é ineficaz e o anulável pode ser eficaz ou ineficaz. Todo ato ou negócio válido é eficaz, mas pode existir negócios não eficazes (Como nos casos de Elementos acidentais, Condição, termo e encargo, ou seja, o neg jur é válido e eficaz, a não ser que tenha um elemento acidental no contrato).
Ineficácia do ato válido: atos subordinados à condição suspensiva; enquanto o evento determinado na condição não ocorre, o negócio é válido, mas não produz efeitos. O advento do evento futuro é o fator eficácia
Eficácia do ato nulo: um casamento comum torna-se nulo ao descobrir-se que um dos cônjuges já é casado, o ato torna-se nulo, porém, ainda têm eficácia.
Classificação do NJ:
1)Unilateral, bilateral, plurilateral
a)Uni- são aqueles que dependem de uma única manifestação de vontade, como o Testamento, renúncia da herança, promessa de recompensa, etc.
b)Bilaterais: Sâo os que se perfazem com duas manifestações de vontade, coincidentes sobre o objeto, é um consentimento mútuo ou acordo de vontades (contratos em geral)
Obs: podem existir várias pessoas no pólo ativo ou passivo, sem que o contrato deixe de ser bilateral pela existência de DUAS partes. Ou seja, o que torna bilateral é a presente de dois polos distintos, independente do número de pessoas que integre.
c)Plurilateral: São os contratos que envolvem mais de duas partes, ou seja, mais de dois pólos distintos (Ex: contrato social de sociedades com mais de dois sócios). São mais de 2 vontades que convergem sobre um mesmo objeto.
2)Gratuito e Oneroso
a)Grat: são aqueles que só uma das partes aufere vantagens ou benefícios, como na doação pura (538) onde o donatário, em detrimento da outra parte, tem a vantagem. Ex: doação, encargo, comodato.
b)One: são aqueles em que ambos os contratantes auferem vantagens, às quais, correspondem uma contraprestação. Ex: comprae venda, locação. 
Todo negócio jurídico oneroso é bilateral. 
3) Contrato consensual e real
a)Consensual: Aquele que é aperfeiçoado a partir do acordo de vontades, quando houver uma coincidência entre a oferta e o aceite. Ex: contrato de compra e venda, de doação. Eles consideram-se concluídos no momento do acordo entre as partes, a lei não exige forma especial p/ ele ser celebrado.
b)Real: necessita para seu aperfeiçoamento, da entrada da coisa que lhe serve de objeto. Aqui antes da efetiva entrega da coisa, pode apenas existir a promessa de contratar. Ex: art 627 cc, contrato de comodato. Dependem de uma forma especial, prevista em lei, p/ que se perfaçam (no caso, a entrega da coisa). 
4)Causa mortis e inter vivos
a)Mortis: são os negócios jurídicos destinados a produzir efeitos pós morte do agente. Ex: Testamento (art 1857 CC).
b)Inter vivos: Destinam-se a produzir efeitos desde logo, estando todas as partes ainda vivas, em plena capacidade civil. Ex: contrato de compra e venda, doação, prestação de serviços, etc.
5)Pessoais e Impessoais
a)Pessoais: são aqueles que levam em consideração as características pessoais dos contraentes , é aquele feito em razão da pessoa, personalíssimo. Ex: Contratar um ator famoso pra gravar o filme, e se ele recusar, não aceitarei o filho no lugar.
b)Impessoais:são aqueles em que a qualidade pessoal do sujeito que vai executar a obrigação não serão levadas em consideração. Ex: contrato de empréstimo, compra e venda
6)Contrato instantâneo e de execução deferida no tempo; execução continuada.
a)Instantâneo: os sujeitos realizam as prestações num único ato. Ex: contrato de compra e venda a vista. As partes cumprem seus direitos e obrigações no mesmo momento do contrato.
b)A Execução diferida: Ela se exaure em um só ato, porém, a ser realizado em data futura e não no mesmo instante da qual é contraída. Ex: pagar, no prazo de 30 dias, o preço da coisa auferida (como o entregador que se compromete a entregá-la no mesmo prazo).
c)Execução continuada: É a obrigação que se cumpre periodicamente. Ela é duradoura, contínua, que se protrai no tempo. Ex: obrigação do locador de ceder ao inquilino, por certo tempo, o uso de um bem infungível, e a obrigação do locatário de pagar o aluguel convencionado.
Prescrição e Decadência
Fatores em comum: ambas decorrem de tempo/prazo e da inércia do titular do direito.
1-Prescrição – 189 CC:
É a perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo. Ela é só de direitos subjetivos, mas nem todos os direitos subjetivos prescrevem.
Ela extingue a pretensão, que é a exigência de subordinação de um interesse alheio (Ao sujeito passivo) ao interesse próprio. O Direito Material(Subjetivo)violado dá origem à pretensão, que é deduzida em juízo por meio da ação judicial. Extinta a pretensão, indiretamente, não haverá ação judicial correspondente. 
As ações condenatórias (aquelas que obrigam o devedor ao cumprimento de uma obrigação, de dar, cumprir ou não fazer), correspondentes Às pretensões, possuem prazos prescricionais. Caso a lei não fixe prazo prescricional, usará o art 205 (10 anos).O rol do 206 lista as prescrições positivadas.
Requisitos para prescrição:
1-Lesão a um Direito Subjetivo: deduzido por meio de uma ação judicial cuja sentença possui natureza condenatória (obrigação de far, fazer e não fazer).
2-Inércia do titular da pretensão (sujeito ativo) – 206: Focar nos 3 anos de prescrição, é o que tá anotado. É 3 anos a prescrição relativa a aluguéis de prédios, prestações vencidas de rendas temporárias/vitalícias; reparação civil; etc.
3-Transcurso do tempo previsto em lei (art 205 e 206): é dentro desses prazos que há o direito de reclamar. Há prazos genéricos (10 anos, como no 205, aplicado quando a lei não definir prazo menor prescricional) e o específico (legais, demarcados no 206).
4-Ausência de causa impeditiva, suspensiva e interruptiva ( 197 a 204 CC): são hipóteses em que não ocorre a prescrição, haja vista a preocupação com certas e determinadas pessoas que estão em certas situações. Ex: Não há prescrição entre os incapazes – ascendente e descendente do poder familiar.
Obs: não há prescrição (ou ela é suspensa): Entre cônjuges em sociedade conjugal; entre ascendente e descendente durante poder familiar; entre tutelados e curatelados durante os atos; contra os incapazes; 
Art 200: Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Renúncia à prescrição a lei prevê a possibilidade do réu efetuar o pagamento/retribuição mesmo não sendo mais exigido a ele devido à prescrição. A dívida prescrita não tem mais exigibilidade.
Pode o devedor renunciar à sua obrigação de forma expressa (Ex: pagar a dívida prescrita) ou praticar atos que demonstrem a vinculação do devedor à pretensão alheia. Essa renúncia não pode prejudicar terceiros, Ex: renúncia da prescrição por devedor insolvente.
Obs:
Pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição pela parte a quem aproveita (réu).
É admissível suspensão e interrupção do prazo prescricional
Pode ser conhecida pelo juiz de ofício (antes de citar o réu).
Inalterabilidade dos prazos: (192) os prazos prescricionais não podem ser alterados por vontade das partes
Responsabilidade pelo dano causado (195): prevê a responsabilidade pelo dano causado por aquele que causou à prescrição ou que não alegou a prescrição oportunamente, devendo responder por perdas e danos haja vista o prejuízo causado. A prescrição corre contra o relativamente incapaz, logo caso ele seja prejudicado, caberá a ele cobrar os prejuízos decorrentes da inércia do seu representante legal.
Acessão Temporal (196): prevê o princípio da acessão temporal (soma de prazos) O herdeiro continua as relações jurídicas patrimoniais do falecido. O prazo iniciado antes do falecimento da pessoa continuará em face dos herdeiros. Obs: não corre a prescrição contra INCAPAZ ABSOLUTO. 
Exercício: aos 20 anos de idade, Cássio ajuizou ação de reparação de dano, fundada na responsabilidade civil, contra Roberto, seu pai, em razão de fato ocorrido quando tinha 9 anos de idade. É possível afirmar que houve prescrição da respectiva pretensão?
R: A prescrição só contará a partir da maioridade, visto que não há prescrição durante o poder familiar ( art 197)
2-Decadência
O prazo decadencial nada tem com o prescricional nem com a violação de direito de conteúdo prescricional. Os prazos decadenciais 
Artigos: 210: Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência quando estabelecida por lei.
211: Se a decadÊncia for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir alegação
Toda decadência é um direito potestativo, mas nem todo direito potestativo submete-se a decadência (Obs: potestativo = não admite contestações, como por ex, o direito do empregador de dispensar um empregado, não precisa justificar, só cabe a ele aceitar esta condição; ou num divórcio, onde independente da vontade da outra parte, o divórcio será processado).
Características: não admite renúncia; pode ser conhecida a qualquer tempo ou grau de jurisdição; os prazos decadenciais não admitem suspensão e interrupção; o juiz deve reconhecer de ofício.
Na decadência, a ação é constitutiva.
Diferente da prescrição, que extingue a pretensão a um direito, a Decadência extingue o Direito. Ela corre contra todas as pessoas, a não ser os absolutamente incapazes.
Prazos:
Legal; o prazo está na lei e não admite renúncia
Convencional: O prazo vai além do legal, a acordado entre os participantes do negócio (esse admite renúncia).
O prazo não corre contra absolutamente incapazes.
O momento de alegação da Decadência Legal(prevista por lei) é De Ofício (210) pelo juiz ou Convencionalmente pela parte interessada.
Ex de Decadência legal: o prazo que a vítima do dolo tem p/ interpor demanda visando à anulação do contrato firmado em razãodo vício do consentimento é de 4 anos, contado da data em que se celebrou o nj. 
Decadência convencional será aquela que veio do prazo prescricional, foi transformada em tal após acordo das partes, e não por imposição por lei. Logo ela não pode ser reconhecida por juiz, só pela parte a quem ela se beneficia (art 211CC), já que pela lei, seria um prazo de prescrição. Para a Decadência convencional valem as regras da prescrição.
A decadência começa a correr desde o início do Direito.
Da prova
Ao ajuizar uma ação, o autor afirma a ocorrência do fato que lhe serve base, qualificando-o juridicamente e dessa afirmação, extraindo as consequências jurídicas que resultam no seu pedido de tutela jurisdicional. Essas afirmações podem ser ou não à verdade, e elas vão se contrapor às alegações do réu que podem ser ou não verdadeiras. Diante dessa dúvida de veracidade das afirmações, faz-se necessário meios para prová-los. 
Prova é o conjunto de meios empregados para demonstrar, legalmente, a existência de um fato jurídico
O Direito Processual traça os limites da produção da prova, enquanto o DC estipula os meios pelos quais se comprovarão os fatos, atos e negócios jurídicos.
Art 212:o fato jurídico pode ser provado das seguintes formas:
I-Confissão: é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou coação.
II-Documento: é a prova documental, uma declaração escrita de determinado fato, podendo se dar como documento público(feita por alguém que tenha esse poder, art 215 CC). Ex: certidão de nascimento, óbito, sentença judicial. E também pode ser documento entre as partes, como contrato entre elas. EX: contrato de locação, etc.
III-Testemunha: é fruto de uma declaração de uma pessoa sobre os fatos. Art 227 a 230). Mídias digitais também podem ser usadas. Menor de 15 não pode ser testemunha, mas podem ser escutadas como informantes. Parente, cônjuge, ascendentes e descendentes e colaterais até 3o também não podem testemunhar.
Não podem ser testemunhas(Art 228): os menores de 16 anos (mas podem ser ouvidos); o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes; CADI até terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade; caso seja extremamente necessário para a prova de fatos e só esses impedidos conheçam, o juiz pode admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
IV-Presunção: é fruto de indícios de determinado fato jurídico. Pode gerar uma certeza que pode ser relativa ou absoluta (Sù 301 STJ). Obs: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção de paternidade, é absoluto, o juiz aceita o fato presumido. As relativas são aquelas que podem ser contra-postas. Ex: presume-se que o locador que pede imóvel para uso próprio, irá efetivamente usá-lo, embora possa o locatário provar que não irá, impedindo a retomada do imóvel locado.
V-Prova Pericial: é um laudo de um peruto, declaração de um estudo baseado em normas técnicas de determinado assunto. Ex: Balística, corpo de delito, teste de DNA em declaração de paternidade.
Atos ilícitos
Ato ilícito no CC é dado como um dano transformado em prejuízo. É a conduta, ação ou omissão do agente que gerou o dano a outrem (art 186 CC e 187). Esse prejuízo pode ser material ou moral, proveniente de PF ou PJ.
Na doutrina, ato ilícito é um dever primário de não causar dano (Ar 927 CC), sujeito a ficar obrigado a repará-lo (responsabilidade civil)
Elementos do AI:
1-Conduta humana: Seja por ação ou omissão, conduta(s)
2-Dano ou prejuízo: Seja material ou moral
3-Nexo de causalidade: O liame subjetivo deve ligar a conduta ao dano auferido
Esse 3o item pode ser quebrado em caso fortuito de força maior (desastre natural, por ex); culpa própria d vítima; culpa de terceiros. Com a quebra desse nexo, não há o que se falar em resp civil. Obs: o dano pode ser material ou moral, o dano material deve ser provado com a demonstração de seu respectivo prejuízo (art 944 CC, a indenização mede-se pela extensão do dano).
No dano material, haverá a restituição (indenização) por parte do agressor dos danos emergentes e lucros cessantes (ambos de natureza patrimonial).
No dano moral (Extrapatrimonial), é calculado o “valor da alma” objetivando atenuar, compensar uma perda. O dano moral é aquele que gera um prejuízo subjetivo, como humilhação, vergonha, ferimento à honra, tristeza. A indenização é feita á titulo de compensação. 
187 CC: a figura do abuso de direito [e também um ato ilícito que se configura quando um titular do direito, ao exercê-lo, excede os limites impostos pelo ordenamento jurídico (ignorando a finalidade social do seu direito subjetivo) EX: efetuar uma cobrança de modo constrangedor e vexatório; demandar dívida antes de vencida.
Não constituem AI:
Art 188: A legítima defesa; o exercício regular de um direito reconhecido (como o do policial) e o estado de necessidade. Elas AFASTAM a ilicitude e afastam o dever de indenizar. A legítima defesa ainda abrange o direito de terceiros, como proteção a tais.
Responsabilidade Civil:
O titular de um direito se relaciona juridicamente com toda a coletividade, e a essa coletividade será imposta pela lei um dever jurídico de abstenção, ou seja, ninguém poderá praticar atos que causem lesões a direitos (patrimoniais ou extrapatrimoniais desse titular.
1-Responsabilidade Subjetiva: 186 e 187: É a regra geral, o 186 cita o que é ato ilícito
2-R Objetiva: Definida pelo art 927: sem culpa, é a exceção. Aqui há resultado (dano) e nexo causal. É também chamada de responsabilidade sem culpa, basta provas a existência do dano e do nexo causal. A admissibilidade da resp objetiva se justifica em razão de estar prevista na lei. (Ex: art 932, responsabilidade objetiva dos pais pelos filhos menores; do tutor e curador pelos curatelados/tutelados; o empregador ou comitente por seus empregados; os donos de hotéis/estabelecimentos pelo seus hóspedes) ou por força de risco inerente à atividade do autor e natureza do risco (como usina nuclear, transporte de cargas perigosas, transporte de pessoas, etc).
Art 934: Aquele que ressarcir o dano causado por outrem podem reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. 936: o dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima por força maior.
3-Responsabilidade Contratual: trata-se da reparação dos danos causado pelo descumprimento pactuado em um contrato. Decorre do fruto de uma relação negocial, o contratante que não cumpre com suas obg contratuais terá que indenizar o outro em virtude de sua inadimplência. Só não haverá essa indenização caso ambas as partes rescindam voluntariamente ou haja escusa por caso fortuito ou força maior. 
O devedor será obrigado a efetuar a prestação devida de modo completo, no tempo e lugar determinados no nj, assistindo ao credor o direito de exigir seu cumprimento de forma convencionada. Ex: contrato de locação
4-Resp Extracontratual: Não há qualquer tipo de relação jurídica anterior entre o agente que causou o dano e a sua vítima, é a partir do ato lesivo que nasce a obrigação de indenizar, facultando-se à vitima o direito de acionar a máquina judiciária de uma reparação civil
Questão: JP, menor impubere, sempre problemático, um dia após discutir com o vizinho, destruiu todas as vidraças da casa deste com um pedaço de pal. Seu pai reparou os danos causados. NA época, JP tinha 12 anos de idade. AO completar 19 anos o pai propôs ação ordinária buscando exercer o direito de regresso contra seu filho, tentando ressarcir das despesas relativas ao dano causado ao vizinho.
a)O pai deveria ter respondido civilmente pelo ato do filho?
R:Sim, é a responsabilidade objetiva do pai responder pelo filho (932)
b)O pai tem direito de regressivamente, cobrar do filho as despesas pagas ao vizinho?
R:De acordo com o 934, por ser seu descendente incapaz, não há direito de ação regressiva.
c)Prescreveu o direito a reparação dodano causado entre pai e filho?
R:Não corre a prescrição entre ascendente e descendente em poder familiar (art 197)

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